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Elton Rocha do Nascimento

Engenheiro Agrônomo 1
CREA 1200132467

LAUDO

TECNICO

DE

AVALIAÇÃO

ELABORADOR

Elton Rocha do Nascimento, engenheiro agrônomo,


CREA nº 1200132467, aqui comparece na condição
de Perito avaliador, tendo procedido aos estudos
necessários, feito a caracterização do imóvel objeto
de avaliação, bem como efetuado as buscas de
mercado de terras e valores praticados na região de
influência da localização do imóvel objeto de
avaliação, vem apresentar, o seu Parecer
Avaliatório, consubstanciado no presente, nos
termos seguintes.
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1. ASPECTOS GERAIS

1.1 – Objetivo

O Presente laudo técnico de avaliação tem por objetivo identificar,


avaliar e quantificar a distribuição de área existente no ano de 2016 da
propriedade rural Fazenda Paraná 2, localizado no município de Novo Mundo –
MT, de propriedade de Marcos Luiz Del Moral em atendimento ao Termo de
Intimação Fiscal Nº 1044/00043/2020 e Termo de Constatação e Intimação
Fiscal Nº 1044/00015/2020 enviado pela Prefeitura Municipal de Novo Mundo,
visando assim a revisão do cálculo para pagamento do imposto para
comprovação de que não há valor a ser pago de imposto e solicitação do
arquivamento do processo.

1.2 – Interessado

▪ Requerente: Marcos Luiz Del Moral


▪ CPF: 569.960.391-34
▪ Endereço: Avenida Ludovico da Riva Neto nº 2620 Edificio Lex
▪ Cidade: Alta Floresta - MT
▪ CEP: 78.580-000
▪ Nirf: 7.186.650-7

1.3 – Identificação da Propriedade

1.3.1 – Nome da Propriedade

FAZENDA PARANÁ 2, com a área de 1.586,5 ha sendo essa


50% da área total de 3.173,00 ha.
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1.3.2 – Localização da Propriedade

Gleba Divisa município de Novo Mundo - MT

Figura 01: Mapa da Fazenda Parana 2

1.4 - Solicitante

Secretário de Finanças do Município de Novo Mundo – MT e Ministério


da Fazenda / Receita Federal.

1.5 - Imóvel Avaliado


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Fazenda Paraná 2 de 1.586,5 há, que está situada na Gleba Divisa,


localizado no município de Novo Mundo, estado do Mato Grosso.

1.6 – Da Notificação

Foi emitido o Termo de Intimação Fiscal Nº 1044/00043/2020 e Termo


de Constatação e Intimação Fiscal Nº 1044/00015/2020 pela Prefeitura
Municipal de Novo Mundo - MT requerendo a comprovação de áreas de
reserva legal e área de preservação permanente declaradas no ITR, exercício
de 2016, do imóvel rural denominado Fazenda Paraná 2.

1.7 - Nível De Precisão

Para Procedimentos avaliatórios e composição dos valores básicos,


foram observadas as orientações da Associação Brasileira De Normas
Técnicas (ABNT), através das seguintes normas vigentes:
• NBR 14653-1/2001 – Avaliação de Bens – Parte I –
Procedimentos Gerais
• NBR 14653-3/2004 – Avaliação de imóveis rurais

A Propriedade foi avaliada com grau de aprofundamento II e nível de


precisão III, conforme define a NBR 14653-3.

2 METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DO VALOR


UNITÁRIO DA TERRA NUA

2.1 - Considerações Gerais

Para melhor entendimento e transparência de todo processo que


culminara com a definição do valor básico unitário da terra nua, serão descritos
a seguir, os conceitos, critérios e a metodologia adotada.
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2.2 – Conceitos

As definições de alguns conceitos básicos são importantes, pois


objetivam esclarecer as etapas do trabalho de pesquisa, homogeneização,
fixação dos valores e avaliação.
Cada imóvel pesquisado possui algumas singularidades que implicam
diretamente em seu maior e menor valor, caso estes sejam valorizantes ou
desvalorizantes, respectivamente.
• Capacidade de uso do solo (uso e aptidão agrícola)
• Nível de manejo
• Viabilidade de circulação ou localização (acessibilidade)
• Distância ao núcleo urbano e/ou centro consumidor

2.2.1 – Uso e aptidão do solo

A Classificação das diversas classes depende da fertilidade,


profundidade, permeabilidade, drenagem, risco a inundação, pedregosidade,
declividade, presença de erosão laminar e erosão em sulcos. Foi adotada a
classificação de Norton que apresenta 8 Classes de uso:
➢ Classe I;
➢ Classe II;
➢ Classe III;
➢ Classe IV;
➢ Classe V;
➢ Classe VI;
➢ Classe VII;
➢ Classe VIII;

2.2.1.1 - Terras próprias para culturas, pastagens e florestas.

