Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Curso
Disciplina: Logística
Professor:
Fernando Camilo do Carmo
Formação: Tecnólogo em Produção Sucroalcooleiro
Especialista em MBA Administração e Logística
Registro no CFQ – 108926.
fernandocamylo@hotmail.com
(067) 9936-1946
2
SUMÁRIO
4
O que você entende quando se fala em logística?
5
1 – INTRODUÇÃO
Desde que surgiu na Terra, o homem sempre precisou buscar meios para a
sobrevivência, pois nas épocas mais antigas da História documentada da
humanidade, os produtos nem sempre eram produzidos próximos aos lugares nos
quais eram consumidos e também não estavam disponíveis nos momentos de maior
procura.
Os povos mais antigos consumiam somente os produtos produzidos em
seus locais de origem, limitando-se ao consumo de uma escassa gama de
mercadorias, ou levavam para um local onde armazenavam para posterior utilização,
devido à inexistência de um sistema de movimentação. O sistema de produção era
artesanal e os produtos eram fabricados pelos artesãos, também responsáveis pelo
ciclo produtivo do bem e pela distribuição em âmbito geográfico limitado.
2 – ORIGEM DO NOME
3 – LOGÍSTICA – (História)
6
as principais nações “aliadas” eram Estados Unidos e Inglaterra, e a frente de
batalha estava no continente Europeu.
Toda vez em que houver uma movimentação de um material, ou de uma
informação, de um lugar a outro, estaremos no campo da Logística e certamente
estaremos envolvidos com atividades de Transporte, Movimentação e
Armazenagem, Planejamento e Controle de Estoques, Processamento de Pedidos e
Documentos e Planejamento e Controle Logístico.
O estudo da Logística visa, através de uma visão sistêmica, otimizar este
conjunto de atividades de modo a atingirmos os resultados de Distribuição e Serviço
ao Cliente com o menor custo possível.
Há muitas maneiras de se dizer qual é o conceito de logística, uns dizem
que foi desenvolvida nas forças armadas, e vem do francês Logistique, outros dizem
que o conceito é a parte da arte da guerra que trata do Planejamento e da realização
de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição,
reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operacionais e
administrativos); recrutamento, incorporação, instrução e adestramento, designação,
transporte, bem estar, evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal;
Aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e
acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar; Contrato
ou prestação de serviços.
Se olharmos para o lado empresarial termos as mesmas definições só que
com um diferencial, em todas as definições há a alusão para os custos menores, ou,
a um custo razoável, preços competitivos, ou ainda, tarifas aceitáveis, ou seja, não
há nenhuma dúvida de que um dos principais quesitos no que diz respeito à
Logística gira em torno de Custos.
As maiores contribuições da Logística para o dia a dia da empresa é o valor
agregado aos produtos através do serviço que esta presta ao seu cliente, um
exemplo é o prazo reduzido na entrega, mas, saber onde está localizado o produto
dentro da sua estrutura de armazenagem, fazer a entrega atendendo o pedido de
maneira rápida e precisa, permitindo uma grande facilidade no momento que o
pedido é originado, são os maiores destaques no que diz respeito a nível de serviço.
Para que uma empresa se mantenha no mercado é necessário que esteja
qualificada em termos de preços e o diferencial que a distingue dos concorrentes é o
nível de serviço. Em suma a Logística como a conhecemos hoje tem a missão de
ajudar empresas a melhorar seu nível de serviço reduzindo custos de operações.
Sempre que a questão operacional de uma empresa entra em discussão, surge a
necessidade de decisões especiais de custos na logística, o que envolve ponto de
equilíbrio, até que ponto eu estou investindo e em que ponto estou tendo retorno do
meu capital investido, preço especial e custo marginal.
