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Uma Reflexão sobre a Pratica de Assedio Sexual nas Instituições Públicas e Privadas
1. Introdução ................................................................................................................................ 5
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 6
1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................... 6
1.1.2. Objectivos específicos ................................................................................... 6
1.2. Metodologia .................................................................................................................. 7
2. Uma Reflexão sobre a Pratica de Assedio Sexual nas Instituições Públicas e Privadas ......... 8
2.1. Conceito de assédio ...................................................................................................... 8
2.1.1. Fases do Assédio ............................................................................................ 8
2.2. Conceito de Assédio Sexual ......................................................................................... 9
2.3. Tipos de Assédio Sexual ............................................................................................... 9
2.4. As Transformações no Mundo do Trabalho e o Impacto na Vida das Mulheres ....... 10
2.5. As Expressões de Violência Contra Mulher no Âmbito do Trabalho – Desvendando o
Assédio Sexual................................................................................................................... 12
2.6. Consequências do assédio moral/sexual no local de trabalho .................................... 14
2.4. Desafios para reduzir os casos de assédio sexual ....................................................... 15
3. Conclusão............................................................................................................................... 17
4. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 18
1. Introdução
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1.1. Objectivos
Fazer uma Reflexão sobre a Pratica de Assedio Sexual nas Instituições Públicas e
Privadas
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1.2. Metodologia
Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se do
levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está
sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material
cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já
escrito sobre o mesmo.
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2. Uma Reflexão sobre a Pratica de Assedio Sexual nas Instituições Públicas e Privadas
Não obstante esta definição genérica do assédio, salienta-se que existem várias formas de
assédio, nomeadamente, os telefonemas a marcar encontros, ou o simples facto de amedrontar a
mulher com palavras ou actos mais invulgares.
O assédio pode ser analisado ao longo de um processo relacional, em que o agressor vai
estabelecendo progressivamente uma determinada relação com a vítima, e cujos comportamentos
de assédio se contextualizam em dinâmicas organizacionais específicas. Assim, de seguida serão
apresentadas fases segundo as quais o assédio sexual pode ocorrer (Wikipedia, 2022).
Primeira fase
Segunda fase
Terceira fase
Esta é a fase em que a empresa intervém uma vez que o conflito começa a ter repercussões
no funcionamento da organização. Assim surge uma possível solução positiva, que passa por
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trocar o trabalhador de cargo para não surgirem mais conflitos. No entanto, quando esta hipótese
não é possível, a solução negativa é quando o trabalhador passa a ser visto como um problema
abater (Wikipedia, 2022).
Quarta fase
Quid Pró Quo: “Quid pro quo” significa “isto por aquilo”. Um exemplo de fácil
compreensão para esta forma de assédio sexual, ocorre quando um patrão (ou qualquer
trabalhador de uma empresa) determina que só continuará a exercer a dita função na empresa ou
subirá na carreira ou ainda um aumento salarial, caso se submeta a certas condutas sexuais. Este
abuso de autoridade é considerado ilegal, independentemente de recusar ou aceitar tais favores
sexuais (Palo Alto Medical Foundation, 2008).
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Ambiente Hostil: Formas verbais, físicas ou visuais de assédio de natureza sexual, e que
podem ser suficientemente severas, persistentes ou persuasivas. Um único e rígido incidente,
como uma tentativa de agressão sexual, pode criar um ambiente hostil. Mais precisamente,
podemos dizer, que esse “ambiente hostil” é criado por uma série de tumultos (Palo Alto Medical
Foundation, 2008).
Outro aspecto relevante para a análise da mulher no espaço produtivo revela-se nas
transformações que atingiram o mercado de trabalho nas últimas décadas que se reflectem na
realidade dos trabalhadores como um todo, com especificidades na vida das mulheres.
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Na realidade moçambicana, existe uma violência social disfarçada que se reflecte
fortemente no dia adia das mulheres dentro e fora de suas casas, que faz com que sejam
discriminadas na vida pública: a exemplo dos salários inferiores aos dos homens, na maior
dificuldade de ingresso no mercado de trabalho formal, na precarização do trabalho feminino,
bem como nas diversas formas de violência as quais são submetidas quotidianamente na esfera
do trabalho.
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O assédio sexual traz sofrimentos físicos e psíquicos, tais como:
depressão, crises de choro, problemas de memória, abatimento, irritabilidade,
isolamento, perda de confiança e auto-estima, náuseas, dificuldades de dormir,
crises de suor, tremores, dificuldades de respiração, pânico, etc. Esta extensa lista,
por sua vez, pode desencadear uma série de doenças ou até mesmo o suicídio.
