Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FLORIANÓPOLIS, FEVEREIRO/2017
Versão 1.0
HISTÓRICO DE VERSÕES
Data Versão Descrição Autor
Entrega da primeira versão do relatório de
Movimentação de Cargas Aéreas no Brasil: Cenário
06/02/2017 1.0 LabTrans/UFSC
Atual e Perspectivas. Data-base do documento:
setembro de 2016.
Sumário
Introdução ..........................................................................................................................7
1. Cenário atual da movimentação de carga aérea no Brasil ..............................................9
1.1. Mercado de transporte aéreo de cargas ................................................................. 10
1.2. Pessoal ocupado .................................................................................................... 16
1.3. Rotas aéreas e voos cargueiros autorizados ............................................................ 18
1.4. Características da frota aérea ................................................................................. 22
1.5. Indicadores de movimentação de cargas aéreas no Brasil ....................................... 24
1.5.1. Carga aérea doméstica ........................................................................................................ 24
1.2.1. Pesquisa da EPL: principais características do transporte de cargas aéreas domésticas 28
1.5.2. Carga aérea internacional .................................................................................................... 30
2. Perspectivas para demanda de carga aérea no Brasil (2016–2035) ............................... 37
2.1. Metodologia de projeção ....................................................................................... 37
2.1.1. Bases de dados..................................................................................................................... 37
2.1.2. Modelo econométrico de projeção ..................................................................................... 38
2.2. Projeção de carga aérea no Brasil ........................................................................... 43
2.2.1. Projeção da demanda: resultado agregado ......................................................................... 43
2.2.2. Projeção da demanda de carga aérea doméstica ................................................................ 44
2.2.3. Demanda projetada de carga aérea via importação ............................................................ 47
2.2.4. Demanda projetada de carga aérea via exportação ............................................................ 51
• Modal mais veloz • Restrições a grandes quantidades de cargas e
• Menor custo de embalagem artigos perigosos
• Mais vantajoso no transporte de mercadorias • Frete alto em relação a outros modais
de alto valor agregado, bem como amostras • Alto custo de infraestrutura e custos variáveis
e outros produtos perecíveis (como o combustível)
• Seguro mais baixo em relação a outros • Impossibilidade de transporte de carga a
modais. granel.
3% 2%
1%
TAM
32% ABSA
GOL
62% Avianca
Azul
1
Os valores da TAM consideram também a participação no mercado da ABSA, braço
internacional da empresa.
11% Avianca
Azul
Sideral Air Cargo
Colt Transportes
24% 12%
Número de estabelecimentos
por município
De 1 a 3 estabelecimentos
De 4 a 6 estabelecimentos
7 estabelecimentos
20 estabelecimentos
Distribuição de
estabelecimentos por região
6,6%
8,5% Sudeste
Nordeste
15,1% 48,1% Sul
Norte
21,7% Centro-Oeste
Figura 2 – Estabelecimentos cadastrados na base de dados da RAIS, com código CNAE 5120-0
Fonte: RAIS (BRASIL, 2015). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
2
As cargas pagas despachadas referem-se ao local de origem da carga. Para informações acerca
da definição de caga paga, vide seção 1.5.1.
