Você está na página 1de 11

Cópia não autorizada

JUL 1995 NBR 13418


Cabos resistentes ao fogo para
instalações de segurança
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Especificação
Origem: Projeto 03:020.03-028/1993
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:020.03 - Comissão de Estudo de Cabos Isolados
NBR 13418 - Fire resistant cables for electric safety installations - Specification
Descriptors: Power cable. Control cable. Eletric cable
Esta Norma foi baseada na BS-6387/1983
Copyright © 1995,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.08.1995
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Cabo de potência. Cabo de controle. 11 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados Cabo elétrico

SUMÁRIO NBR 5471 - Condutores elétricos - Terminologia


1 Objetivo
2 Documentos complementares NBR 6251 - Cabos de potência com isolação sólida
3 Definições extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV - Construção
4 Condições gerais - Padronização
5 Condições específicas
6 Inspeção NBR 6812 - Fios e cabos elétricos - Queima vertical
7 Aceitação e rejeição (Fogueira) - Método de ensaio
ANEXO - Análise qualitativa para determinação da pre-
NBR 6813 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resis-
sença de halogênios, nitrogênio e enxofre
tência de isolamento - Método de ensaio

1 Objetivo NBR 6814 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resis-


tência elétrica - Método de ensaio
Esta Norma fixa as condições exigíveis para cabos unipo-
lares ou multipolares para instalações fixas de segurança, NBR 6880 - Condutores de cobre para cabos isola-
nas quais é requerida a manutenção da integridade das dos - Características dimensionais - Padronização
linhas elétricas em condições de incêndio, conforme a
NBR 5410. NBR 6881 - Fios e cabos elétricos de potência ou
controle - Ensaio de tensão elétrica - Método de en-
2 Documentos complementares saio

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 7290 - Cabos de controle com isolação sólida
extrudada com polietileno reticulado (XLPE) ou bor-
NBR 5111 - Fios de cobre nus de seção circular para racha etileno-propileno (EPR) para tensões até 1 kV
fins elétricos - Especificação - Especificação

NBR 5368 - Fios de cobre mole estanhados para fins NBR 7312 - Rolos de fios e cabos elétricos - Caracte-
elétricos - Especificação rísticas dimensionais - Padronização

NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão - NBR 9511 - Cabos elétricos - Raios mínimos de cur-
Procedimento vatura para instalação e diâmetros mínimos de
núcleos de carretéis para acondicionamento - Padro-
NBR 5456 - Eletricidade geral - Terminologia nização
Cópia não autorizada

2 NBR 13418/1995

NBR 10301- Fios e cabos elétricos - Resistência ao 4.1.2 Cabos de controle até 750 V
fogo - Método de Ensaio
Cabos para instalações fixas, com condutores de seções
NBR 10495 - Fios e cabos elétricos - Determinação nominais de 0,5 mm2 a 1 mm2.
da quantidade de gás ácido halogenado emitida du-
rante a combustão de materiais poliméricos - Método 4.1.3 Cabos de controle até 1 kV
de ensaio
Cabos para instalações fixas, com condutores de seções
NBR 11137 - Carretéis de madeira para o acondicio- nominais de 1,5 mm2 a 10 mm2..
namento de fios e cabos elétricos - Dimensões e es-
truturas - Padronização 4.1.4 Cabos de potência até 0,6 kV/1 kV

NBR 11300 - Fios e cabos elétricos - Determinação Cabos para instalações fixas, com condutores de seções
da densidade de fumaça emitida em condições defini- nominais de 1,5 mm2 a 500 mm2.
das de queima - Método de ensaio
4.2 Condições em regime permanente
NBR 11633 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de deter-
minação do grau de acidez de gases desenvolvidos A temperatura no condutor, em regime permanente, não
durante a combustão de componentes - Método de deve ultrapassar 90ºC.
ensaio
4.3 Condições em regime de sobrecarga
NBR 12139 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de deter-
minação do índice de toxidez dos gases desenvol- A temperatura no condutor, em regime de sobrecarga,
vidos durante a combustão de materiais poliméricos não deve ultrapassar 130ºC. A operação neste regime
- Método de ensaio não deve superar 100 h durante 12 meses consecutivos,
nem 500 h durante a vida do cabo.
3 Definições
4.4 Condições em regime de curto-circuito
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
em 3.1 a 3.4 e nas NBR 5410, NBR 5456, NBR 5471 e A temperatura no condutor, em regime de curto-circuito,
NBR 6251. não deve ultrapassar 250ºC. A duração neste regime não
deve ser superior a 5 s.
3.1 Unidade de expedição
4.5 Acondicionamento e fornecimento
Comprimento contínuo de material contido em uma emba-
lagem de expedição, ou seja, um rolo para materiais acon- 4.5.1 Os cabos devem ser acondicionados de maneira a
dicionados em rolos ou uma bobina para materiais acon- ficarem protegidos durante o manuseio, transporte e ar-
dicionados em carretéis. mazenagem. O acondicionamento deve ser em rolo ou
carretel. O carretel deve ter resistência adequada e ser
3.2 Comprimento efetivo isento de defeitos que possam danificar o produto.

Comprimento efetivamente medido em uma unidade ou 4.5.2 O acondicionamento em carretéis deve ser limitado
lote de expedição, por meio de equipamento adequado à massa bruta de 5000 kg e o acondicionamento em rolos
que garanta a incerteza máxima especificada. limitado a 40 kg para movimentação manual. Em rolos
cuja movimentação deva ser efetuada por meio mecânico,
3.3 Comprimento nominal é permitida massa superior a 40 kg.
Comprimento padrão de fabricação e/ou comprimento
4.5.3 Os cabos devem ser fornecidos em unidades de ex-
que conste na ordem de compra.
pedição com comprimento nominal de fabricação.
3.4 Lance irregular quanto ao comprimento
4.5.4 Para cada unidade de expedição (rolo ou bobina), a
Lance com comprimento diferente, em mais de 3%, do incerteza máxima exigida na medição do comprimento
comprimento nominal, com no mínimo 50% do referido efetivo é de ± 1%.
comprimento.
4.5.5 O fabricante deve garantir, durante o processo de
4 Condições gerais fabricação, que os materiais acondicionados em rolos
apresentem uma média de comprimento no mínimo igual
4.1 Designação dos cabos ao comprimento efetivo declarado.

