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Informativo técnico de

TRÂNSITO 1
Informativo Técnico de Trânsito nº 1
PADRONIZAÇÃO – 01 (24AGO21)

Por ocasião das alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em razão da entra-
da em vigor, em 12ABR21, da Lei Federal 14.071, de 13OUT20, e publicação da Resolução
CONTRAN Nº 858, de 19JUL21(novas fichas de enquadramento do MBFT – volume I e II), fica
padronizado para fins de fiscalização de trânsito, as seguintes orientações/procedimentos:

I – USO DE LUZES
CTB:
[...]
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguin-
tes determinações:
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por
meio da utilização da luz baixa:
a) à noite;
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina
ou cerração;
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros,
quando circularem em faixas ou pistas a eles destina-
das, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores de-
verão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à
noite.
§ 2º Os veículos que não dispuserem de luzes de roda-
gem diurna deverão manter acesos os faróis nas rodo-
vias de pista simples situadas fora dos perímetros urba-
nos, mesmo durante o dia.
[...]

Dos conceitos e definições – Anexo I do CTB:

[...]
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar
a via até uma grande distância do veículo.
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a ilumi-
nar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamen-
to ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros
usuários da via que venham em sentido contrário.
[...]
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a
indicar a presença e a largura do veículo.
[...]
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada
em caráter de advertência, destinada a indicar aos de-
mais usuários da via que o veículo está imobilizado ou
em situação de emergência.
[...]
Art. 3º da Lei n. 14.071/21:
As luzes de rodagem diurna (DRL), de que
trata o inciso VIII do caput do art. 105 do CTB,
serão incorporadas progressivamente aos novos
veículos automotores, fabricados no País ou im-
portados, na forma e nos prazos estabelecidos pelo
CONTRAN.

INFRAÇÕES CORRESPONDENTES

Código Amparo
da Infra- Desdobr. Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade Órgão Competente
ção (CTB)
Em movimento, deixar de manter acesa
7234 0 250, I, a Condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOV
a luz baixa durante à noite
Em movimento de dia, deixar de manter
7242 1 250, I, b Condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOV
acesa luz baixa em túneis
Em movimento de dia, deixar de manter
7242 2 acesa luz baixa sob chuva, neblina ou 250, I, b Condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOV
cerração
Em mov de dia, deixar de manter acesa
7250 0 luz baixa veíc transp coletivo faixas/pistas 250, I, c Condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOV
destinadas
Em movimento de dia, deixar de manter
7269 0 acesa luz baixa de motocicletas/motone- 250, I, d Condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOV
tas/ciclomotores
Em mov deix de man aces luz baixa de
7722 0 dia, em rod pis simp sit fora per urb, veíc 250, I, e Condutor 4 - Média RODOVIÁRIO
desp luz rod diur

II – CONVERSÃO À DIREITA DIANTE DE SINAL VERMELHO DO SERMÁFORO ONDE HOU-


VER SINALIZAÇÃO INDICATIVA QUE PERMITA A CONVERSÃO.

alteração no CTB (inclusão/exceção):


[...]
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à direita
diante de sinal vermelho do semáforo onde houver sinali-
zação indicativa que permita essa conversão, observados
os arts. 44, 45 e 70 deste Código.
[...]

normas gerais de circulação e conduta do CTB:


[...]
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento,
o condutor do veículo deve demonstrar prudência espe-
cial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem
a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferên-
cia.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo
lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma
interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imo-
bilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou
impedindo a passagem do trânsito transversal.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via so-
bre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização se-
mafórica de controle de passagem será dada preferência
aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mes-
mo em caso de mudança do semáforo liberando a passa-
gem dos veículos.
[...]

INFRAÇÕES CORRESPONDENTES

Código Amparo
da Infra- Desdobr. Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade Órgão Competente
ção (CTB)
Dirigir sem atenção ou sem
5207 0 os cuidados indispensáveis 169 condutor 3 - Leve ESTADUAL/MUNICIPAL/RODOVIÁRIO
à segurança
Parar o veículo sobre faixa
5673 1 de pedestres na mudança 183 condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOVIÁRIO
do sinal luminoso
Deixar guardar dist seguran-
5800 0 ça lat/front entre seu veíc e 192 condutor 5 - Grave MUNICIPAL/RODOVIÁRIO
demais e ao bordo pista
Deixar de dar preferência a
6122 0 pedestre/veíc ñ motorizado 214, I condutor 7 - Gravíssima MUNICIPAL/RODOVIÁRIO
na faixa a ele des�nada
Deixar de dar preferência a
6130 0 pedestre/veíc ñ mot que ñ 214, II condutor 7 - Gravíssima MUNICIPAL/RODOVIÁRIO
haja concluído a travessia
Deixar de reduzir veloc onde
6394 4 haja intensa movimentação 220, XIV condutor 7 - Gravíssima MUNICIPAL/RODOVIÁRIO
de pedestres
A CONVERSÃO A DIREITA DIANTE DE SINAL VERMELHO DO SEMÁFORO SERÁ PERMITI-
DA, SOMENTE ONDE HOUVER OS SEGUINTES TIPOS DE SINALIZAÇÃO:

Sinalização Ver�cal de Regulamentação

PLACA R-24a PLACA R-25b PLACA R-25b


SENTIDO DE CIRCULAÇÃO VIRE À DIREITA SIGA EM FRENTE OU À
PARA VIA/PISTA DIREITA

Sinalização Semafórica de Regulamentação de “Direção Livre” ou “Direção Controlada”


 
Direção Controlada
Direção Livre

OBSERVAÇÃO: Caso a sinalização semafórica do tipo “para veículos – Direção Controlada”


esteja vermelha em razão da sinalização semafórica do tipo “para pedestres” verde, haverá a
infração do artigo 208 do CTB, mais especificamente o enquadramento 6050-1.

