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Aula 1

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E COMPORTAMENTO HUMANO Imprimir

Compreender a relação entre a inteligência emocional e o comportamento humano, bem como suas inter-

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relações, se torna essencial para o sucesso do processo de coaching, seja no âmbito pessoal ou profissional.
25 minutos

s e õ ç at o n a r e V
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o estudo do comportamento humano e da inteligência emocional vem sendo cada vez mais explorado.
Nós, seres humanos, temos nossas atitudes e ações conectadas ao nosso estado de ser, à nossa consciência, formada pelo
que pensamos e sentimos.

O psicólogo Jeron Kagan defende a importância de compreendermos as características comportamentais das pessoas,
incluindo-nos, para que possamos tomar consciência e melhor gerenciá-las por meio de quatro temperamentos distintos:
timidez, ousadia, otimismo e tristeza. Kagan traçou, por meio desses quatro temperamentos, características
comportamentais e padrões emocionais para melhor entendê-los, além de, consequentemente, gerar bons resultados tanto
na vida pessoal quanto profissional.

Com isso, compreender a relação entre a inteligência emocional e o comportamento humano, bem como suas inter-
relações, se torna essencial para o sucesso do processo de coaching, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Será muito bom compartilhar com você conhecimentos e reflexões acerca da temática.

Boa aprendizagem!

O IMPACTO DAS HABILIDADES EMOCIONAIS NO COMPORTAMENTO HUMANO


A emoção está relacionada aos estímulos que recebemos do ambiente em que estamos inseridos e do nosso cognitivo,
proveniente do conhecimento que temos, pela vivência que possuímos pela nossa jornada.

Identificar as emoções, ter consciência delas e gerenciá-las nas mais diversas situações se torna essencial, pois podemos
modificá-las por meio dos sentimentos e pensamentos, impactando diretamente em nosso comportamento.

O comportamento pode ser aprendido, independentemente da trajetória e da personalidade que cada pessoa possui. Para
Todorov (2012, p. 35), “comportamento é a variável dependente; é função de variáveis externas. Se o comportamento é
mantido por suas consequências, ele é parte da interação, não é a interação”. Refere-se à reação de uma pessoa
proveniente de ações estimuladas diante de um determinado contexto, ou seja, em relação ao seu entorno, podendo gerar
impactos eficientes ou ineficientes para o seu bem-estar.

Eficiência e ineficiência estão atreladas às normas sociais estabelecidas, podendo ser avaliadas como um comportamento
bom ou ruim. O bom comportamento está associado a despertar emoções que tragam o sentimento de bem-estar,
felicidade, ou seja, relacionado a sentimentos agradáveis e prazerosos, sendo considerados benéficos e positivos a todos
nós.
Conforme a pesquisadora Barbara Fredrickson (2016), os dez principais sentimentos provenientes de emoções positivas
são: gratidão, serenidade, alegria, diversão, interesse, admiração, inspiração, esperança, orgulho e amor. Já o
comportamento ruim está associado ao despertar de sentimentos contrários, ou seja, aos maus sentimentos, despertando
repulsa e sofrimento. As emoções negativas que geram sentimentos ruins são: angústia, arrependimento, culpa, decepção,
desespero, desgosto, estresse, frustração, indignação, ira, medo, nojo, opressão, preocupação, raiva, rancor, tédio, tristeza

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e vergonha, podendo ser considerados disfuncionais.

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Podemos dizer, ainda, que o comportamento é diretamente impactado pelas circunstâncias do contexto vivenciado,
podendo ser de forma consciente ou inconsciente (LOPES, 2021). Consciente quando você racionaliza ao perceber situações
vividas de forma imediata ao refletir sobre a ação que terá. Imagine você, em um fim de tarde ensolarado, andando em um
calçadão. Nesse momento, você encontra uma pessoa conhecida. O que você faz? Cumprimenta, não é mesmo? Ao
percebê-la, você raciocinou que conhece aquela pessoa, tomou consciência dela naquele momento e a cumprimentou. Você
teve um comportamento consciente.

O comportamento inconsciente é quando você não toma conhecimento, não percebe a situação e, por isso, não há
racionalidade, ou seja, você adota uma ação automática. Imagine você em um acampamento. Ao entardecer, os mosquitos
conheçam a aparecer e você é picado. O que você faz nesse momento? Coça-se, não é mesmo? Você se coça sem refletir
sobre a situação, sem pensar ou tomar consciência, sua ação é automática. Seu comportamento foi inconsciente.

O comportamento é uma forma de portar-se diante de uma situação, essencial para que possamos atuar em diferentes
contextos, lugares e pessoas. Ter a habilidade de identificar essas emoções permite que você tenha maior consciência e
racionalidade sobre elas, podendo ser gerenciadas de forma inteligente, proporcionando alta performance pessoal e
profissional, pois passa a reconhecer as suas emoções, a lidar melhor com elas. Permite também entender o outro e se
colocar no lugar dele para enxergar as situações sob o olhar da outra pessoa, promovendo maior envolvimento e interação
em suas inter-relações. É uma aptidão valiosa para as boas relações interpessoais e para maior sociabilidade, voltadas à
sabedoria do ser humano, ao mundo e à sua interação com ele.

A TIPOLOGIA TEMPERAMENTAL DE JEROME KAGAN


Jerome Kagan foi considerado pela Review of General Psychology, em 2001, um dos cem psicólogos e pesquisadores mais
distintos do século XX e um dos principais desbravadores do desenvolvimento humano. Para Kagan (1989), o ser humano
possui pelo menos quatro temperamentos básicos: tímido, ousado, otimista e triste, que correspondem a quatro padrões
diferentes de atividade cerebral, caracterizando a vida emocional presente desde o nascimento, isto é, não são adquiridos
ou aprendidos. Suas pesquisas estavam voltadas para a questão do temperamento humano e sua relação com as emoções.

Antes de explicar cada um dos temperamentos, é primordial que você tenha em mente o conceito de temperamento:
“Conjunto dos aspectos psicológicos e morais que condicionam o modo de ser e de se comportar” (COMTE-SPONVILLE,
2011, p. 90).

Vamos às quatro tipologias de Kagan (1989), como um sinal de nossa personalidade, destacando as peculiaridades
existentes no nosso comportamento, que, na visão do pesquisador, são categóricas a revelar uma diversidade social.

• Timidez
Kagan (1991) realizou pesquisas com crianças e identificou um grupo de tímidos que se comportavam com insegurança,
retraídos e apegados às faltas da mãe. Ele observou o mesmo grupo depois de quatro anos e verificou um comportamento
inibido, inato. Na fase adulta, essas crianças se tornaram adultos tímidos, medrosos e autocríticos; ainda, diante de
situações sociais, ao se sentirem observados, paralisam. São pessoas que se isolam, sofrem em silêncio, ansiosas e
excessivamente preocupadas.

