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Creche Escola

Normalmente o perfil de clientes que desejam colocar seus filhos em uma creche sã o pessoas que
tem dificuldade para encontrar babá s confiá veis ou buscam por um serviço mais barato do que este,
para que possa exercer outras atividades, como trabalhar por exemplo. Com o aumento do nú mero
de mulheres do mercado de trabalho, mais frequentemente o serviço de creche se torna necessá rio
para atendimento dessa demanda. Nesse contexto, as creches exercem hoje importante papel
educacional para crianças de até três anos de idade.

A Câ mara de Educaçã o Bá sica do CNE - Conselho Nacional de Educaçã o, ó rgã o de assessoramento


do Ministro da Educaçã o do Brasil, adota a seguinte nomenclatura para organizaçã o da Educaçã o
Bá sica:

Educaçã o Infantil até cinco anos de idade:

• Creche até três anos de idade

• Pré-escola quatro e cinco anos de idade

Ensino Fundamental até 14 anos de idade:

• Anos iniciais de 6 a 10 anos de idade

• Anos finais de 11 a 14 anos de idade.

Assim, para o Governo, as creches sã o instituiçõ es educacionais, além disso, tem a


responsabilidade de prover assistência física, cognitiva e motora, social e intelectual a criança.

O que eu posso fazer melhor do que a concorrência? Quais serviços podem oferecer para o pú blico
infantil? E a resposta certa é: Excelência em ensinar, educar e sociabilizar pessoas.

Fatores que influenciam na escolha da melhor creche para o filho: higiene, espaço, qualificaçã o dos
profissionais, etc. Mas, o fator determinante que desperta o interesse do cliente em pelo menos
conhecer a creche, é a proximidade da mesma com seu trabalho ou residência. Avalie também
itinerá rios, vias de acesso, rotas, para ver se a creche fica no caminho casa / trabalho. Assim é muito
importante pesquisar a vizinhança local, seu perfil e poder de consumo.

É necessá rio avaliar, além do local para abrir à creche, as condiçõ es favorá veis desse ponto, que
sã o: estacionamento, segurança e facilidade de acesso.

LDB determina que os Sistemas de Ensino e os Conselhos de Educaçã o estabeleçam normas e


diretrizes que propiciem educaçã o de qualidade nas creches e pré-escolas. Com base no artigo 182
da Constituiçã o Federal, o local escolhido por você além de localizado estrategicamente deve
atender as necessidades físicas para abrir a creche; instalaçõ es adequadas, banheiros, salubridade,
saneamento e condiçõ es de higienizaçã o e atender as normas da vigilâ ncia sanitá ria municipal.

Verifique se o imó vel está legalizado e regularizado junto aos ó rgã os pú blicos municipais que
possam interferir ou impedir sua futura atividade.

- Confira a planta do imó vel aprovada pela Prefeitura, e veja se nã o houve nenhuma obra posterior,
aumentando, modificando ou diminuindo as á reas primitivas, que deverá estar devidamente
regularizada.

2 - Em relaçã o à Autorizaçã o de Funcionamento concedida pela Secretá ria Municipal de Educaçã o,


normalmente, os ofícios de solicitaçã o para sua emissã o, devem estar acompanhados de alguns
documentos suporte (quitaçã o de impostos, alvará s, etc.) relacionados à situaçã o do imó vel onde a
creche será instalada. Por esta razã o é importante verificar / obter junto a Prefeitura Municipal:

I) se o imó vel está regularizado - se possui o HABITE-SE;

II) se os impostos que recaem sobre o imó vel estã o em dia - IPTU, ITR;

III) a legislaçã o municipal que trata da instalaçã o de anú ncios.

IV) Alvará de Funcionamento - É um documento que autoriza o exercício de uma atividade, levando
em conta o local, o tipo de atividade, o meio ambiente, a segurança, a moralidade, o sossego pú blico.

Nenhum imó vel poderá ser ocupado ou utilizado para instalaçã o e funcionamento de usos nã o-
residenciais sem prévia emissã o, pela Prefeitura, da licença correspondente, sem a qual será
considerado em situaçã o irregular.