III – TRANSPORTE DE CRIANÇAS.

Nova redação do artigo 64 no CTB:


[...]
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos
que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos
bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado
para cada idade, peso e altura, salvo exceções relaciona-
das a tipos específicos de veículos regulamentadas pelo
CONTRAN.
Parágrafo único. O CONTRAN disciplinará o uso excepcio-
nal de dispositivos de retenção no banco dianteiro do veí-
culo e as especificações técnicas dos dispositivos de reten-
ção a que se refere o caput deste artigo.
[...]
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 819, DE 17 DE MARÇO DE 2021 Dispõe sobre o transporte de
crianças com idade inferior a dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura no dispositivo de retenção adequado.
Diante do acima exposto, durante a fiscalização de trânsito o Policial Militar deverá:

• quando a criança for menor de 10 (dez) anos e estiver no banco TRASEIRO – realizar a vistoria
apenas com base NA IDADE DA CRIANÇA, desconsiderando o peso em razão da impossibilidade de sua
aferição, nos termos do anexo da Resolução CONTRAN Nº 819, de 17MAR21.

I - “bebê conforto ou conversível”, para as seguintes


condições:
a) crianças com até 1 (um) ano de idade; ou
b) crianças com peso de até 13 kg, conforme limite
máximo definido pelo fabricante do dispositivo.

II - “cadeirinha”, para as seguintes condições:


a) crianças com idade superior a 1 (um) ano e inferior ou
igual a 4 (quatro) anos;ou
b) crianças com peso entre 9 a 18 kg, conforme limite
máximo definido pelo fabricante do dispositivo.

III - “assento de elevação”, para as seguintes condições:


a) crianças com idade superior a 4 (quatro) anos e inferior
ou igual a 7 (sete) anos e meio;ou
b) crianças com até 1,45 m de altura e peso entre 15 a 36
kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do
dispositivo.

IV - cinto de segurança do veículo, para as seguintes condi-


ções:
a) crianças com idade superior a 7 (sete) anos e meio e
ou
inferior ou igual a 10 (dez) anos;
b) crianças com altura superior a 1,45m.
Código da Amparo
Desdobramento Descrição da Infração Infrator Gravidade Órgão Competente
Infração Legal (CTB)
Transportar criança sem
observância das normas de 7 - Gravíssima ESTAD/MUNIC/RODOV
5193 0 168 CONDUTOR
segurança estabelecidas
pelo CTB.

Cabe esclarecer que a criança com altura superior a 1,45 metros, independentemente da
idade, poderá ser transportada no banco traseiro sem qualquer dispositivo de retenção (equipa-
mentos), utilizando-se obrigatoriamente do cinto de segurança do veículo.

• Quando a criança for menor de 10 (dez) anos e estiver no banco DIANTEIRO – caberá
infração do artigo 168 do CTB, exceto, desde que com o uso do dispositivo de retenção adequa-
do ao seu peso e altura, conforme previsto na Resolução CONTRAN Nº 819, de 17MAR21, se:
- o veículo for dotado, exclusivamente, deste banco;

- a quantidade de crianças com esta idade exceder a lotação do banco traseiro;

- o veículo for dotado originalmente (fabricado) de cintos de segurança subabdominais (dois


pontos) nos bancos traseiro;
- a criança já tiver atingido 1,45 metro de altura.

• Observações:

1) se o veículo for equipado com AIRBAG para o passageiro do banco dianteiro, deve-se aten-
tar aos seguintes requisitos:
- é vedado o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, em dispositivo de
retenção posicionado em sentido contrário ao da marcha do veículo;
- é permitido o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, em dispositivo de
retenção posicionado no sentido de marcha do veículo, desde que não possua bandeja, ou aces-
sório equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção;
- salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o banco do passageiro dotado de air-
bag deve ser ajustado em sua última posição de recuo, quando ocorrer o transporte de crianças
neste banco.
2) Importante salientar que na norma não há uma regulamentação sobre a utilização de tre-
na/fita métrica e balança para aferição da altura e peso, respectivamente, dessa forma, caberá
ao Policial Militar a constatação visual da irregularidade, devendo ser objeto de autuação apenas
aqueles casos que não gerarem dúvidas quanto à conduta infracional, devendo tal observação
constar do auto de infração, como “criança mais baixa que o veículo em aproximadamente 0,05
metros” (o manual do veículo traz à sua altura) ou “informado pela mãe que a criança pesa 25
Kg”, dentre outras.
• Exceção, estando AUTORIZADO:

1) As exigências relativas ao sistema de retenção, no transporte de crianças com até sete anos
e meio de idade, não se aplicam aos veículos de transporte coletivo de passageiros (exemplo:
ônibus), aos de aluguel de que trata a alínea “d” do inciso III do art. 96 do CTB (exemplo: vans
de locação executiva), aos de transporte remunerado individual de passageiros, apenas durante
a efetiva prestação do serviço (exemplo: veículos de aplicativos UBER, 99 etc.), aos veículos esco-
lares e aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 t;

2) Excepcionalmente, as crianças com idade superior a quatro anos e inferior a sete anos e
meio podem ser transportadas utilizando cinto de segurança de dois pontos sem o dispositivo
denominado ‘assento de elevação’, nos bancos traseiros, quando o veículo for dotado origi-
nalmente destes cintos.

IV – ALTERAÇÕES EM VEÍCULOS (AUMENTO DO CONJUNTO RODA/PNEU DO VEÍCULO


DE CARROÇARIA JIPE).

Com a publicação da Lei n. 14.071/20, o § único do artigo 98 do CTB passou a ser § 1º e foi
incluído o § 2º.
[...]
“§ 2º Veículos classificados na espécie misto, tipo uti-
litário, carroçaria jipe poderão ter alterado o diâmetro
externo do conjunto formado por roda e pneu, obser-
vadas restrições impostas pelo fabricante e exigências
fixadas pelo CONTRAN.”
[...]

Definição e Conceitos – Anexo I do CTB:


[...]
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatili-
dade do seu uso, inclusive fora de estrada.
[...]
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao trans-
porte simultâneo de carga e passageiro.
[...]

O Anexo III da Portaria DENATRAN n. 681/20, define JIPE como “veículo utilitário com as
características definidas na Portaria DENATRAN Nº 21/16”, estabelecendo que os veículos
classificados na espécie misto, tipo utilitário, carroçaria jipe, apresentam as seguintes caracte-
rísticas:
a) caixa de mudança múltipla e redutor (caixa de transmissão automática ou manual ou
elétrica);
b) tração nas quatro rodas (tração nas quatro rodas em caráter permanente ou eventual,
conforme característica do projeto);
c) guincho ou local apropriado para recebê-lo (o equipamento, o local de instalação e as
formas de uso deverão ser explicitados pelo fabricante ou importador do veículo e constarem
do respectivo manual do proprietário);
d) complementarmente, devem satisfazer ao menos 5 (cinco) dos 6 (seis) itens a seguir:

I - Altura livre do solo mínima sob o eixo dianteiro de 180 mm;

II - Altura livre do solo mínima sob o eixo traseiro de 180 mm;

III - Altura livre do solo mínima entre os eixos de 200 mm;


IV - Ângulo de ataque mínimo de 25°;

V - Ângulo de saída mínimo de 20°;

VI - Ângulo de rampa mínimo de 20º.

Diante dos esclarecimentos acima, conclui-se que o § 2º, do artigo 98, do CTB, aplica-se so-
mente ao “JIPE”, que é um veículo de Espécie MISTO, do Tipo UTILITÁRIO.
Até o momento o CONTRAN não regulamentou o assunto (não fixou as exigências mínimas
e máximas do diâmetro externo do conjunto formado por roda e pneu) para o “JIPE”, devendo,
assim, ser considerado, quando da fiscalização de trânsito, as medidas máximas indicadas pelo
fabricante do veículo, por intermédio do Manual do Proprietário, se estiver portando ou acessan-
do a internet.

Exemplo: veículo da marca TROLLER:

Cito, ainda, conforme Resolução CONTRAN Nº 292, de 29 de agosto de 2008, mais especifi-
camente no inciso I, do artigo 8º, que “Ficam proibidas a utilização de rodas/pneus que ultra-
passem os limites externos dos para-lamas do veículo”, contudo, sendo constatada tal situação,
faz-se necessário verificar se no documento do veículo está previsto/autorizado a modificação
(existência de Certificado de Segurança Veicular – CSV) e, se positivo, não haverá irregularidade.

Assim, o não cumprimento das normas supramencionadas, configurar-se-á infração de trân-


sito prevista no artigo 230, VII, e a adoção da medida administrativa de retenção do veículo até
sanar a irregularidade e, na impossibilidade, estando o veículo:
COM condições de segurança para circulação – recolhimento do CLA/CRLV, contudo, não por-
tando o documento do veículo ou sendo-o apresentado no formato eletrônico/impresso, elabo-
rar Comprovante de Recolhimento ou Remoção (CRR) conforme preconizado no ITT Nº 7;
SEM condições de segurança para circulação – remover o veículo ao depósito nos termos dos
§§ 2º e 7º, do artigo 270, do CTB.
Lembrando que a ampliação da largura original do para-lama do veículo é proibida nos ter-
mos do § único, do artigo 1º, da Resolução CONTRAN Nº 533/78 e, a sua inobservância configu-
ra, também, a infração do artigo 230, inciso II, do CTB.
Amparo
Código da
Desdobramento Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade Órgão Competente
Infração
(CTB)
Conduzir o veículo com característica
6610 2 230, VII Proprietário 5 - Grave ESTADO/RODOV
alterada
V – BLINDAGEM DE VEÍCULO.
O artigo 106 do CTB passou a vigorar acrescido pelo § único, tornado dispensada a exigência
da apresentação ao Órgão de Trânsito, quando da solicitação da emissão de novo CLA/CRLV, em
razão da blindagem do veículo, de autorização concedida pelo Exército Brasileiro (EB), porém,
essa modificação normativa não alterou o procedimento fiscalizatório de trânsito já existente.
Dessa forma, quando da fiscalização de veículo com blindagem, caberá ao Policial Militar
verificar a existência no CLA/CRLV (eletrônico ou físico), no campo “observações”, do número
o Certificado de Segurança Veicular – CSV e a expressão “blindagem”, e na sua ausência estará
configurada a infração de trânsito prevista no artigo 230, inciso VII, do CTB, bem como a aplica-
ção da medida administrativa de retenção, conforme preconizado no ITT Nº 7.

