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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO (CENFLE)


CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO: ESTÁGIO SUPERVISIONADO: AÇÃO


DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

NARRATIVAS DE PROFESSORAS SOBRE O PROTAGONISMO DE MULHERES


NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Bruna Gessica Oliveira


Josiel Silva Ferreira
Luena Brena de Almeida da Silva

SOBRAL- CE
2022
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)
CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO (CENFLE)
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

NARRATIVAS DE PROFESSORAS SOBRE O PROTAGONISMO DE MULHERES


NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório analítico-descritivo expandido como


exigência legal do Curso de Licenciatura em
Pedagogia da Universidade Estadual Vale do
Acaraú (UVA) para aprovação no Estágio
Supervisionado II: Ação Docente na Educação
Infantil

Orientadora: Professor(a) Dra. Lídia Azevedo


de Menezes Rodrigues

SOBRAL-CE

2022
2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………..…04
2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CAMPO DE ESTÁGIO……………..….05
2.1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO…………………………….…………05
2.2 - CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL……………………………………05
2.3 – INSTALAÇÕES………………………………………………………………...06
2.4 – RECURSOS HUMANOS ……….......................................................................06
2.5 - OS DESAFIOS OBSERVADOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA
ESCOLA………................................................................………...........................…..06
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………………………..07
4. AGENDA DA OFICINA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA……………………..11
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA OFICINA DE INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA…………………………………………………………………..................16
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………….…17
7. REFERÊNCIAS ……………………………………………………………….................19
8. ANEXOS…………………………………………………………………………..............21
9. APÊNDICES……………………………………………………………………………....26

3
1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho provém da disciplina Estágio Supervisionado Ação Docente na


Educação Infantil, um componente curricular que é ofertado aos estudantes do curso de
Pedagogia na Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA. O estágio supervisionado é
crucial na formação docente, por isso, é necessário que a universidade possua nas grades
curriculares dos cursos de licenciatura os estágios supervisionados. Com o intuito de formar
profissionais capacitados e preparados para o mercado de trabalho, serem capazes de exercer
bem sua função social. É pelas experiências obtidas nos estágios que os acadêmicos(a)s
relacionaram teoria (conteúdos vistos e aprendidos na IES) e prática (ações e momentos nos
campos de estágio), percebendo a realidade do espaço escolar ou não escolar, analisar quais
são os desafios e impasses, intervir e resolver alguma problemática na instituição.
De acordo com (PIMENTA, 1996, p.77), o estágio nos cursos de licenciatura tem um
desafio de “colaborar no processo de passagem dos alunos de seu ver o professor como aluno
ao seu ver-se como professor”. Ao observar a escola e relacionar a teoria e a prática, o estágio
supervisionado também possibilita a aquisição de diversos saberes que só podem ser
apreendidos dentro da realidade escolar.
Falando de modo geral, na maioria das vezes, os estagiários vão a campo em busca de
encontrar alguma falha da Gestão e moldar uma proposta de intervenção em cima dessas
falhas, e isso pode ser um dos principais motivos que contribuem para a recusa ou receio de
alguns gestores frente a uma solicitação de estágio.
A proposta aqui apresentada foge desse modo de abordagem, pois não foi definida em
cima de um erro da gestão da escola, baseia-se principalmente na necessidade de se refletir do
papel da mulher na educação infantil, abordando o protagonismo e problematizando algumas
relações de gênero.
O referido tema foi escolhido com base nas discussões e observações no Centro de
Educação Infantil Professora Maria Luciana Lopes Lima, percebemos uma grande
porcentagem de mulheres trabalhando na instituição, a maioria dos profissionais são
mulheres, tendo somente um homem trabalhando como vigia. As professoras da Educação
Infantil além de serem mulheres, ainda têm que desenvolver o protagonismo infantil e serem
protagonistas do processo educativo, por isso a escola deve oferecer momentos, tempos e
oportunidades para que haja participação efetiva de mulheres.
Esse tema ainda justifica-se pela necessidade de refletir o papel da mulher como
profissional da Educação Infantil, desmistificando o sentido atribuído às educadoras não

4
apenas ao cuidar, mas também a importância no desenvolvimento integral da criança. A
profissão docente é a área onde existe o maior número de mulheres inseridas, esse dado está
associado a diversos fatores, mas o que não podemos deixar de salientar é o protagonismo das
educadoras, contribuição desempenhada na Educação Infantil e consequentemente à
Educação.
O relatório está dividido em duas etapas, a primeira relata a característica do campo do
estágio e a segunda refere-se ao relato de experiência da aplicação do projeto realizado por
meio de uma intervenção com as professoras do CEI Maria Luciana Lopes Lima, realizadas
pelos estagiários durante a disciplina de Estágio Supervisionado Ação Docente na Educação
Infantil do curso de Pedagogia da UVA. O projeto teve como objetivo refletir sobre o papel da
mulher enquanto professora protagonista na Educação Infantil a partir das narrativas das
professoras da instituição, visando compreender sobre o protagonismo das mulheres na
Educação infantil. Teve como aporte teórico os autores Nóvoa (1991); Pimenta (1995); Josso
(2004), esses autores foram essenciais para fundamentar toda a escrita e realização deste
relatório.

