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Beatriz Mendes Britto Pereira (DRE:120053286)

Clara Azevedo C. A. Moniz de Aragão (DRE:120067887)


Evilásio Molulo Moisés Neto (DRE:120038854)
João Pedro Alves Rodrigues (DRE:120024457)
Kevenly Braga Silva de Souza (DRE:120057345)

CINÉTICA DE SECAGEM

Carolina
Pupe
Turma B

RELATÓRIO PARA A DISCIPLINA DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS


EXPERIMENTAL

MACAÉ - RJ
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ………………………………………………….. 3
MATERIAL E MÉTODOS ……………………………………… 3
RESULTADOS ………………………………………………….. 4
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ………………………….. 10
CONCLUSÃO …………………………………………………... 11
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA …………………………….. 11
1. Introdução

O processo de secagem de um material pode ser descrito como uma


série de etapas em que a taxa de secagem desempenha um papel
fundamental (BARBOSA-CÁNOVAS e VEGA-MERCADO, 1998).
A secagem de sólidos é uma das mais antigas e usuais operações
unitárias encontradas nos mais diversos processos usados em indústrias
agrícolas, cerâmicas, químicas, alimentícias, farmacêuticas, de papel e celulose,
mineral e de polímeros. É também uma das operações mais complexas e menos
entendida, devido à dificuldade e deficiência da descrição matemática dos
fenômenos envolvidos de transferência simultânea de calor, massa e quantidade
de movimento nos sólido, baseado em extensiva observação experimental e
experiência operacional (MENON; MUJUMDAR, 1987).
Na secagem, as moléculas de água devem percorrer o caminho através do
alimento ou material até a superfície do mesmo para entrar em contato com ar de
secagem. Uma vez na superfície, as moléculas de água são transferidas para o
ar, baseado na diferença de pressão de vapor entre a superfície e o ar. Quando a
pressão do vapor do ar alcança o mesmo valor de pressão de vapor na superfície,
a secagem cessa. A curva de secagem pode ser limitada tanto pela taxa interna
de migração das moléculas de água para a superfície (difusão), quanto pela
evaporação das moléculas que já estão na superfície, dependendo das condições
de secagem (HELDMAN e HARTEL, 1998).
A operação é utilizada para facilitar o carregamento, descarregamento,
transporte pneumático, ou seja, o manuseio de compostos pulverulentos.
Utilizada também para reduzir os custos de transporte de matérias primas,
aumentar o valor de uma commodity, para aumentar a vida de prateleira do
produto ou para simplesmente cumprir especificações no que diz a respeito de
uma matéria-prima ou de um produto (LINDEMANN; SCHMIDT, 2010).

2. Materiais e métodos:

2.1. Materiais:

Placa de Petri: Este é um recipiente cilíndrico e achatado, podendo o mesmo


ser de vidro ou plástico, utilizado, principalmente, para proporcionar o
crescimento de microrganismos, dentre outras funções;

Estufa de secagem: As estufas possuem diversas funções, dentre elas, pode-


se promover a secagem de vidrarias, utensílios e materiais a serem analisados.
Além disso, existem estufas que são utilizadas para esterilização, cultura de
células, etc;

Balança analítica: É um instrumento de laboratório altamente sensível projetada


para medir massas com precisão;
Gral e pistilo (almofariz): São ferramentas utilizadas para triturar pequenas
quantidades de amostras a serem analisadas em laboratórios;

Hortelã: É uma planta medicinal e aromática com propriedades que ajudam a


tratar diversos problemas digestivos, efeito calmante e sedativo que diminuem
os níveis de ansiedade.

2.2. Métodos:

Iniciou-se a prática de secagem com cada grupo pegando três


placas de Petri e pesando cada uma delas. Em seguida, anotou-se o peso de
cada placa e pesou, aproximadamente, 2g de folha de hortelã em cada uma das
placas pesadas.
Após pesadas as folhas, sabe-se que as mesmas precisam ser
pesadas até que as alterações na massa sejam mínimas. Assim sendo, levou-
se as três placas de Petri para a estufa de secagem e as deixou por 10 minutos,
após tal tempo, retirou as placas da estufa, pesou-se as mesmas e anotou-se as
variações de massa. Como mencionado anteriormente, repetiu-se o
procedimento de levar a estufa, deixar por 10 minutos e, após o tempo
determinado, pesar até que não houvesse mais variação na massa das folhas
de hortelã.
Posteriormente, após secas, com auxílio do gral e pistilo, triturou-
se as folhas secas e deu-se início ao preparo do chá de hortelã. Por fim, analisou
e anotou-se os dados obtidos no experimento em questão.

3. Resultados

1.1 - Determinação da Umidade Inicial das Folhas de Hortelã (Mentha piperita)

A umidade inicial foi calculada através da equação,

Legenda,
. Xi – Umidade Inicial das Folhas
. Wi – Peso Inicial das Folhas
. Ws – Peso Final das Folhas
1.2 - Determinação da Umidade Limite e da Razão de Umidade

Placa Wi Ws X10 RU10


1 2,004 1,187 0,68829 5,5301
2 4,008 2,02 0,984158 5,15692
MÉDIA: 5,34351
Tabela 1: Determinação da Curva de Secagem para o tempo de 10 min.

Placa Wi Ws X20 RU20


1 2,004 0,48 3,175 2,393607
2 4,008 1,27 2,155906 3,678993
MÉDIA: 3,0363
Tabela 2: Determinação da Curva de Secagem para o tempo de 20 min.

Placa Wi Ws X30 RU30


1 2,004 0,38 4,273684 1,007835
2 4,008 0,92 3,356522 2,164653
MÉDIA: 1,586244
Tabela 3: Determinação da Curva de Secagem para o tempo de 30 min.

