Unidade IV
7 A DOENÇA NA INFÂNCIA
Muitas vidas podem ser salvas se as desigualdades globais forem reduzidas. Se todos os países
atingissem a taxa média de mortalidade de países de alta renda, em 2016, 87% das mortes de crianças
menores de cinco anos poderiam ter sido evitadas e quase 5 milhões de vidas salvas (UNICEF, 2017).
Segundo o Levels and Trends in Child Mortality: Report 2017, que relatou os níveis e tendências
na mortalidade infantil no mundo, realizado pela Unicef, em parceria com a OMS, e outros órgãos
internacionais de relevância na saúde, mostrou que a mortalidade entre crianças de 5 a 14 anos é baixa,
mas 1 milhão de crianças nessa faixa etária ainda morreu em 2016. A probabilidade de morte entre
crianças de 5 a 14 anos foi de aproximadamente 7,5 mortes por 1.000 crianças de 5 anos em 2016,
substancialmente menor do que a probabilidade de morte de crianças menores de 5 anos (41 mortes por
mil nascidos vivos). Ainda assim, cerca de 1 milhão de crianças de 5 a 14 anos morreram em 2016. É um
dado equivalente a 3.000 crianças de 5 a 14 anos mortas todos os dias. O mundo reduziu pela metade
a taxa de mortalidade entre crianças de 5 a 14 anos desde 1990 (UNICEF, 2017).
Esses estudos demonstraram que as principais causas de morte entre crianças menores de cinco
anos em 2016 foram complicações de parto prematuro, infecções respiratórias agudas, complicações
relacionadas ao intraparto, anomalias congênitas e diarreia. Os óbitos neonatais foram responsáveis
por 46% das mortes de menores de cinco anos em 2016, e aproximadamente 70% dos óbitos que estão
associadas à diarreia ocorrem durante os dois primeiros anos de vida.
195
Unidade IV
Já no Brasil, o número de óbitos para menores de 5 anos apresentou uma importante redução: de
191.505, em 1990, para 51.226, em 2015. Dentre as causas de morte, os óbitos por doenças transmissíveis,
afecções maternas neonatais e nutricionais ainda se constituem as principais causas em 2015, e, em
geral, podem ser consideradas como preveníveis (FRANÇA, 2017).
O fim das mortes infantis evitáveis é um desafio mundial, que poderá ser superado melhorando
o acesso a profissionais de saúde qualificados na atuação, acompanhamento e monitoramento do
desenvolvimento fetal durante a gravidez e no momento do nascimento; realizando intervenções
fundamentais, como imunização, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança;
promovendo a amamentação, entre tantos outros fatores, mesmo que indiretos, como a disponibilidade
de medicamentos a preços acessíveis, desenvolvimento e promoção de melhorarias da qualidade e o
acesso à água potável e ao saneamento básico (UNICEF, 2017).
Saiba mais
196
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
• Reavaliar o caso e prestar a atenção apropriada quando a criança voltar à unidade de saúde.
7.1 Diarreia
Diarreia é a alteração do conteúdo líquido das fezes, devido à disfunção intestinal, com perdas
excessivas de nutrientes, principalmente água e eletrólitos, traduzindo um desequilíbrio entre os processos
de absorção e secreção do intestino. Dessa forma, pode‑se dizer que geralmente é acompanhada de
aumento da frequência, aumento do volume e diminuição da consistência das fezes. Algumas variáveis
poderão estar presentes, dependendo da causa, como o vômito, dor abdominal, febre, presença de
sangue, muco ou pus, podendo levar à desidratação e, consequentemente, à morte (BRASIL, 2013d;
HOCKENBERRY; WILSON, 2014).
Observação
Com tantos conhecimentos sobre os diversos recursos tecnológicos descobertos, o mundo ainda
padece com mortes significativamente relevantes decorrentes da diarreia, devido às condições
ambientais e de privações salutares em que vivem as crianças. É uma doença facilmente evitável quando
os ambientes de exposição da criança recebem atenções de saúde públicas adequadas, a exemplo do
saneamento básico (disponibilização de água potável), redução da poluição do ar, além das imunizações
recomendadas e oferta de alimentação saudável (como amamentação exclusiva até os 6 meses de
idade), desde o seu nascimento.
No Brasil, uma mudança positiva ocorreu para as doenças diarreicas que, em 1990, ocupavam a
segunda posição entre as principais causas de morte, passando, em 2015, para a sétima posição, com
expressiva redução nas taxas (FRANÇA, 2017).
197
Unidade IV
De 2000 a 2016, o número total anual de mortes por diarreia entre crianças menores de 5 anos
diminuiu no mundo em 60%. Porém, se as mesmas medidas de saúde (intervenções básicas) fossem
adotadas no mundo todo, muitas outras crianças poderiam ser salvas (WHO, 2016). Embora esses dados
demonstrem que as mortes na infância tenham diminuído, a pneumonia e a diarreia juntas matam
1,4 milhão de crianças por ano, e a esmagadora maioria delas vive em países de baixa e média renda,
sem maior investimento em medidas‑chave de prevenção e tratamento, a Unicef estima que mais
24 milhões de crianças morrerão de pneumonia e diarreia até 2030 (UNICEF, 2017).
O fim das mortes evitáveis de crianças pode ser alcançado com o aleitamento materno imediato
e exclusivo, melhorando o acesso a profissionais de saúde para assistência pré‑natal, nascimento e
pós‑natal, melhorando o acesso à nutrição e micronutrientes, promovendo o conhecimento dos sinais
de perigo entre os membros da família e melhorando o acesso à água (BRASIL, 2012a). Muitas dessas
intervenções, que podem parecer simples, e de fato são, encontram‑se muito distantes da realidade de
diversas comunidades.
O enfermeiro, diante do atendimento da criança com diarreia, deverá realizar uma abordagem
clínica, coletando dados importantes na anamnese, tais como:
Mediante os resultados obtidos com a investigação, o enfermeiro poderá identificar qual o tipo de
diarreia e direcionar a investigação e auxiliar na escolha da conduta correta. A seguir, você aprenderá a
classificar o tipo de diarreia e as intervenções junto à criança, mediante cada uma delas, de acordo com
as recomendações vigentes.
198
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A diarreia, mediante a duração dos sintomas, é classificada em três tipos: aguda, prolongada
(persistente) e crônica (OLIVEIRA, 2005; DUNCAN et al., 2004), tendo duração de sintomas específicos,
de acordo com o agente desencadeador.
Observação
A principal causa da diarreia aguda é infecciosa (principalmente de causa viral) e irá variar conforme
o tipo de patógeno e as condições clínicas do hospedeiro. Na diarreia ocorre secreção ativa de água e
eletrólitos para a luz intestinal, resultando em inúmeras evacuações diárias. Nessa situação, o principal
mecanismo de agressão dos agentes é a elaboração de toxinas (BRASIL, 2013d).
199
Unidade IV
Uma criança com diarreia pode desidratar facilmente. E, quanto mais nova, principalmente em casos
de neonatos, lactentes e desnutridos, mais grave e rapidamente a desidratação se instala. O enfermeiro,
durante o exame físico, deverá avaliar a criança quanto as condições de hidratação, verificando se
criança está ativa, com mucosas úmidas, com diurese presente e clara, e se os sinais vitais (frequência
cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória) estão adequados à idade.
Observação
Se a criança estiver apresentando diarreia, porém estiver hidratada, sem desidratação e for eutrófica,
o Ministério da Saúde recomenda o tratamento denominado de Plano A (veja o quadro a seguir).
As crianças com desidratação precisam ser reidratadas com o Plano B ou com o Plano C, e,
posteriormente, tratadas com o Plano A. Os planos de tratamento da criança com quadro diarreico
e desidratação (Planos B e C), serão demonstrados posteriormente.
O tratamento das crianças com diarreia e não desidratadas, devem seguir o Plano A e o tratamento
é realizado em casa, pela mãe, baseando‑se em orientação e vigilância para a criança não evoluir para
a desidratação e manter‑se hidratada. Basicamente, trata‑se da Terapia de Reidratação Oral (TRO), com
Solução de Reidratação Oral (SRO).
200
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A TRO tem por objetivo corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico pela reidratação, buscando restabelecer
os níveis apropriados de água e eletrólitos que foram reduzidos durante a diarreia, assim como manter e
recuperar o estado nutricional. O SRO possui em sua fórmula componentes em concentrações adequadas
para evitar a desidratação, ou tratá‑la quando inicialmente instalada, evitando a gravidade dos casos e
também a mortalidade em consequência da diarreia (BRASIL, 2017).
