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ORAÇÃO UNIVERSAL OU DOS

FIÉIS
"Senhor, escutai a nossa prece"
EDMAR PERON
Introdução formada pelas leituras bíblicas, o salmo
responsorial e a aclamação ao Evangelho
A principal oração da assembleia litúrgica é a (IGMR 55) — é concluída pela "oração
Oração Eucarística, "centro e ápice de toda a universal ou dos fiéis" (IGMR 69); ela é, pois, a
celebração, prece de ação de graças e conclusão normal de cada celebração da Palavra
santificação"; por ela, "toda a assembleia" se une de Deus, tanto a da missa e a dos outros
.com Cristo na proclamação das maravilhas de sacramentos, como a dos sacramentais; ela
Deus e na oblação do sacrificio"l Essa oração se conclui também a oração da manhã (Laudes) e a
manteve ininterruptamente presente na liturgia oração da tarde (Vésperas), conforme os textos
ao longo de todos os séculos da Igreja. Não teve da Liturgia das Horas e do Oficio Divino das
a mesma sorte a oração universal ou dos fiéis, Comunidades, mesmo que, nesse caso, outros
igualmente oração de "toda a assembleia" no são os princípios a orientar a forma e o conteúdo
exercício de "sua função sacerdotal". Entremos, da oração.
pois, no mistério desse rito, que foi restaurado Assim, terminada a homilia ou, nos
para a Igreja latina pelo Concílio Vaticano II. casos previstos, o creio, realiza-se, a oração
universal ou dos fiéis. Este o é lugar em que
O rito celebrado ela aparece na mais antiga tradição da
Igreja. O mártir São Justino, leigo e
A oração universal ou oração dos fiéis foi
filósofo, decapitado no ano 165, ao
resgatada pelo Concílio Vaticano II, pois havia
descrever a liturgia dominical, assim se
desaparecido do rito romano desde o século VI:
expressou: "Quando o leitor termina, o
"Restaure-se, especialmente nos domingos e
presidente faz uma exortação e convite para
festas de preceito, a «oração comum» ou «oração
imitarmos esses belos exemplos. Em
dos fiéis», recitada após o Evangelho e a
seguida, levantamo-nos todos juntos e
homilia, para que, com a participação do povo,
elevamos nossas preces"4 . A orientação
se façam preces pela santa Igreja, pelos que nos
conciliar, acima citada, SC 53, retomou
governam, por aqueles a quem a necessidade
essa tradição, testemunhada por São
oprime, por todos os homens e pela salvação de
Justino.
todo o mundo"2. Essa orientação conciliar foi
Desse modo, no missal, a Oração Universal ou dos
acolhida e desenvolvida pelo documento sobre a Fiéis recebeu a seguinte forma ritual, como aparece na
Oração Universal, de 17 de abril de 19663 , no IGMR 69-71 e 138: a) quem preside, da cadeira, dirige a
qual o primeiro capítulo é apresentado como um oração; "ele a introduz com breve exortação, convidando
os fiéis a rezarem, e depois a conclui"; b) outro ministro
Diretóño Prático, indicando por primeiro a — o diácono, o cantor, o leitor ou outro fiel leigo —
Natureza e importância pastoral da Oração propõe ao povo as intenções; c) assembleia, "de pé,
Universal, depois As partes e os ministros da exprime a sua súplica, seja por uma invocação comum,
após as intenções proferidas, seja por uma oração em
Oração Universal, e, por fim, A liberdade a ter silêncio". O ambão é o lugar de onde normalmente devem
em conta no uso da Oração Universal. Por sua ser anunciadas as intenções ao povo.
vez, o Missal Romano, aprovado pelo Papa A respeito do conteúdo das intenções propriamente
Paulo VI, assumindo com fidelidade tais ditas, o missal diz que se reze pelas necessidades da
Igreja, pelos poderes públicos e pela salvação de todo o
orientações, inseriu a "oração universal" ou dos mundo, pelos que sofrem qualquer dificuldade e pela
fiéis na estrutura ritual da missa. Dessa maneira, comunidade local. "Haja ao menos uma intenção de
a liturgia da Palavra — cuja "parte principal" é

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cada série" (OUF 9); contudo, em ocasiões es (Jo 6, 1 1) e no retorno dos setenta e dois discípulos (LC 10,21-
pecíficas, como a Confirmação, o Matrimônio 22); no horto das Oliveiras e na cruz (LC 22,39-46; Mt 27;46).
