ÍNDICE
ASSUNTO PAG.
Noções de física
Alavancas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Ângulo de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Cálculo das cargas radiais admissíveis. . . . . . . . . . . . 13
Coeficiente de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Coeficiente de atrito de deslizamento. . . . . . . . . . . . . 03
Coeficiente de atrito de rolamento. . . . . . . . . . . . . . . 03
Conversão de unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Força de aceleração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
Força de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Equivalência N/kgf . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Momento de aceleração e frenagem. . . . . . . . . . . . . . 09
Noções sobre força. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Noções sobre potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Noções sobre torque. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Plano inclinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Radiano/seg - rpm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Roldanas e polias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Verificação da potência absorvida pelo motor . . . . . . 13
1
NOÇÕES SOBRE FORÇA
Chama-se força a tudo que é capaz de modificar o movimento ou repouso de um corpo.
A intensidade da força pode ser medida em kgf (kilograma força) ou N (Newton).
l N é a força necessária para deslocar no espaço um corpo de massa 1 kg acelerando a 1m/s².
Na Terra, sobre a ação da força gravitacional que é de 9,8 m/s², é preciso uma força de 9,8 N para
elevar um corpo de massa 1 kg.
1 kgf é a força necessária para se elevar um corpo de massa 1 kg vencendo a mesma força
gravitacional da Terra.
Concluindo, 1 kgf equivale a 9,8N. Na pratica costuma-se arredondar para 10 N
Para elevar um corpo de peso ou massa 5 kg é necessário aplicar uma força com intensidade
superior a 5 kgf ou 49 N contrária a atração da gravidade.
m
5kg
Mas para deslocar um corpo na horizontal que esteja apoiado sobre uma superfície horizontal não
é necessário aplicar uma força igual ao peso ou massa do corpo. A força necessária para arrastar
um armário é muito menor que a força para levantar o mesmo.
Para deslocar um corpo apoiado sobre um plano horizontal é necessário vencer a FORÇA DE
ATRITO gerada pelo atrito entre as superfícies de contato. Esta força tem sentido de direção
contrário à força que se faz para se deslocar o corpo e será sempre de menor valor do que seu
peso.
2
COEFICIENTES DE ATRITO DE DESLIZAMENTO
Atrito em repouso Atrito em movimento
Materiais em contato A seco Lubrifi Com A seco Lubrifi Com
cado água cado água
Aço / aço 0,15 0,10 - 0,12 0,08 -
Aço/bronze 0,19 0,10 - 0,18 0,06 -
Aço/ferro cinz. 0,28 0,15 - 0,20 0,08 -
Fita de aço s/ferro - - - 0,18 - 0,10
Bronze/bronze - - - 0,20 - 0,15
Cortiça/metal 0,60 0,25 0,62 0,25 0,12 0,25
Couro/metal - - - 0,35 0,30 -
Ferro cinz./bronze 0,30 0,15 - 0,28 0,08 0,10
Ferro cinz./ferro cinz. 0,28 - - 0,20 0,08 -
Poliamida/aço 0,35 0,11 0,30 - - -
Poliuretano/aço 0,36
R
F
Q
F
f f
Q
f N
f
Q F
Fig.1 N
Fig. 3
f
Fig. 2 N
3
As figuras anteriores representam uma roda apoiada sobre uma superfície plana onde, devido ao
peso Q concentrado em cima da mesma e em função da deformação dos materiais, há um
aumento da área de contato. Em principio f (fig.1) representa metade dessa área, mas na realidade
observa-se em experimentos que f (fig.2) diminui de valor deslocando-se para mais próximo de
Q visto que a deformação vai se deslocando a medida em que a roda avança.
Na análise da figura 2 observa-se uma alavanca onde:
O raio R da roda é a distancia de Q até a aplicação da força F
f é a distância de Q até o ponto de apoio N e o braço de alavanca da resistência ao rolamento.
Para a força F fazer a roda girar o seu valor deverá ser:
- conforme fig. 2 ou ainda - conforme fig. 3
Exemplo:
A roda de um carro com diâmetro 560 mm, ou seja, raio R= 280 mm, apresenta na realidade, com
pneus cheios, uma área de contato total com o solo de 120mm onde o valor de f seria 60mm, mas
na pratica verifica-se que f (braço de alavanca da resistência ao rolamento) não passa de 4 mm.
Ftn Ftn
r
Fn
r Fat2
Fat2
R R
Fat1 Fat1
f
f
Ftn
Q Q
N
N
Então, a força de atrito de rolamento dos pneus desse carro de peso Q =1000kg deslocando sobre
asfalto em bom estado será:
A outra força de atrito que se refere aos mancais de rolamentos (de esfera ou de roletes) entre o
eixo e a roda, apesar do coeficiente de atrito ser de baixo valor, gera uma força de atrito
significativa por ser de menor diâmetro. O valor de f para mancais de rolamentos é na pratica 0,1
a 0,2 mm e considerando r (raio do rolamento) = 25mm teremos para o mesmo carro:
A força tangencial necessária ou requerida Ftn para fazer a roda girar e a força de tração
necessária Fn para puxar o carro por um cabo preso ao seu eixo deve ser a soma das duas forças
de atrito e a relação entre os raios dos rolamentos e das rodas.
4
COEFICIENTE DE ATRITO DE ROLAMENTO TOTAL (Inclui o atrito referente aos mancais)
para:
Carros sobre vias asfaltadas em bom estado: 0,01 a 0,02
Vagões: 0,004 a 0,005
Locomotivas: 0,01
a
A
Fat b
Q
B
Análise do diagrama:
A figura acima representa um corpo de peso Q num plano inclinado onde a componente “a” é
uma força resultante de Q. sen que tende a puxar o corpo rampa abaixo. Quanto maior a
inclinação ou seja sen aproximando-se de 1, maior será o valor dessa força.
A componente “b” ( resultado de Q . cos ) multiplicada pelo coeficiente de atrito, gera uma
força de atrito que quanto maior for a inclinação menos significativa será em função de cos se
aproximar de 0.
Para o corpo subir a rampa a força Fn deverá ser maior do que a soma destas duas forças.
E então:
ou
5
Explicando Na figura anterior é o ângulo quando ao inclinarmos a rampa partindo de
atingimos a inclinação onde o corpo principia a deslizar suavemente rampa abaixo . Conhecendo
o comprimento C da rampa e a altura A calculamos o ângulo nesse momento através da fórmula
Da mesma forma um corpo de bronze foi colocado sobre uma rampa de chapa de aço e
inclinada até o ponto em que o corpo começou a deslizar para baixo. Verificado o ângulo de
inclinação: 10°.
e então o coeficiente de atrito de deslizamento bronze aço é tang 10°
FORÇA DE ACELERAÇÃO
Quando for necessário deslocar grandes massas partindo do repouso e indo a alta velocidade em
tempo muito curto, há necessidade de se considerar a FORÇA DE ACELERAÇÃO que em
muitos casos é maior do que a força de atrito. Exemplo: Translação de pontes rolantes pesadas,
transportadores de minério, vagões, locomotivas e outros similares.
A fórmula para estes casos é:
= aceleração em m/s² =
m = massa (peso)
Exemplo: Calcular a força de aceleração necessária para acelerar uma ponte rolante de 30.000kg
partindo do repouso até a velocidade de trabalho 0,666 m/s com tempo de aceleração de 4 s.
ou
FORÇA RADIAL, FORÇA AXIAL e FORÇA TANGENCIAL
6
Força tangencial
Força radial
Força axial
Outro exemplo para você entender o que é Torque ou Momento de torção é o da bicicleta:
Quando você põe o peso do seu corpo sobre o pedal da bicicleta você está aplicando um
momento de torção sobre o conjunto pedal-pedivela.
O peso do seu corpo P multiplicado pelo comprimento do pedivela R lhe dará o valor desse
momento de torção.
Exemplo:
7
P = Peso da pessoa: 60 kg
R = compr. do pedivela: 0,20 m
M = 60kg x 0,20m = 12 kgfm
Quando calcular um acoplamento para o eixo de saída de um redutor também deverá levar em
conta as fórmulas acima além dos fatores de serviço indicados pelo fabricante.
Outro tipo de momento de torção é o chamado MOMENTO DE TORÇÃO RESISTENTE. Esse
é o momento gerado pelas massas a serem deslocadas e pelos atritos internos entre as peças
quando uma maquina se encontra em movimento.
Seguindo o exemplo anterior: O atrito do pneu do carro com o solo, gera um momento de torção
resistente quando você tenta girar o volante do seu carro. Então, para que você possa
efetivamente mudar a direção do veículo você precisa gerar um momento de torção no volante
maior do que o momento resistente gerado pelo atrito entre os pneus e o solo.
Ou seja: Para que a maquina funcione é necessário que o MOMENTO DE TORÇÃO
FORNECIDO seja maior do que o MOMENTO DE TORÇÃO RESISTENTE .
MOMENTO DE ACELERAÇÃO e MOMENTO DE DESACELERAÇÃO ou FRENAGEM:
8
É muito importante quando a finalidade é acelerar ou frear grandes massas em tempo muito
curto.
Em inúmeros casos é maior do que o momento necessário para vencer as forças de atrito entre as
partes internas dos equipamentos.
As fórmulas seguintes são utilizadas para calcular o momento de aceleração e frenagem de mesas
giratórias, cilindros pesados, fornos rotativos e outros equipamentos girantes.
ou
.
G, m = peso ou massa em kg
n = rotação por minuto
d = diâmetro do cilindro em m
t = tempo de aceleração ou frenagem em s
F – força em kgf
v – veloc. em m/s
9
F – força em N
v – veloc. em m/s
Comparando:
- 1W é a potência necessária para deslocar um corpo de massa 1kg a 1m/s² e como na superfície
da Terra a aceleração da gravidade é 9,8 m/s² então há necessidade de 9,8 W para elevar esse
mesmo peso a altura de 1 m no tempo de 1 segundo.
- 1 CV é a potência necessária para elevar um corpo de massa (peso) 75 kg a altura de 1 m no
tempo de 1 segundo.
- Na superfície da Terra para elevar um corpo de massa 75 kg a altura de 1 metro no tempo de 1
segundo é necessário uma potência de 75kg x 9,8m/s² = 735 W
Então:
1 CV = 735 W
1 CV = 0,735 kW
1Kw = 1,36 CV
PARA POTÊNCIA EM CV
PARA POTÊNCIA EM kW
10
Potência requerida para acionamento de um carro de transporte de carga (fictício) no plano
horizontal.
Dados:
Peso da carga: 22000 kg
Peso do carro: 3000 kg
Velocidade desejada: v =10 m/min
Tempo de aceleração do repouso até a velocidade máxima: 6 s
Diâmetro da roda = 400mm – Raio R = 200 mm
Atrito das rodas com o solo f1 = 4mm (roda revestida de borracha dura sobre concreto)
Diâmetro médio dos rolamentos: 100mm – Raio r = 50mm
Atrito dos mancais de rolamentos: f2 = 0,2mm
Redução por polias do motor para o redutor: ip = 1:2
Redução por engrenagens de corrente do redutor para o eixo das rodas: ie 1:3
Redutor Motor
r
R
Conhecidas as forças partimos para o cálculo do momento de torção requerido no eixo das rodas:
4 - Momento de torção para vencer força de atrito entre as rodas e o solo (R da roda em m):
11
ou
5 - Momento de torção para vencer força de atrito dos mancais de rolamento (r do rolamento em
m):
ou
As fórmulas 1, 2, 4 e 5, que se referem aos momentos devido aos atritos nas rodas, podem ser
resumidas em:
ou
onde:
12
13 - Cálculo da potência necessária ou requerida do motor:
ou
l2
Fr 2 Fr1
Fr1 Fr 2 l3
Rol. A Rol.B
Fr 2 novo. ponto.de.aplicação.da.c arg a
Fr1 valor.da.c arg a.radial.admissível.
l2 conforme.catá log o
l3 l 2 .l 3 distâncias.de.aplicação.da. força.(mm)
U = Voltagem da rede
I = amperagem medida a plena carga
porcentagem de rendimento do motor (verificar catálogo do fabricante)
cos= fator de potência (verificar no catálogo do fabricante)
Observ.: e cos estão em função da potência estimada, conforme se pode perceber no catálogo
do fabricante.
Exemplo: Motor de 3,7 kW (5 CV) – 4 polos (1730rpm) funcionando em 220V e com
amperagem 10A (aproximadamente 75% da nominal)
No catálogo da WEG:
Corrente Conjugado Rendimento Fator pot. cos
Potência Corrente com Conjugado com Conjugado % da potência nominal
Carcaça Rpm nominal rotor nominal rotor máximo
CV kW 220V bloqueado kgfm bloqueado Cmax/Cn 50 75 100 50 75 100
Ip/In Cp/Cn
5,0 3,7 100L 1730 13,6 7,5 2,07 3,1 3,0 80,5 82,3 83,5 0,68 0,79 0,85
Observar que esse motor assim como vários outros fornece um conjugado máximo 3 vêzes maior
do que o nominal servindo para iniciar a partida de equipamentos com grande massa de inércia.
13
MULTIPLICADORES PARA CONVERSÃO DE UNIDADES MÉTRICAS, SI E AMERICANAS
ALAVANCAS
a l
d
a
l N L L a
m F G
G F
x L
1
,
G l FL
l0 a F G
2
=
F L l
G
k
g P
f
m
l
ROLDANAS E POLIAS
14
R Pr P
r F F
R 2 cos
F
F n2
P n4
P n5
n3 1
n1 F F P
n
ASSESSOTEC
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ASSESSORIA TECNICA EM ACIONAMENTOS
Resp.: J.L.FEVEREIRO FONE 011.6909.0753 CEL 9606.7789
Guias laterais
Roletes de apoio
Tremonha
Tambor de acionamento
Tambor de retorno
Fat1
r
Fat2
R
ROLETES DE APOIO
TAMBOR DE ACIONAMENTO
= kgf ou =N
= kgf ou =N
= força de atrito referente contato da correia com o rolete.
=força de atrito referente rolamentos inseridos nos roletes.
= 1,3mm = braço de alavanca da resistência ao rolamento entre correia e rolete.
= 0,2mm = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos mancais
= peso ou massa da carga + correia + roletes (kg)
r = raio dos roletes de apoio (mm)
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FORÇAS ADICIONAIS:
Ffl = Força para flexionar a correia em cada tambor: 22 kgf ou 215 N
Fra = Força para vencer atritos em cada raspador: 1,4 x larg. da correia (pol) = kgf
13,7 x larg. da correia (pol) = N
Ftp = Força para acionamento de cada tambor dos trippers conforme tabela abaixo:
Larg.correia 16 20 24 30 36 42 48 54 60 72 84
(polegada)
Ftp (kgf) 22,7 37,7 49,8 63,4 67,9 72,5 77 81,5 86,1 95,3 104,5
Ftp (N) 223 370 489 622 666 711 754 799 844 944 1024
ou
ou
ou
Fa = força de aceleração
G , m = peso total = Gca + Gco + Gro
v = veloc. da correia (m/s)
ta = tempo de aceleração. A maioria dos motores admite até 6s para poucas partidas por hora.
Definido o torque e a rotação já pode ser selecionado o redutor e o acoplamento de ligação entre
os eixos do redutor e do tambor. Caso o redutor esteja acoplado direto ao eixo do tambor,
multiplicar M pelo fator de serviço e escolher o redutor pelo torque de saída. Se houver redução
por engrenagens e corrente entre os eixos do redutor e do tambor não esquecer de dividir o torque
M pela relação de transmissão das engrenagens.
No cálculo de potência foi considerada a força de aceleração das massas em movimento sobre o
transportador mais a força para vencer os atritos. Na maioria dos transportadores horizontais o
momento de aceleração das massas em movimento é menor do que o momento necessário para
18
vencer os atritos, principalmente quando se admite um tempo de aceleração próximo de 6
segundos. A maioria dos motores na partida fornece o dobro do momento nominal e sendo assim
esse adicional de torque poderia ser aproveitado para dar a partida no transportador e então não
haveria necessidade de somar Fa à Fr desde que haja poucas partidas por hora. Mas na seleção
do redutor e do acoplamento há necessidade de considerar Fa + Fr.
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Resp.: J.L.FEVEREIRO FONE 011.6909.0753 CEL 9606.7789
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CORREIA TRANSPORTADORA DESLIZANDO SOBRE CHAPA
DE AÇO
Fat
ou R
Fr
MESA DE APOIO
Motoredutor
Para calcular o torque requerido para acionamento deste tipo de transportador considerar apenas o
peso do material transportado somado ao peso de metade da correia que gera uma força de atrito
entre a correia e a chapa de apoio e quando inclinado o ângulo de inclinação, multiplicado pelo
raio do tambor.
1 – Para transportador horizontal
ou
ou
20
v = veloc. da correia (m/s)
D = diâm. do tambor de acionamento ( m)
Definido o momento de torção no eixo do tambor e a rotação por minuto já pode ser selecionado
o motoredutor . Se o mesmo for montado direto no eixo do tambor, multiplicar o torque
necessário M pelo fator de serviço e com este valor escolher o tamanho do redutor ou
motoredutor pelo torque de saída. Na mesma tabela do motoredutor já pode ser verificado qual a
potência de entrada. Não esquecer que já está incluído o rendimento do redutor.
Mas, se preferir, a potência do motor e a capacidade do redutor em CV ou kW no eixo de entrada
pode ser calculada pela fórmula:
. (M em kgfm) ou (M em Nm)
P = potência requerida de acionamento
M = momento de torção nominal no eixo do tambor
n = rpm no eixo do tambor de acionamento
rendimento do motoredutor.
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21
TRANSPORTADOR DE CORRENTE.
GUIAS DE APOIO
Motoredutor
Calculando a rotação por minuto no eixo da engrenagem motora / eixo de saída do redutor.
Definido o momento de torção no eixo da engrenagem e a rotação por minuto já se pode partir
para a seleção do motor e do redutor . Se o mesmo for montado direto no eixo da engrenagem,
multiplicar o torque necessário M pelo fator de serviço e com este valor escolher o tamanho do
redutor ou motoredutor pelo torque de saída. Na mesma tabela pode ser verificado qual a
potência de entrada. Não esquecer que já está incluído o rendimento do redutor.
Se preferir, a potência do motor e a capacidade do redutor em CV ou kW no eixo de entrada pode
ser calculada pela fórmula:
. (M em kgfm) ou (M em Nm)
P = potência requerida de acionamento
M = momento de torção nominal no eixo da engrenagem
n = rpm no eixo da engrenagem de acionamento
rendimento do motoredutor.
22
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ELEVADOR DE CANECA
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Para o cálculo da potência requerida para o acionamento de elevadores de canecas não se
considera o peso das canecas ou da correia por estarem em equilíbrio. Para cálculo do momento
no tambor acionador considerar principalmente o peso do material dentro das canecas cheias e a
força de extração que é baseada na prática dos fabricantes deste tipo de equipamento.
Modo de calcular 1
ou
Modo de calcular 2
Potência requerida:
ou
Capacidade de transporte:(t/h)
T = capacidade de transporte em t/h
V (t/h)
peso específico do material a ser transportado (t/m³)
V = capacidade de transporte m³/h)
V = 3600 . q . c . . v = (m³/h)
q = quantidade de canecas por m
c = capacidade total da caneca (m³)
24
rend. volumétrico da caneca = 0,5 a 0,8 (depende da velocidade e do tamanho do grão)
v = velocidade das canecas (m/s)
= (0,4 a 0,8 x rendimento do redutor) rendimento mecânico do conjunto o qual depende do
atrito de rolamento, da flexão da correia, da resistência de extração, do vento e do alinhamento da
correia .
A = altura do elevador (m)
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25
Para calcular a potência necessária de acionamento de um fuso submetido a uma força qualquer
em sua extremidade (força ou carga axial) as equações são:
Para o cálculo do ângulo de hélice:
F1 = força tangencial
Q = carga (kg) a ser elevada ou força (kgf) a ser deslocada
= ângulo de atrito entre aço e bronze: 10,2° a seco
5,7° lubrificado estático
2,3° lubrificado dinâmico
= ângulo de atrito para fuso de esferas: 0,12°
Para o cálculo do torque:
= (kgfm)
D = diâmetro primitivo (mm)
v = velocidade (m/min)
p = passo da rosca (mm)
rendimento do redutor
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GUINCHOS
26
R
Ft
MOTOREDUTOR
r
27
n = rpm no eixo do tambor
v = velocidade máxima (m/s)
D = diâmetro do tambor (mm) + diâmetro do cabo(mm) x numero de voltas em torno do tambor
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28
No cálculo da potência requerida de acionamento da translação de ponte rolante nota-se que o
maior valor é o relativo à aceleração das massas. O momento resistente devido aos rolamentos
das rodas e ao atrito das rodas com os trilhos é geralmente de menor valor. Para o cálculo
considera-se o peso da ponte + peso da carga concentrado em uma única roda.
ou
MOMENTO DE ACELERAÇÃO
(kgfm para Fa em kgf) e ( Nm para Fa em N)
ou
Fa = força de aceleração
R = raio da roda (m)
G e m = peso da ponte + carga (kg)
v = velocidade da ponte ( m/min)
ta = tempo de aceleração desejado (s). Pode ser conforme norma ( tabela abaixo):
Para o cálculo da POTÊNCIA REQUERIDA para a translação de pontes rolantes considerar que
são utilizados dois motores e a potência de cada motor é:
(M em kgfm) ou M em Nm)
P = potência de cada motor
M = momento requerido total nas rodas
n = rotação por minuto no eixo da roda
29
rendimento do redutor
Para equipamentos com momento de inércia bem maior do que o momento de atrito é importante
que o fator de serviço aplicado ao redutor e aos acoplamentos seja 2 ou acima sobre o motor
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CARRO DE TRANSPORTE
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O cálculo da potência requerida de acionamento de um carro de transporte é basicamente o
mesmo da translação de ponte rolante, quando se trata de motoredutor acionando direto o eixo
das rodas como na figura abaixo. A diferença é que o carro de transporte usa geralmente só um
motoredutor. O cálculo abaixo considera o deslocamento no plano horizontal (nivelado).
No cálculo da potência requerida para o deslocamento do carro, nota-se que o maior valor é o
relativo à aceleração das massas. O momento resistente devido aos rolamentos das rodas e ao
atrito das rodas com os trilhos é geralmente de menor valor. Para o cálculo considera-se o peso
do carro + peso da carga concentrado em uma única roda.
ou
MOMENTO DE ACELERAÇÃO
(kgfm para Fa em kgf) e ( Nm para Fa em N)
ou
Fa = força de aceleração
R = raio da roda (m)
G e m = peso do carro + carga (kg)
v = velocidade do carro ( m/min)
ta = tempo de aceleração desejado (s).
31
D = diâmetro da roda (m)
P = potência do motor
M = momento total nas rodas
n = rotação por minuto no eixo da roda
rendimento do redutor
Para equipamentos com pouco momento de atrito e grande momento de inércia, é importante que
o redutor e o acoplamento se houver, sejam escolhidos com fator de serviço 2 sobre o motor.
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32
Para o cálculo de potência necessária para acionamento de cilindros emborrachados, para
indústria de plásticos e têxteis, submetidos a uma pressão gerada por pistões pneumáticos,
hidráulicos ou qualquer outro meio, considerar a fórmula abaixo:
PRESSÃO
Fa Ft
k
Fa Ft
F = pressão em kgf
ou se não conhecer o valor de k considere, para cilindros com revestimento de
borracha com dureza acima de 60 shore-A, os seguintes valores:
f = 1,5 mm para cilindros até diâmetro 100mm
3,0mm para cilindros entre 100 e 200mm de diâmetro
4,5mm para diâmetro entre 200 e 300mm de diâmetro
6,0mm para diâmetro entre 300 e 400mm de diâmetro
k = área de contato entre cilindros dividido por 2 ( medida em mm)
R = raio do cilindro (mm)
Fa = força de arraste (kgf)
v = velocidade m/min
= rendimento do redutor
ASSESSOTEC
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ELEVADORES DE CARGA
Para efeito de cálculo do momento de torção, da velocidade e potência considerar que todos esses
valores vão aumentando a medida em que os cabos vão se sobrepondo em camadas em volta do
34
tambor. Isto acontece no caso de elevadores para obras com muitos andares. Já para poucos
andares o comprimento do tambor é o suficiente para que não haja sobreposição do cabo.
G=
Carga +
Cabina
Cálculo para o momento de torção no eixo do tambor para elevador de cabo simples:
ou
M = momento de torção máximo requerido no eixo do tambor
G, m = Peso da carga mais cabina (kg)
R = raio do tambor(mm) + diâmetro do cabo (mm) x num.de voltas (quantidade de voltas do cabo
remontadas em torno do tambor suficiente para atingir o ponto mais alto
Observação: O diâmetro do tambor deve ser no mínimo 26 x cabo quando for utilizado o tipo
6x25 Filler (Cimaf).
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O cálculo da potência máxima requerida de acionamento de elevadores de carga deve considerar
quando há um maior numero de voltas do cabo remontadas em torno do tambor, ou seja, quando
o elevador está no ponto de maior velocidade.
. (M em kgfm) ou (M em Nm)
P = potência máxima requerida de acionamento
M = momento de torção máximo requerido no eixo do tambor
n = rpm no eixo do tambor de acionamento
rendimento do motoredutor.
G G
2 2
G
Cabina
+Carg
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v = velocidade de subida em m/min. Considerar a maior velocidade desejada.
D = diâmetro do tambor (mm) + diâmetro do cabo (mm) x num.de voltas remontadas e suficiente
para atingir o ponto mais alto.
ASSESSOTEC
ASSESSORIA TECNICA EM ACIONAMENTOS
Resp.: J.L.FEVEREIRO FONE 011.6909.0753 CEL 9606.7789
ROSCA TRANSPORTADORA
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Esta forma de cálculo da potência requerida para o acionamento de rosca transportadora e as
tabelas foram extraídas do livro TRASPORTI MECCANICI de Vittorio Zignoli.
Na rosca transportadora o atrito entre a rosca e o material é bastante considerável e variável e por
isso a tabela referente a esses atritos.
A fórmula acima não considera a inclinação da rosca e quando for o caso, para maior segurança,
é melhor considerar a fórmula abaixo (não incluída no livro)
Para o cálculo da potência do motor dividir P pelo rendimento do redutor e do conjunto de polias
e correia se houver ( para as polias
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Farelo Cevada granulada
CLASSE II – Material granulado ou em
pedaços com pó, não abrasivo, com bom
escorregamento
0,6 a 0,8 t/m³
Pó de aluminio
Cal hidratada
Carvão granulado
Grafite granulado
Grão de cacau
Grão de café
Semente de algodão
Grão de trigo
Grão de soja
CLASSE III – Material semiabrasivo em pequenos
pedaços misturados com pó
at/m³
Alumina granulada 0,96 2,8
Asbesto granulado 0,90 2,0
Bórax granulado 0,85 1,4
Manteiga (burro no original) 0,95 0,8
Avelã torrada 0,80 2,0
Gesso granulado calcinado 0,98 2,4
Lignite granulado 0,80 2,0
Toicinho, banha (lardo no original) 0,95 0,8
Cevada moída 0,95 1,2
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Escória queimada
O fabricante americano STEPHENS. ADAMSON MFG. CO. apresenta valores diferentes para o coeficiente de
atrito dos materiais com a rosca. Veja a seguir:
Materiais t/ Materiais ( não incluídos na lista acima) t/
m³ m³
Alumina 1,7 2,0 Açúcar de cana ou beterraba refinado 1,4 2,0
Asfalto moído 1,3 0,5 Açúcar (raw) não refinado 2,0
Bauxita moída 2,2 1,8 Açúcar (beet pulp) seco 0,4 1,0
Cal, seixo 1,5 1,3 Açúcar (beet pulp) molhado 1,0 1,0
Cal (pedra) moída 2,4 2,0 Amendoim descascado 1,1 0,5
Cal (pedra) em pó 2,2 1,0 Areia seca 2,8 2,0
Cal hidratada 1,1 0,8 Arroz 1,0 0,5
Cal hidratada em pó 1,1 0,6 Aveia 0,8 0,4
Carvão (antracita) em pedaços 1,7 1,0 Cacau (beans) 1,0 0,6
Cimento Portland 2,2 1,0 Centeio 1,2 0,4
Café verde 0,9 0,4 Farinha de soja 1,1 0,5
Café torrado 0,7 0,5 Germe de trigo 0,8 0,8
Farinha de soja 1,1 0,5 Sabão pedaços 0,3 0,6
Gesso moído 2,5 2,0 Sabão em pó 0,6 0,9
Gesso em pó 2,0 1,0 Sal seco grosso 1,3 1,2
Semente de algodão seco 1,0 0,5 Sal seco fino 2,1 1,2
Semente de algodão com casca 0,3 0,9 Serragem 0,3 0,7
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