Você está na página 1de 37

Paula Manuela Chivambo Martins

Uso de Cartaz como Meio de Ensino para a Aprendizagem de Ciências Naturais na

7ª Classe- Caso da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade Save

Chongoene

2022
Paula Manuela Chivambo Martins

Uso de Cartaz como Meio de Ensino para a Aprendizagem de Ciências Naturais na

7ª Classe- Caso da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene

Monografia apresentada ao Departamento de


Ciências de Educação e Psicologia, Universidade
Save, para obtenção do grau académico do Ensino
Básico, habilitação em inspeção e supervisão.

Supervisor:

MSc. Artur Chanjale

Universidade Save

Chongoene

2022
ii

Índice
Lista de Gráficos v
Lista de abreviaturas vi
Declaração de Honra vii
Dedicatória viii
Agradecimentos ix
Resumo x
0.0. INTRODUÇÃO 11
0.1. Tema 12
0.2. Objectivos 12
0.2.1. Objectivo geral 12
0.2.2. Objectivos específicos 12
0.3. Problematização 12
0.4. Hipóteses 13
0.5. Justificativa 13
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 14
1.1. Aprendizagem 14
1.2. Conceito de meio de ensino 14
1.3. Utilização dos meios de ensino 14
1.4. O processo de ensino-aprendizagem e os meios de ensino 15
1.5.Os Desafios a serem superados para a efectiva utilização dos meios de ensino 16
1.6. Classificação dos meios de ensino 17
1.9. Síntese histórica do cartaz 17
1.9. Conceito de cartaz 18
1.9.1. Factores a levar em consideração na elaboração do cartaz 18
1.9.2.Etapas para a elaboração do cartaz 19
1.9.3.Vantagens do uso dos cartazes 20
1.9.4.Desvantagem do uso de cartaz 20
1.9.5.Critério de classificação e tipos de cartazes 20
CAPITULO II: MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA 23
2.1.Conceito de Metodologia 23
2.2.Método de abordagem 23
2.2.1.Quanto à abordagem 23
2.2.2.Quanto à natureza 23
2.2.3.Quanto aos objectivos 24
iii

2.2.4.Quanto aos procedimentos: 24


2.2.5.Quanto ao local de realização 24
2.3.Descrição da Área de Estudo 25
2.3.1.Localização geográfica 25
2.3.2.Infra-Estrutura 25
2.3.3.Organização administrativa 25
2.4.Instrumento de recolha de dados. 25
2.5.População e Amostra 26
3.1. Resultados do questionário 27
CAPITULO IV: CONCLUSÕES E SUGESTÕES 31
4.1. Conclusões 31
4.2.Sugestões 32
5. Referências Bibliográficas 33
Apêndices 35
iv

Lista de Gráficos
Gráfico 1: Dados do questionário ………………………………………………………………………………………..28
Gráfico 2: Dados da entrevista…………….………………………………………………………………………………..29
v

Lista de abreviaturas

EP- Escola Primária

PPG- Práticas Pedagógicas Gerais

Declaração de Honra
vi

Eu, Paula Manuela Chivambo Martins, portadora de bilhete de identidade Nº


070100531663B, emitido a 18.04.2022 pelo arquivo de identificação civil de Xai-Xai, de
nacionalidade moçambicana.
Declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da minha investigação e da
orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição para obtenção de
qualquer grau académico.

Chongoene, 21 de Julho de 2022


_______________________________________________________
(Paula Manuela Chivambo Martins)

Dedicatória
vii

Dedico primeiramente este trabalho em memória da minha querida mãe Anália Cângela
Chivambo que no meio de tantas dificuldades sempre se esforçou para a minha formação, Aos
meus irmão (Arsénio, Zamira, Epifania e Wilma), minha tia Dulce Chivambo que sempre
apoiaram em ideia.

Agradecimentos

Louvado seja magnífico e o soberano Deus, que nele agradeço em primeiro lugar, pela vida e
saúde. Por permanecer em mim para enfrentar esse todo percurso estudantil. O meu
agradecimento, vai ao mestre Artur Américo Chanjale, supervisor deste trabalho, por ter
viii

aceitado a supervisão, deste trabalho e pelo apoio encorajamento na execução desta


monografia científica.

Em seguida agradeço a todos os docentes do curso de Ensino Básico, pelo espírito crítico
construtivo demonstrado durante período de formação, vão os meus agradecimentos à
direcção da Escola Primária do 1º e 2º graus de Chongoene, que autorizou para que se
efectuasse as pesquisas naquela Escola, a minha família fonte de inspiração e por fim aos
meus colegas de turma e a todos que directa ou indirectamente contribuíram para realização
desse trabalho.

Resumo
A presente pesquisa tem como tema Uso de Cartaz como Meio de Ensino para a
Aprendizagem de Ciências Naturais, o intuito desta para além de abordar a importância do
cartaz, através da pesquisa de campo analisou a utilização desse recurso pelos professores da
7ª classe da escola Primaria do 1º e 2º Graus de Chongoene. Para desenvolvimento do estudo
inicialmente foi realizada a revisão bibliográfica para descrever as teorias que abordam as
metodologias e a utilização do cartaz para o ensino de Ciências Naturais, para compreensão
ix

dos caminhos que levam a qualidade de ensino desta Ciência. Na pesquisa de campo realizada
naquela Instituição do ensino foi aplicado um questionário a 4 professores da 7ª classe de
Ciências Naturais e, as suas respostas trouxeram colocações relevantes sobre a complexidade
e a utilização do cartaz em suas aulas, o que serviu para a análise e orientação para o ensino
das aulas da disciplina em análise e um melhor conhecimento do pensamento dos
profissionais da Educação. Tivemos como constatação da pesquisa que os professores da
escola e em particular os da 7ª classe não levam com regularidade o cartaz como material
concretizador para sala de aulas o que contribui para não percepção efectiva dos conteúdos
desta disciplina. E os alunos também mostraram que nem sempre os professores trazem o
cartaz para a sala de aulas.

