1. INTRODUÇÃO
Para Teixeira, (2019), argumenta que “é dentro da, e pela língua, em que indivíduo e
sociedade se determinam mutuamente”. Desse modo, a sociedade e indivíduo ganham existência
quando são imersos em uma língua. E a língua é a manifestação concreta da faculdade humana da
linguagem, isto é, da faculdade humana de simbolizar. Sendo assim, é pelo exercício da
linguagem, pela utilização da língua, que o homem constrói sua relação com a natureza e com os
outros homens”. Nesse entendimento, é necessário dar oportunidade a acesso à língua dominante
nas práticas sociais, como uma forma de inserção do indivíduo na sociedade. Portanto este
trabalho sobre verbo, tem o objectivo geral analisar os verbos.
Conceituar o verbo;
Identificar as diferentes formas de classificação dos verbos;
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2. CONCEIO DO VERBO
O verbo deriva do latim verbum, que significa palabra. Traduzindo em portugues, o verbo
significa palavra. o significado do vocábulo palabra vai muito mais além desta definição.
O verbo consiste numa palavra que expressa uma determinda acção, um estado de ánimo
ou sentimentos. Considerando por exemplo a acção ( brincar, estudar, comer, fazer) estado de
ánimo ( rir, chorar), sentimento ( amar, odiar) ou ainda representa fenômenos de natureza como
(chover ou nevar), etc.
De acordo com Nazar & Laroca, (2001), argumenta que o verbo é definido como a classe
gramatical de palavras que expressa um facto, uma acção, um estado físico ou psicológico, um
fenômeno da natureza que pode variar em pessoa, número, tempo, modo, género e voz. tem
origem no termo latim verbum, o verbo é a parte da oração que exprime existência, acção ou
estado que realiza o sujeito. Poranto trata-se, do núcleo da oração que pode formar o sujeito e o
predicado.
O verbo concorda em pessoa e número com alguns dos seus complementos. No que diz
respeito à língua portuguesa, regra geral, concorda com o sujeito ou com o predicativo em
número, pessoa e género (no caso do particípio passado).
Existem vários tipos de verbos: os verbos transitivos, que são aqueles que requerem a
presença de pelo menos um complemento (directo e/ou indirecto) para que a oração tenha
sentido; os verbos intransitivos, isto é, aqueles que não comprometem o sentido da oração na
ausência de complemento; os verbos irregulares, ou seja, aqueles que possuem conjugações
particulares para os tempos verbais primitivos como é o caso do presente do indicativo, do
pretérito perfeito e o futuro do mesmo modo, respectivamene e os verbos regulares que, pelo
contrário, obedecem às regras de conjugação mais usuais na língua.
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3. CLASSIFICAÇÃO DO VERBO
Nas gramáticas tradicionais (MAIA, 1995; LIMA, 2003), referem que o verbo, de forma
geral, é classificado por meio de critérios, entre os quais:
As línguas caracterizam-se por terem dois verbos de cópula, ser e estar, utilizados
produtivamente em orações copulativas com características aspetuais distintas”. A utilização
destes verbos liga-se à diferenciação semântica entre predicados estáveis ou do indivíduo e
predicados episódicos ou de fases e à natureza das propriedades, das características e dos estados
que são denotados por estes predicados (Villalva, 2018). Considere os exemplos de verbos quanto
a semântica.
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desencadear a leitura como evento pontual ‘O João vai ficar irritado às 2 horas, quando
souber que o pai regressou.’ ou
remeter para um estado consequente ‘O João vai ficar irritado durante o fim de semana,
enquanto o pai cá estiver’.
Desse modo, assume-se que ficar, “no contexto de predicadores adjetivais, nominais e
preposicionais, tanto poderá dar conta de um evento pontual quanto do estado
consequente que dele resulta” (Letras, 2021).
As construções progressivas ocorrem com quase todos os tempos gramaticais, O
Progressivo, ao indicar uma situação em progresso, não limitada temporalmente e que
inclui o momento de enunciação, fornece à construção com o Presente, uma leitura de
presente real da situação e, por isso, tem “o seu ponto de interesse central no facto de não
ser uma leitura preferencialmente habitual, o que sugere fortemente o seu carácter
originalmente estativo” (Letras, 2021), Por exemplo:
O João está a ficar cansado.