Pró ximo Capítulo: 5 - Estrutura >

Para a abertura de creches e escola infantil é preciso de uma autorizaçã o de funcionamento e


supervisã o da Secretaria de Estado de Educaçã o. Todas as instituiçõ es de educaçã o infantil devem
ser autorizadas pelo menos 120 dias antes da data prevista para o início da atividade, devendo
montar um processo cumprindo algumas exigências, tais como: plano de educaçã o; propostas
pedagó gicas; relató rio com prova de habilitaçã o profissional (é exigido que o diretor tenha curso de
pedagogia com habilitaçã o em administraçã o escolar); condiçõ es do prédio; alvará de
funcionamento da prefeitura e do corpo de bombeiro, etc.. A Secretaria de Estado de Educaçã o vai
efetuar a fiscalizaçã o para verificar se tudo o que foi relatado no processo, procede. Procedendo a
verificaçã o, é encaminhado relató rio para o Conselho Estadual de Educaçã o providenciar a
autorizaçã o.

A empresa deverá , também, procurar a Vigilâ ncia Sanitá ria da Secretaria Municipal de Saú de para
obter o Alvará de Licença Sanitá ria.

É necessá rio contratar um contador profissional para legalizar a empresa nos seguintes ó rgã os:

- Junta Comercial;

- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

- Secretaria Estadual de Fazenda;

- Secretaria Municipal de Educaçã o;

- Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;

- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a recolher por ocasiã o da
Constituiçã o e até o dia 31 de janeiro de cada ano a Contribuiçã o Sindical Patronal);

- Cadastramento junto à Caixa Econô mica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”.

- Corpo de Bombeiros Militar.

Dentre as leis Federais, disponíveis no site da Presidência da Repú blica Federativa do Brasil,
aplicadas a esta atividade destacamos:

- Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educaçã o, de 20 de dezembro de 1996, que determina a
fixaçã o de uma proposta pedagó gica fundamentada, visando à formaçã o de uma criança cidadã .
- Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, altera o art. 26 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de
1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educaçã o, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino de
mú sica na educaçã o bá sica.

- Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente.

- A Lei 9795/99 de 27 de abril de 1999 dispõ e sobre a educaçã o ambiental e institui a Política
Nacional de Educaçã o Ambiental

- A Lei 9870/99 de 23 de novembro de 1999 trata sobre o valor das anuidades e semestralidades
escolares.

- A Lei 10.034 de 24 de outubro de 2000 que prevê a autorizaçã o para creches, pré-escolas e
estabelecimentos de ensino fundamental fazerem a opçã o pelo Simples.

A abertura das creches, no que se refere às normas e à s condiçõ es, encontra-se prevista na Portaria
nº 262/2011 de 31 de Agosto de 2011 - Normas Reguladoras das Condiçõ es de Instalaçã o e
Funcionamento das Creches. Esta portaria apresenta algumas alteraçõ es ao nível de requisitos
estruturais e funcionais em relaçã o à legislaçã o anterior e nã o se aplica, em parte, à s creches já
existentes ou em processo de licenciamento à data da sua entrada em vigor.

As creches deverã o contar, obrigatoriamente, com instalaçõ es e equipamentos adequados, como


por exemplo:

- Sala para administraçã o e equipe técnica;

- Berçá rio com á rea pró pria para estimulaçã o de bebês;?

- Sala de atividades mú ltiplas (recreaçã o, repouso e refeiçã o);?

- Solá rio ou local de recreaçã o descoberto, preferencialmente com vegetaçã o natural;?

- Sanitá rios para as crianças;?

- Cozinha e lactá rio;?

- Vestiá rio e sanitá rios para funcioná rios.