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• Ousadia

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Nas pesquisas de Kagan (1991), identificou-se um grupo de crianças com temperamento aberto que se comportavam de
forma ousada, expansiva; são crianças falantes, amigáveis e sociáveis. Na fase adulta, elas se tornaram adultos também
com essas características.

• Otimista

O temperamento otimista identificado por Kagan (1991) em um grupo de crianças é despreocupado, vital, confiante, ativo,
entusiasmado, extrovertido, sociável, autoconfiante e se recupera facilmente de contratempos. Na fase adulta, essas
crianças se tornaram adultos também com essas características e possuem resiliência.

• Melancólica

A criança de temperamento triste é melancólica, negativa, depressiva, catastrófica e fica perplexa com os contratempos
(KAGAN, 1991). Na fase adulta, ela se torna uma pessoa extremamente sensível com relação às emoções; é detalhista,
introvertida, cautelosa e desconfiada; ainda, diante de situações sociais, se isola.

Cada um dos quatro temperamentos traz qualidades, e conhecer bem qual é cada um ajuda na sociabilidade das pessoas.
Na visão de Kagan (1991), o temperamento de cada pessoa é inato, herdado, revela-se por meio do comportamento, mas
não é destino, inclina, mas não determina, e pode ser transformado.

Mas, cuidado, pois o temperamento sozinho não é responsável pelo comportamento humano como um todo, visto que
temos também o nosso cognitivo e, ainda, sofremos influências dos contextos sociais. Compreender esse ambiente e os
temperamentos facilita as inter-relações e permite aperfeiçoar as interações sociais, conhecer as pessoas, ter expectativas
reais e objetivas, buscando sempre o desenvolvimento pessoal, agarrando-se ao melhor que o temperamento traz e
aperfeiçoando ou combatendo as más inclinações dele, buscando equilíbrio.

Melhorar as habilidades emocionais no comportamento humano, visando ao seu temperamento, é aperfeiçoar a


inteligência emocional, apreendendo a entender melhor o estado de espírito, para podermos lidar de forma racional e
inteligente com as emoções.

Reconhecer, criar metas e nutrir as emoções é um caminho possível para ajudar as pessoas a potencializar e desenvolver
competências, trazendo excelentes resultados para a vida em busca da felicidade, pois podem ser aprendidas,
desenvolvidas, recriadas e aprimoradas.

COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS, ECOLÓGICOS E SUSTENTÁVEIS


Para termos um comportamento saudável, é essencial saber lidar com as emoções, tanto as positivas quanto as negativas.
Investir na inteligência emocional é buscar o equilíbrio das emoções para que se possa ter um convívio social mais saudável.
“O conceito de saúde tem vindo a ser associado ao de estilo de vida.” (SANTOS, 2008, p. 10). Ao longo do desenvolvimento
das pessoas, seja na área pessoal ou profissional, o estilo de vida vai se adaptando no decorrer do tempo em virtude de sua
trajetória e, consequentemente, seus comportamentos também. Essa mudança pode ser saudável ou não, ou seja, trazer
bem-estar ou riscos.

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O bem-estar é proveniente de nossas emoções positivas, prevalecendo comportamentos saudáveis. Já o risco é proveniente
das nossas emoções negativas, podendo nos levar a doenças devido a comportamentos comprometedores à saúde em três

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dimensões: física, emocional e social.

Analisar os comportamentos é complexo, pois resultam na confluência de múltiplos fatores relacionados ao ser humano,
tanto internamente como externamente. Por sermos seres sociais, a nossa “vida social é um cenário de experiências de
tensão psicológica que surgem das dificuldades de adaptação pessoal a certas exigências do contexto de vida” (SANTOS,
2008, p. 18), podendo ter contextos e ambientes que gerem emoções negativas, impactando nos comportamentos ruins,
disfuncionais, podendo despertar transtornos e doenças mentais.

Assim como o comportamento saudável é resultado de fatores sociais e cognitivos no ambiente em que está inserido, o
comportamento ecológico também é. “A utilização do termo comportamento ecológico tem conotação positiva, significando
que se trata de comportamento pró ecológico, pró ambiental, em favor do meio ambiente.” (FRANCO; CARVALHO, 2017, p.
1).

Ter consciência da importância do comportamento ecológico é entender o “resultado de uma série de alinhamentos entre o
que as pessoas acreditam ser seu papel em relação ao meio ambiente e o modo como o exercem no dia a dia” (FRANCO;
CARVALHO, 2017, p. 2).

Mudar comportamentos a favor do meio ambiente e, consequentemente, da qualidade de vida e do bem-estar comum de
forma intencional, dirigida e efetiva, respondendo às exigências sociais e individuais, é o caminho para uma sociedade mais
humanizada e sustentável.

A ideia do comportamento sustentável emerge diante de um cenário de crise ambiental como uma
possível solução em busca da reversão desse quadro. Entretanto há dificuldades em efetivar esse
novo modo de pensar e agir, uma vez que o comportamento humano é alimentado por uma matriz
complexa.
— (ZACARIAS; HIGUCHI, 2017, p. 121)

Diante da crise ambiental que estamos vivenciando, revela-se a importância de olhar para nossa relação com o ambiente,
ou seja, para a relação ser humano-ambiente. Essa relação é essencial para garantir o nosso bem-estar social e o equilíbrio
ecológico de forma mais saudável. Trabalhar as emoções para um comportamento mais sustentável é “examinar e
(re)orientar as ações humanas para que essa forma de pensar e agir se torne efetiva e presente no cotidiano dos indivíduos
e da coletividade” (ZACARIAS; HIGUCHI, 2017, p. 127). Um caminho necessário para uma transformação social por meio de
atitudes e ações humanas voltadas à sustentabilidade com inteligência emocional.
VÍDEO RESUMO
Para que possamos compreender o comportamento humano, é importante entendermos as características
temperamentais e seus padrões emocionais, bem como suas inter-relações para caminhar para uma transformação social
voltada à saúde, à ecologia e à sustentabilidade com inteligência emocional, essencial para o sucesso do processo de

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coaching do século XXI.

Vamos entender mais sobre isso?

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Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Atualmente, as discussões e estudos acerca da sustentabilidade estão em evidência, enfatizando a importância de uma
boa relação entre as pessoas e o ambiente, embasada em uma consciência voltada ao bem-estar e à felicidade. As
autoras Zacarias e Higuchi, no artigo intitulado Relação pessoa-ambiente: caminhos para uma vida sustentável, trazem
em seu cerne a importância de termos um comportamento sustentável, com o intuito de cuidar do meio ambiente e
do ambiente social. Para saber mais, acesse: https://www.scielo.br/j/inter/a/tgQ5MtMHtPj3yZLwCc6KJSk/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 5 dez. 2021.