Palavras-chave: Aprendizagem e Cartaz de Ciências Naturais.


10

0.0. INTRODUÇÃO

As lacunas que o ensino tradicional geralmente deixa, podem ser preenchida com a utilização
de recursos didáctico-pedagógicos, expondo os conteúdos de uma forma diferenciada, a fim
de promover a compreensão do objecto em estudo. Nesta vertente, o ensino de Ciências
Naturais favorece o uso de meios de ensino, o qual traz um diferencial para a construção do
conhecimento.

O meio de ensino deve ser utilizado pelo professor como estratégia para mediar o processo de
ensino-aprendizagem. Caracterizam-se como meios de ensino, os recursos utilizados pelo
professor e alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino-
aprendizagem. Por meio deles, o professor pode contribuir no interesse dos alunos nos
estudos, tornando-o um sujeito pensante, activo e idealizados do seu próprio saber,
favorecendo a construção do conhecimento.

No entanto, uma das grandes dificuldades encontradas durante a realização das práticas
pedagógicas geral, estava no modo em que os professores ajustavam as aulas de forma, a
permitir o uso dos cartazes para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.

Nesse intuito, o trabalho de pesquisa visa fazer uma análise do uso do cartaz como meio de
ensino para a aprendizagem de Ciência Naturais, caso da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene.

O tema é pertinente, uma vez que, nos dará a perceber como os professores e alunos da escola
acima citada têm encarado estas situações de uso de cartazes.

O presente trabalho está constituído por quatro (4) capítulos, sendo que o primeiro está
reservado para a fundamentação teórica, onde se faz a contextualização dos pontos fulcrais a
serem premissas na pesquisa; segundo capitulo fala-se de procedimentos metodológicos e
técnicas da pesquisa, técnica de recolha de dados (entrevista e questionário) e o terceiro
capitulo está reservado a apresentação e análise dos resultados colhidos resultantes da
entrevista e do questionário e o quarto faz referencia as conclusões e sugestões.
11

0.1. Tema

Uso de Cartaz como Meio de Ensino para a Aprendizagem de Ciências Naturais da 7ª Classe-
Caso da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene.

0.2. Delimitação do Tema


O presente trabalho científico com o tema uso de cartaz como meio de ensino para
aprendizagem de Ciências Naturais na 7ª classe, realizou-se na EP do 1º e 2º Graus de
Chongoene. A mesma localiza-se ao longo da Estrada Nacional número 1, Província de Gaza
Distrito de Chongoene, à 3 Km do cruzamento em direcção ao Município de Chibuto, num
período de 2020 à 2021 com o objectivo de analisar o uso de cartaz como meio de ensino.
0.2. Objectivos

0.2.1. Objectivo geral

 Analisar o uso de cartaz na aprendizagem de Ciências Naturais, 7ª Classe na EP do 1º


e 2º Graus de Chongoene;

0.2.2. Objectivos específicos

 Identificar as causas do não uso dos cartazes por parte dos professores de Ciências
Naturais, 7ª classe na EP do 1º e 2º Graus de Chongoene;

 Demonstrar a importância do uso de cartaz na aprendizagem de Ciência Naturais, 7ª


classe na EP do 1º e 2º Graus de Chongoene;

0.3. Problematização
Ciências Naturais é uma disciplina que exige bastante criatividade por parte dos professores,
uma vez que boa parte dos conteúdos são complexos, contudo os professores podem recorrer
a vários métodos para levar esses conteúdos do abstracto para o concreto. No entanto, durante
as PPG realizadas na EP do 1º E 2º Graus de Chongoene constatou-se que os professores raras
vezes faziam uso de cartazes como forma de dinamizar a leccionação dos conteúdos.
Assim sendo, constatou-se várias dificuldades por parte dos alunos da escola acima citada em
relação a fixação e retenção de variados conteúdos de Ciências Naturais. No entanto, diante
dos factos acima referenciado, surge a seguinte questão:

 Por que razão os professores da 7ª classe de Ciência Naturais na EP do 1º e 2º Graus


de Chongoene, não usam os cartazes como meio de ensino para aprendizagem dos
conteúdos?
12

0.4. Hipóteses

Segundo Gil (1994), afirma que “hipóteses são proposições estáveis que podem vir a ser a
solução do problema” isso significa que a hipótese é a possível resposta ao problema que
preocupa a investigação. Porém todo trabalho científico é um raciocínio demonstrativo de
algumas hipóteses.

Para o problema de pesquisa surge às seguintes hipóteses:

 O não uso de cartaz como meio de ensino de Ciências Naturais deve-se ao


desconhecimento da sua relevância na aprendizagem dos alunos por parte dos
professores de Ciências Naturais da 7ª Classe da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene;

 O não uso de cartaz como meio de ensino de Ciências Naturais não deve-se ao
desconhecimento da sua relevância na aprendizagem dos alunos por parte dos
professores de Ciências Naturais da 7ª Classe da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene.

0.5. Justificativa

A motivação da escolha do tema “O uso de cartaz como meio de ensino para a aprendizagem
de Ciências Naturais na 7ª Classe- Caso da EP do 1º e 2º Graus de Chongoene”, deve-se ao
facto de ter verificado durante as práticas pedagógicas que, raras vezes, a supervisora das
práticas fez uso de cartazes como meio de ensino na disciplina de Ciências Naturais.

É pertinente abordar este tema, visto que, o uso de cartaz como meio de ensino para a
aprendizagem de Ciências Naturais, 7ª Classe facilita a transmissão do conteúdo por parte do
professor, apresentando vantagens em relação à explicação puramente oral do conteúdo, e
actuam como uma ferramenta lúdica para o aprendizado do aluno.