Sabemos que a Logística é uma ferramenta estratégica para aumentar
vendas e reduzir custos, pois estuda os vínculos existentes entre os elos da cadeia e
os analisa de forma a melhorá-los e torná-los mais eficientes em termos de
qualidade e de custos. Os custos logísticos apesar de imperceptíveis em alguns
casos estão inseridos dentro do contexto econômico no nosso país, existem vários
itens que compõem os custos logísticos.
Custos com Tributação (impostos, taxas, emolumentos)
7
Custos com Transporte
Custos Administrativos
Custos com Embalagem
Etc.
4 – LOGÍSTICA NO BRASIL
Sendo assim, para que o processo logístico seja eficaz e que proporcione a
satisfação de seus clientes é necessário o desenvolvimento de três capacidades
básicas: velocidade, qualidade e estrutura, podendo ser agregados serviços de valor
como a logística reversa, buscando uma maior satisfação dos clientes.
6 – O PAPEL DA LOGÍSTICA
A cada dia que passa, a Logística vem ganhando mais e mais importância
dentro das organizações. Isto se deve basicamente ao fato de que a Logística é uma
das poucas frentes sobre as quais pouco se fez ao longo da história. A economia
mundial se reorganiza, e ao que assistimos é a formação de grandes Blocos
Econômicos e a quebra de Barreiras Alfandegárias entre diversas nações.
Como a Logística trata da otimização da utilização e disponibilização de
recursos, ela presta um valoroso auxílio na resolução destas questões. Além de
possibilitar economias e reduções de custos, somente a Logística pode dar
velocidade às organizações, permitindo que estas se tornem competitiva também no
tempo.
8 – ESTRATÉGIA LOGÍSTICA
9
Observando vários períodos da história, percebe-se que sempre uma área
específica da administração apresentou maior destaque em relação às demais, no
que diz respeito ao desenvolvimento das organizações. Isso ocorreria devido às
mudanças nos aspectos econômicos, sociais, políticos e ambientais nas sociedades.
Assim foi com a administração da produção no início da Revolução Industrial, o
marketing e a administração estratégica no período Pós-Guerra, o período atual
talvez possa ser considerado bastante favorável para o desenvolvimento da área de
logística.
A logística vem ganhando destaque no cenário empresarial por ter se
transformado em fator diferencial para a competitividade das organizações e alguns
fatores têm contribuído para esta aceleração e reconhecimento, como a pressão por
maior giro e redução de estoques, o atendimento a mercados distantes, a introdução
de novas tecnologias, o curto ciclo de vida dos produtos, entre outros (GUARNIERI,
et all, 2006).
A logística, de acordo com Langendyk (2002), é importante para economia
do país, pois atinge, direta ou indiretamente, praticamente todas as esferas da
atividade humana. No entanto, para o bom desempenho do setor logístico é
necessário que este esteja integrado e opere com objetivos comuns, tornando-se a
logística de distribuição o elo entre toda a cadeia e o cliente final (SILVA, 2006).
Monteiro e Bezerra (2010) complementam que a logística associa-se
diretamente ao relacionamento entre a organização e seus clientes, interagindo de
forma eficiente com a cadeia produtiva para conquistar o objetivo final: estar
competitivamente atuando no mercado.
10
No que diz mais respeito ao funcionamento das atividades de logística, Silva
(2006) citando Bowerson (2001) faz uma interface do tema, citando a importância da
interdependência e localização de todos os membros do canal de distribuição para
eficácia das decisões e operações.
Para que o sistema logístico seja eficaz, ele necessitaria também do apoio
dos demais departamentos da organização. Uma das áreas de grande importância
para o processo logístico está relacionada ao sistema de informação. O ERP
(Enterprise Resource Planning)1, planejamento de recursos empresariais, objetiva a
integração de toda a organização por meio de processos. Tal recurso proporciona à
organização um maior controle, tendo acesso a informações confiáveis, o que
auxiliará na tomada de decisões (MAGRINELLI; FERREIRA, 2010 citando
BERTAGLIA, 2009).
