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Apost. 14
Direito Civil - obrigações
Direitos das obrigações é conjunto de normas que disciplina as relações jurídicas patrimoniais e
que tem por objeto prestação de um sujeito em favor de outro. Tem como características um
Sujeito, que pode ser qualquer pessoa física ou jurídica, apresentando como ativa ou
passivamente. Ativa é o credor, e passiva o devedor, temos também o Objeto, que é a prestação
ou obrigação que consiste num dar, fazer ou não fazer e ainda o Vinculo Jurídico que é o elo de
ligação entre o devedor e o credor.
2º Reciprocamente consideradas:
A- OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: é a obrigação existente por si, sem qualquer sujeição a outras
relações jurídicas, a locação é um exemplo de contrato que gera obrigações próprias.
B- OBRIGAÇÃO ACESSORIA: vem completar a principal, cuja sua existência produz
obrigações acessóriais como exemplo a fiança de uma locação.
ESPEDCIES DE OBRIGAÇÕES. Temos a obrigação de DAR, que pode ser dar coisa certa ou
incerta, no caso da certa o devedor se compromete a devolver um bem emprestado com as
mesmas características no sofrimento de algum dano, já na incerta o comprometimento esta em
devolver um bem no mesmo valor cabendo ao devedor a escolha desse bem. Na obrigação de
FAZER, o devedor se obriga a prestar um serviço ao credor, essa obrigação pode ser
FUNGIVEL ou INFUNGIVEL. No caso da fungível se o devedor não cumprir o acordado o credor
pode preitear uma indenização por perdas e danos ou ainda contratar um 3º e cobrar do
devedor originário os custo do serviço, já no infungível, não pode haver substituição do devedor,
somente o pleitear a indenização por perdas e danos ou ainda exigir o astreintes ou seja multa
diária por atraso. Na obrigação de NÃO FAZER, é quando o devedor se obriga a não fazer
determinado ato no qual estaria livre se não tivesse se comprometido. Ex: abrir um comércio
concorrente no local.
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES: é seu fim natural, mas a também outros atos jurídicos
voluntários que acarretam na extinção da obrigação e são eles: a COMPENSAÇÃO, a
NOVAÇÃO, e por COMUM ACORDO, todos estes meios de extinção dependem da vontade das
partes. Independentemente dessa vontade, outros fatos produzem os mesmo resultados,
quando impossível por parte do devedor o seu cumprimento ate mesmo imputável; em caso de
morte das partes; pela confusão, onde credor e devedor, é a mesma pessoa; pelo vencimento
do prazo de vigência, estabelecidas pelas partes em lei e pela extinção da obrigação principal,
no caso da obrigação acessória.
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Direito Civil – Contratos.
CONTRATO é o acordo entre duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) com a finalidade de
adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos de natureza patrimonial.
CONCEITO.
Falência caracteriza-se como um fato jurídico, por passar por um processo de execução
coletiva, a fim de arrecadar meios de pagamentos devidos aos credores, haja-visto, a
impossibilidade material de fazê-lo, já que o patrimônio disponível é menor do que o devido.
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Recuperação de Empresas.
I – CONCEITO.
O instituto da recuperação de empresas ingressou no direito, via lei nº 11.101/2005, o objetivo é
viabilizar a superação de crise econômica - financeira do devedor, tal conceito e extraído do
art.47 da LFR, e deixa claro que não é para facilitar a vida do empresário e sim, para propiciar a
preservação da empresa como unidade produtiva, empregadora, produção de riquezas e
arrecadações de tributos.
II – ESPECIES DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
Judicial, quando decretada pelo judiciário, mediante plano de recuperação.
Extrajudicial, quando já existe acordo entre o devedor empresário e alguns credores, neste caso
o judiciário funciona como órgão homologador.
III – REQUESITOS PARA SE TER ACESSO A RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
Vale reiterar que somente o empresário (coletivo ou individual) pode ter acesso há, recuperação
judicial e o interessado ainda tem que atender requisitos impostos pela LFR.