2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO

2.1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO


Nome: Centro de Educação Infantil Professora Maria Luciana Lopes Lima
Endereço: R. São Sebastião, 945 - Cidade Gerardo Cristino de Menezes, Sobral - CE,
62051-190
Direção e Vice-Direção: C.M.R.A
Coordenadora: S.M.M

2.2 - CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL


O Centro de Educação Infantil (CEI) Professora Maria Luciana Lopes Lima (campo
de estágio) foi instituído em 05 de agosto de 2015 e funciona de acordo com a Educação
Infantil buscando atender crianças de 0 a 5 anos da comunidade do Parque Santo Antônio,
Sobral - CE.

A referida escola possui aproximadamente 275 alunos, e cerca de 20 necessitam de


Atendimento Educacional Especializado (AEE). Não oferta somente a Educação Infantil, a

5
instituição oferece uma educação especial para a comunidade. Quanto a outros programas não
oferta, é organizado em dois semestres anuais. Pela manhã: das 7:00 às 11:00 – Berçário ao
Infantil V (Pré-Escola e Educação infantil); Pela tarde: 13:00 às 17:00 - Infantil II a Infantil V
(Educação Infantil).

2.3 - INSTALAÇÕES
A escola possui 6 salas de aulas, funcionando no turno matutino e vespertino. Há uma
sala para a coordenação e para os professores. Além de uma sala de recursos com a presença
de uma psicopedagoga e uma professora de educação especial para dar atendimento aos
alunos com necessidades especiais.

Possui também uma sala para a direção, uma para a secretaria, uma sala de vídeo,
laboratório de informática, laboratório de ciências, sala de leitura, parque infantil, banheiros
adequados a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, auditório. Apresenta um
refeitório, uma cozinha e um almoxarifado..

Disponibiliza ainda dois bebedouros, dois pátios (sendo um na parte da frente e outro
nos fundos). Possui banheiros em todas as salas de aula destinados para os alunos. A` escola
dispõe de um datashow, mapas, globos, livros didáticos e paradidáticos, jogos, material
dourado, entre outros recursos.

2.4 - RECURSOS HUMANOS


O núcleo gestor é composto por uma diretora, duas coordenadoras e uma secretária
escolar, todos nomeados pelo chefe do executivo municipal. Para execução da proposta
pedagógica a instituição conta com 47 Recursos Humanos: uma diretora especialista em
administração escolar, duas coordenadoras com nível superior, 13 professoras pedagogas, uma
profissional AEE (especialista), para o apoio pedagógico contam com 6 profissionais com
nível superior, 8 cuidadoras com nível médio, 1 secretária com nível médio, 1 agente
administrativo com nível médio, 2 manipuladoras de alimentos com nível médio, 5 auxiliar
de serviços gerais com nível médio.

2.5 - OS DESAFIOS OBSERVADOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ESCOLA

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Quanto aos desafios observados na prática pedagógica verificamos inicialmente uma
resistência da escola em nos receber, e isso se deve a política de proteção que a instituição de
ensino possui, principalmente, por ter o público alvo crianças do Berçário e Educação Infantil.
Mas após superar esse desafio, já inseridos na instituição a qual nos recebeu muito bem após
toda a burocracia necessária (carta de apresentação, termos de compromisso, apresentação da
equipe) fomos destinados cada um dos universitário estagiário foi destinado a uma sala do
infantil III para observarmos o contexto da sala de aula da Educação infantil na determinada
instituição.
Durante nossa estadia, compreendemos a importância da rotina para o
desenvolvimento da criança, são inúmeros estímulos apresentados pelas professoras que
mediam toda aprendizagem por meio do cuidado e do educar. A Educação Infantil é de suma
importância para vida da criança, pois sendo realizada com eficácia perpetua por toda a vida
do ser humano.
Algo que nos chamou bastante atenção que nos fez criar o projeto para a intervenção
foram as professoras. São essas mulheres que alicerçam a base da base que é a Educação
Infantil, durante nossas observações notamos que elas são protagonistas no processo do
ensino-aprendizado dos educandos , transformando-os em seres protagonistas, autônomos que
aprendem a conviver na sociedade, respeitando as diferenças para dar início a sua vida
escolar.
Certo de que iríamos realizar o projeto com as professoras, na nossa intervenção
percebemos que existe ainda a falta do reconhecimento dessas profissionais em se
reconhecerem como protagonistas sem perceber a enorme contribuição de seu trabalho para o
desenvolvimento dos seus alunos, bem como, da sociedade.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 A IMPORTÂNCIA DAS NARRATIVAS DE PROFESSORAS PARA A


