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SPDA

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS
SUMÁRIO
O que é SPDA? ............................................................................... 03
NBR 5419 e suas mudanças ............................................................ 04
Por que preciso do SPDA? ............................................................... 05
SPDA interno .................................................................................. 06
SPDA externo .................................................................................. 07
Gerenciamento de Riscos ................................................................ 08
Dimensionamento do SPDA externo ................................................. 09
Método Franklin ............................................................................. 10
Método Faraday ............................................................................. 14
Principais dúvidas sobre SPDA ......................................................... 19
Como a Fluxo ajuda seus clientes ..................................................... 21
Quem Somos .................................................................................. 22
Autores ........................................................................................... 23

SPDA – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas. 02


O QUE É SPDA?

SPDA significa Sistema de Proteção contra


Descargas Atmosféricas, o popular “para-
raios”.
A sua instalação é uma exigência do Corpo
de Bombeiros e suas características técnicas
são regulamentadas pela NBR 5419/2015,
onde os dados podem ser acessados com
maior riqueza de detalhes.

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SPDA
NBR 5419 E SUAS MUDANÇAS

Inicialmente, o SPDA era regulamentado pela NBR


5419/2005. Ela parametrizava a proteção necessária
levando em conta apenas a tipologia da edificação.
Características geométricas, por exemplo, não eram
avaliados.
A norma sofreu uma revisão em 2015, passando à NBR
5419/2015, e já está em vigor. Em sua nova versão, é
estabelecido o gerenciamento de risco.

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SPDA
POR QUE PRECISO DO SPDA?

O Brasil é um dos países com maior número de raios.


Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos
últimos anos o Brasil registrou uma média de 77,8 milhões de raios
e morte de 1792 pessoas de 2000 a 2014.
Nesse contexto faz-se necessário um projeto para proteger a
estrutura e os habitantes.

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SPDA
SPDA INTERNO

O SPDA é dividido entre interno e


externo e deve proteger contra
descargas diretas à estrutura, próximas Equipotencialização:
Cabeamento que conecta o SPDA
à estrutura, diretas à linha de às estruturas;

transmissão e próximas à linha de


transmissão. O SPDA interno destina-se
a reduzir os riscos de centelhamentos
perigosos dentro da proteção criada
Isolação do cabeamento
pelo SPDA externo. Visa proteger os
habitantes de tensões de toque ou de
passo.

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SPDA
SPDA EXTERNO
O SPDA externo visa captar as descargas e conduzi-las até o solo.

Subsistemas de capacitação: Descidas: Ligam os captores Aterramento: Eletrodutos de


Captores e malhas de ao sistema de aterramento aterramento e haste
cordoalhas de captação; por meio de cordoalhas; Copperweld.

Haste Copperweld

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GERENCIAMENTO DE RISCOS

O gerenciamento de riscos foi normatizado pela NBR


5419/2015 e leva em considerações diversos fatores
para o estabelecimento do grau necessário de SPDA.
Nessa análise são considerados os danos, perdas e
riscos que a edificação está sujeita, bem como suas
probabilidades (cada tipo de dano tem uma
probabilidade aceitável).
Com o conjunto de informações é definida a Classe do
SPDA, sendo seu grau de proteção coerente com o
resultado do gerenciamento.

Fonte: NBR 5419/2015

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DIMENSIONAMENTO DO SPDA EXTERNO
Método Franklin
Um captor no topo da edificação forma uma área de proteção
em formato de cone. É indicado para edificações de altura não
muito elevada e pouca área horizontal.
De acordo com a classe encontrada
no gerenciamento de riscos, é
Método Faraday
possível fazer o dimensionamento Consiste em envolver a edificação em uma jaula de condutores
nus. Tem esse nome por ser baseada na teoria da Gaiola de
do SPDA externo. Faraday. É indicada para edificações de grande área horizontal,
sem limites de altura.
Ele pode ser feito em três tipos:

Método Eletrogeométrico
Se baseia na delimitação do volume de proteção dos captores do
SPDA. É utilizado em edificações de altura elevada ou geometria
complexa.

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MÉTODO FRANKLIN

No método Franklin, o captor é


composto por uma haste de
tamanho variável, um sinalizador
noturno, o captor e a ligação com as
descidas.
Sua função é atrair e captar as
descargas atmosféricas, transferindo-
as para as descidas.

Para-raios tipo Franklin

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MÉTODO FRANKLIN
O ângulo de proteção formado pelo captor é tabelado pela norma em função da altura da haste e
da classe do SPDA obtida no gerenciamento de risco. Toda a edificação deve estar dentro do cone
de proteção.

Proteção cônica

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MÉTODO FRANKLIN
A tabela abaixo é encontrada na norma e relaciona a altura da haste com o ângulo de proteção
em função do SPDA. O procedimento para dimensionamento consiste em primeiro arbitrar a
altura da haste e conferir na tabela o ângulo de proteção. Com isso, verifica-se através da
equação se o raio de proteção é maior que o da área a ser protegida.

