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Questão 1/5 - História e Historiografia da Antiguidade Oriental

Considere a seguinte citação: 


“O estudo dos sistemas antigos de irrigação pela Arqueologia é difícil. A agricultura irrigada nunca cessou no país da Antiguidade aos nossos dias, o
que significa que os consertos e sucessivas construções novas de diques e canais destroem os traços de sistemas mais velhos”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 6.
 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre a relação entre geografia e sociedade no
Antigo Oriente Próximo, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0

A Em virtude da fertilidade trazida pelas cheias Nilo, que cortava o Egito no sentido norte-sul, é possível afirmar que foi a presença desse
recurso natural a grande responsável pelo estabelecimento de populações humanas nesse território.
“Assim como na terra dos faraós, a existência de estabelecimentos humanos complexos no Antigo Oriente Próximo só foi possível pelo
aproveitamento humano dos recursos naturais. No caso da Mesopotâmia, a existência dos rios Tigre e Eufrates, e do Nilo, no Egito, deu contornos
muito próprios ao tipo de sociedade que se desenvolveu nessas regiões” (livro-base, p. 46, 47).

B O historiador Heródoto, em uma de suas viagens, descreveu que o “Egito é uma dádiva do Nilo”, mas é preciso ponderar essa afirmação,
porque ela não considera a importância de outros rios, como o Tigre e o Eufrates, para essa civilização.

C A região onde se encontram os rios Nilo, Tigre e Eufrates é conhecida como Crescente Fértil em virtude da alta taxa de natalidade
existente na região, tornando-a muito populosa.

D As cheias dos rios Tigre e Eufrates tiveram, se comparadas às do rio Nilo, menos importância para o estabelecimento de população nas
regiões desse entorno, em virtude da grande violência com que subiam suas águas.

E Crescente Fértil é uma região marcada pela grande aridez dos desertos, como aqueles que circundam o território egípcio, o que tornou a
prática da agricultura extremamente difícil e escassa.
Questão 2/5 - História e Historiografia da Antiguidade Oriental
Considere a seguinte citação: 
“Tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BLOCH, Marc. Apologia da Histo´ria. Ou o oficio do historiador. Traduc¸a~o Andre´ Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 79.
 
Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre a História Antiga e suas fontes, relacione
cada tipo de fonte à sua característica correspondente:

1.Fontesarqueológicas
2.Fontesescritas
3.Fontesvisuais

( ) Referem-se a artefatos mas, também, aos biofatos e aos ecofatos, que são vestígios da apropriação da natureza pelos seres humanos.
( ) Podem ser enquadradas na denominação de cultura material, ou seja, o segmento do meio físico apropriado pelos seres humanos.
( ) Seu estudo leva em consideração o chamado “potencial cognitivo” da fonte, averiguando sua significação histórica, social e antropológica, entre
outros aspectos.
( ) Devem ser analisadas tendo em vista a chamada crítica “interna” e “externa” do documento.
( ) Durante muito tempo, foram tidas como as únicas fontes confiáveis para estudo. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 20.0

A 1–3–3–2–2

B 1–1–3–2–2
Você acertou!
1. Fontes arqueológicas: “[...] o estudo da arqueologia não se restringe somente a artefatos e objetos, ou seja, a produtos do trabalho humano. Nessa
totalidade, são incluídos também os chamados ecofatos – vestígios do meio ambiente – e os biofatos – vestígios de animais, desde que, contudo,
estejam associados aos seres humanos ou, como diz Funari [...], ‘à apropriação da natureza pelo homem’. Em linhas gerais, podemos definir a
arqueologia como o estudo da cultura material, sendo esta entendida como o segmento do meio físico apropriado pelo homem” (livro-base, p. 108). 2.
Fontes escritas: “Da mesma maneira que acontece com os registros arqueológicos, as fontes visuais tenderam, por muito tempo, a serem vistas como
inferiores aos documentos escritos [...]” (p. 112) e “Para avaliar o potencial de um documento escrito, os historiadores fazem o que é conhecido
por crítica da fonte. Essa crítica consiste em duas etapas: externa e interna” (p. 116). 3. Fontes visuais: “Devemos perceber, igualmente, que a imagem
demanda um modo próprio de análise – ou seja – não podemos analisar a fonte visual da mesma maneira com que analisamos a fonte documental.
Nesse sentido, é necessário [...] começar por avaliar o chamado potencial cognitivo da imagem” (p. 115).

C 3–3–2–2–1
D 2–3–3–2–1

E 1–1–3–2–1

Questão 3/5 - História e Historiografia da Antiguidade Oriental


Considere a seguinte citação:
“A ‘igualdade’ jurídica e a exigência de garantias jurídicas contra a arbitrariedade requerem a ‘objetividade’ racional formal da administração, em
oposição ao livre-arbítrio e a` graça da antiga dominação patrimonial”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: WEBER, Max. Economia e Sociedade. Fundamentos da Sociologia Compreensiva. v.2. Brasília: Editora da UnB, 1999. p. 216.
 
Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre o conceito de burocracia nas sociedades
antigas, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0

A O atual conceito de burocracia, embora pensado para formações estatais da época moderna e contemporânea, também dá conta de explicar
diversas características da administração dos Estados da época antiga.

B Um importante conceito usado para explicar o funcionamento das sociedades antigas é o de burocracia patrimonial, de Max Weber, por
meio do qual se afirmava que a racionalidade era o princípio estruturante da administração no mundo antigo.