EDUCAÇÃO
As narrativas ou histórias de vidas são denominadas como uma “abordagem
biográfica” ou “abordagem experiencial”, pois trazem à tona a totalidade da vida e das
experiências pessoais e de formação do indivíduo em sua (re)significações de si mesmo. As
narrativas de professoras são essenciais para a educação, pois é através das narrativas que é
possível compreender as realidades presentes nas salas de aula e a partir dessas, o ensino e
aprendizagem tem avanços, contribuindo assim para a melhoria da educação.

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Narrar uma experiência possibilita um duplo movimento: pensar a prática, o trabalho
dos professores no cotidiano da escola, mas também na perspectiva da pesquisa, produzir
conhecimento, tornar público, coletivo, fortalecer a dimensão política da escola.
(SCRAMIGNON, 2021).
A profissionalização docente é a profissão onde existe a maior inserção de mulheres
Segundo o portal Gazeta informa (2016) informou que um levantamento realizado pela
Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), através da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e coordenada no Brasil pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), apontou informações interessantes
sobre a atuação e a hierarquia, das mulheres, na educação. De acordo com os dados
divulgados, dos mais de 100 mil profissionais abordados, 71% são do sexo feminino. Em
relação à posição de liderança, nas instituições de ensino, o percentual atingiu 75%. O
resultado faz parte de uma pesquisa feita em 34 países.
Essa informação nos leva a pensar que o fato das mulheres serem a maioria entre a a
profissão, se explica historicamente, pois que acredita que o fato das mulheres serem maioria,
entre os educadores, se explica historicamente, pois a função do professor foi e ainda é
associada a algumas características femininas. Associando que a mulher possui o instinto
materno, capaz de criar laços emocionais entre a professora e seus alunos.
O que se observa é que apesar de a mulher desempenhar a maioria dos cargos do
professorado nota-se que existe a desvalorização dessa profissional, principalmente quando se
refere à Educação Infantil. Isso advém do preconceito enraizado da sociedade desde a
colonização, do papel atribuído à mulher ao longo dos anos, de ser materna, emocional,
paciente. Essas são as características atribuídas ainda hoje na profissão docente de que a
professora é uma “segunda mãe” em que cuida e ensina.
O professor exerce um papel essencial na sociedade, pois todos os profissionais
passarão por um profissional da educação, conhecida como a “profissão que forma todas as
outras”. Ter as mulheres como hierarquia nessa profissão nos mostra a importância das
mulheres no desenvolvimento da educação, bem como da sociedade.
Nesse sentido, é importante dar voz e vez para que essas mulheres profissionais da
educação fale e se expressem cada vez mais, pois a voz dessas, é a voz do desenvolvimento
educacional. É através das narrativas biográficas que as professoras se expressam.
Para Josso (2004), as narrativas biográficas de professores podem ser consideradas
como um caminho para a compreensão do processo de formação, por promoverem: [...]
processo auto-reflexivo, que obriga a um olhar retrospectivo e prospectivo, tem de ser
8
compreendido como uma atividade de auto-interpretação crítica e de tomada de consciência
da relatividade social, histórica e cultural das referências interiorizadas pelo sujeito e, por isso
mesmo, constitutivas da dimensão cognitiva da sua objetividade (JOSSO, 2004, p. 60).
A narrativa apresenta-se como caminho de resgate da memória no sentido
de revelar uma experiência significativa, possibilitando no presente a
ressignificação do vivido. A escrita de si favorece um exercício de
compreensão, interpretação e reflexão da prática do professor, por permitir:
Explicitar a singularidade e, com ela vislumbrar o universal, perceber o
caráter processual da formação e da vida, articulando espaços, tempos e as
diferentes dimensões de nós mesmos, em busca de uma sabedoria de vida
(JOSSO, 2004, p. 9).