Classe I: Terras aparentemente sem problemas de conservação. Inclui


as terras altamente produtivas, praticamente planas, fáceis de serem
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trabalhadas, sem erosão aparente, sem pedras e bem drenadas. Não exigem
práticas especiais de melhoramento ou proteção.
São recomendadas apenas: rotação de culturas, adubação de
manutenção e tratos culturais normais.

Classe II: Terras com problemas simples de conservação.


Inclui as terras produtivas, com declives suaves, facilmente trabalháveis,
erosão ligeira, podendo apresentar pedras ocasionais (menos de 1% da área).
Exigem práticas simples de conservação, tais como: a) plantio em nível; b)
culturas em faixas; c) uso de fertilizantes e; d) corretivos para aumentar a
fertilidade.

Classe III: Terras com problemas complexos de conservação.


Inclui as terras com produtividade pelo menos razoável, podendo
apresentar declive e erosão moderados, ser planas e mal drenadas, apresentar
pedras e sulcos de erosão ou estar temporariamente encharcadas. Exigem
práticas intensivas tais como: a) terraceamento; b) cordões de contorno; c)
remoção de pedras; d) drenagem artificial; e) irrigação; f) adubação e calagem;
g) mesmo em pastagem é importante a construção de sulcos em nível.

Classe IV: Terras com sérios problemas de conservação.


Inclui as terras pouco produtivas, com declives fortes, erosão acentuada,
solos rasos ou com bastante pedras. Cultivados ocasionalmente ou em
extensão limitada, sendo melhor aproveitadas para culturas perenes ou
pastagens, com práticas intensivas de melhoramentos ou proteção.

2.2.1.2 - Terras impróprias para culturas, mas próprias para


pastagens e florestas.

Classe V: Terras próprias para pastagens, florestas e silvicultura, sem


restrições especiais de uso.
Inclui as terras de boa produtividade, planas e não sujeitas à erosão,
mas não se prestam para a agricultura por serem excessivamente úmidas ou
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sujeitas a inundações frequentes ou por serem muito pedregosas. Entretanto,


podem ser usadas para pastagens e florestas sem restrições especiais.
Portanto, pela sua própria definição, essas terras constituem um caso muito
especial e raro.

Classe VI: Terras próprias para pastagens e florestas, com restrições de


uso.
Inclui as terras de baixa produtividade, ou então com alta produtividade,
mas com outros problemas tais como, pedregosas, muito inclinadas ou
severamente erodidas.
Embora impróprias para o cultivo, essas terras podem sustentar uma
vegetação permanente, como pastagens e florestas com restrições moderadas
de uso. As restrições referentes as pastagens são: a) ajuste do número de
animais; b) divisão dos pastos; c) rotação do pastoreio; d) adubação das
pastagens fracas e; e) práticas mecânicas para o controle de erosão.

Classe VII: Terras de pastagens ou florestas com severas restrições de


uso.
Inclui as terras de produtividade variável, mas em geral muito íngremes
severamente erodidas ou muito pedregosas. Exigem grandes cuidados quando
utilizadas para pasto ou floresta. A maior parte dessas terras são indicadas
para florestas.

2.2.2 – Nível de Manejo


Pressuposto de cálculo também considerado nesta pesquisa refere-se à
tecnologia empregada pelo proprietário. Esta variável se divide em cinco
categorias:
• Manejo Avançado: Caracteriza-se pela adoção de práticas
agrícolas que demonstram o interesse do proprietário na obtenção de
produtividades altas e na conservação das características desejáveis do
solo em sua propriedade. Assim nesse manejo o solo estará sendo
usado conforme sua aptidão agrícola e a aplicação de capital será
intensa, tanto na mecanização como em práticas intensivas de
drenagens, como também no manejo integrado de pragas e doenças,
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conservação do solo e plantio de variedades melhoradas, refletindo um


alto nível tecnológico da propriedade.