Para efeito de utilização desta Norma, os cabos se caracte- 4.5.6 Para produtos acondicionados em carretéis, admite-
rizam pela tensão de isolamento em função da aplicação, se, quando não especificado diferentemente pelo compra-
conforme indicado em 4.1.1 a 4.1.4. dor, que o comprimento efetivo em cada unidade de expe-
dição seja diferente do comprimento nominal em no máxi-
4.1.1 Cabos unipolares de potência ou controle até 300V/ mo ± 3%. Para efeitos comerciais, o fabricante, neste caso,
500 V deve declarar o comprimento efetivo.

Cabos para instalações fixas, unipolares, com condutores 4.5.7 Para complementar a ordem de compra admite-se
de seções nominais de 0,5 mm2 a 120 mm2. que até 5 % dos lances de um lote de expedição sejam ir-
Cópia não autorizada

NBR 13418/1995 3

regulares quanto ao comprimento (ver 3.4), devendo o c) número desta Norma;


fabricante declarar o comprimento efetivo de cada unidade
de expedição. d) comprimento total a ser adquirido, em m;

4.5.8 Os carretéis devem possuir dimensões conforme as e) comprimento das unidades de expedição e respec-
NBR 9511 e NBR 11137 e os rolos conforme a NBR 7312. tivas tolerâncias. Caso não sejam fixados, adotam-
se o comprimento padrão do fabricante e tolerân-
4.5.9 As extremidades dos cabos acondicionados em car- cias, conforme 4.5.3 a 4.5.7.
retéis devem ser convenientemente seladas com capuzes
de vedação ou com fita auto-aglomerante, resistentes às Nota: No caso de exigência do ensaio previsto em 6.1.3, uma
intempéries, a fim de evitar a penetração de umidade du- indicação explícita deve constar na ordem de compra.
rante o manuseio, transporte e armazenagem.
5 Condições específicas
4.5.10 Externamente, os carretéis devem ser marcados
nas duas faces laterais, diretamente sobre o disco ou por 5.1 Construção geral do cabo
meio de plaquetas metálicas, com caracteres legíveis e
permanentes, com as seguintes indicações: 5.1.1 O condutor deve ser de cobre eletrolítico e estar de
acordo com a NBR 6251.No caso de cabos de controle,
a) nome do fabricante e CGC; com mais de uma coroa de veias, a resistência máxima
deve ser acrescida de 1,5% sobre os valores estabeleci-
b) indústria brasileira;
dos na NBR 6880.
c) tensão de isolamento, conforme 4.1;
5.1.2 A superfície do condutor de seção maciça ou dos
d) número de condutores e seção nominal, em mm2; fios componentes do condutor encordoado não deve
apresentar fissuras, escamas, rebarbas, asperezas, estrias
e) número desta Norma; ou inclusões. O condutor pronto não deve apresentar fa-
lhas de encordoamento.
f) comprimento, em m;
5.1.3 O condutor de seção maciça ou os fios componentes
g) massa bruta, em kg;
do condutor encordoado, antes de serem submetidos a
h) número da ordem de compra; fases posteriores de fabricação, devem atender aos requi-
sitos da NBR 5111 ou NBR 5368, para condutores de co-
i) número de série do carretel; bre nu ou revestido, respectivamente.

j) seta no sentido de rotação para desenrolar. 5.1.4 Todos os cabos devem possuir cobertura (extrudada
ou têxtil).
4.5.11 Os rolos devem conter uma ou mais etiquetas com
as indicações de 4.5.10, com exceção das referentes às 5.1.5 Os componentes do cabo devem ser escolhidos de
alíneas i) e j). Para a alínea g), a massa bruta deve ser maneira a atender aos requisitos de ensaio desta Norma,
substituída pela massa líquida, no caso de rolos. sendo a isolação necessariamente do tipo termofixo.
4.6 Garantias 5.2 Identificação das veias
4.6.1 O fabricante deve garantir, entre outras exigências,
As veias devem ser identificadas convenientemente, con-
o seguinte:
forme estabelecido na NBR 6251 para os cabos de po-
a) a qualidade de todos os materiais usados, de acor- tência e conforme estabelecido na NBR 7290 para os ca-
do com os requisitos desta Norma; bos de controle.

b) a reposição, livre de despesas, de qualquer cabo 5.3 Marcação na cobertura


considerado defeituoso, devido às eventuais defi-
ciências em seu projeto, matéria-prima ou fabri- A cobertura dos cabos deve ser marcada de forma inde-
cação, durante a vigência do período de garantia. lével, a intervalos regulares de até 50 cm, com no mínimo
Este período deve ser estabelecido em comum os seguintes dizeres:
acordo entre comprador e fabricante.
a) nome do fabricante;
4.6.2 As garantias são válidas para qualquer cabo insta-
lado com técnica adequada e utilizado em condições pró- b) número de condutores e seção nominal, em mm2;
prias e normais ao tipo de cabo.
c) tensão de isolamento, em V ou kV;
4.7 Descrição para aquisição do cabo
d) a expressão “resistente ao fogo” ou “res. fogo”;
O comprador deve indicar, necessariamente em sua con-
sulta e posterior ordem de compra para aquisição do cabo, e) ano de fabricação;
os seguintes dados fundamentais:
f) número desta Norma.
a) tensão de isolamento, conforme 4.1;
Notas: a) O ano de fabricação e outras exigências adicionais
b) número de condutores, seção nominal, em mm2, e podem ser marcados em uma fita colocada conve-
classe de encordoamento; nientemente no interior do cabo.
Cópia não autorizada