Falar de si, das experiências é entrar em contato com a subjetividade, com nosso
interior (individual) e ao narrar, compartilhar esse conhecimento tem a capacidade de
sensibilizar o outro (coletivo). Na profissão docente, desempenha papel primordial em sua
história e transformação da sociedade, pois nesse processo desenvolve a educação que
segundo Delors “a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa —
espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal,
espiritualidade” (2001:99). Todo ser humano deve ser formado, especialmente, pela educação
ao longo da sua vida, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus
próprios valores, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes
circunstâncias da vida. Nesse sentido, a educação é, antes de mais nada, uma viagem interior,
cujas etapas correspondem às da maturação contínua da personalidade. É um processo
individualizado e uma construção social interativa.
O processo de profissionalização docente encontra-se em redefinição e diversificação
das suas funções no seio das escolas. E, para constituir-se como tal, há uma série de
exigências fundamentais, citadas por NÓVOA (1991), tais como: o desenvolvimento pessoal,
o desenvolvimento profissional, o desenvolvimento organizacional e o ambiente educativo de
trabalho/formação.

É por meio da narrativa que os seres se comunicam, para Bolívar (2002) entende-se
como a qualidade estruturada da experiência percebida é vista como um relato, captando a
riqueza e os detalhes dos significados nos assuntos humanos, tendo como base as evidências
do mundo da vida. Reconstrói-se a experiência refletindo sobre o vivido e dando significado
ao sucedido.

3.2 O PROTAGONISMO DAS MULHERES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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A Educação Infantil, no passado, era vista como assistencialista e muito relacionada
ao cuidar, deixando de lado o viés educacional e formativo, mas antes de falarmos da
Educação Infantil e o protagonismo das mulheres é necessário voltarmos ao passado e
percebermos todas as transformações ocorridas com o passar dos tempos.
Ao se estudar a infância e a educação notamos essas transformações. A infância é o
período onde a criança se desenvolve e é a fase de descobertas do mundo, ver, ouvir, sentir,
tocar. No entanto, a criança nem sempre foi vista como sujeito de direitos era vista como um
adulto em escala reduzida, sua educação e cuidados eram de responsabilidade da mãe. “[...]
mal adquiria algum embaraço físico, era misturada aos adultos e partilhava de seus trabalhos e
jogos” (ÁRIES, 1978, p. 11).
Segundo Fraboni a etapa histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela
“transformação”, tecnológico - científico e pela mudança ético-social, cumpre todos os
requisitos para tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando- a
finalmente como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social”. (1998,
pg.68). Graças à Constituição de 1988, a criança foi colocada no lugar de sujeito de direitos e
a educação infantil foi incluída no sistema educacional. Art.205. A educação, direito de todos
e dever do Estado e da família, será provida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, p. 1).
O educar e o cuidar sempre estiveram juntos e por isso muitas vezes confundido ou
associado com o gênero feminino. Ao trabalhar com crianças pequenas, deve-se conhecer os
seus interesses e necessidades, ou seja, isso significa saber verdadeiramente quem são saber
um pouco da história de cada uma, conhecer a família, as características de sua faixa etária e a
fase de desenvolvimento em que se encontra, além de considerar o tempo que permanecem na
escola. Só assim pode-se compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças, pois
para elas a fase inicial é a porta de entrada para uma vida social mais ampla longe do
ambiente familiar, e na creche/escola, que a criança passa a aprender a se comunicar e
interagir com as pessoas ao seu redor.
As crianças aprendem de acordo com as suas experiências no mundo em que vivem. A
escola, por exemplo, é um espaço crucial para o desenvolvimento de novas habilidades para
essas crianças, é nesse lugar onde elas terão que participar, se envolver, brincar, enfim, ser
protagonista de sua formação, a partir da Educação Infantil. O protagonismo infantil "[...] é o
processo no qual as crianças e adolescentes desempenham o papel principal de seu próprio
desenvolvimento e de sua comunidade para alcançar a realização plena de seus direitos [...]"
10
(GAITAN, 1998, p. 86). O significado de protagonismo docente é o mesmo em relação ao
protagonismo infantil, a professora se envolve e participa dos processos educativos, agindo de
maneira mais consciente e intencional em suas atividades.
No entanto, a escola deve proporcionar espaços, momentos, tempos e oportunidades
para que a participação efetiva das professoras no processo educativo aconteça. As
professoras protagonistas da Educação Infantil podem entender a si mesmas, o seu jeito de
ser, compreender o mundo e as pessoas ao seu redor. O ser protagonista é aquele que está
disposto a ajudar, a negociar, compreender e rever as suas atitudes perante o coletivo.
A pesquisa trouxe alguns pontos importantes acerca do protagonismo das mulheres
(professoras) na Educação Infantil. Os alunos que atuaram como estagiário(a)s no Centro de
Educação Infantil Profª Luciana Lopes Lima fizeram um questionário semi estruturado que
serviu de roteiro para uma entrevista com as professoras, a fim de saber um pouco das
vivências dessas mulheres e de seu protagonismo na Educação Infantil.
A entrevista foi realizada no turno da tarde com 4 professoras (as que estavam
presentes), todas elas estavam ocupadas e atarefadas, porque era o dia do planejamento de
aulas. Todo o momento de intervenção foi gravado pelo celular sendo registrado a voz de cada
participante. Nem todas as professoras conseguiram responder as 4 perguntas, porque tinham
que focar em seus planos de aula.