• Continuar a alimentar.
Nesses casos, não se deve interromper a alimentação, exceto se houver presença de vômitos.
A administração de zinco oral melhora o epitélio intestinal inflamado durante a diarreia e fortalece o
sistema imunitário da criança.
201
Unidade IV
Observação
Se a criança quiser mais SRO do que a quantidade citada, pode‑se dar mais. É importante demonstrar como
administrar a solução de SRO, dando, com frequência, pequenos goles de líquidos usando copo ou colher.
Na falta do SRO, pode‑se utilizar o soro caseiro ou solução sal açúcar (SSA), porém o SRO é a
melhor escolha.
Observação
1 litro de água.
O SSA deve ser ofertado aos poucos, após cada evacuação ou vômito,
podendo ser utilizado por até 24 horas após o preparo, mantido em
refrigeração.
202
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Como descrito nas diretrizes do Plano A, a alimentação da criança não deve ser interrompida, exceto
em caso de estar associada a vômitos. Nesses casos, deve‑se suspender a alimentação, administrar o
antiemético prescrito e aguardar seu efeito. Após 4 horas da medicação, a criança deve ser reavaliada
quanto ao estado de hidratação. Selecionar o plano apropriado (A, B ou C) para continuar o tratamento.
A solução de reidratação oral (SRO) deve ser oferecida à vontade após cada evacuação, porém não
deve ser misturada com outros líquidos como chás, leite ou refrigerante. É importante sempre orientar
que a SRO não substitui as refeições.
Como já exposto, as diarreias agudas são autolimitadas, tendo um início e fim, durante
aproximadamente sete dias. Dessa forma, se a criança for acompanhada e tratada, se recuperará bem.
Porém, pode acontecer o que chamamos de diarreia aguda de repetição, quando a criança manifesta,
em curtos períodos de tempo, diversos quadros diarreicos agudos.
Essa criança terá uma espoliação de oferta de nutrientes tão significativos como a que ocorre em uma
criança com diarreia persistente ou crônica, levando‑a à perda de peso em curto prazo. Porém, com a
espoliação de nutrientes de forma rotineira, pode levar a estágios mais graves, como a diminuição do seu
potencial de crescimento, com ênfase tanto no sistema físico quanto no mental, levando à apatia, depressão,
retardo do desenvolvimento psicomotor, alterações metabólicas e imunológicas, devido à desnutrição.
O enfermeiro deverá investigar o histórico dessa criança, verificando registros dessas ocorrências no
prontuário e perguntando ao responsável se a criança já foi atendida em outro local recentemente com
a mesma queixa, há quanto tempo e qual foi o tratamento realizado. As diarreias de repetição devem ter
suas causas muito bem avaliadas pelo profissional da saúde para serem imediatamente interrompidas e
a investigação deve ser integrativa e não meramente pontual.
Exemplo de aplicação
Um enfermeiro atende uma criança e verifica que ela está com diarreia aguda, porém está hidratada.
Segue com as orientações e tratamento do Plano A. Solicita exame de protoparasitológico de fezes e, ao
receber o resultado, identifica que a criança está com parasitose.
Após 15 dias do fim do tratamento para a parasitose, a mãe leva a criança novamente para atendimento
queixando‑se de diarreia. Outro enfermeiro atende e repete as ações anteriores. Ao receber o exame de fezes
203
Unidade IV
mostrando a infecção parasitária, a criança recebe novo tratamento. E assim, sucessivamente, a criança vai
sofrendo as espoliações dos episódios de diarreia aguda, perdendo peso e desnutrindo. Com o passar do
tempo, a criança estará desnutrida e com todas as complicações dessa doença.
O enfermeiro deve procurar a causa das diarreias agudas de repetição, se possível, sanando‑as. É bem
provável que, no caso descrito, a criança esteja exposta a condições precárias de higiene e recebendo
cuidados inadequados, favorecendo manifestações diarreicas, estando propício a constantes exposições
aos patógenos causadores da doença. Muitas vezes, orientações básicas e exequíveis podem interromper
esse ciclo.
Desidratação
A desidratação pode ocorrer, dentre outras causas, de uma complicação da diarreia, que, se não
tratada, poderá levar ao choque hipovolêmico e consequentemente à morte.
Dessa forma, o exame físico é importante para avaliar a presença de desidratação para a instituição
das ações necessárias para reversão do quadro.
Sabemos que cerca de 60% do corpo humano adulto é constituído de líquido, sendo 20% compondo
o líquido extracelular (LEC) e 40% o líquido intracelular (LIC). Numa criança, a constituição de líquidos
é maior, ou seja, 80% da composição corpórea da criança é de líquidos, distribuídos no LEC (60%) e
no LIC (20%). Então, a criança apresenta maior proporção de líquidos em sua composição geral, se
comparada ao adulto, além de dispor uma maior proporção de líquidos mantidos no LEC. Essa diferença,
principalmente em neonatos e lactentes, torna‑a mais suscetível à desidratação.
A desidratação é classificada de acordo com os sinais e sintomas da criança, podendo ser leve,
moderada ou grave. Quanto mais cedo houver intervenção nas fases da desidratação, menores as
complicações. A desidratação grave evolui rapidamente para o choque hipovolêmico, que evolui
para morte.
Lembrete
A desidratação pode ocorrer por déficit de volumes dos líquidos corporais,
denominadas de desidratação volumétrica, ou das alterações na composição dos
líquidos corporais, por motivos dos distúrbios da osmolaridade, como no caso
da hiponatremia e da hipernatremia, denominadas de desidratação quantitativa.
204
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O enfermeiro deve avaliar a umidade das mucosas, turgor da pele, perfusão periférica, volume
urinário e atentar‑se aos sinais de choque hipovolêmico. Mediante a essas condições, a criança poderá
estar hidratada ou desidratada.
Desidratação
Hidratado
Leve Grave
Estado geral Ativo Sede, irritabilidade Prostrado, hiporeativo, comatoso
Enoftalmia pronunciada, tensão
Olhos Normais Enoftalmia ocular diminuída
Umidade das mucosas Normal Reduzida Reduzida, quase seca
Turgor de pele Normal Alterado Turgor pastoso
Lágrimas Presentes Ausentes ou diminuídas Ausentes
Fontanela Plana Deprimida Muito deprimida
Sede Normal Evidente Intensa
Finos, difícil palpação dos
Pulsos Cheios, normais Normais, pouco finos periféricos
Normal
Perfusão periférica 3 a 6 segundos > 10 segundos
(>3 segundos)
Frequência cardíaca Normal Taquicardia discreta Taquicardia significativa
Volume urinário Normal Reduzida, concentrada Ausente
Perda de peso (decorrente Até 3% do peso ou até De 3 a 10% do peso ou de 30 Acima de 10% de peso ou acima
da perda líquida) 30 ml/kg a 100 ml/kg de 100 ml/kg
PLANO A PLANO B PLANO C
Plano básico de Manter oferta de Reparação com soro oral ou Reparação venosa urgente, para
tratamento líquidos (TRO) e manter com soro venoso quando a via expansão do LEC, manutenção
alimentação oral é impossível dos eletrólitos.
Após avaliação clínica da criança, o enfermeiro deverá estabelecer qual plano de tratamento será executado.
Lembrete
A criança deve sempre ser pesada para monitoração do ganho de peso. Pode‑se realizar controle da
diurese usando saco coletor, se necessário, em crianças sem controle vesical. Nesse momento, suspender
a alimentação enquanto a criança permanecer desidratada. A exceção são crianças alimentadas com
leite materno, que podem continuar fazendo uso desse alimento à vontade (BRASIL, 2017).
Deve‑se iniciar a Terapia de Reidratação Oral (TRO) com SRO, como recomendado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), em pequenos volumes, aumentando a frequência da oferta
aos poucos. O volume a ser ofertado depende do grau de desidratação.
Usuários com desidratação leve (perda de 3% a 5% do peso corporal) devem receber 50 ml/kg de
SRO, mais a reposição das perdas continuadas em um período de quatro horas. Aqueles com desidratação
moderada (6% a 9% do peso corporal) devem receber 100 ml/kg de SRO mais a reposição de perdas
continuadas, em um período de quatro horas.
Deve‑se evitar o uso de antitérmico caso haja febre. Esta costuma ceder à medida que a
desidratação vai sendo reparada. A criança deve ser avaliada constantemente, pois o Plano B
termina quando desaparecem os sinais de desidratação, a partir do qual se deve adotar ou retornar
ao Plano A.