Passado esta fase, poderá requerer a recuperação judicial quem atenda os seguintes (art. 48).
1º no momento pedido, estar exercendo suas atividades regularmente há mais de dois anos;
2º não ser falido, caso seja, estar em dia com responsabilidades daí decorrentes;
3º não ter há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial;
4º não ter há menos de oito anos, obtido concessão de recuperação judicial baseada no plano
das microempresas, e empresas de pequeno porte;
5º não ter sido condenado ou não ter sócio controlador, ou pessoa condenada por qualquer dos
crimes previsto na LFR, salvo as reabilitadas na forma da lei.
IV – MEIOS DE RECUPERAÇÃO.
A lei nº 11.101/2005, em seu art.50, menciona expressamente os meios de recuperação, são
elas:
1º concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou
vincendas;
2º cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiaria
integral, ou cessão de cotas, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da lei vigente;
3º alteração do controle societário;
4º substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação dos órgãos
administrativos;
5º concessão aos credores de diretos de eleição em separado de administradores e de poder
de veto em relação as matérias que o plano especificar;
6º aumento de capital social;
7º trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive a sociedade constituída pelos
próprios empregados;
8º redução salarial, compensação de horas e redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva;
9º dação em pagamento ou novação de dividas do passivo, com ou sem constituição de garantia
própria ou de terceiro;
10º constituição de sociedade de credores;
11º venda parcial dos bens;
12º equalização dos encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como
termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos
contratos de credito rural, sem prejuízo do disposto em legislação especifica;
13º usufruto da empresa;
14º administração compartilhada;
15º emissão de valores mobiliários;
16º Constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos
créditos, os ativos do devedor.
Nota-se que rol de medidas é bem extenso, mas apenas explicativo, podendo ser adotadas
outras medidas não enunciadas na LFR, assim devedores e credores, podem utilizar, da
criatividade a fim de encontrarem melhores meios de recuperar a empresa em dificuldades.
V – ENCERRAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
O juiz decretara por sentença o encerramento da recuperação, caso o devedor tiver cumprido
com todas as suas obrigações no prazo de dois anos, nesta ocasião será determinada a
extinção do processo dos quais arrola a LFR (art. 63), e caberá ao devedor:
A - pagamento do saldo de honorários ao administrador judicial;
B – apuração do saldo das custas judiciais a serem recolhidas;
C – apresentar através do administrador judicial o plano de recuperação da empresa;
D – a dissolução do comitê de credores e a exoneração do administrador judicial;
E – a comunicação ao registro publico de empresas para as providencias cabíveis.
1º JUIZO COMPETENTE
Cabe ao juízo do local, onde situa, o principal estabelecimento do devedor, apreciar pedidos de
falência, recuperação judicial e extrajudicial, em caso do estabelecimento esteja fora do país,
será o juízo do local onde estiver a filial no Brasil.
2º O ADMINISTRADOR JUDICIAL.
Cabe ao juiz nomear um administrador judicial, diz a LFR, que esse administrado deve ser um
profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou
contador, ou pessoa jurídica especializada (art. 21). Este assumira atribuições administrativas,
na recuperação judicial seu papel e de fiscalizar as atividades do devedor, pois nesta situação
não há necessariamente o afastamento do devedor de suas atividades, já na falência a situação
e outra, o devedor é afastado cabendo ao administrador, administrar os bens e representar a
massa falida.
As atribuições gerais do administrador judicial estão elencadas no art.22, caput, e inciso I, da
LFR. As especificas a recuperação judicial no art. 22, II; e as relativas ha falência, no art. 22, III.
Esse profissional faz jus a uma remuneração a ser fixada pelo juiz, observando-se a capacidade
de pagamento do devedor, será estipulado o valor, tal remuneração, contudo não poderá
exceder a 5% do valor devido aos credores.