E TOPOGRAFIA APLICADOS
AULA 1
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A seta Norte, ou “Rosa dos Ventos”, auxilia a percepção do leitor ante a
orientação do local analisado, sendo normalmente representada por uma
pequena seta ou rosa dos ventos alinhada com a orientação da representação
(Figura 1a).
(a) (b)
Fonte: Fafostock/Shutterstock; Mstudiovector/Shutterstock.
A escala, por sua vez, orienta o leitor sobre o real tamanho de sua
representação; ela compara o tamanho da região do mapa com o seu tamanho
real, fornecendo ferramentas para facilitar a apreensão e a magnitude dos
fenômenos analisados.
A representação cartográfica da escala pode se dar de três formas:
expressa, gráfica e numérica. A escala expressa é considerada a menos
sofisticada, pois indica de maneira mais direta a relação entre as grandezas
trabalhadas de forma verbal. Ex.: 1 cm representa 100 m. A escala numérica
indica a relação entre uma distância do mapa e a distância real por meio de
frações. Ela não indica diretamente uma medida específica, mas a relação entre
grandezas. Ex.: 1:10.000 indica que uma parte do mapa equivale a 10.000 partes
reais. Por fim, a escala gráfica trata de um segmento de reta graduado que indica
o valor das distâncias reais correspondentes no mapa. Na Figura 1b vemos
exemplos de escalas gráficas. Diferentemente da numérica, a escala gráfica
deve indicar a medida real comparada, ou seja, se são quilômetros, metros etc.
As coordenadas do espaço representado servem para localizar o leitor no
que tange às coordenadas geográficas, muitas vezes representadas por linhas
que cortam o mapa horizontal e verticalmente, contendo indicações de suas
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respectivas coordenadas. Essas coordenadas devem ser devidamente
informadas de forma escrita, o que discutiremos de forma mais específica no
próximo tema desta aula.
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Figura 2 – a. Representação dos paralelos no globo terrestre; b. Representação
dos meridianos no globo terrestre
(a) (b)
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Figura 3 – a. Cilindro Transverso de Mercator; b. Fuso: região secante ao cilindro
de projeção
(a)
(b)
Neste tema, vamos conhecer uma breve definição de topografia, que será
utilizada até o final do curso. A palavra topografia vem do grego: topos significa
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“lugar” e, graphen, “descrição”. Assim, de maneira geral, topografia seria a
ciência que descreve lugares.
Dada a amplitude de seu significado, utilizemos o que Domingues (1979)
define como topografia. Para o autor, a topografia é a ciência que tem como
finalidade determinar contorno, dimensão e posição relativa de uma dada porção
da superfície terrestre desconsiderando a curvatura da Terra, permitindo um
detalhado conhecimento do terreno analisado e possibilitando a incursão de
diversas obras e serviços.
Analisando a história da humanidade, percebemos que os estudos
topográficos não são recentes, afinal, de alguma forma deve-se ter realizado
estudos topográficos, por mais primitivos que fossem, para erguer monumentos
históricos, como o Coliseu de Roma ou as cidades Incas no Peru. De fato,
existem registros de babilônios e egípcios utilizando cordas como ferramentas
para mensurar terrenos há cerca de 5 mil anos.
Fazendo uso de muitos conhecimentos oriundos dos babilônios, os
gregos passaram a desenvolver cada vez mais essa ciência, em paralelo com o
desenvolvimento da astronomia, da geografia e da cartografia. Um dos primeiros
instrumentos tidos como topográficos foi criado pelos próprios gregos por volta
do século III a.C: a dioptra, que mensurava o ângulo de superfícies. Instrumentos
parecidos com a dioptra, mas mais rudimentares, já haviam sido utilizados por
egípcios. Ainda na Grécia Antiga, o astrônomo Hiparco criou o astrolábio,
equipamento utilizado na navegação, mas também para mensurar obstáculos do
relevo.
Depois do período clássico, passamos por poucas mudanças; tivemos
avanços substanciais na Astronomia, e muita influência árabe, mas poucos
avanços técnicos, até que, em 1571, o matemático inglês Leonard Digges
construiu o que seria o primeiro teodolito, instrumento crucial para estudos
topográficos, pois é capaz de mensurar ângulos horizontais e verticais.
A partir do século XIX temos um constante desenvolvimento dos
equipamentos, com níveis de precisão cada vez maiores e com maior acurácia
de detalhes, chegando até os anos atuais, nos quais já é imprescindível a
utilização de softwares, satélites e outras ferramentas na elaboração de estudos
topográficos.
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TEMA 4 – CONCEITOS BÁSICOS PARA ENTENDER A TOPOGRAFIA
4.1 Topometria
4.2 Topologia
(a)
(b)
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TEMA 5 – TOPOGRAFIA E SANEAMENTO
NA PRÁTICA
Saiba mais
Acesse <http://mapfrappe.com>, desenhe um polígono no extremo norte
do globo e o arraste para próximo do Equador. Observe a distorção em seu
tamanho.
FINALIZANDO
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geoprocessamento. Aspectos básicos da linguagem cartográfica foram
revisados, como utilização de escalas, seta de orientação Norte e coordenadas.
As coordenadas foram explicadas com maiores detalhes no Tema 2, no
qual pudemos compreender sua função e origem nas representações do Planeta
Terra.
Apresentamos o conceito de topografia, e elencamos um pouco de suas
funções e de sua história, que se inicia com as construções civis. Na sequência,
apresentamos conceitos básicos dentro da topografia, como topometria e
topologia, além de observarmos seu papel-chave e suas aplicações no âmbito
do saneamento ambiental.
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REFERÊNCIAS
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