Sendo muito importante fazer com que os professores se sintam à vontade no uso de cartaz
como meio de ensino para a aprendizagem de Ciências Naturais, pois é com base neste meio
de ensino que os alunos podem ter uma melhor compreensão dos conteúdos explicados pelo
professor na sala de aulas durante o processo de ensino e aprendizagem. Referenciar também
que este meio de ensino desempenha um grande papel para melhoria da qualidade de ensino
por ser um dos meios que leva o aluno a sair do “imaginário” para o “concreto”.
13

CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O capítulo tem como o objectivo trazer alguns conceitos sobre aprendizagem, importância dos
meios de ensino, os desafios a serem superados para a efectiva utilização desses meios e
perceber o impacto do uso de cartaz no PEA, definição, vantagem, classificação e etapas de
elaboração do cartaz.

1.1. Aprendizagem

A aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos,


comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo,
experiência, formação, raciocínio e observação (Golbert, 2001).

Coelhos & José (1999) definem aprendizagem como o resultado da estimulação do ambiente
sobre o indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação ou problema, sob a
forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.

Aprendizagem é o processo pelo qual um indivíduo adquire saberes, conhecimentos, valores,


comportamentos e habilidades através de experiências, de ensinamentos e do estudo

1.2. Conceito de meio de ensino


Os meios de ensino são elementos que auxiliam na execução do processo de ensino-
aprendizagem (Serrazina, 1990).

Segundo Pilett (2006) o meio de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que
dão origem a estimulação do aluno.

Meio de ensino são todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor e pelos
alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem
(Libâneo, 1994).

1.3. Utilização dos meios de ensino


O professor desempenha um papel de extrema importância no que diz respeito à utilização
dos meios de ensino na sala de aula, na medida em que será ele o responsável pela
determinação do momento e da razão do uso de um determinado meio.

Serrazina (1990), destacando que qualquer meio de ensino deve ser usado de forma
cuidadosa, afirma que o mais importante não é o meio em si, mas a experiência significativa
que esse deve proporcionar ao aluno, uma vez que a utilização dos desses, por si só, não é
sinónimo ou garantia de uma aprendizagem significativa, destacando assim o papel
importante do professor na planificação relativa aos meios de ensino na aula.
14

De acordo com Gellert (2004), a aprendizagem poderia ser mais vantajosa se os professores
usassem meios de ensinos mais inovadores. Todavia, tal implicará uma alteração da sua
prática lectiva diária. Sendo, de acordo com o mesmo autor, a tensão entre a inovação dos
meios e a forma como é usada é que mantém alguns professores cépticos quanto à sua
utilização. Neste sentido, Shutz, citado por Gellert (2004), afirma que os professores muitas
vezes fazem com que o meios de ensino se adapte às suas rotinas lectivas e, neste sentido,
tendem a ignorar os meios de modo a não contrariarem os seus estilos e manterem a sua zona
de conforto.

1.4. O processo de ensino-aprendizagem e os meios de ensino


O processo de ensino-aprendizagem perpassa toda a formação docente e vai, no futuro, ser
objecto de sua práxis. A Didáctica insere-se neste contexto como o campo da Pedagogia
responsável pelo estudo da organização e direcção das situações de aprendizagem (Perrenoud,
2000).
Não seria portanto, nenhuma novidade constatar que cabe a Didáctica as reflexões e o
aprimoramento do uso dos meios de ensino durante a aprendizagem.

Muitos estudos em diversas áreas do conhecimento vêm demonstrando a importância de se


pensar sempre em novas metodologias de ensino, de modo a contemplar a necessidade
individual do educando, bem como o melhoramento do processo de construção do
conhecimento como um todo. A prática do professor deve ser, portanto, um refazer constante
de suas concepções e métodos, sobretudo, a partir da certeza da individualidade de cada
educando e, consequentemente, da identidade de cada turma.

Os efeitos da utilização dos meios no ensino e na aprendizagem são fortemente sentidos pelos
professores e já foram documentados em vários estudos anteriores, dentre os quais pode-se
ressaltar o de Silva, et al (2008). Os professores relatam, sobretudo, uma facilidade maior de
ensinar conteúdos ditos complexos. Sabe-se, todavia, que o processo de internalização dos
conhecimentos é muito individualizado, o meio de ensino que foi muito eficiente com um
aluno pode não ser com outro e vice-versa. Na verdade, quando se pensa em meio de ensino,
pensa-se em instrumentos que facilitem o processo educacional, colaborando para uma
educação democrática, na qual o professor constrói junto com o aluno o conhecimento (Freire,
1996). O meio de ensino pensado com base na simples transmissão dos conhecimentos é
ineficaz, uma vez que reproduz uma lógica que pode ser inversiva para o educando.
15

O professor não pode, entretanto, tornar-se um escravo dos meios de ensino. Está ferramenta
encaixa-se como uma dentre as inúmeras alternativas ao professor. Os materiais não
substituem a explanação oral ou anulam outra qualquer metodologia de ensino, mas servem
para enriquecê-las e reinventá-las.

1.5.Os Desafios a serem superados para a efectiva utilização dos meios de ensino
Muitos são os desafios que se impõem à disseminação e o uso de meios de ensino. Em
primeiro lugar, porque consistem em uma prática inovadora e pouco explorada. Segundo,
devido a algumas outras circunstâncias que serão enumeradas adiante.

Uma grande dificuldade que se pode enumerar quanto aos meios de ensino, mas que é, por si,
uma dificuldade de todo o processo de ensino e aprendizagem é o que Simielli (apud Carlos ,
2009) chamou de uma “transposição didáctica”.