Outros setores também são fundamentais. Segundo Valentim, Negueira e
Pinto Júnior (2006) citando Christopher (1999) e Bowersox (2001), haveria uma
relação entre o marketing e a produção. Esta relação estaria materializada na função
e atividades da logística. A figura a seguir mostra a importância que a logística
ocupa entre a produção e o marketing.
11
Alguns elementos de estratégia têm validade universal e podem ser aplicado
a qualquer empresa, independente de sua natureza. Outros são altamente
dependentes da estrutura, cultura e ambiente econômico da empresa.
A estratégia de operações e logística é entendida de forma melhor como um
conceito multidimensional que engloba todas as atividades críticas de operações e
logística da empresa, fornecendo-lhe um sentido de unidade, direção e propósito.
12
Redução do capital: É a estratégia direcionada para minimização do nível
de investimento no sistema logístico. Maximizar o retorno sobre o investimento é o
foco dessa estratégia. Transportar produtos diretamente para clientes, evitando
despesas de armazenagem, selecionar uma abordagem de suprimentos just-in-time
em vez de manutenção de estoque, ou terceirizar serviços logísticos são alguns
exemplos. Essas estratégias podem resultar em custos variáveis maiores do que as
que exigem maior nível de investimentos; no entanto, podem aumentar o retorno
sobre investimentos.
14
adequada do sistema, que deverá ser adaptado às condições específicas da
armazenagem e da organização.
Os problemas e as características desses sistemas estão relacionados com
a natureza do material movimentado e armazenado. Pontos importantes com o
estudo do Layout e tipos de embalagem devem ser considerados, fazendo parte do
sistema. Para a melhoria de um sistema de movimentação, conseguem-se bons
resultados analisando-se os seguintes itens:
a) mão-de-obra utilizada na movimentação;
b) interrupções no trabalho para efetuarem-se movimentações;
c) número de manuseios entre duas operações.
Os objetivos de uma análise do trabalho se traduzem em reduzir a
movimentação interna, localizar as atividades desnecessárias, encontrar tarefas que
podem ser combinadas e descobrir a seqüência mais conveniente para aplicar ao
trabalho. Não existe regra geral para fixar os dados exigidos numa racionalização de
trabalho. Cada caso particular possui características próprias que influem no custo
total e no êxito da execução.
15
Embora as duas condições de compra continuem sendo praticadas, todos os
negócios FOB trarão novo encargo para os responsáveis pela administração de
materiais: a escolha do transportador. Nas compras FOB, caberá aos comprador
estabelecer uma política de transporte que lhe permita manter custos adequados, ao
mesmo tempo que terá de responder pela eficiência da operação para que seus
insumos cheguem ao destino final (seja ele qual for) nos prazos estabelecidos. Com
isso torna-se indispensável estabelecer critérios básicos de transporte que lhe
permitam a escolha das opções mais condizentes com as suas necessidades (Dias,
1988).
É fácil constatarmos, então, a importância de um Departamento
centralizador dos serviços de transporte utilizados pela empresa. Basta verificarmos
que, quanto mais bem estruturado estivermos, maiores serão as possibilidades de
colocação de produto no seu destino final. Comprar bem, procurando os melhores
preços e prazos de pagamento para as matérias-primas, e estocar de maneira a
evitar perdas e no mínimo custo já não são somente os fatores de lucratividade.
Nos últimos anos a distribuição tornou-se uma questão comercial e muitas
empresas não hesitam em afirmar que são os seus custos que determinam
atualmente a sua rentabilidade. A entrega do produto ao cliente final já necessita
uma atenção especial. A distribuição até algum tempo atrás era considerada uma
fonte que gerava custos e engolia os lucros.
16
9.6 – Administração de Compras
17
Completando a organização, podemos incluir como atividade da seção de
compras:
19
A logística é composta de atividades primárias (transporte, manutenção de
estoques e processamento de pedidos), as quais possuem fundamental importância
na redução de custos e maximização do nível de serviços. As demais atividades
(armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e
sistemas de informação) são consideradas atividades de apoio, pois dão suporte às
atividades primárias com o intuito de satisfazer e manter clientes, além de maximizar
a riqueza dos proprietários.