A TRO é contraindicada quando há perda ou ganho insuficiente de peso após as primeiras horas
de TRO, quando os vômitos associados são persistentes, mediante a recusa persistente da criança
em relação a SRO, distensão abdominal grave, íleo paralítico, evolução para choque hipovolêmico
(OLIVEIRA, 2005; BRASIL 2017).
Deve‑se iniciar o Plano C quando o paciente apresentar dificuldade de ingestão de líquidos devido
à hiperêmese, quadro de desidratação grave ou colapso circulatório (choque). Essa situação se constitui
em emergência médica e o usuário deverá ser transferido o mais rapidamente possível.
A reidratação para crianças com desidratação grave é feita por via endovenosa, após punção venosa
periférica que permita cateter venoso de calibre grosso. A reidratação venosa é composta das seguintes
etapas, recomendadas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2017):
• Fase rápida de expansão: tem como finalidade expandir o LEC e estabelecer a volemia. Soro
glicosado a 5% (SG 5%) e Soro Fisiológico a 0,9%, sendo 1:1 (partes iguais), na dose de 20 ml/kg
a cada 20 minutos até reidratação completa, que se traduz por duas diureses claras e abundantes.
Repetir quantas vezes for necessário.
• Fase de manutenção: depois dos resultados positivos da fase rápida, passa‑se para a fase de
manutenção, na qual a reposição é feita em 24 horas, com soluções compostas de:
— SG 5%:
206
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
— Íons:
Saiba mais
As infecções de vias aéreas respiratórias são descritas de acordo com a localização anatômica afetada.
Lembrete
207
Unidade IV
As infecções do trato respiratório são responsáveis pela maioria das doenças agudas em crianças.
A etiologia e o curso dessas infecções são influenciados pela idade, estação do ano, condições
socioeconômicas, e problemas de saúde pré‑existentes (HOCKENBERRY; WILSON, 2014).
A lavagem de mãos por todas as pessoas que têm contato com o bebê deve ser orientada em todas
as visitas de puericultura, com o objetivo de evitar a propagação de vírus causadores de doenças (ALVIM;
LASMAR, 2009).
A prevenção das infecções de vias aéreas respiratórias se relaciona com a promoção da saúde
integral da criança, evitando‑se a desnutrição, a prematuridade e o tabagismo passivo, promovendo o
aleitamento materno, a vacinação e melhorando as condições de vida da população.
A ida precoce para a creche expõe a criança a um contato mais estreito com vírus e bactérias,
constituindo um fator de risco importante para o aumento na incidência da doença, mas qualquer
intervenção deve ser contextualizada e individualizada, pesando‑se os pontos positivos e os negativos.
A avaliação clínica deve ser realizada para identificar alguns sinais de alerta e solicitar ajuda sempre
que necessário. Os principais sintomas de infecção respiratória aguda (IRA) incluem febre, tosse,
dificuldade respiratória, coriza, obstrução nasal, dor de garganta e dor de ouvido.
O enfermeiro, ao identificar que a criança se encontra com infecção de vias aéreas respiratórias, deve
acompanhar a evolução da doença, atentando‑se aos sinais de esforço respiratório como: a tiragem
intercostal, batimentos de aletas nasais, gemência, respiração paradoxal e retração do apêndice xifoide,
cianose e apneia. E lembrar que se estiverem associados aos sinais e sintomas da desidratação, causados
pela diarreia e vômitos, se tornarão potencialmente mais graves.
Lembrete
O exame físico da criança com IRA deve ser completo, com especial atenção ao exame do aparelho
respiratório, verificando‑se a frequência respiratória e oro, naso otoscopia. Nunca é demais pesquisar
rigidez de nuca e sinais meníngeos para afastar a hipótese de meningite numa criança com febre
(PITREZ; PITREZ, 2003).
Esse termo abrange quadros como o do resfriado comum e ainda outros englobados sob a
denominação de rinite viral aguda. É a doença infecciosa de vias aéreas superiores mais comum da
infância. Crianças menores de cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano. Essa situação é
causada quase que exclusivamente por vírus. Entre as centenas deles, os mais frequentes são rinovírus,
208
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza, coxsackie, adenovírus e outros
mais raros (OLIVEIRA, 2005; BRASIL, 2012a).
Pelo processo inflamatório da mucosa nasal, pode ocorrer obstrução dos óstios dos seios paranasais
e tubária, permitindo, por vezes, a instalação de infecção bacteriana secundária (sinusite e otite média
aguda). Alguns agentes etiológicos, como o VSR e o adenovírus, podem estar associados à evolução para
infecção de vias aéreas inferiores (OLIVEIRA, 2005; PITREZ; PITREZ, 2003).
Segundo Alvim e Lasmar (2009), o resfriado comum é uma das causas mais frequentes de
consulta em crianças. Os agentes etiológicos responsáveis são os vírus (rinovírus, adenovírus,
coronavírus e parainfluenza).
A gripe, causada pelo vírus influenza, costuma ser classificada separadamente do resfriado comum,
caracterizando‑se por um quadro de infecção viral de vias aéreas superiores (IVAS), com maior repercussão
clínica. Pode apresentar‑se, na criança maior, com febre alta, prostração, mialgia e calafrios. Os sintomas
de coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano frente às manifestações sistêmicas mais
intensas. Febre, diarreia, vômitos e dor abdominal são comuns em crianças mais jovens. Tosse e fadiga
podem durar várias semanas (ANVISA, 2017).
A transmissão ocorre por meio das gotículas produzidas pela tosse e espirros (como um aerossol), ou
pelo contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios, e o contágio é significativo
em comunidades fechadas e semifechadas, como domicílio, creches (importante na morbidade de
lactentes), escolas e outras coletividades. O período de incubação dura entre dois a cinco dias (ANVISA,
2017; PITREZ; PITREZ, 2003).
A rinofaringite pode iniciar com dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, tosse seca e febre
de intensidade variável, podendo ser mais alta em menores de cinco anos. Alguns pacientes com essa
infecção têm o seu curso sem a presença de febre. Determinados tipos de vírus podem também causar
diarreia (ALVIM; LASMAR, 2009; PITREZ; PITREZ, 2003).
Durante a evolução pode surgir, em lactentes: inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos,
alteração do sono, dificuldade respiratória por obstrução nasal, cefaleia, mialgias e calafrios.
Faringotonsilite viral: mais comum na faixa etária até 4 anos de idade. O início é gradual, com
sinais iniciais inespecíficos de febre, mal‑estar e anorexia com dor de garganta moderada. No palato,
podem se formar pequenas úlceras ou exsudatos em tonsilas. Sinais como aumento doloroso dos
linfonodos cervicais, conjuntivite, rinite, tosse, rouquidão, coriza, estomatite, exantema micropapular
e diarreia podem aparecer. A contagem de leucócitos tem pouco valor na diferenciação entre doença
viral ou bacteriana.
O tratamento das faringotonsilites virais são: paliativos, como o repouso, avaliação da dor e da febre,
com administração de analgésicos e antitérmicos, estimulando a ingestão de líquidos não ácidos e não
gaseificados e de alimentos pastosos, de preferência frios.
O Streptococcus pyogenes, responsável pelas complicações das tonsilites, é o principal agente causal
bacteriano e, exceto em períodos epidêmicos, responde por 20% a 40% dos casos. Outras bactérias, como
Staphylococcus aureus e Moraxella catarrhalis, podem proliferar durante as infecções virais agudas e,
consequentemente, serem encontradas em grande número nas culturas de material faríngeo.
A presença de exantema áspero, macular e puntiforme, com sensação de “lixa” ou “pele de galinha”;
flexuras avermelhadas (sinal de Pastia) e palidez perioral (sinal de Filatov) são características da
escarlatina. As complicações mais frequentes estão relacionadas à infecção estreptocócica:
• Artrite reacional (não supurativa): durante período agudo da faringite surge sintomatologia poliarticular.
• Doença reumática e glomerulonefrite difusa aguda: razão importante pela qual se despendem
tanto tempo e esforços no tratamento imediato da faringotonsilite estreptocócica.
• Abscesso peritonsilar: ocorre no espaço virtual situado entre o músculo constritor superior da
faringe e a tonsila palatina (geralmente no polo superior).
Saiba mais
No artigo a seguir, conheça mais sobre uma das mais sérias repercussões
da doença estreptocócica: a glomerulonefrite.
