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ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

DIRECÇÃO CIENTÍFICA

GUIÃO DE ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ESCRITOS


2a Edição

Nampula
2021
i
Aprovado
O Comandante

Francisco Zacarias Mataruca


(Major-General)

DIRECÇÃO CIENTÍFICA

GUIÃO DE ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ESCRITOS


2a Edição

A Comissão:
Cor. José Greia (Coordenador)
Cor. Pedro Marcelino
Cor. Elias Áchimo Aly
TCor. Benedito Tomas
CTen. Hélio Mouzinho Conrado
Ten. Mauro Tiago Njelezi

Nampula
2021
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Lista de abreviaturas e siglas

AM Academia Militar ―Marechal Samora Machel‖


APA American Psychological Association
CD Compact Disc
Cm Centímetros
Coord. Coordenador
Coords. Coordenadores
Cor. Coronel
CTen. Capitão-tenente
Dir. Director
DVD Digital Versatile Disc
Ed. Editor
Eds. Editores
g/m2 gramas por metro quadrado
Min. Minutos
Org. Organizador
Orgs. Organizadores
PDF Portable Document Format
Prod. Produtor
pto Pontos
s.d. ou s/d sem data
TCor. Tenente-coronel
Ten. Tenente

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

SUMÁRIO

Prefácio ............................................................................................................................................ 5
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 6
1. TRABALHOS ESCRITOS ..................................................................................................... 7
2. REGRAS GERAIS .................................................................................................................. 8
2.1. Formato de entrega ........................................................................................................... 8
2.2. Número de exemplares a entregar .................................................................................... 8
2.3. Trabalhos em mais do que um volume ............................................................................. 9
2.4. Encadernação .................................................................................................................... 9
2.5. Tipo de papel .................................................................................................................... 9
2.6. Processamento de texto ..................................................................................................... 9
2.7. Paginação ........................................................................................................................ 11
2.8. Margens .......................................................................................................................... 11
3. ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................................... 12
3.1. Elementos pré-textuais .................................................................................................... 13
3.2. Elementos textuais .......................................................................................................... 17
3.3. Elementos pós-textuais ................................................................................................... 20
4. REGRAS ESPECÍFICAS ...................................................................................................... 22
4.1. Pré-projecto de pesquisa ................................................................................................. 22
4.2. Projecto de pesquisa ........................................................................................................ 23
4.3. Trabalho de Investigação Aplicada ................................................................................. 24
4.4. Dissertação de Mestrado ................................................................................................. 25
4.5. Relatórios ........................................................................................................................ 27
4.6. Artigos científicos ........................................................................................................... 28
4.7. Outros trabalhos escritos ................................................................................................. 29
5. AS ETAPAS DA PESQUISA ............................................................................................... 29
5.1. Escolha do tema .......................................................................................................... 29
5.2. Definição de problema de pesquisa ................................................................................ 30
5.2.1. A escolha do problema de pesquisa......................................................................... 30

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

5.2.2. Formulação do problema de pesquisa ..................................................................... 30


5.3. Determinação dos objectivos .......................................................................................... 31
5.4. Formulação de hipóteses ou questões de pesquisa ......................................................... 32
5.4.1. Hipóteses de pesquisa .............................................................................................. 32
5.4.2. Questões de pesquisa ............................................................................................... 34
5.5. Justificativa ..................................................................................................................... 35
5.6. Revisão da literatura ....................................................................................................... 36
5.6.1. Escolha de fontes para construção do marco teórico ............................................... 37
5.6.2. Aspectos a ter em conta na elaboração do marco teórico ........................................ 37
5.7. Procedimentos metodológicos ........................................................................................ 37
5.7.1. Paradigmas de pesquisa ........................................................................................... 38
5.7.2. Pesquisa de abordagem quantitativa ........................................................................ 39
5.7.3. Pesquisa de abordagem qualitativa .......................................................................... 39
5.7.4. Pesquisa de abordagem mista .................................................................................. 40
5.8. Apresentação, análise e discussão de resultados............................................................. 40
6. CITAÇÕES ............................................................................................................................ 41
6.1. Como citar? ..................................................................................................................... 41
6.1.1. Citação directa ......................................................................................................... 41
6.1.2. Citação longa ........................................................................................................... 43
6.1.3. Citação indirecta ...................................................................................................... 44
6.1.6. Citação de citação .................................................................................................... 45
6.1.8. Citação com recurso a comunicações pessoais........................................................ 45
7. NORMAS DE ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................... 46
7.1. Princípios gerais .............................................................................................................. 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 50
APÊNDICES ................................................................................................................................. 52
Apêndice A: modelo de capa ..................................................................................................... 53
Apêndice B: modelo de folha de rosto ...................................................................................... 54
Apêndice C: modelo de sumário ............................................................................................... 55

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Prefácio

A Academia Militar ―Marechal Samora Machel‖ (AM) é uma instituição militar de ensino
superior criada pelo decreto no 62/2003, de 24 de Dezembro, do Conselho de Ministros, cuja
vocação é de desenvolver actividades de ensino, de investigação e de apoio à comunidade com a
finalidade essencial de formar oficiais destinados aos Quadros Permanentes das Forças Armadas
de Defesa de Moçambique (FADM), capazes de fazer face às exigências do combate moderno
inter-armas em toda sua dimensão no actual contexto do acelerado desenvolvimento técnico –
científico.
A AM inspira-se na epopeia libertadora dos jovens de 25 de Setembro de 1964 e nas
tradições históricas de Kongwa, Nachingueiwa e da Escola Militar ―Marechal Samora Machel‖,
cumprindo desta forma um dos ensinamentos do seu patrono Marechal Samora Machel que
alude: ―só aprendendo se pode dirigir e dirigir significa aprender sempre‖.
Para o cumprimento cabal desse e de outros ensinamentos exige-se dos docentes e estudantes
da AM um direccionamento padrão, actualizado e formal na forma de elaboração e apresentação
dos trabalhos académicos e sobretudo de conclusão do curso.
Dai que foi criado um grupo de docentes e pesquisadores comissionados para rever e
ajustar a realidade actual ao ―guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos na AM‖ de
2015, as quais, em paralelo com o ―guião de apresentação de trabalhos de graduação, dissertação
e tese na AM‖ de 2011 e da 6a edição das normas da American Psychological Association (APA),
serviram de suporte na elaboração do presente guião.

O Director Científico
Prof. Doutor José Greia (Coronel)

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

INTRODUÇÃO
O presente guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos destina-se aos trabalhos de
carácter académico e/ou científico, sejam eles desenvolvidos no decurso de unidades curriculares,
final de curso, concurso ou qualquer outra natureza, elaborados e/ou apresentados na AM.
Este guião tem, de forma geral, como base estrutural os elementos preconizados na 6a edição
do manual de publicação da APA, aos quais foram associadas algumas adaptações, tendo como
principal finalidade a facilitação da operacionalização das regras a aplicar, adequando-as ao
presente contexto e realidade, tendo sempre em consideração a não desvirtuação dos princípios
fundamentais a respeitar.
Com este guião tem-se como principal objectivo a normalização dos trabalhos desenvolvidos
na AM, através duma padronização na forma de elaboração e apresentação ao nível académico,
facultando aos estudantes, docentes e restante comunidade académica e científica um elemento
unificador deste tipo de actividade e regulador da sua avaliação, em termos dos critérios de
apresentação final.
Para este efeito utilizou-se como metodologia uma revisão aprofundada de literatura actual e
pertinente, relativamente a esta temática, da qual resultou a discussão, reflexão e análise, que
possibilitou a emergência deste guião.
Optou-se por começar por definir o conceito de diferentes trabalhos escritos, seguindo-se a
identificação de normas de carácter geral para a sua elaboração e apresentação. Caracterizou-se a
forma de estruturação dos trabalhos escritos (pré-projecto, projecto, Trabalho de Investigação
Aplicada (TIA), Dissertação, relatório, artigos científicos e outros trabalhos), tendo-se o cuidado
de expor algumas regras de carácter mais específico, a adoptar em cada tipo de trabalho.
Explicitou-se as etapas de uma pesquisa, bem como as regras de citação e de elaboração de
referências bibliográficas. Por fim, encontram-se nos apêndices, alguns elementos e exemplos
clarificadores das regras estipuladas neste guião, nomeadamente, modelo de capa, folha de resto e
sumário.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

1. TRABALHOS ESCRITOS
Existem vários tipos de trabalhos escritos, dentre eles destacam-se os seguintes:
a) trabalhos académicos: consideram-se trabalhos de natureza académica e/ou científica os
que são solicitados no âmbito de uma unidade curricular, englobada num plano de curso,
que poderão servir como instrumento de avaliação relativamente aos conteúdos
leccionados ou à aquisição das competências, que se prevê serem atingidas pelos
estudantes;
b) trabalhos de final de curso: consideram-se trabalhos finais de curso os que são
solicitados no final de uma etapa formativa, independentemente do grau académico que
esta confere. Englobam desde trabalhos que são apenas objecto de apreciação avaliativa,
por parte dos docentes determinados para tal, até aos que sejam alvo de apresentação e
discussão pública, perante júri convocado expressamente para o efeito, nomeadamente os
trabalhos desenvolvidos para conclusão de cursos de Licenciatura, Especialização,
Mestrado e outros cursos, em cujo Plano se encontre prevista a realização deste tipo de
trabalho;
c) projectos: consideram-se projectos os trabalhos que permitam estruturar actividades
individuais ou colectivas, adequadamente definidas e planificadas para atingir um fim
particular, tendo carácter não repetitivo e sendo realizadas de acordo com especificações
e/ou técnicas determinadas, que visem alcançar os objectivos pré-definidos (custo, prazos,
resultados, etc.), podendo eventualmente englobar afectação de recursos. Um projecto
implica, por parte dos intervenientes, motivação e coerência no percurso estipulado,
devendo estar de acordo com os valores e princípios que regem a actividade desenvolvida
pelo(s) indivíduo(s) e pela instituição em que venham a decorrer;
d) relatórios: consideram-se relatórios os trabalhos que traduzam a análise/auto-avaliação
do(s) desempenho(s) e a avaliação do acompanhamento da(s) actividade(s),
desenvolvida(s) num determinado contexto/instituição, propondo sugestões para melhoria
das capacidades e/ou competências, para além de ajustamentos relativamente aos
objectivos a alcançar. Mais do que uma mera descrição de actividades, um relatório deve
permitir que, após a sua leitura, se fique elucidado relativamente às tarefas executadas,
onde foram realizadas, às aprendizagens efectuadas e às dificuldades encontradas;

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

e) artigos científicos: consideram-se artigos científicos os que resultam de trabalhos de


investigação originais, análises críticas/reflexivas e da expressão de opiniões devidamente
fundamentadas, nos quais os argumentos veiculados sejam da inteira responsabilidade dos
autores, que incidam sobre questões situadas no âmbito dos cursos leccionados na AM
e/ou em domínios interdisciplinares, relacionados directa ou indirectamente com os
anteriores; e
f) outros trabalhos escritos: neste âmbito, englobam-se todos os trabalhos que sejam
exigidos para satisfação dos requisitos de qualquer concurso, prova ou candidatura,
englobando aqui os referentes a ingresso ou progressão na carreira, progressão académica
e/ou científica, acesso a cargos e outros, independentemente de envolverem ou não
apresentação em provas públicas que, na sua elaboração e/ou apresentação, seja
considerado pertinente adoptar as regras enunciadas no presente guião.

2. REGRAS GERAIS
Nesta parte enunciam-se as regras gerais de elaboração e apresentação de trabalhos escritos que,
sendo no global orientadoras para todos os tipos de trabalhos produzidos na AM, enquadram
muito concretamente a estrutura dos trabalhos de natureza académica e/ou científica e dos
trabalhos finais de curso.

2.1. Formato de entrega


Nos trabalhos em formato impresso deverá, preferencialmente, ser utilizado apenas o lado
anterior da folha. Os trabalhos em formato digital deverão ser entregues em suporte de
CD/DVD/outro1, em ficheiro único e em formato não editável (PDF). Independentemente do
formato de entrega, os trabalhos escritos devem respeitar os aspectos estabelecidos no presente
guião, devendo o seu conteúdo ser bem legível em qualquer exemplar produzido.