4. AGENDA DA OFICINA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Dia/Horário Atividades Passo 1 Passo 2

24/06 1) Apresentação do - Pela manhã -/-


Projeto de será
(Manhã) Intervenção apresentado o
Pedagógica para a projeto para a
gestão escolar. gestão da
escola.

24/06 2) Realização da - Será realizada - Finalizar a


entrevista uma roda de reunião iremos
(Tarde) semiestruturada conversa com distribuir uma
com as professoras. as professoras poesia
da instituição intitulada (E se?
da escola. - Bráulio
Bessa).
- O momento
11
será gravado - Será feito uma
com sob a leitura da
autorização das poesia, e depois
profissionais. daremos os
nossos
agradecimentos
às professoras
por terem
participado do
momento.

30/06 3) Homenagem as - A equipe fará - Logo em


professoras uma seguida, a
(Manhã) (educadoras - 3 homenagem equipe vai
turmas) da especial para as salientar a
Educação Infantil professoras: importância
será entregue dessas
panfletos que professoras, no
falarão sobre o que diz respeito
protagonismo ao seu trabalho
das mulheres como
na Educação educadoras de
Infantil. crianças na
Educação
Infantil.

Agradecimentos.

Questionário semiestruturado

Nome: ______________________________________________________
Idade: ______________
Profissão: _______________________ Formação:___________________
Horas de trabalho: _______ Tempo de experiência: ____________
Cidade: ______________ Estado: _________

1) Você gosta de atuar na Educação Infantil? Porquê?


2) Você acha que existe o protagonismo de mulheres na Educação Infantil? Porque?
3) Quais são as dificuldades que você encontra em atuar na Educação Infantil?
4) A escola disponibiliza momentos, tempos e oportunidades para a sua participação,
enquanto professora? Cite-nos:

ANÁLISE DAS RESPOSTAS (4 questões abertas):

1) Você gosta de atuar na Educação Infantil? Porquê?

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PROFESSORA 1

"Eu gosto de trabalhar na Educação Infantil porque eu me identifico


com essa faixa etária e eu acredito que trabalhar na Educação
Infantil é assim, você tem que gostar mesmo com o que você faz,
trabalhar com o lúdico, tá sempre inovando procurando novas formas
de ensinar e eu acredito que o que me cativa mais ainda é as crianças,
a afetividade né, os laços que a gente vai fazendo com as crianças,
com as famílias e é isso, eu gosto mesmo, trabalho mesmo com muito
amor e pretendo continuar na Educação Infantil, que é isso que eu
gosto de fazer"

PROFESSORA 2

"Sim, eu gosto de atuar, a princípio foi um desafio, mas com o passar


do tempo percebi que eu vim me descobrindo né, principalmente a
questão da afetividade, então eu acredito que eu evolui não só como
profissional, mas o meu lado pessoal"
PROFESSORA 3

"Eu me identifiquei na Educação Infantil porque você vive o novo a


cada dia, todo dia você tem que se renovar e o contato com as
crianças lhe inspira a sempre buscar mudanças e você ver o olhar,
você ver nas mudanças, nos comportamento de crianças, nessas
mudanças que são constantes, te motiva a cada vez mais estar na
Educação Infantil. Então eu amo a Educação Infantil porque essa
questão do laço afetivo nos faz a gente ficar conectados, então é isso"
PROFESSORA 4

"Eu trabalho na Educação Infantil e eu gosto muito da Educação


Infantil, eu atuo na Educação infantil porque eu acho que as crianças
têm muito a nos ensinar assim como a gente ensina a elas, elas
também nos ensina a cada dia e a Educação Infantil me completa. Eu
pretendo ficar nela por muito e muito tempo, obrigada"

COMENTÁRIO
As professoras foram bem claras em relação ao gosto pela Educação Infantil. A
relação entre professora e alunos é muito significativa, pois cria-se um laço afetivo, uma
parceria, em que dentro do processo de ensino e aprendizagem se torna tudo mais fácil.
Percebe-se que essas mulheres (profissionais da educação) se identificam fielmente à
Educação Infantil, não pelo mero cuidar das crianças, mas pelo ensinar. Essas professoras se
reinventam, buscam pesquisar, construir e aplicar atividades ativas que visam a transformação
e o desenvolvimento dos alunos.
13
2) Você acha que existe o protagonismo de mulheres na Educação Infantil? Porque?