20
sua transformação em informações que dêem precisão ao planejamento, reduzindo
estoques aos níveis considerados ideais pelas melhores práticas de mercado.
O estudo tem como público alvos, tanto executivos quanto acadêmicos que
estejam engajados na árdua tarefa da busca de vantagem competitiva, para que as
empresas possam competir com sucesso numa economia cada vez mais
globalizada.
No mercado altamente competitivo, onde as inovações e as mudanças
ocorrem de forma acelerada, a existência de consumidores exigentes, com
diferentes necessidades a serem atendidas, faz com que as empresas busquem
novas formas de gestão de seus negócios em direção a fidelização dos seus
clientes.
Portanto, desenvolver estratégias que norteiem a empresa é um fator de
extrema importância para a sua manutenção no mercado. Atualmente, uma atividade
que está em evidência no âmbito empresarial é a do transporte que,
simplificadamente, consiste na tarefa de se levar mercadorias de um lugar para
outro.
Esta atividade é o mecanismo que aproxima indústrias, comerciantes e
clientes, envolvendo elementos importantes como preço do serviço, pontualidade da
entrega, condições físicas dos bens entregues, entre outros. No Brasil, observa-se
que o mercado de transporte está em pleno processo de reestruturação em virtude
da globalização e da abertura do mercado.
Como conseqüência deste processo de globalização e de abertura do
mercado, tem-se a chegada de empresas internacionais que iniciaram suas
atividades no país impulsionando a implantação de ferramentas modernas de
gerenciamento, agregando valor aos serviços oferecidos aos clientes, contribuindo,
assim, para tornar o setor mais dinâmico.
Neste contexto, apresenta-se uma ferramenta de gestão definida como
planejamento logístico, que tem por objetivo contribuir na determinação e elaboração
de diretrizes cruciais ao desenvolvimento das atividades, tais como: localização de
centros de distribuição, estabelecimento de tecnologias a serem utilizado, projeto do
sistema de entrada de pedido e seleção de modais de transportes, tipos de veículos
23
que devem compor a frota, determinação do segmento de atuação e, também, do
nível de serviço a ser oferecido aos clientes.
Após esta breve introdução, o presente artigo está estruturado de forma que
esclareça ao leitor pontos importantes de estudo. Na próxima seção é detalhado
como o planejamento logístico pode contribuir para a melhoria do nível de serviço a
ser oferecido aos clientes. Na seção seguinte é desenvolvida uma conceituação
mais específica sobre nível de serviço e, a seguir, é discutido como se pode
determinar o nível de serviço a ser oferecido pela empresa frente às expectativas
dos clientes. Por fim, é realizada a conclusão do estudo.
A utilização de ferramentas de gestão, como o planejamento logístico, tem
por objetivo proporcionar às empresas um suporte para enfrentar o mercado
competitivo atual, com rápidas mudanças e exigências fortes e diferenciadas por
parte de cada cliente ou grupos destes. Por ser uma ferramenta que tem por objetivo
proporcionar melhorias no processo de determinação do nível de serviço, exige que
alguns fatores sejam considerados no seu desenvolvimento de forma que se
obtenha êxito no processo como um todo.
O trabalho de desenvolvimento de um planejamento logístico pode se tornar
mais fácil na medida em que a empresa possa dispor de uma equipe de profissionais
altamente capacitados com visão realista do mercado e com a preocupação de
encontrar a melhor posição na qual a empresa possa competir. Outro ponto bastante
importante é o envolvimento de todo corpo dirigente da empresa com o objetivo de
se ter um forte apoio de todos nas tomadas de decisão.
