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Notas de Aula
Cálculo 2
UNIDADE 1 - PARTE 1
Varginha/MG
Notas de aula - Cálculo 2
Prof. André R. Monticeli
Sumário
1
Notas de aula - Cálculo 2
Prof. André R. Monticeli
V = πr2 h
ou seja, o volume é dado em função de duas variáveis, raio (r) e altura (h).
V : R2 → R
(r, h) 7→ V (r, h)
(ii) O circuito da Figura 1 abaixo tem 3 resistores. A corrente desse circuito é função das resistências
R1 , R2 e R3 .
Assim,
E
I(R1 , R2 , R3 ) =
R1 + R2 + R3
V : R3 → R
(R1 , R2 , R3 ) 7→ I
Figura 1:
Portanto, a corrente do circuito dado é uma função de três variáveis independentes.
1.1.1 Denição:
Seja D um conjunto do espaço n-dimensional (D ⊆ Rn ), isto é, os elementos de D são n-uplas
ordenadas (x1 , x2 , x3 , ..., xn ) de números reais. Se a cada ponto P do conjunto D associamos um único
elemento z ∈ R, temos uma função f : D ⊆ Rn → R. Esta função é chamada função de n-variáveis
reais. Denotamos
z = f (P ) ou z = f (x1 , x2 , ..., xn )
O conjunto D é denominado domínio da função z = f (P ).
Exemplo 1.1.1.
Para cada uma das seguintes funções, calcule f (3, 2) e encontre o domínio.
Resolução:
2
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√
1. f (x, y) = x+y+1
x−1
√ √
3+2+1 6
f (3, 2) = =
3−1 2
Determinando o domínio temos,
x+y+1≥0 ⇒ y ≥ −x − 1 e x − 1 6= 0 ⇒ x 6= 1
Logo,
D = {(x, y)|x + y + 1 ≥ 0 e x 6= 1}
Figura 2:
2. f (x, y) = x. ln(y 2 − x)
Logo,
D = (x, y) | x < y 2
Figura 3:
3
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Exemplo 1.1.2.
Determine o domínio e a imagem da função
p
g(x, y) = 9 − x2 − y 2
Resolução:
Determinando o domínio da função temos,
9 − x2 − y 2 ≥ 0 =⇒ x2 + y 2 ≤ 9 ⇒ D = {(x, y)|x2 + y 2 ≤ 9}
Isto é, um disco com centro em (0, 0) e raio 3. Na Figura 4 temos o esboço deste domínio.
Figura 4:
0≤z≤3
Portanto, a imagem da função g(x, y) é Im = {z | 0 ≤ z ≤ 3}.
Exemplo 1.1.3.
Descreva o domínio da função f (x, y) = y − x2 .
p
Resolução:
Determinando o domínio da função temos,
y − x2 ≥ 0 ⇒ y ≥ x2
Logo,
D = {(x, y) | y ≥ x2 }
Na Figura 5 temos a representação gráca deste domínio.
1.1.2 Gráco
Da mesma forma que no estudo das funções de uma variável, a noção de gráco desempenha um
papel importante no estudo das funções de várias variáveis. Isso ocorre, principalmente, para funções
de duas variáveis, cujo gráco, em geral, representa uma superfície no espaço tridimensional.
Denição:
Se f é uma função de duas variáveis com domínio D, então o gráco de f é o conjunto de todos os
pontos (x, y, z) ∈ R3 , tal que z = f (x, y) e (x, y) ∈ D.
4
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Figura 5:
Exemplo 1.1.4.
Esboce o gráco da função f (x, y) = 6 − 3x − 2y .
Resolução:
O gráco de f tem a equação
z = 6 − 3x − 2y ou 3x + 2y + z = 6
y=z=0 ⇒ x=2
y=x=0 ⇒ z=6
x=z=0 ⇒ y=3
Assim, na Figura 6 temos o gráco da função f .
