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PROPOSTA
PEDAGÓGICA
CURRICULAR
ANOS INICIAIS
2022
CAETITÉ-BAHIA
2021
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CNPJ: 30.922.940/0001-07 Fone: (77) 3454-5754
INTRODUÇÃO
I- Área de Linguagens:
Componentes Curriculares: Língua Portuguesa, Educação Física e Arte;
II- Área de Matemática:
Componente Curricular: Matemática;
III- Área de Ciências da Natureza:
Componente Curricular: Ciências;
IV- Área de Ciências Humanas:
Componentes Curriculares: História e Geografia;
V- Área de Ensino Religioso:
Componente Curricular: Ensino Religioso.
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
METODOLOGIAS
habilidades. Durante o trabalho deve-se ter clareza nos objetivos do seu planejamento e
das habilidades que se pretende levar ao aluno (BRITO;VICCHIATTI, 2020).
Essa maneira de ensinar e aprender promove uma aprendizagem significativa em
que o aluno realmente aprende e aplica seus saberes na sociedade. Um dos objetivos na
utilização das metodologias ativas é preparar nossos educandos para serem atuantes e
mais comprometidos social e intelectualmente. As metodologias ativas são muito
diversas e, ao mesmo tempo, relacionam-se umas com as outras, o que possibilita a
criação e execução de aulas criativas.
Dentre as metodologias ativas, Aprendizagem Baseada em Problemas é uma
metodologia voltada para a aquisição do conhecimento através da resolução de
situações. Isso possibilita aos alunos se tornarem mais engajados principalmente por ser
uma estratégia que direciona outras formas de ensino diferentes da educação engessada
das salas de aula tradicionais. O aluno constrói seus conhecimentos através da avaliação
do problema, do levantamento de hipóteses e coloca-se como um investigador na busca
de soluções às questões levantadas.
Já a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos privilegia a
colaboração e a interdisciplinaridade, que motiva uma geração de pré-adolescentes e
adolescentes já inteiramente familiarizada com tecnologias digitais modernas. ABP é
algo novo que se abre para o ensino, de forma empolgante e inovadora, os alunos
participam ativamente, selecionando boa parte de suas tarefas e são motivados por
problemas do mundo real e podem, em muitos casos, contribuir para a sua comunidade.
O período pandêmico enfatizou a relevância do uso de ferramentas digitais atribuindo
força à necessidade de incorporar esta metodologia no processo ensino-aprendizagem.
O estudante se atualiza ao entrar em contato com conexões reais e digitais, sendo a
tecnologia uma automotivadora para que ele descubra e busque os seus próprios
recursos tecnológicos, em ambiente educacional, da mesma maneira que o fazem em
seu cotidiano na vida pessoal (CIPOLLA, 2016).
Outra metodologia ativa a se considerar é a Sala de Aula Invertida que, propõe
uma mudança na forma tradicional de ensinar. O conteúdo passa a ser estudado em casa
e as atividades, realizadas em sala de aula. O aluno chega, assim, com mais
conhecimento para as atividades decorrentes sugeridas pelo professor e, também, com
dúvidas para serem esclarecidas, tornando o tempo em sala de aula mais produtivo e
otimizado.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL
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Privilégios, pois nem todos os estudantes possuem condições de arcar financeiramente com os gastos
médicos necessários para diagnósticos e a rede pública infelizmente ainda não fazem.
2
Rótulos e ou lados feitos por profissionais não especializados.
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Avaliação
De todas as intervenções metodológicas supracitadas, no que concerne ao
processo de inclusão, as que se mostram mais urgentes são as formas de avaliação que,
notoriamente, precisam ser repensadas. É preciso rever conceitos, ressignificar e
construir novas estratégias à luz da averiguação das aprendizagens acessíveis e,
sobretudo, possibilitar que os sujeitos se aproximem das metodologias de reformulação
do conhecimento.
Avaliar não é um instrumento de penalização ao estudante, nem de medição da
retenção dos conteúdos. Avaliar é compreender como as práticas de ensino se realizam
para, a partir dela, o professor, principal agente na ressignificação do conhecimento,
repense as estratégias e os recursos ao mediar a aprendizagem de todos os sujeitos.
A escola tem a função de avaliar todos os estudantes inseridos no contexto
educacional, adequando os instrumentos, de modo a atender todas as demandas
pedagógicas, olhares e ações múltiplas e reflexivas e não sob um viés único e
determinante.
Além disso, é preciso, ainda, trabalhar com o conceito de avaliação em uma
proposta multifacetada em que não se tenha apenas a preocupação de preparar os alunos
para se saírem bem nos exames e processos seletivos, mas, principalmente,
instrumentalizá-los de modo que se tornem proficientes e autônomos na formulação, na
averiguação e na seleção dos saberes que lhes são pertinentes.
A avaliação deve ser instrumento para obter informações e subsídios que possam
ser capazes de favorecer o desenvolvimento dos sujeitos, e ao professor destina
ferramenta de repensar práticas, abordagens e métodos. Então, o que deve ser focado na
ação avaliativa na escola?
