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“O vagabundo”
O dia inteiro pelas ruas anda De arranca-lo a esse trilho perigoso,
Enxovalhando, roto indiferente: De Atira-lo p’ra os bancos de uma
Mãos aos bolsos olhar impertinente, escola?
um machucado chapeuzinho a
banda. Do vagabundo faz-se o criminoso.
Álbum das Meninas -
1898
Álbum das Meninas - revista que circulava em São
Paulo.
Objetivo: iniciar jovens leitoras no universo da arte, da
literatura e da boa educação.
“ O Vagabundo” - soneto de Amélia Rodrigues -
tratava da preocupação recorrente na cidade: o grande
número de menores criminosos que constantemente
ameaçavam a ordem pública e a tranquilidade das
famílias paulistanas.
Uma cidade e seus problemas
Passagem do século – período impar para a história
da industrialização de São Paulo.
Rápida transformação da pequena vila em cidade
cosmospolita e industrial.
Enormes contingentes de imigrantes de diversas
parte do mundo.
Crescimento paulatino de industrias e comércios e o
mercado de serviços
Miséria, exclusão social, violência e a pauperização
de camadas populacionais
Início da elaboração de estatísticas criminais em São
Paulo.
A especialização dos aparelhos policiais e o constante
aperfeiçoamento das técnicas importadas, propiciando
estatísticas mais precisas.
Interpretação romântica por parte dos juristas exaltan-
do vantagens do trabalho campestre em oposição ao
trabalho citadino.
.
Menores e Criminalidade
diferentes e novos padrões de convívio que a
urbanidade impunha a seus habitantes eram
ignorados pelo discurso oficial, que estabelecia a
oposição entre lazer-trabalho e crime hostilidade.
A infância como alvo de serias preocupações , pois
diante de altos índices de delinquência, achava-se
está nela a origem dos problemas.
A instauração de um código penal republicano.
Reflexo da sociedade patriarcal brasileira,
legitimando a dominação masculina sobre a
submissão da mulher. (o código não fazia
nenhuma distinção entre meninos e meninas)
Ruas e Arruaças
Iniciação precoce no mercado de trabalho - fábricas
e oficinas, paralelamente nas atividades ilegais, em
busca da sobrevivência numa cidade que hostilizava
as classes populares.
Atividades ilegais como: roubo, o furto, a prostitui-
ção passam a ser instrumentos provedores dos me-
nores e suas famílias na busca pela sobrevivência.
Registros constantes em periódicos de matérias
envolvendo menores.
Frequência de transito por menores em atividades
licitas e ilícitas.
A vadiagem infantil ressurgindo como problema
central, perturbando as famílias e ameaçando a esta-
bilidade da ordem pública.
O problema da delinquência infantil perpassa não só
pela escola, como pela fábrica, repousando na peda-
gogia do trabalho buscando uma solução eficaz e
ao mesmo tempo rentável .
Relatório de 1904 de Antonio Godoy – chefe de
polícia defendia a pena especifíca da vagabudagem ,
o incontestável trabalho coato.
Considerado crime de “ vadiagem” – previsto nos
artigos 399 e 400 do Código Penal.
Estatística em 1904 apontava, que dos 1.470 presos,
pelo crime de vadiagem, 293 eram menores.
A correção imputada pelo Estado ao crime de
“vadiagem” passava pela pedagogia do trabalho.
Dos 2.415 presos recolhidos á cadeia pública, 1.118 ,
por crime de vadiagem.
Instituto Disciplinar – século
XIX em São Paulo.
Fundadas normalmente por congregações Religiosas
ou particulares, ligados a indústria e ao comércio,
tinham no ensino profissional sua tônica e diretriz,
acolhendo filhos de operários e comerciantes.
Lyceo do Sagrado Coração de Jesus –
Abrigo de Santa Maria -
Instituto Dona Ana Rosa -
Instituto Dona Escholastica Rosa – Santos
Forma de Ingresso: dava-se sempre por sentença do juiz
de direito que determinava o tempo/permanência do
sentenciados
O ingresso desse menor no Instituto, era registrado no
livro de matrícula e depois sujeito a interrogatório,
passando por rigoroso exame médico, extraindo –se suas
medidas antropométricas e tirando-lhes fotografias.
Força Pública ou por membros da Guarda Cívica.
Incompatibilidade entre o código penal e o Estado,
resultando na aplicação das sentenças de forma
improvisada.
Regulamento não previa momentos de lazer para os
jovens, as brincadeiras e jogos não eram tolerados.
Em 1902, a lei 844, autorizava o governo a fundar um
instituto disciplinar numa colônia correcional destina-se
ao enclausuramento e correção pelo trabalho.
A regeneração pelo combate ao ócio e a pedagogia
do trabalho eram moedas correntes no cotidiano do
instituto.
As fugas refletiam a intolerância e a revolta dos me-
nores para com o tratamento cruel e frequentemente
violento que lhes era dispensado não só pela polícia,
como também por funcionários do instituto, em fran-
co desrespeito com o regulamento interno.
CONCLUSÃO