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ANATOMIA E

FISIOLOGIA
HUMANA
Introdução

A Anatomia pode ser considerada uma ciência que estuda


macroscopicamente a constituição do corpo humano pela
dissecação de peças de cadáveres já fixadas com soluções
apropriadas.
A anatomia (anatome= cortar em partes, cortar separando)
refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas
estruturas. A fisiologia (do grego physis = natureza, função ou
funcionamento; e logos = palavra ou estudo) lida com as funções
das partes do corpo, isto é, como elas trabalham.
Introdução

Os sistemas que, em conjunto, compõem o organismo do indivíduo


são os seguintes: Sistema tegumentar, sistema esquelético (ossos,
músculos e articulações), o sistema digestivo, sistema respiratório,
circulatório, sanguíneo, urinário, genital feminino e masculino,
nervoso, sensorial e endócrino.
Composição do Organismo

O organismo humano consiste em um complexo conjunto de


órgãos agrupados em aparelhos ou sistemas. Os órgãos são
formados por pequenas unidades vivas chamadas células.

Todas as células do organismo humano necessitam de um


suprimento de oxigênio e outros nutrientes para obter energia,
para manter sua integridade estrutural e para sintetizar
(produzir) as substâncias essenciais a sua função e a do
organismo.
Composição do Organismo

A produção de energia, a regulação da atividade celular e a


síntese de substâncias são realizadas mediante reações
químicas, e o conjunto destas reações químicas que ocorrem no
organismo é chamado de metabolismo. As reações químicas
intracelulares produzem substâncias, entre as quais o dióxido de
carbono, que necessitam ser eliminados porque o seu acúmulo
leva à disfunção celular e finalmente à morte celular.

Tanto o suprimento de oxigênio e nutrientes quanto a retirada


dos resíduos é feita pelo sangue. O sangue se abastece de
oxigênio e se desfaz do dióxido de carbono nos pulmões e se
abastece de nutrientes por meio da absorção de alimentos
digeridos no tubo digestivo.
Composição do Organismo

Certas células são mais dependentes de um suprimento


contínuo de oxigênio do que outras: as fibras musculares
cardíacas toleram apenas alguns segundos sem oxigênio,
enquanto os neurônios cerebrais podem suportar de 4 a 6
minutos.

Algumas outras células podem passar períodos maiores sem


oxigênio e ainda assim sobreviverem como as células
musculares e da pele, por exemplo. A falta de oxigênio por um
tempo acima do tolerável leva à morte celular que, por
conseguinte, leva à morte de órgãos e finalmente à morte do
organismo.
Divisão do Corpo Humano

Esqueleto humano
Divisão do Corpo Humano

Cabeça:

A cabeça é dividida em duas partes:


crânio e face. Há uma linha imaginária
passando pelo topo das orelhas e dos
olhos é o limite aproximado entre estas
duas regiões. O crânio contém o
encéfalo no seu interior, na cavidade
craniana. A face é a sede dos órgãos
dos sentidos da visão, audição, olfato e
paladar e abriga as aberturas externas
do aparelho respiratório e digestivo.
Divisão do Corpo Humano
Tronco:

O tronco é dividido em pescoço, tórax e abdome,


conforme descrito a seguir.

Pescoço:

O pescoço contém várias estruturas importantes.


É suportado pela coluna cervical que abriga no
seu interior a porção cervical da medula espinhal.
As porções superiores do trato respiratório e
digestivo passam pelo pescoço em direção ao
tórax e abdome. O pescoço contém, ainda, vasos
sanguíneos calibrosos, que são responsáveis pela
irrigação da cabeça.
Divisão do Corpo Humano

Tórax:

Quanto ao tórax, o seu interior, na


chamada cavidade torácica, contempla a
parte inferior do trato respiratório (vias
aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o
coração e os grandes vasos sanguíneos, que
chegam ou saem do coração. É sustentado
por uma estrutura óssea da qual fazem
parte a coluna vertebral torácica, as
costelas, o esterno, as clavículas e a
escápula.
Divisão do Corpo Humano

Abdome:

O abdome está separado internamente


do tórax pelo músculo diafragma e
contém basicamente órgãos do aparelho
digestivo e urinário. Possui grandes vasos
no seu interior, que irrigam as vísceras
abdominais e os membros inferiores.
Variação Anatômica e Normal

Uma vez que a anatomia utiliza como material de estudo o


corpo do animal e, no caso da anatomia humana, o homem,
torna-se necessário fazer alguns comentários sobre este
material. A simples observação de um grupamento humano
evidencia, de imediato, diferenças morfológicas entre os
elementos que compõem o grupo.