Aula 2

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO CAUSA RAIZ


Utilizar os conhecimentos de inteligência emocional na prática do coaching, relacionando comportamentos
e emoções, aplicando ferramentas e desenvolvendo habilidades sociais.
28 minutos

INTRODUÇÃO
O coaching é uma ferramenta importante para o desenvolvimento de pessoas, tanto de forma individual quanto coletiva,
permitindo aprofundar o aprendizado, melhorar sua performance e conquistar maior equilíbrio e qualidade de vida,
aprimorando seu comportamento e desenvolvendo competências.

Entre diversas competências, tem-se a inteligência emocional, necessária para alta performance profissional e pessoal,
estando em voga nos processos de coaching em prol de aprendizagem, habilidades e autoconhecimento para compreender
suas qualidades, pontos a serem melhorados, comportamentos e crenças em uma caminhada alinhada ao estado atual, em
direção ao estado desejado, em busca de resultados admiráveis que tanto se anseia.
O desenvolvimento da inteligência emocional por meio de coaching tem como propósito o crescimento e o sucesso nas
mais diversas instâncias, na busca de equilíbrio diante das necessidades e etapas da vida e da carreira, proporcionando
reflexões e atitudes voltadas à transformação, tendo como direcionamento o alcance de metas, de onde se quer chegar.

Bons estudos!

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PAPEL DA GESTÃO EMOCIONAL NOS PROCESSOS DE COACHING

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Gerir nossas emoções é aprender a reconhecê-las, assim como nossos sentimentos, para que possamos saber como
gerenciá-los, utilizando de forma inteligente as informações que estão ao nosso entorno. Essa gestão permite que os nossos
próprios sentimentos sejam implementados na nossa forma de agir com sabedoria e maturidade em nossa caminhada.

A forma como podemos lidar com os nossos sentimentos gera um alto impacto em nosso desempenho, afetando nossas
relações. Saber lidar com sentimentos disfuncionais nos permite gerenciar as emoções e os sentimentos ruins com
maestria, serenidade e harmonia.

A partir disso, podemos desenvolver a alta performance que buscamos e melhorar nossa comunicação e nossas relações,
guiando nossas tomadas de decisão com assertividade e, consequentemente, nossos comportamos diante de nós mesmos
e das outras pessoas.

A inteligência emocional é, portanto, uma competência essencial para que possamos seguir adiante, assegurando
relacionamentos e comportamentos saudáveis de forma individual e coletiva, pessoal ou corporativa. Dessa forma,
podemos ter resultados melhores e inteligentes no lugar de atitudes e decisões realizadas por impulso. Resultados esses
que vêm fortalecer a autoconfiança, proveniente da utilização de uma gestão emocional em que se pode reciclar
experiências negativas e sentimentos disfuncionais para uma comunicação e uma atitude mais assertivas e saudáveis.

Diante da importância de reconhecer e aprender a identificar os sentimentos e as emoções que refletem em nossos
temperamentos e comportamentos, tem-se o processo de coaching emocional como facilitador do reconhecimento desses
sentimentos e emoções.

O coaching emocional desenvolve processualmente a transformação emocional por meio do autoconhecimento, para que
se possa ter alta performance de inteligência emocional. E o que seria essa alta performance? Quando falamos em alta
performance, estamos nos referindo a um alto nível de desempenho, resultado positivo estabelecido além do esperado do
que se considera como padrão (BURCHARD, 2018). Ao identificar de forma assertiva as próprias emoções, com consistência,
a partir desse autoconhecimento, você pode gerar também a competência de identificar as emoções de outras pessoas,
melhorando as relações pessoais e profissionais.

Dessa forma, você consegue legitimar seus sentimentos e, consequentemente, melhor será o seu gerenciamento,
assegurando um relacionamento mais saudável, fortalecendo a autoconfiança, aprendendo a lidar de forma inteligente com
os estresses do dia a dia, não se deixando abalar com sentimentos disfuncionais, buscando, assim, a saúde mental pessoal
e coletiva, prevenindo possíveis transtornos.

Cury (2015) afirma que, para eliminar comportamentos que subestimam o nosso cérebro, é essencial aprendermos a expor
nossas ideias, e não nos impor, possibilitando que as pessoas tenham a liberdade de discordar, por meio de opiniões
diferentes da nossa, decidindo sua própria jornada. Para o autor, esse tipo de comportamento é “um bálsamo para a
convivência social” (CURY, 2015, p. 136), pois é a nossa saúde mental que rege o nosso estado social, emocional e
psicológico, e o equilíbrio desses elementos é o que nos permite ser saudáveis mentalmente.

COACHING, INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES

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A inteligência emocional implica utilizar de forma consciente, intencional e inteligente as emoções a nosso favor, auxiliando
nossos comportamentos e raciocínio, tendo como meta aprimorar a alta performance e seus resultados. Para Weisinger

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(2001), a inteligência emocional também pode ser utilizada na alta performance tanto de forma intrapessoal, ou seja,
voltada para si próprio, quanto interpessoal, voltada a potencializar outras pessoas.

Em nossa trajetória, cada tipo de emoção está associado às nossas ações imediatas, direcionado a uma atitude mais
apropriada nos contextos vividos e sentidos diante dos desafios enfrentados ao longo da nossa jornada (GOLEMAN, 2011).
Para Goleman (2011), a inteligência emocional refere-se à capacidade de se automotivar e ter persistência diante dos
diversos desafios que surgirão, tendo autocontrole de seus impulsos e consciência para saber esperar por sua satisfação e
seus desejos, por meio de estado de espírito positivo, impedindo que a ansiedade interfira na sua capacidade de raciocinar;
inteligência emocional envolve empatia e autoconfiança. Pessoas inteligentes são as que resolvem da melhor forma os
problemas existentes, já as menos inteligentes são as que não possuem sucesso ao resolver um problema, principalmente
se a questão for nova, não tendo recursos necessários adquiridos anteriormente (ARRUDA; MORAES; COLLING, 2018).

Pode-se dizer, então, conforme Ryback (1998), que a inteligência emocional está conectada à nossa forma de perceber as
nossas emoções, por meio dos nossos conhecimentos intelectuais do mundo ao nosso entorno. Para Weisinger (2001), a
inteligência emocional possui quatro componentes que agem como DNA, mas, diferente do biológico, eles se desenvolvem,
aumentando nossa inteligência emocional de forma expressiva ao serem nutridos por vivências, permitindo o
desenvolvimento de habilidade e capacidades singulares que virão a compor a base da inteligência emocional nas pessoas,
por meio desses componentes, com as seguintes habilidades:

• Perceber, expressar e avaliar com assertividade a emoção.

• Promover ou conectar sentimentos quando for capaz de facilitar a sua própria compreensão ou de outra pessoa.

• Compreender as emoções e o conhecimento derivado delas.