PROFESSORA 1

(Esteve ausente)

PROFESSORA 2

"Eu acho que existe o protagonismo da criança na Educação Infantil


porque ela é o nosso principal objetivo por qual todo o dia a gente
vem pra escola, nosso foco é aquela criança.

PROFESSORA 3

"Eu acredito também no protagonismo da criança porque de acordo


com o currículo em que nos é indicado, nós trabalhamos com
atividades que estimulam não só o protagonismo, como também na
construção da autonomia da criança"

PROFESSORA 4

"O nosso principal protagonista são as crianças pois elas nos


ensinam a cada dia mais e mais, e faz com que a gente trabalhe com o
lúdico e elas aprendam com muita diversidade"

COMENTÁRIO

Levando em consideração as respostas, percebemos a falta de reconhecimento do


protagonismo dessas mulheres na instituição, por isso a importância de discutirmos e falarmos
de maneira individual ou coletiva sobre o assunto. Para que haja um pleno desenvolvimento
do protagonismo infantil nas crianças, é preciso ser desenvolvido nas professoras o
protagonismo, ou seja, o conceito de participação efetiva, e com isso participar ativamente das
questões da escola.

3) Quais são as dificuldades que você encontra em atuar na Educação Infantil?

PROFESSORA 1

(Esteve ausente)

PROFESSORA 2

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"Eu acredito na palavra desafios porque cada criança ela tem o seu
tempo né, de aprendizado, umas assimilam com uma velocidade maior
outras cada um no seu ritmo, então cabe a nós estar sempre propondo
é diversos estímulos para ela, pra contribuir no seu desenvolvimento
intelectual, psicomotor… Então como se fala né, contribuir com a
construção da base da educação e da formação dessa criança, então
eu vejo como desafios que nos leva a cada dia estar buscando mais
formas diferenciadas de trabalhar usando principalmente como
principal ferramenta a ludicidade"

PROFESSORA 3

"Não existe dificuldade, existe vivências a serem cumpridas, a serem


trabalhadas com as crianças, nós temos formações, nós temos
planejamento e a gente busca sempre tá melhorando a nossa as
nossas vivência na sala de referência então não existe dificuldade,
existe pontos que a gente pode que a gente vai trabalhar e estimular
na criança"

PROFESSORA 4

"Pra mim na Educação Infantil não existe dificuldade, existe que a


cada dia a gente procura é caminhos para que possa é atingir a
aprendizagem das nossas crianças, com brincadeiras, com jogos, com
o lúdico, pois as nossas crianças elas aprendem a cada dia mais e
mais"

COMENTÁRIO

Segundo as professoras, não existe dificuldade na Educação Infantil, existem


caminhos que são criados por essas educadoras, ações para sanar alguns obstáculos que
tentam atrapalhar o desenvolvimento intelectual e psicomotor das crianças. As professoras
planejam, desenvolvem atividades e proporcionam às crianças novas experiências de
aprendizado.

4) A escola disponibiliza momentos, tempos e oportunidades para a sua participação,


enquanto professora? Cite-nos:

PROFESSORA 1

(Esteve ausente)

PROFESSORA 2

(Esteve ausente)
15
PROFESSORA 3

"Sim, nós trabalhamos como a colega já falou anteriormente na nossa


rede municipal, nós temos formações, durante a escola, uma vez por
semana nós temos planejamentos, também na época que tava aula no
período da pandemia nós tinha oficinas de rodas de conversa, nós
temos o projeto Pracinha da Leitura aonde cada professora vai
contribuir na contação de história pra toda a escola onde a gente
reuni todos os alunos. Então é isso, a gente é sempre estimulada a
estarmos sempre é participando de diversas formas em atividades
ativas, não só com a nossa turma, mas também com toda a nossa
escola"

PROFESSORA 4

"Nós aqui do CEI têm formações na Prefeitura e também a gente tem


planejamento todas a semana e como a minha colega falou, tem a
Pracinha da Leitura né, das contação de história onde a gente tanto
fica na nossas sala com os nossos alunos, na sala mesmo e também da
contação de histórias das outras salas"

CONSIDERAÇÕES

O protagonismo da professora de Educação Infantil busca facilitar o processo de


ensino e aprendizagem, ela é a mediadora. Para isso, é necessário que exista momentos com o
núcleo gestor, bem como com as outras professoras para decidirem juntos como deverão ser
as atividades, de que maneira os alunos aprendem melhor, perguntar-se quais são os desafios
dos alunos para aprender, avaliar com os alunos estão conseguindo aprender os conteúdos
passados na sala de aula. As formações, os momentos de planejamentos de aulas, os cursos
ofertados pelo Município, os projetos, reuniões, enfim, são oportunidades para exercer uma
participação efetiva e observar algumas questões a fim de repetí-las ou melhorá-las.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA OFICINA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

A experiência de fazer o Estágio Supervisionado Ação Docente na Educação Infantil


no Centro de Educação Infantil (CEI) Professora Maria Luciana Lopes Lima foi desafiador,
porque havíamos marcado nossa intervenção no dia do planejamento das professoras. Apesar
de termos interrompido esse momento importante das educadoras, aplicamos nosso projeto
com excelência, dentro das condições cabíveis.