A criança apresenta dor de garganta intensa e trismo, devido ao espasmo dos músculos pterigoideos,
e, frequentemente, recusa‑se a deglutir ou falar. A fala pode ser caracterizada por voz de “batata
quente”. Pode haver torcicolo pelo espasmo dos músculos homolaterais do pescoço. A febre pode
alcançar 40,5 °C. A área tonsilar afetada apresenta‑se intensamente edemaciada e inflamada, com
abaulamento unilateral e deslocamento da úvula para o lado não afetado. Em pacientes não tratados,
o abscesso torna‑se flutuante e pode ocorrer ruptura espontânea, se não drenado (SÃO PAULO, 2015;
ALVIM; LASMAR, 2009).
O tratamento das faringotonsilite aguda estreptocócica, são, além dos descritos na de causa viral
(o repouso, avaliação da dor e da febre, com administração de analgésicos e antitérmicos, estimulando
a ingestão de líquidos não ácidos e não gaseificados e de alimentos pastosos, de preferência frios), a
administração de antibióticos, pois encurtam a fase aguda e reduzem as complicações. Entre estes, estão:
211
Unidade IV
• Penicilina G Benzatina: fármaco de primeira escolha, principalmente nos casos de provável não
adesão ao tratamento. Dose:
• Amoxicilina: dose 50 a 100 mg/kg/dia, VO, 8/8 horas ou de 12/12 horas, por 10 dias.
Exemplo de aplicação
Uma criança com Faringotonsilite bacteriana, com 20 kg de peso, necessitava receber a Penicilina
G Benzatina, por via IM. Na prescrição médica contava a medicação acima, com o cálculo de 600.000 U.
Qual seria o cálculo se ela pesasse 25 kg ou mais?
Resolução:
Se ela pesasse 25 kg ou mais, receberia 50.000 U/kg, ou seja: 50.000 U para cada quilo.
A otite média aguda (OMA) é definida como uma inflamação de qualquer estrutura da orelha média
e mastoide de qualquer etiologia.
Trata‑se de uma situação comum em crianças até 3 anos de idade. A fisiopatologia envolve a
inflamação do mucoperiósteo (revestimento interno) da orelha média, associada ao acúmulo de
secreção. A faixa etária entre seis e 24 meses e entre os quatro e sete anos são as idades com maior
incidência. A justificativa desse fato apoia‑se na imaturidade do sistema imune e início nas escolas e
creches, respectivamente. Estudos epidemiológicos também evidenciam que o grupo masculino é o mais
afetado (BRASIL, 2012a; SÃO PAULO, 2015).
212
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
É importante saber que a maioria dos casos de OMA em crianças com mais de dois anos evolui para
cura espontânea sem necessidade de antibioticoterapia. Isso acontece porque muitos têm etiologia
viral ou por ação dos mecanismos de defesa do próprio organismo, no caso de infecções bacterianas.
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza e Moraxella catarrhalis são os agentes bacterianos
mais comuns.
Geralmente a OMA ocorre junto ou como complicação de um quadro de IVAS, com sintomas iniciais
gerais agudos, como febre, choro, inquietude, redução de ingesta, coriza, tosse e irritabilidade. Como
sintoma específico, observam‑se a otalgia ou sinais indiretos, a hipoacusia (de difícil percepção em
menores de 3 anos) e a otorreia, normalmente purulenta, após perfuração espontânea da membrana
timpânica (SÃO PAULO,2015).
O exame físico geralmente evidencia uma membrana timpânica hiperemiada, com opacidade,
edemaciada e até abaulada pelo acúmulo de secreção na orelha média. Uma situação específica é a
presença de vesículas no folheto externo do tímpano, a miringite bolhosa, que faz parte de um quadro
de provável etiologia viral.
213
Unidade IV
7.2.3 Pneumonia
A figura a seguir mostra as mortes de crianças no mundo, decorrentes da pneumonia, entre os anos
de 2011 e 2015. Observa‑se que as regiões mais pobres são as mais acometidas.
CEE/CIS
Latim America
and Caribbean Middle East and
North Africa East Asia and the
South Asia Pacific
20~28%
15~19% West and
10~14% Central Africa
Eastern and
5~9%
Southern Africa
<5%
No data
Sub-Saharan
Africa
Figura 89 – Demonstração de mortes de crianças no mundo, decorrentes da pneumonia, entre os anos de 2011 e 2015
Observação
214
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A maioria dos quadros de pneumonia acontece após uma infecção viral de vias aéreas superiores,
mas apenas a minoria dos quadros de IVAS se complica com pneumonia.
Paciente COM doença cardíaca ou pulmonar de base com DUAS ou mais radiografias de tórax seriadas
com um dos seguintes achados, persistentes, novos ou progressivos: infiltrado persistente novo ou
progressivo, opacificação, cavitação, pneumatocele.
E piora da troca gasosa (dessaturação, como por exemplo PaO2/ FiO2 < 240) ou aumento da oferta de
oxigênio ou aumento dos parâmetros ventilatórios).
E pelo menos TRÊS dos seguintes sinais e sintomas:
Pneumonia em Instabilidade térmica.
crianças > 4 Leucopenia (≤ 4.000 cel/mm3) ou leucocitose (≥ 15.000 cel/mm³) e desvio a esquerda (≥ 10% bastonetes).
semanas e ≤ 1 Surgimento de secreção purulenta ou mudança das características da secreção ou aumento da secreção
ano respiratória ou aumento da necessidade de aspiração.
Apneia, taquipneia, batimento de asa de nariz e tiragem intercostal.
Ausculta com sibilos, roncos ou estertores.
Tosse.
Bradicardia (< 100 bmp) ou taquicardia (> 170 bpm).
Paciente COM doença cardíaca ou pulmonar de base com DUAS ou mais radiografias de tórax seriadas
com um dos seguintes achados, persistentes, novos ou progressivos: infiltrado persistente novo ou
progressivo, opacificação, cavitação.
E pelo menos TRÊS dos seguintes sinais e sintomas:
Febre (temperatura: > 38 ºC).
Leucopenia (≤ 4.000 cel/mm³) ou leucocitose (≥ 15.000 cel/mm³).
Pneumonia
crianças > 1 ano Surgimento de secreção purulenta ou mudança das características da secreção ou aumento da secreção
e < 12 anos respiratória ou aumento da necessidade de aspiração.
Início ou piora da tosse ou dispneia ou apneia ou taquipneia.
Ausculta com roncos ou estertores.
Piora da troca gasosa (como por exemplo PaO2/FiO2<240, ou aumento da oferta de oxigênio ou
aumento dos parâmetros ventilatórios).
Os sintomas mais frequentes da pneumonia são febre, tosse, taquipneia (respiração rápida),
sudorese, calafrios, perda de apetite e vômitos. Em crianças muito pequenas nem todos os sintomas
são detectáveis devido à dificuldade que elas têm de expressarem sintomas como dores e náuseas,
por exemplo. Os dados que levam à suspeita diagnóstica têm que ser percebidos e interpretados pelos
familiares e/ou profissionais da saúde (PITREZ; PITREZ, 2003).
Da mesma forma que exposto anteriormente, o enfermeiro, ao identificar que a criança se encontra
com infecção de vias aéreas respiratórias, deve acompanhar a evolução da doença, atentando‑se aos sinais
de esforço respiratório: a tiragem intercostal, batimentos de aletas nasais, gemência, respiração paradoxal e
retração do apêndice xifoide, cianose e apneia. E lembrar que se estiverem associados aos sinais e sintomas
da desidratação, causados pela diarreia e vômitos, se tornarão potencialmente mais graves.
O tratamento da pneumonia na infância varia de acordo com sua severidade e o tipo de agente
etiológico. Os antibióticos, se for o caso, devem ser escolhidos pelo médico de acordo com a ideia
dos agentes etiológicos mais incidentes em cada faixa etária. Eles são capazes de tratar a maioria das
215
Unidade IV
formas de pneumonias bacterianas, mas a resistência das bactérias aos antimicrobianos tem aumentado,
principalmente pelo uso incorreto de medicamentos (BRASIL, 2012a; PITREZ; PITREZ, 2003).
• Promover a hidratação.
Saiba mais
216
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A criança hospitalizada vivencia inúmeros sofrimentos – separação, dor, desconforto físico decorrente
da intensa manipulação e doença – que influenciam nas esferas afetiva, psicológica e emocional,
sendo importante que o enfermeiro reconheça tais sofrimentos. Para tanto, é necessário ouvi‑las para
apreender a dimensão da doença em sua vida e o modo como é vivida, sendo esses aspectos singulares
para cada criança (VASQUES; BOUSSO; MENDES‑CASTILHO, 2011).