• Ter o domínio das próprias emoções para promover o desenvolvimento emocional e intelectual.

Goleman (2015), por sua vez, nos traz quatro componentes como características da inteligência emocional: autoconsciência,
autogestão, empatia e habilidade social. Lembrando que a inteligência emocional pode ser obtida, fortalecida, aprimorada e
expandida por meio da transformação comportamental. Essa transformação só ocorrerá se existir uma forma de reeducar
as pessoas, reestruturando seus valores e suas crenças para que possam adquirir novos hábitos, atendendo às suas
necessidades, possibilitando o sentimento de prazer, felicidade e satisfação (ARRUDA; MORAES; COLLING, 2018).

Moscovici (1997) diz que podemos ampliar a nossa inteligência emocional, mas precisa ser de forma correta, por meio de
um processo adequado. Complementando o autor, Goleman (2015) diz que precisamos da ajuda de outras pessoas para
que possamos praticar, experimentar e receber feedback, com o objetivo de avaliar o nosso desenvolvimento. E ainda, que
precisamos de um entendimento externo para que possamos obter respostas, pois somente com as nossas experiências e
os nossos interesses não conseguimos. Podemos encontrar essas respostas por meio de amigos, colegas e familiares, de
modo informal, ou por um profissional de coaching, o qual nos auxiliará para desenvolver o potencial existente, conduzindo
o processo.

DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E A ALTA PERFORMANCE PESSOAL E

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PROFISSIONAL

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Desenvolver a inteligência emocional passa a ser essencial para todos nós, pois é o alicerce da nossa força na vida pessoal e
profissional, para que possamos alcançar nossa alta performance e nossos objetivos. É fundamental aprender a exercitar os
componentes básicos da inteligência emocional, os quais, conforme Goleman (2015), referem-se à autoconsciência, ao
autocontrole, à empatia e à habilidade social.

A autoconsciência, ou autogestão, está voltada para a compreensão das “próprias emoções, forças, fraquezas, necessidades
e impulsos é o que significa a autoconsciência, é entendida como o primeiro componente da inteligência emocional”
(ARRUDA; MORAES; COLLING, 2018, p. 97). A capacidade de pensar, detendo-nos para questionar os pensamentos e
sentimentos como se nós observássemos de fora, é o que se chama de autoconsciência, o que deve ocorrer de forma
contínua e construtiva, porém, por sermos muito críticos e nos julgarmos o tempo todo com muito rigor, é necessário que
as situações sejam reenquadradas de forma positiva, dependendo de tempo e, principalmente, de “cabeça fria” (GORDON,
2003).

Para Goleman (2015), a autoconsciência está relacionada à compreensão de cada pessoa sobre seus próprios valores e
objetivos, podendo ser reconhecida como autoconfiança, pois a pessoa autoconsciente possui um entendimento assertivo
de suas capacidades e é menos passível de fracasso, pois não aceita um desafio se sabe que não pode realizar sozinho,
agindo conforme suas forças e seus limites.

Dessa forma, podemos dizer que a função da autoconsciência é a gestão inteligente das nossas emoções e a percepção dos
sentimentos das outras pessoas que estão ao nosso entorno. O autocontrole, ou autogestão, está voltado ao rigor excessivo
e à intolerância, buscando o controle de si mesmo. Para ter autocontrole, é necessário que tenhamos autodisciplina, para
podermos postergar a nossa satisfação, nossos desejos e nossos prazeres e suportar sentimentos disfuncionais (ARRUDA;
MORAES; COLLING, 2018). Consoante Goleman (2015), o autocontrole diz respeito a um diálogo interior, com o nosso eu,
permitindo que nos libertemos de sentimentos que não nos fazem bem e que nos geram mau humor e impulsos
emocionais conscientes e inconscientes, que devem ser controlados ou revertidos.

A empatia está voltada para as relações sociais e corporativas. O pai da inteligência emocional, Daniel Goleman (2015),
identificou três variáveis de empatia:

• Cognitiva: aptidão de perceber o ponto de vista da outra pessoa.

• Emocional: habilidade de sentir o que a outra pessoa sente.

• Compassiva, habilidades de perceber o que a outra pessoa precisa e se colocar à disposição.

A habilidade social está voltada à prática da empatia e à negociação entre as necessidades das outras pessoas e as suas. É a
capacidade de interagir positivamente com as pessoas, por meio do bom relacionamento interpessoal, fundamental para
gerir o sentimento das pessoas, pois precisamos compreender o que estão sentindo para melhor interagir.
O processo de coaching nos permite desenvolver os componentes da inteligência emocional, contribuindo para o
desenvolvimento da sua capacidade, utilizando as emoções como suporte para delinear o nosso comportamento e
raciocínio e potencializar a nossa alta performance. O coach é um profissional que se utiliza de processos interativos,
agindo como facilitador junto ao seu cliente (coachee), ou seja, é o profissional que reverbera o que é retratado pelo seu
coachee, facilitando o processo de formação da consciência (ARRUDA; MORAES; COLLING, 2018). Para O’Connor (2015), o

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coach age como um facilitador e ajuda o coachee a se libertar de circunstâncias que despertem o sentimento de
desconforto, desagradáveis ou insatisfatórios, permitindo novas possibilidades e oportunidades.

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O coaching nos permite utilizar muito mais as nossas habilidades e competências pessoais, a nossa capacidade criativa,
rapidez e assertividade na resolução de problemas e tomada de decisão, maior qualidade e velocidade produtiva e
resultados promissores, por nos proporcionar o desenvolvimento da nossa alta performance. 

VÍDEO RESUMO
Para compreender a importância do coaching na potencialização da nossa alta performance pessoal e profissional, é
importante entendermos os componentes basilares da inteligência emocional, bem como suas inter-relações, para
caminhar para uma transformação na busca por equilíbrio nas etapas da vida e da carreira, proporcionando reflexões e
conexões sobre onde estamos e onde queremos chegar.

Vamos entender mais sobre isso?

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Atualmente, a temática da gestão das emoções está em evidência, e um dos renomados escritores a falar do assunto é
Augusto Cury, que trabalha nas áreas de qualidade de vida e dinâmicas da emoção. As tensões, o estresse, a ansiedade
e as angústias do dia a dia são assuntos constantes em suas palestras e livros. Em uma de suas várias palestras, ele
aborda a gestão das emoções com relação a como funciona o processo de construção dos pensamentos da mente
humana, essencial para os profissionais do século XXI. Para saber mais, acesse: https://www.youtube.com/watch?
v=sSXhP7Sh3jI e venha se deliciar com novas reflexões.