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MÉTODO FRANKLIN
Caso o raio não atenda a área a ser protegida podem ser adicionados mas captores Franklin,
aumentando assim o lugar geométrico da proteção. O procedimento de cálculo é o mesmo.
Por isso esse método não é recomendado para edificações com grande área horizontal: o alto
número de captores tornaria sua execução onerosa.
Também devem ser dimensionadas a quantidade de descidas. Para tal, a norma isso à classe do
SPDA e ao perímetro da construção.

Espaçamento médio entre as descidas


Método Franklin – NBR 5419

Nível de Proteção Espaçamento Médio (m)

I 10
II 15
III 20
IV 25

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MÉTODO FARADAY
No método Faraday, a cobertura da edificação deve ser toda revestida por condutores nus, que
têm de ser ligados às descidas. A ideia é a mesma da gaiola de Faraday, de que no interior de
uma superfície elétrica condutora o campo elétrico é nulo, já que as cargas elétricas se
distribuem da maneira homogênea na parte externa da superfície.

A teoria já foi confirmada por diversos


experimentos e uma das suas aplicações na
atualidade é o fato de que um carro atua como
uma gaiola de Faraday. Na imagem ao lado está
Richard Hammond, que ficou dentro de um veículo
durante uma descarga elétrica para mostrar que é
de fato seguro, sendo um bom lugar para se
abrigar em tempestades com muitos raios, por
exemplo.

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MÉTODO FARADAY

A seguir está esquematizado um modelo tipo Faraday:

1 Captor tipo terminal aéreo

2 Cabo de cobre nu

3 Suportes Isoladores

4 Tubo de proteção

5 Malha de aterramento

6 Conector de medição

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MÉTODO FARADAY
No método Faraday é necessário determinar o número de condutores da malha captora. Esse
número é determinado pela norma em função da largura da edificação e da classe do SPDA de
acordo com as seguintes equações:

Distância entre as descidas


Método Faraday – NBR 5419

Classe do SPDA Distância (m)


I 10
II 10
III 15
IV 20
Nota: é aceitável que o espaçamento dos condutores de
descidas tenha no máximo 20% além dos valores acima

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MÉTODO FARADAY
Também é necessário determinar o número de descidas. O procedimento é muito similar ao
anterior:

Classe do SPDA Distância (m)


I 10
II 10 Distância entre as descidas
III 15 Método Faraday – NBR 5419
IV 20
Nota: é aceitável que o espaçamento dos condutores de
descidas tenha no máximo 20% além dos valores acima

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MÉTODO FARADAY
Um exemplo de layout de SPDA Faraday é visto a seguir:

É interessante reparar que o número de condutores da malha captora é diferente do número de


descidas. Também vale ressaltar que nesse método a área horizontal da edificação não é um
grande problema.

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FAQS
• Todas as edificações precisam de SPDA?

Não. A NR 10 obriga o SPDA somente a estabelecimentos com carga instalada


superior a 75kW. Abaixo disso a necessidade é verificada através do gerenciamento
de risco. Caso constate-se que o risco cuja edificação está sujeita é menor que o
Risco Tolerável parametrizado pela norma não há necessidade do SPDA.

• Qual a documentação necessária e quem aprova?

O laudo do gerenciamento de riscos e as plantas com os desenhos completos, com


assinatura do engenheiro responsável e a respectiva ART devem ser entregues ao
corpo de bombeiros.

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FAQS
• Quem pode executar o SPDA?
De acordo com a Decisão Normativa nº 70 do CONFEA (Conselho federal de engenharia e
agronomia), estão habilitados:
1. engenheiro eletricista;
2. engenheiro de computação;
3. engenheiro mecânico-eletricista;
4. engenheiro de produção, modalidade eletricista;
5. engenheiros de operação, modalidade eletricista;
6. tecnólogo na área de engenharia elétrica;
7. técnico industrial, modalidade eletrotécnica;

Por decisão judicial em instância federal os engenheiros civis também podem executar o SPDA
uma vez que foi considerada atividade complementar a construção do edifício.

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QUEM SOMOS

Somos um empresa sem fins lucrativos e realizamos projetos de


consultoria em engenharia que abrangem todos os cursos da
Escola Politécnica e da Escola de Química da Universidade

Fluxo Federal do Rio de Janeiro. Tudo isso, com a supervisão dos


professores dessas instituições e mentoria de grandes empresas

Consultoria do mercado.
Realizamos há 24 anos projetos de consultoria em engenharia.
Estes projetos têm como foco tirar ideias do papel, tornar
empresas mais eficientes e realizar os sonhos dos nossos
clientes.

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QUEM SOMOS

André Coutinho Lima


Consultor de Projetos da Fluxo Consultoria da área
de Engenharia Civil e Elétrica.

Autores
Estevão Viana dos Santos
Gerente de Projetos da Fluxo Consultoria da área
de Engenharia Civil e Elétrica.

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