• Semi-avançando: Caracteriza-se pela adoção de práticas


agrícolas que levam a obtenção de produtividades medias e na
conservação das características desejáveis de sua propriedade. Assim,
neste manejo o solo estará sendo usado conforme sua aptidão agrícola,
mas a aplicação de capital será menor em relação ao manejo avançado,
pois a mecanização não estará sempre em todas as fases da operação
e serão adotadas práticas agrícolas simples para a construção das
barragens, curva de nível e terraços, bem como na utilização de
defensivos agrícolas e plantio de variedades melhoradas, sendo que
algumas delas poderão não ser usadas, refletindo u, nível tecnológico da
propriedade.

• Tradicional: Adotam-se práticas agrícolas que demonstram o


interesse do proprietário em apenas manter uma razoável produtividade
e na conservação das características desejáveis de sua propriedade.
Ocorre o uso de mecanização, mas o manejo das terras é precário.
Praticamente não há aplicação de capital para manejo, melhoramento e
conservação das condições das terras.

• Primitivo: Demonstram o interesse do proprietário em uma


agricultura extrativa, isto é, não há preocupação nenhuma com a aptidão
do solo nem com o melhoramento e a conservação das condições das
terras e das lavouras. Praticamente só se faz a queimada da vegetação
existente e o plantio, refletindo um nível tecnológico rudimentar.

• Improdutivo: Caracteriza pela não exploração da propriedade,


quer devido a pouca aptidão do solo, e/ou a exagerada declividade do
terreno, a excessiva pedregosidade ou a umidade do solo, ou ainda, por
tratar-se de uma área de preservação ambiental, não sendo possível,
assim, atribuir nível tecnológico à propriedade.
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2.2.3 – Acessibilidade
Refere-se ao tipo de acesso e a distância aos centros consumidores.
Vários fatores influenciam direta e indiretamente na valorização de um imóvel
rural. Um destes fatores é a condição de acesso à propriedade, que pode ser
identificada de cinco maneiras distintas, analisando sob o ponto de vista de sua
construção, conservação e manutenção.

Características

Tipo de estrada Importância da Praticabilidade


Situação distância durante o ano

Ótima Asfaltada Limitada


Permanente

Muito Boa 1º Classe S/ Relativa Permanente


Asfalto

Boa Não Pavimentada Significativa Permanente

Desfavorável Estradas de Vias e Distancias Sem Condições


Servidões se Equivalem Satisfatórias

Má Porteiras nas Vias e Distancias Problemas Sérios


servidões se Equivalem Com Chuva
Porteiras e
Péssima interceptadas por Problemas Sérios
córregos sem Mesmo Na Seca
pontes
Fonte: Eng. José Carlos Pelilegino – Avaliação Para Garantia – Ed.PINI(1983)

2.3. Método utilizado


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Foi adotado o “método Comparativo Direto de Mercado”, comumente


denominado “Método Comparativo Direto”, está prescrito nas normas de
avaliações do instituto Brasileiro de Avaliações e Pericias de Engenharia –
IBAPE. Consta das orientações normativas NBR 14653 partes 1 e 3 da ABNT-
Associação Brasileira de normas técnicas e dos princípios preconizados pela
Engenharia de Avaliação.
Para a homogeneização de valores adotou-se metodologia clássica com
aplicações de fatores de ponderação para cada variável. Este método é assim
chamado porque o avaliador formula e emite juízo sobre o valor, comparando
os valores ou os preços de mercado de imóveis semelhantes, baseando esta
comparação, nas características dos mesmos.

2.4. Pesquisa de Valores


Para elementos pertencentes a este espaço amostral, foram
identificadas e levadas todas as características de cada elemento, tais como,
existência ou não de benfeitorias, condições de acesso, nível de manejo, uso e
aptidão agrícola dos solos, distancia ao centro consumidor mais próximo,
condições de pagamento propostas ou adotadas (no caso de transações) e
região na qual o imóvel está inserido.
Com isso, para maior clareza e justiça à avalição deste imóvel utilizou-se
os valores informados por aquele município conforme abaixo:
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2.7 - Valor Total Da Área Avaliada – Terra Nua

VALOR TOTAL = (VTN x FH x ATI)


Onde:

VTN = Valor Unitário Da Terra Nua;


FH = Fator De Homogeneização;
ATI = Área Total do Imóvel.