Aula 3

COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


Conceituar a inteligência emocional e ser capaz de criar relação entre ela e as ciências do comportamento,
identificando a inter-relação entre os conceitos na atuação nos processos de coaching, estabelecendo a
função existente com coaching de inteligência emocional.
27 minutos
INTRODUÇÃO
Para conquistar as metas desejadas de seus clientes, o profissional de coach utiliza metodologias e técnicas, por meio de
um plano de ação, para ultrapassar barreiras, minimizar ou sanar crenças limitantes, estimular habilidades, preparar,

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capacitar e treinar para situações ou eventos diversos.

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Para que o coach possa utilizar dessas metodologias, o profissional deve desenvolver seu CHA (conhecimentos, habilidades
e atitudes), o que possibilitará um direcionamento para a aplicação de ferramentas mais adequadas.

No caso da inteligência emocional, o coach precisa desenvolver seu CHA voltados aos seus pilares: autoconsciência,
autogestão, empatia e gestão de relacionamentos, para melhor guiar seu cliente. Nessa perspectiva, ele potencializa a vida
pessoal e profissional de seu cliente, por meio da inteligência emocional, para um melhor desenvolvimento de liderança,
gestão de conflitos, clima organizacional, gestão de mudanças e outros pontos pertinentes ao desenvolvimento de
organizações e pessoas.

Bons estudos!

A TEORIA DO CHA E O COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


CHA é um acrônimo que se refere a conhecimento, habilidades e atitudes, voltados ao conceito de competência do ser.
Essas competências são manifestações realizadas pelo ser, voltadas à sua forma de pensar, sentir e agir, envolvendo
questões técnicas e cognitivas essenciais para poder executar uma determinada tarefa.

O conceito de competência foi proposto por Scott B. Parry, em 1996, por meio de sua obra The quest for competencies (A
busca pela competitividade), que trata das características do comportamento humano. Para Parry (1996), competência
significa ter um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes correlatos, que influencia consideravelmente parte da
atividade de uma pessoa, relacionada ao desempenho, que pode ser mensurado conforme padrões e indicadores pré-
estabelecidos e que pode ser aperfeiçoado por meio de treinamento e desenvolvimento. Conforme Carbone (2005, p. 42),
“[...] a competência humana é expressa em função do desempenho da pessoa no trabalho, o que envolve não apenas o
comportamento que o indivíduo adota, mas também suas consequências, no tocante a realizações”.

Vamos entender melhor cada acrônimo que compõe a competência do ser?

• Conhecimento

Refere-se ao saber sobre uma atividade ou tarefa, ou seja, o saber tácito, adquirido pela experiência durante a trajetória de
vida, e explícito, adquirido ao longo do tempo nas escolas, cursos, universidades, necessário para que se possa processar
cognitivamente uma informação.

• Habilidade

Refere-se ao saber fazer, à capacidade de realização de uma atividade ou tarefa aprendida e utilizada no decorrer da
trajetória da vida. É utilizar, colocar em prática, executar os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo.

• Atitude
Refere-se ao querer fazer, ou seja, à ação necessariamente, pois de nada adiante ter conhecimento e habilidade e não ter a
atitude de realizar. É nesse momento que o ser humano decide se colocará ou não em prática as habilidades e o
conhecimento adquiridos ao longo de sua jornada.

O Quadro 1 ilustra as dimensões da competência e seus significados na visão de Rabaglio (2001).

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Quadro 1 | Dimensões da competência e seus significados

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C H A

CONHECIMENTOS HABILIDADES ATITUDES

Escolaridade, conhecimentos Experiência e Ter ações compatíveis para atingir os objetivos, aplicando os
técnicos, cursos gerais e prática do conhecimentos e as habilidades adquiridos e/ou a serem
especializações. saber. adquiridos.

SABER SABER FAZER QUERER FAZER

Fonte: Rabaglio (2001, p. 6).

Cada elementos do CHA é essencial tanto para a vida pessoal quanto profissional, pois tem como propósito conhecer a si
próprio, saber em qual ponto essa conexão de conhecimento, habilidade e atitude pode ser mais bem explorada e, ainda,
identificar seus pontos fracos e fortes e, com isso, potencializar a competência necessária para alcançar melhores
resultados.

Dessa forma, o coach pode desenvolver situações motivacionais que envolvam seus clientes e façam com que realmente se
empenhem nas atividades que precisam realizar, para sair do seu estado atual e chegarem ao seu estado desejado.

COACHING, INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES


O coach é uma profissão que vem ganhando espaço no mundo pessoal e corporativo. Essa área capta o melhor das
multidisciplinaridades a respeito do comportamento humano, com o objetivo de beneficiar seus clientes diante de suas
competências ao processo de mudança na busca por novas metas traçadas e desejadas, por meio de um plano de ação. “O
processo de coaching, que é estabelecido por meio do diálogo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente), tem seu
início na contratação do programa, estende-se ao estabelecimento do plano de ação.” (BATISTA; CANÇADO, 2017, p. 26).

A inteligência emocional é um dos fatores primordiais para que o processo de mudança ocorra, pois o nosso desempenho
depende da forma como pensamos. Para que se tenha bons resultados, é preciso modificar seu mindset, para que
sentimentos disfuncionais não bloqueiem uma vida de sucesso, pois ter a capacidade de identificar e compreender suas
próprias emoções e a de outras pessoas permite gerenciar e potencializar seu desempenho.

Conforme Batista e Cançado (2017, p. 26), “para o trabalho de coaching, é necessário um profissional habilitado, com
expertise pessoal e profissional para conduzir o seu cliente à performance almejada”. Os autores afirmam ainda que:
[...] o papel do coach é o de um profissional que, além buscar os resultados empresariais, é
responsável pelo próprio desenvolvimento e realização da pessoa, é o de criar um ambiente para
capacitar pessoas, de modo que tenham abertura para trocas de informações e de conhecimentos
adquiridos nos processos.
— (BATISTA; CANÇADO, 2017, p. 26)

0 s e õ ç at o n a r e V
Para utilizar a teoria do CHA e desenvolver uma carreira de sucesso na área de coaching de inteligência emocional, o coach
precisa ter:

• Aquisição de conhecimento: o conhecimento é essencial em qualquer profissão, e para você ser um coaching de gestão
das emoções é importante que saiba identificar o nível de inteligência emocional de seus clientes, por meio dos seus pilares
basilares.

• Colocar em prática seus conhecimentos: os conhecimentos adquiridos por meio de vivências, cursos, pesquisas,
palestras, workshops, entre outras formas, precisam ser colocados em prática para que você possa entender o real sentido
das informações adquiridas.

• Definir objetivos e métodos: ao colocar em prática os conhecimentos adquiridos, você consegue identificar o estado
desejado de seu cliente e o almejado por ele. Para isso, é preciso que você mantenha seu cliente motivado para que possa
ter consciência da situação e desenvolver ações e realizações desse processo de coaching.

• Permitir-se experimentar: é essencial que o coach tenha a atitude de experimentar suas técnicas e metodologias, para
que possa desenvolver uma melhor habilidade e ter mais assertividade em sua aplicação.