Saiba mais
217
Unidade IV
Há várias maneiras que podem aliviar o stress da criança hospitalizada. Uma delas é fazer este
pequeno ser sentir‑se confortável no processo de hospitalização, familiarizando‑o com o ambiente
ao conduzi‑lo antes da internação, caso ela já esteja confirmada, conhecer o local para que entenda
o funcionamento e procedimentos hospitalares. Há determinados hospitais que oferecem atividades
lúdicas para as crianças em fase de hospitalização sentirem‑se acolhidas e confortáveis, tendo também
a família no acompanhamento, observando a melhora do estado de saúde do filho e o empenho da
equipe de enfermagem ao cuidar com atenção deste ser internado (GONÇALVES et al., 2017).
A legislação brasileira regulamenta o funcionamento das brinquedotecas nas unidades de saúde que
ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, determinando as seguintes diretrizes:
Por outro lado, os pais estão ávidos de informação, valorizando todos os aspectos relativos ao estado de
saúde da criança e o conhecimento das implicações que a doença pode ter no seu futuro. Os profissionais
de saúde, ao terem uma perspectiva pouco clara daquilo que os pais valorizam, reduzem a possibilidade de
218
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
resposta efetiva às suas necessidades, o que sugere contribuir para aumentar a ansiedade e insegurança
dos pais (MELO et al., 2014). Dessa forma, o enfermeiro deve acolher a família da criança para se estabelecer
um vínculo, fundamental para potencializar a recuperação da criança.
Existem aspectos que dificultam o cuidado compartilhado, uma vez que o ambiente hospitalar exige
da família condutas e comportamentos diferentes dos manifestados em casa, limitando suas ações de
cuidado. Uma sala de convivência, pode ajudar ampliar a interação e coparticipação dos familiares no
cuidado à criança por meio da realização de atividades cotidianas, facilitando o cuidado compartilhado
entre enfermagem e família (RIBEIRO et al., 2017).
Os conhecimentos acerca das necessidades dos pais durante o acompanhamento da criança doente,
em contexto hospitalar, permitem salientar o interesse e o envolvimento dos pais nos cuidados de saúde
da criança internada, de modo a contribuir para a atenção à saúde qualificada e humanizada (FERREIRA
et al., 2010).
Além disso, informar o familiar sobre o tratamento e a realização de procedimentos e exames, bem
como esclarecer as dúvidas que emergem deles, transmite segurança e tranquilidade, propicia a sensação
de respeito e valorização como coparticipante no cuidado. (RIBEIRO et al., 2017).
Por essa razão, o enfermeiro deve estimular uma relação salutar, estabelecida entre a família
e a equipe, podendo conhecer melhor a criança, esclarecer as dúvidas familiares e construir uma
rede de confiança. A confiança mútua é fundamental para as vivências que virão, podendo ser
positivas, em casos de recuperação da saúde da criança, ou mesmo para um melhor entendimento
e aceitação em casos de evoluções não muito satisfatórias, como a morte.
219
Unidade IV
Considerando que a hospitalização da criança pode gerar mudanças na rotina e na relação familiar,
muitas vezes, a família confere à enfermagem o papel de referência e apoio, inclusive, associando‑a
à figura familiar. Assim sendo, os profissionais de enfermagem se encontram em lugar privilegiado
para transformar o cuidado, valorizando o protagonismo dos familiares e contribuindo para que o
cuidado compartilhado entre enfermagem e família se efetive, de forma respeitável, responsável e
ética (RIBEIRO et al., 2017).
Saiba mais
Deve organizar o trabalho de acordo com as diretrizes para a assistência direta à criança, no
que se refere ao ambiente e aos recursos tecnológicos e insumos necessários. Esse planejamento
é fundamental, respaldado por protocolos de atendimento à criança e à família participante, com
ênfase na qualidade da assistência, evitando ao máximo expor a criança/família aos riscos que
comprometam sua segurança.
220
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Saiba mais
Lembrete
Segundo as diretrizes para admissão hospitalar, sugeridas por Hockenberry e Wilson (2014, p. 597),
na pré‑admissão, o enfermeiro deve designar o quarto com base na idade de desenvolvimento, gravidade
de diagnóstico, transmissibilidade de enfermidade e duração prevista da hospitalização. Organize o
prontuário e os materiais e insumos necessários para a admissão. Depois, receba a criança e se apresente,
tornando‑se uma referência inicial para os pais/cuidador e a criança. Oriente sobre as principais rotinas e
funcionamento do quarto: luz de chamada, banheiro, controles do leito, telefone, televisão, horários de
funcionamento de serviços de apoio, como lanchonetes e livrarias, e apresente a unidade de internação,
se possível, orientando sobre a brinquedoteca, áreas de sol, entre outros. Explique os regulamentos,
como em relação às visitas médicas, horários de visitas e refeições.
A prescrição de enfermagem da criança internada deve prever os valores de referência dos sinais
vitais, de acordo com a idade e as condições clínicas. Esses valores devem ser consultados em tabelas
de referências para peso, altura, frequências cardíacas e respiratórias, pressão arterial, temperatura e
escalas de dor, e adotados individualmente, para cada criança em específico.
princípio geral é que “uma dose é igual para todos “ se aplica, na enfermagem pediátrica ela precisa ser
individualizada (BOWDEN; GREENBERG, 2005).
Dessa forma, as medicações prescritas para crianças variam de doses, pois são prescritas de acordo
com o peso e a idade.
Por exemplo, a Amicacina (aminoglicosídeo) tem apresentação em ampola com 2 ml: 50 mg/ml,
via endovenosa. A dosagem recomendada é 15 mg/kg/dia (dividido em três doses no dia). Se a criança
pesar 5 kg, receberá 75 mg/dia, ou seja, 25 mg/dose, ou seja, 0,5 ml. Se a criança pesar 10 kg, receberá
150 mg/dia, ou seja, 50 mg/dose, ou seja, 1,0 ml/dose.
Observação
Para todas as medicações realizadas na criança, o enfermeiro deve registrar no prontuário, além da
checagem da medicação, o local em que foi feita a aplicação (como músculo lateral da coxa esquerda),
222
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
se houve algum motivo pelo qual a medicação não foi realizada, como em casos de rejeição, as queixas,
intercorrências e providências adotadas, assinando o nome com os dados de registro no Conselho
Regional de Enfermagem.
A quantidade que muitas vezes precisa ser administrada em crianças (já que a maioria da fabricação
de fármacos é feita com base nas necessidades do adulto), exigem verdadeiros malabarismos para
se obter as doses, que são muito fracionadas. Por exemplo: ao diluírem‑se 1.000 miligramas (mg) de
determinada medicação para administrarem‑se 40 mg; aspirarem‑se 8 microgramas (mcg) de outra,
cuja apresentação é de 500 mcg por mililitro de solução. Essas manobras geram maior demanda de
tempo de trabalho de enfermagem, além da necessidade de manipulação exagerada das soluções, o
que pode comprometer a qualidade do procedimento em vários aspectos, como quanto à estabilidade e
possibilidade de contaminação (PETERLINI; CHAUD; PEDREIRA, 2003).
Assim, o enfermeiro deve se atentar aos cálculos das doses que serão previstas para a terapia
medicamentosa e verificar se estão sendo realizadas pela equipe de enfermagem.
Observação
Como já descrito anteriormente, os fatores que interferem a absorção pelo trato gastrintestinal
são: PH gástrico, tempo de esvaziamento gástrico, motilidade, área de absorção, atividade enzimática e
fatores alimentares. Essa via de administração de fármacos em crianças é de fácil acesso, menos invasiva
e menos traumática.
223
Unidade IV
A terapia EV é amplamente usada em pediatria e deve ser planejada sobre o aspecto multidisciplinar,
porém, na sua execução, as funções da enfermeira pediatra apresentam contínuos e desafiantes avanços.
O enfermeiro precisa se atentar aos diferentes métodos e períodos de administração, formas e agentes
utilizados para a diluição e problemas relacionados à incompatibilidade medicamentosa, decorrente
tanto da associação de drogas, como de drogas e soluções (PETERLINI; CHAUD; PEDREIRA, 2003).
O acesso venoso é feito através de punção venosa, com cateteres intermitentes, com inserção periférica
ou cateter de longa duração, podendo ser de inserção periférica de acesso central (BOWDEN; GREENBERG,
2005). Possui algumas desvantagens, pois apresentam risco aumentado de infecção e repercussão imediata
e fulminante em caso de alergias, pois seu efeito é quase instantâneo.