4 NBR 13418/1995

b) Quando a superfície da cobertura for irregular, de modo 6.1.1.5 No caso de cabos multipolares, todas as veias de-
a não permitir uma marcação de qualidade adequada, vem ser submetidas a todos os ensaios de rotina.
os dizeres das alíneas a) a f) podem ser marcados na
superfície da capa interna ou de separação, ou em 6.1.1.6 Os ensaios especiais (E) são feitos em amostras
uma fita colocada convenientemente no interior do de cabo completo, ou em componentes retirados delas,
cabo. conforme critério de amostragem estabelecido em 6.1.1.8
e 6.1.1.9, com a finalidade de verificar se o cabo atende
6 Inspeção às especificações do projeto. O ensaio de 6.1.1.7-c) deve
ser realizado somente em uma amostra de cabo por tipo
6.1 Ensaios e critérios de amostragem de construção prevista na ordem de compra.
Os ensaios previstos por esta Norma são classificados 6.1.1.7 Os ensaios especiais (E) solicitados por esta Norma
em: são:

a) ensaios de recebimento (R e E); a) verificação da construção do cabo, conforme 5.1 a


5.3;
b) ensaios de tipo (T);
b) ensaio de determinação do grau de acidez, con-
c) ensaios de controle; forme 6.3.9;

d) ensaios após a instalação. c) ensaio de resistência ao fogo, conforme 6.3.13.

6.1.1.8 Os ensaios especiais (E) devem ser feitos para or-


6.1.1 Ensaios de recebimento (R e E)
dens de compra que excedam 2 km de cabos multipolares,
ou 4 km de cabos unipolares, de mesma seção e cons-
6.1.1.1 Os ensaios de recebimento constituem-se em:
trução. Para ordens de compra com vários cabos de mes-
mo tipo de construção e mesmos materiais componentes,
a) ensaios de rotina (R);
apenas com seções diferentes, os ensaios especiais po-
dem ser realizados em um único cabo, preferencialmente
b) ensaios especiais (E).
o de maior comprimento. Para ordens de compra com
comprimentos de cabos inferiores aos acima estabele-
6.1.1.2 Os ensaios de rotina (R) são feitos sobre todas as
cidos, o fabricante deve fornecer, se solicitado, um certifi-
unidades de expedição (rolos ou carretéis), com a fina-
cado onde conste que o cabo cumpre os requisitos dos
lidade de demonstrar a integridade do cabo.
ensaios especiais desta Norma.
6.1.1.3 Os ensaios de rotina (R), solicitados por esta Norma, 6.1.1.9 A quantidade requerida de amostras deve estar
são: conforme a Tabela 1.

a) ensaio de resistência elétrica, conforme 6.3.1; 6.1.1.10 A amostra deve ser constituída por dois compri-
mentos suficientes de cabo, retirados das extremidades
b) ensaio de tensão elétrica, conforme 6.3.2; de unidades quaisquer de expedição, após ter sido elimi-
nada, se necessário, qualquer porção do cabo que tenha
c) ensaio de resistência de isolamento à temperatura sofrido danos.
ambiente, conforme 6.3.3.
6.1.1.11 No caso de cabos multipolares com mais de três
6.1.1.4 Todas as unidades de expedição devem ser sub- veias, estes ensaios devem ser limitados a não mais de
metidas a todos os ensaios de rotina. 20% das veias, com um mínimo de três veias ensaiadas.

Tabela 1 - Determinação do número de amostras

Comprimento do cabo (km)

Cabos unipolares Cabos multipolares Número de amostras

Superior a Inferior ou igual a Superior a Inferior ou igual a

4 20 2 10 1
20 40 10 20 2
40 60 20 30 3
60 80 30 40 4
80 100 40 50 5

Notas: a) O número de amostras é a quantidade de unidades de expedição retiradas do lote sob inspeção.
b) Para ordens de compra com comprimentos de cabos superiores, tomar uma amostra a cada 10 km de cabos multipolares ou
20 km de cabos unipolares.
Cópia não autorizada

NBR 13418/1995 5

6.1.2 Ensaios de tipo (T) c) ensaios físicos da cobertura, conforme 6.3.14;

6.1.2.1 Estes ensaios devem ser realizados com a finali- d) ensaio de envelhecimento em amostra de cabo
dade de demonstrar o satisfatório comportamento do pro- completo, conforme 6.3.6;
jeto do cabo, para atender à aplicação prevista. São, por
isso mesmo, de natureza tal que não precisam ser repe- e) ensaio de queima vertical, conforme 6.3.7;
tidos, a menos que haja modificação do projeto do cabo
que possa alterar o seu desempenho. f) ensaio de análise qualitativa para determinação
da presença de halogênio, nitrogênio e enxofre,
Nota: Entende-se por modificação do projeto do cabo, para os conforme 6.3.8;
objetivos desta Norma, qualquer variação construtiva, ou
de tecnologia, que possa influir diretamente no desempenho g) ensaio para determinação do grau de acidez, con-
elétrico, mecânico e/ou em condições de queima ou resis- forme 6.3.9;
tência ao fogo do cabo, como, por exemplo:
h) ensaio de determinação da quantidade de gás áci-
a) modificação nos materiais componentes do cabo; do, conforme 6.3.10;

b) utilização de proteções metálicas que possam afetar i) ensaio de determinação do índice de toxidez, con-
os componentes subjacentes do cabo. forme 6.3.11;

6.1.2.2 Estes ensaios devem ser realizados, de modo ge- j) ensaio de densidade de fumaça, conforme 6.3.12;
ral, uma única vez para cada projeto de cabo.
l) ensaio de resistência ao fogo, conforme 6.3.13.
6.1.2.3 Após a realização dos ensaios de tipo (T), deve
ser emitido um certificado pelo fabricante ou por entidade 6.1.2.10 Devem-se utilizar comprimentos suficientes de
reconhecida pelo fabricante e comprador. cabo completo, retirados dos mesmos lotes de fabricação
utilizados para os ensaios de tipo elétricos.
6.1.2.4 A validade do certificado, emitido conforme 6.1.2.3,
condiciona-se à emissão de um documento de sua apro- 6.1.3 Ensaio de tipo (T) complementar
vação por parte do comprador. Este documento só pode
ser utilizado pelo fabricante, para outros compradores, O ensaio de tipo complementar previsto por esta Norma é
com autorização do emitente. o ensaio para determinação do coeficiente por ºC para
correção da resistência de isolamento, conforme 6.3.15.
6.1.2.5 Os ensaios de tipo (T) elétricos, solicitados por es-
ta Norma, são: 6.1.4 Ensaios de controle