É fundamental a diferenciação entre o saber ensinado e aquele realmente adquirido pelos


alunos. Transformar o saber, sem desfigurá-lo e desvalorizá-lo, em objecto de ensino supõe
uma transposição didáctica que nem vulgarize nem empobreça o saber, mas que se apresente
como uma construção diferenciada, realizada com intenção de atender o público escolar
(Simielli, 2003).
De acordo com Piaget et. al. (2000), a aprendizagem encontra-se directamente envolvida com
os recursos didácticos que serão introduzidos durante o processo. Pois, nesse contexto a tarefa
dos meios de ensino numa ampla modificação da forma da apresentação dos conteúdos
propostos em sala de aula.
Para Oliveira e Vigneron (2005), utilizar todos os meios de ensino disponíveis na instituição
de ensino, no intuito de facilitar a aprendizagem do aluno, é uma tarefa muito importante para
qualquer disciplina. Entretanto, a utilização destes meios nas aulas de Ciências Naturais torna-
se uma actividade ainda mais delicada, por se tratar de vida/natureza. Portanto, o professor
dessa disciplina tem como missão tentar fazer com que seus alunos consigam se relacionar da
melhor forma com o ambiente no qual convivem, a fim de transformar seu meio e aumentar
sua qualidade de vida.
Para Ferreira et. al. (2010), a construção de meios de ensino, aplicados na aprendizagem da
disciplina de ciências naturais, possibilita a união entre prática e teoria, sendo que seus
experimentos ou exercícios práticos devem ser regidos visando os diferentes objectivos como:
demonstrar um fenómeno, ilustrar um princípio teórico, colecta de dados, testar hipóteses,
desenvolver habilidades e competências, adquirindo familiaridade com o conteúdo proposto e
focando o desenvolvimento do raciocínio crítico e reflexivo do estudante.
16

Os meios de ensino são vistos como um objecto que se encontra integrado dentro do ambiente
de aprendizagem, fazendo com que aumente o estímulo do estudante a construir seus
conhecimentos. Esses recursos podem ser livros, agendas, computadores, entre inúmeras
outras ferramentas disponíveis para esse processo. Sendo assim, pode-se entender que tudo o
que se encontra neste meio deve ser considerado meios de ensino, pois ele ajuda a transformar
simples aulas em verdadeiros campos motivacionais de ensino e aprendizagem
(Tedesco,1998).

É importante lembrar que nenhum meio de ensino pode, por mais bem elaborado que seja,
garantir, por si só, a qualidade e a efectividades do processo de ensino e aprendizagem. Eles
cumprem a função de mediação e não podem ser utilizados como se fossem começo, meio e
fim de um processo didáctico.

Só pela sua presença, os meios de ensino já cumprem a função de estabelecer contacto na


comunicação entre professor e aluno, alterando a monotonia das aulas exclusivamente
verbais. Esses materiais ainda podem substituir, em grande parte, a simples memorização,
contribuindo para o desenvolvimento de operações de análise e síntese, generalização e
abstracção, a partir de elementos concretos.

1.6. Classificação dos meios de ensino

Para Puletti (1992), não há classificação de meios de ensino universalmente aceite. Os meios
de ensino são classificados da seguinte forma:

a) Recursos auditivos: está inserido nesse tipo de meio os rádio gravações.


b) Recursos audiovisuais: podemos encontrar televisão, cinema.
c) Recursos visuais: faz parte desse tipo de recurso os cartazes, projecções, gravuras,
mapas, globos.

Como citado acima os cartazes estão inseridos nos recursos visuais.

1.7. Síntese histórica do cartaz

O primeiro prospectos de cartazes foram desenvolvidos ainda no século X por meio de


xilagravura , obtidas através da impressão de matrizes de madeira pelos povos orientais.

Na época renascentista, o primeiro cartaz conhecido é de Saint-flour, de 1454, feito em


manuscrito, sem margens. Mas foi somente no final do século XIX que a arte de reunir texto
e ilustração numa folha de papel alcançou projecção ao ser propagada pelos mercadores
europeus assim como um alto grau de sofisticação pela mão de artistas plásticos da época.
17

A integração entre produção artística e industrial é herança do corretor Jules Cheret filho de
um compositor, tipografia e aprendiz de um litografo em Paris, foi em Londres que
estudou a técnica mais recente na altura. De volta a Paris em 1860 Cheret gradualmente
desenvolveu um sistema de 34 cores de impressão. O estilo de Cheret atingiu o seu auge
por volta de 1880 em adaptado e desenvolvida por outros artistas como Tierre Bonnard e
Toulouse Lautrec.

1.8. Conceito de cartaz


Etimologicamente, segundo Pereira (1969), a palavra “cartaz” deriva do grego “chártes”, e
terá chegado até nós pelo árabe “qirtas”, designando “folha de papel; papéis, livros, escritos;
pedaço de couro que serve de alvo aos archeiros”. “Chártes” deu origem à palavra “carta”,
pelo latim “charta” e designava “folha de papiro ou de papel”.
Candau (2002), define cartazes como sendo recursos visuais constituídos de folhas soltas de
papel ou cartolina contendo uma ou mais ilustrações e uma mensagem, podendo ser de
diversos tamanho, cores e formatos.

Assim, o cartaz pode ser definido, sob o ponto de vista pedagógico, como um recurso de
apoio que tem como suporte o papel, a cartolina ou o cartão em grande formato (A3; A2; A1)
criado para instruir ou ensinar um determinado conteúdo (Ferreira et. al., 2010).

De acordo com Zoboli (1990) cartaz é o meio de comunicação de natureza visual cuja
finalidade é anunciar os mais diversos tipos de mensagens comerciais, politicas, religiosas,
educativas e de utilidade pública.

1.8.1. Factores a levar em consideração na elaboração do cartaz

Os materiais didácticos podem ser classificados de variadas formas, no entanto, Pereira


(1969), estabelece uma classificação para esses tipos de materiais.

 Os cartazes devem ser confeccionados preferencialmente pelos alunos sob a


orientação do professor;

 Seleccionar previamente o tema a ser abordado;

 Não usar muitas ilustrações, apenas um desenho ou gravuras simples;

 Utilizar o mínimo de palavras possíveis, isso torna as letras mais legíveis e o texto
mais objectivo;

 Quando necessário complementar com uma mensagem, deve-se elaborar um texto


pequeno com poucas palavras de fácil compreensão;
18

 Escrever o texto com letras uniformes do mesmo tamanho e legíveis;

 Usar preferencialmente poucas cores, vivas e fortes, contrastando com o fundo claro;

 Utilizar preferencialmente os três elementos da ilustração: cor no espaço disponível,


texto e ilustração.