2.2. Número de exemplares a entregar


O número e o suporte dos exemplares a entregar será o definido pelo docente, júri, comissão de
avaliação ou outros, segundo a finalidade de cada trabalho.

1
Outros suportes digitais, passíveis de aplicação para o mesmo efeito.
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

No caso de trabalhos de final de curso, independentemente do grau, concursos, provas


públicas ou outras situações de similar relevância, no mínimo deverá ser entregue 01 (um)
exemplar impresso e um exemplar em formato digital.

2.3. Trabalhos em mais do que um volume


Quando o trabalho tiver mais do que um volume, todos os exemplares deverão ser numerados,
apresentando o mesmo tipo de estrutura, encadernação, folha de rosto e índices. Em cada volume
poderá ser incluída uma introdução própria.
No formato digital, o(s) autor(es) poderão optar por entregar cada volume num
CD/DVD/outro, ou o trabalho completo num único suporte digital, devendo ser neste caso o
número de ficheiros ser igual ao número de volumes do trabalho, devidamente nomeados e
ordenados, tendo em conta a sua ordem de apresentação.

2.4. Encadernação
Os trabalhos efectuados no âmbito de uma unidade curricular poderão ser encadernados com
lombada de argolas plásticas ou metálicas, com capa branca, letras a preto e os símbolos
identificativos da AM.
Trabalhos de final de curso (independentemente do grau atribuído), concurso, provas
públicas ou outra situação de similar relevância, devem ser encadernados com lombada de
argolas plásticas ou metálicas, com capa branca, letras a preto e os símbolos identificativos da
AM, conforme estabelecido neste guião. No caso de o(s) autor(es) optarem pela encadernação em
pele ou imitação de pele, esta deverá ser de cor vermelha escura com as letras e os símbolos a
dourado, mantendo no restante as regras já enunciadas.

2.5. Tipo de papel


Deverá ser utilizado papel normalizado em formato A4 (21,0cm x 29,7cm), de cor branca, com
gramagem igual ou superior a 80g/m2.
Em casos de carácter excepcional, como a apresentação de imagens ou projectos, poderão ser
incluídas folhas de outro formato, desde que dobradas ao tamanho normalizado A4.

2.6. Processamento de texto


O texto deverá ser apresentado em fonte Times New Roman, tamanho 12, ou Arial, tamanho 12.
O espaçamento entre linhas deverá ser de 1,5 e o texto alinhado nas duas margens (justificado),
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

sem avanço da primeira linha de cada parágrafo e com separação entre parágrafos automática de
12 pontos (pto). Ou com avanço de 0,75cm na primeira linha do segundo parágrafo de cada título
ou subtítulo em diante.
Nas citações longas (iguais ou superiores a 40 palavras), notas de rodapé, figuras, quadros e
outros elementos ilustrativos (legendas, fontes e outras informações), deverá ser utilizado um
tamanho de letra inferior ao do texto normal, conforme a presente Norma.
Os títulos deverão ser identificados com apenas um número (1; 2; 3; …), mantendo a fonte
utilizada e o seu tamanho, em maiúsculas destacadas a negrito. Os subtítulos deverão ser
identificados com dois números, separados por um ponto (1.1; 1.2; 1.3; …; 2.1; 2.2; 2.3;…),
mantendo a fonte utilizada e o seu tamanho, em minúsculas destacadas a negrito (Bold). Os sub-
subtítulos deverão ser identificados com três números, separados por um ponto (1.1.1; 1.1.2;
1.1.3; …; 2.1.1; 2.1.2; 2.1.3;…), mantendo a fonte utilizada e o seu tamanho, em minúsculas
destacadas a negrito (Bold). Os sub-sub-subtítulos deverão ser identificados com quatro números,
separados por um ponto (1.1.1.1; 1.1.1.2; 1.1.1.3; …; 2.1.1.1; 2.1.1.2; 2.1.1.3;…), mantendo a
fonte utilizada e o seu tamanho, em minúsculas destacadas a negrito (Bold). Todos os títulos e
subtítulos deverão ser apresentados no índice2.
Cada parte/capítulo deve ser iniciados em folha separada daquela em que se concluí a
anterior.
No cabeçalho e rodapé a fonte deverá ser mantida, reduzido o tamanho de letra, para 10,
quando se utilize Times New Roman, ou para 9, quando se utilize Arial, e o espaçamento entre
linhas, para simples (1,0). O cabeçalho deverá apresentar o título do trabalho destacado em
itálico, conforme a presente Norma.
Para que o trabalho seja coerente e tenha qualidade desejada, é importante que a conjugação
dos verbos ao longo do texto seja única (exemplo, uso exclusivo de verbos conjugados na 3a
pessoa singular do pretérito perfeito), as palavras-chave se apresentem por uma e única
denominação ao longo do texto (exemplo, a aplicação exclusiva do termo ―pesquisa‖ na presente
Norma), assim como é importante e necessário que depois da escrita do trabalho, se faça uma
revisão linguística por um ou dois especialistas de língua portuguesa e um de língua inglesa, no
caso do abstract.

2
Caso sejam necessárias mais subdivisões, estas deverão ser apresentadas mantendo a fonte utilizada e o seu
tamanho, em minúsculas, não sendo apresentadas no sumário/índice.
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

2.6.1. Utilização de elementos auxiliares à escrita


As aspas, ―…‖, só devem ser utilizadas quando se procede a citações, conforme é disposto neste
guião. Para destacar qualquer palavra de uso menos corrente ou estrangeira devem ser utilizados
os símbolos «…» ou ‗…‘ ou ainda destacado em itálico.
O parêntesis, (…), para além de outras utilizações, de acordo com as regras ortográficas em
vigor, deverá servir para destacar as citações no texto, conforme disposto no presente guião.

2.7. Paginação
Todas as folhas dos trabalhos escritos deverão ser numeradas com algarismos romanos (folhas de
elementos pré-textuais) e árabes (folhas de elementos textuais e pós-textuais), em rodapé,
mantendo a fonte e o tamanho utilizados no corpo do trabalho, com alinhamento à direita, a partir
da folha de rosto, que não sendo numerada, conta em termos de paginação.
A capa não é numerada nem conta em termos de paginação.
A numeração dos anexos deve continuar relativamente à efectuada no trabalho, respeitando
as mesmas regras. Exceptua-se quando os anexos são apresentados num volume à parte,
iniciando-se a numeração, como já foi indicado no ponto anterior.
Caso o trabalho tenha mais que um volume, em cada volume será reiniciada a numeração.

2.8. Margens
O corpo do texto deverá ser apresentado com a seguinte configuração:
 lado esquerdo (lombada): margem de 3 cm;
 lado direito: margem de 2 cm;
 superior: margem de 3 cm;
 inferior: margem de 2 cm.
No caso de existirem folhas apresentadas na horizontal, o corpo do texto deverá ser
apresentado com as seguintes configurações:
 lado esquerdo: margem de 2,5 cm;
 lado direito: margem de 2,5 cm;
 superior (lombada): margem de 3 cm;
 inferior: margem de 2 cm.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

3. ESTRUTURA DO TRABALHO
Os trabalhos escritos de carácter académico e/ou científico e os de final de curso, deverão ser
constituídos por três partes distintas: pré-textual, textual e pós-textual.
A parte pré-textual deverá englobar todos os elementos que antecedem o corpo do texto:
 capa (elemento obrigatório);
 folha de rosto (elemento obrigatório);
 folha de aprovação (elemento obrigatório nos trabalhos de final de curso/elemento
facultativo nos restantes casos);
 declaração de honra (obrigatório/facultativo);
 errata (elemento facultativo);
 epígrafe (elemento facultativo);
 dedicatórias (elemento facultativo);
 agradecimentos (elemento facultativo);
 resumo/Abstract (elemento obrigatório nos trabalho de final de curso/elemento facultativo
nos restantes casos);
 lista de abreviaturas, siglas e símbolos (elemento obrigatório quando existam no texto);
 índices (elemento obrigatório).
A parte textual deverá ser organizada em diferentes partes/secções/capítulos, dependendo da
natureza do trabalho:
 introdução (elemento obrigatório);
 desenvolvimento (elemento obrigatório);
 conclusão (elemento obrigatório);
 sugestões (elemento facultativo).
A parte pós-textual deverá conter todos os elementos posteriores à parte textual:
 referências bibliográficas (elemento obrigatório);
 glossário (elemento facultativo);
 índice remissivo/onomástico (elemento facultativo);
 apêndices (elemento facultativo);
 anexos (elemento facultativo).

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

3.1. Elementos pré-textuais


Os elementos pré-textuais são os que antecedem o texto, contendo as informações que
identificam o trabalho. Isto é, englobam as folhas prefaciais, que antecedem o texto do trabalho
escrito (Gonçalves, 2009).

3.1.1. Capa3
Elemento obrigatório onde constam os dados de identificação:
 logótipo da Instituição (canto superior esquerdo/tamanho: 3,0 cm x 3,0 cm);
 nome da Instituição;
 nome do autor;
 curso ou especialidade (entre parênteses curvos e em letras minúsculas);
 título4 do trabalho;
 cidade e ano.

3.1.1.1. Formatação de capa


 Fonte: Times New Roman ou Arial;
 Tamanho: 12, negrito (Bold), centralizado, espaçamento entrelinha 1,5;
 Nome da Instituição, do autor e o título do trabalho devem ser apresentados em letras
maiúsculas.

3.1.1.2. Lombada
Exceptuando os trabalhos desenvolvidos no âmbito do desenvolvimento de unidades curriculares
e de final de curso, a lombada deverá conter os seguintes elementos:
 primeiro nome e apelido do(s) autor(es);
 título do trabalho;
 número do Volume ou edição – caso exista mais do que um;
 AM;
 ano de realização.
Todos os elementos da lombada deverão apresentar fonte Times New Roman ou Arial,
tamanho 9, destacado a negrito (Bold).

3
Ver exemplo de capa no apêndice A.
4
O título não deverá ter mais do que 12 a 15 palavras, servindo para caracterizar de forma clara e atractiva a temática
abordada, evitando redundâncias que nada acrescentam à informação facultada.
13
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

3.1.2. Folha de rosto5


Elemento obrigatório onde constam os seguintes dados:
 nome do autor;
 título do trabalho;
 tipo de trabalho;
 orientador ou docente;
 cidade e ano.

3.1.2.1. Formatação de folha de rosto


Tipo de trabalho, orientador ou docente: 2 espaçamentos (de 1,5) em baixo do título, 6 tabulações
da esquerda para a direita, letras normais, Times New Roman ou Arial, tamanho 12. Não utilizar
negrito (Bold).

3.1.3. Folha de aprovação

Elemento obrigatório nos trabalhos de final de curso/elemento facultativo nos restantes casos.
Deve conter os nomes e as assinaturas dos membros do júri constituído para avaliar o trabalho, e
noutros trabalhos, deve conter o nome e a assinatura da entidade que aprova.

3.1.4. Errata
Elemento facultativo. Constitui lista de erros, com as devidas correcções e indicação das páginas
e, quando possível das linhas em que os mesmos aparecem. Deve ser impressa numa folha sob o
cabeçalho ―Errata‖.

3.1.5. Epígrafe
A epígrafe (elemento facultativo) deve figurar em folha própria, nos casos em que a folha de
aprovação e a errata não constam, imediatamente a seguir à folha de rosto. Deverá conter um
pensamento ou frase pertinente, servindo de abertura ao trabalho, podendo também ser utilizada
no início das suas partes/secções/capítulos.
Deve ser transcrita sem aspas, com o mesmo espaçamento entre linhas utilizado no restante
trabalho (1,5), mas em fonte diferente (tamanho e estilo) da utilizada no trabalho, com
alinhamento entre margens e com avanço de 7,0 cm, relativamente à margem esquerda.