(Hirigoyen, 2002, p. 65).
2.6. Consequências do assédio moral/sexual no local de trabalho
Tendo em conta que numa situação de assédio no local de trabalho é possível que a moral
e a motivação dos trabalhadores seja diminuta, é também previsível que a produtividade possa
decrescer. De facto, se um trabalhador está constantemente preocupado com o facto de o agressor
o poder vir a assediar novamente, não consegue exercer o seu trabalho eficazmente. Ao mesmo
tempo colegas que não estão envolvidos ficam também desmotivados pois ao terem
conhecimento dos inaceitáveis envolvimentos poderão recear potenciais efeitos negativos desta
situação (Cape Gateway, 2005).
As empresas podem com efeito perder empregados valiosos, pois muitas mulheres
preferem rescindir contracto do que passar por desagradáveis confrontações.
Custos legais
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Quando uma organização não tem nenhuma política esclarecedora acerca do assédio
sexual, pode vir a ter problemas se precisar de tomar medidas disciplinares face a um agressor
(Cape Gateway, 2005).
Custos pessoais
Poucas são as pessoas que, nunca tendo passado por tal experiência
pessoal, conseguem compreender a aflição e o terror que o assédio sexual pode
originar. A maioria das mulheres entendem-no como um insulto, que visa
enfraquecer a sua autoconfiança, assim como a sua eficácia pessoal. Similarmente
acaba por enfraquecer a sua confiança nos homens e nas pessoas de maior
autoridade. No caso das mulheres que foram abusadas sexualmente em criança ou
mesmo em idade adulta, uma possível experiência negativa pode causar sério
dano psicológico (Cape Gateway, 2005).
As mulheres que rescindem contrato devido a problemas de assédio sexual, têm bastante
dificuldade em conseguir boas referências, ou conceder razões por ter deixado o seu antigo
emprego; podendo ter, assim, dificuldades em arranjar outro trabalho. Neste sentido, esta
experiência poderá ter repercussões negativas na vida da mulher a longo-prazo (Cape Gateway,
2005).
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sem consentimento. Assim, alguns homens ignoram a lei e os bons costumes,
violando a privacidade e banalizando a relevância do ato, subjugando as vítimas.
(Minayo, 1998).
Essa violação de privacidade fere directamente a integridade física e emocional das
mulheres. Uma vez menosprezadas e seu papel social prejudicado, elas são oprimidas ao ponto de
manterem seu sofrimento em silêncio, pelo medo da exposição. Muitas meninas assimilam a
violência desde pequenas, observando o exemplo de tantas outras mulheres, o que provoca danos
inestimáveis à formação de novas cidadãs.
De acordo com Minayo (1998), no que diz respeito à dificuldade, refere-se ao facto dos
abusadores, muitas vezes, não serem denunciados, fazendo com que isso seja visto e considerado
como algo normal. Podendo estar associado, inclusive, à violência física e moral,
desencorajando-as a denunciá-los.
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3. Conclusão
Findado o presente trabalho, é importante destacar que mesmo diante da identificação das
violências as quais as mulheres estão submetidas, as vítimas não denunciaram alegando como
impedimento a dificuldade de expor os constrangimentos sofridos, o medo de perder o emprego e
de rebaixamentos salariais, demonstrando relações de hierarquia e controle perpetrados sobre
elas. O assédio sexual na vida das mulheres compromete várias dimensões da sua sociabilidade,
criando um espaço de fragilidades e opressão que reflectem directamente na relação da mulher no
espaço de trabalho.
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4. Referências Bibliográficas
Faria, N. e Nobre, M. (1997). Género e desigualdade. São Paulo, SOF, (Cadernos Sempreviva).
Garrido, V. (2002), Amores que matam. Assédio e violência contra as mulheres. Lisboa: Pricipia.
Palo Alto Medical Foudation (2008), “Types of Sexual Harassment”. Página consultada em 20 de
Dezembro de 2008, disponível em http://www.pamf.org/teen/sex/rape_assault/sexualharass.html
Veloso, R. (2001). No caminho de uma reflexão sobre Serviço social e género. In: Revista Praia
Vermelha: estudo de política e teoria social.VER.2 nº 4. Rio de Janeiro, UFRJ.
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