224
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A técnica para realizar o procedimento foi embasada nas recomendações de Nascimento (2001):
Quadro 21 – Procedimento de aplicação de medicamento IV
Etapas Observações
Em pediatria, a ocorrência de homônimos é muito frequente,
Consultar a prescrição, conferindo o nome da criança e a assim como nomes nos quais uma única vogal é que faz a
medicação a ser preparada. diferença. Deste modo, é importante consultar quem está
acompanhando a criança.
A pulseira deverá conter o número do prontuário da criança e
Consulte a pulseira de identificação. dados, como nome e leito de internação.
Essa etapa permitirá planejar a atividade de acordo com os
Confeccione o rótulo da solução/medicamento, medicamentos que serão necessários.
atentando‑se para os percentuais de diluição dos mesmos. É importante que constem algumas informações com relação à
Preencher de forma a fornecer todas as informações solução, tais como: nome e número do leito da criança, componentes
necessárias com relação à solução. da solução e seus respectivos mililitros, total da solução, tempo
previsto para o seu fluxo, data e assinatura de quem preparou.
Converse com a criança e avalie sua rede venosa periférica, Essa conversa inicial tem como objetivo apresentar‑se e
compatibilizando‑a à solução a ser infundida. estabelecer confiança.
A eleição criteriosa do vaso deverá priorizar a sua Essa avaliação tem a finalidade de planejar o calibre do cateter
ascendência, pois no caso de infiltração, o mesmo vaso venoso de inserção periférica a ser utilizado.
poderá ser puncionado mais acima.
Materiais necessários: medicamento, seringas, agulhas,
Separe todo o material necessário e prepare a medicação diluentes e cateteres para punção, fita hipoalergênica para
(a quantidade prescrita e depois redilua se for indicado) e fixação do cateter e contenção do membro, tala, esparadrapo,
dirija‑se ao quarto. oclusores, material para antissepsia e garrote e equipamentos
de proteção individual (EPI).
Lave as mãos. Evitará a propagação de infecção cruzada.
Aborde a criança, e, de acordo com o seu nível de Não engane e não minta para a criança; muitas vezes elas
entendimento, explique‑lhe o que vai ocorrer. colaboram espontaneamente.
Calce a luva e garroteie o membro com delicadeza. Evitar essa manobra em RN ou prematuros.
Faça a antissepsia cutânea no sentido da corrente venosa. Utilize álcool a 70% e bolas de algodão.
Introduza a agulha no seio venoso, o que deverá ser feito, Visualize bem o vaso e tracione os seus limites para a
a título de segurança, lateralmente ao vaso que será introdução da agulha.
puncionado, atingindo a tela subcutânea, e só depois Essa introdução lateral objetiva evitar que a pressão exercida
perfure a veia e atinja a luz do vaso. Verifique se o sangue para o rompimento da pele, que será variável de acordo com o
refluiu no cateter. seu nível de hidratação, transfixe a veia. A tração dos limites do
Na presença de refluxo de sangue, retire o garrote. vaso previne o seu deslocamento na tela subcutânea.
Se o acesso venoso tiver a finalidade de infusões intermitentes,
verifique a infusão apropriada para manter o cateter pérvio.
Caso se trate de solução de uso contínuo (soros de hidratação,
Faça a medicação ou instale a solução contínua. por exemplo), instale em equipos de microgotas (controle de
microgotejamento manual) ou em equipamentos específicos
para controle do tempo de infusão, como a bomba de infusão
ou bomba de infusão para equipos ou seringas.
Pode utilizar coberturas transparentes, próprios para fixação de
Fixe o cateter na pele. cateteres. Facilita a avaliação de sinais flogísticos na região da
peripunção e de infiltrações da solução, se ocorrerem.
Se possível, imobilize as articulações anterior e posterior ao Use talas adequadas ao tamanho da área a ser fixada.
local da punção
Descarte o material perfuro cortante em recipiente Prevenção de acidentes com materiais perfuro cortantes.
adequado, retire as luvas de procedimento.
Higienize as mãos. Prevenção de infecções.
225
Unidade IV
Para infusão contínua de solução (soro), antes da punção, conecte o equipo ao frasco de solução
e retire o ar do sistema. Conecte o multiplicador de vias e/ou o tubo extensor no sistema de infusão e
conecte o sistema ao cateter venoso. Inicie a infusão, no tempo e à velocidade recomendados mediante
o cálculo de microgotejamento (BOWDEN; GREENBERG, 2005).
• Microgotas/minuto= ml/hora
Exemplo de aplicação
Quantas microgotas/minuto deverão ser infundidas para que o soro corra no tempo prescrito?
Resolução:
Resposta: deverão ser infundidas oito microgotas/minuto para que o soro corra no tempo prescrito.
• Região dos membros superiores: braço (veia cefálica e basílica), antebraço (veia cefálica, cefálica
acessória, veia basílica e veia intermediária do antebraço), dorso da mão (veia basílica, veia
cefálica e metacarpiana dorsais).
• Região dos membros inferiores: perna (safena magna e tibial anterior) e pé (rede venosa do dorso
do pé). Essas opções podem ser usadas, mas não devem ser a primeira escolha, devendo ser
evitadas, se possível.
226
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
• Cateter intravenoso periférico integral com dispositivo de segurança: tamanhos 22GA, 24GA, de acordo
com o calibre do vaso sanguíneo que se pretende puncionar. Indicado para terapias intravenosas.
• Equipos de bureta com microgotejadores: a infusão ocorre por gravidade e são amplamente
utilizados no ambiente hospitalar para a administração de antibióticos, entre outras medicações,
que precisam ser infundidos em pequenos volumes e controlados por tempo. Podem ter
reservatórios com capacidades de 50 ml e 100 ml.
• Bomba de infusão para seringas: é um equipamento com circuito microprocessado, que funciona
por meio da ação mecânica propulsora sobre o êmbolo de uma seringa. O conteúdo da seringa é
infundido no paciente de forma precisa, conforme a programação selecionada.
• Formação de hematomas.
• Tromboflebite.
• Flebite.
• Infecção e sepse.
• Infiltração, extravasamentos.
Saiba mais
227
Unidade IV
A escolha dessa via é importante quando se deseja uma rápida absorção do fármaco, todavia, o músculo
escolhido dependerá do peso da criança, da medicação, e da quantidade de droga necessária para a injeção.
A escolha do local para administração de fármacos pela via IM dependerá da dosagem, da idade da
criança e do tempo em que a criança será submetida ao tratamento usando a via IM.
Tabela 10 – Regiões recomendadas para administração IM, por ordem de preferência
Período de Comprimento da
Músculo Volume (ml)
desenvolvimento etário agulha (mm)
Lactente 0,5 15
Vasto lateral:
Indicada para crianças menores de 1 ano, por ter Infante 0,5‑1 15‑25
mais músculos e possui poucos nervos e vasos Pré‑escolar 1 25
sanguíneos.
Escolar 1,5‑2 25
Lactente 0,5 15
Região Ventroglútea: Infante 0,5‑1 15‑25
Indicada para crianças maiores de 7 meses. Pré‑escolar 1 25
Escolar 1,5‑2 25‑40
Região dorsoglútea Escolar 1,5‑2 25
Região deltoideana
(não é recomendada para lactentes, infantes e Escolar 0,5 15‑25
pré‑escolares e crianças com pouca musculatura).
As vantagens da aplicação de medicamentos IM na região vasto lateral são muitas. A figura a seguir
demonstra o local da administração de fármacos pela via IM no vasto lateral. Sendo um músculo grande
e bem desenvolvido, pode tolerar grandes quantidades de líquido, e é facilmente acessível se a criança
estiver deitada de lado ou sentada (HOCKENBERRY; WILSON, 2014).
228
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Trocânter maior
Nervo ciático
Artéria femoral
Local da injeção (vasto
lateral)
Reto femoral
Articulação do joelho
Sobre as vantagens da aplicação na região do ventroglúteo, podemos destacar: local livre de nervos
importantes e das estruturas vasculares, facilmente identificado por proeminências ósseas, possui uma
camada mais fina de tecido subcutâneo em relação ao dorsoglúteo, e consequentemente menor chance
de armazenamento da medicação na região subcutânea, pode acomodar grande quantidade de líquido
em relação aos demais locais de indicação, também é facilmente acessível se a criança estiver deitada
de lado ou sentada e é menos dolorosa que o vastolateral (HOCKENBERRY; WILSON, 2014).
Local da injeção
(glúteo médio)
Palma sobre o
trocânter maior
Crista ilíaca
Glúteo médio
Glúteo mínimo
Trocânter maior
Região ventroglútea
de injeção
Figura 93 – Local da administração de fármacos pela via IM, no ventroglúteo
229
Unidade IV
• Lavar as mãos.