Escala de representatividade de
cargas aéreas despachadas por UF
Movimentação (t)
70% 100.000
60% 80.000
50%
40% 60.000
30% 40.000
20%
20.000
10%
0% 0
Manaus-AM
Goiânia-GO
Porto Alegre-RS
Florianópolis-SC
Recife-PE
Cuiabá-MT
Boa Vista-RR
João Pessoa-PB
Porto Velho-RO
Teresina-PI
Curitiba-PR
Navegantes-SC
Vitória-ES
Belém-PA
Maceió-AL
Petrolina-PE
Joinville-SC
Foz do Iguaçu-PR
Macapá-AP
Fortaleza-CE
Campo Grande-MS
Salvador-BA
Londrina-PR
São Luis-MA
Carga Nacional Exportação Importação Movimentação total de cargas (em toneladas)
Além disso, entre os Terminais de Carga da Rede Infraero, destaque especial é dado
aos terminais dos aeroportos de Goiânia (GO), João Pessoa (PB) e Londrina (PR), uma vez que
atendem importadores que recebem suas cargas pelo modal marítimo e nacionalizam nos
terminais da Infraero pelo Regime de Trânsito Aduaneiro (INFRAERO CARGO, 2016a). Ao
considerar os aeroportos regionais do escopo do Programa de Investimentos em Logística:
Aeroportos, lançado pelo Governo Federal em dezembro de 2012, apenas oito dos 270
aeroportos regionais apresentam terminais de cargas administrados pela Infraero — Campos
(RJ), Corumbá (MS), Foz do Iguaçu (PR), Joinville (SC), Londrina (PR), Navegantes (SC), Petrolina
(PE) e São José dos Campos (SP).
Dentre os principais terminais brasileiros de carga aérea, em termos de volume de
mercadoria transportada, destacam-se os dos aeroportos das cidades de Guarulhos (SP),
Campinas (SP), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ).
O Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo (SBGR), o TECA GRU,
conta com uma área de aproximadamente 97 mil m², destinada à movimentação de produtos
farmacêuticos, eletrônicos, têxteis e acessórios automotivos, entre outros. O terminal oferece
voos diários de 46 empresas, com destino a 29 países, fazendo também a ligação entre todas
as capitais e principais cidades brasileiras (GRU AIPORT CARGO).
O terminal do Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas (SBKP) possui uma área
destinada à importação de 54.000 m² que importa cerca de 15 mil toneladas mensais,
enquanto o terminal de exportação, a partir de uma área de 18.000 m² realiza em média o
escoamento de 5 mil toneladas ao mês. Além disso, o terminal realiza operações com 183
diferentes países de destino e 175 de origem por meio de 23 companhias aéreas cargueiras
(AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS, [2016]).
14,24% SP
PR
8,02% 43,84% AM
8,59% MG
PE
12,32%
Outros
12,99%
914
519
225
48 46 18
3
O grupo outros contém os seguintes níveis de escolaridade: mestrado (8); 6 o a 9o ano do
fundamental (6); 5o ano do fundamental completo (2); até 5o ano incompleto (1); e doutorado (1).
❷ SBSP → SBRF
ROTAS ENTRE REGIONAIS 28 voos autorizados
E CAPITAIS
N
NOTAS
Mapas de fluxos: apresentam apenas voos autorizados em etapa básica, que é a operação de uma aeronave entre uma
decolagem e o próximo pouso.
Fluxos: somatório de rotas aéreas autorizadas para voos cargueiros domésticos e internacionais, considerando os trechos
na malha aérea brasileira.
Rota: o caminho entre o aeroporto de origem e o de destino do voo em sentido único.
Voos autorizados: os deslocamentos autorizados entre o(s) aeroporto(s) de origem e o(s) de destino, considerando as
diferentes companhias aéreas e frequência, no máximo, semanal.
Frequência: somatório de voos autorizados semanalmente.
Fonte: Hotran/ANAC. Data base: 30 de novembro de 2016
Figura 4 – Fluxos aéreos autorizados para voos cargueiros nacionais e internacionais na malha aérea
brasileira
Fonte: ANAC ([2016]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
SBFI 18 18
SBVT 18 18
SBCT 14 14
SBMO 14 14
SBJV 12 12
SBLO 5 7 12
SBCY 6 1 7
SBFL 7 7
SBJU 7 7
SBBW 6 6
SBKG 6 6
SBKP 6 6
SBNF 6 6
SBPJ 6 6
SBPL 6 6
SBBE 4 4
SBFN 3 3
SBBR 1 1
SWSI 1 1
Voos
212 126 67 40 39 35 27 24 24 19 19 18 18 14 14 12 7 7 6 6 6 6 6 6 5 4 3 1 771
autorizados
Frequência semanal de voos autorizados Distribuição de voos autorizados por tipo de rota
30 a 35 11 a 16 Voos entre capitais 76,4%
22 a 28 6 a 10 Voos entre regionais e capitais 22,8%
17 a 21 0 a 5 Voos entre regionais 0,8%
NOTAS
Voos autorizados: os deslocamentos autorizados entre o(s) aeroporto(s) de origem e o(s) de destino, considerando as diferentes companhias aéreas e frequência, no máximo, semanal.