e as Exéquias, "as intenções podem referir-se Aos seus discípulos, Jesus ensinou a oração do Pai nosso (LC
11, 1-4) e a oração pelos inimigos, ambas para viver nossa
mais estreitamente" a essas circunstâncias. realidade de filhos e filhas do Pai dos Céus (Mt 6,44-45); e
Há também orientações quanto à maneira de mandou-lhes que fizessem o mesmo que ele fez: orem, roguem,
compor cada intenção: sejam formuladas com peçam em meu nome.
sobriedade, sábia liberdade e com "breves Também os apóstolos, em suas cartas, ensinam sobre a
necessidade de rezar sempre (Rm 12,12; ICor 7,5; Cl 4,2; ITS
palavras". O texto do Consilium (OUF, n. 1 1) 5,17; IPd 4,7). As súplicas deveriam ser: pelo próprio apóstolo e
apresenta três formas; usarei, como exemplo, a em suas intenções (Ef 6,18); de uns pelos outros irmãos da
prece pela Igreja para compreendê-las: comunidade (Tg 5, 16); e, mais amplamente, por todas as pessoas
"forma plena" — pela/por... para que: "Pela santa Igreja e pelos governantes, para que o povo pudesse viver tranquilo e
de Deus, para que ele a proteja e sustente, roguemos ao Senhor" sereno, .com toda piedade e dignidade"; essa oração universal
(Missal Romano, Fórmula Geral, 1) 5 • tem por fundamento a confiança em Deus, o qual deseja que
"todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (2,
"forma parcial" 1 — para que: "Para que Deus confirme 1-4). Tal oração dos cristãos se eleva ao Pai, por meio de Jesus
a santa Igreja na fé, na esperança e na caridade, até a vinda de Cristo (Hb 13, 15), no Espírito Santo (Rm 8, 15.26; Gl 4,6; Jd
Cristo Salvador, oremos, irmãos" (OUF, p. 68); 20): "Não pode haver oração cristã sem a ação do Espírito Santo,
"forma parcial" 2 — pela/por. "Pela Igreja, povo que unifica a Igreja inteira, levando-a pelo Filho ao Pai"6 .
santo de Deus, e pela unidade de todos os cristãos, oremos Essas exortações à oração, recebidas de Cristo
ao Senhor (OUF, p. 508)". e dos apóstolos, se enraizaram bem cedo nas
Quanto à participação do povo, muito desejada pelo comunidades. São Justino, perseguido, assim
Vaticano II (SC 14; rezando após ouvir o anúncio dizia a respeito da dimensão universal da oração
de cada uma das intenções, deve-se reconhecer que é
"verdadeiramente a parte principal da oração dos fiéis" (OUF, cristã: "Nós rogamos por vós e por todos os
n. 13), e nunca deverá ser substituída pela ação dos cantores ou homens em geral, como o nosso Senhor e Cristo
ministros. A melhor maneira de a assembleia participar nos ensinou a fazer. Ele que nos mandou orar
ativamente é por meio de "uma aclamação breve, sempre a pelos nossos inimigos, amar os que nos odeiam
mesma, na mesma celebração", ainda que seja possível também
uma oração silenciosa, a qual, mesmo parecendo "menos ativa, e abençoar os que nos amaldiçoam"7. E, segundo
pode conferir uma plenitude admirável à oração" (OUF, n. 12). uma carta do Papa Celestino, de 431, as orações
Essa maneira se manteve no rito romano nas orações solenes da dos fiéis eram celebradas uniformemente em
sexta-feira Santa. toda a Igreja católica, para que a lei da oração
A conclusão das preces, feita por quem preside a estabelecesse a lei da fé8 .
