Você está na página 1de 5

Resenha do capitulo I: Conceito de Ética do “Livro Ética Geral E Profissional”

Autor: José Renato Nalini


Acadêmico: David das Neves Flores
N0 De Matrícula: 2020000347
1. CONCEITO DE ÉTICA
O autor antes mesmo de conceituar o termo ética, rel De acordo com esta, a
norma ética tem vigência puramente convencional e é mutável ata um segundo termo
“moral” e a relação que ambos carregam de seus passados. A palavra ‘moral’ é latina
em quanto a palavra ‘ética’ é grega, o mais surpreendente é que ambas significam a
mesma coisa ‘costumes’ em suas respectivas línguas. Em quanto muitos tentavam dá o
devido significado para cada palavra, mal sabiam os filósofos que eram sinônimos,
alguns filósofos aproveitaram o fato de que havia dois termos e lhes deram sentidos
diferentes, exemplo, a moral designa o conjunto dos princípios gerais, e a ética, sua
aplicação.
Como podemos perceber no tempo contemporâneo, a ideia de ser dos termos
diferentes foi aceita, uma vez que hoje em dia, os dois termos são cobrados em
concurso público de forma distintas apesar de possuírem relação, vale ressaltar que no
uso cotidiano é comum o uso indistinto entre moral e ética.
Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. É uma
ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método próprio, na singela
identificação do caráter científico de um determinado ramo do conhecimento. O
objeto da Ética é a moral. A moral é um dos aspectos do comportamento humano. A
expressão moral deriva da palavra romana mores, com o sentido de costumes,
conjunto de normas adquiridas pelo hábito reiterado de sua prática.
Assim, percebe-se que a ética reúne o conjunto de regras de comportamentos
net e formas de vida através das quais tende o homem a realizar o valor do bem. A
partir de pontos de convergência de cada estilo de vida que integra a sociedade.
2. MORAL ASOLUTA OU RELATIVA
A moral é a formação do caráter individual. É aquilo que leva as pessoas a
enfrentar a vida com um estado de ânimo capaz de enfrentar os revezes da existência.
Dessa forma, a moral é relativa, ou seja, é subjetiva baseado em comportamentos
individuais.
O autor esclarece a existência de duas posições antagônicas em relação a
definição da moral e ética, e o que ambas teorizam, onde temos a absolutista e
apriorista que propõe a moral universal objetiva, sendo a validez é atemporal e
absoluta, e outra relativista e empirista. A relativista acredita seja de ordem empírica,
empirismo advoga a existência de várias morais e, portanto, do subjetivismo.
Percebe-se que ambas acertaram e erraram a respeito do que é considerado
ética hoje em dia, onde a moral é mutável e temporal, ou seja, pode mudar de acordo
com o individuo ou com o passar do tempo. Já a ética é atemporal e imutável, é um
conjunto de comportamento, regras, baseada em uma teria que no caso é o estudo da
moral.
3. A CLASSIFICAÇÃO DE ÉTICA
A ética empírica: se baseia na mera observação dos fatos, onde os empiristas
apoiavam o fato de não questionar o que o homem deve fazer, se não examinar o que
o homem normalmente faz. Pois o homem deve ser como a natureza realmente é, e
não se comporta como as normas queiram que ele seja.
O critério dos empiristas era muito superficial, uma vez q a mera observação
das condutas das pessoas no dia a dia, seria suficiente para forma um conjunto de
comportamentos éticos, com tanta variação de comportamento a falta de moral,
acabaria sendo um comportamento aceitável.
O trecho “Em outras palavras, se nada é absolutamente bom, o caminho aberto
é procurar condutas que pareçam mais benéficas à sociedade e ao indivíduo, fazendo
do útil o preceito moral supremo’’. Resume bem que a ‘’ética empírica” estava fadada
ao erro, em levar em consideração a mera observação dos fatos e aceitá-los como
condutas de morais.
A ética anarquista: é uma ética egoísta, pois, o conjunto de comportamento e
normas que baseia essa ética é exclusivamente individual, apenas os mais fortes
poderão por sua vontade como regra, aos fracos restará se submeterem à lei do mais
potente. Além disso, o anarquismo busca o prazer e evitar a dor é sua lei suprema,
porém, o prazer e a dor é uma sensação subjetiva, assim somente a vontade dos
poderosos serão seguidas.
A Ética Utilitarista: Em linhas singelas, o utilitarismo se caracteriza por
considerar bom o que é útil. Haveria perfeita identidade entre o útil e o bom. Em
termos éticos, significaria que a conduta ética desejável é a conduta útil. Isso satisfaria
as exigências de uma explicação racional para a necessidade do comportamento ético?
Adota-se uma postura ética apenas porque isso se mostra de alguma utilidade?
Como o próprio nome já diz essa ética se baseia em comportamento útil,
porém o útil não é suficiente para nortear uma conduta ética e moral para sociedade,
pois a utilidade não exprime uma conduta moral, e sim uma necessidade que é por
sinal subjetiva e complexa.
A Ética Ceticista: é baseada na dúvida, o ceticismo implica uma constante
atitude dubitativa ou em todos os graus e formas de conhecimento, convertendo a
incerteza em característica essencial dos enunciados tanto da ciência quanto da
filosofia. Propunha que vivêssemos em harmonia com os costumes de nosso povo ou
cultura, pois embora eles sejam falhos, são tão falhos quanto os de qualquer outro
povo, não havendo razão para preferir este a aquele.
A Ética Sbubjetivista: Significa a tendência a encarar todas as coisas por um
ângulo de visão estritamente pessoal. O ângulo do próprio observador, do sujeito
mesmo que observa. Eticamente, consiste em cada qual adotar para si a conduta ética
mais conveniente com a sua própria escala de valores. Pode-se falar em subjetivismo
individualista e em subjetivismo social ou específico.
“O subjetivismo ético é uma teoria que diz que, ao fazer juízos morais, as
pessoas não estão fazendo nada mais do que expressando seus desejos ou
sentimentos pessoais. Nessa visão, não existem ‘fatos’ morais”
A Ética Dos Bens: Ao contrário do relativismo, esta formulação sustenta a
existência de um valor fundamental denominado bem supremo. Todo esforço se
justifica a um bem desejado, na existência do homem a sempre um objetivo, que se
almeja chegar. Notoriamente é perceptível que, os indivíduos que compõem a
sociedade buscam uma vida digna.
4. O Eudemonismo, o Idealismo Ético E o Hedonismo:
O eudemonismo: avalia como eticamente positivas todas as atitudes que
aproximem o homem daquilo que ele considera felicidade. Incluem-se nessa
compreensão as doutrinas que fazem da ventura o valor supremo. A felicidade é o
bem final na vida do ser humano, então os demais desejos, são mero meios para
chegar no de vido bem final.
Idealismo Ético: Para o idealismo, a finalidade última do homem é a prática do
bem. O estóico, por exemplo, não aspira a ser feliz, mas a ser bom. Ser bom acima de
tudo com certeza é uma conduta ética, mas ser bom a ponto de abrir mão da sua
felicidade é relativamente subjetivo, muitas pessoas diriam sim e outras não.
Hedonismo: Corrobora que a felicidade está no prazer. Seja ele o prazer
sensual, seja a fruição da tranquilidade extraída do deleite, no exercício de atividade
intelectual ou artística. A sociedade contemporânea é considerada hedonista porque
troca todos os demais objetivos pela busca frenética pelo prazer.
5. Uma Palavra Sobre Os Gregos: a ética atribuída pelos grandes filósofos
gregos.
A Ética Socrática
Socráticas buscava fazer o seu ouvinte refletir as próprias respostas e o valores
que elas representam, que os mesmos davam a ele quando questionado. O filósofo
procurava de alguma forma indagar os cidadãos atenienses a respeito das virtudes,
bem, sua essência, valor, obrigação.
A Ética Platônica
Para platão, a ética, deve ter por base a ideia da ordem ou da justa proporção
que consiste em equilibrar elementos diversos que desemboquem no mesmo fim. Por
exemplo, a justa medida entre o prazer e a inteligência, é por meio deste equilíbrio
que as ações humanas atingem o bem.
O bem na concepção platônica, não são as coisas materiais, mas tudo aquilo
que permita o engrandecimento da alma, por isso, ele ensina que o homem deve
desprezar os prazeres, as riquezas e as honras em vista da pratica das virtudes.
A Ética Aristotélica
O filósofo Aristóteles fez uma separação importante entre a vontade da
natureza, vontade essa que o homem não pode intervir e as ações fontes de sua
vontade e de suas opções. Desse modo, o não pode intervir nas leis da natureza, sobre
as estações do ano ou a duração do dia. Condições essas necessárias (sem
possibilidade de escolha).
Desse modo, a ética atua na esfera do possível, ou seja, qualquer coisa que não
é uma ordem da natureza, porém depende das decisões, preferências e da ação
humana.
Ele sugere a ideia da ação norteada pela razão como uma premissa
imprescindível da existência ética. Portanto, a virtude é o "bem agir" fundamentado na
competência do homem de deliberar, escolher e agir.
O filósofo Aristóteles sustentava que a prudência é uma das principais virtude,
pois a partir dela as demais podem surgir. A prudência é inerente a habilidade humana
de deliberar sobre as ações, e podendo assim escolher, fundamentado na razão, ou
seja a ação mais adequada para finalidade ética, ao que é bom para todos.
A Ética Epicurista
A ética epicurista significa essencialmente que “o prazer é o princípio e o fim da
vida feliz”, onde o prazer é critério de escolha e aversão – pois tende-se a ele para fugir
da dor – e o critério com o qual avaliamos todos os bens. Há dois tipos de prazer: o
estável, que consiste na privação da dor, e o prazer em movimento, que consiste no
gozo e na alegria.
Os prazeres são naturais e necessários, naturais e não necessários, ou nem
naturais nem necessários. Os primeiros podem ser exemplificados como a satisfação
moderada dos apetites. Dos segundos, o exemplo é a gula. Tipo dos terceiros seria a
glória. Os prazeres são ainda corporais e espirituais, violentos e serenos.
O ser humano precisa renegar os prazeres não naturais e não necessários,
como o excesso de bens materiais e as glórias, limitar a fruição dos prazeres naturais e
não necessários, tais como a gula e a embriaguez. O ideal é conduzir-se pelo natural e
necessário. A dor é inevitável e muitas vezes pode ser o caminho para prazeres mais
intensos. A virtude do homem sábio é a prudência e ela o auxiliará a escolher o melhor
caminho.
A Ética Estôica
Viver segunda a natureza implica, viver segundo nossa natureza racional e a
inteligência universal, precisamos conhecer de modo profundo todos os aspectos de
nossa condição humana, para podermos agir em acordo com nossa natureza racional.
Para os estoicos a essência humana é racional, desse modo o homem deve
realizar sua natureza através de uma vida guiada pela razão, e esse aspecto humano o
coloca como um ser capaz de escolher e assim decidir-se por uma determinada forma
de agir, o que torna as ações humanas racionais, éticas e morais.

Você também pode gostar