• Observar o seu desenvolvimento: para a aquisição de competências, é fundamental que você observe o seu próprio
desenvolvimento no processo de coaching junto ao seu cliente, pois o feedback é essencial para que novos conhecimentos
e habilidades possam ser desenvolvidos e adquiridos, aprimorando você como profissional a buscar sempre o seu melhor.

Batista e Cançado (2017) desenvolveram uma pesquisa para identificar as competências requeridas para o exercício da
profissão de coach, conforme o Quadro 2.

Quadro 2 | Competências requeridas para o exercício da profissão coach

CHA COMPETÊNCIAS
CHA COMPETÊNCIAS

•  Estabelecer processos de aprendizagem contínua, para o aprimoramento do desempenho do cliente.

•  Auxiliar o cliente a alinhar suas metas de desempenho individual às metas da organização.

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•  Transmitir visão de mundo ampla e global para estimular a capacidade de reflexão do cliente.

Conhecimento

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•  Diagnosticar o funcionamento da organização (papel e expertise de cada unidade da organização),
para auxiliar o cliente a trabalhar de forma integrada para potencializar os resultados organizacionais.

•  Acompanhar as tendências de mercado, para auxiliar o cliente a lidar com situações novas e
inusitadas.

•  Manter a confidencialidade de informações e dados da atividade de coaching, para garantir um


trabalho ético.

•  Exercitar a escuta ativa, para identificar as necessidades do cliente.


Habilidade
•  Comunicar-se com o cliente de forma clara e objetiva.

•  Criar empatia com o cliente, para estabelecer aliança profissional.

•  Promover a autoanálise (conhecer suas próprias forças e fraquezas), para avaliar os resultados do
seu próprio trabalho.

•  Auxiliar o cliente a adquirir clareza sobre suas próprias motivações, aspiração e compromisso com a
mudança.

•  Auxiliar o cliente na análise de suas respostas intelectuais, emocionais e profissionais, para promover
Atitude o autodesenvolvimento.

•  Comprometer-se com os objetivos do cliente/organização, a fim de alcançar as expectativas e


resultados.

•  Auxiliar o cliente a lidar com incertezas e ambiguidades, preparando-o para enfrentar mudanças,
contratempos e eventualidades.

Fonte: adaptado de Batista e Cançado (2017, p. 32).

Lembre-se: Competência = C (conhecimento) + H (habilidade) + A (atitude) = R (resultados).

ATUAÇÃO DO COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PARA O TRABALHO


Desenvolver a inteligência emocional nos permite conquistar a nossa alta performance, ou seja, nosso alto nível de
desempenho. Dessa forma, podemos dizer que a gestão das emoções é um dos pilares para o nosso sucesso ou insucesso
no âmbito pessoal e profissional.

O CHA é o suporte para que possamos ter maior consistência das nossas competências voltadas à inteligência emocional

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sob os pilares da autoconsciência, autogestão, empatia e gestão de relacionamentos.

Mas, como podemos desenvolver nossa inteligência emocional para termos alta performance pessoal e profissional em

s e õ ç at o n a r e V
nossa vida? Gerir nossas emoções não é uma tarefa fácil, porém imprescindível, e o start inicial é por meio da
autoconsciência (autoconhecimento), pois, a partir do momento que você consegue se “olhar” e perceber o que sente e
como se sente em uma determinada situação ou momento, você consegue também o porquê de se sentir assim, para saber
lidar com suas próprias emoções e sentimentos. Esse pilar da inteligência emocional permite que você identifique seus
pontos fortes e fracos da sua personalidade, de seus sentimentos, e o quanto isso impacta no seu comportamento, assim
como o reflexo que causa nas outras pessoas, podendo ser de forma positiva ou negativa. Esse impacto é que resultará no
seu alto desempenho ou não.

A partir do momento que temos autoconsciência, podemos desenvolver o autocontrole, permitindo a adaptação a novas
realidades; ser mais resilientes; transformar uma possível ameaça em oportunidade; estar abertos para as mudanças e as
adversidades, na busca por inovações e soluções estratégicas para as novas realidades que se formam. Ter autocontrole
também permite que você lide da melhor maneira com o direcionamento dos sentimentos disfuncionais no seu dia a dia,
evitando conflitos que enfraquecem sua carreira.

Perceba que os pilares da inteligência emocional estão interligados, pois você, com autoconhecimento (autoconsciência),
permite o autocontrole, podendo se colocar no lugar do outro quando necessário, ter empatia. O grande desafio são as
interferências ocasionadas pelo entorno. Para que você tenha empatia, é preciso estar livre de julgamento, pois só dessa
forma se consegue compreender o sentimento, o sofrimento da outra pessoa em determinada situação e ajudá-la.
Podemos também chamar a competência de empatia de consciência social, pois a partir do momento que você se coloca no
lugar de outra pessoa, você passa a ter consciência social devido a uma maior associação e conexão com o outro,
transcendendo o foco de si próprio para outra pessoa, melhorando suas inter-relações.

Ter a competência de consciência social permite que você realize a gestão de relações, entendendo e agindo de forma
adequada no seu ambiente social, potencializando relações saudáveis por meio da comunicação e da interação. Os conflitos
sempre existirão, somos pessoas diferentes, temos a nossa essência, nossas crenças, nossos valores, mas, a partir do
momento que gerenciamos nossas relações, podemos minimizar ou até mesmo sanar conflitos, resignando e renovando
seus comportamentos e do outro.

Desenvolvendo a inteligência emocional por meio do CHA, você, com certeza, terá alta performance pessoal e profissional,
desenvolvendo talentos e novas aprendizagens, identificando pontos fracos e podendo corrigi-los, explorando e
potencializando suas fortalezas para a adoção de novos comportamentos, mudando seu estado atual para um estado
desejado.

Nessa perspectiva, desenvolver os pilares da inteligência emocional é uma trajetória desafiadora, pois é preciso trabalhar
um a um e com suas complexidades; você não se tornará emocionalmente inteligente de um dia para o outro. O coach
potencializa a vida pessoal e profissional de seu cliente, para um melhor desenvolvimento de liderança, gestão de conflitos,
clima organizacional, gestão de mudanças e outros pontos pertinentes ao desenvolvimento de organizações e pessoas,
tendo como resultado a alta performance.

VÍDEO RESUMO

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É essencial termos inteligência emocional. Saber gerenciar as próprias emoções e entender o outro é importante para
qualquer profissional, pois o ambiente corporativo é um desafio diário. Gerenciar cada emoção e como ela impacta o seu

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desempenho e o da outra pessoa permite gerar oportunidades, minimizar conflitos, avaliar situações, ter resiliência, gerir
imprevistos, lidar com mudanças, melhorar o clima organizacional e desenvolver uma boa liderança, tornando o ambiente
propício para o desenvolvimento das atividades com alta performance e inteligência, alcançando resultados extraordinários.