Amparo
Código da
Desdobramento Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade Órgão Competente
Infração
(CTB)
Conduzir o veículo com característica
6610 2 230, VII Proprietário 5 - Grave ESTADO/RODOV
alterada

Atentar, também, quando da fiscalização de trânsito de veículos blindados, para a existência


de luz intermitente e dispositivo de alarme sonoro, o que é proibido de acordo com a Resolução
CONTRAN Nº 268, de 15 de fevereiro de 2008, oportunidade em que se configurará a infração
de trânsito prevista no artigo 230, incisos XII ou XIII, ou no artigo 229, ambos do CTB, confor-
me o caso concreto, bem como a possibilidade de aplicação de medida administrativa corforme
previsto no ITT Nº 7.
Os veículos especiais destinados ao transporte de valores (carro-forte) também carecem da
existência no CLA/CRLV (eletrônico ou físico), no campo “observações”, do número o Certificado
de Segurança Veicular – CSV e a expressão “blindagem”, além de se identificarem pela instalação
de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente ou rotativa, e somente com luz ama-
relo-âmbar, sendo proibido o acionamento ou energização do dispositivo luminoso durante o
deslocamento do veículo (infração do artigo 230, inciso XII, do CTB) – ITT Nº 4.

VI – EXAME TOXICOLÓGICO

Incluído no CTB o artigo 165-B, sendo:


[...]
Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação
nas categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico pre-
visto no § 2º do art. 148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do
vencimento do prazo estabelecido:
[...]
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que
exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a reali-
zação de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do art.
148-A deste Código por ocasião da renovação do documento de
habilitação nas categorias C, D ou E.

O artigo 148-A, § 2º, do CTB estabelece que:


[...]
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deve-
rão comprovar resultado negativo em exame toxicológico
para a obtenção e a renovação da Carteira Nacional de
Habilitação.
[...]
§ 2º Além da realização do exame previsto no caput des-
te artigo, os condutores das categorias C, D e E com ida-
de inferior a 70 (setenta) anos serão submetidos a novo
exame a cada período de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a
partir da obtenção ou renovação da Carteira Nacional de
Habilitação, independentemente da validade dos demais
exames de que trata o inciso I do caput do art. 147 deste
Código.
[...]
Regulamenta, ainda, o assunto as seguintes normas:

1) a Resolução CONTRAN Nº 843, de 09ABR21, que altera a Resolução CONTRAN Nº 691, de