A legislaçã o é bem clara e rígida dentro de cada município, e estabelece os requisitos estruturais
mínimos para funcionamento de uma creche. Dentre os requisitos mais comuns destacamos:

I) A exigência de á rea mínima (normalmente, um metro quadrado por aluno, sendo permitida a
ocupaçã o má xima correspondente a oitenta por cento da á rea física do imó vel);

II) paredes pintadas ou revestidas com material lavá vel;

III) piso de material de fá cil limpeza;

IV) mobiliá rio de dimensõ es e características que proporcionem conforto e segurança às crianças
atendidas;

V) Boas condiçõ es de ventilaçã o e iluminaçã o;

VI) Existência de berçá rio, de locais para amamentaçã o e higienizaçã o, com balcã o e pia, conforme a
faixa etá ria atendida;
VII) instalaçõ es sanitá rias destinadas a alunos de uso exclusivo destes, adequadas à faixa etá ria, e
em nú mero suficiente para a quantidade de crianças.

A estrutura de uma creche assim como de uma escola, exige uma série de características e a divisã o
de vá rios ambientes para o seu bom funcionamento, tais como:

- Hall de Recepçã o – O hall de recepçã o deve ser uma á rea externa ampla e espaçosa. Deve possuir
instalaçõ es para proporcionar uma passagem gradativa da criança, deixada pelos pais aos cuidados
da creche; atender visitantes, servir de local para reuniã o com pequenos grupos de pais; publicar
avisos, exposiçã o de fotos, desenhos e atividades realizadas pelas crianças. Deve ter uma decoraçã o
aconchegante com cadeiras, bancos ou sofá s, além de ter sempre a disposiçã o uma agenda para
anotaçõ es e recados que os pais desejem fazer a direçã o.

- Berçá rio – O berçá rio é formado por sete á reas integradas e interligadas: recepçã o, dormitó rio,
sala ou local de estimulaçã o, local para banho e higiene do bebê, saleta ou local para amamentaçã o
(opcional), solá rio e lactá rio. A recepçã o é a á rea pró xima à porta do berçá rio, onde a mã e deve
deixar sua bolsa, objetos de uso pessoal e calçar as sapatilhas (sapatos nã o devem ser permitidos
em á rea esterilizada). Os bebês devem ser estimulados através de atividades de base
essencialmente oral-afetiva, através de contato físico, e deve ocorrer a qualquer momento dentro
do berçá rio, essa á rea pode fazer parte do dormitó rio.

- Sala de Atividades – A sala de atividades é um espaço destinado a grupos de crianças, onde terá a
seu dispor brinquedos, jogos, papéis, lá pis, tintas, etc. Em alguns momentos a sala de atividades
pode ser transformada em sala de refeiçõ es, quando vá rias crianças fazem as refeiçõ es
simultaneamente. A creche também deve possuir um local para atividades especiais, que possibilite
a instalaçã o dos equipamentos de suporte utilizados nas atividades recreativas, educacionais,
estimulaçã o psicomotora, etc. (narrativa de histó rias, projeçã o de filmes e slides, teatrinho de vara,
fantoches, sombras, danças, audiçã o de mú sicas, brinquedos cantados, atividades típicas de
educaçã o física e atividades sociais).

- Á rea Externa - A á rea externa, com parte obrigatoriamente coberta, destina-se à recreaçã o
dirigida, ao lazer e à prá tica de educaçã o física e jardinagem. Seu piso pode ser natural ou revestido.

- Administraçã o – O espaço destinado à administraçã o engloba as seguintes atividades: direçã o,


secretaria, almoxarifado, atendimento médico, psicoló gico, pediá trico, nutricionista e assistente
social, e geralmente compõ e- se pela sala do assistente social, sala da diretoria, sala da equipe
pedagó gica, sala do psicó logo, sala do orientador pedagó gico, sala dos professores, secretaria,
almoxarifado, sanitá rio masculino e feminino para a equipe de direçã o, sala do médico, sanitá rio
dos professores e professoras, sala de espera e sala do nutricionista.

- Serviços – A á rea de serviços compreende: despensa, cozinha, lavanderia, copa, além do vestiá rio
para serventes.

- Estacionamento – Se nã o houver disponibilidade permanente de vagas nas proximidades será


necessá rio realizar convênio com estacionamento pró ximo. O ideal é que exista uma á rea pró pria
para parada rá pida na frente da creche, com capacidade para atender o fluxo nos horá rios de
chegada e sO trabalho numa creche deve ser assegurado por profissionais qualificados e em
nú mero suficiente, de acordo com a dimensã o da mesma. Além da formaçã o de base mais
diferenciada dos técnicos de educaçã o, existem outros cursos certificados para Auxiliares de
Educaçã o Infantil.