O João fica cansado, sempre que sobe a montanha.
O João ficou cansado.
Para Villalva, (2018), sublinha que a existência de diversos verbos abundantes e presentes
na língua portuguesa, que são caracterizados, e por possuírem duas ou mais formas participiais.
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Dessa forma, o particípio, de determinados verbos, apresenta duas formas possíveis: uma forma
irregular e forte (ou ainda: reduzida, anormal e rizotónica e curta e uma regular e fraca
(arrizotónica).
De acordo com Ilari e Basso (2008, p. 169), citado por refere que a morfologia do verbo
pode ser definida como o conjunto de formas que um verbo pode assumir, por efeito da
conjugação (isto é, combinando-se afixos e desinências que distinguem “modos” e “tempos”,
“pessoas” e “números”). Sendo assim, a morfologia do verbo trata-se do conjunto das formas que
poderiam resultar da aplicação de desinências previstas na gramática da língua radical do verbo.
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Escreveríamos = escrev (radical) + e (vogal temática) + ría (desinência indicativa do
futuro do pretérito no modo indicativo) + mos (desinência número/pessoa). sufixos
flexionais, ou desinências, não devem ser confundidos com os sufixos derivacionais, que
geram novas palavras, como em feliz-mente; feliz-idade; feliz-ardo; etc.
Segundo Câmara Jr. (2017, p. 81), refere que na flexão “há obrigatoriedade e
sistematização coerente”, já que ela é imposta pela natureza da frase. Por exemplo, é a natureza
da sentença “Eu beijei Maria ontem” o verbo deve estar na primeira pessoa do pretérito perfeito,
e.g., “beijei”.
Para Câmara Jr. (2017, p. 85), parafraseado abaixo, nos verbos figuram duas noções
diferentes que se completam para flexionar o vocábulo verbal:
O tempo: que indica o momento da ocorrência do evento a que o verbo se refere (do ponto
de vista do momento da comunicação) em adição à noção de modo (indicativo,
subjuntivo, imperativo) e de aspecto - somente para o tempo pretérito.
A pessoa gramatical do sujeito: informação posposta à noção de tempo e indica o número
(singular ou plural) do sujeito.
Que assinala uma tomada de posição subjetiva do falante em relação ao processo verbal
comunicado. No indicativo não há essa ‘assinalização’” (Teixeira, 2019). Por exemplo considere
as sentenças a seguir:
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(4). É verdade [que ele viajou].
Em (3), o verbo “ser” no modo subjuntivo (em adição ao advérbio talvez) expressa dúvida
em relação ao facto descrito na oração encaixada “ele viajou”. Em (4), por sua vez, o modo
indicativo expressa a afirmação do facto, ou seja, não há dúvida quanto ao facto de ele ter
viajado. Quanto à noção gramatical de tempo, no modo indicativo podem existir: O tempo
presente que pode significar:
(i). Do presente: “Partirei amanhã” onde expressa uma acção futura ou posterior ao
momento da fala”.
(ii). Do pretérito: que expressa a irrealidade como em “Partiria amanhã, se fosse rico”.
(i). Presente: que expressa a hipótese como em “Para passar, é necessário que tu estudes”;
(ii). Pretérito imperfeito: que expressa possibilidade ou desejo de uma acção,
condicionada à outra: “Se ele escrevesse uma carta, talvez ganhasse o sorteio”;
(iii). Futuro: que expressa a possibilidade de acontecer um evento como em “Quando o rei
descobrir a traição, estaremos mortos”.
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3. METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão narrativa da literatura. As buscas foram realizadas entre os 10 a
15 de Julho de 2022 nas seguintes bases dos dados:
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CONCLUSÃO
Dessa forma pode-se entender o verbo como um elemento da oração que permite ao
individuo que a está utilizando situar os acontecimentos em um tempo preciso a sua narração seja
oral ou escrita. O verbo é o núcleo de uma frase e funciona como um eixo de articulação entre os
demais elementos da oração.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, R. (1995). Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio,
2003.
Letras, F. De. (2021). Sobre a semântica do verbo ficar em construções progressivas com
adjetivos e Rute Rebouças. 218–236.
Nazar, M., & Laroca, D. E. C. (2001). Manual de Morfologia do Portugues 2a Edição Revisada.
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