Placa Wi Ws X40 RU40


1 2,004 0,34 4,894118 0,225281
2 4,008 0,55 6,287273 -1,53191
MÉDIA: -0,65331
Tabela 4: Determinação da Curva de Secagem para o tempo de 40 min.

Placa Wi Ws X50 RU50


1 2,004 0,33 5,072727 0
2 4,008 0,52 6,707692 0
MÉDIA: -
Tabela 5: Determinação da Curva de Secagem para o tempo de 50 min.

Para calcular a umidade limite foi utilizada a mesma equação para descobrir a
umidade inicial,

E através da equação abaixo, é possível descobrir o valor da razão de umidade


(RU)

Legenda:
. RU – Razão de Umidade (adimensional)
. Xt – Teor de água no tempo T
. Xi – Teor de água inicial
. Xe – Teor de água no equilíbrio (peso constante)
1.3 - Dados experimentais para a determinação da curva de secagem,

Curvas de secagem ajustadas pelo modelo matemático de Page,


Curvas de secagem ajustadas pelo modelo matemático de Henderson Pabis,

Curvas de secagem ajustadas pelo modelo matemático de Midilli,


Curvas de secagem ajustadas pelo modelo matemático de Wang Sing,

Curvas de secagem ajustadas pelo modelo matemático de Page Modificado,


Curvas de secagem ajustadas pelo modelo matemático de Aproximação da
Difusão,
4. Discussão

A operação unitária de secagem consiste em retirar a quantidade de água


de um material, ocasionando uma redução na massa do mesmo. Esse processo
é retratado através das curvas de secagem, que relaciona a Razão de Umidade
(RU) versus o tempo de secagem.
A partir dos resultados obtidos experimentalmente, pode-se observar a
influência da temperatura durante a cinética do processo. Assim como o
preconizado, a razão de umidade, relação entre a massa de água contida no
produto e a massa de matéria seca, decresce ao longo do tempo sob as
condições de temperatura (105oC) estabelecida na estufa. Dessa maneira,
conforme o produto é mantido na estufa, a quantidade de água é reduzida, até
que o produto se encontre no estado seco.
Sendo assim, a secagem, por consistir na remoção de umidade, além de
diminuir sua massa total, também reduz a sua atividade de água, resultando no
aumento da vida útil do produto. Logo, o experimento em questão está dentro do
preconizado, uma vez que o valor de RU está diminuindo gradativamente.
Soma-se a isso, o modelo de Page, no qual foi o melhor que descreveu
as curvas de secagem. Dentre os modelos avaliados, a equação de Page foi a
que melhor se ajustou aos dados observados em razão de umidade. Quando
comparados com os demais modelos, observou-se pouca variação nas
diferentes condições experimentais e em relação ao coeficiente de determinação
(R2), a equação apresentou valores elevados estando, em torno de 0,97030 e
próximo ao valor ideal. Representando, portanto, um bom ajuste dos modelos
para representação do fenômeno de secagem.
Além disso, o modelo Paige foi aquele que mais obteve proximidade em
relação ao parâmetro matemático adequado, visto que seu R2 estava próximo a
1 e a soma dos erros apresentou um valor baixo quando comparado aos outros
modelos matemáticos.
Esta comparação entre os modelos, pode ser observada na tabela abaixo:

Tabela 6: Comparação de Modelos

5. Conclusão

A partir dos resultados e discussão, conclui-se que, apesar de inicialmente


ocorrer um erro experimental, que logo foi reparado, o fenômeno da cinética de
secagem foi obtido e o experimento pode ser considerado satisfatŕorio. Visto que
houve a perda do peso da hortelã conforme o tempo e a incidência de calor da
estufa, além de perda da quantidade de água, isto é, umidade. Ademais, o
modelo matemático mais adequado para este experimento foi o modelo Page,
que através dos testes apresentou os melhores valores de parâmetros
matemáticos e melhor gráfico de curva.

6. Referência Bibliográfica

Júnior. A. Paulo Cesar, Corrêa. Paulo Cesar. Comparação de modelos


matemáticos para descrição da cinética de secagem em camada fina de
sementes de feijão. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.3,
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https://www.scielo.br/j/rbeaa/a/Zqk4D8Hm3PhgQWY6rdyp9Zd/?format=pdf&lan
g=pt. Acesso em: 06/07/2022.

Martinazzo. Ana P, Corrêa. Paulo C, Resende. Osvaldo, Melo.C. Evandro.


Análise e descrição matemática da cinética de secagem de folhas de capim-
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306, 2007. 24/10/2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbeaa/a/YBJHpYsQNXwhMW75zxKbnHF/?format=pdf&la
ng=pt. Acesso em: 06/07/2022.

Martins. P. Fernanda, Neto. B. C. Juan , Silva. O. J. Alex, Siqueira. O. M. Antonio.


Secagem: Uma Revisão. The Journal of Engineering and Exact Sciences – jCEC,
Vol. 06 N. 04 (2020). Disponível em:
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Acesso em: 06/07/2022.
RIBEIRO, Daniel. Placa de Petri. Revista de Ciência Elementar, v. 1, n. 1, 2013.
Disponível em: <https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2013/080/>. Acesso
em: 16 jun. 2022.

TRAVÁLIA, B; SANTOS, B; RESENDE, L; et al. CINÉTICA DE SECAGEM DE


HORTALIÇAS EM ESTUFA DE SECAGEM COM LUZ. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível
em: <http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/chemicalengineeringproceedings/enemp2015/SE-671.pdf>.
Acesso em: 16 jun. 2022.

ZANIN, Tatiana. Hortelã: para que serve, como usar e como fazer o chá. Tua
Saúde. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/hortela/>. Acesso em: 16 jun.
2022.

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