A direçã o técnica deverá ser assegurada preferencialmente por um educador de infâ ncia, podendo
ser, no entanto, assumida por outros profissionais com licenciatura em Ciências Sociais e Humanas
ou em outras á reas das Ciências da Educaçã o.
Existe a obrigatoriedade de que a direçã o das creches seja feita por profissionais técnicos na á rea
de educaçã o, assessorados por uma equipe técnica em que cada profissional será responsá vel pela
respectiva á rea de atuaçã o.

É necessá rio um Diretor Técnico responsá vel, que poderá exercer a funçã o de Coordenador
Pedagó gico desde que possua as qualificaçõ es para tal. As creches, em geral contam com uma
equipe técnico-administrativo-pedagó gica com a seguinte configuraçã o:

- Médico-pediatra;

- Técnico ou Auxiliar de Enfermagem;

- Nutricionista;

- Recreadores (deverã o ter segundo grau e cursos específicos na á rea);

- Auxiliares (preferencialmente estagiá rios do curso de pedagogia);

- Funcioná rios administrativos;

- Diretor Técnico: Segundo o art. 62 da LDB, a direçã o da instituiçã o de educaçã o Infantil será
exercida por profissional formado em Curso Normal Superior para o Magistério em Educaçã o
Infantil ou em nível de Pó s-Graduaçã o em educaçã o;

- Docentes: Segundo o art. 62 da LDB, deverã o possuir formaçã o em “nível superior”, admitindo-se,
como formaçã o mínima, a oferecida em nível médio, na modalidade “Normal”;

- Educadores Assistentes. Segundo o art. 62 da LDB, deverã o possuir formaçã o em “nível superior”,
admitindo-se, como formaçã o mínima, a oferecida em nível médio, na modalidade “Normal”;

- Merendeiras e Auxiliares de serviços gerais (Serviços de Cozinha, Serviço de Limpeza, segurança).

Para as funçõ es de Médico e Nutricionista a legislaçã o brasileira prevê para estes profissionais,
jornada reduzida, ou seja, eles podem ser contratados como autô nomos. Contudo, a
responsabilidade nestes casos deve ser individual, vedado a intermediaçã o empresarial.
Profissionais especializados como fonoaudió logos, psicó logos, dentistas podem ser contratados por
meio de convênios com instituiçõ es de saú de.

Os profissionais que atuam na creche e que têm contato direto com as crianças, precisam nã o só de
um programa de aperfeiçoamento profissional contínuo, como também de treinamentos
adequados. Eles precisam ter conhecimento da atividade, criatividade, paciência e habilidade no
trato com os educandos, além de saber lidar com os pais, informando sobre o desenvolvimento dos
filhos, ouvindo e respondendo de forma equilibrada quando interpelado a respeito das crianças.

Com vistas à emissã o da Autorizaçã o de Funcionamento e posterior fiscalizaçã o da atividade, as


Secretarias Municipais de Educaçã o estabelecem os requisitos profissionais para o exercício do
cargo de Diretor Técnico e da titulaçã o e quantitativos mínimos de cada funçã o dos membros da
equipe técnico- administrativo- pedagó gica, das creches na sua á rea de jurisdiçã o, com base na
Política Nacional de Educaçã o Infantil.

Sã o necessá rios os seguintes mó veis e equipamentos:

- microcomputadores e impressoras de acordo com a estrutura da creche;

- linha telefô nica;


- uma impressora de cupom fiscal;

- gaveteiro para guardar dinheiro, cheques e tickets de cartõ es de débito e crédito;

- equipamento para recebimento através de cartõ es de débito e crédito – decisã o do empreendedor;

- mó veis e equipamentos para o refeitó rio apropriados para crianças pequenas;

- cadeiras e mesas escolares, armá rios e estantes, de acordo com o dimensionamento das
instalaçõ es;

- estantes, mesas, cadeiras, livros infantis e equipamentos para a sala multimídias;

- jogos e brinquedos pedagó gicos, softwares educativos e material didá tico;

- TV e aparelho de DVD ou blu ray;

- Higienizadores de mamadeiras;

- Esterilizadores e umidificadores de ar;

- berços, colchõ es e colchonetes;

- Tela de proteçã o para janelas;

- equipamentos para cozinha;

- equipamentos, mó veis e utensílios para a secretaria, etc.