assembleia litúrgica, deve ser simples, "na qual somente A respeito das intenções propostas nessa oração universal
se pede a Deus que escute benignamente as preces que dos fiéis, na celebração eucarística, cito apenas dois testemunhos
foram formuladas" (OUF, n. 14), e não deve duplicar de do século IV. O primeiro, do Egito, propõe à oração dos fiéis:
modo algum a Oração do Dia ou Coleta: "Deus, nosso
todas as pessoas que
refúgio e força, que sois a fonte da compaixão, atendei às
súplicas de vossa Igreja para alcançarmos com segurança creem e seguem a Jesus Cristo; o povo em
o que pedimos com fé. Por Cristo, nosso Senhor" (Missal geral; as autoridades; os homens
Romano, Fórmula Geral I). E a assembleia aclarna: livres e os escravos, os homens e
Amém. as mulheres, os idosos e as crianças, os
Enfim, o documento do Consilium sobre a oração universal, pobres e os ricos; os viajantes; os sofredores, os
oferece orientações quanto à liberdade no seu uso (OUF, n. 15-
20), a fim de acomodar essas orações aos costumes dos povos
presos e os infelizes; e os doentes 9 . O outro
ou das regiões de uma nação, mantendo sempre o essencial, que testemunho nos vem da Síria, escrito
encontramos sinteticamente apresentado na Instrução Geral do por volta no ano 380: "E o diácono
Missal Romano, n. 60-71. acrescente: todos os que somos
Teologia fiéis, dobremos os joelhos... Com
fervor, supliquemos todos a Deus,
Jesus Cristo, que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai pelo seu Cristo. Oremos pela santa Igreja de
(Hb 10,9; Jo 6,38), deixou aos seus discípulos muitos exemplos Deus... por esta santa paróquia...
de oração. Ele próprio rezou: quando foi batizado por João (LC
3,21-22); antes de escolher os apóstolos (LC 6, 12); quando por todo o episcopado... pelos nossos
curou o surdo-mudo (Mc 7,34) e ressuscitou Lázaro (Jo 11,41- presbíteros... por todo o diaconato... pelos leitores
42); ao multiplicar os pães os cantores, as virgens, as viúvas e os órfãos...

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pelos esposos e pelos pais... pelos convite do ministro, que lhe propõe
celibatários... pelos que, na santa as intenções (OUF,
Igreja, trazem oferendas e pelos que dão n. 2); ela reza e não apenas conclui por
meio de uma aclamação aos pedidos feitos
esmolas... pelos recém- por um ministro. Dessa maneira "a
batizados... pelos irmãos provados Igreja, reunida em assembleia, [...] aparece como
pela doença... pelos que partiram de a grande orante e advogada constituída a
favor" de toda a humanidade (OUF, n. 3).
viagem por mar ou por terra... pelos que
estão nas minas, no exílio, na Dois aspectos, ainda, sobre a natureza
prisão ou nas cadeias por causa do dessa oração universal: ela
nome do Senhor... pelos que sofrem em amarga é a conclusão de toda a liturgia
escravidão... pelos nossos inimigos da Palavra e, "sob o aspecto da
e por aqueles que nos odeiam...
pelos que nos perseguem por causa participação dos fiéis", o
do nome do Senhor... pelos que estão seu cume; é, também, a dobradiça
fora (os penitentes) e pelos que se perderam... entre a liturgia da Palavra e a liturgia
lembremo-nos das crianças... oremos uns Eucarística, pois "conclui a liturgia
pelos outros... oremos por toda
alma cristã... "10 Neste caso, todos rezavam em da Palavra, em que são
silêncio, de joelhos, enquanto o comemoradas as maravilhas
diácono ia apresentando as intenções. de Deus e a vocação dos
Aqui, é interessante perceber: o diácono não fiéis cristãos, e encaminha
eleva a Deus as preces, mas a para a liturgia
assembleia é que reza ao ouvir as
intenções por ele propostas. É Eucarística, enunciando
dessa maneira que se apresenta a algumas das intenções, tanto
orientação da Instrução Geral do universais como particulares, pelas
Missal Romano, n. 69: "Na oração
quais o sacrificio é
universal ou oração dos fiéis, o povo
responde de certo modo à Palavra de oferecido" (OUF, n. 4).