1.8.2.Etapas para a elaboração do cartaz

De acordo com Pereira (1969), a elaboração de um cartaz bem sucedido passa pelas seguintes
etapas:

1ª Ter presente, o máximo de informação que contextualize a elaboração do cartaz. Por


exemplo, o conteúdo que se pretende apresentar, as características do destinatário, a finalidade
para a qual está a ser criado, o local onde vai ser afixado;

2ª Seleccionar o que deve ser apresentado sob a forma de palavra/frase/texto, e o que deve ser
apresentado sob a forma de ilustração, imagem, fotografia, desenho ou esquema;

3ª Compor os vários elementos gráficos constituintes do cartaz, de modo a estabelecer uma


ordem hierárquica ou relacional entre eles, segundo a importância do conteúdo e as afinidades
desses mesmos conteúdos;

4ª Proceder um esboço completo do cartaz, em termos de conteúdo e de forma;

5ª Testar a leitura e a compreensão do cartaz em condições próximas ou idênticas às de


destino, pedindo a opinião a pessoas que não participaram no seu processo de elaboração;

6ª Reformular um ou outro aspecto que se revele responsável por algum tipo de erro ou falha
na compreensão da mensagem e/ou na finalidade para o qual o cartaz foi criado;

7ª Proceder à impressão ou acabamento final do cartaz.

Para minimizar alguns riscos resultantes do ruído comunicacional, sobretudo quando a


elaboração do cartaz não conta com a participação activa e reflexiva por parte do aluno,
sugerem-se algumas ponderações, como por exemplo:

a) Evitar imagens, palavras ou frases que suscitem interpretações ambíguas, pouco claras e
pouco eficazes;

b) Para tal torna-se necessário recorrer a referentes comuns, próximos do conhecimento do


mundo do aluno e suficientemente potenciadores de aproximações a conceitos ou relações que
se pretendem veicular no enunciado;
19

c) Dar ênfase a relação entre o tamanho do suporte e a distância a que vai ser lido o cartaz.

1.8.3.Vantagens do uso dos cartazes

A utilização dos cartazes no processo de ensino e aprendizagem apresentam uma vasta gama
de vantagens, no entanto abaixo alistou-se algumas destas:

 Segundo Lorenzato (2006), os cartazes podem desempenhar várias funções,


dependendo do objectivo a que se prestam: apresentar um assunto, motivar os alunos,
auxiliar a memorização de conteúdos e facilitar a redescoberta;

 Turrioni & Perez (2006), afirmam que os cartazes são fundamentais para o ensino
experimental, uma vez que “facilita a observação, análise, desenvolve o raciocínio
lógico e crítico, sendo excelente para auxiliar o aluno na construção dos seus
conhecimentos”;

 Matos & Serrazina (1996), complementam que com o uso de cartazes a aprendizagem
baseia-se na experiência, permitindo explicar conteúdos de difícil compreensão.

1.8.4.Desvantagem do uso de cartaz

 O local de conservação do cartaz é muito difícil, pois ele suja com facilidade;

 A utilização de cartaz em sala de aula é muito limitada e tem como objectivo apenas
informar e motivar os alunos, por isso além do cartaz se utiliza outros recursos para
melhorar e auxiliar a aula.

1.8.5.Critério de classificação e tipos de cartazes

Segundo Perrenoud (2000), tendo presente factores sociais inerentes à comunicação e


elementos linguísticos verbais, de acordo com o que constatou-se a respeito da utilização dos
cartazes didácticos nos espaços de sala de aula (sobretudo no 1º Ciclo de Ensino primário),
pode-se identificar, entre outros, os seguintes critérios de classificação e respectivos tipos de
cartazes:

a) Considerando o destinatário deste material de apoio, tem:

I. Cartazes para várias idades;

II. Cartazes para diferentes anos de escolaridade;

III. Cartazes adaptados às potencialidades/limitações do destinatário.


20

b) Considerando o conteúdo do cartaz didáctico, tem:

I. Os que contêm assuntos relativos a áreas curriculares;

II. Os que contêm assuntos relativos à vida escolar em geral, embora sendo
relevantes, não são curriculares, por exemplo, cartaz das tarefas diárias;

c) Considerando quem concebe e elabora o cartaz, existem:

I. Os que são concebidos por técnicos (autores de manuais escolares, professores,


gráficos, etc.);

II. Os que são produzidos pelos alunos, com ou sem orientação do professor.

d) Considerando o local onde se afixa o cartaz didáctico, tem:

I. Os cartazes que se afixam nos locais mais visíveis (normalmente, pela importância
que assumem, escolhidos estrategicamente em função da previsível utilização dos
espaços e da sua respectiva adequação –por exemplo, cartazes didácticos
orientados por professores e que pretendem evidenciar o trabalho alcançado por
alunos durante um determinado período de tempo);

II. Os cartazes que se afixam nos locais menos visíveis (normalmente, pela pouca
importância atribuída ao espaço onde se afixam ou por insuficiente avaliação do
grau de adequação ao espaço em se inserem –por exemplo, cartazes didácticos
sobrepostos, com muita informação visual à volta, afixados muito em cima ou
muito em baixo relativamente ao seu leitor).

e) Considerando o factor tempo (momento em que se afixa e duração da afixação do


cartaz), tem:

I. Cartaz que se podem afixar a qualquer momento e que estão sempre actualizados
ou pertinentes – normalmente, são cartazes que não contém marcadores que
condicionam a sua utilização (por exemplo, um cartaz sobre o corpo humano);

III. Cartazes que se podem afixar apenas num determinado momento, porque só nesse
momento são pertinentes (por exemplo, um cartaz sobre um evento próximo ou
uma estação do ano;
21

IV. Cartazes que se afixam antes de se apresentar uma determinada matéria como
motivação;

V. Cartazes que se afixam durante a exploração de uma determinada matéria para a


construção do saber;

VI. Cartazes que se afixam depois da exploração de uma determinada matéria como
síntese do saber;

VII. Cartazes que podem permanecer afixados durante todo o ano lectivo com validade
e/ou pertinência (como forma de recapitulação e consolidação de matérias
escolares);

VIII. Cartazes que podem ser afixados de forma intermitente (como forma de dar
relevância à sua própria presença num determinado espaço físico).
22

CAPITULO II: MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA

A elaboração do trabalho tem por finalidade analisar o impacto de uso cartaz no processo de
ensino e aprendizagem. Neste caso, a colocação da metodologia foi feita mediante a
necessidade de alcance dos objectivos do trabalho. Assim, a apresentação da metodologia
assenta na classificação da pesquisa e identificação dos métodos e técnicas aplicados, e ainda
a descrição da amostra.

