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ISSN 0103-9830
BT/PCC/144
Qualidade do Empreendimento
na Construção Civil -
Inovação e Competitividade
João da Rocha Lima Jr.
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alex Kenya Abiko
Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr.
Prof. Dr. Luiz Sérgio Franco
Profa. Dra. Maria Alba Cincotto
Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves
Prof. Dr. Vahan Agopyan
Coordenador Técnico
Prof. Dr. Alex Kenya Abiko
ÍNDICE
ÍNDICE
1. PREÂMBULO
Há alguns meses, lia uma reportagem na revista "The Economist", onde, a pretexto
de avaliar a eficiência da aplicação de métodos de reengenharia em empresas
européias, o repórter fazia um breve discurso crítico com relação à postura
acadêmica de pretender transformar certas ações óbvias do comportamento
organizacional em teses inovadoras.
livros se escrevem, milhões de dólares circulam, até que um novo ciclo se inicia e
a 'teoria'' passa a pertencer ao passado. Restaria medir os prejuízos, resultado da
"teorização" das particularidades desse particular "case", que é o cerne do artigo.
executar suas tarefas, a cada ciclo, melhor do que no anterior. O critério de melhor
será uma fusão [L] - de como é o resultado do procedimento, segundo a visão de
quem o pratica, [LL] - de como é o impacto deste resultado em ações de outras
funções, segundo as necessidades destas e [LLL] - de como se dá o desempenho
global do sistema, segundo a avaliação de funções de hierarquia superior, que
trabalhem com a visão do processo² como um todo.
Isto significa que trato, neste breve texto, de um elenco de temas que, [i] - num
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Para estabelecer os princípios gerais, que darão lastro aos conceitos de qualidade
que exponho neste texto, dou inicio por formular outros que servirão como
premissas necessárias para que enquadremos o assunto.
Seja para empreender, como para outras ações dentro da organização, no conceito
Quando, neste texto, tratar da empresa, quero sempre considerar que manejada
por empreendedores, não por especuladores, de sorte que sua ação será sempre
contida por barreiras, que se encontram estabelecidas para que, durante o
desenrolar da ação, não sejam ultrapassados os padrões de risco nos quais se
sustentaram as decisões de primeira hierarquia, apoiadas no planejamento, para
desenvolver o empreendimento8.
8 O leitor poderá estender grande parte dos preceitos que estão neste texto para
outras áreas da administração, ou da atuação empresarial e, mesmo, de gestão
de coisa pública, pois sua base conceitual não está restrita à construção civil,
nem aos empreendimentos do setor, mas a critérios de melhor administrar.
QUALIDADE DO EMPREENDIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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Uma nova empresa poderá ingressar no mercado, operando com PREÇO Pj < PE
e com QUALIDADE INTRÍSECA QE, ou, ainda, no PREÇO Pj = PE, oferecer
produto com QUALIDADE INTRÍNSECA Q j > QE. Isto desestabiliza o mercado
durante um certo período, na medida em que a oferta nova sempre será limitada e
tem elasticidade baixa, porque se trata de empreendimento com a rigidez
estrutural da construção civil.
Para atingir o padrão 4( a empresa, usando seus sistemas, tecnologia e
cultura gerencial, deverá alcançar um custo para produção, que represente, contra
PE, uma condição econômico-financeira aceitável e sustentada.
[ii] - Caso, na produção e nos núcleos gerenciais do seu ambiente interno, seja
capaz de operar com padrões de desempenho de mais qualidade que os
parâmetros de mercado, ,alcançando, para o padrão de qualidade referencial do
produto QE, um menor custo de produção, que o nível identificado no mercado,
poderá impor um parâmetro de atratividade maior do que o balizamento
reconhecido como o "de estado" do mercado naquela conjuntura. A própria história
de comportamento dos negócios da empresa, cuja rentabilidade já é conhecida, e
as metas, que, naturalmente, serão impostas para "fazer melhor", também são
elementos para balizar o nível de atratividade meta11.
12 Seria até redundante fazer uma longa exposição sobre "porque os riscos na
construção civil são elevados" : os prazos longos de produção; os processos
que envolvem tarefas múltiplas, com custos disperses; o contínuo processo de
montagem e desarticulação de equipes de trabalho; a cultura empresarial do
setor, que é pobre quanto ao conhecimento de organização da produção e,
principalmente, dos sistemas gerenciais de suporte; o uso inadequado de
instrumentos de planejamento, ou, até, a sua falta completa, etc.
Se fosse possível, tendo presente os elementos até aqui dispostos, mergulhar
produção, com riscos resumidos a desvios no ambiente da empresa, o referencial
Caso a oferta seja excessiva, para o mesmo padrão QE, a competição de mercado
tenderá a fazer cair PE, comprometendo a qualidade do empreendimento, do ponto
de vista da rentabilidade almejada pelo empreendedor.
- Caso contrário, o processo é bastante mais complexo, pois que deverá haver um
rearranjo no mercado, na medida em que a elasticidade de PE frente PM é
pequena, para cada estrato de mercado. Com demanda acima dos níveis de
produção ofertados, os empreendedores só poderão trabalhar com preços
acima de PE no caso do mercado sofrer uma translação completa para baixo,
o que pode ser verificado, mas em ciclos mais longos que o de produção
de um determinado empreendimento. Isto ocorre em razão da rigidez da
capacidade de pagar do mercado alvo, de forma que, para cobrar, pelo
mesmo padrão de qualidade QE, um preço P'E > PE, o estrato de mercado é outro -
aquele que tem capacidade de pagar P'E - e que está no mercado esperando
produtos de qualidade Q'E>QE. Então, com desequilíbrio, pela demanda
excedendo a oferta, ou o mercado se rearranja - o que dependerá da conjuntura,
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Esta situação limite só se resolve com concessões por parte da empresa, ou,
ainda, se admitido o confronto, a empresa retomará o produto e se encontrará com
uma conjuntura de esperar que o mercado se ajuste, transladando-se para baixo,
como já me referi. A tendência, em qualquer das duas hipóteses, é a quebra da
qualidade do empreendimento, do ponto de vista da rentabilidade, pois os custos
cresceram defasados da possibilidade de correção dos preços.
16 O que tende a acontecer, neste caso, é que o novo ciclo de mercado já se dará
numa outra relação preço x qualidade. Quando as empresas liquidam seus
estoques com muita velocidade, tendem a voltar para o mercado pressionando o
preço da terra, num primeiro momento, e o dos insumos, mais adiante. Ai, os
custos sobem e, para um mesmo padrão de qualidade, o preço tenderá a subir,
exigindo-se, assim, uma translação para baixo no mercado.
17 Isso acontece quando uma parte importante do preço é diferida para a entrega
do produto, para ser refinanciada em prazos longos e representa a maior
parcela do mercado.
No caso em que o preço é pago durante o ciclo de produção, a quebra da
capacidade de pagar do mercado alvo do comprador neste caso já provoca, a
meio caminho, um confronto.
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custos, pela inflação setorial Quando se vende por preço fixado, esse calibre
deverá ser controlado, mas é não monitorável. Quando se vende com preço
reajustável no mesmo patamar de crescimento dos custos, podemos incorrer na
situação [i]. E, na hipótese de vender, reajustando o preço por um vetor específico,
vinculado à capacidade de pagar do mercado alvo, teremos um potencial problema
de descolamento entre a inflação dos custos de produção e o vetor de correção
dos preços, descolamento este não monitorável.
Fizemos, até aqui, um percurso indutivo, até para mostrar o entendimento que
desenvolvi na introdução, de que, no trabalho com problemas organizacionais, o
que se pratica é ir percorrendo as rotinas de decisão, passo a passo, para
reconhecer o seu mecanismo e formular uma análise crítica e sistematizada, que
marca o novo estado de evolução do sistema, promovendo a inovação20.
QE x PE está ajustado aos anseios do mercado e não este é que deverá se acomodar
a um referencial pré-concebido. E, diante da evidência de que há produtos
diferenciados, o mercado foi se segmentando, porque o consumidor passou a exigir
produtos mais perto do seus anseios, deixando de aceitar, de forma passiva, o
produto globalizante que lhe era imposto.
Do lado das grandes corporações, isso se traduziu em perdas e, por causa do seu
tamanho, inversamente proporcional à capacidade de absorver inovações porque as
resistências internas dos que se acomodaram na situação vigente são muito
poderosas, tardaram em se enquadrar na nova onda que as varre do mercado.
Havia a necessidade, então, de "repensar" estas corporações, o que indicava que
suas estratégias deveriam ser tais que fosse possível implementar táticas para operar
em células menores, condizentes com a estrutura compartimentada dos mercados.
Isso leva, naturalmente : à fragmentação das empresas em núcleos de decisão
menores; à proposição de rotinas de decisão mais ágeis, levando a decisão
operacional "Mais para cima" nas organizações; à exigência de profissionais mais
ecléticos, porque participam de decisões em âmbitos diversos.
[i] - Porque rotular este processo? [ii] - Todas as empresas estão assim enquadradas?
Volto às observações da introdução, para responder.
[i] - Trata-se de um procedimento gerencial que se encaixa na natureza do problema
que se apresenta, mas é de se esperar que as corporações se habilitem a
implementá-lo independentemente desses eventos, porque a análise crítica e
sistemática de seus processos, será rotineira, caso se estabeleça seu planejamento
fundamentado na premissa mais elementar -"planejamento se faz, dentro de um certo
ambiente, com o objetivo de, continuadamente, estar em busca do melhor
desempenho". Trata-se, então, de discutir a essência do planejamento e implementar
na organização e não de inventar procedimentos, ou teorias. A inovação estará na
evolução da cultura empresarial, para entender o planejamento no seu sentido mais
geral e não através de determinadas práticas específicas para cada processo. , Não
há porque rotular - toda, empresa competente faz reengenharia, sempre que faz
planejamento eficiente.
[ii] - As empresas que se enquadram no problema da compartimentação e da
aproximação dos níveis de decisão, que se dá sempre de baixo para cima - não é o
operacional que passa a formular estratégia, mas é o que decide no ambiente da
empresa que leva a decisão até o sistema produtivo -, são aquelas que estratificaram.
posturas e se enrigeceram, na maioria das vezes de forma autógena e fruto de uma
dimensão na qual o risco se toma inadministrável, pela pulverização do processo
decisório. Ai, para reduzir o risco, passa-se a frustar a evolução. Isto só vale para
algumas empresas e para muitas estruturas públicas.
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21 Esta hipótese não significa cultura abaixo dos padrões do mercado, mesmo
porque se sabe que o conhecimento tecnológico para produção na construção
civil se dispersa com muita velocidade pelo setor.
Por exemplo,. a empresa tem um padrão instalado para operar numa escala de
produção incompatível com a estrutura do estrato de mercado alvo, porque as
massas de produção possíveis de manejar por empreendimento, com padrão de
custo compatível com 4( e 3( , são maiores no ambiente da empresa que o
são no mercado, ou vice-versa. Isso acontece muitas vezes com os empreiteiros
de grandes obras, quando entram no mercado imobiliário, verificando que só
podem competir se produzirem em grandes canteiros, porque seus sistemas
gerenciais não tem a agilidade para operar de forma pulverizada, o que é
incompatível com determinados padrões 4(, nos preços 3(
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Atingimos o passo 4, que pode provocar a volta ao passo 3, para rever custos,
daqui para o passo 2, para alterar os padrões operacionais, daqui ao passo 1, para
mudar o estrato de mercado. É evidente que, em qualquer dos passos, pode ser
paralisado o ciclo de planejamento, conceituando o empreendimento como inviável
para a empresa. Nem sempre, também, é necessário fazer o ciclo inverso por
completo, podendo qualquer desequilíbrio ser resolvido em etapas intermediárias.
[ii] - está se encerrando um ciclo de mercado e, como grande parte das empresas
trabalham com o conceito de custo incorrido para vender seus produtos e não o de
reposição, já que os empreendimentos são analisados com conceito restrito, os
novos custos podem apresentar um salto, fruto do descolamento da inflação
setorial.
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[i] - Na hipótese que NQEE divirja de RQE no que interessa ao mercado, que é
RQP, a empresa deverá, para cumprir com firmeza seu contrato, buscar as
compensações necessárias para repor a condição inicial, o que, certamente, trará
repercussões em NQE naquilo que só interessa à empresa. Muito provavelmente,
estaremos tratando de aumento de custos, mais investimentos, atraso de retorno,
parâmetros todos que tem impacto na perda de qualidade do empreendimento,
com respeito aos referenciais do ambiente interno da empresa24.
[ii] - As situações mais comuns no setor são aquelas em que NQEE vai se
descolando de RQE por falta de qualidade nos sistemas de gerenciamento da
produção e das rotinas acessórias, afetando a qualidade do empreendimento,
quanto ao referencial de qualidade do investimento. Quando os sistemas de
controle são eficazes, tem a agilidade suficiente para permitir as soluções de
compensação, que, evidentemente, não podem ser implementadas em prejuízo de
RQP, estando este já contratado.
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Desta forma, para competir no mercado, cada uma das empresas propõe seu
RQPk , que está associado a vetores de decisão desconhecidos pela concorrência
e que podem dirigir o confronto, sem que as demais possam acompanhar. Serão
competitivas as empresas capazes de oferecer o melhor padrão RQPk, visto do
ângulo do mercado.
Para discutir o tema competitividade, então, num primeiro passo, vamos
abstrair os conceitos de crescimento e flexibilidade como indutores da decisão de
planejamento estratégico, admitindo, de início, que a competição se dá
exclusivamente
com o princípio da rentabilidade incidindo sobre a formatação de RQPk . Essa
limitação será objeto de análise mais adiante.
através de uma análise crítica sobre estes, indicar sob que conformação
representam impacto capaz de levar a empresa a oferecer, na fronteira de
mercado, um RQPk com mais vantagens para o mercado28.
Os fatores que possibilitam atingir menor custo estão vinculados : [i] - à tecnologia
dos processos de produção, [ii] - à qualidade dos sistemas de planejamento, na
programação e no controle, [iii] - à qualidade dos sistemas gerenciais e de apoio à
produção e [iv] - à escala de produção.
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QUALIDADE DO EMPREENDIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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Evidente que, tendo a capacidade dos seus sistemas gerenciais nivelada com os
padrões de mercado, a empresa ganhará competitividade somente comprimindo
seus resultados, por fazer Qk mais elevado, ou Pk menor. Para ganhar mercado e
crescer deverá entrar no confronto balizando sua postura por menos resultado ou
mais risco, pois, com custo nivelado com a concorrência, somente as margens é
que farão a diferença.
Essa combinação de menos resultado e mais risco não pode ser adotada sem
crítica, somente porque se deseja entrar no mercado e crescer. As análises de
risco poderão indicar que a sensibilidade do empreendimento para estas
distorções é alta, a ponto de que a empresa não chega a aceitar essa
configuração, por poder comprometer o princípio da estabilidade que, na hierarquia
do planejamento estratégico, está sempre em primeiro nível. Nenhuma decisão de
expansão pode por em risco a própria existência da empresa, ou, num limite
menos grave, fazer continuados prejuízos, mesmo que debitados à política de
crescimento.
Não há como enfrentar este desafio com a postura do predador, porque esta ação
pode reverter contra a própria empresa. Ou seja, acompanhar os preços mais
baixos, ou baixá-los ao ponto de consumir margens para risco, poderá estar
significando um compromisso que a empresa não é capaz de suportar.
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Então, não há receita certa para este tipo de competição. O único principio que
pode ser encarado como sempre válido será o de permanecer atento à inovação,
pois ela será o motor da competitividade, de forma que as empresas que estão
adiante da concorrência no seu setor, por praticar métodos de gestão com ênfase
na busca da qualidade e inovação acabam por encontrar, na flexibilidade, a
resposta para pressões de mercado. Vale dizer que, ao encontrar concorrência
que não consegue acompanhar, a empresa que tem fundamentos avançados de
gerenciamento, estará habilitada a encontrar espaços alternativos de mercado,
para escapar do conflito predatório.
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A inserção do setor na economia faz que sua estrutura seja presa fácil dos ciclos
de recessão, provocando que, para se proteger do eventual impacto negativo do
futuro desconhecido, muitas empresas, com baixo padrão de flexibilidade, não por
opção, mas induzidas pela sua escala, procurem posicionar seus sistemas de
decisão inteiramente no curto prazo, buscando exclusivamente a eficácia, mesmo
com a consciência de estar comprometendo sua qualidade. Este é o elemento que
marca o setor como um dos segmentos mais especulativos da economia.
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