Você está na página 1de 11

Argentina

Bonifancio Nhantumbo
Fatima
Joaquim Nhancume
Salmina
Tania Comé

Planificação do Estudo

Licenciatura em Geografia

Universidade Save
Xai-Xai
2021
Argentina
Bonifancio Nhantumbo
Fatima
Joaquim Nhancume
Salmina
Tania Comé

Planificação do Estudo

Trabalho de pesquisa referente a Planificação


do Estudo na cadeira de Métodos de estudos,
leccionado por Profa. Doutora. Catarina
Nhamposse, como requisito de avaliação.

Universidade Save
Xai-Xai
2021
Índice
1.0Introdução .................................................................................................................................. 1

2.1 Objectivos ................................................................................................................................. 1

2.1.1 Geral ................................................................................................................................... 1

2.1.1.1Específicos ................................................................................................................... 1

3.0 Conceito e contextualização ..................................................................................................... 2

3.1 Planificação de estudo........................................................................................................... 2

3.1 Importância da planificação do estudo ............................................................................... 2

3.2 Condições ambientais e psicológicas para estudo .................................................................... 2

3.2.1Gestão de tempo e horário ...................................................................................................... 4

4.0 Metodologia para a realização de um plano eficaz: .................................................................. 4

5.0 Considerações finais ................................................................................................................. 6

6.0 Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 7


1

1.0 Introdução

Actualmente, dominando em termos pedagógicos um modelo de ensino centrado no aluno, em que


a aprendizagem passa menos pela aquisição de conhecimentos e mais pelo desenvolvimento de
competências curriculares específicas e outras transversais, torna-se prioritária uma adequada
organização e planificação do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA). Com efeito, a maior
parte dos alunos que chega à universidade ainda não aprendeu a organizar e a regular o seu estudo
de forma eficaz.
Os estudos afirmam ser importante para uma boa aprendizagem a observação do princípio de
planificação dos estudos, fundamentados por nomeadamente: o estabelecimento de objectivos; a
gestão do tempo; a definição de estratégias de aprendizagem; a monitorização; as atribuições
causais adaptadas; a procura de recursos; as crenças de auto-eficácia; e a motivação. Outros
estudos (Schunk & Zimmerman, 1994; 1 998) apontam que o nível de aprendizagem dos
estudantes varia de acordo com a presença ou a ausência de cada uma das componentes-chave
acima referidas, podendo compensar diferenças individuais quando é realizada eficazmente. Desde
logo, as estratégias de aprendizagem quê permitem ã aquisição e retenção da informação nova
podem ser tanto ou mais relevantes quanto as aptidões mentais (Almeida, 1996), havendo uma
relação positiva entre a qualidade das mesmas e o rendimento académico.
Desta feita o presente trabalho urge da necessidade de procurar compreender a planificação do
estudo sua importância e processo de gestão de tempo.

2.1 Objectivos
2.1.1 Geral
➢ Compreender planificação do estudo

2.1.1.1 Específicos

➢ Conceitualização planificação do estudo


➢ Descrever a importância da planificação do estudo;
➢ Analisar as condições ambientais e psicológicas para o estudo gestão de tempo e horário;
➢ Revisão e sistematização das matérias e realização das tarefas (exercícios e pesquisas)
2

3.0 Conceito e contextualização

3.1 Planificação de estudo


A planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da Acão e constitui
uma ferramenta que pode ser utilizada em diferentes áreas, Todos nós, consciente ou
inconscientemente, já fomos confrontados com a necessidade de organizar as várias tarefas que, num
determinado espaço de tempo, devemos cumprir.

Neste contexto, podemos entender a planificação, segundo Maximiano (2000: 159), como uma base
de gestão de funções que implica a formulação de um ou vários planos detalhados para conseguir
um perfeito equilíbrio entre o que se quer e o que se pede, ou seja, equilíbrio entre as necessidades e
as demandas com os recursos de que se dispõe.

Noutra perspetival, a planificação, segundo Chiavenato (2010), refere-se ao processo que identifica
as metas e os objetivos que se quer alcançar na organização, produzindo, para o efeito, estratégias
para conseguir o que se propõe e organizando os meios pelos quais se quer conseguir os objetivos e,
por fim, dirige e controla todos os passos na sequência apropriada.