a) ensaio de resistência elétrica, conforme 6.3.1; 6.1.4.1 Estes ensaios são realizados normalmente pelo
fabricante, com periodicidade adequada, em matéria-
b) ensaio de resistência de isolamento à temperatura prima e semi-elaborados, bem como durante a produção
ambiente, conforme 6.3.3; do cabo e após a sua fabricação, com o objetivo de as-
segurar que os materiais e processos utilizados atendam
c) ensaio de resistência de isolamento a (90 ± 2)ºC, aos requisitos de projeto cobertos por esta Norma.
conforme 6.3.4;
6.1.4.2 Todos os ensaios elétricos e não elétricos previstos
d) ensaio de tensão elétrica de longa duração, con- por esta Norma compreendem o elenco de ensaios de
forme 6.3.5. controle disponíveis ao fabricante, que, a seu critério e
necessidade, os utiliza para determinada ordem de com-
6.1.2.6 O corpo-de-prova deve ser constituído por um com- pra ou lote de produção.
primento de cabo completo, de 10 m a 15 m. São reco-
mendados cabos de potência unipolar de 35 mm2 e tripolar 6.1.4.3 Após a realização dos ensaios de controle, os re-
de 4 mm2. O cabo de controle recomendado é o de sete sultados devem ser registrados adequadamente pelo
condutores, de seção 2,5 mm2. fabricante, sendo parte integrante de seu sistema de ga-
rantia da qualidade. Esta documentação deve estar dis-
6.1.2.7 Estes ensaios devem ser realizados conforme a ponível ao comprador em caso de auditoria de sistema
seqüência de 6.1.2.5. ou de produto.

6.1.2.8 No caso de cabos multipolares, estes ensaios de- 6.1.4.4 A critério do comprador, esta documentação refe-
vem ser limitados a não mais do que três veias. rente aos ensaios de controle pode ser aceita em substi-
tuição aos ensaios de recebimento estabelecidos por esta
6.1.2.9 Os ensaios de tipo (T) não elétricos, solicitados Norma.
por esta Norma, são:
6.1.5 Ensaio após a instalação
a) verificação da construção do cabo, conforme 5.1 a
5.3; 6.1.5.1 Este ensaio é aplicável a cabos de potência e con-
trole e destinado a demonstrar a integridade do cabo e
b) ensaios físicos da isolação, conforme 6.3.14; seus acessórios.
Cópia não autorizada

6 NBR 13418/1995

6.1.5.2 Após a instalação do cabo e seus acessórios, e 6.3.2 Ensaio de tensão elétrica (R)
antes destes serem colocados em operação, pode ser
aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 6.3.2.1 Para os cabos unipolares, a tensão elétrica deve
80% do valor dado na Tabela 2, durante 15 min consecu- ser aplicada entre o condutor e a blindagem ou proteção
tivos. metálica.

Nota: Nos casos de instalações regidas pela NBR 5410, os 6.3.2.2 Para cabos multipolares, a tensão elétrica deve
ensaios após instalação devem ser realizados conforme ser aplicada entre cada condutor e todos os outros conec-
prescrito naquela norma. tados entre si e a proteção metálica coletiva, se existir. A
tensão elétrica deve ser aplicada tantas vezes quanto
Tabela 2 - Valores de tensão contínua necessário, de forma a assegurar que todas as veias se-
jam ensaiadas entre si e a proteção metálica, se existir.
Tensão de
isolamento 0,3/0,5 0,75 1,0 0,6/1 6.3.2.3 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alter-
(V ou Vo/V) nada, freqüência 48 Hz a 62 Hz, de valor eficaz dado na
Tabela 3, durante 5 min, não deve apresentar perfuração.
Tensão de
Tabela 3 - Valores eficazes de tensão elétrica alternada
ensaio 4,8 6,0 8,4 8,4
Unid.: kV
Nota: Os valores de tensão elétrica contínua de ensaio cor-
respondem a 2,4 vezes o valor em tensão elétrica alter- Tensão de
nada. isolamento 0,3/0,5 0,75 1,0 0,6/1
(V ou Vo/V)
6.2 Condições gerais de inspeção
Tensão de
6.2.1 Todos os ensaios de recebimento e verificação de- ensaio 2,0 2,5 3,5 3,5
vem ser executados nas instalações do fabricante, deven-
do ser fornecidos ao inspetor todos os meios que lhe per- 6.3.2.4 Em alternativa, o requisito estabelecido em 6.3.2.3
mitam verificar se o produto está de acordo com esta Nor- pode ser verificado com tensão elétrica contínua, de valor
ma. dado na Tabela 2, durante 5 min.

6.2.2 Os ensaios de tipo (T) podem ser executados em 6.3.2.5 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6881.
laboratórios independentes, reconhecidos pelo compra-
dor. 6.3.3 Ensaio de resistência de isolamento à temperatura
ambiente (R e T)
6.2.3 No caso de o comprador dispensar a inspeção, o
fabricante deve fornecer, se solicitado, cópia dos resul- 6.3.3.1 A resistência de isolamento da(s) veia(s), referida
tados dos ensaios de rotina (R) e especiais (E) e certifi- a 20ºC e a um comprimento de 1 km, não deve ser inferior
cado dos ensaios de tipo (T), de acordo com os requisitos ao valor calculado com a seguinte equação:
desta Norma.
D
6.2.4 Todos os ensaios previstos por esta Norma devem Ri = Ki log
d
ser realizados às expensas do fabricante, com exceção
do ensaio após a instalação que, se executado pelo fabri- Onde:
cante, deve ser objeto de acordo comercial.
Ri = resistência de isolamento, em MΩ x km
6.2.5 Quando os ensaios de tipo (T) forem solicitados pelo
comprador para uma determinada ordem de compra, o Ki = constante de isolamento igual a 750 MΩ x km
corpo-de-prova previsto em 6.1.2.6 ou 6.1.2.10 deve ser
retirado de uma unidade qualquer de expedição. D = diâmetro nominal sobre a isolação, em mm

6.2.6 Quando os ensaios de tipo (T), já certificados pelo d = diâmetro nominal sob a isolação, em mm
fabricante, forem solicitados pelo comprador para uma
determinada ordem de compra, o importe destes deve Nota: Para condutores de seção transversal não circular, a re-
lação D/d deve ser a relação entre os perímetros nominais
ser objeto de acordo comercial.
sobre a isolação e sobre o condutor.