5
Ver exemplo de folha de rosto no apêndice B.
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

3.1.6. Dedicatória
A dedicatória (elemento facultativo) constitui o local em que o(s) autor(es) presta(m) uma
homenagem ou dedica(m) o trabalho a alguém. Quando existir, deve figurar em folha própria, a
seguir à da epígrafe ou, caso esta não exista, imediatamente após a folha de rosto.

3.1.7. Agradecimentos
Os agradecimentos (elemento facultativo) constituem o espaço no qual o(s) autor(es) pode(m)
registar o reconhecimento às pessoas e/ou instituições que contribuíram de forma relevante para a
elaboração do trabalho, devendo ser incluídos após a dedicatória, se houver.

3.1.8. Resumo
O resumo (elemento obrigatório nos trabalho de final de curso/elemento facultativo nos restantes
casos) deverá ser constituído por um texto conciso, directo e preciso, no qual sejam destacados os
aspectos de maior relevância, permitindo que qualquer leitor conheça o essencial do conteúdo do
trabalho, sem necessitar de consultar o restante texto. Ou seja, deverá conter, o tema/assunto da
pesquisa, problema ou objectivo geral da pesquisa, hipóteses/questões ou objectivos específicos
da pesquisa, metodologia usada na pesquisa, principais conclusões da pesquisa e principais
recomendações da pesquisa.
Poderá, também, servir como instrumento de divulgação do trabalho, através da sua
reprodução nos meios de divulgação considerados pertinentes, para publicitação de resumos ou
indexado em bases de dados de âmbito local, nacional e/ou internacional.
Deverá ser apresentado em português e em inglês (Abstract), não devendo exceder 250
palavras. Em primeiro lugar será apresentado o texto em português, ao qual se segue o texto em
inglês. No final do resumo devem constar até 5 palavras-chave, nos idiomas utilizados.
O resumo deverá ser incluído após as folhas dos agradecimentos, caso existam.

3.1.9. Lista de abreviaturas, siglas e símbolos


Deverá ser elaborada uma lista de abreviaturas, siglas e símbolos (elemento obrigatório quando
existam no texto) contendo a totalidade das que sejam utilizadas na redacção do trabalho, com a
explicitação do seu significado, inserida em folha própria, após o resumo, caso exista.
No caso de se utilizar no texto, mais do que uma vez, o nome de uma instituição ou
organização este será inserido por extenso na primeira vez em que é apresentado, com a

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

indicação da sua abreviatura/sigla entre parêntesis curvos, (…), se não for autor de uma ideia
citada no fim da sua ideia, e parênteses rectos, […], se for autor de uma ideia citada no fim da sua
ideia, sendo, nas posteriores utilizações, empregue só a abreviatura/sigla, que deve também ser
colocada na lista de abreviaturas/siglas e símbolos.

3.1.10. Índices
Os trabalhos devem apresentar índices (elemento obrigatório) que possibilitem a localização dos
temas e títulos, quadros, gráficos, tabelas, figuras, imagens e demais elementos considerados
relevantes no corpo do texto. Os índices deverão ser apresentados em folha(s) própria(s), após a
lista de abreviaturas e símbolos, caso exista.
O(s) índice(s), sendo uma apresentação global do trabalho, deve(m) apresentar os títulos e
subtítulos da mesma forma como aparecem no desenvolvimento do trabalho, sendo numeradas
todas as partes/secções/capítulos e as suas outras subdivisões, com excepção da introdução,
conclusão, sugestões e referências bibliográficas, indicando, em todas as entradas, o número da
folha em que se localizam, de acordo com as regras definidas neste guião.
A ordem de apresentação dos índices deverá ser:
 índice de figuras; imagens; gráficos; quadros; tabelas; etc. (elemento obrigatório);
 índice geral ou sumário (elemento obrigatório);
 índice remissivo (elemento facultativo).
Caso o trabalho seja apresentado em mais do que um volume o índice é único, indicando
também os diferentes volumes do trabalho, devendo ser apresentado em todos os volumes.
Sempre que o(s) autor(es) opte (m) por apresentar um índice remissivo/onomástico, este deverá
ser colocado no final do trabalho, quando seja apresentado apenas num volume, ou do seu
volume principal, no caso de ser apresentado em mais do que um volume.

3.1.10.1. Sumário/ Índice geral6


Elemento obrigatório. O sumário é a enumeração das principais divisões, secções e outras partes
do trabalho, seguido das páginas das respectivas folhas onde consta a matéria indicada.
Importa referir que a inserção dos elementos pré-textuais no sumário é opcional.

6
Ver exemplo de sumário no apêndice C.
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

3.1.10.1.1. Formatação do sumário


Título: todo em caixa alta, sem numeração, centralizado na página, negrito (Bold), letras
maiúsculas e com dois espaços de 1.5 entre as linhas.
Os títulos das secções devem apresentar-se a mesma ordem em que estão dispostos no
trabalho, Times New Roman ou Arial, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1.5, sem espaço
depois do parágrafo, não utilizar negrito (Bold).
Nota: um sumário automático é melhor que um escrito.
Portanto, de forma resumida o quadro 1 descreve a obrigatoriedade dos elementos pré-
textuais requeridos nos trabalhos escritos.

Quadro 1: obrigatoriedade dos elementos pré-textuais

N/O Elemento pré-textual Obrigatoriedade


01 Capa Obrigatório
02 Folha de rosto Obrigatório
03 Folha de aprovação Obrigatório/opcional
04 Declaração de honra Obrigatório/opcional
05 Errata Opcional
06 Epígrafe Opcional
07 Dedicatória Opcional
08 Agradecimentos Opcional
09 Resumo Obrigatório
10 Abstract Obrigatório
11 Lista de abreviaturas e siglas Opcional
12 Índice de figuras, quadros, ilustrações ou imagens Opcional
13 Sumário/índice geral Obrigatório

3.2. Elementos textuais

Os elementos textuais constituem a parte do trabalho onde o tema/assunto é apresentado e


desenvolvido. A apresentação do texto poderá ser organizadas em partes/secções/capítulos, com
ou sem subdivisões, dependendo da natureza do trabalho, sempre com a finalidade de contribuir
para maior clareza na explanação do tema/assunto.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Quando o trabalho for organizado em secções ou em capítulos recomenda-se a utilização de


numeração romana progressiva, para a sua identificação, objectivando o seu acesso célere.
Nos trabalhos de natureza académica e/ou científica, bem como nos trabalhos de final de
curso, a organização da parte textual deverá obedecer a uma sequência de Introdução,
Desenvolvimento (partes/secções/capítulos), Conclusão e Sugestões (facultativo).

3.2.1. Introdução
Na introdução (elemento obrigatório) deverá constar a relevância e pertinência do tema do
trabalho, focando os principais aspectos relativos ao(s) assunto(s) a abordar e a respectiva
fundamentação, sendo essencial, também, incluir os objectivos principais e a metodologia de
trabalho seleccionada.
Seguidamente deverá ser apresentada a estrutura do trabalho, complementada com uma
súmula das suas várias partes/secções/capítulos.
A introdução do trabalho deverá ser apresentada após os índices obrigatórios e preceder a
primeira parte/secção/capítulo, incluindo obrigatoriamente:
 explicitação e fundamentação prévia do tema/assunto a abordar;
 exposição do problema de pesquisa;
 definição dos principais objectivos de pesquisa;
 definição de hipóteses ou questões de pesquisa;
 exposição da justificativa;
 caracterização da estrutura organizativa do trabalho/norma(s) adoptada(s).

3.2.2. Desenvolvimento
O desenvolvimento do trabalho (elemento obrigatório) poderá ser constituído por
partes/secções/capítulos, devidamente organizadas e numeradas, devendo a indicação do seu
número e título ser apresentado em folha separada daquela em que se concluí a anterior, sendo
deixada uma margem de 5,0 cm relativamente ao seu topo.
A apresentação da parte textual, constituindo a parte principal do trabalho, deverá conter a
exposição ordenada e pormenorizada do(s) tema(s)/assunto(s) a abordar.
Na elaboração do desenvolvimento de um trabalho deve se buscar informações de outros
autores, onde para tal, se deve citar conforme as normas da APA.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

As citações são informações retiradas de outras obras e/ou autores, devendo ser sempre
privilegiadas as citações originais, excertos do(s) próprio(s) autor(es) de uma obra, em detrimento
das citações de fonte secundária, citações de outras fontes utilizadas pelo(s) autor(es) de uma
obra.

3.2.2.1. Notas
As notas, num trabalho escrito de natureza académico e/ou científica, são indicações ou
aditamentos ao texto feitos pelo(s) autor(es), tradutor(es) ou editor(es), podendo ser:
 notas de conteúdo: utilizadas para fazer comentários e explicitar elementos do texto;
 notas de referência: utilizadas para indicar a fonte consultada.
As notas, a existirem, devem ser apresentadas no rodapé das folhas em que são mencionadas,
devidamente numeradas por ordem crescente, devendo ser mantida a fonte utilizada no texto,
reduzindo o tamanho de letra, para 10, quando se utilize Times New Roman, ou para 9, quando se
utilize Arial, e o espaçamento entre linhas, para simples (1,0). Todas as obras citadas em rodapé
deverão também constar nas referências bibliográficas.

3.2.2.2. Figuras/Imagens/Gráficos/Quadros/Tabelas
Todas as figuras, imagens, gráficos, quadros, tabelas e demais elementos, considerados relevantes
no corpo do texto, devem apresentar (em cima) a respectiva numeração (exibindo cada elemento
sequência distinta), legenda (em baixo, sucinta mas clara) e em baixo referência da fonte (caso
seja de outros autores), reduzindo-se o tamanho de letra, para 11, quando se utilize Times New
Roman, ou para 10, quando se utilize Arial, e o espaçamento entre linhas, para simples (1,0) com
6 pto depois.
As fotografias, se existirem, deverão ser consideradas figuras, pelo que devem apresentar
uma legenda indicativa, para além da fonte, e data alusiva, caso seja de outros autores. Os mapas,
cartas e demais elementos de representação geográfica, se existirem, deverão preferencialmente
ser orientados a norte, apresentando sempre a indicação do sentido desse ponto cardeal, devendo
também apresentar informação relativa à escala de representação.
Os gráficos e quadros, para além das regras já mencionadas, deverão ainda apresentar um
título que permita a sua correcta identificação, sendo de destacar que a introdução de gráficos
obriga à apresentação de quadro(s) com os dados correspondentes.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

3.2.3. Conclusão
A conclusão do trabalho escrito (elemento obrigatório) deverá ser apresentada após a última
parte/secção/capítulo, precedendo os resultados ou desenvolvimento, constituindo um texto
sintético, promotor da reflexão final relativamente ao(s) tema(s)/assunto(s) abordado(s).
Deve ser retomado o tema/assunto principal do trabalho, abordado na introdução, destacando
os principais aspectos e ilações que foram desenvolvidos no decurso do trabalho, avaliando de
forma crítica, reflexiva e fundamentada o modo como as questões de pesquisa inicialmente
estabelecidas foram, ou não, respondidas, ou como as hipóteses inicialmente levantadas foram
aprovadas ou refutadas. Para além de destacar os aspectos mais marcantes do trabalho, o(s)
autor(es) deve(m) identificar novas áreas de análise, suscitadas pela actividade de pesquisa e/ou
pela análise desenvolvida.

3.2.4. Recomendações (sugestões)


Elemento facultativo em alguns trabalhos, o qual na base do que foi constatado:
 elabora-se as sugestões;
 explica-se a finalidade das sugestões.

3.3. Elementos pós-textuais


Os elementos pós-textuais englobam as partes complementares do texto, com a finalidade de
documentar/esclarecer/confirmar as ideias expressas ou ilustrar os dados apresentados. Nos
trabalhos científicos a organização das partes pós-textuais deverão obedecer a uma sequência de
referências bibliográficas e, caso existam, bibliografia, glossário, índices remissivos/onomásticos
e anexos/apêndices.