3.1 Importância da planificação do estudo

A planificação é um importante colaborador da prática pedagógica, contribuindo para o sucesso


do processo ensino-aprendizagem, uma vez que permite ao professor fazer uma previsão do que
poderá ser a sua aula, definindo o conjunto de objetivos, conteúdos, experiências de aprendizagem,
assim como a avaliação dessas.

3.2 Condições ambientais e psicológicas para estudo

Não existe um consenso sobre a melhor forma de organizar o local de estudo, existe, no entanto,
quanto à necessidade de o local ser um espaço tranquilo, sem ruídos, de modo a que seja fácil para
3

o aluno concentrar-se nas suas tarefas. Por outro lado, existe concordância sobre o facto de este
espaço ser sempre o mesmo, de modo a que o aluno não seja sujeito a novos estímulos que
poderiam levar a sua distracção da tarefa (Carita, Silva, Monteiro & Diniz, 1998).

Poucos são os alunos que se interessam com o ambiente em que estudam e com os estímulos que
gerem as suas distracções durante as aulas. Deste modo, deve haver por parte dos alunos uma
maior consciencialização sobre a importância que as condições de trabalho tem na capacidade de
se concentrarem e de organizarem melhor o trabalho, de modo a que o seu rendimento escolar seja
beneficiado (Carita et. al, 1998).

É então importante que o aluno consiga controlar os estímulos ambientais que impedem a sua
concentração e atenção, aprendendo a preparar um espaço de trabalho de acordo com as suas
necessidades pessoais e que o incentive a estudar (Silva & Sá, 1997).

Cada aluno é diferente e, portanto, cada estudante tem o seu próprio espaço e método de trabalho.
Alguns alunos estudam em cima da cama e na sala de convívio, outros preferem estudar noutros
locais.

Porém, apesar de haver esta divergência quanto ao local de trabalho, este para ser considerado
adequado, deverá reunir quatro aspectos fundamentais:

➢ Boa iluminação,
➢ Temperatura agradável,
➢ Ventilação e mobiliário adequados (Carita et. al, 1998).

Por outro lado, existem ainda outros aspectos essenciais para criar um ambiente o mais favorável
possível ao trabalho escolar: ter um local apenas destinado ao estudo, ter todo o material necessário
nesse local (livros, dicionários, canetas, etc) antes de começar a estudar com o objetivo de se evitar
a interrupção do estudo e, assim como a concentração do aluno no estudo. Pôr fora do local de
trabalho tudo o que poderá servir de distracção para o estudante (rádio, televisão, etc) e evitar que
seja interrompido por outras pessoas ao colocar um aviso na porta.
4

Para além da necessidade de o estudante prepare um local de trabalho adequado as suas exigências,
ele também deverá ter consciência que factores psicológicos internos podem influenciar o seu
sucesso escolar (Carita et. al, 1998).

A frustração, o desinteresse, o desânimo, a preocupação com problemas pessoais, são factores que,
normalmente estão associados a uma influência negativa no rendimento escolar do aluno. Em
contrapartida, factores como uma elevada auto-estima, um espírito crítico e curioso, uma atitude
sociável e espírito de grupo, ajuda a promover o sucesso escolar (Carita et. al, 1998)

Giordan (1998) defende que o Trabalho Individual requere um ambiente pessoal que estimule a
curiosidade, desejo de aprender, persistência e perseverança e para o qual deve contribuir toda a
comunidade escolar promovendo a aprendizagem.

É importante também que o aluno esteja em boa forma física e psicológica para se concentrar no
estudo, o que passa por uma boa auto-estima, entusiasmo, vontade de aprender, ser sociável e
colaborar com a turma nos trabalhos, sem que os seus problemas pessoais afectem o seu
desempenho (Carita et al., 1997).

3.2.1Gestão de tempo e horário


A forma como gerimos o nosso tempo e o planeamos é, muito importante na vida de um estudante
e na sua futura vida profissional. Ser bom aluno não requer uma renúncia à diversão, pelo contrário,
descanso e lazer são essenciais para manteres a boa disposição perante a pilha de exercícios que
terás que resolver e as leituras que terás que fazer e é fundamental para o teu equilíbrio pessoal e
sentimento de realização. Não existe nenhum mistério ou fórmula mágica, basta elaborares um
bom plano de estudos e dos trabalhos e respeitar esse planeamento. Nunca te esqueças que a
utilização e gestão adequada é um dos factores que contribui eficazmente para o teu sucesso
académico.