27SET17, dispõe sobre o exame toxicológico, prevendo que:
[...]
Art. 21. A direção de veículo para o qual seja exigida ha-
bilitação nas categorias C, D ou E por condutor com idade
inferior a 70 (setenta) anos sem realizar o exame toxico-
lógico após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo esta-
belecido no § 2º do art. 148-A do CTB configura infração
prevista no art. 165-B do CTB.
§ 1º Ao condutor enquadrado no caput, cujo prazo de
vencimento do exame toxicológico periódico exigido no
§ 2º do art. 148-A do CTB tenha se expirado antes de 12
de abril de 2021, será concedido o prazo de 30 (trinta)
dias, a partir da entrada em vigor desta Resolução, para a
realização do exame.
[...]
§ 6º Os exames previstos no § 2º do art. 148-A do CTB
somente serão exigidos para os motoristas que já
tenham realizado o exame toxicológico de que trata esta
Resolução.» (NR)
[...]
2) a Deliberação CONTRAN Nº 222/21, de 28ABR21, prorroga a data máxima de realização do exame
toxicológico para aqueles que tiveram sua CNH, nas categorias C, D ou E, expedida desde maio de 2016 e já
deveriam ter feito o exame toxicológico periódico (com 2 anos e 6 meses após a obtenção ou renovação da
CNH), mas ainda não tinha realizado.
Diante do acima exposto, caberá ao Policial Militar apenas a fiscalização de trânsito e aplicação das
medidas administrativas previstas no Caput do artigo 165-B, sendo o previsto no § único de competência do
Órgão de Trânsito (DETRAN), a chamada “multa de balcão”.
Assim, quando da fiscalização de trânsito, alusivo ao exame toxicológico (apenas o Caput do artigo 165-
B), deverá o PM atentar as seguintes observações:
a) o condutor deverá estar conduzindo veículo que careça de habilitação nas categorias C, D ou E, estando
com o exame toxicológico vencido, ou seja, não haverá infração do artigo 165-B se o condutor estiver na
condução de veículo que exija habilitação na categoria ACC, A ou B, os policiais militares deverão consultar
o sistema informatizado, não sendo exigido que o condutor porte o laudo do exame;
b) tabela com a prorrogação dos prazos (Deliberação CONTRAN Nº 222/21, de 28ABR21):
VENCIMENTO DA LIMITE PARA RE-
CNH GULARIZAÇÃO
1º semestre de 2021 30JUN21
2º semestre de 2021 31JUL21
1º semestre de 2022 31AGO21
2º semestre de 2022 30SET21
1º semestre de 2023 31OUT21
2º semestre de 2023 30NOV21
JAN a ABR24 31DEZ21
ESCLARECIMENTOS:
1) A prorrogação do exame periódico toxi-
cológico está relacionado a data de vencimento
da CNH, dessa forma, a partir de janeiro de 2022,
fica retomada a rotina prevista no § 2º, do artigo
148-A, do CTB e normatização complementar.
2) Para os limites supramencionados não será
concedido o prazo de 30 (trinta) dias a contar da
data indicada para regularização.
3) A regra acima estabelecida aplica-se
independentemente da validade da CNH estar ou
não prorrogada por conta da pandemia, conforme
Resolução publicadas para cada Estado (ITT Nº
2 – Atualização 01).
Código Amparo
Órgão
da Infra- Desdobram. Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade
Competente
ção (CTB)
Cond. veíc. exig. Hab. C, D ou E sem realizar
Suspensão -
7641 0 ex. toxic. Prev. no § 2º do art 148-A, após 30 165-B Condutor ESTADUAL/RODOV
Gravíssima 5x
dias do vencimento.
Lembrando que o condutor habilitado na categoria A ou B, flagrado na condução de veículo que careça de
habilitação na categoria C, D ou E estará incorrendo apenas na infração prevista no artigo 162, inciso III do
CTB.

VII – DISPENSADO O PORTE DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO.

Referente ao artigo 159 do CTB, foi alterada a redação do Caput, revogado o § 11 e incluído
os § § 1º-A e 12.
[...]
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
meio físico e/ou digital, à escolha do condutor, em mode-
lo único e de acordo com as especificações do CONTRAN,
atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código,
conterá fotografia, identificação e número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pú-
blica e equivalerá a documento de identidade em todo o
território nacional.
[...]
§ 1º-A O porte do documento de habilitação será
dispensado quando, no momento da fiscalização,
for possível ter acesso ao sistema informatizado para
verificar se o condutor está habilitado.
[...]
§ 11 - Revogado
§ 12. Os órgãos ou entidades executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal enviarão por meio
eletrônico, com 30 (trinta) dias de antecedência, aviso
de vencimento da validade da Carteira Nacional de
Habilitação a todos os condutores cadastrados no
RENACH com endereço na respectiva unidade da Fede-
ração.
[...]

Diante do exposto, visando padronizar os procedimentos de fiscalização policial-militar do


documento de habilitação, frente à inovação tecnológica digital disponível, o documento (CNH)
poderá ser exibido nos formatos: (i) digital [CNH-e, no aplicativo Carteira Digital de Trânsito -
CDT)] ou (ii) físico (papel moeda ou cartão plástico com chip), sendo:

1. CNH digital (CNH-e):

1.1. verificar se o documento digital é exibido no aplicativo CDT, em tela de 3 (três) planos: (i)
frente, (ii) verso e (iii) QR CODE (Quick Response Code);
1.2. confirmar a autenticidade da CNH-e, por QR CODE (quando disponíveis os aplicativos
oficiais “Fiscalização DENATRAN” ou “VIO: QR Seguro”) ou via PRODESP (TMD, TPD ou rede-rá-
dio), consultando: (i) número de registro, (ii) nome completo, (iii) categorias de habilitação, (iv)
cursos de especialização, (v) restrições diversas e (vi) validade do exame médico;
1.3. uma vez confirmada a autenticidade do documento digital, aceitar a CNH-e como válida,
abstendo-se de lavrar autuação do art. 232, do CTB;
1.4. se constatada(s) outras infração(ões) de trânsito cuja medida administrativa preveja o
recolhimento da CNH (ex: exame médico vencido há mais de 30 dias, dirigir com CNH cassada,
dirigir sob influência de álcool ou outra substância psicoativa etc.), o policial militar deverá:
1.4.1. elaborar Auto de Infração de Trânsito (AIT) pela(s) irregularidade(s) constatada(s);

1.4.2. inserir no campo de observações do AIT: “o condutor apresentou a CNH em formato


digital (CNH-e), no aplicativo oficial disponibilizado pelo DENATRAN, em aparelho celular de sua
propriedade, impossibilitando seu recolhimento”.
1.5. não serão admitidas CNH exibidas em aplicativo não oficial (diverso do CDT) ou ferra-
menta diversa (ex: fotos, cópia do documento em redes sociais ou em ambiente virtual diverso,
arquivo enviado por e-mail etc.);
1.6. em caso de indisponibilidade de sistema informatizado (PRODESP ou outro meio tecnoló-
gico) para confrontar a regularidade do documento digital exibido, em não havendo suspeita de
inautenticidade, a CNH-e será aceita como válida.
2. CNH física (papel moeda ou cartão de plástico com chip de proximidade):

