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AUTOMAÇÃO DIGITAL DE UMA SUBESTAÇÃO

Prof. Romildo Alves dos Prazeres


AUTOMAÇÃO DIGITAL DE UMA SUBESTAÇÃO
Tem por finalidade a melhoria da qualidade do
fornecimento de energia elétrica, além de
diminuir o tempo de interrupções por meio da
supervisão do fluxo de energia elétrica em tempo
real. Esse sistema reduz os custos operacionais
através de tarefas e centralização de ações
operativas.
Toda aplicação da tecnologia digital se baseia na
tecnologia analógica e melhorou e melhorou o
modo de operar a subestação, principalmente
quando essa operação é remota.
AUTOMAÇÃO DIGITAL DE UMA SUBESTAÇÃO
Na implantação desse sistema a desvantagem que
vemos é a demora para fazer a integração da
Unidades de Aquisição e Controle – UACs e o
Dispositivos Eletrônicos Inteligentes – IEDs.
A comunicação das UACs com as IEDs para
transmissão de informações é feita através de
protocolos de comunicação e variam de natureza
dependendo da configuração do sistema e do tipo de
troca de informação efetuada. Como exemplo
menciono o protocolo IEC 870-5 que define as regras
para a comunicação de equipamentos usados na
automação de sistemas elétricos.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO

Esse sistema automatiza uma subestação, ou seja,


faz tudo de uma maneira computacional o que antes
era executado pelos operadores nas casas de
comando manualmente. Toda aquela atividade
manual de anotações de relatórios de todas as
manobras com as seccionadoras, disjuntores e
alarmes são executadas de um modo mais rápido,
eficiente e segura não necessitando da figura do
operador.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
As atividades mais importantes que um sistema de
controle e supervisão devem realizar são:
 Monitorização: o operador do estado dos
equipamentos presentes em uma subestação;
 Comando Remoto: Manobra dos equipamentos da SE
a partir da sala de comando;
 Alarme: Informação ao operador da alteração de um
status importante para determinação do perfeito
funcionamento da SE;
 Registro de dados: Todas as informações referentes
às medições, indicações de estados, alarmes e ações
de operação devem ser armazenadas;
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
 Sequência de eventos: Registro das informações
provenientes do sistema de proteção, especificamente
dos relés e dos comandos de abertura e fechamento dos
disjuntores e chaves seccionadoras;
 Gráficos de tendência: Informações de grandezas
analógicas com suas respectivas variações no tempo;
 Lógicas de Intertravamento: Efetuam o bloqueio ou a
permissão de ações de comando nos equipamentos em
função da topologia das SE´s.
 Interface homem-máquina - IHM: Recursos gráficos de
operação que permitem a visualização dos estados dos
equipamentos, as medições e sinalizações de alarmes.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO

Projeto Arquitetônico: Trata da lógica de comunicação


dos relés digitais entre si com os computadores e a
central. Este projeto é elaborado pelos fabricantes
dos relés.
As soluções da configuração contam com
equipamentos como a UTR (Unidade Terminal
Remota) e UCS (Unidade de Controle da Subestação).
Cada configuração é montada a partir de um
equipamento ou de uma combinação entre
equipamentos, de forma a atender as necessidades
do sistema de transmissão e/ou distribuição.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO

A UCS difere da UTR pelo fato de que a interação com


os relé é feita através de protocolos de comunicação
por meio de links óticos. O projeto elétrico é mais
simplificado. A instalação é totalmente modular onde
as funções de controle funcionam de maneira
independente uma da outra.
Utilização de protocolos de comunicação entre os
elementos dos sistemas, relés e UCS, possibilitando
um maior número de informações.
Alteração remota de configurações e ajustes das
unidades de proteção.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
As UTRs são fontes tradicionais de dados de uma SE e a
função primária deste equipamento é coletar os estados
e as medidas da SE, transferindo-as para o sistema que
realiza o SCADA - supervisão e controle e aquisição de
dados, facilitando desta forma, o controle remoto.
Os dados e as mensagens são transportadas por meio
de protocolos de comunicação. Com o surgimento dos
equipamentos digitais microprocessados, surgiu os IEDs
(Dispositivos Eletrônicos Inteligentes) que foram capazes
de adicionar a comunicação e permitir a sua conexão
com o computador programável. Com essa conexão
pode-se configurar, recuperar dados e efetuar
diagnósticos.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO

UTR – Unidade Terminal Remota: É um dispositivo


instalado numa localização remota e implementa
processos que são requisitados pela subestação central
(controle da instalação). Possíveis dados coletados:
informações de chaves seccionadoras, disjuntores,
transformadores, etc..
Interfaces típicas: Serial (RS232, RS485, RS422 -
conversor); Ethernet, Protocolo ModBus (ferramenta de
gestão de dados – linguistica de campo), Protocolo
Proprietário.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
A UTR tem o comando para os equipamentos de
manobra no pátio deverá ser efetuado dos seguintes
modos: Local no pátio, mecânico; Local no pátio elétrico;
Remoto, nos painéis de controle e proteção; Remoto, no
COS (Centro de Operação de Sistema).
O sistema de proteção da SE será do tipo digital. A UTR
deverá ser capaz de adquirir, diretamente dos relés
digitais, informações de registro de valores individuais e
acumulativos das correntes de interrupção de cada
disjuntor; sinalizações de alarmes e trip, com resolução
de 1 ms; sinalizações de diagnósticos dos relés; todas as
grandezas elétricas e indicação da distância de falta.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO

A UTR numa subestação, tem que ser um


equipamento que possui portabilidade e
interoperabilidade, permitindo a comunicação
existentes, possibilitando sua aplicação em
instalações que contenham equipamentos de
diversos fabricantes. A UTR teve ter a capacidade
de gerenciar e controlar subestações, permitindo
automatismo de instalação, controle de demanda,
rejeição de carga, etc.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
Ilha de Dados: A introdução dos IEDs dentro da SE
resultou em Ilhas de Dados já que cada fabricante
desenvolveu seu próprio protocolo de comunicação.
Cada IED executa a sua função e como seus dados em
tempo real são fundamentais para o sistema e a
integração com o sistema SCADA, o acesso a esses
dados são cruciais para os operadores do sistema que
necessitam observar os dados para saber como vai a
operação da SE. Também as equipes de manutenção
podem efetuar diagnósticos de falhas. As Ilhas de Dados
somente acabarão quando os fornecedores utilizarem
modelos de dados e arquitetura padronizadas.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
Na subestação os relés se comunicam com os
computadores chamados de IHM (Interface Homem
Máquina). Podem enviar informações para o Centro
de Análise de Qualidade de Energia – CAP.
Como equipamentos possuem relógios exatamente
iguais, a rede faz uso de um GPS para a sincronização
de tempo dos relés e demais equipamentos da rede.
Pode haver ainda um sinal que venha do Centro de
Análise de Qualidade de energia (CAP) e vá direto
para os relés para permitir a parametrização do relé
de distância.
SISTEMA DE CONTROLE E SUPERVISÃO
Comunicação de dados: O primeiro padrão de
comunicação serial para interligação dos
equipamentos foi o RS-232C. Suas características
são basicamente para sinalização do meio físico.
Outro padrão utilizado é o RS 485 que é um
padrão de comunicação diferente para linhas
balanceadas, unidirecionais, de forma a permitir a
implementação de redes de até 32 transmissores
e até 32 receptores no mesmo par de fios de
comunicação.
RELÓGIO SINCRONIZADOR - GPS

Os relógios sincronizadores via GPS (Global Position


System), são equipamentos que recebem a
informação de satélites que possuem relógios de alta
precisão, de forma que, após cruzarem as informações
de horário e posição geográfica, informam aos outros
equipamentos o horário correto da região em que se
localizam. Quando os demais equipamentos recebem o
sinal oriundo do relógio GPS acertam o relógio interno.
Neste caso, diz-se que estão sincronizados. Esta
sincronização acontece por vários protocolos, entre os
mais importantes o IRIG-B e o SNMTP.
RELÓGIO SINCRONIZADOR - GPS
GPS - SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL

Sistema de Posicionamento Global, baseado em satélites


(NAVSTAR) que permite a obtenção com grande precisão
de informações de horário, o qual sincronizará o sistema
de supervisão e controle local para garantir a sequência
de eventos das teles sinalizações, conforme exigências
da “ONS”. Todos os eventos ocorridos serão registrados
com a data e os horários que ocorreram.
Como um sistema digital de controle de uma SE integram
diversos equipamentos que devem operar de forma
conjunta e integrada, um requisito fundamental a estes
sistemas é a sincronização de tempo.
GPS - SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL
Para uma correta análise de dados, os vários
registradores de perturbações da SE devem ter uma hora
e data comum.
Toda SE digitalizada possui um GPS que através da
Unidade de Controle deverá sincronizar todos os relógios
internos dos equipamentos, sincronizando as UACs, relés
e tudo o que está conectado a rede de telecomunicação
da SE. Está rotina de sincronização de tempo deverá
ser processada na inicialização do sistema.
Periodicamente (geralmente a cada 10 minutos), e
tendo ocorrido uma perda de sincronismo após o
restabelecimento da mesma.
GPS - SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL

Perda de sincronismo é quando não recebe


nenhuma mensagem de sincronismo durante um
período de 15 minutos.
O registro sequencial não será confiável até que
ocorra uma situação normal de sincronização.
SISTEMA INTEGRADO DE APOIO À ANÁLISE DE
PERTUBAÇÕES - SINAPE
Usualmente, esses arquivos são transmitidos para
uma central de análise onde o SINAPE
pode ser utilizado como base para gerar relatórios de
ocorrência. O SINAPE também pode ser utilizado para
visualização de oscilogramas digitais no campo. O
SINAPE foi desenvolvido em cooperação com as
principais concessionárias de energia elétrica do país
e visa atender às necessidades de análise,
classificação e documentação dos registros
oscilográficos de perturbação ocorridos no sistema
elétrico.
SINAPE
Seu objetivo é formar uma plataforma única para
estudos de perturbações, facilitando o intercâmbio
de informações entre concessionárias e a busca de
soluções integradas para o setor. O programa
procura, dessa forma, aumentar a produtividade do
processo de análise.
O SINAPE permite manipular registros de
vários oscilógrafos evitando a necessidade de
utilizar diferentes programas, com interfaces e
funções operacionais distintas.
SINAPE
O programa adota o padrão COMTRADE do IEEE
(binário e ASCII) além de permitir a integração de
tradutores de formatos proprietários e realizar
tradução de vários arquivos. Ele executa em
plataforma Windows 95 ou superior, incluindo
Windows XP.
O SINAPE é composto por vários módulos que
implementam funções que vão desde a simples
visualização de formas de onda analógicas e
digitais, passando por algoritmos de análise
fasorial e localização de faltas, até um sistema de
análise automática de arquivos oscilográficos.
SINAPE
OSCILOGRAFIA
A oscilografia consiste na medição de grandezas
elétricas (principalmente de tensão e corrente) ao
longo do tempo. Particularmente, uma taxa de
amostragem adequada permite registrar fenômenos
eletromagnéticos, como faltas em linhas de
transmissão e geradores. É possível analisar a forma
de onda dos sinais de maneira muito mais detalhada
do que em sistemas de supervisão, pois a
amostragem ocorre em frequências da ordem de
centenas a milhares de valores por segundo.
OSCILOGRAFIA

