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Portfólio Benegrupo:
CÂNCER E INIBIDORES DA TOPOISOMERASE
Londrina
2021
SUMÁRIO
Sumário
1.CONHECENDO A DOENÇA .................................................................................... 3
1. Dados Epidemiológicos .................................................................................... 3
1.2 Fisiopatologia ..................................................................................................... 3
1.3 Tratamento ........................................................................................................ 4
2.APRESENTAÇÃO DA CLASSE TERAPÊUTICA - INIBIDORES DA
TOPOISOMERASE ...................................................... Erro! Indicador não definido.
2.1.Camptotecina ................................................................................................... 10
2.2. ANTRACICLINA ............................................................................................. 14
2.3. Etoposideo e Teniposídeo .............................................................................. 17
3. APRESENTAÇÃO DO FÁRMACO ........................................................................ 19
3.1 Histórico de Descoberta e Desenvolvimento ................................................... 19
3.2 Estratégias Adotadas Durante o Processo de Descoberta e Desenvolvimento
............................................................................................................................... 19
3.3 Características Farmacocinéticas Relevantes ................................................. 22
3.4 Mecanismo de Ação Molecular ........................................................................ 24
CONCLUSÃO............................................................................................................ 26
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27
3
1.CONHECENDO A DOENÇA
1. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
1.2 FISIOPATOLOGIA
1.3 TRATAMENTO
ovarianos, sarcomas óseos, linfomas de hodgkin (figura 5) e não hodgkin (figura 5),
neuroblastomas sarcomas de tecidos moles, tumor de Wilms. Já o teniposide, (figura
6), com nome popular de Vumon, é utilizado para o tratamento de pacientes com
leucemia linfoblástica aguda de alto risco em adultos e crianças, tumores
intracranianos maligno, astrocitoma, carcinoma de bexiga, neuroblastoma e outros
tumores sólidos em crianças (MATHIAS, F., 2020).
Figura 6: Teniposídeo
9
2.1.CAMPTOTECINA
complexo de DNA, resultando num complexo ternário capaz de estabilizar e prevenir a re-
ligação do DNA, de forma a causar danos e acarretar na apoptose.
A camptotecina, de acordo com o pH do meio, apresenta-se num equilíbrio entre a
forma lactona em configuração S (estrutura 1) e carboxilato em R , onde apenas a
configuração S possui atividade contra a topoisomerase I. Assim,os fármacos derivados
(estruturas 2 e 3) da mesma possuem essa função como porção crítica para a ação
terapêutica, de forma com que os radicais que dão origem a esses derivados se liguem a sua
estrutura, no caso do topotecano (estrutura 2) foi adicionado uma trimetilamina e uma
hidroxila na porção apolar da camptotecina , e foi feito no irinotecano (estrutura 3) um
processo de esterificação onde foi adicionado 2 anéis piperidínicos, também na porção apolar
da camptotecina.
2.2. ANTRACICLINA
aglicona contribuem para interação entre o fármaco e DNA por estar localizada entre os pares
de bases. Os anéis A, B e D também medeiam as interações fármaco-proteína. A interação
entre a proteína, o DNA e o fármaco explicam a relação estrutura-atividade dos derivados de
etoposídeo e o com base em mutações resistentes aos medicamentos (ZHAO, Wei et al.,
2021).
Sua metabolização é principalmente por via hepática (50%) pela enzima CYP450 3A4, sendo
com 40% a 50% excretado inalterado na urina e o restante por via biliar, devido a essa alta
taxa de excreção renal, etoposide é comumente associado a doenças renais. O etoposídeo
também sofre conjugação com glutationa e glicuronídeo. As prostaglandinas sintases também
são responsáveis pela conversão do etoposídeo em metabólitos O-desmetilados. (ZHAO, Wei
et al., 2021).
Assim como a Camptotecina, o Teniposido e o Etoposido possuem a capacidade de
atravessar a BHE, esses fármacos são utilizados no tratamento de câncer cerebral. Seus
valores de meia-vida são para o teniposido de cerca de 5 horas e para o Etoposido entre 4 e
11 horas. A meia-vida de eliminação terminal do etoposídeo é menor do que a do teniposídeo
e as depurações plasmáticas e renais do etoposídeo são maiores, a depuração renal do
etoposídeo é aproximadamente I0 ml.min-¹.m-2 sendo cerca de seis vezes mais alto que a
depuração renal de teniposide.