O planejamento logístico deve ser altamente flexível para reagir com rapidez
às mudanças competitivas do mercado. Por todos os aspectos discutidos neste
estudo, pode-se concluir que as empresas devem dispor de um conhecimento
avançado de toda sua rede de clientes para melhor mensurar suas necessidades,
habilitando-as a fornecer um nível de serviço adequado, bem como, prover uma
análise profunda em torno da relação do nível de serviço oferecido e seu retorno,
pois sabe-se que é necessário dotar o negócio de uma rentabilidade razoavelmente
compensadora, a fim de atender aos desejos dos acionistas.
É recomendável desenvolver trabalhos de projeção em torno de possíveis
nichos de mercado que possam futuramente ser explorados, pois com a existência
do risco de falta de demanda por parte dos clientes atuais, torna-se mais fácil atuar
em nichos de mercado previamente observados e estudados. A concepção
estratégica de um sistema logístico de alto desempenho deve ter como objetivo
principal o serviço total ao cliente em termos de disponibilidade de serviços, com
qualidade especificada e custos competitivos. A concepção de um sistema logístico
deve ser iniciada pela realização de um planejamento logístico, analisando o
ambiente competitivo no qual a empresa está inserida.
Vale lembrar que, o mercado logístico está em plena expansão no Brasil e
que muitas empresas líderes mundiais estão instalando suas bases em território
brasileiro. Estas empresas oferecem serviços diferenciados, atacando diretamente
clientes altamente potenciais. E isso, por sua vez, acaba por elevar
consideravelmente o grau de exigência dos mesmos. Neste contexto, somente as
empresas bem planejadas e com solidez de suas estratégias poderão disputar com
igualdade de condições a difícil batalha de conquista e fidelização dos clientes.
24
12 – INDICADORES DE DESEMPENHO LOGÍSTICO
A busca por eficiência tem como pré-requisito a alta qualidade dos serviços
prestados ao cliente final (Fleury e Lavalle, 2000). No entanto, atualmente para se
atingir esse objetivo não basta apenas ter o aprimoramento das atividades internas
da empresa. É fundamental também que exista um alto nível de integração entre os
parceiros de uma mesma cadeia.
As empresas cada vez mais estão conscientizando-se de que não é possível
atender às exigências de serviço dos clientes e, simultaneamente, cumprir com os
objetivos de custo da empresa sem trabalhar de forma coordenada com outros
participantes da cadeia de suprimentos (Fleury e Lavalle, 2000).
Assim, os indicadores de desempenho logístico podem monitorar a
qualidade das atividades logísticas internas à empresa ou a de seus parceiros
(fornecedores).
Quanto ao âmbito, podem ser:
Tabela – Classificação dos Indicadores quanto ao Âmbito.
25
12.4 – Descrição dos Indicadores de Desempenho Logístico
26
27
28
29
A necessidade de aprimoramento das relações entre empresas de uma
cadeia fez surgir a preocupação de monitoramento de indicadores de âmbito
externo. Muito mais do que ferramentas de acompanhamento do serviço prestado
pelos parceiros da cadeia de suprimentos para possível negociação, os indicadores
de desempenho logístico externo são fundamentais para a definição de políticas e
processos internos que dependem do desempenho de seus parceiros. Além disso,
eles são essenciais na coordenação de políticas que garantam a competitividade da
cadeia de suprimentos.
30
12.5 – Monitoramento e Controle dos Indicadores de Desempenho
Logístico
A coleta de dados merece especial cuidado quando se trata da medição de
qualquer tipo de indicador. No caso de indicadores de desempenho logístico, grande
parte ou até a totalidade dos dados necessários são provindos de sistemas de
informações. Portanto, deve-se atentar para a acuracidade dos dados fornecidos
pelo sistema, a fim de garantir que os indicadores representem o real desempenho
das atividades logísticas. Feita a medição, inicia-se a fase de monitoramento e
controle dos indicadores.
