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OBS: o juiz não mais poderá decretar medidas cautelares pessoais de ofício durante o processo.
Tal limitação não alcança as cautelares reais (patrimoniais) e as cautelares probatórias, onde os
poderes oficiosos do juiz permanecem.
Art. 297- CPC: CABÍVEL: o juiz não poderá adotar o poder geral de cautelar para aplicar
ao acusado uma medida cautelar mais gravosa do que as já existentes
Cuida-se de medida adotada com base no poder geral de cautela, perfeitamente
inserido no Direito brasileiro, não havendo violação ao princípio da independência dos
poderes STF, 2ª Turma, HC 94.147/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje 107 12/06/2008).
obs: a prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição
por outra medida cautelar
obs:A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das
requeridas pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser
considerada como atuação ex officio STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 626.529-MS, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, julgado em 26/04/2022 (Info 735).
5.Contraditório Prévio
O contraditório passou a ser prévio. Com isso, antes de analisar a medida cautelar
deverá intimar a parte contrária, nos termos do art. 282, §3º do CPP.
A concessão de cautelar constritiva da liberdade inaudita altera parte tornou-se
excepcional, ou seja, se o juiz conceder uma tutela cautelar sem ouvir a parte contrária
e sem justificar o porquê de estar concedendo liminarmente, valendo-se de elementos
do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional, teremos uma tutela nula,
por absoluta ofensa ao contraditório e a ampla defesa.
Exceção: “Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. § 1o As medidas
protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de
audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser
prontamente comunicado.”
A jurisprudência do STJ firmou o entendimento de que, para a configuração do crime de
desobediência, não basta apenas o não cumprimento de uma ordem judicial, sendo
indispensável que inexista a previsão de sanção específica em caso de descumprimento
Resolução conjunta de n. 1 – CJN/CNMP, art. 1º: As unidades do Poder Judiciário e do
Ministério Público, com competência em matéria criminal, infracional e de execução
penal, implantarão mecanismos que permitam, com periodicidade mínima anual, a
revisão da legalidade da manutenção das prisões provisórias e definitivas, das medidas
de segurança e das internações de adolescentes em conflito com a lei.
1. tipos de cautelares:
1) Deve observar o art. 283, §1º, do CPP. e art. 323, CPP, e 324
b- monitoramente eletrônico:
3- PRISÃO: TIPOS
C- prisão penal : É aquela que resulta, em regra, de sentença condenatória com trânsito em
julgado, que impôs pena
✓ Prisão em flagrante (há controvérsia acerca de sua natureza jurídica: cautelar ou medida
pré cautelar);
✓ Prisão preventiva
✓ Prisão temporária.
✓Flagrante obrigatório/coercitivo
a) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de
vista;
b) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo,
em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
1) Circunstancial: deve ser perseguido em uma situação que faça presumir a autoria.
Não existe prazo para a perseguição, ou seja, o folclore jurídico de 24h! Enquanto
houver condição de perseguição, poderá haver flagrante.
3) Espacial: a captura deve ocorrer dentro do território nacional, pois se o sujeito transpassar a
fronteira, cessa a jurisdição do estado brasileiro, sendo necessário observar as regras do Direito
Internacional.
O agente é apenas encontrado, posteriormente, com coisas que façam presumir sua
autoria. Não há perseguição.
De acordo com o STF, a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita,
mesmo em período noturno, quando AMPARADA EM FUNDADAS RAZÕES,
devidamente justificadas posteriormente
É LÍCITO o ingresso em domicílio quando
1- O local não é habitado e há informações de que esteja sendo utilizado para armazenar
drogas (STJ, HC 588.445)
2- O policial, fora da casa, sentir forte cheiro de “maconha” no local (STJ, HC 423.838)
3- Há informações de que o morador poderia ser autor de disparo de arma de fogo (STJ, HC
595.700)
✓FLAGRANTE ESPERADO:
3- Art. 8º da Lei 12.850/12 (Organização Criminosa): não se exige autorização judicial prévia,
mas apenas a comunicação ao juiz que poderá estabelecer limites (caso entenda necessário)
obs: é diferente de Entrega vigiada (espécie de ação controlada) - é a técnica que permite que
remessas ilícitas ou suspeitas de drogas, ou de outros produtos ilícitos, saiam do território de
um país com o conhecimento e sob o controle das autoridades competentes, com a finalidade
de investigar infrações e identificar os demais coautores e participes (Convenção de Palermo).