2.1. adotar providências de praxe para verificação da regularidade da habilitação e autentici-


dade do documento, consultando: (i) número de registro, (ii) nome completo, (iii) categorias de
habilitação, (iv) cursos de especialização, (v) restrições diversas e (vi) validade do exame médico;
2.2. se constatada(s) infração(ões) de trânsito, cuja medida administrativa preveja recolhimen-
to da CNH (ex: exame médico vencido há mais de 30 dias, dirigir com CNH cassada, dirigir sob
influência de álcool ou outra substância psicoativa etc.), o policial militar deverá:
2.2.1. elaborar o correspondente AIT pela(s) irregularidade(s) constatada(s);

2.2.2. recolher a CNH, lavrando o respectivo Certificado de Remoção e Recolhimento (CRR);

2.3. em caso de indisponibilidade de sistema informatizado (PRODESP ou outro meio tecno-


lógico) para consulta da regularidade do documento físico exibido, em não havendo suspeita de
inautenticidade, a CNH será aceita como válida.

NÃO apresentar CNH (física ou digital):

1. Em havendo acesso ao sistema informatizado, realizar a consulta a fim de verificar se o


condutor é habilitado, NÃO HAVENDO A INFRAÇÃO DO ARTIGO 232 DO CTB, adotando os se-
guintes procedimentos:

1.1. se habilitado: haverá apenas a infração confirmada/constatada após o retorno da consul-


ta realizada via PRODESP ou outro meio disponível (exemplo: “CNH vencida a mais de 30 dias”
etc.);
1.2. não habilitado: autuar o condutor por infração ao art. 162, inc. I, do CTB (“dirigir o ve-
ículo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para
Conduzir Ciclomotor”), inserindo no campo observações do AIT: “não apresentou CNH física ou
eletrônica, sendo consultado o sistema informatizado (PRODESP ou outro meio) disponível para
consulta”;

2. NÃO havendo acesso ao sistema informatizado (esgotar todos os meios de consulta dispo-
níveis), autuar o condutor por infração ao art. 162, inc. I, do CTB (“sem possuir Carteira Nacional
de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor”), inserindo no
campo observações do AIT: “não apresentou CNH física ou eletrônica e sistema informatizado
(PRODESP ou outro meio) indisponível para consulta.”;

3. Constatada(s) outras infração(ões) de trânsito, cuja medida administrativa preveja recolhi-


mento da CNH (ex: exame médico vencido há mais de 30 dias, dirigir com CNH cassada, dirigir
sob influência de álcool ou outra substância psicoativa etc.), o policial militar deverá:
3.1. elaborar AIT pela(s) irregularidade(s) constatada(s);

3.2. inserir no campo de observações do AIT: “condutor não apresentou CNH (física ou digi-
tal), não sendo possível seu recolhimento. Consultado via PRODESP, a CNH encontra-se ... [regu-
lar ou irregular (neste caso, descrever a irregularidade)]”;
3.4. nos casos em que o CTB prever, além da elaboração do AIT, a aplicação da medida admi-
nistrativa de retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado, deverá o policial
militar:
3.4.1. se apresentar, em tempo hábil (antes do término do bloqueio/abordagem e/ou da lavra-
tura do AIT), condutor devidamente habilitado – inserir no campo observações do AIT: “veículo
liberado ao Sr....., CNH Nº, categoria e validade”.
3.4.2. se não apresentar, em tempo hábil, condutor devidamente habilitado – remover o veí-
culo ao pátio nos termos do § 4º, do artigo 270, do CTB (“Não se apresentando condutor habili-
tado no local da infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste caso o disposto
no art. 271”).

VIII – PARADA DE VEÍCULO SOBRE CICLOVIA OU CICLOFAIXA.

O artigo 182 do CTB passou a vigorar acrescido do inciso XI, sendo:


[...]
Art. 182. Parar o veículo:
[...]
XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
Infração - grave;
[...]
Amparo
Código da Órgão
Desdobram. Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade
Infração Competente
(CTB)
Parar o veículo sobre ciclovia
7670 0 182, XI Condutor 5 - grave MUNICIPAL/RODOV.
ou Ciclofaixa

Nota: Se o condutor “estacionar” o veículo sobre ciclovia ou ciclofaixa, a infração de


trânsito será a do artigo 181, inciso VIII (enquadramento 545-23) e, se transitar sobre ciclovia
ou ciclofaixa, a infração de trânsito correspondente será a do artigo 193 (enquadramento 581-
92).
Observação: Não comete infração de trânsito do artigo 193 (transitar sobre ciclovia ou ciclo-
faixa), veículo que adentrar ou sair de lote lindeiro.
LOTE LINDEIRO, conforme Anexo I do CTB, é “aquele situado ao longo das vias urbanas ou
rurais e que com elas se limita”.