Função: Deve estar incorporada em todos os relés e


unidades de bay, e deve estar sempre em condições
de espera (stand bay), monitorando continuamente
todos os canais analógicos e digitais. Deve permitir a
seleção da partida da Oscilografia por qualquer
evento digital ou por ultrapassagem de limites das
grandezas analógicas. Cada canal digital externo
deve ser independente um do outro, com conexão da
tensão de polarização em 125 VCC. A parametrização
da Oscilografia é armazenada em memória não
volátil.
OSCILOGRAFIA
Atualmente, os equipamentos usados para a medição são os
Registradores Digitais de Perturbação (RDP’s), que exteriorizam arquivos
digitais de computador.
Também existem outros equipamentos, como relés de proteção,
remotas de supervisão e controle, medidores de qualidade de energia
que agregam em certos modelos, a geração de registros oscilográficos.
As concessionárias de energia elétrica estão, cada vez mais, utilizando
estes dispositivos.
Tal tendência se explica, em geral, por dois motivos:
a. As alterações na estrutura do setor elétrico obrigaram as empresas a
monitorar mais pontos no sistema, quer seja para comprovar a
qualidade de seus serviços, quer seja por força da legislação;
b. O custo dos equipamentos de medição tem caído bastante nos
últimos anos.
REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÕES

São utilizados para analisar fenômenos de sistema


elétrico. Essa análise é feita por meio dos registros
de atuação dos relés de proteção, abertura e
fechamento de disjuntores e seccionadoras e
outras indicações de estado de interesse, com
precisão de milissegundos (GPS), possibilitando o
encadeamento histórico das ocorrências.
Na subestação automatizada esse registro é feito
pelos Registradores Digitais de Perturbações - RDP.
REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÕES
Eles são utilizados para o registro tanto de eventos
de curta duração do tipo curto-circuito, energização,
como também para fenômenos de longa duração
como osciladores, afundamentos de tensão,
atendendo desta maneira tanto o setor de
transmissão e distribuição quanto o de geração.
Três tipos diferentes de registros são armazenados:
registro de forma de onda, registros fasoriais e
registro de medição contínua.
Afundamentos de tensão:
um decréscimo entre 0,1 e 0,9 pu do valor eficaz da tensão nominal,
com duração entre 0,5 ciclo e 1 minuto
REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÕES
Os registros de forma de onda
são os mais conhecidos, onde
é possível analisar a própria
forma de onda, verificando
fenômenos na ordem de
microsegundos e também a análise harmônica do
sinal, já que os dados são capturados a até 5760
amostras por segundo. Os registros fasoriais são os
menos conhecido (falta de equipamentos) e os
registros de medição contínua acompanham os
níveis de corrente e tensão e grandezas derivadas.
OSCILOGRAFIA GERADA POR UM RDP
OSCILOGRAFIA GERADA POR UM RDP
A partir da análise dos gráficos das medições
aquisitadas pelo RDP, em momentos antes, durante
e depois da atuação do relé de proteção, é possível
determinar qual o tipo de falta que levou o sistema
de proteção a atuar. Esse estudo é chamado de
análise de oscilografia.
A análise de oscilografia permite confirmar se o
sistema de proteção atende aos requisitos básicos
de velocidade, seletividade, sensibilidade e
confiabilidade.
REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÕES

Os RDP’s são equipamentos divididos em dois tipos de


módulos. Os módulos de aquisição são ligados aos TC’s
e TP’s de cada vão e realizam as medições das
grandezas elétricas. Os módulos de processamento
concentram as informações dos
módulos de aquisição e apresentam os resultados das
medições de forma gráfica ou em tabela de dados.
Uma SE tem um módulo de processamento por nível de
tensão e a quantidade de módulos de aquisição igual a
quantidade de linhas de transmissão mais a
quantidade de transformadores de tensão.
REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÕES

A troca de informações entre os módulos de


aquisição e o módulo de processamento se dá por
fibra óptica. A Figura mostra os dois tipos de módulo
de um registrador digital de perturbações.
ERAC – ESQUEMA REGIONAL DE ALÍVIO DE
CARGA
Ligados nos TP’s de três enrolamentos do BP de
69kV os relés de frequência (81) atuam nos
religadores automáticos dos alimentadores que
saem do barramento de 13,8kV, e nos disjuntores
a óleo de 400A dos bancos de capacitores de
13,8kV por meio de contatos normalmente
abertos (81S) desses relés.
Esses relés (81) fazem parte do ERAC – Esquema
Regional de Alívio do Carga, implantado em
subestações do sistema elétrico.
ERAC - ESQUEMA REGIONAL DE ALÍVIO DE
CARGA
No sistema ERAC esses relés tem por objetivo
controlar a frequência do sistema, evitando o
colapso elétrico no sistema interligado – SIN,
quando de perturbações decorrentes de perda de
geração ou de linhas de transmissão que interligam
fontes geradoras aos centras de cargas.
O esquema implantado por meio de relés de
frequência (81) que efetuam o desligamento dos
alimentadores conforme ajuste pré-definidos. Esses
relés são dispositivos que comparam a frequência
do sistema com a frequência padrão de 60Hz.
ERAC - ESQUEMA REGIONAL DE ALÍVIO DE
CARGA
O ERAC – Esquema de Alívio de Carga é constituído
de estágios, por exemplo: 1º estágio tem frequência
de 58,5Hz, onde porcentagem de carga a ser
desligada são 7,5%. São cinco estágios, sendo que
o 4º e 5º estágios possuem 15% de carga desligada
do alimentador determinado. A ordem de proteção
é determinada pela equipe técnica da
concessionária.
O ERAC é um esquema automático de corte de
carga implantado no sistema interligado – SI
através de dispositivos automáticos.
ERAC – ESQUEMA REGIONAL DE ALÍVIO DE
CARGA
Elemento de frequência (81): o relé deverá possuir
pelo menos dois elementos de sobrefrequência e
dois de subfrequência capazes de operar para
frequências entre 55 e 65Hz.
Cada um dos elementos de frequência deverá
possuir temporizador ajustável de forma
independente dos demais. Os elementos de
frequência deverão ser monitorados por um
elemento de subtensão que iniba a operação
destes para tensões abaixo de valor definido pelo
usuário.
ERAC – ESQUEMA REGIONAL DE ALÍVIO DE
CARGA
81S – contato aberto do relé 81.
PAINÉIS DIGITAIS DA SUBESTAÇÃO
Na arquitetura básica do sistema de comunicação da SE
temos os UACs (componentes dos painéis) e são projetados
em quantidades conforme as necessidades da subestação:
PCSA – Painel de Controle de Serviços Auxiliares (controle
de CC, CA e GMC);
PTP – Painel de Tele proteção (comunicação OPGW)
PFE – Front-End (concentra informações das SE remotas)
PPPLTA – Painel de Proteção Principal LTA (RD digitais)
PPALTA – Painel de Proteção Alternativa LTA (RD digitais)
RDP – Painel do Registrador Digital das Perturbações
PS – Painel de Sincronismo (sincronismos das barras LT)
PT – Painel de Telecomunicações
SALA DE COMANDO E PAINÉIS
UNIDADE TERMINAL REMOTA - UTR
UAC- UNIDADE DE AQUISIÇÃO E CONTROLE
É a fonte de dados de uma Subestação, cuja função
principal é coletar os estados e as medidas da SE,
Para transferi-las para um sistema de Supervisão,
Controle e Aquisição de Dados (SCADA) no Centro
de Controle.
As UACs possuem também funções de controle que
através da lógica digital interna transfere pontos de
saídas para o SCADA.
Os IED´s se comunicam também através de
protocolos de comunicação, em conexão direta com
a UAC, o que permite coletar dados dos IED´s.
UAC- UNIDADE DE AQUISIÇÃO E CONTROLE

As unidades de Aquisição e Controle (UAC) são as


responsáveis pela coleta e pelo processamento de
todas as informações de uma subestação de energia.
Esses equipamentos são modulares e cada módulo é
responsável por uma função específica. Os módulos
são: fonte de alimentação, entradas e saídas,
processamento, comunicação e anomalia. Esses
módulos, diferentemente dos RDP´s, ficam em um
mesmo painel unidos por um barramento chamado
de backplane, no qual as informações entre os
módulos são trocadas (cartões).
UAC- UNIDADE DE AQUISIÇÃO E CONTROLE

Módulos das UAC´s:

Módulos Fonte de Alimentação:


Responsável pelo fornecimento de energia aos
outros módulos. Constituído por uma fonte
chaveada conversora que tem entrada em 125Vcc
ou 110/220 Vca e saídas de acordo com a
necessidade dos outros módulos, essas saídas são
geralmente 5,4Vcc para o backplane e 24Vcc ou
48Vcc para outros módulos.
UAC- UNIDADE DE AQUISIÇÃO E CONTROLE

Módulos de Entradas e Saídas:


São os responsáveis por receber a fiação de
campo. No caso de módulos de entrada, a função é
converter sinais de tensão ou corrente em sinais
de linguagem de computador (bits e bytes). Já os
módulos de saída fazem o caminho reverso, ou
seja, convertem bits e bytes em sinais de tensão ou
corrente. É necessário que estes módulos tenham
circuitos que protejam a UAC contra eventuais
surtos vindos do campo.
UAC- UNIDADE DE AQUISIÇÃO E CONTRO
Módulos de Entradas e Saídas:
Existem quatro tipos de módulos de entrada e saída:
1. Entradas Digitais: são valores de tensão fixos, com
alguma tolerância, que chegam à UAC através da
fiação de campo.
2. Saídas Digitais: são ordens vindas do módulo de
processamento (UAU ou IHM) que leva ao campo
valores de tensão ou correntes definidos. 3. Entradas
analógicas: coletam as medidas nos equipamentos e
são calculadas e exibidas na tela do operador.
4. Saídas analógicas: cada qual com um endereço na
UAC.
SCADA – SISTEMA DE SUPERVISÃO, CONTROLE E
AQUISIÇÃO DE DADOS
A configuração dos sistemas digitais da SE é feita
normalmente por dois softwares básicos:
1. Programa de equipamento de controle;

2. Programa supervisório, onde se desenvolvem


todas as telas que servirão de interface do
operador com o sistema.
É através do software que são configuradas todas
as entradas e saídas digitais que fazem parte da
instalação. Incluem na configuração desde software
os ajustes e parâmetro, os limites superiores e
inferiores das grandezas analógicas.
SCADA – SISTEMA DE SUPERVISÃO, CONTROLE E
AQUISIÇÃO DE DADOS
O programa supervisório é provido de um desenho
tipo CAD onde são desenvolvidos os diagramas
unifilares de proteção, utilizados para a supervisão
e controle da SE. Nele também é configurada a
base de dados do sistema, com informações de
número operacionais dos equipamentos e textos
descritivos que deverão aparecer na lista de
eventos e alarmes.
Por meio dele o operador terá acesso aos
comandos dos equipamentos da SE, sendo esse o
local apropriado para executar os comandos.
SCADA – SISTEMA DE SUPERVISÃO, CONTROLE E
AQUISIÇÃO DE DADOS
Esquema unifilar: comando da SE na tela do SCADA
SCADA – SISTEMA DE SUPERVISÃO, CONTROLE E
AQUISIÇÃO DE DADOS
Na tela do SCADA aparecem as sinalizações que
alertam o operador sobre qualquer evento que
ocorra no sistema.
Nas subestações convencionais as sinalizações
aparecem nos chamados anunciadores que ficam
em frente dos operadores.
SCADA – SISTEMA DE SUPERVISÃO, CONTROLE
E AQUISIÇÃO DE DADOS
O SCADA fornece ao operador todas as informações da SE
através da tela, como a lista de eventos que são
representadas cronologicamente. A precisão de registros é
de milissegundos o que facilita o rastreamento dos
defeitos.
Encontram-se também as listas de alarmes que nos
mostram apenas alterações emergenciais. Esses alarmes
depois de reconhecidos pelos operadores desaparecem
da tela confirmando que foram vistos.
Nas telas também encontram-se as informações dos
tempos de abertura/fechamento de disjuntores,
seccionadores, etc., assim como o tempo de
subida/descida dos taps dos transformadores.
SCADA – SISTEMA DE SUPERVISÃO, CONTROLE E
AQUISIÇÃO DE DADOS
Todas as telas do IHM – Interface Homem Máquina
estão representadas no display de cristal líquido e
são programadas para ter seus estados e
comandos interligados com os equipamentos de
campo.

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