6.3 Descrição dos ensaios e seus requisitos 6.3.3.2 A medição da resistência de isolamento deve ser
feita com tensão elétrica contínua, de valor 300 V a
6.3.1 Ensaio de resistência elétrica (R e T) 500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo
de 5 min.
6.3.1.1 A resistência elétrica dos condutores, referida a
20ºC e a um comprimento de 1 km, não deve ser superior 6.3.3.3 As conexões do cabo ao instrumento de medição
aos valores estabelecidos na NBR 6880. devem ser realizadas de acordo com o indicado para o
ensaio de tensão elétrica (ver 6.3.2), conforme o tipo de
6.3.1.2 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6814. construção do cabo.
Cópia não autorizada

NBR 13418/1995 7

6.3.3.4 O ensaio de resistência de isolamento deve ser 6.3.3.6 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6813.
realizado após o ensaio de tensão elétrica, conforme
6.3.2. No caso de o ensaio de 6.3.2 ter sido realizado Nota: Quando este ensaio for realizado como ensaio de tipo
para cabos não blindados individualmente, a medição da
com tensão elétrica contínua, a medição da resistência
resistência de isolamento deve ser feita com o corpo-de-
de isolamento deve ser feita 24 h após os condutores
prova constituído por veia de comprimento mínimo de 5 m
terem sido curto-circuitados entre si e com as respecti- imersa em água, pelo menos 1 h antes do ensaio, tendo
vas blindagens (ou proteções metálicas) aterradas ou sido retirados todos os componentes exteriores à isolação.
com a água.
6.3.4 Ensaio de resistência de isolamento a (90 ± 2)ºC (T)
6.3.3.5 Quando a medição da resistência de isolamento
for realizada em temperatura do meio diferente de 20ºC, 6.3.4.1 A resistência de isolamento da(s) veia(s) a
o valor obtido deve ser referido a esta temperatura, utili- (90 ± 2)ºC, referida a um comprimento de 1 km, não deve
zando-se os fatores de correção dados na Tabela 4. O fa- ser inferior ao valor calculado com a equação dada em
bricante deve fornecer previamente o coeficiente por ºC 6.3.3.1, tomando-se a constante de isolamento
a ser utilizado (ver 6.3.15). ki = 0,75 MΩ x km.

Tabela 4 - Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura

Temperatura Coeficiente / ºC

(ºC) 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14

5 0,42 0,36 0,32 0,27 0,24 0,21 0,18 0,16 0,14


6 0,44 0,39 0,34 0,30 0,26 0,23 0,20 0,18 0,16
7 0,47 0,41 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,20 0,18
8 0,50 0,44 0,40 0,36 0,32 0,29 0,26 0,23 0,21
9 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29 0,26 0,24

10 0,56 0,51 0,46 0,42 0,39 0,35 0,32 0,29 0,27


11 0,59 0,54 0,50 0,46 0,42 0,39 0,36 0,33 0,31
12 0,63 0,58 0,54 0,50 0,47 0,43 0,40 0,38 0,35
13 0,67 0,62 0,58 0,55 0,51 0,48 0,45 0,43 0,40
14 0,70 0,67 0,63 0,60 0,56 0,53 0,51 0,48 0,46

15 0,75 0,71 0,68 0,65 0,62 0,59 0,57 0,54 0,52


16 0,79 0,76 0,74 0,71 0,68 0,66 0,64 0,61 0,59
17 0,84 0,82 0,79 0,77 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67
18 0,89 0,87 0,86 0,84 0,83 0,81 0,80 0,78 0,77
19 0,94 0,93 0,93 0,92 0,91 0,90 0,89 0,88 0,88

20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00


21 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
22 1,12 1,14 1,17 1,19 1,21 1,23 1,25 1,28 1,30
23 1,19 1,23 1,26 1,30 1,33 1,37 1,40 1,44 1,48
24 1,26 1,31 1,36 1,41 1,46 1,52 1,57 1,63 1,69

25 1,34 1,40 1,47 1,54 1,61 1,69 1,76 1,84 1,93


26 1,42 1,50 1,59 1,68 1,77 1,87 1,97 2,08 2,19
27 1,50 1,61 1,71 1,83 1,95 2,08 2,21 2,35 2,50
28 1,59 1,72 1,85 1,99 2,14 2,30 2,48 2,66 2,85
29 1,69 1,84 2,00 2,17 2,36 2,56 2,77 3,00 3,25

30 1,79 1,97 2,16 2,37 2,59 2,84 3,11 3,39 3,71


31 1,90 2,10 2,33 2,58 2,85 3,15 3,48 3,84 4,23
32 2,01 2,25 2,52 2,81 3,14 3,50 3,90 4,33 4,82
33 2,13 2,41 2,72 3,07 3,45 3,88 4,36 4,90 5,49
34 2,26 2,58 2,94 3,34 3,80 4,31 4,89 5,53 6,26

35 2,40 2,76 3,17 3,64 4,18 4,78 5,47 6,25 7,14


36 2,54 2,95 3,43 3,97 4,59 5,31 6,13 7,07 8,14
37 2,69 3,16 3,70 4,33 5,05 5,90 6,87 7,99 9,28
38 2,85 3,38 4,00 4,72 5,56 6,54 7,69 9,02 10,58
39 3,03 3,62 4,32 5,14 6,12 7,26 8,61 10,20 12,06
40 3,21 3,87 4,66 5,60 6,73 8,06 9,65 11,52 13,74

