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Índice

1 Introdução ............................................................................................................................................. 2

1.1 Objectivo geral .............................................................................................................................. 2

1.1.1 Objectivos específicos........................................................................................................... 2

2 Circuitos ressonantes ............................................................................................................................ 3

2.1 Ressonância em série .................................................................................................................... 3

2.2 Ressonância em paralelo ............................................................................................................... 4

3 Esquemas dos circuitos usados no laboratório ...................................................................................... 6

3.1 Circuito de ressonância em série ................................................................................................... 6

3.2 Circuito de ressonância em paralelo ............................................................................................. 7

4 Circuito de ressonância em paralelo ................................................................................................... 11

5 Conclusão............................................................................................................................................ 14

6 Bibliografia ......................................................................................................................................... 15
1 Introdução
O presente relatório abordará assuntos teóricos e prácticos que tem a ver com a ressonância em
circuitos em série e em paralelo, estudaremos o comportamento dos elementos reactivos nos
circuitos no regime de ressonância e analisaremos os dados obtidos no experiemto. Um circuito
eléctrico de corrente alternada está em regime de ressonância se a impedância equivalente conter
apenas a parte resistiva, ou seja, não conter a parte indutiva e nem a parte capacitiva.
1.1 Objectivo geral
Verificar na prática a teoria estabelecida para circuitos ressonantes
1.1.1 Objectivos específicos
 Consolidar os conhecimentos teóricos do comportamento dos elementos R,L,C;
 Obter prática laboratorial, para facilitar a resolução de problemas de ressonância.
2 Circuitos ressonantes
Circuitos contendo indutores e capacitores podem exibir o fenômeno de ressonância. Os circuitos
Ressonantes mais simples contêm apenas um indutor e um capacitor, além de resistores. A
ressonância é diferente se o indutor e o capacitor estão ligados em série ou em paralelo.
Ressonância é um fenômeno muito importante que pode ocorrer em circuitos que contêm, ao
mesmo tempo indutores e capacitores. Pode ser descrito, sem rigor, como a condição que existe
em qualquer sistema físico quando uma função excitação senoidal de amplitude produz uma
resposta de máxima amplitude.
Em uma rede elétrica com dois terminais contendo pelo menos um indutor e um capacitor,
ressonância é a condição que existe quando a impedância de entrada da rede é puramente
resistiva. Assim, uma rede é dita em ressonância (ou ressonante) quando a tensão e corrente nos
terminais de entrada da rede estão em fase. Quando tal fato ocorre, dizemos que o circuito se
encontra em ressonância.
2.1 Ressonância em série

A impedância complexa do circuito ressonante série vista pelo gerador é:


1
𝑍 = 𝑅 + 𝐽 (𝜔𝐿 − )
𝜔𝐶
E a corrente:
Ū
Ī=
1
𝑅 + 𝐽 (𝜔𝐿 − 𝜔𝐶 )

A condição de ressonância é: 𝜔 = 𝜔ₒ = 1⁄
√𝐿𝐶
Na ressonância em série temos que:
 A impedância é mínima (Z(ωₒ) = R),
 A reatância é nula (L em série com C age como um curto-circuito) (X(ωₒ) = 0),
 A corrente é máxima (I(ωₒ) = Vₒ/R) e
 A potência transferida ao circuito é máxima.
A largura de banda da ressonância é definida como o intervalo de frequência dentro do qual a
potência P(ω) é maior ou igual que a metade do valor máximo. Em radianos/s é
Δω = R/L. [5.6]
O fator de mérito, Q, do circuito ressonante série caracteriza a acuidade da curva de ressonância:
Q = ωₒL/R = ωₒ /Δω .

2.2 Ressonância em paralelo


A impedância do circuito ressonante paralelo (ou circuito tanque) é:
L⁄C ωL
Z=R+ =R+J
JωL + 1⁄JωC 1 − ω2 LC
E a corrente:

𝑈 𝑈ₒeJ(𝜔𝑡−𝜙)
𝐼= =
𝑍 √𝑅2 + [𝜔𝐿⁄(1 − 𝜔 2 𝐿𝐶)]2

Onde ϕ é a fase da impedância Z, dada por:


𝜔𝐿
𝑡𝑎𝑛𝜙 =
𝑅(1−𝜔2 𝐿𝐶)

A condição de ressonância é a mesma do que no caso de circuito ressonante série:


𝜔 = 𝜔ₒ = 1⁄
√𝐿𝐶
Na ressonância, no circuito paralelo temos que:
 A impedância é máxima (|Z(ωₒ)| = ∞),
 A reatância é infinita (age como um circuito aberto) (X(ωₒ) = ∞),
 A corrente é mínima (I(ωₒ) = 0) e
 A potência transferida ao circuito é mínima (P(ωₒ) = 0).
1
Para ω = 0 ou ω → ∞ a potência dissipada no resistor é máxima (e igual a 𝑃(0) = 2 𝑈ₒ2⁄𝑅 ). Se

ω = 0 toda a corrente passa pelo indutor e, para ω → ∞, passa pelo capacitor.


A largura de banda da ressonância é definida como o intervalo de frequência dentro do qual a
potência dissipada é menor ou igual que a metade do valor máximo. Em radianos/s é
Δωtanque = 1/RC.
O fator de mérito, Qtanque, que caracteriza a acuidade da curva de ressonância do circuito tanque é
dado por Qtanque = ωₒRC = ωₒ/Δωtanque.
3 Esquemas dos circuitos usados no laboratório
3.1 Circuito de ressonância em série

Dados obtidos no circuito em série


Em Ressonância:
a) R=0,1kΩ; C=1µF; f=158Hz b) R=1kΩ; C=1µF; f=155Hz
It=14,54mA It=3,07mA
VL=14,44V VL=3,09V
VR=1,464V VR=2,998V
VC=14,51V VC=3,094V
a) R=1kΩ; C=0,1µF; f=498Hz cb) R=0,1kΩ; C=0,1µF; f=500Hz
It=3mA It= 11,31mA
VL= 9,25V VL= 35,1V
VR= 2,932V VR= 1,147V
VC= 9,32V VC= 35,19V
Depois da ressonância:
a) R=0,1kΩ; C=1µF; f=70,5Hz b) R=1kΩ; C=1µF; f=57Hz
It= 2,05mA It= 1,37mA
VL= 1,095V VL= 0,467V
VR= 0,194V VR= 1,414V
VC= 4,468V VC= 3,585V
a) R=1 kΩ; C=0,1µF; f=214,5Hz b) R=0,1kΩ; C=0,1µF; f=214,5Hz
It= 0,63mA It= 0,65mA
VL= 0,997V VL=1,194 V
VR= 0,593V VR=0,057 V
VC=4,288 V VC= 4,386V
3.2 Circuito de ressonância em paralelo

Dados obtidos no circuito em paralelo


Em ressonância:
a) R=1 kΩ; C=0,1µF; f=502,8Hz b) R=0,1kΩ; C=0,1µF; f=482,6Hz
It= 3,54mA It=0,43 mA
IR= 3,33mA IR= 22,73mA
IL=1,11 mA IL= 1,21mA
IC= 1,19mA IC= 1,20mA
a) R=1 kΩ; C=1µF; f=142,5Hz b) R=0,1kΩ; C=1µF; f=153,8Hz
It=9,25 mA It=26,19 mA
IR=3,81 mA IR= 22,58mA
IL=3,31 mA IL= 2,55mA
IC=3,3 mA IC= 2,56mA
Depois da ressonância:
a) R=1 kΩ; C=0,1µF; f=22,4Hz b) R=0,1kΩ; C=0,1µF; f=22,4Hz
It=17,1 mA It= 27,5mA
IR=2,8 mA IR= 20,17mA
IL=14,8 mA IL= 10,45mA
IC=0,06 mA IC= 0,05mA
a) R=0,1 kΩ; C=1µF; f=102,9Hz b) R=1kΩ; C=1µF; f=102,9Hz
It=24,05 mA It= 5,23mA
IR=3,6 mA IR= 3,28mA
IL=22,41 mA IL= 5,15mA
IC=1,69 mA IC= 2,36mA
Circuito de ressonância em série
Caso: a) R=0,1KΩ; C=0,1μF; L=1H
1 1
𝜔= = = 3162,277𝑠 −1
√𝐿𝐶 √1 × 0,1 × 10−6
𝑋L= 𝜔 × 𝐿 = 3162,277 × 1 = 3162,277𝛺
1 1
Xc= 𝜔×𝐶 = 3162,277×0,1×10−6 = 3162,2783𝛺