Fluxo: representação do somatório de voos cargueiros domésticos autorizados por rota aérea.
Rota: o caminho entre o aeroporto de origem e o de destino do voo em sentido único.
Frequência: somatório de voos autorizados semanalmente.
Fonte: Hotran/ANAC. Data base: 30 de novembro de 2016.
709
25 209
192
8
64 45 26
78 25 3 3
B737 B763 B772 A332 MD11 B744 AT72 B77F B738 B748
A frota que opera voos cargueiros internacionais é mais diversificada, com sete tipos
de aeronaves, e somou uma frequência semanal de 616 voos autorizados (45% dos voos
autorizados). Já a operação de cargueiro doméstico corresponde a 55% do total de voos
semanais.
O modelo mais representativo, com maior de frequência, é o Boeing 737, operando
em 51% das rotas autorizadas realizando operação de natureza doméstica; e o Boeing 763 é
responsável por 16% da frequência de voos. A distribuição dos equipamentos autorizados por
voo é apresentada no Gráfico 7.
Gráfico 7 – Distribuição de voos autorizados por modelo de aeronave – frequência de voos (2016)
Fonte: ANAC ([2016]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
A frota das companhias aéreas brasileiras está mudando sua referência de aeronave
cargueiro, do 727-200 para uma maior participação do 737-400, mais modernos e econômicos.
O 737-400 é tido hoje como referência de transporte de carga aérea no mundo, apesar da
capacidade de 21 toneladas contra 25 toneladas do 727-200, o qual se destaca em termos de
custo operacional.
8,1 7,8
1.200 119,9
Em milhares de toneladas
124,9 11,6
83,1
1.000 8,3
8,0 97,4
800 114,9 8,5
80,4
600 1.127,1
1.085,6 1.026,7
400 783,0 874,3
745,7
200
-
2005 2007 2009 2011 2013 2015
4
Considerando 95% da movimentação realizada no ano, em função da compatibilidade com os
valores utilizados no estudo de projeção. Para mais detalhes acerca do tratamento dos dados, vide
seção 2.1
5
Carga paga: bens transportados em aeronaves com geração direta ou indireta de receita para
a empresa aérea, com exceção de bagagens e correio.
6
Carga grátis: bens transportados, exceto bagagens e correio, que não tenham gerado receitas
diretas ou indiretas para a empresa aérea.
7
Carga de correio: objetos transportados em rede postal em cada trecho de voo realizado.
8
A relação dos aeroportos citados no estudo encontra-se disponível no anexo deste relatório e
menciona o nome do aeroporto, seu código ICAO e tipo (nacional ou internacional).
Total (toneladas) 97.276 51.116 43.366 29.931 28.276 23.359 19.784 16.280 15.589 13.792 13.133 8.990 7.423 5.892 5.707 5.213 5.196 5.048 4.768 4.222 34.566 438.927
Figura 7 – Matriz de Origem–Destino (OD): principais fluxos de cargas aéreas domésticas no Brasil (2015)
Fonte: ANAC (2016). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
1.200
Em milhares de toneladas
600 403
Figura 8 – Evolução dos volumes movimentados de carga aérea no Brasil por sentido – em mil toneladas
(2004-2015)
Fonte: ANAC (2016). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
9
Valores referentes à movimentação total. Nas análises estatísticas foram consideradas as
movimentações que representaram 95% do volume transacionado no ano de 2015.
