Você está na página 1de 36

DISFUNÇÕES

CARDIOVASCULARES
Enfª. Carliane Bastos de Lavor
ANATOMIA DO CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular


oco localizado no centro do tórax;

Ocupa o espaço entre os pulmões


(mediastino) e repousa sobre o
diafragma;

Sua função é bombear sangue


para os tecidos, suprindo-os com
oxigênio e outros nutrientes;

Possui três camadas: endocárdio,


miocárdio e epicárdio. Envolvido
pelo pericárdio;
ANATOMIA DO CORAÇÃO

A ação de bombeamento do coração é obtida pelo relaxamento e contração rítmicos das


paredes musculares em seus quatro compartimentos (ou câmaras);

fase de relaxamento - DIÁSTOLE todos os quatro compartimentos relaxam simultaneamente, o


que permite aos ventrículos se encherem, em uma preparação para a contração;

Fase de contração- SÍSTOLE refere-se aos eventos no coração durante a contração dos dois
compartimentos superiores e dos dois compartimentos inferiores;
ANATOMIA DO CORAÇÃO

A ação de bombeamento do coração é obtida pelo relaxamento e contração rítmicos das


paredes musculares em seus quatro compartimentos (ou câmaras);

fase de relaxamento - DIÁSTOLE todos os quatro compartimentos relaxam simultaneamente, o


que permite aos ventrículos se encherem, em uma preparação para a contração;

Fase de contração- SÍSTOLE refere-se aos eventos no coração durante a contração dos dois
compartimentos superiores e dos dois compartimentos inferiores;
Veia cava

Arteria
pulmonar
BOMBEAMENTO CARDÍACO
FISIOLOGIA DO CORAÇÃO

O sistema de condução cardíaca gera e transmite impulsos elétricos que estimulam a


contração do miocárdio. Sob circunstâncias normais, o sistema de condução estimula
primeiramente a contração dos átrios e para os ventrículos;

AS CÉLULAS NODAIS E AS CÉLULAS DE PURKINJE, PROPICIAM ESSA SINCRONIZAÇÃO:

Condutividade: capacidade de
Automaticidade: capacidade de Excitabilidade: capacidade de
transmitir um impulso elétrico de
iniciar um impulso elétrico. responder a um impulso elétrico.
uma célula para outra.
FISIOLOGIA DO CORAÇÃO
ASPECTOS FISIOLÓGICOS

DÉBITO CARDIACO (5 ℓ/min – adulto em repouso)

• volume de sangue bombeado por cada ventrículo durante


determinado período;
• deve ser responsivo às alterações nas demandas metabólicas dos
tecidos. Por exemplo, durante um exercício, o débito cardíaco total
pode aumentar em 4 vezes, para 20 ℓ/min;
PRESSÃO ARTERIAL

A PA sistêmica é a pressão exercida sobre


as paredes das artérias durante a sístole e a
diástole ventriculares.
A hipertensão é definida
Ela é afetada por fatores Uma PA normal em A hipotensão refere-se a
por uma pressão arterial
como débito cardíaco, adultos é considerada, uma pressão arterial
sistólica
distensão das artérias e em nível sistólico, sistólica ou diastólica
consistentemente
pelo volume, velocidade abaixo de 120mmHg e, anormalmente baixa
superior a 140 mmHg ou
e viscosidade do em nível diastólico que pode resultar em
uma PA diastólica
sangue; abaixo de 80 mmHg; vertigem ou desmaio;
superior a 90 mmHg;
PRESSÃO ARTERIAL

A PA sistêmica é a pressão exercida sobre


as paredes das artérias durante a sístole e a
diástole ventriculares.
A hipertensão é definida
Ela é afetada por fatores Uma PA normal em A hipotensão refere-se a
por uma pressão arterial
como débito cardíaco, adultos é considerada, uma pressão arterial
sistólica
distensão das artérias e em nível sistólico, sistólica ou diastólica
consistentemente
pelo volume, velocidade abaixo de 120mmHg e, anormalmente baixa
superior a 140 mmHg ou
e viscosidade do em nível diastólico que pode resultar em
uma PA diastólica
sangue; abaixo de 80 mmHg; vertigem ou desmaio;
superior a 90 mmHg;
PRESSÃO ARTERIAL

PRESSÃO DE PULSO
A pressão de pulso, que normalmente é de 30 a 40 mmHg, indica com que eficiência o paciente mantém o débito
cardíaco. A pressão de pulso aumenta em condições que elevam o volume sistólico (ansiedade, exercício, bradicardia),
reduzem a resistência vascular sistêmica (febre) ou reduzem a dispensabilidade das artérias (aterosclerose,
envelhecimento, hipertensão).