2.8 – Analise Estatística


Área tributável 1.586,5 hectares, esta contanto com as seguintes
benfeitorias sendo 05 km de cerca com o valor de R$ 7.000,00 o KM, dois
Barracões no valor de R$ 25.000,00 cada um, 01 Rancho Construído no valor
de R$ 40.000,00, uma Casa no valor de R$ 31.800,00 e um curral medindo
30mx33m no valor de 50.000,00.
Valor Total das Benfeitorias: R$ 206.800,00

Distribuição da Área do Imóvel Rural (há)

DESCRIÇÃO ÁREA (Hectares)


ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (Remanescente) 1.586,50
Área de Preservação Permanente 26,94
Área de Reserva Legal 1.258,72
Área de Interesse Ecológico 1.586,50
Área Coberta por Florestas Nativas 1.285,66
ÁREA TRIBUTÁVEL 300,84
Área Ocupada com Benfeitorias 2
ÁREA APROVEITÁVEL 1.586,50

Cálculo do Valor da Terra Nua (R$)


VALOR (R$) Quantidade Valor Total
DESCRIÇÃO
Unitario (ha) (R$)
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Pastagens 2.800,00 300,84 842,352,00


Área de P. 26,94 51.186,00
1.900,00
Permanente
Área de Reserva 1.258,72 2.391.568,00
1.900,00
Legal
Valor Total 3.285.106,00

CALCULO FINAL DA AVALIAÇÃO

R$ 3.285,106,00 + R$ 206.800,00 = 3.491.906,00

3. DA ÁREA NÃO TRIBUTÁVEL.

3.1. Reserva Legal

A Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, também conhecida como novo


"Código Florestal", estabelece normas gerais sobre a Proteção da Vegetação
Nativa, incluindo Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de
Uso Restrito; a exploração florestal o suprimento de matéria-prima florestal, o
controle da origem dos produtos florestais, o controle e prevenção dos
incêndios florestais, e a previsão de instrumentos econômicos e financeiros
para o alcance de seus objetivos, e sua aplicação se insere no arcabouço
jurídico e instrumentos legais que orientam e disciplinam o uso da terra e a
conservação dos recursos naturais no Brasil, como, por exemplo, da Lei no
6.938 de 31/08/1981 que trata da Política Nacional do Meio Ambiente; da Lei
no 9.605 de 12/02/1998, também conhecida como a Lei de Crimes Ambientais,
e do Decreto no 6.514 de 22/07/2008 que a regulamenta; das Leis no 9.985 de
18/07/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC) e da Lei no 11.428 de 22/12/2006, que dispõe sobre a utilização e
proteção da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, além de outras.
O presente imóvel aqui apresentado Fazenda Paraná 2 tem uma Área
Total 1.586,50 ha, sendo que desta possui uma APP – Área de Preservação
Permanente de 26,94 hectares, Reserva Legal de 1.258,72 ha e 300,84 há de
Área Consolidada.
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Sendo que o reconhecimento da existência de áreas rurais consolidadas


- área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de
2008 - em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso
Restrito também é um ponto de destaque na aplicação da nova Lei. Para isso,
traz regras para que as propriedades ou posses rurais possuidoras de áreas
consolidadas na referida data possam se adequar, sejam por meio da adoção
de boas práticas, de sua recomposição, compensação ou de outros
instrumentos legais previstos. Além de indicar critérios para a adoção de tais
meios, define os casos e condições passíveis de exploração ou manejo da
vegetação nativa na propriedade rural. A Lei trouxe uma série de benefícios
desde que a propriedade tenha feito o CAR – Cadastro Ambiental Rural, é nele
que se define o tamanho da área, de Preservação Permanente e a Área de e a
Área de Reserva Legal, definindo a dimensão de ambas na propriedade.

4. DA ÁREA TRIBUTÁVEL

4.1. Quantificação de área tributável e não tributável


De acordo com Artigo nº 10 da Lei 9.393/96, não são consideradas
áreas tributáveis, dentre outras, as áreas de preservação permanente, reserva
legal, áreas cobertas por florestas nativas, áreas de interesse ecológico,
conforme transcrição a seguir:
“Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão
efetuados pelo contribuinte, independentemente de
prévio procedimento da administração tributária, nos
prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da
Receita Federal, sujeitando-se a homologação
posterior.