Fabricação de Fabricação de
celulose, papel e coque, de produtos
derivados do Extração de
produtos de papel minerais, petróleo
petróleo e
Coleta, tratamento e biocombustíveis e gás
disposição de resíduos;
recuperação de Fabricação de Alimentos e
Têxteis e
materiais produtos diversos bebidas
calçados
Para a realização do perfil comparativo entre os usuários, optou-se pelas suas análises
sobre os modais rodoviário e aeroviário, com base na compreensão de que as cargas
transportadas por via aérea têm maior nível de concorrência com o modal rodoviário. A
Tabela 3 traz características levantadas em cada modal.
180 4,5 %
140
152 149
3,5 %
139 143
120
137 3,0 %
124
118 118
100
111 2,5 %
40
0,7% 0,7% 0,8% 1,0 %
20 0,5 %
- 0,0 %
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
KMIA 13.838 54.114 8.570 24.660 4.297 1.923 1.720 943 1.350 1.474 112.889
EDDF 9.370 14.230 2.651 1.099 27.350
SCEL 20.485 5.223 25.708
EHAM 4.206 15.729 2.419 1.221 23.575
ELLX 16.762 2.861 19.623
LFPG 11.188 3.971 1.111 16.269
LPPT 3.625 2.740 2.069 1.498 1.620 1.083 1.303 13.937
EGLL 7.388 3.101 10.489
LEMD 8.940 1.289 10.229
KJFK 7.509 2.235 9.744
KMEM 8.404 8.404
SAEZ 5.068 2.355 7.423
SPIM 6.433 6.433
SKBO 5.417 964 6.380
LSZH 4.801 4.801
EDDM 4.064 4.064
Aeroportos de origem
Figura 11 – Matriz de Origem–Destino (OD): principais fluxos de cargas aéreas internacionais de importação
(2015)
Fonte: ANAC (2016). Elaborado por: LabTrans/UFSC (2017)
Figura 12 – Matriz de Origem–Destino (OD): principais fluxos de cargas aéreas internacionais de exportação (2015)
Fonte: ANAC (2016). Elaborado por: LabTrans/UFSC (2017)
60%
25,1%
40% 46,5%
20,4% 2,0%
20%
8,9% 12,9%
6,6% 3,2% 6,0%
0%
Exportação Importação
Medicamentos Cargas perigosas de alto risco
Produtos alimentícios Máquinas e eletrônicos
Outros produtos industrializados Produtos perecíveis
Outros
Gráfico 9 – Participação relativa por grupo de cargas áereas nas exportações e importações brasileiras (2015)12
Fonte: AliceWeb ([2016]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
10
Trata-se de uma base de dados que divulga as estatísticas brasileiras de exportações e
importações.
11
A classificação a partir da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) dos grupos está
disponível no apêndice do trabalho.
12
O item “outros”, composto pelos grupos “animais vivos” e “veículos”, foi unificado por
possuir menos de 1% do total movimentado.
13
ATK refere-se ao volume de tonelada/quilômetro oferecida, ou seja, a soma do produto entre
o payload, que é a capacidade total de peso disponível na aeronave – expressa em quilogramas,
disponível para efetuar o transporte de passageiros, carga e correio – e a distância das etapas, dividido
por mil.
14
RTK refere-se ao volume de tonelada/quilômetro transportada, ou seja, a soma do produto
entre os quilogramas carregados pagos – em que cada um dos passageiros, com inclusão do peso da
bagagem, possui o peso estimado de 90 kg – e a distância das etapas, dividido por mil.
15
Consulta realizada no dia 7 de junho de 2016.
16
As RAs são produto de um trabalho conjunto entre a SAC/PR e o LabTrans/UFSC, realizado
durante o ano de 2015 e finalizado no primeiro semestre de 2016, no qual se realizou a divisão do país
em 69 regiões contínuas, que contêm ao menos dois aeródromos, com pelo menos um que realize voos
regulares diretos para qualquer capital brasileira ou para o município de Campinas (SP).
Para exportação:
Onde:
17
O Apêndice 2 – Característica das Regiões Aeroviárias traz a classificação de cada RA.
18
Para detalhes sobre o uso de GMM em modelos painéis dinâmicos, ver, por exemplo, Greene
(2002).