Figura 6:
Exemplo 1.1.5.
Esboce o gráco de g(x, y) = 9 − x2 − y 2 .
p
Resolução:
O gráco
p de g tem a equação
z= 9 − x2 − y 2 ou ainda z 2 = 9 − x2 − y 2 ou x2 + y 2 + z 2 = 9.
5
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Figura 7:
Que é a equação da esfera de centro na origem e raio 3. Mas, como z ≥ 0, o gráco de g será
somente a metade superior da esfera. Na Figura 7 temos o gráco da função g .
Exemplo 1.1.6.
Esboce o gráco de h(x, y) = 4x2 + y 2 .
Resolução:
O gráco de h tem a equação z = 4x2 + y 2 , que é um paraboloide elíptico. Assim, seu gráco está
representado na Figura 8.
Figura 8:
ATIVIDADE 1.1.1.
Faça o esboço do gráco das seguintes funções, utilizando o geogebra.
1. z = (x2 + 3y 2 )e−x
2 −y 2
2. z = sen x + sen y
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Exemplo 1.1.7.
Um mapa de contorno para uma função f é mostrado na Figura 9. Use-o para estimar os valores
de f (1, 3) e f (4, 5).
Resolução:
Figura 9:
Portanto,
f (1, 3) ∼
= 70
f (4, 5) ∼
= 60
Exemplo 1.1.8.
Esboce as curvas de nível da função f (x, y) = 6 − 3x − 2y para valores k = −6, 0, 6, 12.
Resolução:
A equação das curvas de nível são
6 − 3x − 2y = k ou 3x + 2y + (k − 6) = 0
ou ainda
−3 (k − 6)
y= x−
2 2
Portanto, as curvas de nível são retas com inclinação 2 .
−3
Assim, as curvas de nível são:
−3
k = −6 ⇒ y=
x+6
2
−3
k=0 ⇒ y= x+3
2
−3
k=6 ⇒ y= x
2
−3
k = 12 ⇒ y = x−3
2
Na Figura 10 temos o esboço das curvas de nível.
7
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Figura 10:
Exemplo 1.1.9.
Esboce algumas curvas de nível da função z = 4 − x2 − y 2 .
p
Resolução:
A equação das curvas de nível são
p
4 − x2 − y 2 = k ou x2 + y 2 = 4 − k 2
Assim,
k=0 ⇒ x2 + y 2 = 4
1 15
k= ⇒ x2 + y 2 =
2 4
k=1 ⇒ x2 + y 2 = 3
k=0 ⇒ x2 + y 2 = 4
Portanto, na Figura 11 temos a representação gráca das curvas de nível.
Figura 11:
ATIVIDADE 1.1.2.
1) Seja F (x, y) = 1 +
p
4 − y2
8
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p
x2 + y 2 = k ou x2 + y 2 = k 2
| {z }
circunf erencia centrada na origem
A representação gráca da curva de nível e o gráco da função estão representados na Figura 12.
Figura 12:
Exemplo 1.2.2.
Para a função z = x2 + y 2 . Assim, as curvas de nível são x2 + y 2 = k. Logo, a representação gráca
da curva de nível e o gráco da função estão representados na Figura 13.
Figura 13:
Observando os dois exemplos, pode-se vericar que as curvas de nível de ambas as funções são
circunferências de centro na origem. Assim, utilizando somente as curvas de nível, podemos ter dicul-
dade em esboçar o gráco da função corretamente. Outro recurso muito útil para visualizar a forma
do gráco consiste em determinar a interseção deste com os planos yz e xz .
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• x = 0 −→ z = y
• y = 0 −→ z = x
z = x2 + y 2
• x = 0 −→ z = y 2
• y = 0 −→ z = x2
Figura 14:
10
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Figura 15:
Figura 16:
y2
4. Elipsoide: x2 + 4 + z2
2 =1
Exemplo 1.2.4.