16
Vimos a necessidade da comunidade acadêmica, bem como, da Prefeitura de Sobral de
realizarem cursos, formações e momentos para falarem e discutirem sobre o protagonismo de
professoras na Educação Infantil. No primeiro momento que fizemos as observações na escola
percebemos uma grande quantidade de mulheres atuando na referida instituição, com isso
surgiu um desejo coletivo de fazer um projeto que falasse sobre a questão do protagonismo.

Embora tivemos certa resistência quando solicitamos o estágio na referida escola,


conseguimos resolver em menos de uma semana essas questões burocráticas de documentação
e apresentação.

No primeiro dia do nosso estágio fomos todos bem recebidos, mas ainda tínhamos um
desafio, um dos membros da nossa equipe não poderia realizar o estágio no horário solicitado
no período vespertino a alternativa cabível foi que ele ficasse no período matutino e o resto da
equipe no vespertino. Utilizamos desse pequeno impasse para realizarmos a observação da
estrutura da escola. No mesmo dia no período da tarde, realizamos o primeiro contato com as
professoras e com a sala de aula e foi tudo maravilhoso, elas foram atenciosas e nos deixaram
bem à vontade para que fizéssemos nossas observações.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

BRUNA:
O experienciar que o Estágio Supervisionado Ação Docente na Educação Infantil foi
bastante significativo para minha formação inicial, tendo em vista que este fora minha
primeira experiência na Educação Infantil. Foi um universo totalmente novo, foram muitos
insights despertados durante minha atuação no Campo de Estágio.

Nessa experiência, observei a tamanha responsabilidade que o professor da Educação


Infantil possui, existe uma carga maior de responsabilidade que permeia em cima desses
profissionais. São inúmeros desafios enfrentados, que vão desde a participação (frequência)
dos alunos, família, condição socioeconômica, crianças com necessidade de atendimento
educacional especializado ou até mesmo, crianças sem laudos, mas que a escola observa essa
necessidade. Portanto, a necessidade de existir uma gestão democrática-participativa é
essencial na construção de uma Educação Infantil eficaz, pois o vínculo entre escola, família e
comunidade é necessário e eficiente para o bom desenvolvimento da Educação Infantil.

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Diante de tudo que foi observado, nosso projeto visou pensar e refletir sobre o
protagonismo da mulher professora que compõem a Educação Infantil que ensinam, educam,
cuidam das nossas crianças. Mas que muitas vezes não são valorizadas, por isso objetivamos
com nosso projeto ressaltar a importância do trabalho dessas profissionais para o
desenvolvimento não apenas das crianças, mas para a sociedade, essas profissionais devem
ser enaltecidas não apenas no dia dos professor, mas todo dia.

A experiência de vivenciar o estágio me trouxe um olhar mais humanístico e


cuidadoso com o próximo, as crianças elas também nos ensinam, aprendemos muito com o
comportamento da criança. O afeto deve ser para construção da Educação como um todo,
mas o afeto construído na relação professor-aluno na Educação Infantil é imediato, as
professoras da Educação Infantil é a referência dos alunos, são vistas como segundas mães.
Não tem como não se apaixonar, os alunos encantam com as carinhas, os pinguinhos de gente
conhecendo o mundo, brincando, aprendendo a escrever, é encantador. Apesar dos desafios é
encantador.

Finalizo minhas considerações, agradecendo a Professora Lídia por ter assumido essa
disciplina mesmo diante de muitas outras responsabilidades. Agradecendo ainda, o CEI
Professora Maria Luciana Lopes Lima principalmente a nossa supervisora do Estágio que
estava sempre disposta a nos orientar sempre que surgia alguma dúvida, as professoras do
Infantil III B Tarde que me receberam na sala, compartilhamos vivências e aprendizados. Por
fim, agradeço a minha equipe que estivemos juntos durante esse processo, dividindo as
angústias e alegrias.