• Separar o material que será necessário (bolas de algodão, luvas para procedimentos, álcool 70%,
seringa e agulha – adequados para a idade do paciente e volume a ser administrado).
• Conferir a prescrição: nome, via, dose e checar se confere com a medicação que está selecionada
(ler o rótulo, data de validade, concentração, aspecto).
• Calçar as luvas.
• Abordar a criança de acordo com a faixa etária. Para segurança, a criança poderá ser imobilizada,
com ajuda do cuidador.
• Fazer a medicação.
A via intradérmica é uma via de absorção lenta, muito utilizada para a administração da vacina
BCG‑ID (BRASIL, 2012a).
O volume máximo indicado a ser introduzido por essa via é de 0,5 ml, sendo que, geralmente, o
volume corresponde a frações inferiores ou iguais a 0,1 ml. O local mais utilizado para injeções ID é a
face anterior do antebraço (REICHEMBACH; MEIER; ASCHIDAMINI, 2005):
• Lavar as mãos.
230
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
• Calçar as luvas.
• Fazer a limpeza da pele com álcool a 70% (verificar recomendações específicas em casos de testes
e imunobiológicos).
• Segurar firmemente com a mão o local, distendendo a pele com o polegar e o indicador e,
se preciso, pedir ajuda para imobilização da criança.
• Introduzir a agulha, paralelamente à pele ou numa angulação de 15º, numa extensão de 2 mm,
com o bisel voltado para cima, até que ele desapareça.
• Injetar a solução lentamente, com o polegar na extremidade do êmbolo, até completar a dose, o
que deverá produzir uma pápula.
• Lavar as mãos.
A aplicação de medicamentos por via subcutânea é indicada quando não se objetiva uma absorção muito
rápida pelo organismo, bem como para aplicação de medicamentos específicos como insulina, adrenalina
ou vacina antirrábica (HOCKENBERRY; WILSON, 2014; REICHEMBACH; MEIER; ASCHIDAMINI, 2005).
Observação
As medicações por via SC podem ser aplicadas em qualquer local que exista tecido subcutâneo e os locais
mais indicados para esse tipo de aplicação são as regiões superiores externas dos braços (terço central da face
lateral do braço), abdômen, além da região anterior das coxas (REICHEMBACH; MEIER; ASCHIDAMINI, 2005).
Os enfermeiros devem estar atentos para o peso corpóreo da criança. É ele que indicará a profundidade
da camada subcutânea, facilitando a escolha do comprimento da agulha e do ângulo de introdução.
• Escolha a seringa a ser utilizada, variando entre 1 e 3 ml e a agulha a ser utilizada (hipodérmica).
• Escolhido o local para aplicação da injeção, o enfermeiro deve preparar a medicação com base
na prescrição médica, lavar as mãos, calçar as luvas e introduzir a agulha em ângulo de 90º
(agulha hipodérmica).
• Ao final, o profissional deve aspirar, injetar a medicação, retirar a agulha e massagear após a aplicação.
É importante ressaltar que, em aplicações de insulina e heparina, o local não deve ser massageado.
Essa técnica é indicada para a realização de exames para os quais seja necessária uma pequena
quantidade de sangue coletada em papel de filtro, tubo capilar ou tiras reagentes (teste do pezinho,
hematócrito, bilirrubina total, gasometria venosa e glicemia), usado geralmente em neonatos e
prematuros. Também pode ser uma opção quando se encontra dificuldade de obtenção de amostra de
sangue por punção venosa (BRASIL, 2012a).
O local da punção é a face lateral ou medial do calcanhar. Essa punção nunca deverá ser realizada
no centro do calcanhar.
Observação
Quando realizada na face lateral ou medial do calcanhar, nunca fazer
a punção no centro do calcanhar, pois esse procedimento está associado a
uma maior incidência de osteomielite.
A figura a seguir ilustra (no calcâneo, em vermelho, indicado pelas setas) os locais para se realizar a
punção do calcanhar:
Figura 94
232
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A seguir são listados os procedimentos a serem seguidos para uma adequada técnica da punção do
calcanhar (BRASIL, 2012a):
• Fazer uma rápida punção com a lanceta (de preferência utilizá‑las com mecanismo de disparo).
Evitar punções excessivamente profundas.
• O sangue deve fluir sem que a área do calcanhar perfurada seja espremida.
• Após a coleta, comprimir o local da punção com gaze estéril até promover completa hemostasia.
Existem muitas maneiras de se administrar oxigênio. Dentre essas, encontram‑se os cateteres nasais
e as máscaras faciais.
Os cateteres nasais são de fácil instalação e proporcionam uma fração inspirada de oxigênio (FiO2)
entre 24% e 40%. Porém, deslocam‑se facilmente, não sendo recomendado para uso em neonatos,
lactentes e infantes.
233
Unidade IV
O uso de máscaras faciais, embora de simples utilização e oferecendo um pouco mais de FiO2 se
comparadas aos cateteres nasais, chegando até 60%, possui a difícil tarefa de manter‑se fixadas na
face, pois são pouco aceitas pelas crianças. Além de interferirem na alimentação, na expectoração
e na aspiração das vias aéreas. É mais usada em adultos ou crianças maiores, que tenham idade de
desenvolvimento para compreender e aceitar a terapia.
O meio mais comum de oferecer oxigênio para neonatos é por meio de capuz em acrílico e, para
lactentes e pré‑escolares, por meio da oxitenda, pois além de serem mais toleradas, proporcionam,
respectivamente, FiO2 de até 100% e 60%.
A oxigenoterapia realizada por meio da oxitenda é muito usada e tem indicações de uso quando a
criança estiver em condições de21% de FiO2 (ambiente) e a PAO2 < ou = 50%.
Temos como principais objetivos favorecer a oferta de O2, reverter quadros hipóxicos e proporcionar
conforto, visto que crianças não toleram cateteres de O2, nem mesmo as máscaras, e umidificar as vias aéreas.
A oxitenda nada mais é do que uma caixa em acrílico, portanto transparente, que permite que a
mistura gasosa (ar comprimido e oxigênio) se concentrem em seu interior, proporcionando a oferta
de oxigênio desejada à terapia da criança, que fica com a cabeça e o tórax dentro desse ambiente
oxigenado (HOCKENBERRY; WILSON, 2014).
A mistura gasosa sofre uma perda importante na parte inferior da tenda e pela entrada principal,
devendo estar sempre bem protegida, evitando escapes. Como é sabido, o CO2 se difunde rapidamente
e o O2 é mais pesado que o ar comprimido. Dessa forma, não se deve nunca colocar a criança em
situações de concentração de O2 inferiores a 40%. Para se verificar a concentração de oxigênio no
interior da oxitenda, deve‑se usar um mensurador de oxigênio para ambientes.
• 1 aquecedor elétrico tipo bastão (para aquecer o oxigênio e evitar hipotermia na criança).
• Deve‑se certificar de que fluxo da mistura dos gases não esteja fluindo diretamente na face da criança.
• Mantê‑la seca e confortável, trocando a roupa quando necessário, pois o ambiente úmido pode
acarretar em molhar o lençol e a roupa da criança.
• Não deixar a criança isolada. Favorecer a presença e companhia de pessoas significativas (pai, mãe
ou avós, por exemplo) participando.
• A criança poderá concomitantemente receber medicações, podendo estar com acesso venoso.
• Manter material para emergência próximo ao leito, pois uma criança com desconforto respiratório
rapidamente pode evoluir negativamente com a terapia proposta, resultando em uma parada respiratória.
• A alimentação prescrita deverá ser mantida e devem ser observados sinais de cansaço,
cianose e taquicardia.
• A higiene da criança, como troca de fraldas e corporal, pode ser realizada com a criança na oxitenda,
principalmente nas crianças mais instáveis. Nos casos em que seja necessário remover a criança da
oxitenda, a fonte de oxigênio deverá ser mantida próxima (fisioterapia, exames, punções, entre outras).
As vantagens dessa terapia é que isola a criança de ruídos externos, e proporciona conforto e
restabelecimento da criança. As desvantagens são poucas, mas não podemos deixar de citar que a
oxitenda não permite um contato direto com a criança e que, em casos de muita manipulação, pode
haver a dificuldade de manter concentração adequada no interior.
No mercado existem vários tamanhos de capuz, que devem estar presentes no arsenal da unidade de
internação para permitir que o enfermeiro escolha o tamanho ideal para o neonato.
