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CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA


ALUNO: CAIO HENRIQUE LUCENA DOS SANTOS
TURMA: P1 (2018.2) - UFCG
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO FILOSÓFICO
DATA: 07/11/2018

Atividade

Primeiramente,venho destacar dois trechos da página 45, na obra “Filosofia e Formação


Docente”, de Dalbosco(2008). O primeiro trecho diz:”...as evidências disponíveis indicam o fato
de que o predomínio da cultura imagética e a impotência do ensino formal em formar jovens
leitores têm provocado resistência não só à cultura livresca,mas também ao saber sistematizado
como um todo e veiculado publicamente pelos mais diversos meios de informação existentes.” No
trecho anterior,o autor expõe o declínio e desinteresse dos jovens para com a leitura de livros, para
explicar o fato ele apresenta duas motivações para tal: a primeira delas é a cultura imagética, ou
seja, voltada a imagens, fotos, algo que visivelmente acomoda os jovens ,sem a necessidade de uma
leitura para entender o que está sendo exposto, isso os motivaria a não quererem ler. Outra
motivação seria a incapacidade do ensino formal de estimular jovens a leitura, isso inclui tanto a
instituição de ensino público, quanto a privada, pois ainda se ler pouco nesses lugares, ou os
métodos para fazer com que o conteúdo seja ensinado e aprendido tenha-se pouca ou quase
nenhuma leitura por parte dos alunos. O escritor encerra o trecho dizendo que não são apenas um ou
dois aspectos, mas o sistema de ensino brasileiro como um todo, que é pobre em leitura de livros
por parte dos jovens, e que isso todos nós podemos ver cotidianamente seja pela mídia, por alguém
que conhecemos ou pela experiência própria.
Em seguida, destacamos o seguinte trecho: “...quanto mais a cultura contemporânea
movimenta-se na direção do conhecimento e das informações virtuais, mais as novas gerações
mostram-se despreparadas à construção de referenciais crítico-interpretativos, sólidos e
consistentes.” Nesse trecho, o autor fala das implicações que a falta da leitura de livros resulta. Para
explicar o mencionado, o escritor cita um exemplo, do qual é nosso dever aqui mencioná-lo, pois é
de extrema importância. Para ele, a tecnologia, no que se refere a questão de informações virtuais,
como por exemplo, não somente a internet, mas também em particular as redes sociais,são um dos
causadores desse processo de erradicação da leitura , na vida de muitos da juventude brasileira, pois
a internet coloca na palma da mão tudo o que eles precisam saber, de forma clara,usando imagens,
vídeos, frases curtas, corretores ortográficos automáticos etc, isso acomoda e distancía vários de
pegarem bons livros para poderem ler e ter assim sua indagação ou informação sanada e alcançada.
Seguindo essa mesma linha de pensamento o autor expõe que a substituição de livros pela
tecnologia, leva esses mesmos jovens a não terem a capacidade crítico-interpretativa de analisar e
refletir sobre as mais diversas áreas da sua vida, pois seu conhecimento para poder refletir, debater e
analisar foi minado ou erradicado pela ausência da leitura livresca, isso os torna filhos, cidadões,
maridos, profissionais sem o senso crítico, prejudicando-os na vida como um todo, não apenas em
um aspecto,os torna pessoas fáceis de serem manipulados por aqueles que não apenas tem o
conhecimento, mas usam disso para conseguir seus interesses próprios.
Dessa forma, concordo com as abordagens fornecidas pelo autor dos trechos sobre a
problemática da falta de leitura nos jovens brasileiros,bem como suas respectivas motivações e
implicações. O mau uso da tecnologia realizado pelos jovens,na sua maioria, realmente é um dos
principais impasses na leitura livresca fraca dos estudantes em nossa sociedade, isso traz
implicações não só na formação do seu sendo crítico, como em toda área de sua vida, tornando-os
fáceis de serem manipulados, pois são pobres em conhecimento, conhecimento efetivo que somente
a leitura de bons livros nos proporciona.
Ao falarmos sobre a falta de leitura nas e fora das escolas, públicas ou privadas, convém