O processo produtivo de uma creche pode ser dividido da seguinte forma:

1. Atendimento ao Responsá vel – é o processo responsá vel pelo ingresso das crianças na escola e
pelo atendimento aos pais e/ou responsá veis.

2. Serviços pedagó gicos e lazer – Compreendem as atividades relacionadas à elaboraçã o e execuçã o


do Plano Pedagó gico da creche.

3. Serviços administrativos – responsá veis pelas atividades de apoio administrativo, financeiro,


marketing e de Recursos Humanos da creche. É realizado pela secretaria e pelo responsá vel pela
administraçã o geral.

4. Serviços de preparaçã o de alimento – responsá vel pela preparaçã o dos alimentos e da rotina
alimentar.

5. Serviços de higiene e saú de – responsá vel pelas atividades de higiene e cuidados especiais na
promoçã o da saú de física e mental das crianças atendidas pela escola.

6. Outros serviços de Apoio – Incluem as atividades de limpeza e higiene das instalaçõ es, cuidados
com a horta, segurança, manutençã o das instalaçõ es elétricas, hidrá ulicas, e demais atividades de
apoio necessá rias ao bom funcionamento da creche.

Ainda fazendo parte do processo produtivo, é preciso saber que, em uma creche as crianças podem
ficar em período integral ou meio período.

É importante estabelecer critérios flexíveis na divisã o dos grupos, que sã o feitos por idade ou faixa
etá ria, já que cada criança tem um estilo e um ritmo pró prio de desenvolvimento.? Alguns exemplos
de atividades que podem ser desenvolvidas na creche:?
- repouso (principalmente dos menores);?

- alimentaçã o;?

- mú sica;?

- leitura de histó rias;

- atividades ao ar livre;

A creche pode oferecer o serviço de transporte das crianças, que pode ser acrescido a parte no valor
da mensalidade. Assim, um transporte com uma cuidadora busca a criança e a entrega ao final do
período. Este transporte pode ser pró prio ou terceirizado.

Além disso, a creche pode disponibilizar um site com informaçõ es a respeito das atividades que
realiza, com fotos do ambiente, formas de contato (emails, chats, telefone). Um grande diferencial é
disponibilizar câ meras nas salas de atividades onde os pais podem acompanhar seu filhos através
de vídeos online em tempo real.

Para referência do empreendedor, relacionamos abaixo alguns componentes do orçamento de


investimento necessá rio à instalaçã o de uma pequena creche cujos valores estimados somam cerca
de R$ 214.000,00:

- Abertura da empresa – R$ 5.000,00

- Capital de giro inicial - R$ 12.000,00

- Equipamentos diversos – R$ 36.000,00

- Letreiro - R$ 1.500,00

- Mã o de obra para adaptaçã o do imó vel – R$ 50.000,00

- Marketing inicial - R$ 2.500,00

- Materiais para reforma e instalaçõ es – R$ 80.000,00

- Mobiliá rio - R$ 20.000,00

- Projeto arquitetô nico: Você deve investir 25% do capital em alguns equipamentos para iniciar a
sua creche. Equipamentos e materiais necessá rios incluirã o mobiliá rio, equipamento de escritó rio e
suprimentos, cadeiras, brinquedos, livros, á reas de dormir, materiais escolares, fraldas descartá veis
e almofadas, e outros suprimentos essenciais acolhimento de crianças.– R$ 7.000,00

Segue relaçã o de custos mensais:

1. Salá rios, comissõ es e encargos: R$ 10.380,00;

2. Tributos, impostos, contribuiçõ es e taxas: R$ 1.760,00;

3. Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 3.200,00;