Onde:
Onde:
Yij,t : é a movimentação de cargas (em toneladas) entre o aeródromo i e o aeródromo j
no ano t.
Yij,t−1 : é a movimentação de cargas (em toneladas) entre o aeródromo i e o
aeródromo j no ano t-1.
PIBRAi,t: é o PIB da RA i de origem no período t.
PIBRAj,t : é o PIB da RA j de destino no período t.
Distânciaij : é a distância (em quilômetros) em linha reta entre o aeródromo i e o
aeródromo j.
Característica RAi: é uma variável dummy de intercepto que identifica a característica
predominante da estrutura de produção da RA i de origem. Assume-se que esta
estrutura produtiva afeta o volume de cargas movimentadas entre o aeródromo i e o
aeródromo j.
Com relação às variáveis de comércio exterior, cabe destacar que o PIB dos países de
destino, considerado na série observada e na projetada, tem origem na base do The Economist
Intelligence Unit. A escolha dessa fonte decorre da necessidade de obtenção de uma projeção
de longo prazo para as séries de PIB e câmbio.
Para obtenção do PIB das RAs, foram mapeados os municípios de localização dos
aeródromos e, a partir dos valores observados do produto municipal disponíveis no IBGE, a
taxa de crescimento projetada das RAs foi atrelada ao crescimento projetado das
microrregiões aplicado aos municípios, sendo o somatório por município alocado para as RAs.
A opção pelo uso das dummies relativas às características das RAs se dá por conta da
percepção de que a natureza da carga movimentada impacta de forma diferente a dinâmica de
crescimento dos produtos transportados pelo modal aéreo.
Dessa forma, a variável dummy relativa à característica das RAs atua no valor do
intercepto da equação, enquanto a dummy multiplicativa, dada pelo produto do PIB pela
característica da RA, determina diferentes inclinações para os pares de origem e destino, com
base na característica de cada região.
Além disso, em relação aos fluxos domésticos, as bases de dados disponíveis não
possuem informações referentes ao tipo de produto movimentado. Para as cargas
internacionais é possível obter uma aproximação a partir dos dados disponíveis na base
AliceWeb. Assim, com base nos principais produtos movimentados via aérea nos fluxos do
Brasil com o exterior (importações e exportações) expostos na seção 1.5.2, foram definidos os
grupos mapeados na Figura 13 para a composição da característica das RAs.
Produtos
Multiproduto
perecíveis
Máquinas e Outros
equipamentos produtos
eletrônicos industrializados
Eji
Ej
QL = i
EBR
EBR
Onde:
2.000
Em milhares de toneladas
1.800
1.600
1.400
1.200
Taxa de crescimento
1.000
de 2,28% a.a.
800
600
400
200
-
2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034
No ano de 2015, o Brasil transacionou cerca de 630 mil toneladas de cargas aéreas com
outros países. Desse total, 359 mil toneladas foram importadas e 268 mil foram enviadas a
outras nações. Além disso, um total de 439 mil toneladas circularam em meio doméstico. No
ano de 2035, projeta-se movimentação de 992 mil toneladas para o comércio exterior e
777 mil toneladas para a movimentação doméstica. A Figura 15 mostra a evolução da
participação relativa por tipo de movimentação para o primeiro e o último dado observado
(2004 e 2015) e o último projetado (2035), além de destacar a recuperação dos volumes
domésticos e o aumento da quantidade importada.
Figura 15 – Participação relativa do tipo de movimentação de cargas aéreas: observado (2015) e projetado (2035)
Fonte: ANAC (2016). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
Em milhares de toneladas
800
700
600
500
400 Taxa de crescimento
300 de 2,63% a.a.
200
100
-
2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034
A configuração dos principais pares de origem e destino, bem como suas participações
em termos relativos na movimentação doméstica são observados na Figura 17.