IX – CAPACETE DE SEGURANÇA E TRANSPORTE DE CRIANÇAS


O artigo 244 do CTB teve alterada a redação do Caput e do inciso I, revogado o inciso IV e
incluído os incisos X e XI.

[...]
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
I – sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo
com as normas e as especificações aprovadas pelo CON-
TRAN;
[...]
IV – (revogado);
V – transportando criança menor de 10 (dez) anos de ida-
de ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cui-
dar da própria segurança:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – retenção do veículo até regulari-
zação e recolhimento do documento de habilitação;
[...]
X – com a utilização de capacete de segurança sem viseira
ou óculos de proteção ou com viseira ou óculos de prote-
ção em desacordo com a regulamentação do CONTRAN;
XI – transportando passageiro com o capacete de segu-
rança utilizado na forma prevista no inciso X do caput des-
te artigo:
Infração – média;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – retenção do veículo até regulari-
zação;
[...]
O uso de CAPACETE para condutor e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclomotores,
triciclos motorizados e quadriciclos motorizados é disciplinado pela Resolução CONTRAN Nº 453,
de 26SET13, alterada pelas Resoluções CONTRAN Nº 680, de 25JUL17, e 846, de 08ABR21, sen-
do previsto que:
• É obrigatório, para circular nas vias públicas, o uso de capacete motociclístico pelo con-
dutor e passageiro, devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e
engate, por debaixo do maxilar inferior;
• Itens a serem observados quando da fiscalização de capacete motociclístico:

1) se é certificado pelo INMETRO;

2) a existência do selo de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna


com a logomarca do INMETRO, especificada na norma NBR7471, podendo esta ser afixada no
sistema de retenção (cinta jugular e engate);

Selo externo do INMETRO

OU

E�queta interna do INMETRO

3) se o capacete motociclístico está devidamente afixado à cabeça;

4) a aposição de dispositivo retrorrefletivo de segurança nas partes laterais e traseira do capa-


cete motociclístico (frente, atrás, direita e esquerda), conforme especificado no item I do Anexo
da Resolução CONTRAN Nº 453, de 26SET13 (o mais próximo possível do ponto de tangência
do casco com um plano vertical paralelo ao plano vertical longitudinal de simetria, à direita e à
esquerda, e do plano de tangência do casco com um plano vertical perpendicular ao plano lon-
gitudinal de simetria, à frente e para trás);
5) o estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que identifiquem a sua inadequa-
ção para o uso (trincas, amassamentos, falta de forração interna, ausência de cinta jugular etc.).
6) os requisitos descritos nos itens 2) e 3) aplicam-se somente aos capacetes fabricados a par-
tir de 1º de agosto de 2007;
7) capacetes com numeração superior a 64 estão dispensados da certificação compulsória
quando adquiridos por pessoa física no exterior;

• O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e


quadriciclo motorizado, para circular na via pública, deverão utilizar capacete com viseira, ou na
ausência desta, óculos de proteção, em boas condições de uso, sendo que:
1) entende-se por óculos de proteção, aquele que permite ao usuário a utilização simultânea
de óculos corretivos ou de sol;

2) fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do trabalho (EPI) de
forma singular, em substituição aos óculos de proteção;

3) quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos de proteção deverão estar posi-
cionados de forma a dar proteção total aos olhos, observados os seguintes critérios:
I - quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente do motivo, a viseira po-
derá ser totalmente levantada, devendo ser imediatamente restabelecida a posição frontal aos
olhos quando o veículo for colocado em movimento;
II - a viseira deverá estar abaixada de tal forma possibilite a proteção total frontal aos olhos,
considerando-se um plano horizontal, permitindo-se, no caso dos capacetes com queixeira, pe-
quena abertura de forma a garantir a circulação de ar;
III - no caso dos capacetes modulares, além da viseira, a queixeira deverá estar totalmente
abaixada e travada;
4) a viseira destina-se à proteção dos olhos e das mucosas, sendo construída em plásticos de
engenharia, com transparência, fabricadas nos padrões: cristal, fume light, fume e metalizadas,
sendo que no período noturno é obrigatório o uso de viseira no padrão cristal. As viseiras que
não sejam do padrão cristal devem ter aplicação da seguinte orientação na sua superfície, em
alto ou baixo relevo, sendo:

I - Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO (podendo estar acompanhada com a informa-
ção em outro idioma);
II - Idioma inglês: DAY TIME USE ONLY.

É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de proteção.

• Os modelos de capacetes abaixo têm o uso terminantemente proibido, nas vias públicas,
por não cumprirem com os requisitos estabelecidos na norma técnica, sendo:

COQUINHO CICLÍSTICO EPI (OBRA)

TRANSPORTE DE CRIANÇAS em motocicleta, motoneta e ciclomotor:

Considera-se criança, nos termos do artigo 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),


“...a pessoa até doze anos de idade incompletos...” (deve ser confrontada a data do nascimento
com a data em que se avalia a idade, e não a data do nascimento com o ano em que a idade é
avaliada).
A infração prevista no artigo 244, inciso V, do CTB, caracterizará quando houver o transporte
em motocicleta, motoneta e ciclomotor, não importando de que forma, de:
• criança menor de 10 (dez) anos;