4. Á gua, luz, gá s, telefone e acesso à Internet: R$ 2.100,00;

5. Serviços de limpeza, higiene, manutençã o e segurança: R$ 1.970,00;

6. Assessoria contá bil: R$ 700,00;


7. Alimentaçã o: R$ 8.200,00;

8. Materiais utilizados no processo pedagó gico: R$ 730,00;

9. Materiais de consumo na á rea administrativa: R$ 375,00;

10. Propaganda e publicidade da empresa: R$ 700,00;

11. Honorá rios de profissionais contratados: R$ 2.980,00.

- Divulgação

Os meios para divulgaçã o de uma creche variam de acordo com o porte e o pú blico-alvo escolhido.
Para um empreendimento de pequeno porte, a mala direta é um sistema barato e simples, no qual
pode ser utilizado o cadastro de clientes, obtido de forma rá pida e sem maiores custos, por meio do
banco de dados dos pais dos alunos, ou uma relaçã o de conhecidos do proprietá rio, ou da compra
de listagens vendidas no mercado por empresas de marketing direto.

Neste negó cio a imagem e reputaçã o da escola sã o fundamentais, pois a principal forma de
divulgaçã o é através da propaganda boca a boca.

Na medida do interesse e das possibilidades, poderã o ser utilizados anú ncios em jornais de grande
circulaçã o, rá dio, apresentaçã o de painéis fotográ ficos em feiras, festas e centro de compras,
outdoor e Internet. A propaganda no período da matrícula é extremamente importante, com a
distribuiçã o de panfletos, colocaçã o de faixas de boa qualidade na fachada da escola e montagem de
stand em shoppings centers e centros comerciais. No entanto, nã o se deve concentrar a divulgaçã o
somente nesse período. É importante montar um cronograma de marketing cobrindo vá rias datas
importantes, onde haja concentraçã o de possíveis clientes.

A divulgação através de website pró prio na Internet é uma possibilidade muito interessante, pois
permitem a exposiçã o das instalaçõ es, serviços oferecidos, e depoimentos de pais de alunos.
Também é aconselhá vel uma pá gina da creche em redes socias para promoçã o de datas
comemorativas, recados rá pidos, informaçõ es importantes etc, para os pais acompanharem de
maneira rá pida.

Outros recursos poderã o ser utilizados e, se for de interesse do empreendedor, um profissional de


marketing e comunicaçã o poderá ser contratado para desenvolver campanha específica.

A participaçã o em feiras e eventos do setor proporcionará maior conhecimento e ampliará seus


contatos, sendo também um meio de se atualizar e buscar tudo de mais recente e eficaz para o seu
segmento.

Por se tratar de um empreendimento da área de educação é de suma importância que o


aprendizado e a busca pelo conhecimento seja constante.

Segue alguns dos principais eventos do setor:

Congresso da Escola Particular - SINEPE

Website: http://www.sinepe-rs.org.br

Educar – Feira Internacional de Educaçã o,

Educador – Congresso Internacional de Educaçã o e

Educador Management – Seminá rio de Gestã o em Educaçã o.


Tel: (41) 3033-8100

Website: www.educador.com.br

Escolar – Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecnologia para Escolas, Escritó rios e
Papelarias.

Evento anual

Local: Sã o Paulo-SP

(11) 6226-3100

Website: www.feiraescolar.com.br

Entidades para eventuais consultas:

ASBREI – Associaçã o Brasileira de Educaçã o Infantil

Rua Conde Lages, 44/619 – Gló ria – Rio de Janeiro–RJ

CEP: 20241-900

(21) 2224-1804

abrei@asbrei.org.br

www.asbrei.org.br

Agência Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria

Website: www.anvisa.gov.br

MEC – Ministério da Educaçã o e Cultura

Secretaria de Educaçã o Bá sica

Website: www.mec.gov.br

Educaçã o Bá sica: Primeiro nível da Educaçã o Escolar regular que compreende a Educaçã o Infantil,
o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, e tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar
lhe a formaçã o comum indispensá vel para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores; a Educaçã o Bá sica pode organizar-se em séries
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternâ ncia regular de períodos de estudos, grupos sã o seriados,
tendo por base a idade, a competência e outros critérios, ou de forma diversa, sempre que o
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