Uma chapa de aço retangular é posicionada num sistema cartesiano, como na Figura 16. A tem-
peratura nos pontos da chapa é dada por T (x, y) = y 2 . Esboçar o gráco da função temperatura.
Resolução:
O domínio da função T (x, y) é o retângulo representado na Figura 16, dado por
D = {(x, y) | 0 ≤ x ≤ 6 e − 2 ≤ y ≤ 2}
Sua imagem é
Im(T ) = [0, 4]
As curvas de nível são √
y 2 = k ou y = ± k
Então,
• k=0→y=0
• k = 1 → y = ±1
√
• k=2→y=± 2
√
• k=3→y=± 3
• k = 0 → y = ±2
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Figura 17:
• x = 0 ⇒ z = y 2 (yz)
• y = 0 ⇒ z = 0 (xz)
Figura 18:
Embora não possamos obter a visualização geométrica para o gráco de uma função de mais de
duas variáveis, podemos deni-lo:
Denição - Gráco:
Seja f uma função de n variáveis, f = f (x1 , x2 , ..., xn ). O seu gráco é o conjunto de pontos do
espaço Rn+1 dado por
graf (f ) = {(x1 , x2 , ..., xn , f (x1 , x2 , ..., xn )) |z(x1 , x2 , ..., xn ) ∈ D(f )}
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ATIVIDADE 1.2.2.
Faça as seguintes atividades do livro de Cálculo, Volume 2 do Stewart, pág. 802 até 804:
Exercícios: 34, 35, 36, 51, 52, 59-64, 65-68.
lim f (x, y) = L
(x,y)7−→(a,b)
Se para todo número > 0 houver um número correspondente de δ > 0 tal que
p
se (x, y) ∈ D e 0 < (x − a)2 + (y − b)2 < δ entao |f (x, y) − L| <
Observe que |f (x, y) − L| corresponde à distância entre os números f (x, y) e L, e (x − a)2 + (y − b)2
p
é a distância entre o ponto (x, y) e o ponto (a, b). Assim, a denição diz que a distância entre f (x, y)
e L pode ser feita arbitrariamente pequena se tomarmos a distância de (x, y) a (a, b) pequena.
Figura 19:
Para as funções de uma variável, quando fazemos x tender a a, só existem duas direções possíveis
de aproximação: pela esquerda ou pela direita.
Já para as funções de duas variáveis, essa situação não é tão simples porque existem innitas
maneiras de (x, y) se aproximar de (a, b) por uma quantidade innita de direções e de qualquer maneira
que se queira.
A denição de limite diz que a distância entre f (x, y) e L pode ser pequena se tomarmos a distância
de (x, y) para (a, b) pequena. A denição se refere somente à distância entre (x, y) e (a, b). Ela não
se refere à direção da abordagem. Portanto, se o limite existe, f (x, y) deve se aproximar do mesmo
valor-limite, independentemente do modo como (x, y) se aproxima de (a, b). Assim, se acharmos dois
caminhos diferentes de aproximação ao longo dos quais f (x, y) tenha limites diferentes, então
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lim f (x, y) = @
(x,y)→(a,b)
Se f (x, y) → L1 quando (x, y) → (a, b) ao longo do caminho c1 e f (x, y) → L2 quando (x, y) → (a, b)
ao longo do caminho c2 , com L1 6= L2 , então
lim f (x, y) = @
(x,y)→(a,b)
Exemplo 1.3.1.
Mostre que
x2 − y 2
lim
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
não existe.
Resolução:
x2 −y 2
Seja f (x, y) = x2 +y 2
. Primeiro vamos considerar (0, 0) ao longo do eixo x. Então, y = 0 e
f (x, 0) = x2
x2
= 1, ∀x 6= 0. Portanto,
x2 1
f (x, x) = 2 2
= , ∀x 6= 0
x +x 2
Portanto,
1
f (x, y) → ⇒ (x, y) → (0, 0) ao longo da reta x = y
2
Como obtivemos valores diferentes para o limite ao longo de caminhos diferentes, podemos armar
que o limite não existe.