1 2 1 2
𝑍 = √𝑅2 + (𝜔𝐿 − ) = √(0,1 × 103 )2 + (3162,277 × 1 − −6 ) = 100𝛺
𝜔𝐶 3162,277 × (0,1 × 10 )

Curva da impedância em função da frequência

Curvas das quedas de tensão em função da frequência


𝑈 1,147
𝐼= = = 11,47𝑚𝐴
𝑅 0,1 × 103

Gráfico da corrente em função da frequência

I. Frequência calculada analiticamente


𝜔 3162,277
𝑓= = = 503,292𝐻𝑧
2𝜋 2×𝜋
II. Frequência obtida no experimento
𝑓 = 500𝐻𝑧

Caso b) R=1kΩ; C=1µF; L=1H


1 1
𝜔= = = 1000𝑠 −1
√𝐿𝐶 √1 × 1 × 10−6
𝑋L= 𝜔 × 𝐿 = 1000 × 1 = 1000𝛺
1 1
Xc= 𝜔×𝐶 = 1000×1×10−6 = 1000𝛺

1 2 1 2
𝑍 = √𝑅2 + (𝜔𝐿 − ) = √(1 × 103 )2 + (1000 × 1 − −6
) = 1000𝛺
𝜔𝐶 1000 × (1 × 10 )
Curva da impedância em função da frequência

Curvas das quedas de tensão em função da frequência

Gráfico da corrente em função da frequência


I. Frequência calculada analiticamente
𝜔 1000
𝑓= = = 159,154𝐻𝑧
2𝜋 2 × 𝜋
II. Frequência obtida no experimento
𝑓 = 155𝐻𝑧

4 Circuito de ressonância em paralelo


Caso a) R=0,1kΩ; C=0,1µF; L=1H
1 1
𝜔= = = 3162,277𝑠 −1
√𝐿𝐶 √1 × 0,1 × 10−6
𝑋L= 𝜔 × 𝐿 = 3162,277 × 1 = 3162,277𝛺
1 1
Xc= 𝜔×𝐶 = 3162,277×0,1×10−6 = 3162,2783𝛺
1 1
𝐺= = = 0,01𝛺
𝑅 0,1 × 103
1 1
Yc= 𝑋𝑐 = 3162,2 = 3,16 × 10−4 𝛺
1 1
YL= 𝑋L = 3162,2 = 3,16 × 10−4 𝛺

𝑌 = √𝐺 2 + (Yc − YL)2 = 0,01𝛺


Curva da admitância em função da frequência
Curva das correntes em função da frequência

I. Frequência calculada analiticamente


𝜔 3162,277
𝑓= = = 503,29𝐻𝑧
2𝜋 2×𝜋
II. Frequência obtida no experimento
𝑓 = 482,6𝐻𝑧
Caso b) R=1kΩ; C=1µF; L=1H
1 1
𝜔= = = 1000𝑠 −1
√𝐿𝐶 √1 × 1 × 10−6
𝑋L= 𝜔 × 𝐿 = 1000 × 1 = 1000𝛺
1 1
Xc= 𝜔×𝐶 = 1000×1×10−6 = 1000𝛺
1 1
𝐺= = = 0,001𝛺
𝑅 1 × 103
1 1
Yc= 𝑋𝑐 = 1000 = 10−3 𝛺
1 1
YL= 𝑋L = 1000 = 10−3 𝛺

𝑌 = √𝐺 2 + (Yc − YL)2 = 0,001𝛺


Curva da admitância em função da frequência

Curva das correntes em função da frequência

I. Frequência calculada analiticamente


𝜔 1000
𝑓= = = 159,15𝐻𝑧
2𝜋 2 × 𝜋
II. Frequência obtida no experimento
𝑓 = 142,5𝐻𝑧
5 Conclusão
Podemos perceber com os dados obtidos que para haja ressonância no circuito em série as
tensões deverão ser iguais nos elementos reactivos e para circuito em paralelo, as correntes
deverão iguais nos elementos reactivos, os cálculos analíticos da frequência são
aproximadamente equivalentes com a frequência ajustada para que os circuitos entrassem no
regime de ressonância.
6 Bibliografia
 https://embuscadosaber.com/regime-de-ressonancia-e-valores-instantaneos/
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Circuito_RLC
 http://www.engeletrica.com.br/manual-Efeitos-da-Resson%C3%A2ncia.html

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