JOSIEL
O Estágio Supervisionado Ação Docente na Educação Infantil trouxe uma nova
experiência para minha vida, atuar como estagiário em um Centro de Educação Infantil (CEI),
isso foi uma novidade. Tive alguns desafios que muitas vezes me impediam de participar
ativamente das aulas, às vezes entrava na sala através dos dados móveis mas saía depois
quando não tinha mais rede móvel.

As primeiras aulas da disciplina de estágio aconteceram na terça-feira, eram no final


da tarde às 17:30h e nesse horário me encontrava no ônibus para ir à UVA. Ainda bem que
nós temos uma professora compreensível, trabalha com a flexibilidade e busca adaptar as
atividades do estágio às condições dos alunos. No começo fiquei um pouco perdido, mas deu
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tudo certo, e depois encontrei as informações e encaminhamentos da professora, no que
concerne a disciplina de estágio.

O estágio na Educação Infantil é tão importante quanto os outros que fazem parte da
grade curricular do curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Essa disciplina traz uma nova visão sobre o trabalho feito e realizado nas instituições de
Educação Infantil, a inserção evidente de mulheres nesses espaços, o quanto elas são
necessárias, não só para cuidar das crianças, mas também para ensinar, contribuir para o
desenvolvimento dessas crianças.

Agradeço a Profª Lídia Azevedo pelas orientações, por ter paciência conosco e
ministrar esse componente curricular com tanta responsabilidade. Sou grato a minha equipe
que esteve nos melhores e piores momentos do estágio. Agradeço a diretora, a coordenadora e
as professoras do Centro de Educação Infantil (CEI) Professora Maria Luciana Lopes Lima,
pelo aceite e acolhimento da equipe para realização do estágio.

LUENA
A realização deste estágio foi um grande desafio desde o seu início, alguns
acadêmicos, inclusive eu, optaram por deixar o Estágio Ação Docente na Educação Infantil
por último e isso rendeu certos desentendimentos. A disciplina que nos foi ofertada nesse
semestre, inicialmente não fazia parte da nossa grade curricular.

O cenário para realização dessa disciplina não era nem um pouco favorável, mas cheio
de expectativas. Após alguns dias de discussões conseguimos a abertura de uma turma
especial com horários mais flexíveis. E mesmo com todos esses desafios mencionados ou não
mencionados, ele conseguiu bater minhas expectativas, encerro a disciplina grata com tudo
que aprendi e vivenciei e sem dúvidas que todos os momentos em sala ou em casa escrevendo
e pesquisando para o projeto serão extremamente importantes para minha caminhada na
educação.

7. REFERÊNCIAS

BOLÍVAR, A. "De nobis ipsis silemus?": epistemología de la investigación


biográfico-narrativa en educación. Revista Electrónica de Investigación Educativa,
México, DF, v. 4, n. 1, 2002.

19
GAITÁN, A. Protagonismo infantil. Seminario La Participacion de Niños y Adolescentes
en el Contexto de la Convencíon sobre los Derechos del Niño: Visiones y Perspectivas,
Bogotá, p. 85-104, 1998. Disponível em
https://www.unicef-irc.org/publications/pdf/bogota.pdf. Acesso em: 17 de jun. de 2022.

Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5aed. São Paulo: Atlas. 2010.
JOSSO, M.C. Experiências de vida e formação. Tradução de José Claudino e Júlia Ferreira.
São Paulo: Cortez, 2004.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In. NÓVOA, A.(Coord.). Os


professores e a sua formação, v. 2, 1991.

PIMENTA, S. G. Formação de professores: saberes da docência e identidade do professor.


Revista da Faculdade de Educação, v. 22, n. 2, p. 72-89, 1996.

SCRAMIGNON, G. B. S. Narrativa, experiência e formação: o diálogo com as crianças na


constituição de tornar-se professora. Educar em Revista, v. 37, 2021.

SIQUEIRA, T. MULHERES SÃO MAIORIA ENTRE PROFESSORES. Gazeta Informa.


2016. Disponível em:
http://www.gazetainformativa.com.br/mulheres-sao-maioria-entre-professores/#:~:text=O%20
resultado%20faz%20parte%20de%20uma%20pesquisa%20feita%20em%2034%20pa%C3%
ADses.&text=A%20professora%20Patr%C3%ADcia%20Kogge%2C%2040,aten%C3%A7%
C3%A3o%20e%20afei%C3%A7%C3%A3o%2C%20por%20exemplo. Acesso em: 12 Jun.
202

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8. ANEXOS
REGIMENTO ESCOLAR

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9. APÊNDICES
● POESIA LIDA DURANTE A INTERVENÇÃO

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● PANFLETO ENTREGUE DURANTE A INTERVENÇÃO

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● GRAVAÇÃO DA ENTREVISTA COM AS PROFESSORAS

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