2.1.Conceito de Metodologia

De acordo com Marconi & Lakatos (2003), o método de pesquisa é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar
conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando nas decisões dos Cientistas.

2.2.Método de abordagem

Ė responsável pelo raciocínio utilizado no desenvolvimento da pesquisa, ou seja,


procedimentos gerais, que norteiam o desenvolvimento das etapas fundamentais de uma
pesquisa científica (Andrade, 2001).

2.2.1.Quanto à abordagem

 Método indutivo

Para Lakatos e Markoni (2007), é um método responsável pela generalização, isto é, parte-se
de algo particular para a questão mais ampla, ou seja, geral. Esse método enquadra-se na
pesquisa em questão pelo facto da pesquisa fazer parte de um estudo de caso, ou seja,
enquadra resultados de uma escola (EP do 1º e 2º Graus de Chongoene) e seguidamente
pode se obter informações a nível de varias escolas do país.

2.2.2.Quanto à natureza

 Qualitativa

De acordo com Gil (2008), a pesquisa qualitativa procura identificar, descrever, compreender,
explicar, determinados fenómenos sem a interpretação numérica. A pesquisa em questão é
23

qualitativa porque visa analisar a influência do uso do cartaz no processo de ensino e


aprendizagem sem dar muito ênfase a interpretação numérica.

2.2.3.Quanto aos objectivos

 Pesquisa explicativa

A pesquisa explicativa se ocupa dos porquês de factos ou fenómenos que preenchem a


realidade, isto é, com a identificação dos factores que contribuem ou determinam a
ocorrência, ou a maneira de ocorrer dos factos e fenómenos (Gil, 2008).

O trabalho enquadra-se nesse tipo de pesquisa pelo facto de explicar os porquês dos
professores da 7ª classe de Ciências Naturais na EP do 1º e 2º Graus de Chongoene, não
usarem os cartazes como meio de ensino para aprendizagem dos conteúdos.

2.2.4.Quanto aos procedimentos:

 Método Bibliográfico:

Segundo Marconi e Lackatos (2007), é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e


crítico, que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis em qualquer área de
conhecimento.

Foi feita uma pesquisa bibliográfica de modo a abranger parte do referencial teórico, já
tornada pública em relação ao tema em estudo desde publicações, livros ou obras com a
finalidade de colocar o pesquisador em contacto directo com o que foi escrito. Portanto, este
método consistiu na recolha e leitura de diferentes obras literárias com vista à obtenção de
informações mais concretas sobre uso do cartaz no PEA.

2.2.5.Quanto ao local de realização


 Estudo de Campo:
Procede na observação de factos e fenómenos, exactamente como ocorrem no real á colecta
de dados referentes aos mesmos e, finalmente á analise e interpretação desses dados, com
base numa fundamentação teórica consistente, objectivando compreender e explicar o
problema pesquisado (Marconi & Lakatos, 2007).
Para garantir a confiabilidade da informação necessária na pesquisa é preciso que não deixe
de lado o estudo de campo, de modo a compreender com grande exactidão os episódios,
possibilitando ao pesquisador uma experiência directa com situações em estudo, pois a
24

investigação é desenvolvida no próprio local em que ocorrem os prodígios. Para esta pesquisa,
vai se direccionar a pesquisa aos professores e alunos da 7ª classe da Escola em estudo.

2.3.Descrição da Área de Estudo

2.3.1.Localização geográfica

A Escola primária do 1º e 2º grau de Chongoene, localiza-se na província de Gaza, no distrito


de Chongoene, posto administrativo de Chongoene à longa estrada nacional número 102 à 3
Km do cruzamento de Chongoene em direcção ao Município de Chibuto.

2.3.2.Infra-Estrutura

A Escola Primária do 1º e 2º Graus de Chongoene possui 15 salas de aulas, sendo 9 de


construção convencional e 5 de material local, também possui bloco administrativo, latrinas e
urinóis para alunos e professores. Possui um campo para prática e aula de educação física.

2.3.3.Organização administrativa

A gestão da escola é garantida por um colectivo de direcção que é constituído pela Directora
da Escola, Director Adjunto Pedagógico e Chefe da Secretaria. Estes coordenam actividades
dos diferentes sectores que compõem a escola para assegurar o funcionamento normal da
instituição e promover acções que visam a melhoria das condições de aprendizagem dos aluno
e de trabalho dos professores e outros trabalhadores da instituição. De acordo com dados
fornecidos pela instituição, esta Escola tem 2144 alunos da 1ª à 7ª classe, dos quais 1093 são
raparigas. Os alunos estão distribuídos em 34 turmas, sendo 22 do EP1 e 12 de EP2.
Acompanhado por um total 41 Professores, contando também com 3 Agentes de Serviço e um
Guarda.

2.4.Instrumento de recolha de dados.