3.3.1. Referências bibliográficas


A referências bibliográficas (elemento obrigatório) deverá ser inserida após a última folha da
conclusão, devendo ser organizada e apresentada por ordem alfabética e, no caso de utilização de
mais do que uma obra do mesmo autor, por data de publicação (do mais recente para o mais
antigo). Será apresentada mantendo a fonte utilizada, configurando-se o parágrafo com avanço
especial, pendente até a quinta letra da primeira linha, e espaçamento entre linhas simples (1,0),
com 12 pto depois.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

As referências bibliográficas devem estar em conformidade com as normas da APA 6a


edição.

3.3.2. Bibliografia
A bibliografia (elemento facultativo introduzido logo a seguir as referências bibliográficas) é uma
lista de obras consultadas pelo autor, porém não citadas ao longo do texto. As obras que constem
na bibliografia devem ser apresentadas tal como nas referências bibliográficas.

3.3.3. Glossário
Os trabalhos escritos poderão apresentar glossário (elemento facultativo), sendo este a explicação
dos termos técnicos, verbetes ou expressões que constem do texto, sendo organizado
alfabeticamente.

3.3.4. Índices remissivos


Os trabalhos escritos poderão apresentar índices remissivos (elemento facultativo) que permitam
a localização específica de termos, nomes (onomásticos), acontecimentos, assuntos, etc., contidos
no texto. O índice remissivo deverá ser ordenado alfabeticamente, indicando a localização dos
diferentes elementos no corpo do texto, pelo número de folha.

3.3.5. Apêndices e anexos


Os trabalhos escritos que apresentem apêndices e/ou anexos (elemento facultativo) devem
introduzi-los a seguir ao índice remissivo, caso exista. Os anexos e/ou apêndices devem
apresentar documentos, materiais e/ou outras informações complementares ao texto, que não se
adeqúem a ser apresentadas no próprio corpo do trabalho, sendo apenas incluídos quando sejam
imprescindíveis à compreensão dos temas/assuntos tratados.
Os apêndices e/ou anexos devem ser individualmente numerados e identificados com um
título, em folha própria para cada um, ordenados de forma sequencial, conforme a sua menção no
trabalho. Podem constituir volumes independentes ou ainda ser apresentados em formato digital
não editável, em suporte CD/DVD/outro, segundo as regras estipuladas nesta Norma.

3.3.5.1. Apêndices
Englobam materiais elaborados pelo(s) autor(es), tais como gráficos, quadros, tabelas, traduções,
organogramas e esquemas, que prestem informação relevante para a compreensão do trabalho. Só

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

devem figurar nos apêndices informações previamente referenciadas no texto, sendo estas total
ou parcialmente da responsabilidade do(s) autor(es).

3.3.5.2. Anexos
Englobam documentos que, não sendo elaborados pelo(s) autor(es), serviram de base para a
construção do texto ou facilitam a compreensão do trabalho. Só devem figurar nos anexos
documentos e/ou materiais previamente referenciados no corpo do trabalho, podendo ser
manuscritos ou impressos.

4. REGRAS ESPECÍFICAS
4.1. Pré-projecto de pesquisa
O esquema para elaboração de um pré-projecto de pesquisa não é único e não existem regras
fixas para sua elaboração. Porém, o esquema da AM de apresentação de pré-projecto de pesquisa
deverá conter, em 5 páginas:
a) Elementos pré-textuais
 Capa e folha de rosto.
b) Elementos textuais
 Introdução: tema e sua delimitação espacial e temporal, contexto problemático,
objectivos, hipóteses (pesquisas de abordagem quantitativa), questões de pesquisa
(pesquisas de abordagem qualitativa) e justificativa.
 Revisão de literatura: principais obras e teorias que serão usadas na pesquisa.
 Procedimentos metodológicos: exposição de principais caminhos que enquadram a
pesquisa, isto é, paradigma de pesquisa (no caso de pré-projecto de Dissertação de
Mestrado), abordagem de pesquisa, método de pesquisa (facultativo), tipologia de
pesquisa e técnicas e instrumentos de recolha de dados.
c) Elementos pós-textuais
 Referências bibliográficas: lista de obras citadas ao longo do texto.
É útil reter que o texto do pré-projecto de pesquisa não deve ser feito em texto corrido e os
verbos devem ser conjugados no futuro.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

4.2. Projecto de pesquisa


Nos projectos, independentemente do seu objectivo, utilizam-se as regras gerais de elaboração e
apresentação de trabalhos escritos, enunciadas anteriormente, podendo ser exigidos alguns
elementos complementares, que sejam considerados pertinentes.
O projecto para elaboração de TIA deve possuir 15 páginas, e projectos para elaboração de
Dissertação de Mestrado deve possuir 25 páginas, os quais contemplam:
a) Elementos pré-textuais
 Capa; folha de rosto, lista de abreviaturas, siglas e símbolos, índices de tabela, quadros,
imagens, etc., e índice geral.
b) Elementos textuais
 Introdução (o que se vai fazer? e ―por quê‖?): nesta parte, que não se considera capítulo,
devem ser apresentados a contextualização do tema de pesquisa, o contexto do problema a
ser pesquisado, os objectivos da pesquisa, as questões ou hipóteses da pesquisa, a
justificativa, a metodologia e a estrutura do projecto.
 Revisão de literatura (o que já foi escrito sobre o tema?): nesta parte, a qual constitui o
primeiro capítulo, se realiza uma análise comentada do que já foi escrito sobre o tema da
pesquisa, procurando mostrar os pontos de vista convergentes e divergentes dos autores.
 Procedimentos metodológicos (como? onde? com que?): neste capítulo, segundo, se
mostra como será executada a pesquisa, isto é, paradigma de pesquisa (no caso de
projecto de Dissertação de Mestrado), abordagem da pesquisa, método de pesquisa
(facultativo), tipologia de pesquisa, universo/população e amostra (caso das pesquisas de
abordagem quantitativa), participantes da pesquisa (caso das pesquisas de abordagem
qualitativa), técnicas e instrumentos de recolha de dados, e técnica de análise e tratamento
de dados.
 Cronograma (quando? em quanto tempo?): nesta parte, que não se considera capítulo, se
identifica e se lista todas as etapas que serão seguidas para a elaboração da pesquisa. O
cronograma, dentre varias actividades a serem realizadas, deve apresentar: meses/dias/ano
de elaboração do projecto, colecta de dados, tabulação e análise de dados, elaboração do
relatório final e defesa.
 Orçamento (quanto vai custar?): nesta parte, a qual não constitui capítulo, elabora-se um
orçamento com a estimativa dos investimentos necessários, isto é, que tornem viável a
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

realização da pesquisa. Faz-se um quadro mostrando as rubricas: material de consumo


(papel A4, disquetes, cartuchos para impressora, etc.); outros serviços e encargos
(fotocópias, transporte, alimentação, etc.); material permanente (equipamentos, móveis,
etc.). Arrola-se quantidades e valores em Meticais (MT) e o valor global.
c) Elementos pós-textuais
 Referências bibliográficas (que materiais foram citados?): lista de obras citadas ao longo
do texto.
 Apêndice(s): exposição de técnicas e instrumentos de recolha de dados que se pretenderá
usar (por exemplo, questionário, formulário, roteiro de entrevista) e outros documentos
citados como prova no texto.
É importante referir que o texto do projecto de pesquisa deve ser feito em texto corrido e os
verbos devem ser conjugados no futuro. Os títulos, neste caso, introdução, marco teórico,
desenho metodológico, cronograma, orçamento, referências bibliográficas e apêndices devem ser
apresentados em letras maiúsculas.

4.3. Trabalho de Investigação Aplicada


O TIA deve ter 40 a 45 páginas que contemplam os seguintes elementos e características:
a) Elementos pré-textuais
 Capa; folha de rosto, folha de aprovação, declaração, …, resumo, abstract, …, e índice
geral/sumário.
b) Elementos textuais
 Introdução: nesta parte, que não se considera capítulo, devem ser apresentados, em 4
páginas, a contextualização do tema de pesquisa, o contexto do problema a ser
pesquisado, os objectivos da pesquisa, as questões ou hipóteses da pesquisa, a
justificativa, a metodologia e a estrutura do trabalho.
 Revisão de literatura: nesta parte, a qual constitui o primeiro capítulo, se realiza, em 15
páginas, uma análise comentada do que já foi escrito sobre o tema da pesquisa,
procurando mostrar os pontos de vista convergentes e divergentes dos autores.
 Procedimentos metodológicos: neste capítulo, segundo, se mostra, em 7 páginas, como foi
executada a pesquisa, isto é, abordagem da pesquisa, método de pesquisa (facultativo),
tipologia de pesquisa, universo/população e amostra (caso das pesquisas de abordagem

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

quantitativa), participantes da pesquisa (caso das pesquisas de abordagem qualitativa),


técnicas e instrumentos de recolha de dados, técnica de análise e tratamento de dados,
aspectos éticos e limitações da pesquisa, e descrição do campo de pesquisa.
 Apresentação, análise e discussão dos resultados: nesta parte, a qual constitui o terceiro
capítulo, se faz, em 6 páginas a exposição dos resultados, a (des)ligação dos resultados e a
confrontação com os resultados de outros autores. Nesta parte, implicitamente, se
materializam os objectivos traçados na pesquisa.
 Conclusão: nesta parte, que não se considera capítulo, se lista, em 1 a 2 páginas, as
principais ilações que podem ser extraídas na pesquisa. Além disso, nesta parte se
responde de forma implícita as questões de pesquisa e a questão de partida colocadas, no
caso de pesquisas de abordagem qualitativa, ou se aprova ou reprova as hipóteses de
pesquisa levantadas e se responde a questão de partida colocada, no caso de pesquisas de
abordagem quantitativa.
 Recomendações: nesta parte, a qual não constitui capítulo, expõe-se, em 1 página, as
principais exortações que visam melhorar ou superar o fenómeno pesquisado. As
recomendações devem estar estritamente ligadas as principais conclusões da pesquisa.
c) Elementos pós-textuais
 Referências bibliográficas: lista de obras citadas ao longo do texto.
 Apêndice(s): exposição de técnicas e instrumentos de recolha de dados e outros
documentos elaborados pelo autor.
 Anexo(s): documentos de outros autores que fundamentam a pesquisa.
O TIA deve ser feito em texto corrido e os verbos devem ser conjugados na 3a pessoa
singular do pretérito perfeito ou na 1a pessoa do plural do pretérito perfeito. Os títulos, neste caso,
introdução, marco teórico, desenho metodológico, apresentação, análise e discussão de
resultados, conclusão, sugestões, referências bibliográficas, apêndices e anexos devem ser
apresentados em letras maiúsculas.