As propriedades do limite estudadas em Cálculo 1 podem ser estendidas para as funções de duas
variáveis. O teorema do confronto também vale.
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Exemplo 1.3.3.
Ache
3x2 y
lim
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
se existir.
Resolução:
Ao longo da reta y = x temos,
3x2 y 3x2 x 3x3 3x
lim 2 2
= lim 2 2
= lim 2
= lim =0
(x,y)→(0,0) x + y (x,y)→(0,0) x + x (x,y)→(0,0) 2x (x,y)→(0,0) 2
Teorema 1.
Se lim(x,y)→(a,b) f (x, y) = 0 e g(x, y) é uma função limitada em uma bola aberta de centro em (a, b),
então,
Exemplo 1.3.4.
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Mostre que
x2 y
lim =0
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
Resolução:
Tomando
xy
f (x, y) = x e g(x, y) =
x2 + y2
temos lim(x,y)→(a,b) x = 0. Portanto, basta mostrarmos que g(x, y) é limitada. Para isto, vamos
reescrevê-la em coordenadas polares
x = r cos θ y = r sen θ
Logo,
xy r cos θ.r sen θ r2 cos θ sen θ
g(x, y) = = = = cos θ. sen θ
x2 + y 2 r2 cos2 θ + t2 sen2 θ r2 (cos2 θ + sen2 θ)
Como −1 ≤ cos θ. sen θ ≤ 1, temos que g(x, y) é limitada. Assim, pelo Teorema,
x2 y
lim =0
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
Exemplo 1.3.5.
Calcular
x3 + x2 y − 2xy − 2x2 − 2x + 4
lim
(x,y)→(2,1) xy + x − 2y − 2
Resolução:
Substituindo diretamente temos uma indeterminação 0
0 que pode ser eliminada pela fatoração.
Assim,
(x − 2)(x2 + xy − 2) 22 + 2.1 − 2 4
= lim − = =2
(x,y)→(2,1) (x − 2)(y + 1) 1+1 2
1.3.2 Continuidade
Uma função f de duas variáveis é dita contínua em (a, b) se
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Onde a função
x2 − y 2
f (x, y) =
x2 + y 2
é contínua?
Resolução:
A função f é descontínua em (0, 0), pois ela não está denida neste ponto. Como f é uma função
racional, ela é contínua em todo o seu domínio, o que corresponde ao conjunto
Exemplo 1.3.7.
Seja (
3x2 y
x2 +y 2
se (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) =
0 se (x, y) = (0, 0)
Sabemos que f é contínua para (x, y) 6= (0, 0), uma vez que ela é racional denida nesta região.
Também sabemos que
3x2 y
lim = 0 = f (0, 0)
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
c) lim(x,y)→(0,0) sen(xy)
x2 +y 2
- aplique a regra de L'Hôpital.
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Figura 20:
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Exemplo 1.3.10.
Encontre fx e fy como funções se f (x, y) = 2y
y+cos x
Resolução:
Resolução:
Calculando ∂z
∂x e ∂z
∂y temos:
∂z 1 1
= .y + 1 = + 1
∂x xy x
∂z 1 1
= .x + 1 = + 1
∂y xy y
Substituindo na equação temos:
1 1
x. +1 −y +1 =x−y
x y
1+x−1−y =x−y
x−y =x−y
Exemplo 1.3.12.
Seja z = 6 − x2 − y 2 . Encontrar a inclinação da reta tangente à curva c2 , resultante da interseção
de z = f (x, y) com x = 2, no ponto (2, 1, 1).