Vamos entender mais sobre isso?

Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Leandro Karnal, historiador, professor e escritor, traz uma reflexão em uma entrevista na CNN Brasil, a respeito da
inteligência e do equilíbrio emocional, com a seguinte pergunta: por que precisamos desenvolver inteligência
emocional? Para saber mais, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=Nv58kfgmVmM e venha se deliciar com novas
reflexões.

Aula 4

PRÁTICAS E FERRAMENTAS
Utilizar os conhecimentos de inteligência emocional na prática do coaching, relacionando comportamentos
e emoções, aplicando ferramentas e desenvolvendo habilidades sociais.
32 minutos

INTRODUÇÃO
O coaching é um processo que tem como propósito a transformação de um estado atual para o desejado. Esse processo
forma um ciclo, pois deve ter um início, um desenvolvimento e um fechamento, podendo ser realizado em etapas ou ciclos
de trabalho, mas sem perder o objetivo principal, que é auxiliar as pessoas a refletir e criar em conjunto planos de trabalho
para que atinjam seus objetivos e cheguem ao seu estado desejado, tanto na vida pessoal como profissional.

Nesse processo, o coach auxilia seu coachee a perceber o seu estado atual e traçar, por meio de planejamento, os seus
objetivos e sonhos pessoais e profissionais, potencializando habilidades e competências, especialmente comportamentais e
emocionais, levando-os à superação das adversidades para alta performance, alcançando resultados admiráveis.
Bons estudos!

INÍCIO DO PROCESSO DE COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


O processo de coaching se dá por meio do diálogo, e as pessoas precisam estar comprometidas e se entregarem a esse

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momento. É essencial para que haja bons resultados, uma sinergia, um entrosamento entre o coach e o coachee,
principalmente com relação à confiança necessária para que o processo tenha sucesso.

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É importante deixar claro também a questão da ética durante o processo em relação aos clientes ou aos seus pares. Após
esclarecer ao coachee a sua posição ética como profissional, inicia-se efetivamente o processo de coaching de inteligência
emocional com um diálogo, para conhecer melhor seu cliente e “quebrar o gelo” nesse primeiro contato, buscando sinergia
e confiança. O processo de coaching é dividido por sessões individuais ou em grupo, formando um ciclo (início, meio e fim),
podendo ser desenvolvido entre 10 ou 12 encontros, com duração de, aproximadamente, uma hora ou uma hora e meia,
conforme a necessidade do coachee em cada sessão.

Após a conversa para conhecer o seu cliente, pedindo para contar sobre a sua vida, sua trajetória pessoal e profissional, o
que almeja, seus sonhos e desejos, parte-se para perguntas mais efetivas ao processo de avaliação com seu coachee, com
relação à sua inteligência emocional.

Sabemos que a inteligência emocional é um dos fatores primordiais para que o processo de mudança ocorra. Goleman
(2011) traz quatro componentes como características da inteligência emocional: autoconsciência, autogestão, empatia e
habilidade social. Esses componentes precisam ser identificados durante a entrevista pelo coach ao longo da sessão, por
meio de perguntas norteadoras. Mas, que perguntas norteadoras seriam essas?

Autoconsciência

• Você tem consciência das suas emoções diariamente?

• Quando você toma consciência de seus pensamentos, eles são, em sua maioria, positivos ou negativos?

• Você reflete sobre suas emoções e o porquê delas?

Autogestão (autocontrole)

• Você tem consciência das suas emoções? Você as utiliza para melhorar ou facilitar o alcance dos objetivos e das metas?

• Você consegue lidar bem com emoções disfuncionais (negativas), recuperando-se ligeiramente quando é contrariado?

• Diante de sua equipe, você consegue se manter estável para ouvi-la, mesmo diante de desafios ou contradições?

Empatia (Consciência Social)

• Ao falar com uma pessoa, dar algum feedback, você se preocupa em não a magoar?

• Você tem a preocupação em perceber as atitudes das pessoas, procurando entender de forma genuína seu mindset e o
que as levou a ter essas ações?

• Você tem o cuidado de não julgar as atitudes das pessoas, e sim entendê-las, dando abertura para compartilharem
problemas e desafios da forma mais sincera possível?
Habilidade Social (Gestão de Relacionamentos)

• Quando conduz uma negociação ou um conflito, você busca criar acordos ou resultados satisfatórios para todos?

• Você busca o bom relacionamento com sua equipe por entender que é essencial para o sucesso?

• Quando ocorre uma discussão/divergência para uma tomada de decisão, você é aberto a deixar sua opinião de lado, ouvir

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as pessoas e construir uma decisão em nova perspectiva?

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• Você é capaz de acalmar alguém e oferecer ajuda para as pessoas de sua equipe, quando necessário?

A partir dessa interação entre coach e coachee, inicia-se o processo de coaching, buscando identificar e analisar se seu
cliente está no caminho em relação ao desenvolvimento da inteligência emocional, se já possui pontos fortes e demonstra
habilidade estratégica e quais pontos precisam ser melhorados.

DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


diferentes técnicas e métodos, pois não existe uma uniformidade quanto à prática e aplicação. Seja qual for a técnica ou o
método utilizado, é essencial que você se certifique que está respeitando os princípios básicos do exercício profissional de
coaching e com ética, pois o estabelecimento de uma relação entre coach e coachee é construída com base na confiança, na
comunicação franca e na confidencialidade.

Durante as sessões do processo de coaching, o coachee passa por etapas de aprendizagem e autoconhecimento, com o
objetivo de adquirir uma visão mais clara das suas qualidades, pontos fortes, de melhoria, comportamentos e crenças
limitantes. Aqui, especificamente, uma visão de suas emoções, que, junto à assessoria do coach, passa a perceber o seu
estado atual.

Continuando a conduzir o processo de coaching, indo um pouco mais fundo nas questões emocionais junto ao seu coachee,
tendo como base o Modelo de Inteligência Emocional de Goleman (2011), aplicaremos a Roda da Inteligência Emocional,
dividida em quatro componentes: autoconsciência, autogestão, empatia e habilidade social. Cada componente possui
habilidades, as quais, se bem-sucedidas, impactam positivamente na vida pessoal e profissional das pessoas.

• Autoconsciência: tem como objetivo a capacidade de se autoperceber e distinguir suas emoções, seus impactos no corpo
e nas relações com as outras pessoas.

• Autogestão (Autogerenciamento): tem como objetivo gerirmos a nós mesmos, nossas emoções e nossos sentimentos,
buscando minimizar emoções disfuncionais, evitando possíveis colapsos, em prol de uma vida mais saudável. Esse
autogerenciamento vem do autocontrole emocional, ou seja, do controle de nossos sentimentos e emoções, evitando o
estresse e a tristeza. A autogestão permite autocontrole, maior adaptabilidade, flexibilidade diante de desafios e mudanças,
como também uma visão positiva, buscando distinguir o melhor de si nas situações da vida profissional e pessoal e nas
outras pessoas e orientação para seus objetivos.