4.4. Dissertação de mestrado


A Dissertação de Mestrado deve ter 50 a 90 páginas que contemplam os seguintes elementos e
características:
a) Elementos pré-textuais

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

 Capa; folha de rosto, folha de aprovação, declaração, …, resumo, abstract, …, e índice


geral/sumário.
b) Elementos textuais
 Introdução: nesta parte, que não se considera capítulo, devem ser apresentados, em 7
páginas, a contextualização do tema de pesquisa, o contexto do problema a ser
pesquisado, os objectivos da pesquisa, as questões ou hipóteses da pesquisa, a
justificativa, a metodologia e a estrutura do trabalho.
 Revisão de literatura: nesta parte, a qual constitui o primeiro capítulo, se realiza, em 15 a
35 páginas, uma análise comentada do que já foi escrito sobre o tema da pesquisa,
procurando mostrar os pontos de vista convergentes e divergentes dos autores.
 Procedimentos metodológicos: neste capítulo, segundo, se mostra, em 10 a 15 páginas,
como foi executada a pesquisa, isto é, paradigma de pesquisa, abordagem da pesquisa,
método de pesquisa (facultativo), tipologia de pesquisa, universo/população e amostra
(caso das pesquisas de abordagem quantitativa), participantes da pesquisa (caso das
pesquisas de abordagem qualitativa), técnicas e instrumentos de recolha de dados, técnica
de análise e tratamento de dados, aspectos éticos e limitações da pesquisa, e descrição do
campo de pesquisa.
 Apresentação, análise e discussão dos resultados: nesta parte, a qual constitui o terceiro
capítulo, se faz, em 10 a 20 páginas a exposição dos resultados, a (des)ligação dos
resultados e a confrontação com os resultados de outros autores. Nesta parte,
implicitamente, se materializam os objectivos traçados na pesquisa.
 Conclusão: nesta parte, que não se considera capítulo, se lista, em 2 a 3 páginas, as
principais ilações que podem ser extraídas na pesquisa. Além disso, nesta parte se
responde de forma implícita as questões de pesquisa e a questão de partida colocadas, no
caso de pesquisas de abordagem qualitativa, ou se aprova ou reprova as hipóteses de
pesquisa levantadas e se responde a questão de partida colocada, no caso de pesquisas de
abordagem quantitativa.
 Recomendações (elemento facultativo): nesta parte, a qual não constitui capítulo, expõe-
se, em 1 página, as principais exortações que visam melhorar ou superar o fenómeno
pesquisado. As recomendações devem estar estritamente ligadas as principais conclusões
da pesquisa.
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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

c) Elementos pós-textuais
 Referências bibliográficas: lista de obras citadas ao longo do texto.
 Apêndice(s): exposição de técnicas e instrumentos de recolha de dados e outros
documentos elaborados pelo autor.
 Anexo(s): documentos de outros autores que fundamentam a pesquisa.
Ao par do TIA, a Dissertação de Mestrado deve ser feita em texto corrido e os verbos devem
ser conjugados na 3a pessoa singular do pretérito perfeito ou na 1a pessoa do plural do pretérito
perfeito. Os títulos, neste caso, introdução, marco teórico, desenho metodológico, apresentação,
análise e discussão de resultados, conclusão, sugestões, referências bibliográficas, apêndices e
anexos devem ser apresentados em letras maiúsculas.

4.5. Relatórios
Nos relatórios, independentemente do seu objectivo, utilizam-se as regras gerais de elaboração e
apresentação de trabalhos escritos, enunciadas anteriormente, podendo ser exigidos alguns
elementos complementares, que sejam considerados pertinentes.
O relatório deve ser apresentado em 45 páginas, sendo que deve ter como elementos
obrigatórios, resumo, introdução, enquadramento teórico, metodologia (Como? Com quê? Com
quem? Onde? Quando?), apresentação e discussão das actividades desenvolvidas (descrição das
actividades, e confrontação com outros resultados de outros autores), conclusão, sugestões e
referências bibliográficas. Importa referir que no relatório deve englobar-se não só uma
componente prática, que implica a actividade desenvolvida, mas também uma componente
teórica, que visa a reflexão, análise e fundamentação técnica e científica das acções realizadas.
Deverá permitir uma apreciação e avaliação correcta da(s) actividade(s) desenvolvida(s),
num determinado contexto, efectuando a interligação entre a(s) componente(s) prática(s) e a(s)
componente(s) teórica(s), relacionando os objectivos, elementos e acções da(s) actividade(s)
desenvolvida(s) com os resultados obtidos, na sua conclusão, sendo redigido de forma clara,
concisa e coerente.
O resumo do relatório constitui uma apresentação abreviada e precisa do mesmo, sem
acréscimo das interpretações ou das críticas efectuadas, englobando uma breve referência ao
contexto geral da actividade, aos aspectos mais importantes da(s) tarefa(s) descrita(s),

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

concentrando-se nas actividades de maior relevância desenvolvidas, e às principais conclusões


obtidas.
A introdução deve englobar uma breve apresentação do contexto, objectivos (geral e
específicos), justificativa (relevância do tema e enquadramento do estagio), metodologia (resumo
dos principais caminhos usados), apresentação da empresa e estrutura do relatório.
A metodologia refere-se aos caminhos usados, englobando as respostas das seguintes
questões: como? Com quê? Com quem? Onde? E Quando? A apresentação e discussão das
actividades desenvolvidas, envolve a descrição das actividades e confrontação com outros
resultados de outros autores.
O relatório é um instrumento que possibilita que, de modo claro, objectivo e sucinto, se
possa descrever a situação à partida, o processo, os reajustamentos pontuais efectuados e a
situação à chegada.

4.6. Artigos científicos


Nos artigos científicos, independentemente do seu objectivo, utilizam-se as regras gerais de
elaboração e apresentação de trabalhos escritos, enunciadas anteriormente, podendo ser exigidos
alguns elementos complementares. O artigo deve ter 15 a 25 páginas e os seguintes elementos:
a) Elementos pré-textuais
 Título: o artigo dever ter um título que expresse seu conteúdo.
 Autoria: o artigo deve indicar o(s) nome(s) do(s) autor(es) acompanhado de suas
qualificações na área de conhecimento do artigo;
 Resumo e abstract (facultativo): obedece as regras anunciadas neste guião.
b) Elementos textuais
 Texto: composto basicamente de três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Se
for divido em sessões, deverá seguir o sistema de numeração progressiva.
c) Elementos pós-textuais (facultativos)
 Apêndice: documento que complementa o artigo;
 Anexo: documento que serve de ilustração, comprovação ou fundamentação;
 Nota editorial: currículo do autor, endereço para contacto, agradecimentos e data de
entrega dos originais.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

É necessário que o artigo agregue valor à área de estudo, apresente uma aplicação ou ideias
novas. As frases devem ser curtas e fáceis de serem compreendidas.

4.7. Outros trabalhos escritos


Em qualquer outro tipo de trabalho escrito, elaborado e/ou apresentado na AM, dever-se-ão
utilizar-se as regras gerais de elaboração e apresentação de trabalhos escritos, descritas neste
guião, com as especificações que forem consideradas pertinentes por parte do docente, júri,
comissão de avaliação ou outros, de acordo com a finalidade do trabalho.

5. AS ETAPAS DA PESQUISA
A pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico de busca de respostas para problemas ainda não
solucionados (Silva & Menezes, 2001). O planeamento e a execução de uma pesquisa fazem
parte de um processo sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte
forma:
 escolha do tema;
 definição do problema;
 determinação de objectivos;
 formulação das hipóteses ou questões de investigação;
 justificativa;
 revisão da literatura;
 procedimentos metodológicos;
 apresentação, análise e discussão dos resultados.

5.1. Escolha do tema


O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou
desenvolver. Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto,
estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. A definição
do tema pode surgir com base na sua observação do quotidiano, na vida profissional, em
programas de pesquisa, em contacto e relacionamento com especialistas, no feedback de
pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada (Barros & Lehfeld, 1999).
O tema deve estar delimitado em termos de:
 espacial (local do tema/problema e o da pesquisa);

29
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

 temporal (tempo em que ocorre o problema);


 teórica (teoria de referência).
Exemplo: Estratégias de inserção profissional do oficial recém graduado. Caso do Estado-
Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (2018-2019).

5.2. Definição de problema de pesquisa


Na acepção científica, ―problema é qualquer questão não solvida e que é objecto de discussão, em
qualquer domínio do conhecimento‖ (Gil, 1999, p. 49). Problema, para Kerlinger (1980), ―é uma
questão que mostra uma situação necessitada de discussão, investigação, decisão ou solução‖ (p.
35).
Simplificando, problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o processo
de pesquisa irá girar em torno de sua solução.

5.2.1. A escolha do problema de pesquisa


Muitos factores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para Rudio (2000), o
pesquisador, neste momento, deve fazer as seguintes perguntas:
 o problema é original?
 o problema é relevante?
 ainda que seja ―interessante‖, é adequado para mim?
 tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa?
 existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do projecto?
 terei tempo suficiente para investigar tal questão?
 existe a bibliografia relativo ao problema?

5.2.2. Formulação do problema de pesquisa


Na formulação do problema de pesquisa, Gil (1999) aponta algumas recomendações não rígidas
que devem ser observadas como parâmetros para facilitar a formulação de problemas, são elas:
 o problema deve ser formulado como pergunta: para facilitar a identificação do que se
deseja pesquisar;
 o problema tem que ter dimensão viável: deve ser restrito para permitir a sua viabilidade.
O problema formulado de forma ampla poderá tornar inviável a realização da pesquisa;

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

 o problema deve ter clareza: os termos adoptados devem ser definidos para esclarecer os
significados com que estão sendo usados na pesquisa;
 o problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua aplicação
esteja delimitada.
Recorrendo ao tema anteriormente exposto, podemos ter o seguinte problema de
pesquisa/questão de partida: quais as estratégias de inserção profissional do oficial recém
graduado usadas no Estado-Maior General das FADM?

5.3. Determinação dos objectivos


Toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se
pretende alcançar. O objectivo torna explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre
determinado assunto.
Os objectivos podem ser gerais e específicos:
 gerais: definem, de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa;
 específicos: definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objectivo geral.
Os enunciados dos objectivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve
indicar uma acção passível de mensuração. Como exemplos de verbos usados na formulação dos
objectivos, conforme Silva e Menezes (2001), podem-se citar:
 determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir,
enunciar, inscrever, registar, relatar, repetir, sublinhar e nomear;
 determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos descrever, discutir, esclarecer,
examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever;
 determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar, demonstrar, empregar,
ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;
 determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar, comparar,
constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e
experimentar;
 determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor, constituir, coordenar,
reunir, organizar e esquematizar;
 determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar, escolher,
estimar, julgar, preferir, seleccionar, validar e valorizar.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

No problema de pesquisa acima exposto podemos extrair o seguinte objectivo geral:


conhecer as estratégias de inserção profissional do oficial recém graduado usadas no Estado-
Maior General das FADM.
No entanto, os objectivos específicos devem ser no mínimo 3 e máximo 4, onde na
elaboração dos mesmos se deve expressar as seguintes recomendações:
 o primeiro objectivo específico deve expressar o estágio cognitivo de conhecimento:
apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registar, relatar, repetir, sublinhar e nomear,
etc.
 o segundo objectivo específico deve expressar o estágio cognitivo de compreensão:
descrever, discutir, esclarecer, caracterizar, expressar, identificar, localizar, traduzir e
transcrever, etc.
 o terceiro objectivo específico deve expressar o estágio cognitivo de análise: os verbos
analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir,
examinar, provar, investigar e experimentar, etc.
 existindo o quarto objectivo específico, deve expressar o estágio cognitivo de
avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, preferir,
seleccionar, validar e valorizar, etc. Ou expressar o estágio cognitivo de compreensão, o
qual é inserido antes do objectivo especifico que expressa o estágio cognitivo de análise.

5.4. Formulação de hipóteses ou questões de pesquisa


5.4.1. Hipóteses de pesquisa
Quando a pesquisa é de abordagem quantitativa, são formuladas hipóteses as quais representam
as proposições testáveis que podem vir a ser a solução do problema; respostas antecipadas a
solução do problema; soluções tentativas, previamente seleccionadas do problema de pesquisa.
―Em muitos casos, as hipóteses são palpites que o investigador possui sobre a existência de
relações entre variáveis‖ (Verma & Besrd, 1981, p. 184, cit. em Bell, 1997, p. 35).
Um mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são soluções possíveis para a sua
resolução. As hipóteses orientarão o planeamento dos procedimentos metodológicos necessários
à execução da sua pesquisa. O processo de pesquisa estará voltado para a procura de evidências
que comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa feita na hipótese.

32
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

5.4.1.1. Classificações das hipóteses


O problema, sendo uma dificuldade sentida, compreendida e definida, necessita de uma resposta
―provável, suposta e provisória‖, que é a hipótese. Para Lakatos e Marconi (1991) a principal
resposta é denominada de hipótese básica e esta pode ser complementada por outras denominadas
de hipóteses secundárias.

a) Hipótese básica
Hipótese básica é a afirmação escolhida como a principal resposta ao problema proposto. Ela
pode adquirir diferentes formas, tais como:
 afirma, em dada situação, a presença ou ausência de certos fenómenos;
 se refere à natureza ou características de dados fenómenos, em uma situação específica;
 aponta a existência ou não de determinadas relações entre fenómenos;
 prevê variação concomitante, directa ou inversa, entre fenómenos, etc.

b) Hipóteses secundárias
São afirmações complementares e significam outras possibilidades de resposta para o problema.
Podem:
 abarcar em detalhes o que a hipótese básica afirma em geral;
 englobar aspectos não-especificados na hipótese básica;
 indicar relações deduzidas da primeira;
 decompor em pormenores a afirmação geral;
 apontar outras relações possíveis de serem encontradas, etc.

5.4.1.1. Como formular as hipóteses?


O processo de formulação de hipóteses é de natureza criativa e requer experiência na área. Gil
(1991) analisou a literatura referente à descoberta científica e concluiu que na formulação de
hipóteses podem-se usar as seguintes fontes:
 observação;
 resultados de outras pesquisas;
 teorias;
 intuição.

33
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

As hipóteses devem ser conceitualmente claras, específicas, empíricas e compreensíveis, isto


é, não devem incluir conceitos complexos que dificultem a compreensão. Além disso, os
conceitos empregados devem ser precisos, rigorosos e previamente definidos para evitar
ambiguidades:
 exemplo de hipótese ambígua: o desaquecimento da economia leva as empresas a
desenvolverem políticas de contenção de pessoal;
 exemplo de hipótese clara: a queda da produção industrial contribui para o desemprego.
É útil reter que as hipóteses de pesquisa devem estar estreitamente ligadas e proporcionais
aos objectivos específicos da pesquisa.

5.4.2. Questões de pesquisa


Emergindo na filosofia e nas ciências humanas, as pesquisas qualitativas pautam no levantamento
de questões de pesquisa de forma a entender como as pessoas interpretam e dão sentido às suas
experiencias e ao mundo em que elas vivem (Vilelas, 2009).
Creswel (2007) afirma que em uma pesquisa qualitativa, os pesquisadores mencionam as
questões de pesquisa, e não hipóteses (ou seja, previsões que envolvem variáveis e testes
estatísticos). Essas questões de pesquisa assumem duas formas: uma questão central e
subquestões associadas. A questão central é uma declaração da questão examinada na pesquisa
em sua forma mais geral. O pesquisador propõe a questão, consistente com a metodologia
emergente de pesquisa qualitativa, como uma questão geral de forma a não limitar a pesquisa.

5.4.2.1. Como redigir questões de pesquisa?


Creswel (2007), no seu estudo intitulado ―Projecto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo
e misto‖, expõe as seguintes recomendações:
 fazer uma (01) ou duas (02) questões centrais seguidas por não mais do que cinco (05) a
sete (07) subquestões. Essas questões, por sua vez, tornam-se tópicos especificamente
explorados em entrevistas, observações e documentos e material de arquivo. Por exemplo,
elas podem ser usadas como questões principais que o pesquisador vai fazer a si mesmo
no procedimento observacional ou em uma entrevista aberta;
 relacionar a questão central à estratégia de pesquisa qualitativa específica, pois na teoria
baseada, na realidade as questões podem estar relacionadas aos procedimentos na análise

34
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

de dados como codificação aberta (―quais são as categorias que podem emergir?‖) ou
codificação axial (―como se relacionam os sujeitos da pesquisa?‖);
 iniciar as questões de pesquisa com as palavras ―o que‖ ou ―como‖ para transmitir uma
pesquisa aberta e emergente. ―Por que‖ sugere causa e efeito, um método consistente com
pesquisa quantitativa;
 concentrar-se em um único fenómeno ou conceito;
 usar verbos exploratórios que transmitam a linguagem da pesquisa emergente. Esses
verbos dizem ao leitor que pesquisa irá se realizar:
- descobrir (por exemplo, teoria baseada na realidade);
- tentar entender (por exemplo, etnografia);
- explorar um processo (por exemplo, estudo de caso);
- descrever as experiências (por exemplo, fenomenologia);
- relatar historias (por exemplo, pesquisa narrativa).
 usar linguagem não-direccional. Não usar palavras que sugiram ou infiram uma pesquisa
quantitativa, palavras com orientação direccional como ―afectar‖, ―influenciar‖,
―impactar‖, ―determinar‖, ―causar‖ e ―relacionar‖;
 presumir que as questões de pesquisa vão se desenvolver e mudar durante a pesquisa, de
maneira consistente, uma vez que geralmente em pesquisas qualitativas, as questões estão
sob revisão e reformulação contínua (como em uma pesquisa de teoria baseada na
realidade). Essa técnica pode ser problemática para pessoas acostumadas com pesquisas
quantitativas, nas quais as questões de pesquisa permanecem fixas durante todo o estudo;
 usar questões abertas sem referência à literatura ou teoria, a não ser que a estratégia de
pesquisa qualitativa indique algo diferente;
 se a informação não for redundante com a declaração de objectivo, especifique os
participantes e o local de pesquisa para o estudo.
Tal como as hipóteses de pesquisa, as questões de pesquisa devem estar estreitamente ligadas
e proporcionais aos objectivos específicos da pesquisa.

5.5. Justificativa
Nesta etapa reflecte-se sobre ―o porquê‖ da realização da pesquisa procurando identificar as
razões da escolha do tema e sua importância. Pergunte-se a si mesmo: o tema é relevante e, se é,
35
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

por quê? Quais os pontos positivos que se percebem na abordagem proposta? Que vantagens e
benefícios que se pressupõem que sua pesquisa irá proporcionar?
―A justificativa deverá convencer quem for ler o projecto, com relação à importância e à
relevância da pesquisa proposta. A justificativa é pessoal, deveria ter, no máximo, duas páginas e
não inclui citações‖ (Richardson, 1999, p. 57).

5.6. Revisão da literatura


Revisão da literatura ou marco teórico é um resumo escrito de artigos, livros e outros documentos
que descrevem o estado passado e actual do objecto em estudo. O marco teórico nos ajuda a
documentar como a nossa investigação agrega valor à literatura existente (Sampieri, Collado &
Lucio, 2006).
Vilelas (2009) e Afonso (2014) referem que a revisão de literatura permite:
 estabelecer a ―história‖ do problema;
 delimitar o problema;
 seleccionar a metodologia adequada;
 identificar limites de conhecimento;
 integrar conhecimentos de outras disciplinas;
 verificar e desenvolver teorias; e
 tirar conclusões de outros estudos.
A construção do marco teórico não é linear, porém em linhas gerais, de acordo com Vilelas
(2009) e Afonso (2014), obedece as seguintes estratégias:
 actualizar os conhecimentos por meio de uma sistemática e ampla consulta bibliográfica
(bibliotecas, arquivos, centro de investigação e redes informáticas);
 identificar e avaliar investigações já realizadas e dos resultados obtidos;
 identificar pistas de investigação resultantes da avaliação do panorama da pesquisa já
realizada. A identificação permitirá orientar a pesquisa numa de várias direcções:
aprofundar aspectos ou temáticas ainda insuficientemente tratadas, replicar em novos
contextos estudos anteriormente realizados, ou abrir novos campos de trabalho em áreas
insuficientemente investigadas;
 desenvolver ou adoptar uma estrutura conceptual específica, a partir da qual o objecto de
estudo é definido e o problema e as questões de pesquisa serão formulados;

36
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

 fundamentar a avaliação de opções metodológicas alternativas, nomeadamente no que se


refere às estratégias de investigação.

5.6.1. Escolha de fontes para construção do marco teórico


Sampieri et al. (2006) afirmam que para levar a cabo o marco teórico, existem três (03) tipos
básicos de fontes de informação:
 fontes primárias – proporcionam dados de primeira mão, pois se trata de documentos
que contem resultados de estudos;
 fontes secundárias – são listas, compilações e resumos de fontes primárias publicadas em
áreas de conhecimento particular; e
 fontes terciárias e gerais – se tratam de documentos que falam de forma superficial ou
geral os resultados das fontes primárias.

5.6.2. Aspectos a ter em conta na elaboração do marco teórico


 Usar várias fontes na discrição de um assunto;
 Privilegiar fontes primárias, vivas e locais;
 Clareza e lógica na ligação das ideias;
 Expor opinião pessoal; e
 Evitar plágio de ideias.

5.7. Procedimentos metodológicos


Esta fase constitui o ponto de partida, em que à partir de uma visão prospectiva, descritiva e
argumentativa, o investigador toma decisões sobre a operacionalização do trabalho empírico com
vista a responder às questões da investigação (Afonso, 2014).
Entretanto, nos dias actuais, na visão de Costa (2005) e Amado (2014), aqueles que estão
ligados à investigação em educação, não só se confrontam com uma notável diversidade de
pontos de vista, de tipos de perguntas e de caminhos possíveis para responder às perguntas, como
também se confrontam com uma diversidade de temas actuais, tornando difícil discernir, por
vezes, aquilo que corresponde a legítimas perspectivas de entender a pesquisa científica, ou
aquilo que alguns autores designaram por modas.
Costa (2005) afirma que independentemente de se concordar com a ideia de que a
investigação educacional, mais do que desenvolver distintas perspectivas de pesquisa, também é

37
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

permeável a modas, tornando-se assim, necessário clarificar que espécies de paradigmas são
apontadas nos textos da área.

5.7.1. Paradigmas de pesquisa


Um paradigma de pesquisa é uma espécie de tradição que permite que um grupo de
pesquisadores chegue a acordo acerca da natureza do universo a estudar, da validade das questões
a colocar e da legitimidade das técnicas a empregar na investigação (Jacob, 1987, cit. em Amado,
2014). Com efeito, segundo Coutinho (2006), pode se destacar três paradigmas de pesquisa,
nomeadamente:
 paradigma positivista de pesquisas quantitativas que tem como critério a lógica interna
do processo de pesquisa (i.e. o modo como são validadas as hipóteses). Onde para tal este
paradigma apresenta método hipotético-dedutivo ou dedutivo, pesquisas tais como, quase
experimentais, experimentais (exploratórios, correlacionais, comparativos e
psicométricos), e não experimentais ou descritivas, técnicas e instrumentos de recolha de
informação como a entrevista estruturada, o questionário e escalas, técnicas de análise dos
dados que usam estatísticas.
 paradigma interpretativo de pesquisas qualitativas, que abrange todas as situações em
que as preocupações do investigador se orientam para a busca de significados pessoais,
para o estudo das interacções entre as pessoas e contextos, assim como formas de pensar,
atitudes e percepções dos participantes do estudo. Por via disso, essas pesquisas associam-
se a método indutivo, pesquisas como, hermenêutico, estudos de caso, descritivos,
etnográficos, à teoria fundamentada, e a técnica de recolha de dados, observação
naturalista, a entrevista semi-estruturada e a análise documental;
 paradigma sócio crítico de pesquisas mistas, engloba todos os trabalhos de pesquisa que
não se enquadram em nenhuma das duas categorias anteriores, seja por reuniram métodos
de ambos, seja por possuírem individualidade própria derivada da inspiração num
paradigma de investigação que não o positivista ou interpretativo. Tal é o caso da
pesquisa-acção, das pesquisas de avaliação e das pesquisas de desenvolvimento.
A partir desses três paradigmas de pesquisa pode classificar-se as pesquisas através dos seus
procedimentos metodológicos: pesquisa de abordagem quantitativa, qualitativa e mista.

38
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

5.7.2. Pesquisa de abordagem quantitativa


Abordagem característica das Ciências Naturais a qual utiliza:
 método hipotético-dedutivo – quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge uma inquietação – o
problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas
conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que
deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as consequências
deduzidas das hipóteses.
 método dedutivo – é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte de
princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica.
 tipo de pesquisa: quase experimental, experimental (exploratória, correlacional,
comparativa e psicométrica), e não experimental ou descritiva. Tipo de pesquisa quanto
ao objectivo geral: exploratória, descritiva, explicativa.
 universo/população que determina a amostra: a amostra é seleccionada de acordo com
regras matemáticas ou plano analítico pormenorizado de forma a ser representativa. Ou
seja, a amostra pode ser probabilística e não-probabilística.
 técnicas e instrumentos de recolha de informação: a entrevista estruturada, o
questionário e escalas;
 técnica de análise e tratamento de dados: uso cálculos estatísticos e de softwares, tal
como SPSS.

5.7.3. Pesquisa de abordagem qualitativa


Abordagem característica das Ciências Sociais a qual utiliza:
 método dedutivo – é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte de
princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica.
 método dialéctico - como lógica do pensamento, ligando todos os fenómenos
(acontecimentos anteriores, presentes, os possíveis no futuro, etc.). É o método de
investigação da realidade;

39
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

 método fenomenológico - consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer este dado.


Orientado totalmente para o objecto. Interessa-se por aquilo que é, e não o que estará por
detrás disto ou daquilo. Não é dedutivo nem empírico. Não explica mediante leis nem
deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente consciência
objecto.
 tipo de pesquisa: hermenêutica, estudo de caso, descritiva, etnográfica e teoria
fundamentada. Tipo de pesquisa quanto ao objectivo geral: exploratória, descritiva,
explicativa.
 participantes da pesquisa: escolhidos através de alguns critérios lógicos, tais como
domínio do assunto pesquisado.
 técnicas e instrumentos de recolha de informação: observação naturalista (participante
ou não participante), a entrevista semi-estruturada e a análise documental.
 técnica de análise e tratamento de dados: uso principal de análise de conteúdo.

5.7.4. Pesquisa de abordagem mista


Abordagens com predominância de técnicas qualitativas mas que integram, de forma lógica e
justificada, algumas técnicas de recolha e tratamento de dados da abordagem quantitativa e vice-
versa:
 tipo de pesquisa: pesquisa-acção, pesquisa de avaliação e pesquisa de desenvolvimento.
 técnicas e instrumentos de recolha de informação: observação naturalista (participante
ou não participante), a entrevista semi-estruturada, análise documental, questionário ou
escala ou ainda entrevista estruturada.
 técnica de análise e tratamento de dados: análise de conteúdo, cálculos estatísticos e
software SPSS.

5.8. Apresentação, análise e discussão de resultados


Parte onde se estabelece as relações entre os dados obtidos, o problema da pesquisa e o
embasamento teórico dado na revisão da literatura.
 Pesquisa de abordagem quantitativa: uso de estatísticas, gráficos e tabelas;
 Pesquisa de abordagem qualitativa: uso de categorias e codificações;
 Pesquisa de abordagem mista: uso de categorias, codificações, estatísticas, gráficos e
tabelas.
40
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

6. CITAÇÕES
O método empregado pelas normas da APA é autor-data, isto é, o sobrenome do autor e o ano de
publicação (não inclua sufixos como Jr.). O texto deve ser documentado citando o autor e a data
de publicação dos trabalhos pesquisados e consultados. Todos os autores citados no texto, e
apenas eles, devem estar presentes nas referências com as informações completas. Este
procedimento é obrigatório.
A regra é que todas as ideias específicas, opiniões e factos que não são da autoria de quem
escreve devem ser citadas. Contudo, não deve ser citado tudo o que faz parte do conhecimento
comum.
Não se deve fazer uma citação em todas as frases, porque isso só significa que não se pensou
e que não foram desenvolvidas ideias próprias. Assim sendo, a regra é: ―sempre que é usada
informação de outras fontes, essa informação deve ser comentada‖.

6.1. Como citar?


O modelo-base das citações no corpo do texto inclui: o último nome do(s) autor(es) e o ano de
publicação. Sempre que se faz uma citação directa do trabalho ou se faz referência a uma
passagem específica, deve-se acrescentar o número das páginas. Se o nome do autor aparece no
texto, deve ser seguido do ano de publicação entre parênteses curvos. Quando a citação não tem
número de página deve-se colocar a sigla (s.p.) (APA, 2010).
Caso a citação seja de um documento electrónico e este não tenha números de página, deve
utilizar-se a abreviatura de parágrafo (para.), seguido do número do parágrafo em que aparece a
citação.

6.1.1. Citação directa


Tem menos de 40 palavras. Introduza a citação com uma frase que apresente o material a ser
citado e que inclua o último nome do autor seguido pela data de publicação nos parênteses. Ponha
o número de página (precedido por ―p‖) nos parênteses após a citação. Use vírgulas entre os itens
nos parênteses (ver exemplos a seguir).

41
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

a) Citação com um autor


Exemplo1:
Greia (2013) escreveu que ―a supervisão pode assim ser um dispositivo ao serviço da escola
que visa fundamentalmente contribuir para o desenvolvimento profissional do pessoal docente,
melhoria das aprendizagens e concomitantemente promoção do sucesso escolar dos alunos‖ (p.
13).

Exemplo 2:

É assim considerado que ―a supervisão pode assim ser um dispositivo ao serviço da escola
que visa fundamentalmente contribuir para o desenvolvimento profissional do pessoal docente,
melhoria das aprendizagens e concomitantemente promoção do sucesso escolar dos alunos‖
(Greia, 2013, p. 13).

b) Citação com dois autores


Nomeie os autores na frase que apresenta o material a ser citado ou entre parênteses, cada vez
que citar o trabalho. Nos parênteses, use "&" entre os nomes dos autores; no texto, use "e."
Exemplo 1:
Marcelino e Machado (2015) afirmam que ―a verdadeira democracia toma em consideração
o direito à diferença, pelo que é mais coerente complementar a igualdade com equidade, isto é,
reconhecer as diferenças dentro da igualdade‖ (p. 3).

Exemplo 2:
―A verdadeira democracia toma em consideração o direito à diferença, pelo que é mais
coerente complementar a igualdade com equidade, isto é, reconhecer as diferenças dentro da
igualdade‖ (Marcelino & Machado, 2015, p. 3).

c) Citações com três a cinco autores


Exemplo 1:
―The chimpanzee Nim was raised by researchers who trained him in American Sign
Language by molding and guiding his hands‖ (Terrace, Petitto, Sanders & Bever, 1979, p.
892).

42
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Nas citações seguintes use o nome do primeiro autor seguido por "et al." na frase que
apresenta o material a ser citado ou nos parênteses.

Exemplo 2:
―Nim was able to string together as many as 16 signs, but their order appeared quite
Random‖ (Terrace et al., 1979, p. 894).

d) Citação com seis ou mais autores


Use apenas o nome do primeiro autor seguido por "et al." na frase ou nos parênteses.
Exemplo:
―The ape language studies have shed light on the language development of children with
linguistic handicaps‖ (Savage-Rumbaugh et al., 1993, p. 50).

6.1.2. Citação longa


Citação igual ou acima de 40 palavras deve ser apresentada em nova linha, num bloco
independente, com uma ou duas tabulações do parágrafo da margem esquerda, sem aspas, com
espaçamento simples entre linhas e a fonte segue o tamanho 11. Observe os exemplos abaixo:

Exemplo 1:
De modo racional referente a fins, por expectativas quanto ao comportamento de objectos
do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando estas expectativas como condições ou
meios para alcançar fins próprios, ponderados e perseguidos racionalmente, com sucesso;
de modo racional referente a valores, pela crença consciente no valor — ético, estético,
religioso ou qualquer que seja sua interpretação — absoluto e inerente a determinado
comportamento como tal, independentemente do resultado; de modo afectivo,
especialmente emocional, por afectos ou estados emocionais actuais; de modo tradicional,
por costume arraigado (Weber, 1994, p. 15).

Exemplo 2:

Conforme Weber (1994):


De modo racional referente a fins, por expectativas quanto ao comportamento de objectos
do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando estas expectativas como condições ou
meios para alcançar fins próprios, ponderados e perseguidos racionalmente, com sucesso;
de modo racional referente a valores, pela crença consciente no valor — ético, estético,
religioso ou qualquer que seja sua interpretação — absoluto e inerente a determinado
comportamento como tal, independentemente do resultado; de modo afectivo,
especialmente emocional, por afectos ou estados emocionais actuais; de modo tradicional,
por costume arraigado (p. 15).

43
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

6.1.3. Citação indirecta


É quando utilizamos apenas as ideias que vêm descritas ao longo de um texto ou de um livro e
não transcrevemos o texto. Inclua o último nome do autor e a data na frase que apresenta o
material a ser citado ou nos parênteses que seguem a citação. O número da página não é exigido
para uma citação indirecta.
Exemplo:
Como refere Fermeiro (2016), a origem da Cidade de Nampula deve ser encontrada no
primeiro quartel do século XX…

6.1.4. Citação com autor colectivo


Se o autor for um órgão governamental ou outra organização corporativa (corporações,
associações, grupo de estudos) use o nome da organização na frase que apresenta o material a ser
citado ou entre parênteses na primeira vez que citar a fonte.

a) Primeiras citações
Exemplo 1:
De acordo com a Academia Militar (AM, 2005), as ―armas defensivas – as que se destinam a
defender os golpes ou os efeitos das armas dos adversários‖ (p. 5).

Exemplo 2:
―Armas defensivas – as que se destinam a defender os golpes ou os efeitos das armas dos
adversários‖ (Academia Militar [AM], 2005, p. 5).

b) Citações subsequentes
Exemplo 1:
Para AM (2005), as armas defensivas destinam-se a defender…

Exemplo 2:
As armas defensivas destinam-se a defender… (AM, 2005).

6.1.5. Autor desconhecido


Se o autor for desconhecido, mencione o título do trabalho na frase que apresenta o material a ser
citado ou dê as primeiras palavras do título do item da lista de referência (geralmente o título) e o

44
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

ano. Os títulos dos artigos e os capítulos são colocados entre aspas e os títulos dos livros,
periódicos, folhetos ou relatórios em itálico.
Exemplo:
Chimpanzees in separate areas of Africa differ in a range of behaviors: in their
methods of cracking nuts, for example, or in their grooming rituals. An international team of
researchers has concluded that many of the differing behaviors are cultural, not just responses to
varying environmental factors (―Chimps‖, 1999).

6.1.6. Citação de citação


Quando a citação é acedida através de fontes secundárias, deve indicar-se qual a fonte consultada.
Exemplo:
Procura-se ter presente que a vida social não só é variada como profunda, tendo ―muitos
estratos de significado‖ (Berger, 1966, cit. em Woods, 1996, p. 53).

6.1.7. Citação com omissão no meio


A indicação de material omitido, alterado ou acrescentado a uma citação faz-se usando parênteses
rectos.
Exemplo:
―Num sistema de ensino […] é difícil encontrar‖ (Rodrigues, 1999, p. 198).

6.1.8. Citação com recurso a comunicações pessoais


Entrevistas, cartas, memorandos, comunicações electrónicas (mensagens electrónicas/ grupos de
discussão) e outras comunicações pessoais devem ser citadas como se segue:
Exemplo:
One of Patterson's former aides, who worked with the gorilla Michael, believes that he was
capable of joking and lying in sign language (E. Robbins, comunicação pessoal, 4 Janeiro, 2000).

Nota: as comunicações pessoais não constam nas referências bibliográficas, fazendo-se apenas
referência no corpo do texto.

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Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

6.1.9. Citação com uso da palavra sic


Sempre que ao realizar uma citação directa, no corpo do texto apareça alguma palavra que esteja
escrita de forma incorrecta ou que já não exista mais a morfologia utilizada, deve utilizar-se a
expressão ―sic‖ que vem do latim e significa ―é assim‖, ―é desta forma‖.
Exemplo:
Segundo Marques (1988), era ― inconcebível que alguém nas sociedade (sic) modernas
votasse contra a democracia‖ (p. 149).

7. NORMAS DE ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Quando se elabora um trabalho de pesquisa, existe a necessidade de fazer citações e referências
bibliográficas. Existem normas internacionais e nacionais, que deverão ser respeitadas, de modo a
haver uma uniformidade e melhor compreensão do que é referenciado.
No final de um trabalho escolar, deveremos apresentar sempre a listagem de obras
consultadas (livros, periódico, documentos electrónicos…) a que chamamos referências
bibliográficas.
Esta listagem deve ser colocada por ordem alfabética. Deve, seguidamente ser ordenada
cronologicamente. A primeira linha da referência do documento aparece normalmente; às
seguintes é escolhido o parágrafo pendente, que é um avanço até a quinta (5) letra da primeira
linha.