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3. APRESENTAÇÃO DO FÁRMACO
Fonte: GRATISPNG
20
Zee-Cheng e Cheng iniciaram seus estudos com um composto agora conhecido como
a ametantrona (figura 9). Paralelamente Murdock et al. descobriram que a substância-líder,
(1,4-bis-[[2-(dimethylamino)ethyl-amino]-9) (figura 10) inicialmente exibia atividade
antitumoral, sendo primeiro uma 5,8-di-hidroxilação do núcleo da antracenediona e, segundo,
a substituição de ambos os grupos dimetilamino terminais por funções hidroxietila (figura 11).
Murdock et al. haviam descoberto a mitoxantrona.
21
Fonte: PDBSum
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por isso, é utilizada via intravenosa, o que é retificado pelo baixo valor de biodisponibilidade
(0.029) predito. Uma outra propriedade que vai de encontro com a literatura é seu clearance.
O baixo valor de clearance predito (1.141mL/min/kg) é atribuído à grande distribuição que o
fármaco tem no corpo, o que indica que a mitoxantrona se aloja em vários tecidos, em especial
cardíaco, hepático e na tireóide. Além disso, foi predito uma considerável hepatotoxicidade
(0.736), o que é confirmado na literatura, em que em estudos mostraram que a elevada
concentração de mitoxantrona no fígado aumenta a chance de intoxicação e lesões hepáticas,
levando ao aumento de biomarcadores como LDH, ALT e AST (ZENG, Z. X. et al, 1989). Outra
propriedade importante é o LD50, que quando comparado com valores experimentais obtidos
através de ensaios feitos em ratos, 682 mg/kg (Pfizer, safe data sheet, 2017) e ~6.6 mg/kg
(ZENG, Z. X. et al, 1989) para a via oral e intravenosa respectivamente, com o LD50 predito
(1562.544 mg/kg), observa-se que o valor aproxima-se do valor experimental para a via oral,
mas ainda continua longe do valor experimental.
A partir de uma ‘’busca avançada’’ no site Protein Research Data Bank (PDB), foi
inserido na aba ‘’Structure Atributes’’ o nome da macromolécula ‘’Topoisomerase’’ na sessão
de ‘’Macromolecule Name’’, em conjunto a busca por ‘’Mitoxantrone’’ na sessão ‘’Structure
Title’’. Como resultado foi obtida a estrutura de PDB ID 4G0V, que foi foi selecionada devido
a representação do complexo fármaco- alvo molecular de interesse e sua qualidade de
resolução de 2.55 Armstrongs.
A partir do código PDB, obteve-se com auxílio do PDBsum, o gráfico ligplot, nesse é
possível visualizar as interações em 2D do sítio catalítico com a presença dos resíduos de
aminoácidos envolvidos, assim como o tipo de interação com o ligante e distância em
ångström (quadro 6), a partir das informações do ligplot e por meio do auxílio do programa
Molecular Viewer foram projetadas e analisadas as interações do ligante com a
macromolécula por meio da visualização das imagens tridimensionais, que permitem uma
melhor visualização das distâncias, interações e complementaridades.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARRA, Carolina Valério; NETTO, Adelino VG. Interações entre Complexos Antitumorais e
o DNA e suas Ferramentas de Análise: um Enfoque nos Metalointercaladores. Revista
Virtual de Química, v. 7, n. 6, p. 1998-2016, 2015
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3.465 - São Paulo - SP;. Dra. Maria Benedita Pereira - CRF-SP 30.378.
EVISON, Benny J. et al. Mitoxantrone, more than just another topoisomerase II poison.
Medicinal research reviews, v. 36, n. 2, p. 248-299, 2016.
28
Mitoxantrona. <https://consultaremedios.com.br/cloridrato-de-
mitoxantrona/bula#:~:text=Cloridrato%20de%20Mitoxantrona%20%C3%A9%20indicado,miel
%C3%B3ides%20e%20linfomas%20n%C3%A3o%2DHodgkin>. Dra. Francielle Tatiana
Mathias. 08 de Janeiro de 2020. acesso em acesso em 24 de Ago. de 2021
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ZENG, Z. X. et al. A study of acute toxicity of mitoxantrone. Hua xi yi ke da xue xue bao=
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ZHAO, Wei et al. Challenges and potential for improving the druggability of podophyllotoxin-
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2021.