A sonda gástrica é um tubo que pode ser inserido pela boca (orogástrica) ou nariz (nasogástrica)
e tem como destino final o estômago. Tem como finalidade a drenagem (mantida abaixo do nível do
estômago, e aberta) e a descompressão gástricas, mantidas elevadas e abertas, no caso de crianças
em ventilação pulmonar mecânica, por exemplo. Pode ser usada também para administração de
medicamentos de absorção gástrica.
A sonda enteral é um tubo que pode ser inserido pela boca (oroenteral) ou nariz (nasoenteral), e
tem como destino final alcançar o intestino na porção pós‑pilórica. Ela é mais usada para finalidade de
alimentação, ou seja, nutricional e de administração de medicamentos de absorção entérica.
Embora as sondas colocadas por via oral apresentam maior dificuldade de inserção devido ao
movimento da boca e da língua da criança, podendo aumentar a incidência de apneia e bradicardia
por estimulação vagal, ela é uma opção vantajosa, pois preserva as vias aéreas superiores, sendo muito
usadas em neonatos. Podem interferir na respiração, causando obstrução na narina e aumento da
resistência das vias aéreas (BOWDEN; GREENBERG, 2005).
As sondas enterais, diferentemente do que é usado em adultos, devem ser sem os anéis de tungstênio
aderidos na extremidade, pois a anatomia do piloro na criança favorece a migração da sonda para a
região pós‑pilórica e não possuem mandril.
As sondas devem ser em poliuretano e a numeração varia de acordo com a fase etária da criança e
para que se destina.
236
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Por exemplo, em recém‑nascido e lactentes, são usadas as sondas nº 6, se for para alimentação.
Já se o objetivo for para drenagem gástrica de resíduo sanguíneo no pós‑operatório, pode‑se utilizar
uma sonda gástrica nº 8.
• Lubrificante hidrossolúvel.
• Seringa de 10 ml.
• Gazes.
• Luvas de procedimento.
• Cuba rim.
• Estetoscópio.
Técnica para sondagem enteral (HOCKENBERRY; WILSON, 2014; BOWDEN; GREENBERG, 2005):
• Verificar a indicação da sondagem e definir se a introdução da sonda será por via oral ou nasal.
— Inserção nasal: medir o comprimento que será inserido colocando a extremidade da sonda na
ponta do nariz, progredindo a mesma até o lóbulo da orelha e daí para baixo entre o apêndice
xifoide e a cicatriz umbilical. Marcar essa distância com esparadrapo.
— Inserção oral: medir o comprimento que será inserido colocando a extremidade da sonda entre
os lábios, progredindo até o lóbulo da orelha e daí para baixo, entre o apêndice xifoide e a
cicatriz umbilical. Marcar essa distância com esparadrapo.
237
Unidade IV
• Retirar as luvas.
• Lavar as mãos.
• Anotar no prontuário.
Observação
Em crianças que ainda não controlam seus esfíncteres, ou que estejam na fase etária que não
compreendem bem as orientações necessárias para a coleta de urina, seja para exame laboratorial
(exemplo: Urina I) ou para testes rápidos (exemplo: glicosúria), é necessário um procedimento específico.
Faça a higienização da região genital com água e sabonete líquido (sempre no sentido da frente
para trás e nunca o contrário, para evitar contaminação com a região anal). Pode ser realizada durante o
banho. Em meninos, recomenda‑se realizar a higiene do prepúcio com sabonete líquido. Enxaguar com
bastante água e enxugar a região genital usando toalha limpa.
238
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Retire o adesivo do saco coletor, tendo o cuidado de não contaminar sua parte interna.
Coloque o saco coletor infantil de forma que a abertura do saco coletor fique próximo ao canal
uretral e deixe por 30 min.
Se após 30 minutos a criança não tiver urinado, deve‑se trocar por um novo coletor, fazendo nova
higiene intima na criança. Se a criança tiver urinado, encaminhar ao laboratório.
Resumo
Deve‑se evitar o uso de antitérmico caso haja febre, pois esta costuma
ceder à medida que a desidratação vai sendo reparada. A criança deve ser
avaliada constantemente, pois o Plano B termina quando desaparecem
os sinais de desidratação.
241
Unidade IV
243
Unidade IV
A sonda enteral é um tubo que pode ser inserido pela boca (oroenteral)
ou nariz (nasoenteral), que tem como destino final alcançar o intestino, na
porção pós‑pilórica. Ela é mais usada com a finalidade de alimentação,
ou seja, nutricional, e de administração de medicamentos de absorção
entérica.
244
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Exercícios
Questão 1. (UFRJ, 2013) O Calendário Básico de Vacinação da criança amplia‑se com a introdução de
novas vacinas no decorrer dos anos, sendo cada vez mais incentivado o desenvolvimento de tecnologias
para a administração de múltiplos antígenos em uma única aplicação. No caso, a vacina pentavalente
previne as crianças contra:
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a vacina contra tétano (substância ativa) é indicada para a profilaxia contra o
tétano causado pelo C. tetani, a difteria causada pelo C. diphtheriae e a coqueluche causada
pela B. pertussis em pessoas com 4 anos ou mais de idade como vacina de reforço, segundo as
recomendações locais de vacinação.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a vacina tríplice viral é uma combinação de vírus vivos atenuados contra o sarampo, a
caxumba e a rubéola, apresentada sob a forma liofilizada, em frasco‑ampola com uma ou múltiplas doses.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a vacina da varicela está indicada para todas as crianças saudáveis entre 12 meses e 12
anos de idade, em dose única de 0,5 ml, com um reforço aos 4 anos de idade.
D) Alternativa correta.
Justificativa: previne contra sarampo, rubéola, difteria, coqueluche, hepatite B, pneumonias, rotavírus
e poliomielite dentre outras, sendo a maioria delas injetável.
245
Unidade IV
E) Alternativa incorreta.
Questão 2. (FCC, 2007) De acordo com a estratégia Aidipi, as ações de enfermagem para promoção
à saúde, prevenção e tratamento da criança com diarreia aguda e desidratação incluem:
A) I, II e V.
B) I, III e V.
D) II e IV.
E) IV e V.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: hidratar com água filtrada e fervida e o leite materno, devido aos anticorpos, previne
diarreia.
II – Afirmativa incorreta.
IV – Afirmativa incorreta.
V – Afirmativa correta.
Justificativa: as mães precisam de educação continuada nos retornos médicos para aprender sobre
os procedimentos corretos para manter o bebê saudável.
247
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
248
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Figura 11
Figura 12
Figura 19
BRASIL. Caderneta de saúde da criança: passaporte da cidadania. 5. ed. Brasília, 2008a, p. 44‑45.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf. Acesso
em: 3 jul. 2018.
Figura 20
Figura 21
Figura 22
Figura 23
Figura 24
249
Figura 25
Figura 26
Figura 27
Figura 28
Figura 29
Figura 30
Figura 31
Figura 33
250
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Figura 44
Figura 46
Figura 49
Figura 51
Figura 55
Figura 56
Figura 58
BRASIL. Atenção à saúde do recém‑nascido: guia para os profissionais de saúde: cuidados gerais.
2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012a. v. 1. p. 61. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v1.pdf. Acesso em: 4 jul. 2018.
Figura 59
BRASIL. Atenção à saúde do recém‑nascido: guia para os profissionais de saúde: cuidados gerais.
2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012a. v. 1. p. 62. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v1.pdf. Acesso em: 4 jul. 2018.
251
Figura 60
HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014, p. 117.
Figura 61
HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014, p. 189.
Figura 62
BRASIL. Atenção à saúde do recém‑nascido: guia para os profissionais de saúde: cuidados gerais.
2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012a. v. 1. p. 69. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v1.pdf. Acesso em: 4 jul. 2018.
Figura 63
HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014, p. 123.
Figura 64
WONG, D. L. Enfermagem pediátrica: elementos essenciais à intervenção efetiva. 5. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1999, p. 126.
Figura 68
HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014, p. 1.
Figura 69
Figura 70
HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014, p. 128.
252
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Figura 71
Figura 73
Figura 75
Figura 76
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Figura 77
Figura 78
Figura 79
Figura 80
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da Saúde, 2015b, p. 26. (Cadernos de Atenção Básica; n. 23). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
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253
Figura 81
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da Saúde, 2015b, p. 34. (Cadernos de Atenção Básica; n. 23). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
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Figura 91
BRASIL. Atenção à saúde do recém‑nascido: guia para os profissionais de saúde: cuidados com o
recém‑nascido pré‑termo. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. v. 4. p. 5. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v4.pdf. Acesso em:
4 jul. 2018.
254
PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Figura 92
Figura 93
Figura 94
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Informações:
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