Ocorre quando o fato típico não é praticado, mas é simulado pela autoridade ou por
qualquer do povo com o objetivo de incriminar o suposto agente.A polícia fabrica o
crime
É uma prisão absolutamente ilegal, passível, ainda, de responsabilização penal e
administrativa dos responsáveis. Ex: Plantar drogas na mochila do suspeito.
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não
cessar a permanência.
Crimes formais: É o crime de consumação antecipada, onde não se exige o resultado. Ex:
Concussão (Art. 316 do CP), onde o recebimento indevido da vantagem é mero exaurimento.
A prisão em flagrante é possível, mas deve ser feita no momento da consumação (exigência da
vantagem indevida) e não no momento do exaurimento do delito (recebimento da vantagem).
Crime continuado: É um benefício para o agente que pratica uma série de crimes nas mesmas
situações. Na continuidade delitiva cabe flagrante em cada crime ISOLADAMENTE, por isso é
chamado de flagrante fracionado.
Infrações de menor potencial ofensivo: admite-se a captura e condução coercitiva, mas a
lavratura do auto foi substituída pela mera confecção do TCO (art. 69, Lei nº 9.099/95). Para
Luiz Flávio Gomes, em posição prevalente, mesmo nas infrações de menor potencial ofensivo,
a residência pode ser invadida para que se promova a captura e a consequente condução
coercitiva com a devida adequação ao art. 5º, XI, CF.
5- Conversão da prisão em flagrante:
Após o advento da Lei nº 13.964/2019, não é mais possível a conversão da prisão em flagrante
em preventiva sem provocação por parte ou da autoridade policial, do querelante, do
assistente, ou do Ministério Público, mesmo nas situações em que não ocorre audiência de
custódia. STJ. 3ª Seção. RHC 131.263, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021
(Info 686).
O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação do
Ministério Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da
formalidade de prévio requerimento. STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136.708/MS, Rel. Min. Felix
Fisher, julgado em 11/03/2021 (Info 691).
A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui direito público subjetivo, de caráter
fundamental, assegurado por convenções internacionais de direitos humanos a que o Estado
brasileiro aderiu, já incorporadas ao direito positivo interno (Convenção Americana de Direitos
Humanos e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos). Traduz prerrogativa não
suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua imprescindibilidade tem o beneplácito do
magistério jurisprudencial (ADPF 347 MC) e do ordenamento positivo doméstico (Lei nº
13.964/2019 e Resolução 213/2015 do CNJ).STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min.
Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994).
A pandemia causada pelo novo coronavírus não afasta a imprescindibilidade
da audiência de custódia, que deve ser realizada, caso necessário, por
meio de videoconferência, diante da ausência de lei em sentido formal que proíba o uso dessa
tecnologia.A audiência por videoconferência, sob a presidência do Juiz, com a participação do
autuado, de seu defensor constituído ou de Defensor Público, e de membro do Ministério
Público, permite equacionar as medidas sanitárias de restrição decorrentes do contexto
pandêmico com o direito subjetivo do preso de participar de ato processual vocacionado a
controlar a legalidade da prisão.STF. 2ª Turma. HC 186421, Rel. Celso de Mello, Rel. p/ Acórdão
Edson Fachin, julgado em 20/10/2020.
Impor ou não cautelas pessoais, de fato, depende de prévia e indispensável provocação;
contudo, a escolha de qual delas melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da
causa. Entender de forma diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido
formulado pelo Ministério Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de
manifestações do Parquet ou de transferir a este a escolha do teor de uma decisão judicial.
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 626529-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/04/2022
(Info 735).
A mera circunstância de o agente ter sido denunciado em razão dos delitos descritos na Lei n.
12.850/2013 não justifica a imposição automática da prisão preventiva, devendo-se avaliar a
presença de elementos concretos, previstos no art. 312 do CPP.STJ. 5ª Turma. HC 708.148-SP,
Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 05/04/2022
(Info 732).
D2) PRISÃO PREVENTIVA: art 311 a 316 CPP
• EM CASO DE DESCUMPRIMENTO, o juiz não poderá mais, de ofício, substituir a medida, impor
outra em cumulação ou decretar a prisão preventiva.
• QUANDO FALTAR MOTIVO para que subsista a medida cautelar imposta ou quando
SOBREVIEREM RAZÕES QUE A JUSTIFIQUE, o juiz poderá, de ofício, revogá-la ou substituí-
la, respectivamente.
Requisitos: