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HISTÓRIA DE ANDROL GENHALD (A Face Branca)

Androl é uma figura obscura na história da magia, os contos sobre seus atos foram suprimidos nas
vilas, seus escritos foram escondidos ou destruídos. Dentre os estudiosos da magia, muitos já se
depararam com seu nome, mas são raras as informações sobre ele.

O que posso dizer é que ele foi um dos maiores, senão o maior necromate de Arkádia, alguém que
encontrou a morte apenas por sua própria escolha. Talvez sua história tenha sido apagada pois,
logo que se tornou um necromante, se desprendeu de seu nome, começou a usar uma máscara
prateada, lisa e polida como um espelho e sua identidade se perdeu com a loucura.

Tudo o que tenho catalogado sobre ele é isto, não é muito, mas revela bastante de sua história.

Texto encontrado em uma biblioteca do Sussurro

“Da terra de fogo surgiu aquele que ninguém previu. (Terra do fogo é o imperio de Frustuk)

Na escuridão verde foi ensinado. (escuridão verde é o Império de Lock)

Na desolação branca aqueceu seu abraço. (desolação branca é uma parte do império de Ylliria)

Após três sementes, Elora se extinguiu, levando a mente sã consigo.

Por caminhos pútridos ele procurou um modo de reacender a chama de Elora

mas, nos charcos, não residia tal poder.

Então pela morte ele fez seu caminho e sua glória

e a corrupção se dobrou a sua vontade.

Mais uma vez Elora ardia, pela vida de seus filhos erguida

Mas a chama abandonou a face branca que já não reconhecia.

Aquele que se perdeu voltou ao ninho de sua amada

e lá fez sua última morada”

Conto antigo esquecido da região de Malkier.

“No Imasch (dias frios), a luz nasce encoberta pela pedra pura que sobe aos céus. (Pedra Pura é
um dos nomes que se dá ao Pilar do imperador de Ylliria)

Seu caminho soturno aponta para o descanso daquele que dobrou a morte.

Envolto em brumas prateadas, revoltas como a tempestade,

a face branca fechou seus olhos, encoberta por pedras e por neve.

Em sua destra reside sua mácula, em sua face a morte repousa,

em seu coração o amor rasgado em chamas.”


Pedaço de um texto recuperado de uma jarra quebrada, encontrada em um antigo templo.

“A cova mais profunda é aquela que a máscara branca da morte escolheu.

fria como a ausência que a derrotou e escura como a marca que o fogo lhe causou.

Os ventos vindos do leste castigam as alcovas de Galdor e seu povo esquecido.

Junto de sua quarta volta está a porta para a cova mais profunda.

Aquela que a máscara branca da morte escolheu."

Conto de Elora, uma história quase esquecida com o fim dos Galdorianos, guardada por algumas
famílias de ciganos.

“Em meio ao gelo a chama vermelha de Galdor nasceu, em um dia sem nuvens e sob os sóis do
Enosch (dias quentes). Sua luz e calor foram as bênçãos de seu povo, os Galdorianos que
sobreviveram à queda de suas muralhas. Ela era a promessa de renascimento de uma nação, mas
foi por suas escolhas que agora toda uma história sumiu nas cinzas.

Seu coração pulsante era a centelha para a coragem dos homens. Mas foi um estranho vindo de
longe que lhe fez queimar. Aquele que veio da terra do fogo, conquistaria a chama vermelha para
si, condenando assim o povo que o acolheu como amigo.

Seu amor gerou dois que trouxeram alegria e mais um que os aproximou, pela primeira vez, da
morte. A chama se extinguiu com sua terceira semente, encerrando a sanidade daquele que a via
pela última vez.

Muito tempo depois estas mesmas sementes foram consumidas para que a chama vermelha
voltasse a queimar, seu amante desesperado com a solidão fez o impensável, afastando, desta
vez para sempre, aquela por quem de tudo abriu mão.

A Chama vermelha, agora sem povo e sem profecia, segue pelo mundo, afastada da morte e do
amor, para a eternidade.”

HISTÓRIA DOS GALDORIANOS


Galdor já foi uma grande nação, uma cidade-estado poderosa como um reino, que, mesmo no
sopé de montanhas geladas, prosperava com a agricultura. As lendas contam que seu poder vinha
da Chama Vermelha, uma energia que eles mantinham viva que dava calor e força para a cidade e
seus habitantes. Mas uma guerra trouxe o fim à chama vermelha, que ficou duzentos anos
apagada, levando a nação de Galdor à decadência. Mas a chama vermelha renasceu e novamente
os galdorianos poderiam prosperar e se levantar novamente, porém, não é assim que se conta a
história, alguém roubou a chama renascida das mãos de seu povo, que acabou morrendo e sendo
esquecido.