Neste momento, tão importante quanto buscar atingir a meta, é estabelecer
os limites dentre os quais os indicadores podem variar. Quando a empresa
determina uma meta para um indicador, implicitamente, ela está definindo a
31
quantidade de recursos que serão alocados para as atividades a fim de cumprir com
a meta.
Os Gráficos de Controle são ferramentas simples e que respondem
adequadamente à problemática de determinação dos limites de variação dos
indicadores.
Abaixo segue um exemplo da utilização desta ferramenta para o controle de
um indicador de desempenho logístico.
Exemplo
Uma empresa de distribuição expressa promete que os pacotes sejam
entregues em 24h. A empresa deseja que, pelo menos, 95% dos pacotes sejam
entregues dentro do prazo. Amostras de 100 entregas foram coletadas durante 10
dias. Abaixo segue a tabela com o número de entregas realizadas dentro do prazo
em cada um dos dias:
Caso o indicador fique abaixo do limite inferior, significa que existe algum
problema na operação ou que os recursos são insuficientes para o cumprimento da
meta. Já no caso de o indicador ficar acima do limite superior, significa que existem
32
mais recursos disponibilizados para as operações do que seria necessário para que
a empresa cumprisse com sua meta, ou seja, a empresa também está alocando mal
seus recursos.
13 – PRODUTO LOGÍSTICO
13.1 – Definição
Produto Logístico é o produto em si, agregado de valores que geram, no
cliente, o maior nível de satisfação possível.
Se o produto for um bem físico, ele também possui atributos físicos, tais
como peso, volume e forma, que também têm influência no custo logístico. Se o
produto for algum tipo de serviço, ele será composto de intangíveis, como
conveniência, distinção e qualidade. (definição de Ronald H. Ballou).
14 – LEAD TIME
35
2 – Make-to-Order – Significa que o fabricante não começa a fabricar o
produto até que a encomenda do cliente seja recebida. O produto final é
normalmente feito com itens padronizados, mas pode incluir também componentes
feitos sob medida. O lead time de entrega é reduzido porque se requer pouco tempo
de projeto e o estoque é tratado como matéria-prima.
36
15.1 – Níveis de estoque
37
coeficiente melhor será o resultado da gestão de estoques. A fórmula utilizada é a
apresentada a seguir:
EXERCÍCIO:
Uma empresa tem como vendas anuais um total proporcional a uma
quantidade vendida de 100.000 unidades de determinado produto ao ano. Se seu
preço de venda é de R$ 12,00 e o seu lucro anual gira em torno de 5,4167% a.a.
além de um estoque (matéria – prima, auxiliar, manutenção, acabados) um
investimento de R$ 240.000,00. Além de um custo anual de vendas girando em
torno de R$ 300.000,00.
Pergunta-se:
A) Qual é o retorno de capital em estoques?
B) Qual é o retorno de capital em estoques se o estoque fosse de R$ 55.000,00?
C) Determine o Giro de Estoques?
D) Faça uma análise do resultado obtido
38
15.4 – Avaliação dos estoques
15.5 – LIFO (Last In, First Out) ou UEPS (Último a entrar, Primeiro a
Sair)
39
É um procedimento muito utilizado em economias inflacionárias, facilitando a
contabilização dos produtos para definição de preços de venda e refletindo custos
mais próximos para a realidade do mercado.
Itens de classe A
São os itens mais importantes e que devem receber toda a atenção no
primeiro momento do estudo. É nos itens dessa classe que iremos tomar as
primeiras decisões sobre os dados levantados e correlacionados em razão de sua
importância monetária.
Os dados aqui classificados correspondem, em média, a 80% do valor
monetário total e no máximo 20% dos itens estudados (esses valores são
orientativos e não são regra).
Itens de classe B
São os itens intermediários que deverão ser trados logo após as medidas
tomadas sobre os itens de classe A, são os segundos em importância. Os dados
aqui classificados correspondem em média, a 15% do valor monetário total do
estoque e no máximo 30% dos itens estudados (esses valores são orientativos e não
são regra).