7.1. Princípios gerais


7.1.1. Autores
Nomes: O nome do autor deve ser referenciado como aparece no documento, mas de forma
invertida. Deve referir-se, em primeiro lugar, o último apelido ou o penúltimo, no caso de
apelidos compostos ou com relações familiares, seguindo-se a inicial do nome próprio.
Exemplo: Saramago, J.; Castelo-Branco, C.

7.1.1.1. Autor colectividade


Exemplo: Instituto Nacional de Estatística; Academia Militar ―Marechal Samora Machel‖.

46
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

7.1.1.2. Documento sem autor

Exemplo: O que fazer em caso de indisciplina. (2010). Nampula, Moçambique: Editorial


Presença.

7.1.2. Data
A data de publicação coloca-se, entre parênteses, imediatamente a seguir ao autor.
Exemplo: Oliveira, A. (1986).
Coloca-se s.d. ou s/d quando a data é desconhecida.

7.1.3. Local de publicação e editora


O local de publicação do documento deve ser colocado após o título, ou edição (caso este exista);
seguidamente, devem ser colocados dois pontos (:) e por último, o nome da editora.

Exemplo:
Matos, B. (2008). Estudos psicológicos do adolescente. Porto, Portugal: Porto Editora.

7.2. Livros de um só autor


Exemplo:
Oliveira, A. (1986). Monografia do concelho de Olhão. Faro, Portugal: Algarve em Foco.
Reis, C. (2001). O conhecimento da literatura: introdução aos estudos literários (2a.ed.).
Coimbra, Portugal: Almedina.

7.3. Livros de dois a sete autores


Exemplo 1:
Cunha, C., & Cintra, L. (1996). Breve gramática do português contemporâneo. Lisboa, Portugal:
Edições João Sá da Costa.

Exemplo 2:
Langa, P. V., Cumaio, G. F., & Rafael, D. P. (2014). Cinquenta anos de legislação e políticas
públicas do ensino superior em Moçambique 1962 -2012. Maputo, Moçambique: Fundo de
Desenvolvimento Institucional.

7.4. Livro de oito a mais autores


Exemplo:

47
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Alberto, A., Sitoe, A., Lobo, A., Malauene, D., Noa, F., Cumaio, G., … Mosca, J. (2012). Plano
estratégico do ensino superior 2012-2020. Maputo, Moçambique: Ministério da Educação.

7.5. Autor – colectividade


Exemplo:
Instituto Nacional de Estatística. (2002). Atlas das cidades e de Portugal. Lisboa, Portugal: INE.

Nota: sempre que o editor seja o mesmo que o autor, após o local de edição e dos dois
pontos, deverá colocar-se ―Autor‖.

7.6. Capítulo em livro colectivo


Exemplo:
Pimenta, A. (1983). Viajar na palavra: até onde? In S. Reckert & Y. K. Centeno (Orgs.). A
viagem (entre o real e o imaginário). Lisboa, Portugal: Arcádia, pp. 23-43.

7.7. Livros do mesmo autor e do mesmo ano


Exemplo:
Jesus, S. N. (2000a). Insucesso funcional dos alunos. Coimbra, Portugal: Quarteto Editora.
Jesus, S. N. (2000b). Motivação e formação de professores. Coimbra, Portugal: Quarteto Editora.

Nota: sempre que um autor tenha escrito dois ou mais livros no mesmo ano, estes devem ser
diferenciados através de letras: a, b, c, e assim sucessivamente, de modo a serem diferenciados. É
atribuída a primeira letra, consoante a inicial do título da obra.

7.8. Publicações em série


Nas publicações em série: revistas, jornais, periódicos, entre outros; as regras invertem-se
ligeiramente, o título deixa de aparecer em itálico e o que aparece agora em itálico é o nome da
revista e o número, caso tenha.
Nos jornais, para além do ano de publicação, coloca-se também o respectivo dia e mês da
publicação.

7.8.1. Artigos científicos

Exemplo:

48
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Gaspar, T. (2007, Janeiro). Eficiência e equidade nos sistemas europeus de educação e formação.
Noesis, 71, 14-15.

7.8.2. Comunicação inédita apresentada num determinado encontro (seminário, etc.)

Exemplo:
Mataruca, F. (2019). Virtudes e valores militares como fundamentos da disciplina militar.
Comunicação apresentada na Aula de Sapiência na Academia Militar ―Marechal Samora
Machel‖, Nampula, Moçambique.

7.9. Trabalho de investigação aplicada/monografia, dissertação e tese

Importa destacar nessa referência o facto de inserir-se, imediatamente a seguir ao título, o tipo de
trabalho académico, o nome da instituição de ensino superior, a faculdade, a cidade e o país.
Exemplo 1:
Greia, J. (2013). Supervisão pedagógica no contexto do desenvolvimento profissional docente e
melhoria das aprendizagens: um estudo de caso em Moçambique. Tese de doutoramento.
Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Educado e Psicologia, Porto, Portugal.

7.10. Legislação
Exemplo:
Decreto no 60/2011, de 18 de Novembro (Estatuto do Instituto Superior de Estudos de Defesa).

7.11. Documentos electrónicos


Nos documentos electrónicos devem ser colocados, pela mesma ordem e regras os elementos,
consoante o tipo de documento. Porém, deverá seguidamente colocar-se a expressão: ―recuperado
em‖. Após esta expressão, deverá colocar-se o link da página (s) consultada.
Exemplo:
Squarisi, D. (2018, Dezembro 16). Sic como usar? Recuperado em
Http://blogs.correiobraziliense.com.br/dad/sic-como-usar/.

Para mais detalhes consultar as normas de referenciação da AM.

49
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Academia Militar. (2005). B 203 elementos de armamento: manual do aluno. Lisboa, Portugal:
AM.

Afonso, N. (2014). Investigação naturalista em educação. Um guia prático e crítico (2a. ed.).
Vila Nova de Gaia, Portugal: Fundação Manuel Leão.

Amado, J. (Coord.). (2014). Manual de investigação qualitativa em educação (2a.ed.). Coimbra,


Portugal: Imprensa da Universidade de Coimbra.

American Psychological Association. (2010) Publication manual of the American Psychological


Association (6a.ed.). Washington, DC, United Estate: APA.

Barros, A. J. P., & Lehfeld, N. A. S. (1999). Projecto de pesquisa: propostas metodológicas


(9a.ed.). Petrópolis, Brasil: Vozes.

Bell, J. (1997). Como realizar um projecto de investigação? Lisboa, Portugal: Gradiva.

Costa, M. (2005). Percursos de cientificidade em educação: uma abordagem aos textos


normativos. Tese de doutoramento. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila
Real, Portugal.

Coutinho, C. P. (2006). Aspectos metodológicos da investigação em tecnologia educativa em


Portugal (1985-2000). Recuperado em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6497/1/Clara%20Coutinho%20AFIRSE
%202006.pdf.

Creswell, J. W. (2007). Projecto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto (2a.ed.).


Porto Alegre, Brasil: Artmed.

Fermeiro, G. (2016). História da Academia Militar “Marechal Samora Machel”: da ocupação


da região da Macuana pelos portugueses até a primeira quinzena do século XXI. Nampula,
Moçambique: AM.

Gil, A. C. (1991). Como elaborar projectos de pesquisa (3a.ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (5a.ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.

Gonçalves, B. (2009). Manual de formação de trabalhos: Instituto Federal de Educacao, Ciência


e Tecnilogia. Rio Grande do Sul, Brasil: IFECT.

Greia, J. (2013). Supervisão pedagógica no contexto do desenvolvimento profissional docente e


melhoria das aprendizagens: um estudo de caso em Moçambique. Tese de doutoramento.
Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Educado e Psicologia, Porto, Portugal.

Kerlinger, F. N. (1980). Metodologia da pesquisa em ciências sociais. São Paulo, Brasil:


EPU/EDUSP.
50
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (1991). Ciência e conhecimento científico: métodos


científicos. teorias, hipóteses e variáveis (2a.ed.). São Paulo, Brasil: Atlas.

Marcelino, P. M., & Machado, J. (2015). Práticas democráticas na escola – um estudo de caso.
Recuperado em
https://www.academia.edu/attachments/38228227/download_file?st=MTU3OTYyNjIyNCw
xOTcuMjE4LjEwOC4yNDgsMTA3OTMwOTg1&s=profile.

Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, Brasil: Atlas.

Rudio, F. V. (2000). Introdução ao projecto de pesquisa científica (27a.ed.). Petrópolis, Brasil:


Editora Vozes.

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de la investigación (4a.ed.).
Iztapalapa. Mexico: Mcgrawhill editores, SA.

Savage-Rumbaugh, E. S., Murphy, J., Sevcik, R. A., Brakke, K., Williams, S. L., & Rumbaugh,
D. M. (1993) Language comprehension in ape and child. Monographs of the Society for
Research in Child Development, 58, 3-34.

Silva, E. L., & Menezes, E. M. (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação (3a.
ed.). São Paulo, Brasil: Editora Florianópolis.

Terrace, H. S., Petitto, L. A., Sanders, R. J., & Bever, T. G. (1979, November). Can an ape create
sentence? Science, new series, 4421, 891-902.

Vilelas, J. (2009). Investigação: o processo de construção de conhecimento. Lisboa, Portugal:


Sílabo.

Weber, M. (1994). Economia e sociedade (3a.ed.). Brasília, Brasil: UnB.

Woods, P. (1996). Investigar a arte de ensinar. (Tradução de Maria Isabel Real Fernandes de Sá
e Maria José Álvarez Martins). Porto, Portugal: Porto Editora.

51
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

APÊNDICES

52
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Apêndice A: modelo de capa

3cm

ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

NOME DO AUTOR
(Especialidade/Curso)

TÍTULO DO TRABALHO
3cm Subtítulo (se houver) 2cm

Cidade
Ano

2cm
53
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Apêndice B: modelo de folha de rosto


NOME DO AUTOR

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (se houver)

Trabalho de Investigação Aplicada submetido à


Direcção Científica da Academia Militar
6 Tabulações ―Marechal Samora Machel‖, como requisito
parcial para obtenção do grau académico de
licenciatura em ciências militares na
especialidade de …

Orientador: ______________________
(Patente/Grau académico)

Cidade
Ano

54
Guião de elaboração e apresentação de trabalhos escritos (2a edição)

Apêndice C: modelo de sumário


SUMÁRIO

2 Espaços de 1.5

INTRODUÇÃO …………………………………………………………….……………...1
1. Tema ……………………………………………………………………….……….1
2. Contexto problemático ………………………………………………………,…….1
3. Objectivos ……………………………………………………………………..……3
4. Questões de estudo …………… ……………………………………………..…….3
5. Justificativa …………………………………………………………………..……..4
6. Estrutura do trabalho ………………………………………………………..……...5
CAPÍTULO I: MARCO TEORICO …………………………………………..…….……..6
1.1. Definição de palavras-chave…………………………………………………..……6
1.2. Forças de manobra …………………………………………………..…….……….7
CAPÍTULO II: DESENHO METODOLÓGICO ……………………………..……….…20
2.1. Abordagem do estudo……………………………...……………………………...22
2.2. Tipologia de estudo ……………………………………………...………………..24
2.3. Participantes do estudo ……………………………………………………………27
2.4. Técnicas e instrumentos de colecta de dados ……………………………………..29
2.5. Método de tratamento de dados …………………………………………………..32
2.6. Aspectos éticos e limitações do estudo ……………………………………...……34
2.7. Descrição do local de estudo …………………………………….…..……………35
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS…39
3.1. Arma de Infantaria ………………………………………………………….……..40
3.2. Arma de Blindados ………………………………………………………………...43
CONCLUSÃO ……………………………………………………………………………50
SUGESTÕES …………………………….……………………………………………….52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………..………..53
APÊNDICES ……………………………………………………………………………...57
ANEXOS …………………………………………………………………………………60

55

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