§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-


se-á:
I -VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores
relativos a:
a) Construções, instalações e benfeitorias;
b) Pastagens cultivadas e melhoradas;
c) Florestas plantadas
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II - Área Tributável, A Área Total Do Imóvel,


Menos As Áreas:

a) de preservação permanente e de reserva legal,


previstas na Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012;
(Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) (Vide art.
25 da Lei nº 12.844, de 2013).
b) de interesse ecológico para a proteção dos
ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão
competente, federal ou estadual, e que ampliem as
restrições de uso previstas na alínea anterior;
c) comprovadamente imprestáveis para qualquer
exploração agrícola, pecuária, granjeira, aquícola ou
florestal, declaradas de interesse ecológico mediante ato
do órgão ambiental competente, federal ou estadual;
d) sob regime de servidão ambiental;
e) cobertas por florestas nativas, primárias ou
secundárias em estágio médio ou avançado de
regeneração; (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006);
f) alagadas para fins de constituição de reservatório de
usinas hidrelétricas autorizada pelo poder público.”

Considerando o referido artigo e o fato de que a Fazenda Paraná 2


possuem uma distribuição de áreas de i) floresta nativa e ii) área de interesse
ecológico, a referida propriedade NÃO POSSUI ÁREA TRIBUTÁVEL.

4.2 – Área de Localização da Propriedade

Devido a área estar localizada dentro de Unidade de Conservação o que


não é passível de tributação, entende-se que o processo que foi analisado
seria uma verdadeira hipótese de não incidência tributária, em virtude da
ausência de elementos mínimos caracterizadores do fato gerador da obrigação.
Portanto, como o imóvel está localizado em área de proteção ambiental, onde
são vedadas novas edificações, fica afastada a possibilidade de cobrança
imposto, por causa da restrição absoluta e total imposta ao bem.
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De acordo com a Lei 12.651/2012 (Código Florestal), as áreas de


preservação permanente são protegidas, cobertas ou não por vegetação
nativa, com função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas —
artigo 3º, II. 2.
“O Direito Ambiental estabeleceu um regime diferenciado de proteção
das Áreas de Preservação Permanente, limitando sobremaneira o pleno
exercício do direito de propriedade através da obrigação de manutenção
integral de sua vegetação pelo proprietário, possuidor ou ocupante a qualquer
título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado”.

Essas restrições, “tornam os bens situados em Áreas de Preservação


Permanente insuscetíveis de uso, gozo e disposição, poderes inerentes à
propriedade, repercutindo na esfera tributária e impossibilitando o lançamento
de qualquer imposto”. “Trata-se de verdadeira hipótese de não incidência
tributária, em virtude da ausência de elementos mínimos caracterizadores do
fato gerador da obrigação.”
Além do que se verificou que a propriedade está inserida em uma área
de 1.586.5 hectares, no Parque Estadual Cristalino I. O Parque Estadual
Cristalino I , foi criado pela Lei 7.518, de 28 de setembro de 2001, e pelo
Decreto 1.471, de 9 de junho de 2000 ( em anexo Doc. 8 e 9), com uma área
total de 118.000 hectares, situado nos municípios de Alta Floresta , Guarantã
do Norte e Novo Mundo, no extremo norte do Estado de Mato Grosso.
O Parque Estadual Cristalino I é considerada como área de interesse
ecológico.

ÁREAS DE INTERESSE ECOLÓGICO:


“São consideradas áreas de interesse ecológico,
desde que atendam ao dispositivo na legislação
pertinente, as áreas assim declaradas mediante ato
do órgão competente, deeral ou estadual, que
sejam:
I – destinadas à proteção dos ecossistemas, e que
ampliem as restrições de uso previstas para as
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áreas de preservação permanente e de reserva


legal; e,
II - Comprovante imprestáveis para a atividade
rural.
(Lei nº 9.393, de 1996, art. 10, § 1º, II, “b” e “c”).”