/continua
Cópia não autorizada

8 NBR 13418/1995

/continuação

Temperatura Coeficiente / ºC

(ºC) 1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23

5 0,12 0,11 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06 0,05 0,04


6 0,14 0,13 0,11 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06
7 0,16 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09 0,08 0,08 0,07
8 0,19 0,17 0,15 0,14 0,12 0,11 0,10 0,09 0,08
9 0,21 0,20 0,18 0,16 0,15 0,13 0,12 0,11 0,10

10 0,25 0,23 0,21 0,19 0,18 0,16 0,15 0,14 0,13


11 0,28 0,26 0,24 0,23 0,21 0,19 0,18 0,17 0,16
12 0,33 0,31 0,28 0,27 0,25 0,23 0,22 0,20 0,19
13 0,38 0,35 0,33 0,31 0,30 0,28 0,26 0,25 0,23
14 0,43 0,41 0,39 0,37 0,35 0,33 0,32 0,30 0,29

15 0,50 0,48 0,46 0,44 0,42 0,40 0,39 0,37 0,36


16 0,57 0,55 0,53 0,52 0,50 0,48 0,47 0,45 0,44
17 0,66 0,64 0,62 0,61 0,59 0,58 0,56 0,55 0,54
18 0,76 0,74 0,73 0,72 0,71 0,69 0,68 0,67 0,66
19 0,87 0,86 0,85 0,85 0,84 0,83 0,83 0,82 0,81

20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00


21 1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23
22 1,32 1,35 1,37 1,39 1,42 1,44 1,46 1,49 1,51
23 1,52 1,56 1,60 1,64 1,69 1,73 1,77 1,82 1,86
24 1,75 1,81 1,87 1,94 2,01 2,07 2,14 2,22 2,29

25 2,01 2,10 2,19 2,29 2,39 2,49 2,59 2,70 2,82


26 2,31 2,44 2,57 2,70 2,84 2,99 3,14 3,30 3,46
27 2,66 2,83 3,00 3,19 3,38 3,58 3,80 4,02 4,26
28 3,06 3,28 3,51 3,76 4,02 4,30 4,59 4,91 5,24
29 3,52 3,80 4,11 4,44 4,79 5,16 5,56 5,99 6,44

30 4,05 4,41 4,81 5,23 5,69 6,19 6,73 7,30 7,93


31 4,65 5,12 5,62 6,18 6,78 7,43 8,14 8,91 9,75
32 5,35 5,94 6,58 7,29 8,06 8,92 9,85 10,87 11,99
33 6,15 6,89 7,70 8,60 9,60 10,70 11,92 13,26 14,75
34 7,08 7,99 9,01 10,15 11,42 12,84 14,42 16,18 18,14

35 8,14 9,27 10,54 11,97 13,59 15,41 17,45 19,74 22,31


36 9,36 10,75 12,33 14,13 16,17 18,49 21,11 24,09 27,45
37 10,76 12,47 14,43 16,67 19,24 22,19 25,55 29,38 33,76
38 12,38 14,46 16,88 19,67 22,90 26,62 30,91 35,85 41,52
39 14,23 16,78 19,75 23,21 27,25 31,95 37,40 43,74 51,07
40 16,37 19,46 23,11 27,39 32,43 38,34 45,26 53,36 62,82

6.3.4.2 A temperatura no condutor deve ser obtida pela da temperatura na superfície da proteção metálica. A medi-
imersão do corpo-de-prova em água, após terem sido re- ção deve ser feita após a estabilização térmica do corpo-
movidos todos os componentes exteriores à isolação. O de-prova, na temperatura especificada.
corpo-de-prova deve ser mantido na água, pelo menos
por 2 h, à temperatura especificada, antes de efetuar-se 6.3.4.4 A medição da resistência de isolamento deve ser
a medição. feita com tensão elétrica contínua, de valor 300 V a
500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo
6.3.4.3 Para cabos concêntricos ou providos de proteção de 5 min.
metálica, a temperatura no condutor pode ser obtida pela
colocação do corpo-de-prova do cabo completo em água 6.3.4.5 O comprimento mínimo do corpo-de-prova deve
ou estufa. O corpo-de-prova deve ser mantido na água ser de 5 m.
ou estufa, pelo menos por 2 h, à temperatura especificada,
6.3.4.6 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6813.
antes de efetuar-se a medição. A temperatura no condutor
pode também ser obtida através da circulação de corrente 6.3.5 Ensaio de tensão elétrica de longa duração (E e T)
pelo condutor concêntrico ou proteção metálica. Neste
caso, a temperatura pode ser verificada através da resis- 6.3.5.1 Este ensaio deve ser realizado à temperatura am-
tência elétrica do(s) condutor(es) ou através da medição biente.
Cópia não autorizada

NBR 13418/1995 9

6.3.5.2 O ensaio deve ser feito em corpo-de-prova constituí- presença de halogênio, é dispensada a realização do
do por veia retirada do cabo completo, após terem sido ensaio de 6.3.10.
removidos todos os componentes exteriores à isolação.
O corpo-de-prova deve ser imerso em água pelo menos 6.3.8.3 O ensaio deve ser realizado conforme o Anexo.
1 h antes do ensaio e a tensão aplicada entre o condutor
e a água. Nota: Outros métodos alternativos podem ser empregados, des-
de que sejam reconhecidos pelo comprador.
6.3.5.3 O corpo-de-prova, quando submetido à tensão elé-
6.3.9 Ensaio para a determinação do grau de acidez (E e T)
trica alternada, freqüência 48 Hz a 62 Hz, de valor eficaz
3 Vo para cabos de potência e 2 vezes a tensão de isola- 6.3.9.1 Os corpos-de-prova correspondentes à isolação,
mento V para cabos de controle, pelo tempo de 4 h, não capa interna (quando existir) e cobertura de uma amostra
deve apresentar perfuração. de cabo completo são ensaiados para determinação do
pH e condutividade da solução, devendo atender aos va-
6.3.5.4 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6881.
lores especificados no método.
6.3.6 Ensaio de envelhecimento em cabo completo (T) 6.3.9.2 O ensaio deve ser realizado conforme a
NBR 11633.
6.3.6.1 Este ensaio tem a finalidade de verificar a compati-
bilidade química entre a isolação e os demais componen- 6.3.10 Ensaio de determinação da quantidade de gás ácido
tes que constituem o cabo. (T)

6.3.6.2 A amostra deve ser envelhecida em estufa a ar, a 6.3.10.1 Os corpos-de-prova correspondentes à isolação,
uma temperatura de (100 ± 2)ºC, durante 168 h. Quando capa interna (quando existir) e cobertura, retirados da
a cobertura é do tipo termoplástico, a temperatura deve amostra do cabo completo, devem atender ao valor máxi-
ser (90 ± 2)ºC. mo especificado de 5 mg/g de conteúdo de gás ácido.