Resolução:
No plano x = 2, temos a curva x2 dada por
C2 = 6 − 2 2 − y 2 = 2 − y 2
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∂2f ∂2z
∂ ∂f
(fx )y = fxy = = =
∂y ∂x ∂y∂x ∂y∂x
∂2f ∂2z
∂ ∂f
(fy )x = fyx = = =
∂x ∂y ∂x∂y ∂x∂y
∂2f ∂2z
∂ ∂f
(fy )y = fyy = = =
∂y ∂y ∂y 2 ∂y 2
Exemplo 1.4.1.
Determine as derivadas de segunda ordem de f (x, y) = x3 + x2 y 3 − 2y 2 .
Resolução:
As derivadas de primeira ordem são:
∂f ∂f
= 3x2 + 2xy 3 e = 3x2 y 2 − 4y
∂x ∂y
Portanto, as derivadas parciais de segunda ordem são:
∂2f ∂2f ∂2f ∂2f
= 6x + 2y 3 = 6xy 2 = 6xy 2 = 6x2 y − 4
∂x2 ∂y∂x ∂x∂y ∂y 2
20
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Encontre ∂2w
∂x∂y se w = xy + ey
y 2 +1
.
Resolução:
⇒ Se diferenciarmos em relação a x e depois a y temos:
∂w ∂2w
=y → =1
∂x ∂y∂x
⇒ Se diferenciarmos em relação a y e depois a x, conforme está pedindo o exercício, temos:
∂w ey (y 2 − 1) − 2yey ∂2w
=x+ → =1
∂y (y 2 + 1)2 ∂x∂y
Poderíamos diferenciar em qualquer ordem porque as condições do teoremas são satisfeitas.
Exemplo 1.4.3.
Encontre fyxyz se f (x, y, z) = 1 − 2xy 2 z + x2 y .
Resolução:
Devemos diferenciar primeiro em relação a y , depois a x, em seguida a y , e por último, em relação
a z.
fy = −4xyz + x2
fyx = −4yz + 2x
fyxy = −4z
fyxyz = −4
Figura 21:
Suponha que f tenha derivadas parciais contínuas. Uma EQUAÇÃO DO PLANO TANGENTE à
superfície z = f (x, y) no ponto P (x0 , y0 , z0 ) é dada por
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Exemplo 1.4.4.
Determine o plano tangente ao paraboloide elíptico z = 2x2 + y 2 no ponto (1, 1, 3).
Resolução:
Seja f (x, y) = 2x2 + y 2 . Então, suas derivadas parciais são:
ATIVIDADE 1.4.1.
1) Se f (x, y) = 16 − 4x2 − y 2 , determine fx (1, 2) e fy (1, 2) e interprete esses números como taxa
de variação. Faça o esboço do gráco da função e destas derivadas, utilizando o GeoGebra.
a)f (x, y) = y 5 − 3xy b)f (x, y) = x4 y 3 + 8x2 y c)f (x, t) = e−t . cos(πx)
√
d)f (x, t) = x. ln t e)z = (2x + 3y)10 f )z = (xy)
x
g)f (x, y) = (x+y) 2 h)f (x, y, z) = xz − 5x2 y 3 z 4 i)w = x. sen(y − z)
6) Determine uma equação do plano tangente à superfície no ponto especicado. Em seguida, faça
o esboço do gráco da função e do plano tangente no GeoGebra.
a)z = 3y 2 − 2x2 + x P (2, −1, −3)
b)z = 3(x − 1)2 + 2(y + 3)2 + 7 P (2, −2, 12)
√
c)z = xy P (1, 1, 1)
d)z = x.exy P (2, 0, 2)
e)z = x. sen(x + y) P (−1, 1, 0)
f )z = ln(x − 2y) P (3, 1, 0)
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L(2, 3) = 1 ⇒ f (2, 3) = 17
1.5.2 Diferenciabilidade
Denição: Dizemos que a função f (x, y) é diferenciável no ponto (x0 , y0 ) se as derivadas parciais
∂f
∂x (x0 , y0 ) e ∂f
∂x (x0 , y0 ) existem e se
f (x, y) [f (x0 , y0 ) + fx (x0 , y0 ).(x − x0 ) + fy (x0 , y0 ).(y − y0 )]
lim
(x,y)→(x0 ,y0 ) |(x, y) − (x0 , y0 )|
Observação: A denição diz que uma função diferenciável é aquela para a qual a aproximação
linear é uma boa aproximação quando (x, y) está próximo de (x0 , y0 ). Em outras palavras, o plano
tangente aproxima bem o gráco de f perto do ponto de tangência.