Itens de classe C
São os itens de menor importância, embora volumosos em quantidades,
mas com valor monetário reduzidíssimo, permitindo maior espaço de tempo para sua
análise e tomada de ação. Deverão ser tratados, somente, após todos os itens das
classes A e B terem sido avaliados.
Em geral, somente 5% do valor monetário total representam esta classe,
porém, mais de 50% dos itens formam sua estrutura (esses valores são orientativos
e não são regra).
Agricultura: Que alimentos devem ser plantados de modo que o lucro seja
máximo e sejam respeitadas as características do solo, do mercado comprador e
dos equipamentos disponíveis?
45
Cada ponto de saída ou chegada de mercadoria é chamado de nó e será
identificado por um número. Por exemplo, quando o carregamento de laranjas sai de
Barretos e chega à fábrica 3 a mercadoria sai do nó 1 para o nó 6. Vamos identificar
as variáveis de decisão por: Kij – Quantidade de quilogramas de laranja transportada
do nó i para o nó j.
No total, temos 9 variáveis de decisão, a saber:
K14 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 1 para o nó 4.
K15 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 1 para o nó 5.
K16 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 1 para o nó 6.
K24 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 2 para o nó 4.
K25 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 2 para o nó 5.
K26 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 2 para o nó 6.
K34 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 3 para o nó 4.
K35 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 3 para o nó 5.
K36 – Quantidade de quilogramas de laranja transportada do nó 3 para o nó 6.
46
15.13 – Problema de transporte de mercadorias (logística)
SABENDO QUE:
EXERCÍCIOS
16 – MRP e MRP II
MRP é a sigla de material requirement planning, que pode ser traduzido por
planejamento das necessidades de materiais. O MRP usa uma filosofia de
planejamento. A ênfase está na elaboração de um plano de suprimentos de
materiais, seja interna ou externamente. O MRP considera a fábrica de forma
estática, praticamente imutável.
Assim, o MRP como hoje se conhece apenas se viabilizou com o advento do
computador. O MRP utiliza softwares cada vez mais sofisticados, alguns deles
chegando a custar mais de um milhão de dólares.
MRP é um programa que permite com base na decisão de elaborar um
programa de produção de itens e/ou conjuntos, determinamos o que, quando e
quanto comprar e produzir de materiais e conjuntos acabados.
É um sistema que simplifica a gestão de estoques e o sistema de programar
a produção otimizando os recursos humanos e físicos da organização. Como fator
principal o MRP visa ajudar o administrador a comprar e produzir apenas o
necessário e no momento exato para eliminar estoques.
Os softwares com maiores capacidades de processamento passaram a ser
denominados sistemas de manufacturing resources planning, que pode ser
traduzido por planejamento dos recursos de manufatura.
48
Como a sigla de manufacturing resources planning (MRP) é a mesma de
material requirement planning (MRP), convencionou-se chamar a primeira de MRP
II.
Hoje em dia é cada vez maior o número de autores que chamam o MRP II
de ERP, sigla de Enterprise Resource Planning, ou seja, planejamento dos recursos
da empresa.
Quando se trata de um software baseado em MRP II, é fornecida uma
quantidade bem maior de dados sobre o produto, como preço unitário, fornecedores,
processo de fabricação, equipamentos, roteiros de fabricação e respectivos centros
de custos, mão-de-obra utilizada por categorias profissionais, ferramentas utilizadas
e respectivo consumo, alterações no BOM e datas a partir das quais entrarão em
vigor, etc.
OBS: O MRP não trata dos problemas de avaliar as capacidades, ou seja,
se as quantidades de máquinas e pessoal são suficientes para cumprir os
programas em seus respectivos prazos. Para solucionar esse problema foram
criadas novas fórmulas que, associadas ao MRP, permitiam o cálculo das
necessidades dos recursos humanos e de equipamentos, que passou a ser
denominado de Planejamento dos Recursos de Manufatura (Manufacturing
Resources Planning – MRP II).