Galdorianos que fugiram da cidade, e se espalharam pelo império, mantém consigo a história de
seu povo, mas apenas poucas famílias ainda se lembram dos costumes. Cantigas de crianças
contam que a chama vermelha era uma pessoa, nascida com um grande poder dado pelos Deuses
e que esta pessoa se sacrificava pelo bem de todo seu povo.

O PUNHO DE TARABON
História contada por um anão bêbado em uma estalagem na região de Taraborn, 10 anos após o
fim da batalha, ele dizia ser Berner Lâmina Fria.

"Mais do que por força, a Batalha de Tarabon foi vencida com inteligência e sacrifício.

Os gigantes não são burros como todos pensam, mas para eles alguns a menos significava que os
outros trabalhariam mais. Não nos deixavam sequer enterrar nossos mortos propriamente, e foi
isto que usamos a nosso favor.

Nós e os gnomos abastecemos uma das oficinas com material e ferramentas necessárias, demorou
quase uma estação inteira até que tudo fosse coletado sem chamar atenção de ninguém, mas no
fim dos dias de semeadura, um grupo dos nossos melhores artífices, artesãos, armeiros e magos
entraram na oficina para sua morte. Pelo menos foi o que os gigantes pensaram quando o
desabamento aconteceu e soterrou toda a oficina, pois nunca perceberam que o desabamento
havia sido intencional, para proteger aqueles que se ofereceram a construir nossa liberdade.

Por dez anos aqueles vinte homens e mulheres ficaram soterrados, trabalhando incessantemente
em algo que pudesse nos libertar dos grilhões. Vários morreram no processo, tivemos até mesmo
duas crianças que nasceram dentro da oficina e tiveram seus primeiros anos de vida confinadas.
Comida era passada por uma pequena abertura, conseguimos poupar poucas provisões, mas
todos se esforçaram, todos tínhamos esperança de que nossos irmãos trariam a vitória.

A Batalha começou durante a noite, com os gigantes dormindo e poucos guardas nos vigiavam,
pois o tempo fez com que nossos captores se tornassem desleixados e arrogantes, percebendo o
que estava acontecendo tarde demais.

Quando as pedras que cobriam a oficina caíram, liberando a passagem, não foram nossos irmãos
que vieram a nossa ajuda, mas sim sua criação. Um pequeno exército de construtos feitos de
metal, madeira e pedra, armados com lâminas e tudo mais que pudesse servir de arma. A maioria
deles se parecia com insetos do tamanho de cachorros, enxames de centenas destes foram os
primeiros a sair da caverna, rapidamente escalando os corpos dos gigantes de guarda, cortando
sua carne e atacando seus olhos, entrando em suas gargantas enquanto gritavam, rasgando-os por
dentro. Outros tipos maiores e em menor número também apareceram, eram mais fortes, mas
não tão rápidos. Porém todos os que vieram primeiro foram apenas para deixar os gigantes
desorientados e ocupados. A última onda consistia em guerreiros que se pareciam com homens de
metal e madeira, armados e sem medo, sem fome ou misericórdia. Os gigantes não tiveram
chance contra a força do Punho de Tarabon.

É claro que não foram alguns construtos que venceram a guerra sozinhos, cada anão e gnomo
pegou uma picareta, pá, ou o que quer que encontrasse como arma, e foi para a batalha, muitos
morreram, mas todos lutaram pela liberdade.

Dos irmãos dentro da oficina, apenas uma gnoma maga, um anão ferreiro e as duas crianças
sobreviveram, a maioria deles morreu soterrada quando foram soltar as pedras, o restante
sucumbiu na luta. A maga era a responsável por manter o Punho vivo, pois ela mantinha o
coração da tropa pulsando. Uma pedra imbuída de energia mágica, acumulada por dez anos
dentro da escuridão da oficina. Thimdila era o nome desta maga, que manteve o coração da tropa
batendo por toda a batalha, que manteve a esperança de liberdade acesa.

Eu posso garantir que cada uma destas palavras é a verdade, pois eu vi tudo com estes olhos que
tenho no rosto. Pela rocha, eu juro que este conto é verdade e que nunca deixarei o nome de
meus companheiros da oficina ser esquecido.

Thimdila Castanheira, Bimbeck Bagas, Relbim e Niera Ulmeiro, Miglim, Fodolmel, Bnar e Loompi
Erverde, Onid, Tulid e Folid Lâmina Rubra, Torim, Rameare e Tarfig Lâmina Flama, Bastrebela,
Vakholda, Doratror, Turolir e Dorothea Lâmina Escura e Bermer Lâmina Fria."

Vocês também vêem uma canção gnômica, que conta sobre o paradeiro do punho. Os versos
dizem que o coração foi guardado nas montanhas geladas do sul, enquanto o corpo foi
enterrado nas areias do norte.

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