Estas diferenças morfológicas são denominadas variações


anatômicas e podem apresentar-se externamente ou em
qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga
prejuízo funcional para o indivíduo.
Fatores Gerais de Variação Anatômica

As variações anatômicas individuais são acrescentadas a alguns


fatores decorrentes da idade, do sexo, da raça, do biótipo, e da
evolução humana.

• idade: notáveis modificações anatômicas ocorrem desde a


fase intrauterina até a fase senil. Exemplo: o timo, que
atinge seu máximo na vida fetal e com o progredir da idade
regride, até desaparecer na vida adulta;

• sexo: é o caráter do masculino ou feminino. Mesmo os


órgãos que são comuns a ambos os sexos podem apresentar
variações. Por exemplo, a disposição de tecido gorduroso
subcutâneo, habitualmente mais frequente no sexo
feminino;
Fatores Gerais de Variação Anatômica

• raça: cada agrupamento humano possui caracteres físicos


comuns, externa e internamente relacionados às raças
branca, negra e amarela. Um exemplo é a vascularização do
coração que é muito mais abundante no negro do que no
branco;

• biótipo: é o resultado da soma dos caracteres herdados e


dos caracteres adquiridos por influência do meio e da sua
inter-relação.

• evolução: sugere o aparecimento de diferenças


morfológicas, no decorrer dos tempos.
Anomalias e Monstruosidade

Quando a modificação do padrão anatômico causa prejuízo


funcional, no entanto permite a continuidade da vida do
indivíduo, diz-se que se trata de uma anomalia. Ex.: microcefalia

Se esta for acentuada, de modo a deformar profundamente a


construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível
com a vida, denomina-se monstruosidade.

Como exemplo de monstruosidade tem-se a anencefalia que


quer dizer a não formação do encéfalo.
Posição Anatômica

Para evitar o uso de termos


diferentes nas descrições anatômicas,
considerando-se que a posição pode
ser variável, optou-se por uma
posição padrão, denominada posição
de descrição anatômica

Posição anatômica
Planos Anatômicos

Para efeitos de estudo, utilizam-se vários planos de divisão do


corpo, os chamados planos anatômicos
Planos Anatômicos

Plano sagital mediano:

É um plano imaginário que passa


longitudinalmente pelo corpo e o
divide em metades direita e
esquerda. O plano sagital mediano
atravessa as superfícies ventral e
dorsal do corpo nas chamadas
linhas medianas ou médias
anteriores e linhas medianas ou
médias posteriores,
respectivamente.
Planos Anatômicos

Plano frontal ou coronal:

É todo plano que intercepta o


plano sagital mediano em um
ângulo reto e divide o corpo em
metades anterior e posterior.
Planos Anatômicos

Plano transversal ou horizontal:

É todo plano que divide o corpo


em metades superior e inferior.
Planos Anatômicos

Vários termos são utilizados para descrever as posições dos


elementos anatômicos. O termo medial significa mais próximo à
linha mediana, e lateral o mais afastado dele.

Como exemplos: na mão, o polegar é lateral ao dedo mínimo,


enquanto que no pé, o hálux (dedo grande) é medial ao dedo
mínimo.
Planos Anatômicos

O termo proximal significa mais próximo da raiz do membro ou


origem do órgão e distal o mais afastado. Assim, no membro
superior, onde o ombro é a raiz, tem-se como exemplo o
cotovelo e o punho, sendo o cotovelo mais proximal da raiz em
relação ao punho, e este seria mais distal.

O termo superior significa o mais próximo da extremidade


superior e inferior o mais próximo da extremidade inferior.
Assim, tem-se o lábio superior e o inferior; a pálpebra superior e
a inferior.
Eixos Imaginários

O corpo humano também é


dividido em três eixos imaginários:

• Eixo vertical ou
longitudinal: une a cabeça
aos pés, classificado como
heteropolar. Na posição de
pé, situa-se em ângulo reto
em relação ao solo.
Eixos Imaginários

• Eixo de profundidade ou
anteroposterior: une o ventre
ao dorso, classificado como
heteropolar. Dispõe-se em
ângulo reto em relação ao eixo
longitudinal.
Eixos Imaginários

• Eixo de largura ou transversal:


une o lado direito ao lado
esquerdo, classificado como
homopolar. Forma um ângulo
reto com ambos os eixos,
anteriormente mencionados.
Eixos Imaginários

Os termos aferente e eferente indicam direção e são usados em


anatomia para vasos e nervos. Aferente significa que impulsos
nervosos ou o sangue são conduzidos da periferia para o centro,
enquanto que eferente se refere à condução do centro para a
periferia.

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