4.0 Metodologia para a realização de um plano eficaz:

➢ Afastar as actividades de estudo das actividades de lazer: estas actividades deverão ser
intervaladas para permitirem um melhor resultado.
5

➢ Planear actividades: é necessário programar as actividades em função dos seus objectivos


e urgência.
➢ Não adiar tarefas menos interessantes: estar sempre a adiar só torna essas actividades
ainda mais urgentes e desagradáveis, obrigando posteriormente a uma atenção mais
cuidada e a uma maior pressão.
➢ Não ser flexível: algumas das nossas actividades dependem de outros, pelo que devemos
ter em conta a sua velocidade de trabalho e decisão e deixar espaço para que eventuais
atrasos e erros não ponham em risco o trabalho. É importante que sejas simpático com os
teus colegas, mas também deverás firme relativamente à pontualidade, à preparação e à
entrega atempada de trabalhos. Terás que prender a ser assertivo.
➢ Esquecimento é importante ter um registo que possas facilmente consultar com todas as
actividades e compromissos que terás que realizar isto e deves registar, enquadrar e
modificar rigorosamente todas as actividades de modo a prevenires esquecimentos.
➢ Aproveitar todos os momentos: poderás estudar e ler nos autocarros e comboios. Se
aproveitares todas as oportunidades para utilizares o tempo de forma eficiente poderás ter
uma vida mais fácil e mais agradável.
➢ Antecipar o que for possível: muitas vezes já sabemos o que irá acontecer, isto é alguns
imprevistos não o são verdadeiramente. Depois de sermos informados de uma alteração,
uma reacção mais rápida da nossa parte só irá beneficiar a realização dos trabalhos que
temos para fazer e reagimos tanto mais rapidamente quanto mais tivermos desenvolvido
um “plano B” para lidar com imprevistos no fundo previsíveis.
➢ Encarar um plano com cepticismo: os planos não devem ser seguidos escrupulosamente,
pois alterações pontuais poderão ser necessárias para que tenhas um melhor resultado. Uma
planificação demasiado rígida não é desejável, contudo uma fidelidade total ao plano
mesmo quando o mesmo se torna irrealista, também não o é. O segredo é levar o plano a
sério desde o primeiro momento e revê-lo em tempo útil logo que o mesmo se revele
obsoleto.
➢ Auto–avaliação: ao longo do tempo vai avaliando o que estás a fazer para atingir os teus
objectivos e revê o plano se necessário. Vai sempre procurando formas de optimizar o teu
tempo.
6

5.0 Considerações finais

Deste trabalho pode se concluir que o processo de planificado de estudos desempenha um papel
importante na vida do ser humano, concretamente no estudante. Na perspetiva de Zabalza (2000),
a planificação é um fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações
e metas num projeto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias. Na verdade,
a planificação assume-se assim como o modo mais eficaz que cada docente tem de preparar o seu
trabalho, organizar o tempo das suas aulas e garantir uma melhor aprendizagem por parte dos seus
alunos. Nenhum projeto será bem sucedido se não for devidamente planificado e delineado,
assumindo-se assim a planificação como o “embrião” ou “semente” do projeto, o ponto de partida
para o mesmo.
7

6.0 Referencias Bibliográficas

➢ Almeida, L. S., & Freire, T. (2008). Metodologia da investigação em psicología e educação


(5a Edição). Braga: Psiquilíbrios Edições.
➢ Carita, A.; Silva, A.M,; Monteiro A.F., & Diniz, T.P. (1997). Como ensinar a
estudar. Lisboa: Editorial presença.
➢ Giordan, A. (1998). Aprender. Instituto Piaget: Lisboa.
➢ Guanir, P.H. (2005). Educación del pensamento y las emociones. Psicología de la
Educacion. Tenerife: Tafor/Narcea.
➢ Lopes, J.A.; Rutherford, R.B.; Cruz, M.C.; Mathur, S.R., & Quinn, M.M.
(2006). Competências comportamentais, emocionais e de aprendizagem. (Colecção
psicologia escolar). Braga: Psiquilíbrios.
➢ Oliveira, J.H. & Oliveira, A.M.B. (1999). Psicologia da educação escolar. I aluno –
aprendizagem. (2ªed). Coimbra: Livraria Almedina
➢ Schunk, D. H. (2005). Self-regulated learning: The educational legacy of Paul Pintrich.
Educatìonal Psychologist, 40, 85-94

Você também pode gostar