6.3.6.3 Os corpos-de-prova correspondentes à isolação e 6.3.10.2 O ensaio deve ser realizado conforme a
cobertura, retirados da amostra do cabo completo após NBR 10495.
envelhecimento, devem atender aos requisitos de tração
e alongamento à ruptura previstos em 6.3.14. O condutor 6.3.11 Ensaio de determinação do índice de toxidez (T)
removido da amostra envelhecida não deve apresentar
qualquer evidência de corrosão, quando submetido à ins- 6.3.11.1 Os corpos-de-prova correspondentes à isolação,
peção visual, sem auxílio de qualquer equipamento ótico. capa interna (quando existir) e cobertura de uma amostra
Oxidação ou descoloração normal do cobre não devem de cabo completo são ensaiados quanto ao conteúdo de
ser levadas em consideração. gases tóxicos na fumaça, após combustão, devendo apre-
sentar índices de toxidez iguais ou inferiores a 1,5 para a
6.3.7 Ensaio de queima vertical-fogueira isolação e a 5 para capa interna e cobertura.

6.3.7.1 Os corpos-de-prova devem ser retirados do mesmo 6.3.11.2 O ensaio deve ser realizado conforme a
tipo e seção de cabo e dispostos em uma bandeja, de NBR 12139.
modo a perfazerem 3,5 dm3 de material não metálico por
metro linear (categoria BF da NBR 6812). Nota: Os resultados deste ensaio, quando avaliados isoladamen-
te, devem ser usados somente para comparação de riscos
6.3.7.2 Quando submetidos ao ensaio, os corpos-de-prova potenciais entre os vários materiais utilizados na fabricação
de cabos. Ver o método de ensaio.
devem apresentar o seguinte comportamento:
6.3.12 Ensaio de determinação da densidade de fumaça (T)
a) a região de queima deve manter-se a um único fo-
co de fogo a partir da chama ignitora; 6.3.12.1 Os corpos-de-prova de cabo completo, em quan-
tidade definida no método, são ensaiados devendo aten-
b) após a extinção da chama, os cabos devem ser
der aos valores mínimos de transmitância, conforme a
limpos e o trecho afetado não deve exceder a altura
NBR 11300.
de 2,5 m, medida a partir do nível do queimador.
6.3.12.2 O ensaio (1) deve ser realizado conforme a
6.3.7.3 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6812.
NBR 11300.
6.3.8 Ensaio de análise qualitativa para determinação da 6.3.13 Ensaio de resistência ao fogo (E e T)
presença de halogênios, nitrogênio e enxofre (T)
6.3.13.1 O corpo-de-prova deve consistir em um compri-
6.3.8.1 Os corpos-de-prova correspondentes à isolação, mento de 1200 mm de cabo completo.
capa interna e cobertura, retirados de amostra de cabo
completo, são ensaiados para a determinação qualitativa 6.3.13.2 No caso de cabo unipolar, devem ser ensaiados
de flúor, cloro, bromo, iodo, nitrogênio e enxofre. simultaneamente dois corpos-de-prova torcidos entre si,
com passo adequado, de modo a mantê-los em contato.
6.3.8.2 Caso seja constatada a presença de algum destes
elementos, o seu conteúdo deve ser determinado con- 6.3.13.3 A tensão entre veias deve ser igual ao valor da
forme 6.3.10 e 6.3.11. No caso de não ser constatada a tensão de isolamento entre fases (V), dada em 4.1.
(1)
Em estudo a realização deste ensaio, usando a câmara da NBR 6812.
Cópia não autorizada

10 NBR 13418/1995

6.3.13.4 Se o corpo-de-prova não superar o ensaio, dois 7.2 Ensaios de recebimento


outros corpos-de-prova devem ser ensaiados nas mes-
mas condições. Se ambos os resultados forem satisfató- 7.2.1 Ensaios de rotina
rios, o cabo deve ser considerado aprovado no ensaio.
7.2.1.1 Sobre todas as unidades de expedição que tenham
6.3.13.5 O ensaio deve ser realizado conforme a
cumprido o estabelecido em 7.1, devem ser aplicados os
NBR 10301. ensaios de rotina dados em 6.1.1.3, aceitando-se somente
6.3.14 Ensaios físicos nos componentes do cabo (T) as unidades que satisfizerem os requisitos especificados.