C O funcionamento da administração nas sociedades do Antigo Oriente Próximo estruturava-se, em grande medida, nos laços pessoais e sua
dependência deles, o que não exclui, contudo, a existência de elementos de racionalidade administrativa.
Você acertou!
“J. David Schloen [...], inspirado em Weber, atribui o funcionamento das sociedades do Antigo Oriente Próximo ao patrimonial household
model (PHM). Segundo esse modelo, ‘toda a ordem social é vista como uma extensão da unidade doméstica do governante – e, em última instância, da
unidade doméstica do deus’ [...] cuja administração segue o padrão da relação pessoal. Esse autor diz que a burocracia do Antigo Oriente Próximo não
é racionalizada. O que valia nessas sociedades eram os laços pessoais de patronato e a sua dependência deles, e não da existência de uma burocracia
dita impessoal. É preciso ponderar essa afirmação, pois, se as sociedades próximo-orientais eram realmente dependentes de relações como a do
patronato, isso não exclui a existência de uma burocracia organizada nessa sociedade” (livro-base, p. 19).

D Para Max Weber e os defensores do modelo patrimonial de administração no mundo antigo, os elementos de racionalidade presentes nas
burocracias do Antigo Oriente Próximo aproximam essa realidade daquela existente nos Estados contemporâneos.
E No mundo antigo, havia uma nítida separação entre público e privado, o que conferia um caráter de impessoalidade à administração
existente nessa época, diferentemente do mundo atual, no qual os interesses privados se mesclam aos interesses públicos.

Questão 4/5 - História e Historiografia da Antiguidade Oriental


Considere a seguinte citação: 
“O estudioso de História Antiga de hoje tem de aceitar o fato de que seu arsenal inclui tipos qualitativamente diferentes de testemunhos, que amiúde
parecem mutuamente contraditórios ou, no mínimo, não inter-relacionados”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FINLEY, Moses. História Antiga. Testemunhos e modelos. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 9.
 
Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre as fontes históricas e a História Antiga,
assinale a única alternativa correta:
Nota: 20.0

A Ao historiador do mundo antigo, cabe reconstruir a História objetivamente, ou seja, exatamente como aconteceu, sem a influência de suas
convicções pessoais.

B Ao analisar a realidade do mundo antigo, o historiador se debruça sobre as fontes históricas, privilegiando o estudo dos registros escritos
por serem os mais confiáveis.

C Em virtude do distanciamento temporal, as fontes sobre as sociedades antigas são escassas, impedindo o historiador de realizar um estudo
confiável sobre esse passado.

D O historiador do mundo antigo tem à sua disposição uma variedade de testemunhos históricos, que incluem documentos escritos, material
arqueológico e fontes visuais.
Você acertou!
“Nós, historiadores, não devemos nos ater unicamente aos documentos escritos, mas perceber que há múltiplos testemunhos do passado com os quais
devemos trabalhar” (livro-base, p. 106).

E O trabalho do historiador do mundo antigo possui limites, pois as fontes disponíveis, como os textos religiosos, mostram apenas elemento
da imaginação desses povos.
Questão 5/5 - História e Historiografia da Antiguidade Oriental
Considere a seguinte citação: 
“[...] os estudos econômico-sociais estão muito mal distribuídos no tempo e no espaço: conhecemos muito melhor, por exemplo, as estruturas
econômico-sociais mesopotâmicas e egípcias do que as da Síria ou do reino hitita; e, se tomarmos o caso da Baixa Mesopotâmia, conhecemos melhor
o período da terceira dinastia de Ur e a época paleobabilônica [...] do que o período cassita” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDOSO, Ciro Flamarion. Sete olhares sobre a Antiguidade. Brasília: Editora da UnB, 1994. p. 43.
 
Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre a economia mesopotâmica, assinale a
alternativa correta:
Nota: 0.0

A Os debates sobre a natureza da economia mesopotâmica têm forte influência da teoria “templo-estado”, desenvolvida no início do século
XX e que, até hoje, possui grande aceitação no meio acadêmico.

B Um ponto comum a todos os debates sobre a natureza da economia mesopotâmica existentes no século XX é o reconhecimento do caráter
centralizador desse tipo de economia.

C É possível resumir os debates sobre a economia na antiga Mesopotâmia em duas correntes, substantivistas e formalistas, que divergem
quanto à possibilidade de aplicação das lógicas existentes nas economias modernas às realidades antigas.
“Por muito tempo também se discutiu sobre a própria natureza da economia da Mesopotâmia, na esteira do debate entre formalistas e substantivistas.
Há aqueles que entendem as economias antigas, como a mesopotâmica, da mesma forma que compreendem as economias modernas, ou seja: o
funcionamento das economias antigas seria regido pelas mesmas regras de funcionamento de uma economia capitalista, sujeito às leis de oferta e
procura. Outros autores postulam a especificidade histórica das economias da Antiguidade, dizendo que as leis que regem o mercado capitalista são
estranhas a elas, pois têm funcionamento diverso das economias modernas” (livro-base, p. 56).

D Os representantes da Escola de Leningrado defendiam que a economia da antiga Mesopotâmia era controlada por grandes instituições,
como os templos e palácios, os quais eram responsáveis pelo monopólio da terra.

E O marxismo exerceu grande influência nos estudos sobre o funcionamento da economia na Mesopotâmia, especialmente por introduzir a
noção de oferta e demanda como essencial à compreensão dessa realidade.

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