Participação na movimentação
doméstica total
2015 2035
❶ SBGR → SBEG 8,46% 9,54%
❷ SBEG → SBGR 7,98% 12,20%
❸ SBGR → SBRF 3,84% 2,91%
❹ SBGR → SBSV 3,37% 2,49%
A distribuição dos fluxos ilustra a relevância do uso do modal aéreo para longas
distâncias, dados os volumes transacionados entre o Aeroporto Internacional de São Paulo e o
Aeroporto Internacional de Manaus, que pode ser realizado pela via aérea em
aproximadamente quatro horas, enquanto o transporte rodoviário exige cerca de 50 horas de
deslocamento. Fato semelhante é evidenciado nas rotas entre Guarulhos e a Região Nordeste
do país.
SBRF
PRINCIPAIS ORIGEM DAS IMPORTAÇÕES
SBSV
(Participação em 2015) SBBR
SBCF
Estados Unidos 42,40% SBKP SBVT
Alemanha 8,74%
Chile 7,16% SBGL
SBCT
Holanda 6,56% SBGR
Luxemburgo 5,46%
SBPA
Por outro lado, uma análise das taxas de crescimento projetadas revela um aumento
mais significativo nos aeroportos com menores volumes no período observado, com destaque
para o Aeroporto Internacional de Recife, o Aeroporto Internacional de Fortaleza e o
Aeroporto Internacional de Salvador. Tal comportamento serve como indicativo do potencial
de crescimento nessas regiões em razão de fatores como a instalação de novas plantas
industriais ou, até mesmo, a transferência de indústrias ocasionada por políticas de incentivo
fiscal e pela saturação da região central do país.
A Figura 20 mostra as principais rotas de importação, em termos de participação
relativa nos anos de 2015 e 2035.
Figura 20 – Principais pares de origem e destino das importações: observado (2015) e projetado (2035)
Fonte: ANAC (2016). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
450
Em milhares de toneladas
400
350
300
250
200
Taxa de crescimento
150 de 1,84% a.a.
100
50
-
2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034
SBPL
SBRF
Figura 23 – Principais pares de origem e destino das exportações: observado (2015) e projetado (2035)
Fonte: ANAC (2016). Elaboração: LabTrans/UFSC (2017)
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC). Anuário do Transporte Aéreo 2015. 2015.
Disponível em: < https://www.anac.gov.br/assuntos/dados-e-estatisticas/dados-do-anuario-
do-transporte-aereo>. Acesso em: 16 jan. 2017.
ALVES, C. J. P. O Transporte Aéreo em Módulos. São José dos Campos, 2007. Disponível em:
<http://www2.ita.br/~claudioj>. Acesso em: 19 ago. 2016.
ARELLANO, M. Modelling optimal instrumental variables for dynamic panel data models.
Research in Economics, [s.l.], v. 70, n. 2, p.238-261 ago. 2003. Elsevier BV. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.rie.2015.11.003>. Acesso em: 18 ago. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS AÉREAS (ABEAR). Aviação Brasileira: Rio de Janeiro:
Coppe/UFRJ, 2013. Color.
BOEING. Current Market Outlook. Boeing, Seattle, v. 1, n. 1, p.1-50, jul. 2016. Disponível em:
<http://www.boeing.com/resources/boeingdotcom/commercial/about-our-
market/assets/downloads/cmo_print_2016_final.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2016.
______. Current Market Outlook. Boeing, Seattle, v. 1, n. 1, p.1-58, jul. 2015. Disponível em:
<http://www.boeing.com/resources/boeingdotcom/commercial/about-our-
market/assets/downloads/Boeing_Current_Market_Outlook_2015.pdf>. Acesso em: 30 maio
2016.
TECNOLOGÍSTICA. Do pacote ao contêiner, a carga aérea decola. S.I. n.111. Publicare, fev.
2005.
WELLNER, Denise. Quando vale a pena utilizar o MODAL AÉREO? 2015. Disponível em:
<http://blog.pr.sebrae.com.br/organizacao/quando-vale-a-pena-utilizar-o-modal-aereo>.
Acesso em: 15 ago. 2016.