analisarmos alguns dados que evidenciam claramente a situação. Podemos perceber que não apenas
temos o problema da falta de leitura dos jovens (como expõe o autor ), mas também temos um outro
problema que se chama: “Analfabetismo Funcional”, ou seja, pessoas que até se apropriam da
leitura de bons livros, mas não entendem aquilo se estão lendo, e o pior quanto maior o nível
complexo de leitura,pior a compreensão.De acordo com uma pesquisa realizada pela Unesco e a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil ficou em 37° posição no
ranking de 41 países sobre o nível de compreensão da leitura de adolescentes de 15 anos. O dado
mencionado evidencia claramente a falta de leitura,principalmente, por parte dos jovens em nosso
dias, pois quanto maior sua ausência maior a não compreensão daquilo que estever ou vier a ser
lido, isso acontece pois o ato de ler não é amplamente incentivado ou imposto nas instituições de
ensino no Brasil, como deveria ser, ao invés da prática de leitura é colocado atividades alternativas
que se apropriam, muitas vezes, da tecnologia,para fazer fugir o aluno de ler livros. È normal que,
quanto mais complicado o nível da leitura, menos o leitor iniciante entenderar, contudo se as
pessoas, sobretudo a juventude,não for colocada sobre a imposição de várias leituras na sua
formação educacional, dificilmente quebrarar o paradigma do analfabetismo funcional.
Outrossim, de acordo com uma pesquisa realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, nos últimos cinco anos o número de leitores aumentou quase em dez
milhões. Este dado, dentre vários, apenas nos torna realista da situação, e a coloca como uma
situação preocupante. Essa mesma pesquisa mostrou alguns motivos para o declínio do número de
leitores como,em segundo lugar, com 50 % dos entrevistados, a falta de tempo, sobre esse ponto
mais uma vez retornamos a tecnologia, que dentre seus pontos positivos nos trouxe pontos
negativos, pois tornou a vida em sociedade cada vez mais rápida e sobrecarregada,tornando as
pessoas sem tempo pra realizar várias coisas importantes na vida, como dedicar tempo a sua
família; ao lazer; a saúde e, principalmente, a leitura livresca etc. Seguindo essa linha de
pensamento, outro fator crucial, de acordo com a pesquisa, para a queda no número de leitores foi
que 85 % das pessoas preferem, no seu tempo livre, assistir tv, rádio ou música, isso nos remete,
mais uma vez ao fator do mal uso da tecnologia atualmente. A ausência de leitores provoca diversas
implicações em suas vidas. Sobre essa situação, escreveu em 1990, um escritor chamado Márcio
Barbosa, dizendo: “O ato de Ler não nasce com o indivíduo, assim como as outras funções vitais.
Este ato precisa ser ensinado e aprendido, e neste processo o professor é o mediador”. Fica claro
para Barbosa, as diversas implicações que a ausência ou presença que a leitura proporciona em nós,
sobretudo na formação educacional dos jovens, pois ele afirma que os efeitos de ser um leitor são
evidenciados por toda vida do indivíduo (como por exemplo na capacidade crítico-interpretativa do
indivíduo), contudo para que a leitura traga seus benefícios, para Barbosa,não deve ser feito de
qualquer jeito, mas sim de forma que o jovem seja estimulado e passe a gostar de fazer uso da
leitura livresca no seu cotidiano, e para isso o professor é esse mediador, é aquele que desperta e
incentíva esse mundo de novidades trazidos para o aluno, de acorco com o autor. Para isso cada vez
mais percebo a necessidade de se formar, de forma exigente, professores com grande capacidade
crítico reflexivo, proporcionando uma melhor capacitação, porém se nas univerdades os futuros
professores não são impostos a lerem vários livros durante sua formação profissional, como
poderam repassar o gosto e necessidade de leitura aos seus futuros alunos? Sendo assim,fica
exposto a opinião do escritor Dalbosco sobre a necessidade de leitura nos jovens brasileiros, bem
como suas implicações de presença ou ausência na prática, para dessa forma termos as gerações
futuras, a capacidade de caminhar com suas próprias pernas, conotativamente falando.

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