Enfim, à oração universal ou dos
Deus acolhida na fé e exercendo fiéis podemos aplicar o que São
a sua função sacerdotal, eleva Cipriano ensinou sobre o Pai Nosso: Jesus
preces a Deus pela salvação de todos". É a Cristo, "o Doutor da paz e Mestre da
assembleia, povo sacerdotal, que unidade, não quis que a oração fosse
"exprime a sua súplica, seja por uma exclusivamente individual e privada, a fim de que
invocação comum após as intenções proferidas, aquele que ora não peça só para si. Não dizemos: Meu
Pai que estais nos Céus; nem: Dai-me hoje
seja por uma oração em silêncio" (IGMR 71). É, o meu pão; cada um não pede que lhe
portanto, como o próprio nome diz, seja perdoado apenas o seu pecado, ou que
"uma súplica ou intercessão dirigida a não o deixe cair em tentação ou que só a ele
Deus pela assembleia dos fiéis enquanto opública livre do mal. A nossa oração é
e comunitária e, quando
tal", depois de ouvir de um rezamos, não rezamos por um só, mas
ministro, o anúncio das intenções, pela Igreja e por todo o povo, porque com todo o
pelo mundo. Consideremos povo nós formamos um só. O Deus da
paz e Mestre da concórdia, que nos
atentamente: é uma súplica dirigida a ensinou a unidade, quis que cada um
Deus (e não é dirigida nem a Nossa orasse por todos, assim como Ele a
Senhora e nem aos Santos); pedem- todos nos assumiu em SI
se, sobretudo, beneficios
universais; e diz respeito ao povo fiel, pois
é a assembleia que reza, depois de ouvir o

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Significado dos ritos para a vida normalmente, na cadeira presidencial. [...] d) quem canta ou
proclama as intenções, como é evidente, não responde com o
povo; e) o animador do canto [para ajudar na resposta
Procurando relacionar o sentido dessas cantada] não deve tomar lugar no ambão, mas noutro local
preces com a vida, creio que seja preciso, em visível à frente da assembleia".
primeiro lugar, cultivar em Há, ainda, a meu ver, uma riqueza a ser descoberta e dois
nossas comunidades o espírito vícios a serem corrigidos. A riqueza consiste em fazer com
que, de fato, as intenções para a oração universal ou dos fiéis
de serviço a todas as pessoas; sejam fruto da escuta da Palavra de Deus, tenham relação com
não teria sentido exercer, os textos das leituras do dia. Tal relação com a Palavra
pelas preces, a vocação conferirá frescor às intenções, arrancando-as da "mesmice".
universal da Igreja, como Os vícios dizem respeito: a) o ministro que propõe as
intenções convida a assembleia a cantar, quando a sua
servidora da salvação da humanidade 12 "invocação comum" é cantada. O convite ao final de cada
(LG 1), e depois não realizar concretamente intenção é sempre à oração: Roguemos ao Senhor ou Oremos
a solidariedade. Vale aqui o ao Senhor ou, ainda, outra forma semelhante, mas nunca:
Cantemos ao Senhor ou Rezemos ao Senhor, cantando. O
ensinamento de Bento XVI: convite Cantemos tem sentido antes de um canto, hino ou
"Cada celebração eucarística atualiza aclamação, mas nas preces, quando se convida à oração e não
sacramentalmente a doação que ao canto; b) sendo preces dirigidas a Deus, por meio de Cristo,
no Espírito Santo, não tem sentido, junto ao altar do Senhor,
Jesus fez da sua própria vida fazer preces a Cristo e, muito menos cantar parte da ladainha
na cruz por nós e pelo mundo de Nossa Senhora ou dos Santos, no lugar das preces.
inteiro. Ao mesmo tempo, na Retomemos a Tradição: "quando se está junto ao altar, a
Eucaristia, Jesus faz de nós oração deve ser sempre dirigida ao Pal
testemunhas da compaixão de
Deus por cada irmão e irmã; Edmar Peron, Bispo auxiliar da Arquidiocese de
nasce assim, à volta do mistério São Paulo (Região Episcopal Belém),
eucarístico, o serviço da caridade para com o Mestre em Teologia dos Sacramentos.
próximo"13
Poderia também ser organizada uma
formação, para ajudar as pessoas em
geral e as equipes de liturgia, CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL.
especificamente, a tomarem consciência Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário:
texto oficial. Brasília: Edições CNBB, 2008, n. 78; sigla:
dos vários momentos em que se elevam IGMR.
preces a Deus na celebração, 2 CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO 11.