 Entrevista
Lackatos & Marconi (2003), consideram a entrevista como um procedimento utilizado na
investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento.
Neste contexto, esta técnica será empregada aos 6 alunos e 4 professores da 7ª classe da
Escola em pesquisa, com a finalidade de colher informações sobre o uso do cartaz na
aprendizagem de Ciências Naturais. No entanto, a entrevista foi feita aos alunos e professores
acima citados e as questões eram fechadas e abertas.
25

2.5.População e Amostra
Para Bussab (2002), população é o conjunto de indivíduos ou pessoas que possuem as
características da mesma espécie.
O mesmo autor, afirma que a amostra é o subconjunto do universo populacional por meio do
qual se estabelecem e se estima as características desse universo. Pode se entender a amostra
como uma parte de subconjunto da população. É importante compreender, a priori que a
população é o conjunto de indivíduos ou elementos que se pretende abranger em um estudo e
para os quais desejamos que as conclusões da pesquisa fossem aplicadas. Este trabalho tem
como população de 334 alunos e 4 professores da 7ª Classe da EP de 1º e 2º Graus de
Chongoene, dos quais teremos como amostra 6 (seis) alunos e 4 (quatro) professores de
ciências naturais da 7ª classe da Escola em referência.
Um levantamento de amostras é para Bussab (2002), procedimento sistemático para colectar
informações que serão usadas para descrever, comparar ou explicar factos, atitudes, crenças e
comportamentos.
Para esta pesquisa usamos a amostra probabilística intencional onde cada professor e aluno da
7ª classe tinha oportunidade igual de ser incluído na amostra.
.

2.5.1.Resumo da população e amostra

População Amostra

Professores 4 4

Alunos 334 6

CAPITULO III: APRESENTAÇÃO e ANÁLISE DOS RESULTADOS


Neste capitulo são apresentados os resultados da investigação com base na entrevista
feita aos alunos e do questionário dirigido aos professores de Ciências Naturais da 7ª
classe.
3.1. Resultados da entrevista
O gráfico apresenta resultados obtidos na entrevista dirigido a 4 professores, onde cada um
deu as suas respostas individuais
26

1º Gráfico: Dados de entrevista.

Fonte: Autora
De acordo com o gráfico acima apresentado pode-se destacar as seguintes questões e
respostas:
1. Acha que os conteúdos da Ciências Naturais programados para 7ª classe abri espaço
para uso de cartaz?
 Os 4 professores que correspondem a 100% afirmam que os conteúdos programados
para 7ª classe em Ciências Naturais abrem o espaço para uso de cartaz.
2. A Escola tem disponibilizado cartazes?
 Os 4 professores que corresponde a 100% afirmam que a escola tem disponibilizado o
cartaz para leccionação dos conteúdos de Ciências Naturas da 7ª classe .
3. Já usou cartaz para a leccionação de um determinado conteúdo da 7ª classe em
Ciências Naturais?
 Em relação a questão colocada, 3 professores que corresponde a 75% afirmam que já
usaram cartaz para leccionação dos conteúdos de Ciências Naturais na 7ª classe e 1
que corresponde a 25% afirma que nunca usou cartaz.
4. Os Professores da 7ª classe de Ciências Naturais têm se organizado para a elaboração
de cartazes?
 Os 4 professores afirmam que têm se organizado para a elaboração de cartazes, o que
corresponde 100%.
27

5. O tempo programado para uma aula de Ciências Naturais abre espaço para uso de
cartaz?
 Os 4 professores que corresponde a 100% foram unânimes em afirmar que, o tempo
programado para uma aula de Ciências Naturais abre espaço para uso de cartaz.
6. Durante a planificação das aulas o professor tem considerado o cartaz como meio de
ensino?
 Os 4 professores que corresponde a 100% foram unânime em afirmar que, durante a
planificação das aulas têm considerado o cartaz como meio de ensino.
7. Quais são as limitações que o professor tem encarado no uso do cartaz na sala de aula?
 Em resposta a questão, 2 professores que corresponde a 50% afirmam que a principal
limitação está relacionada a quantidade insuficiente de cartazes, 1 correspondente a
25% afirma que está relacionada ao grande número de alunos por turma e 1
correspondente também a 25% afirma que é pela falta de domínio do uso de cartaz
pelo professor.
8. Que contributo tem o uso de cartaz como meio de ensino para a aprendizagem de
Ciências Naturais 7ª classe?
 Em resposta a está questão, 2 professores que corresponde 50% afirmam que
desenvolve o raciocínio lógico e crítico, 1 que corresponde a 25% afirma que, auxilia
a memorização de conteúdos e 1 que corresponde a 25% afirma que facilita a
redescoberta e auxilia a memorização de conteúdos;

Embora a escola tenha disponibilizado cartazes, os professores tenham se organizado para a


sua elaboração bem como haja abertura por parte do programa de ensino para o uso de cartaz
na abordagem de determinados conteúdos na disciplina de ciências naturais na 7ª classe, nem
todos os professores (25% com base nos dados da pesquisa) tem feito o uso desse
instrumento, seja pelo facto da existência de quantidade insuficiente de cartazes na escola,
assim como ao grande número de alunos por turma e a falta de domínio do uso de cartaz pelo
professor.

3.2. Resultados da entrevista


O gráfico apresenta resultados obtidos na entrevista dirigida à 6 alunos, onde cada um deu as
suas respostas individuais.
28

2º Gráfico: Dados de entrevista.

Fonte: Autor

De acordo com o gráfico acima apresentado pode-se se obter as seguintes questões e


respostas, respectivamente:
1. Já ouviu falar de cartaz?
Dos 6 alunos entrevistados, 5 responderam sim, que corresponde a 83.3% e apenas 1
correspondente a 17.7% respondeu que não.
2. Os professores já usaram cartaz?
3 alunos correspondente a 50% responderam que sim e os restantes não, que corresponde a
50%.
3. Das vezes em que o professor usou cartaz conseguiu visualizar a partir do seu lugar?
Para essa questão, 3 responderam sim que corresponde a 50% e os restantes não, que
corresponde a 50%,
4. O professor tem usado o cartaz com frequência na disciplina de Ciências Naturais?
Na quarta, 3 responderam sim que corresponde a 50% e os restantes não que, corresponde a
50%,
5. Porque é importante usar o cartaz na aula de Ciências Naturais?
Em resposta, dentre os 6 entrevistados 2 que corresponde a 33.3% afirmam que é importante
usar cartaz na sala de aula, porque facilita a percepção dos conteúdos e 4 que corresponde à
66.7% afirmam que uso de cartaz ajuda na memorização dos conteúdos.
29

Inerente aos alunos, mais da metade já ouviram falar dos cartazes, no entanto apenas 50%
desses afirmam que os professores já fizeram o seu uso para a leccionação dos conteúdos,
bem como apenas 50% conseguiu visualizar a partir do seu lugar.