• Consciência Social: tem como objetivo a capacidade de ser empático, de perceber e compreender os sentimentos das
outras pessoas, colocar-se no lugar delas e respeitá-las e, ainda, de ter consciência organizacional, ou seja, de compreender
como as regras funcionam no ambiente de trabalho e como são tomadas as decisões.
• Habilidade Social (Gestão de Relacionamentos): tem como objetivo a capacidade de termos liderança, expressando-nos
para inspirar e motivar as pessoas; gerenciamento de conflito, evitando possíveis tensões, estresses; capacidade de
compartilhar conhecimento, ajudando as pessoas a chegarem aonde almejam; ser influenciador, tendo o poder de
persuasão e a capacidade de trabalhar em equipe, estando aberto para críticas e diálogos, formando, assim, um time de
alta performance.

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Figura 1 | Roda da Inteligência Emocional

Fonte: Willerding (2022, [s. p.]).


No processo de coaching, a Roda da Inteligência Emocional permite identificar e enxergar o estado atual de seu coachee,
por meio de um formato de gráfico, contendo as competências e habilidades necessárias, para ter inteligência emocional e,
com base nisso, trabalhar para o alcance dos seus objetivos, do seu estado desejado (GOLEMAN, 2011).

FECHAMENTO DO PROCESSO DE COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

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A Roda da Inteligência Emocional é uma ferramenta simples, mas muito eficaz de autoavaliação. Ela possui dois

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microambientes, o intrapessoal e o interpessoal, e ambos possuem oito habilidades essenciais, permitindo analisar quais
melhorias podem ser realizadas, e identificar possíveis desequilíbrios, impedindo o crescimento de seu coachee de forma
sistêmica e gráfica.

Mas, como a Roda da Inteligência Emocional funciona? Você, como coach, fará perguntas voltadas a cada habilidade
descrita na roda, que conduzirá seu coachee a dar uma nota de 1 a 10, a percepção de satisfação em relação a ela,
avaliando as habilidades da inteligência emocional, a fim de descobrir quais precisam ser melhorados, em busca de melhor
desempenho, e quais precisam de maior atenção e dedicação, para que seu cliente chegue ao estado desejado.

Após a aplicação da Roda da Inteligência Emocional, partimos para análise. Você pode dividir a aplicação em várias sessões
na hora da análise, podendo utilizar o “Método dos 5 Porquês”, aprofundando ainda mais a análise de cada habilidades
para encontrar a causa-raiz. Esse método é simples e eficiente, tendo como premissa saber a causa raiz de um problema. O
método funciona perguntando cinco vezes o porquê de algo, para chegar ao cerne da questão, a fim de compreender o que
aconteceu (a causa-raiz), porém, em determinadas situações, “não é necessário perguntar as 5 vezes, desde que chegue à
origem do problema” (ANJOS, 2020, p. 4).

Figura 2 | Exemplo de Roda da Inteligência Emocional preenchida


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Fonte: Willerding (2022, [s. p.]).

Com a Roda da Inteligência Emocional feita, temos um panorama pessoal e holístico das habilidades emocionais do coachee
em seu momento atual. Dessa forma, podemos analisar possíveis desequilíbrios, elencar prioridades e traçar um plano de
ação para atingir melhor equilíbrio e desempenho. O objetivo passa a se refletir junto ao seu coachee sobre o resultado da
roda e traçar metas para conquistar o estado desejado.

Nesse processo, é fundamental que você permita que seu coachee faça uma autorreflexão do resultado encontrado,
questionando se o deixa feliz ou se gostaria que fosse diferente.

Durante essa autorreflexão, você pode, em conjunto, fazer outras marcações que correspondam ao seu equilíbrio, ao
estado desejado, evidenciando e facilitando o desenvolvimento do plano de ação, identificando as diferenças entre o estado
atual e o desejado, evidenciando o trabalho a ser feito.
Como podemos realizar um plano de ação?

Podemos utilizar a ferramenta 5W2H, muito utilizada no mundo corporativo e na vida pessoal. É uma metodologia que
permite o aprimoramento profissional e pessoal, composta por um conjunto de questões, com o objetivo de compor um
plano de ação de forma rápida, eficiente e assertiva. Tem como propósito definir ações eficazes e seu acompanhamento, de

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maneira visual, ágil e simples.

A ferramenta 5W2H corresponde à união entre cinco Ws (what – why – who – where – when) e dois Hs (how – how much).

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Quadro 1 | Plano de Ação 5W2H

5W 2H Status

What Why Who Where When How How much Feito/ Fazendo/ A fazer

(O quê?) (Por quê?) (Quem?) (Onde?) (Quando?) (Como?) (Quanto custa?)

Fonte: elaborado pela autora.

Ao responder às questões, pode-se traçar com clareza as mudanças e formular um plano para alcançar seu estado
desejado, tendo em mente:

• What (o quê): o que deve ser feito para o estado desejado?

• Why (por quê): por que precisa ser feito?

• Who (quem): quem deve fazer para alcançar o estado desejado?

• Where (onde): onde será implementada esta mudança?

• When (quando): quando deverá ser feito essa ação de mudança?

• How (como): como será conduzida a mudança?

• How Much (quanto custa): quanto custará esta ação? Como refere-se à mudança de comportamento, a princípio, não
envolverá investimento financeiro.

É importante que, após a elaboração, o Plano de Ação seja monitorado, pois imprevistos acontecem.

VÍDEO RESUMO
Todo processo de coaching precisa ter início, meio e fim, e o de inteligência emocional não poderia ser diferente. Aqui,
veremos como aplicar a Roda da Inteligência Emocional e como analisar os resultados adquiridos, para que possamos
desenvolver um plano de ação eficiente e eficaz. Vamos entender mais sobre isso?

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.


 Saiba mais
O mundo corporativo está cada vez mais competitivo, tendo como diferencial o seu capital humano, que precisa ser
valorizado para o desenvolvimento das organizações. O processo de coaching é uma das formas que vem se

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destacando como ferramenta de transformação, buscando estimular seus coachees, utilizando técnicas e métodos que

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identificam o estado atual para o desejado. O coaching aplicado no ambiente organizacional reforça a vantagem
competitiva e estratégica. Almeida e Wachowicz (2018) abordam a importância do processo de coaching nas empresas
atualmente. Para saber mais, acesse: https://unisecal.edu.br/wp-content/uploads/2019/05/EIICS_2018_Coaching.pdf e
venha se deliciar com novos aprendizados.

REFERÊNCIAS
7 minutos

Aula 1
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