OU

• criança que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança
(criança enferma, com os pés ou braços engessados, de compleição física que dificulte o posicio-
namento seguro no veículo etc.) – nesta situação a criança terá de 10 (dez) até 12 (doze) anos
incompletos.
Sempre constar no campo “observações” do AIT a idade da criança e, sendo o caso, a impos-
sibilidade/condições de cuidar de sua própria segurança.
A abordagem não será obrigatória nos casos em que não houver dúvidas do cometimento da
infração de trânsito (Exemplo: criança de colo).
Poderá ser presenciado, de forma concomitante (o cometimento de uma infração não implica
o cometimento de outra), referente ao mesmo veículo, diversas infrações de trânsito, devendo o
policial militar lavrar todas aqueles em que constatar, desde que o enquadramento não possua a
mesma raiz (os três primeiros números), por exemplo:

[...]
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
[...]
II - transportando passageiro sem o capacete de
segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou
fora do assento suplementar colocado atrás do condutor
ou em carro lateral;
[...]
V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de ida-
de ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cui-
dar da própria segurança:
[...]

Amparo
Código da
Desdobramento Descrição da Infração Legal Infrator Gravidade Órgão Competente
Infração
(CTB)
Conduzir motocicleta, motoneta ou ci- Suspensão -
7030 1 244, I Condutor ESTAD/MUNIC/RODOV
clomotor sem capacete de segurança Gravíssima
Conduzir motocicleta, motoneta ou ci-
Suspensão -
7030 3 clomotor sem vestuário de acordo com 244, I Condutor ESTAD/MUNIC/RODOV
Gravíssima
normas apr pelo CONTRAN
Conduzir motocicleta/motoneta/ciclo-
Suspensão -
7072 1 motor transportando criança menor de 244, V Condutor MUNICIPAL/RODOV
Gravíssima
10 anos de idade
Conduzir motoc/moton/ciclom transp
Suspensão -
7072 2 criança s/ condição cuidar própria se- 244, V Condutor MUNICIPAL/RODOV
Gravíssima
gurança
Conduzir motoc/ moton/ ciclom c/ uti-
7684 1 lização de capacete de segurança s/ 244, X Condutor 4 - Média ESTAD/MUNIC/RODOV
viseira/óculos de proteção
Conduzir motoc/ moton/ ciclom c/ útil
7684 2 capacete de seg c/ viseira/óculos prot 244, X Condutor 4 - Média ESTAD/MUNIC/RODOV
em des c/ regul CONTRAN
Conduzir motoc/ moton/ ciclom transp
7714 1 pass c/ capacete de segurança s/ visei- 244, XI Condutor 4 - Média ESTAD/MUNIC/RODOV
ra/óculos de proteção
Conduzir motoc/ moton/ ciclom transp
7714 2 pass c/ cap seg c/ viseira/óculos prot em 244, XI Condutor 4 - Média ESTAD/MUNIC/RODOV
des c/ regul CONTRAN
Conduzir veic. c/ equip. em desac. c/ p
6645 0 230, X Condutor 5 - Grave ESTADUAL/RODOV.
estab. pelo CONTRAN
Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
5207 0 169 Condutor 3 - leve ESTAD/MUNIC/RODOV
indispensáveis a segurança
Prevê, ainda, a Resolução CONTRAN Nº 453, de 26SET13 (alterada pela Resolução CONTRAN
Nº 846, de 08ABR21), a implicação das sanções previstas no CTB nos seguintes casos:
• com o capacete fora das especificações contidas no art. 2º da citada resolução (itens a
serem observados quando da fiscalização de capacete motociclístico deste ITT), exceto inciso II
(“Se o capacete motociclístico está devidamente afixado à cabeça”), combinado com o seu Ane-
xo – infração do art. 230, inciso X, do CTB;
• sem estar devidamente fixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e enga-
te, por debaixo do maxilar inferior; de tamanho inadequado ou no caso de queixeira não abaixa-
da ou travada. art. 169 do CTB;
• utilizando capacete de segurança sem viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou
óculos de proteção em desacordo com Anexo da citada resolução: incisos X ou XI do art. 244 do
CTB, conforme o caso.
• sem o capacete de segurança, capacete não encaixado na cabeça ou uso de capacete
indevido, conforme Anexo da citada resolução – infração dos incisos I ou II, do art. 244, do CTB,
conforme o caso.
• Importante salientar que:

• NÃO deverá ser aplicada a medida administrativa de recolhimento do documento de habi-


litação nos casos previstos nos incisos do artigo 244 do CTB se o condutor e/ou passageiro sanar
a irregularidade ou que a abordagem cessar a continuidade da infração;
• a decisão do condutor em deixar de conduzir o veículo, permanecendo-o ou não esta-
cionado/parado pela via pública (por exemplo por falta de capacete do condutor), não sana a
irregularidade constatada pelo agente de trânsito no local da abordagem, cabendo, nesse caso,
a remoção do veículo ao pátio nos termos do § 4º, do artigo 270, do CTB, e do item 8.1. do Ma-
nual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – MBFT - Volume I e II;

• nos casos em que a medida administrativa for de retenção ou remoção do veículo, obser-
var o previsto no ITT Nº 7.

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