Teorema: Se as derivadas parciais fx e fy existirem perto de (x0 , y0 ) e forem contínuas em (x0 , y0 ),
então f é diferenciável em (x0 , y0 ).
Exemplo 1.5.1.
Mostre que f (x, y) = x.exy é diferenciável em (1, 0) e encontre sua linearização ali. Use a lineari-
zação para aproximar o valor de f (1, 1; −0, 1).
Resolução:
As derivadas parciais são:
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Exemplo 1.5.2.
Use a denição para provar que a função f (x, y) = x2 + y 2 é diferenciável em R2 .
Resolução:
As derivadas parciais de f são:
fx (x, y) = 2x e fy (x, y) = 2y
Assim, para mostrarmos que f é diferenciável em R2 , pela denição, temos que mostrar que
x2 + y 2 − x20 + y02 + 2x0 (x − x0 ) + 2y0 (y − y0 )
lim p =0
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x − x0 )2 + (y − y0 )2
Logo,
x2 − x20 − 2x0 x + 2x20 + y 2 − y02 − 2y0 y + 2y02
lim p =0
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x − x0 )2 + (y − y0 )2
(x2 − x0 )2 + (y − y0 )2 p
lim p = lim (x − x0 )2 + (y − y0 )2 = 0
(x,y)→(x0 ,y0 ) 2
(x − x0 ) + (y − y0 ) 2 (x,y)→(x0 ,y0 )
Logo, f é diferenciável em R2 .
Exemplo 1.5.3.
Vericar se as função são diferenciável em R2 a) f (x, y) = x2 +y 2 b) f (x, y) = 3xy 2 +4x2 y+2xy .
Resolução:
a) A função f tem as seguintes derivadas parciais:
∂f ∂f
= 2x e = 2y
∂x ∂y
Como as derivadas parciais são contínuas em R2 , conclui-se que f é diferenciável em R2 .
b) A função f é polinomial, logo possui derivadas parciais em todo R2 . As derivadas parciais são:
∂f ∂f
= 3y 2 + 8xy + 2y e = 6xy + 4x2 + 2x
∂x ∂y
Como as derivadas partiais são contínuas em R2 , conclui-se que f é diferenciável em R2 .
Exemplo 1.5.4.
Vericar a diferenciabilidade da função f (x, y) = x
x2 +y 2
.
Resolução:
A função f tem derivadas parciais em R2 − {(0, 0)}. As suas derivadas são:
∂f −x2 + y 2 ∂f −2xy
= 2 e = 2
∂x (x + y 2 )2 ∂y (x + y 2 )2
Como as derivadas são funções racionais cujo denominador se anula apenas em (0, 0), então são
contínuas em R2 − {(0, 0)}, logo, f é diferenciável em R2 − {(0, 0)}.
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x = sen 0 = 0 e y = cos 0 = 1
Assim,
dz
= (0 + 3).(2.1) + (0 + 0).(0) = 6
dt
Exemplo 1.5.6.
A pressão em P (em kilopascal), volume V (em litros) e temperatura T (em Kelvin) de um mol
de um gás ideal relacionam-se pela equação P.V = 0, 31T . Determine a taxa de variação da pressão
quando a temperatura é 300 K e está aumentando com a taxa de 0, 1 K/s e o volume é 100 L e está
aumentando com a taxa de 0, 2 L/s.