A pressão de pulso diminuí da reflete o volume sistólico e a velocidade de ejeção reduzidos (choque, insuficiência
cardíaca, hipovolemia, regurgitação mitral) ou obstrução ao fluxo sanguíneo durante a sístole (estenose mitral ou aórtica).

Uma pressão de pulso inferior a 30 mmHg significa uma grave redução no débito cardíaco e necessita de avaliação
cardiovascular adicional.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

A pressão arterial elevada pode


ser vista de três maneiras:
como sinal, como fator de Como sinal, as enfermeiras A pressão elevada pode
risco para a doença e outros profissionais de indicar uma dose
cardiovascular saúde utilizam a pressão excessiva de medicamento
aterosclerótica ou como arterial para monitorar o vasoconstritor ou outros
doença. estado clínico do paciente. problemas.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

O QUE MAIS A PRESSÃO ELEVADA PODE OCASIONAR?

• elevação prolongada da pressão arterial acaba provocando lesão dos


vasos sanguíneos em todo o corpo, particular nos órgãos-alvo, como o
coração, os rins, o cérebro e os olhos.

As consequências habituais da hipertensão prolongada e descontrolada


consistem em infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, insuficiência
renal, acidentes vasculares cerebrais e comprometimento da visão.

• A hipertrofia(aumento) do ventrículo esquerdo do coração pode


ocorrer, uma vez que ele trabalha para bombear o sangue contra a
pressão elevada.
A hipertensão arterial sem causa conhecida. ocasiona alterações no coração
primária
Hipertensão

e nos vasos sanguíneos provavelmente se associam para aumentar a pressão


arterial.
Por exemplo, a quantidade de sangue bombeado por minuto (débito
cardíaco) pode estar aumentada e a resistência ao fluxo de sangue também
pode estar aumentada, pois os vasos sanguíneos sofrem constrição.
O volume de sangue pode estar aumentado também. As razões para tais
alterações não são totalmente conhecidas, mas parecem envolver uma
anormalidade hereditária que afeta a constrição das arteríolas, o que ajuda a
controlar a pressão arterial.
Outras alterações podem contribuir para o aumento da pressão arterial,
incluindo a acumulação de quantidades excessivas de sódio dentro das
células e a redução da produção de substâncias que dilatam as arteríolas.
A hipertensão arterial com causa conhecida é chamada de
Hipertensão
secundária
hipertensão secundária.
Ocasionada devido a fatores secundários:
Doença renal
Arteriosclerose
Pré-eclampsia
Obesidade
Diabetes
Uso do tabaco
sintomas
• Pode ou não apresentar sintomas.
Quando presentes são: dores de
cabeça, sangramento nasal, tontura,
rubor facial e fadiga. Pessoas com
hipertensão arterial podem apresentar
esses sintomas, mas tais sintomas
ocorrem com a mesma frequência em
pessoas com pressão arterial normal.
FISIOPATOLOGIA

A pressão arterial é o produto


do débito cardíaco pela A hipertensão pode resultar
resistência periférica. de um aumento no débito
cardíaco, aumento da
O débito cardíaco é o resistência periférica
produto da frequência (constrição dos vasos
cardíaca pelo volume sanguíneos) ou ambos.
sistólico.
TRATAMENTO CLINICO
MODIFICAÇÕES NO ESTILO DE VIDA E FARMACOLOGICO
TRATAMENTO FARMACOLOGICO

Os medicamentos usados para o tratamento da hipertensão diminuem a resistência periférica, o


volume sanguíneo ou a força e a frequência de contração do miocárdio.

Para os pacientes com hipertensão não complicada e nenhuma indicação específica para outro
medicamento, os medicamentos iniciais recomendados incluem diuréticos, betabloqueadores
ou ambos. A princípio, os pacientes recebem doses baixas do medicamento. Se a pressão
arterial não cair para menos de 140/90 mmHg, aumenta-se a dose de modo gradual, e outros
medicamentos são incluídos, quando necessário, para obter o controle.
TRATAMENTO FARMACOLOGICO

Tratamento de urgências e emergências


hipertensivas

Em emergências hipertensivas, a pressão arterial deve ser reduzida rapidamente.