50
Instrumento de planejamento: Permite o planejamento de compras, como
já visto, de contratações ou demissões de pessoal, necessidades de capital de giro,
necessidades de equipamentos e demais insumos produtivos.
Simulação. Situações de diferentes cenários de demanda podem ser
simuladas e ter seus efeitos analisados. É um excelente instrumento para a tomada
de decisões gerenciais.
Custos: Como o MRP baseia-se na "explosão" dos produtos, levando ao
conhecimento detalhado de todos os seus componentes, e, no caso do MRP II, de
todos os demais insumos necessários à fabricação, fica fácil o cálculo detalhado
voltado justamente para o custeio dos produtos.
Reduz a influência dos sistemas informais: Com a implantação do MRP,
deixam de existir os sistemas informais, muitos usuais nas fábricas ainda hoje.
Nesses sistemas a informação sobre um determinado produto por vezes fica
armazenada "na cabeça de Fulano".
EXERCÍCIO
Custos do inventário;
Escolha do modo de transporte e custos através da distribuição primária e
secundária; e
Níveis de serviço exigidos pelo cliente.
52
Cada vez mais as informações estão sendo substituídas pelo inventário. Os
inventários podem ser reduzidos pela utilização de ligações EDI – Intercâmbio
Eletrônico de Dados entre clientes e fornecedores e não envolvendo apenas as
funções de vendas e compras, mas, também, as logísticas.
Os clientes, notadamente no comércio (supermercados, por exemplo), cada
vez mais buscam entregas em quantidades menores e mais frequentes em seus
centros de distribuição, não somente para reduzir inventários, mas desfrutar os
benefícios que isto pode trazer em termos de necessidades do espaço reduzido no
armazém (através das entregas Just-in-Time e cross-docking), produtos mais
frescos, vida mais longa dos produtos na prateleira e menos potencial de
obsolescência dos produtos de alta tecnologia e produtos da moda.
As alianças estratégicas entre clientes e seus distribuidores,
transportadores, asseguram a maximização tanto do serviço ao cliente quanto do
potencial de lucro.
53
17 – CONSULTORIA
55
18 – DICIONÁRIO PARA LOGÍSTICA
Budget » orçamento
CIF » Cost, Insurance and Freight ou Custo, Seguro e Frete. Neste caso, o material
cotado já tem tudo embutido no preço, ou seja, é posto no destino.
57
Despatch ou Presteza » que faz jus o contratante de um navio, quando este
permanece menos tempo do que o acordado nos portos de embarque ou de
descarga.
FOB » Free on Board ou Preço sem Frete Incluso (posto a bordo). Existem algumas
variações de FOB. Pode ser FOB Fábrica, quando o material tem de ser retirado, e
FOB Cidade, quando o fornecedor coloca o material em uma transportadora
escolhida pelo cliente.
58
Forecasting » previsões de tempo.
Food Town » Local que reúne vários fornecedores de um mesmo cliente em comum.
Kanban » técnica japonesa com cartões, que proporciona uma redução de estoque,
otimização do fluxo de produção, redução das perdas e aumento da flexibilidade.
Layday ou Laytime » estadia do navio no porto, que significa período previsto para a
operação (atracar, carregar e zarpar).
Lastro » expressão do transporte marítimo, que significa água que é posta nos
porões para dar peso e equilíbrio ao navio, quando está sem carga.
ML » Milha Terrestre.
NM » Milha Marítima.
61
U
62
19 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dias, Marco Aurélio P. Transportes e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1987.
63
GARCIA. E. S.; LACERDA. L. S.; BENICIO. R. A. Gerenciando incertezas no
planejamento logístico: o papel do estoque de segurança. 2004. Disponível em:
<http://www.tfscomunicacao.com.br/imgs/sala_estudo/273_arquivo.pdf>. Acesso em:
01 de outubro 2013.
64