Sacrosanctum Concilium: Constituição sobre a Sagrada
aprofundando o seu sentido, partindo da Liturgia, (04/ 12/1965), n. 53; sigla: SC.
celebração eucarística: oração silenciosa 3 CONSIL[UM. De Oratione communi seu
para formular interiormente as intenções fidelium: na tura, momentum ac strutura. Criteria atque
da missa (IGMR 54), para receber specimina Coetibus libus Episcoporum proposita.
Vaticano: Typis Polyglottis Vaticanis, 1966. Para a
frutuosamente a eucaristia (IGMR 84) e, tradução portuguesa, usarei a parte do documento
após a comunhão eucarística, para publicada por: SECRETARIADO NACIONAL DE
louvar e agradecer (IGMR 88 e 45); a LITURGIA. Oração Universal, Proémio. 2. ed.,
oração universal ou dos fiéis, partindo, Assafarge (Portugal): Gráfica Coimbra, 2000, p. 9-14;
sigla: OUF, indicando o número (n.) ou a página (P.). 4
por exemplo, desse artigo; e a grande JUSTIN0 DE ROMA. I e II Apologias e Diálogo com
oração, a Oração Eucarística (IGMR 78- Trifão. São Paulo, Paulus, 1995, p. 83.
s
79). Encontramos no Apêndice do Missal Romano
Seria muito útil uma vivência sobre o rito inteiro da Exemplos de formulários para a Oração dos Fiéis: duas
oração universal ou dos fiéis: introdução, anúncio das formas ge rais; uma para o Advento e outra para o
intenções e correspondente resposta orante da assembleia, e
conclusão. Além do estudo dos textos acima propostos, eis Tempo do Natal; duas para o Tempo da Quaresma, uma
outras dicas 14 . "a) o presidente, antes de começar a para os dias de semana da Semana Santa e uma para o
introdução, deve aguardar que o leitor chegue ao ambão; b) Tempo Pascal; duas para o Tempo Comum; e, por fim,
aquele que propõe as intenções deve cantá-las ou proclamá- uma para as missas dos fiéis defuntos. Esses formulários
las com beleza e dignidade, de modo a ser percebido e a
suscitar uma resposta viva. Só regressa ao seu lugar depois do são exemPIOS de como as orientações do Concílio se
Amém da assembleia; c) o lugar do presidente é, apresentam concretamente no Missal Romano, e podem

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ajudar as comunidades a prepararem suas intenções com
liberdade sóbria e sábia, com breves palavras.
6
OFÍCIO DIVINO. Liturgia das Horas: Introdução, n.
8. vol. I.
7
JUSTINO DE ROMA. o. c., p. 313.
Cf. PAPA CELESTINO 1. Carta 21,2, in: CORDEIRO
José de Leão (org.). Antologia litúrgica: textos
litúrgicos, patrísticos e canónicos do primeiro milénio.
Fátima (Portugal): Secretariado Nacional de Liturgia,
2003, n. 4102, p. 972. Citarei abreviadamente como
Antologia, seguido de número.
9
SEAPIAO DE THEMUIS. Eucológio: Liturgia
Eucarística, 5, in Antologia, n. 1398, p. 372.
10
CONSTITUIÇOES APOSTÓLICAS. Livro VIII,
Liturgia Eucarística, 10, in: Antologia, n. 1603, p. 429-430.
CIPRIANO. A Oração Dominical, 8, in: Antologia, n.
986, p. 279.
12 Cf. CONCÍLIO VATICANO 11. Lumen
Gentium: constituição dogmática sobre a Igreja (21/
11/64), n. I.
13 BENTO XVI. Sacramentum Caritatis: Exortação
Apostólica Pós-Sinodal sobre a Eucaristia, fonte e ápice
da vida e da missão da Igreja (22/02/2007), n. 88.
14 Texto proposto pela Comissão Episcopal de Liturgia da Conferência
Episcopal Portuguesa, na Apresentação do livro Oração Universal, anteriormente
citado, n. 12. 15 CONCÍLIO DE HIPONA. Cânon 21 (ano 393), in: Antologia, n.
2252, p. 563; igual afirmação encontramos no Concílio de Cartago (ano 397),
cânon 23, in: Antologia,
n. 2260, p. 564.

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