Emergências hipertensivas são tratadas em unidades de terapia intensiva hospitalares. A
maioria dos medicamentos utilizados para reduzir a pressão arterial rapidamente, como
fenoldopam, nitroprussiato, nicardipino ou labetalol, é administrada por via intravenosa.
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
ARRITMIAS CARDÍACAS
ARRITMIAS CARDÍACAS

As arritmias são distúrbios da formação ou condução (ou ambas)


do impulso elétrico dentro do coração.
É evidenciada inicialmente pelo efeito hemodinâmico
Pode ocasionar alteração da frequência cardíaca, ritmo que elas causam (uma alteração na condução pode
cardíaco ou ambos; modificar a ação de bombeamento do coração e causar
pressão arterial diminuída);

São diagnosticadas pelos traçados evidenciados de ECG. E seu


tratamento é baseado através da gravidade e sintomas
ARRITMIAS CARDÍACAS

A causa mais frequente de arritmias é


uma cardiopatia, principalmente a
doença da artéria coronária, as
valvulopatias e a insuficiência
cardíaca.
TIPOS DE ARRITMIAS
FLUTTER ATRIAL:

• aplicação de um choque no tórax (cardioversão elétrica), procedimento que é feito sob sedação e, muitas
vezes, em nível ambulatorial;

TAQUICARDIA:

• realização da ablação por cateter é muito efetiva e muitas vezes curativa. Essa técnica consiste na
cauterização do foco da arritmia durante o estudo eletrofisiológico.

BRADICADIAS:

• marca-passos – equipamentos que emitem impulsos elétricos para corrigir falhas no ritmo dos
batimentos – podem ser implantados embaixo da pele oferecendo excelente controle do ritmo cardíaco;

TAQUICARDIA VENTRICULAR GRAVE

• pode ser implantado um marca-passo especial chamado desfibrilador automático, que faz a detecção do
ritmo cardíaco alterado e libera um choque ressuscitador que corrige a pulsação.
PRINCIPAIS SINTOMAS

Os principais são palpitações, fraqueza, tonturas, sudorese, desmaios,


confusão mental, falta de ar, mal-estar e sensação de peso no peito. Mas é
importante lembrar que muitas arritmias não provocam quaisquer sintomas;

Em casos de fibrilação atrial e flutter atrial, a arritmia pode levar à formação


de coágulos no coração, provocando derrames (AVC). Já as taquicardias
ventriculares malignas podem comprometer a função cardíaca levando à
morte súbita. Nesses casos, o atendimento médico imediato é fundamental;
ECG V1 – quarto espaço intercostal, borda esternal direita;

V2 – quarto espaço intercostal, borda esternal esquerda;

V3 – diagonalmente entre V2 e V4;

V4 – quinto espaço intercostal, linha clavicular média esquerda;

V5 – mesmo nível que V4, linha axilar anterior;

V6 (não ilustrado) – mesmo nível que V4 e V5, linha axilar média. As derivações precordiais direitas,
colocadas sobre o lado direito do tórax, são o espelho oposto das derivações à esquerda.

BD, braço direito;

BE, braço esquerdo;

PD, perna direita;

PE, perna esquerda


TRATAMENTO

Medicamentos antiarrítmicos, geralmente para frequência


cardíaca rápida

Estimulação do ritmo cardíaco, geralmente para frequência


cardíaca lenta

Aplicação de choque elétrico, geralmente para frequência


cardíaca rápida
DIAGNOSICOS DE ENFERMGEM
Com base nos dados do histórico, os principais diagnósticos de enfermagem do paciente podem incluir:

Débito cardíaco diminuído.

Ansiedade relacionada com o medo do desconhecido.

Conhecimento deficiente acerca da arritmia e de seu tratamento.

Problemas Interdependentes/Complicações Potenciais

As complicações potenciais que podem desenvolver-se incluem:

Parada cardíaca

Insuficiência cardíaca

Evento tromboembólico, especialmente com fibrilação atrial


REFERÊNCIAS

Você também pode gostar