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[...] o processo avaliativo deve focalizar: o contexto da aula (metodologias,
procedimentos didáticos, atuação do professor, relações interpessoais,
individualização do ensino, condições físico-ambientais, flexibilidade
curricular, etc.); o contexto escolar (projeto pedagógico, funcionamento da
equipe docente e técnica, currículo, clima organizacional, gestão, etc.).
(BRASIL, 1999, p. 57)
apesar de novo e contemporâneo dentro das políticas públicas educacionais no país, com
a atuação fortemente organizada do MNU – Movimento Negro Unificado que através de
suas lutas vem conquistando vitórias importantes no campo dos direitos para estes povos.
Pensar uma EEQ no sistema de educação brasileiro tema que teve destaque nas últimas
décadas, principalmente depois dos anos 2000, quando se energizaram os debates
políticos, com materialização legalística, ações e programas voltados para a temática da
diversidade na educação.
As lutas do MNU de forma organizada culminaram na Lei nº10.639 em 09, de
janeiro de 2003, foi de grande relevância porque alterou a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) n° 9.394/1996, que tornou obrigatório o ensino de
História e Cultura Afro-brasileira. Compreende-se a importância do diálogo entre os
componentes curriculares nacionais, estaduais e municipais, com atenção especial para as
especificidades regionais e locais. Assim, para este processo, alvitramos a explicitação e
análise a partir do viés da EEQ, visando salvaguardar o ensino e a prática pedagógica nas
escolas públicas e quilombolas.
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no seu artigo 4º, reiterou esse mandamento
constitucional.
A Educação voltada para Jovens, Adultos e Idosos teve um grande avanço quando os
programas que visavam suprir o tempo perdido e que tinham a ideia de supletivo perdem o
lugar para as ações reparadoras e a educação passa a ser vista como direito em qualquer idade
da vida humana. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie situações
pedagógicas satisfatórias para atender às necessidades de aprendizagem específicas de alunos
jovens, adultos e idosos; que seja de caráter equalizador, na medida em que possibilita aos
indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e
nos canais de participação.
A equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior
igualdade, dentro de situações específicas. Nessa linha, a EJAI representa uma possibilidade
de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades,
permitindo que jovens, adultos e idoso atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades,
troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura. Segundo Cury
(2000) o retorno de jovens e adultos ao sistema educacional demanda a oferta de mais vagas
para estes novos alunos e alunas, detentores de novas oportunidades de acesso aos espaços
escolares; que seja de caráter qualificador, quando assume uma educação permanente.
Na contemporaneidade uma educação comprometida com os processos de
desenvolvimento social ainda é vista como um desafio e, para tal, tem-se buscado repensar o
currículo a partir das novas referências, as quais cada indivíduo é permanente aprendiz e
construtor de uma nova ordem social. Para tanto, são postos para a Educação alguns
questionamentos que vão desde como tornar o currículo vivo, dinâmico, conectado ao mundo
e ao educando a garantia da formação integral deste sujeito, bem como solidificação de
atitudes sociais críticas, principalmente no que se refere ao exercício pleno da cidadania.
Assim, a especificidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosa exigiu um olhar
atento para os sujeitos desta modalidade de ensino, compreendidos por todos que
participaram do processo de construção desse documento como sujeitos de direitos sociais e
de direto à educação e à escola. É necessário um currículo que realmente atenda suas
necessidades e que favoreça a sua formação cidadã, contextualizando e dando significado aos
conhecimentos e saberes no processo ensino e aprendizagem.
expectativas dos jovens a que se destinam, abdica de se comunicar com o mundo das
pessoas” (OLIVEIRA, 2008 p. 21). Uns são frutos da evasão e da repetência, outros são
jovens provindos de estratos privilegiados e que, mesmo tendo condições financeiras, não
lograram sucesso nos estudos, em geral por razões de caráter sociocultural, ainda temos uma
escola nada acolhedora e fria que não conhece seus alunos e sua história.
Dentro dessa perspectiva Haddad e Di Pierro (2000) ressaltam que:
É inegável que os jovens, adultos e idosos possuem uma experiência ainda maior que
as crianças, e a escola tem papel primordial de adequar a sua metodologia com vistas a
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resgatar as suas histórias de vida. Em hipótese alguma a escola deve negar a identidade dos
sujeitos da EJAI, pois se assim o fizer estará negando uma possibilidade de articulação entre
a experiência e a prática. Assim pondera Gadotti (2014):
É uma humilhação para um adulto ter que estudar como se fosse uma
criança, renunciando a tudo o que a vida lhe ensinou. É preciso
respeitar o aluno adulto, utilizando-se uma metodologia apropriada,
que resgaste a importância de sua biografia, da sua história.
(GADOTTI, 2014, p.17.).