Devem ser realizados, para efeito de qualificação interna, 7.2.1.2 Podem ser rejeitadas, de forma individual, a cri-
pelo fabricante ou laboratório independente, os ensaios tério do comprador, as unidades de expedição que não
compatíveis com a natureza dos materiais empregados e cumpram os requisitos especificados.
com a temperatura máxima em regime permanente pre-
vista por esta Norma. Os resultados devem estar disponí- 7.2.2 Ensaios especiais
veis ao comprador, podendo este solicitar comprovação
destes, mediante novos ensaios. 7.2.2.1 Sobre as amostras obtidas conforme critério estabe-
lecido em 6.1.1.9, devem ser aplicados os ensaios espe-
6.3.15 Ensaio para determinação do coeficiente por ºC para
ciais estabelecidos em 6.1.1.7. Devem ser aceitos os lotes
correção da resistência de isolamento (T)
que satisfizerem os requisitos especificados.
6.3.15.1 Este ensaio pode ser realizado, desde que previa-
mente requerido, como exigência adicional. 7.2.2.2 Se nos ensaios especiais, com exceção do previsto
em 6.1.1.7-a), resultarem valores que não satisfaçam os
6.3.15.2 O corpo-de-prova deve ser preparado e ensaiado requisitos especificados, o lote do qual foi retirada a amos-
conforme a NBR 6813 e o coeficiente por ºC obtido deve tra pode ser rejeitado, a critério do comprador.
ser aproximadamente igual ao previamente fornecido pe-
lo fabricante. 7.2.2.3 Nos ensaios de verificação da construção do cabo
previstos em 6.1.1.7-a), se resultarem valores que não
Nota: Certos compostos apresentam elevada constante de isola-
satisfaçam os requisitos especificados, dois novos com-
mento, o que pode dificultar a determinação de seu coefi-
ciente por ºC. Nestes casos, deve ser aceito o menor
primentos suficientes de cabo devem ser retirados das
coeficiente dado na Tabela 4. mesmas unidades de expedição e novamente efetuados
os ensaios para os quais a amostra precedente foi insatis-
7 Aceitação e rejeição fatória. Os requisitos devem resultar satisfatórios, em am-
bos os comprimentos de cabo. Caso contrário, o lote do
7.1 Inspeção visual qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado, a critério
do comprador.
7.1.1 Antes de qualquer ensaio, deve ser realizada uma
inspeção visual sobre todas as unidades de expedição,
para verificação das condições estabelecidas em 4.5 e 7.3 Recuperação de lotes para inspeção
5.3, aceitando-se somente as unidades que satisfizerem
os requisitos desta Norma. O fabricante pode recompor um novo lote, por uma única
vez, submetendo-o a uma nova inspeção, após terem si-
7.1.2 Podem ser rejeitadas, de forma individual, a critério do eliminadas as unidades de expedição defeituosas.
do comprador, as unidades de expedição que não cum- Em caso de nova rejeição, são aplicáveis as cláusulas
pram as condições estabelecidas em 4.5 e 5.3. contratuais pertinentes.

/ANEXO
Cópia não autorizada

NBR 13418/1995 11

ANEXO - Análise qualitativa para determinação da presença de halogênios, nitrogênio e enxofre

A-1 Objetivo de cerca de 4 mm de lado (aproximadamente 0,04 g) de


sódio metálico recentemente cortado no tubo e aquecer
Este Anexo prescreve o método de ensaio (Lassaigne) até que os vapores de sódio alcancem 4,5 cm do tubo de
para a determinação qualitativa de flúor, cloro, bromo, ensaio. Adicionar cerca de 0,05 g de amostra, de prefe-
iodo, nitrogênio e enxofre em compostos poliméricos. rência em pequenas porções, diretamente aos vapores
de sódio (CUIDADO: pode haver pequena explosão).
A-2 Aparelhagem e materiais Aquecer o tubo ao rubro durante 1 min.
Para a realização do ensaio é necessária a utilização da
A-4.1.2 Deixar esfriar e adicionar 3 mL a 4 mL de álcool
seguinte aparelhagem e materiais:
metílico para decompor algum resíduo de sódio não rea-
a) tubo de ensaio pyrex 150 mm x 12 mm; gido. Encher até a metade com água destilada. Ferver
moderadamente durante alguns minutos em banho-
b) garra forrada com amianto ou cortiça; maria. Filtrar e utilizar o filtrado (SOLUÇÃO I) para os
ensaios a seguir. O filtrado deve ser límpido e incolor. Se
c) capela; houver qualquer indicação de fusão incompleta, repetir o
procedimento de fusão.
d) bico de Bunsen;
A-4.2 Ensaios específicos
e) béquer de 250 mL;
A-4.2.1 Cloro, bromo e iodo - Reação com o nitrato de prata
f) béquer de 50 mL;

g) funil; Acidificar 2 mL da SOLUÇÃO I com ácido nítrico e aquecer,


em banho-maria, por 2 min a 3 min. Adicionar três gotas
h) papel de filtro; de solução de nitrato de prata. Um precipitado indica a
presença de cloro, bromo ou iodo. Cloreto de prata é
i) chapa de aquecimento. branco, brometo de prata é amarelo pálido e iodeto de
prata é amarelo. Se aparecer somente uma fraca turbidez,
A-3 Reagentes pode ser devido à presença de impurezas nos reagentes
ou no tubo de ensaio utilizado na fusão com sódio.
Para a realização do ensaio é necessária a utilização
dos seguintes reagentes:
A-4.2.2 Flúor - Reação com alizarina S - zircônio
a) sódio metálico;
A-4.2.2.1 Impregnar um papel de filtro com mistura 1:1 de
b) álcool metílico; solução de nitrato de zircônio e solução de alizarina S e
acidificar com ácido acético.
c) água destilada;
A-4.2.2.2 Acidificar 2 mL da SOLUÇÃO I com ácido acético,
d) solução de ácido nítrico 5N; aquecer em banho-maria e esfriar. Colocar uma gota desta
solução sobre o papel de filtro. A cor vermelha do papel
e) solução de nitrato de prata 0,1N; de filtro se torna amarela, indicando a presença de flúor.
f) solução de ácido acético 50%;
A-4.2.3 Nitrogênio - Reação com cloreto férrico
g) solução de nitrato de zircônio 0,1%;
Adicionar à SOLUÇÃO I, três gotas de solução de sulfato
h) solução de alizarina S 0,1%; ferroso recentemente preparada. Aquecer em banho-
maria e esfriar. Acidificar com ácido sulfúrico e juntar uma
i) solução de sulfato ferroso 5%; gota de solução de cloreto férrico. Um precipitado azul de
ferrocianeto férrico (azul da Prússia) indica a presença
j) solução de ácido sulfúrico 5N; de nitrogênio.
l) solução de cloreto férrico 5%; A-4.2.4 Enxofre - Reação com nitroprussiato de sódio
m)solução de nitroprussiato de sódio 5%.
Adicionar a 2 mL da SOLUÇÃO I, duas gotas de solução
A-4 Execução do ensaio de nitroprussiato de sódio. Uma cor azul violeta indica a
presença de enxofre.
A-4.1 Fusão da amostra
A-5 Resultados
A-4.1.1 Manter o tubo de ensaio preso verticalmente na
garra forrada com amianto ou cortiça. Colocar um cubo Indicar os elementos encontrados na amostra.

Você também pode gostar