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A propriedade tem 1.586,5 há, deste apenas 300,84 ha são de área


consolidada, ou seja, área sujeita a tributação, as demais são de reserva legal.
Sendo assim em face a comprovação das Áreas Não Tributáveis, se faz
necessário a realização de uma nova apuração do imposto do ITR 2016 com
base nos dados reais do imóvel.
Neste sentido solicito o deferimento da comprovação da área declarada
da Fazenda Paraná 2, em atendimento a Termo de Intimação Nº
1044/00043/2020.

ELTON ROCHA Assinado de forma digital por ELTON


ROCHA DO NASCIMENTO:00014059185
DN: c=BR, o=ICP-Brasil,
DO ou=000001009405119, ou=Secretaria da
Receita Federal do Brasil - RFB, ou=RFB

NASCIMENTO:0
e-CPF A3, ou=AC SERASA RFB v5,
ou=03208618000130, ou=AR
CDLCUIABA, cn=ELTON ROCHA DO

0014059185 NASCIMENTO:00014059185
Dados: 2020.10.19 11:51:33 -04'00'

Elton Rocha do Nascimento


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Engenheiro agrônomo
ART 1220200123743
Credenciamento Inc
Página 1/1
Anotação de Responsabilidade Técnica -
CREA-MT ART DE OBRA/SERVIÇO
ART Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977
1220200123743
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do CREA-MT
1. Responsável Técnico
ELTON ROCHA DO NASCIMENTO RNP: 1200132467

Título Profissional: ENGENHEIRO AGRÔNOMO Registro: 15750

Empresa Contratada: Registro:

2. Dados do Contrato

Contratante: MARCOS LUIZ DEL MORAL CPF/CNPJ: 569.960.391-34

Rua: RUA D 5 Bairro: SETOR D Número: 524

Cidade: ALTA FLORESTA UF: MT País: Brasil

Contrato: Celebrado em: 01/09/2020 CEP: 78.580-000

Valor: R$ 800,00 Tipo de Contratante: PESSOA FÍSICA Vinculado à ART:

Ação Institucional:

3. Dados Obra/Serviço

Logradouro Bairro Número Complemento Cidade UF País Cep Coordenada


FAZENDA PARANÁ 2 ZONA RURAL SN NOVO MUNDO MT BRA 78.528-000 009º42'45.00'' S
055º51'00.00'' L

Data de Inicio: 22/09/2020 Previsão Término: 22/10/2020 Código:

Tipo Proprietário: PESSOA FÍSICA Proprietário: MARCOS LUIZ DEL MORAL CPF/CNPJ: 569.960.391-34

Finalidade:

4. Atividades Técnicas

Grupo/Subgrupo Atividade Profissional Obra/Serviço Complemento Quantidade Unidade


Topografia - Levantamentos Topográficos Básicos
Execução de serviço técnico de levantamento topográfico planimétrico 1,5865 hectare

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART

5. Observações

Elaboração de Laudo de Avaliação da Propriedade Rural Fazenda Paraná 2, com 1.586,5 hectares

6. Declarações

Acessibilidade: Declaro que as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no Decreto n° 5.296, de 2 de dezembro de 2004, não se aplicam às
atividades profissionais acima relacionadas.

7. Entidade de Classe 9. Informações

A ART é válida somente quando quitada, mediante apresentação do comprovante do


pagamento ou conferência no site do Crea.
8. Assinaturas
A autenticidade deste documento pode ser verificada no site www.crea-mt.org.br ou
Declaro serem verdadeiras as informações acima. www.confea.org.br.
A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional e do
/ / contratante com o objetivo de documentar o vínculo contratual.
ELTON ROCHA DO
Assinado de forma digital por ELTON ROCHA DO
NASCIMENTO:00014059185
Local DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=000001009405119, data
NASCIMENTO:0001 ou=Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB,
ou=RFB e-CPF A3, ou=AC SERASA RFB v5,
ou=03208618000130, ou=AR CDLCUIABA,

4059185 cn=ELTON ROCHA DO NASCIMENTO:00014059185


Dados: 2020.10.19 12:20:01 -04'00'

000.140.591-85 - ELTON ROCHA DO NASCIMENTO

569.960.391-34 - MARCOS LUIZ DEL MORAL


www.crea-mt.org.br cate@crea-mt.org.br
tel: (65)3315-3000 CREA-MT
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de
Mato Grosso

Valor ART:R$ 88,78 Registrada em 22/09/2020 Valor Pago: R$ 88,78 Nosso Número: 140000000001872384

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