Resolução:
Se t representa o tempo decorrido, medido em segundos, então, em um dado instante temos:
dT dV
T = 300 V = 100 = 0, 1 = 0, 2
dt dt
Como
0, 31T
P.V = 0, 31T ⇒ P =
V
Queremos encontrar a taxa de variação da pressão, ou seja, dt .
dP
Assim,
dP ∂P dT ∂P dV
= + =
dt ∂T dt ∂V dt
0, 31 (−0, 31T )
= .0, 1 + .0, 2
V V2
Como T = 300 e V = 100 temos,
dP 0, 31 0, 31.300
= .0, 1 − .0, 2 = −0, 04155
dt 100 1002
Ou seja, a pressão está decrescendo com uma taxa de variação de 0, 042 kPa/s.
CASO 2: Suponha que z = f (x, y) seja uma função diferenciável de x e y , onde x = g(s, t) e
y = h(s, t), são funções diferenciáveis de s e t. Então,
∂z ∂z ∂x ∂z ∂y
= . + .
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s
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Notas de aula - Cálculo 2
Prof. André R. Monticeli
∂z ∂z ∂x ∂z ∂y
= . + .
∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
Exemplo 1.5.7.
Se z = ex . sen y , onde x = st2 e y = s2 t, determine ∂z
∂s e ∂t .
∂z
Resolução:
∂z ∂z ∂x ∂z ∂y
= . + . = (ex . sen y)(t2 ) + (ex . cos y).(2st) =
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s
2 2
= t2 ex sen y + 2stex cos y = t2 est sen(s2 t) + 2stest cos(s2 t)
∂z ∂z ∂x ∂z ∂y
= . + . = (ex sen y)(2st) + (ex cos y)(s2 ) =
∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
2 2
= 2stex sen y + s2 ex cos y = 2stest sen(s2 t) + s2 est cos(s2 t)
O Caso 2 da regra da cadeia contém três tipos de variáveis:
s e t ⇒ variveis independentes
x e y ⇒ variveis intermedirias
z ⇒ varivel dependente
VERSÃO GERAL: Suponha que u seja uma função diferenciável de n variáveis x1 , x2 , x3 , ..., xn ,
onde cada xj é uma função diferenciável de m variáveis t1 , t2 , t3 , ..., tm . Então, u é uma função de
t1 , t2 , t3 , ..., tm e
Portanto,
∂u
= (4.23 .2).(2.e0 ) + (24 + 2.2.0).(2.2.1.e0 ) + (22 . sen 0) = 128 + 64 + 0 = 192
∂s
ATIVIDADE 1.5.1.
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Notas de aula - Cálculo 2
Prof. André R. Monticeli
1) Mostre porque a função é diferenciável no ponto dado. A seguir, encontre a linearização L9x, y)
da função naquele ponto.
a)f (x, y) = 1 + x. ln(xy − 5), (2, 3) 3y4,
b)f (x, y) = xp (1, 1)
x 4y
c)f (x, y) = x+y , (2, 1) d)f (x, y) = x + e , (3, 0)
e)f (x, y) = e −xy cos y, (π, 0)
3) Dado que f é uma função diferenciável, f (2, 5) = 6, fx (2, 5) = 1 e fy (2, 5) = −1, use uma
aproximação linear para estimar f (2, 2; 4, 9).
x2 y 2 xy, x = sen t, y = et
a)z = p b)z = cos(x + 4y), x = 5t4 , y = 1t
d)z =−1 xy , x = et , y = 1 − e−t
c)z = 1 + x2 + y 2 , x = ln t, y = cos t
a) z = x2 + xy 3 , x = uv 2 + w3 , y = u + vew ; ∂z ∂z ∂z
∂u , ∂v , ∂w quando u = 2, v = 1 e w = 0.
√
b) u = r2 + s2 , r = y + x cos t, s = x + y sen t; ∂u ∂u ∂u
∂x , ∂y , ∂t quando x = 1, y = 2 e t = 0.
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