Educaçã o Infantil: primeira etapa da Educaçã o Bá sica regular, oferecida em creche e pré-escola, tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicoló gico,
intelectual e social, completando a açã o da família e da comunidade; de acordo com a LDB, a
Educaçã o Infantil atende crianças de até 6 anos de idade, mas, com a publicaçã o da Lei n.º 11.274,
de 6 de fevereiro de 2006, a Educaçã o Infantil passa a atender crianças de até cinco anos de idade.

Escolaridade do professor: o mais alto nível de ensino concluído pelo professor.


Dicas de Negócio

Faça um planejamento para o negó cio visando o desenvolvimento e crescimento deste, para isso
destacamos os seguintes pontos a serem trabalhados:

- Filosofia do projeto (o que é, missã o, visã o e valores, a quem se dirige), aná lise de concorrência,
projeçõ es de lucro e orçamento, obras necessá rias, perfil de gestã o, necessidades de recursos
humanos e remodelaçõ es (dado que há vá rias especificaçõ es legais que devem ser atendidas na
criaçã o de uma creche).

- Invista na qualidade do atendimento ao cliente, ou seja: qualidade do serviço, ambiente agradá vel,
profissionais atenciosos, respeitosos e interessados pelo cliente, além de comodidades adicionais
com respeito a estacionamento no clima de conforto que deve estar presente no ambiente da
escola.

- Procure fidelizar o cliente com açõ es de pó s-venda, como: remessa de cartõ es de aniversá rio,
comunicaçã o de novos serviços e novos produtos ofertados, contato telefô nico para lembrar os
eventos e atividades pedagó gicas.

- A presença do proprietá rio em tempo integral é fundamental para o sucesso do empreendimento.

- O empreendedor deve estar sintonizado com a evoluçã o do setor, pois esse é um negó cio que
requer inovaçã o e adaptaçã o constantes, em face das novas tendências que surgem dia-a-dia.

- Os empregados devem participar de cursos de aperfeiçoamento, congressos e seminá rios, para


garantir a atualizaçã o da escola.

- Mesmo que aposte numa creche pequena, vale sempre a pena apostar em uma boa estratégia de
marketing que inclua aná lise diagnó stico, aná lise SWOT, definiçã o de objetivos, opçõ es estratégicas,
marketing-mix e plano financeiro.

Características
O empreendedor que deseja administrar uma creche precisa possuir características relacionadas à s
funçõ es de educador e de gestor educacional. Dentre estas características destacamos:

- Ter equilíbrio pessoal e experiência anterior.

- Ser ético

- Identificar-se com o projeto político-pedagó gico da escola, tanto na estrutura de funcionamento


quanto na cultura organizacional.

- Ter projeto pessoal de auto-formaçã o profissional.

- Capacidade de liderar e de trabalhar em equipe.

- Ter capacidade para planejar e gerenciar as atividades pedagó gicas e administrativas da creche,
garantindo um clima propício à aprendizagem, ter fortes compromissos com as dificuldades dos
alunos e desenvolver empatia com a faixa etá ria de crianças até três anos de idade.

- Capacidade de estabelecer vínculos afetivos e de trabalho, buscando coerência entre o discurso e a


prática.
- Saber ensinar de modo coerente, de acordo com a demanda da instituiçã o: ter carisma pessoal,
comunicar-se com clareza, demonstrar preocupaçã o com as questõ es educacionais, saber agrupar
os alunos, interagir com as características do grupo-classe e favorecer a produtividade entre eles.

- Capacidade de cumprir compromissos funcionais, como: assiduidade, pontualidade, compromisso


com os prazos de tarefas, disponibilidade de tempo para reuniõ es, disposiçã o para documentar
seus trabalhos, saber elaborar planos de estudo e relató rios.

-Ser cordial com os pais dos alunos e manter uma parceria constante, visando ao melhor
desenvolvimento do aluno.

URL:

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-creche

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