Diante dos diversos questionamentos e preocupações por parte dos docentes que
atuam na Educação de Jovens, Adultos e Idosos do município de Caetité, construiu-se
democraticamente um currículo pensado especialmente para os sujeitos da EJAI,
buscando contemplar as especificidades inerentes aos educandos que frequentam essa
modalidade. Para a redefinição curricular buscou-se uma ruptura com a lógica etapista e
fragmentada da seriação, pois esta favorece o acúmulo de informações desconectadas,
desprovidas de significado para os alunos e geralmente desvinculado do contexto social
em que se inserem. O educador que atua na EJAI deve estar ciente das especificidades
didático-pedagógicas do trabalho com esses sujeitos e consciente da necessidade de se
formar continuamente dentro desta área, refletindo sua prática diária, transformando-se
como profissional e como ser humano com olhar sensível e acolhedor, fazer uso da
pedagogia do amor segundo Freire nos aponta.
A ideia de grade curricular deve ser superada, assim como o programa de conteúdo
definido pelo livro didático com o cuidado de não negligenciar direitos já estabelecidos ao
longo da história. Para isso, é necessária uma relação dialógica, na qual os significados são
compartilhados por todos e a proposta curricular deve ter os processos culturais como eixos
norteadores.
Assim, a organização curricular do município de Caetité se estabelece em
aprendizagens por Tempos Formativos e por meio de Temas Integradores oriundos da
resolução Nº. 01/2021 DE 25 DE MAIO DE 2021 - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RESOLUÇÃO, BNCC e
das práticas sociais. A Secretaria Municipal de Educação de Caetité oferta a modalidade
EJAI/Ensino fundamental de forma presencial, anual, predominantemente no período
noturno, em nove escolas municipais: Escola Municipal Senador Ovídio Teixeira, Escola
Municipal Manoel Lopes Teixeira, Escola Municipal Zelinda Carvalho Teixeira, Escola
Municipal Professora Nunila Ivo Frota, Escola Municipal Almir Públio de Castro,
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Quando a avaliação se refere à EJAI deve-se ter o cuidado para não reproduzir
processos excludentes ao aplicar métodos tradicionais e classificatórios, o que já caracteriza
uma incoerência com o propósito da modalidade em questão, pois a Educação de Jovens,
Adultos e Idosos é um espaço de formação de sujeitos críticos frente à sociedade em
constante transformação, lugar de conscientização e ressignificação das condições objetivas
de vida dos educandos. No entanto, a avaliação deve permear o trabalho pedagógico
possibilitando, assim, orientar a prática educativa para a (trans)formação, que visa ao
desenvolvimento de capacidades, habilidades, competências e atitudes numa escola
democrática, contemporânea e cidadã.
Por fim, a educação que almejamos é a que seja capaz de garantir a todos,
indistintamente, uma formação cultural e científica para a vida pessoal, cidadã e profissional
em sua totalidade, possibilitando-lhe uma relação autônoma, crítica e construtiva com a
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cultura local nas várias manifestações contidas em seu cotidiano pessoal e social. Assim,
este documento não se encontra pronto e acabado, acreditamos que ainda há muito por fazer
e sabemos que novas concepções e saberes devem fomentá-lo.
04 horas diárias
Tempo de aula:
20 horas semanais
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• Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras palavras,
desenvolvendo assim fluência e rapidez de leitura (fatiamento).
Do 3º ao 5º ano é ampliada a complexidade dos saberes e diferentes práticas de
linguagem passam a ser trabalhadas para a formação de leitores e escritores
competentes, reflexivos e críticos em função do convívio social.
Conforme a BNCC, para o pleno exercício da cidadania e ampliação das
possbilidades de participação do estudante do Ensino Fundamental em diferentes
situações de atividades, o componente curricular Língua Portuguesa deve garantir o
desenvolvimento das seguintes competências específicas:
EF13HIEC03CTE
1º ANO
CAMPO DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE
ATUAÇÃO
PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO HABILIDADES
2º ANO
in-/im-.
artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colabora- ção com os colegas e com a ajuda
Leitura/escuta 1, 2, 3, 9 Leitura do professor e, mais tarde, de maneira
(compartilhada colaborativa e autônoma, textos narrativos de maior porte
e autônoma) autônoma como contos (populares, de fadas,
acumulativos, de assombra ção etc.) e
crônicas.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e
Apreciação concretos, observando efeitos de sentido
9
estética/estilo criados pelo formato do texto na página,
distribuição e diagramação das letras, pelas
ilustrações e por outros efeitos visuais.
Formação do (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações
1, 2, 3, 9 leitor e outros recursos gráficos.
literário/leitura
multissemiótica
(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem
Oralidade 3, 5, 9 Contagem de apoio de imagem, textos literários lidos pelo
histórias professor.
Leitura/escuta (EF02LP26) Ler e compreender, com certa
(compartilhada 2, 7, 8, 9 Formação do autonomia, textos literários, de gêneros
e autônoma) leitor literário variados, desenvolvendo o gosto pela
leitura.
Escrita (EF02LP27) Reescrever textos narrativos
(compartilhada 2, 3, 5 Escrita autônoma literários lidos pelo professor.
e autônoma) e compartilhada