Embora a frequência que se tem feito uso do cartaz não seja a desejada, os alunos quando
entrevistados arrolaram algumas importâncias do uso desse material, passo a destacar: facilita
a percepção dos conteúdos e ajuda na memorização dos conteúdos.

De acordo com Gellert (2004), a aprendizagem poderia ser mais vantajosa se os professores
usassem meios de ensinos mais inovadores. Todavia, tal implicará uma alteração da sua
prática lectiva diária. Sendo, de acordo com o mesmo autor, a tensão entre a inovação dos
meios e a forma como é usada é que mantém alguns professores cépticos quanto à sua
utilização.
30

CAPITULO IV: CONCLUSÕES E SUGESTÕES


4.1. Conclusões
Durante a abordagem do tema concluímos que os professores pouco usam o cartaz durante a
leccionação de aulas de Ciências Naturais, facto que em parte deve-se a insuficiência deste
material por parte da escola, bem como da falta de domínio por parte do professor para o uso
desse meio de ensino.

Os alunos mostraram-se animados quanto ao uso do cartaz durante a leccionação de aulas de


Ciências Naturais.

Constatou-se que o não uso de cartaz como meio de ensino de Ciências Naturais deve-se ao
não desconhecimento da sua relevância na aprendizagem dos alunos por parte dos professores
de Ciências Naturais da 7ª Classe na EP do 1º e 2º Graus de Chongoene, confirmando assim a
hipótese de pesquisa.

Sendo assim, a pesquisa permitiu identificar as causas do não uso dos cartazes por parte dos
professores de Ciências Naturais, 7ª classe na EP do 1º e 2º Graus de Chongoene, bem como
demonstrar a importância do uso de cartaz na aprendizagem de Ciência Naturais, onde
constatamos também que, o não uso de cartaz deve se a insuficiências desse meio de ensino,
assim como a falta do domínio do uso do mesmo por parte dos professores da 7ª classe de
Ciências Naturais.
31

4.2.Sugestões

As sugestões aqui colocadas foram elaboradas a luz dos resultados e do contexto em que o
estudo realizado tendo em conta os objectivos, as perguntas formuladas aos professores da 7ª
classe da disciplina de Ciências Naturais da EP1 e EP2 do graus de Chongoene, face aos
problemas e constrangimentos aflorados durante a nossa pesquisa, sugere-se que:

Que os professores sejam mais proactivos na produção de cartaz.

A redução do raço professor-aluno com vista ao sucesso no uso, no ensino aprendizagem de


Ciências Naturais.

Os professores durante a produção dos cartazes levem em consideração o tamanho desses, de


forma que permitam a sua visualização por parte dos alunos.

Os professores usem com frequência o cartaz para facilitar o processo do ensino-


aprendizagem das aulas de Ciências Naturais, pois esta disciplina é a base para a compreensão
da natureza.

A direcção da Escola promova seminários de capacitação para o uso de cartaz durante a


mediação do PEA.
32

5. Referências Bibliográficas

1. Andrade, métodos de abordagem e de procedimento, 2001.

2. Bussab, W. Estatística básica. São Paulo, 2002.

3. Campos, D. M. Psicologia da aprendizagem, Petrópolis: vozes, 1987.

4. Candau. Didáctica de Ciências da natureza: conceito de cartaz, São Paulo. 2002

5. Carlos, A. F. Geografia na sala de aula, São Paulo: contexto, 2009.

6. Coelho, M. T e José, E. A. Problemas de aprendizagem, São Paulo: ática. 1999.

7. Ferreira, l. H. et al Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa


contextualizada. Química nova na escola. N. 2, p.101-106, mai, 2010.

8. Freire, P. Pedagogia da autonomia, São Paulo: paz e terra, 1996.

9. Gellert, U. Didactic material confronted with the concept of mathematical literacy.


Educational studies in mathematics, 55, 163-179, 2004.

10. Gil, A. C. Como elaborar projectos de pesquisa, 4. Ed. São Paulo: atlas, 2008.

11. Gil, A.C . Métodos e técnicas de pesquisa social, 4 ed. São Paulo: atlas, 1994.

12. Golbert, C. S. Consideração sobre as actividades dos profissionais em psicopedagogia


na região de Porta Alegre. In Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia,
2001.

13. Libâneo, J. C. Didáctica. Cortez, São Paulo, 1994.

14. Lorenzato, S. Laboratório de Ensino: Materiais de Didáctica Manipuláveis, apai,


2006.

15. Marconi, M. de A. e Lakatos, E. M. Fundamentos de metodologia científica, 6ͣ edição.


São Paulo: atlas, 2007.

16. Matos, J. M. e Serrazina, M. Didáctica da matemática. Universidade aberta: Lisboa,


1996.

17. Oliveira e Vigneron, J. Sala de aulas e tecnologias. São Bernardo do campo: unesp.
2005.

18. Perrenoud, P. Novas competências para ensinar. Porto alegre: artmed, 2000.
33

19. Pereira. Didáctica de ciências da natureza. São Paulo. Ática, 1969.

20. Piaget, J e Inhelder, B. O desenvolvimento das qualidades físicas na criança. Rio de


Janeiro: Zahareditores, 2000.

21. Pulett, Claudin. Didáctica Geral, 21º edição, São Paulo, Editora Alice, 1992.

22. Pulett, Didáctica especial, 15º edição, São Paulo, Ática, 2006.

23. Serrazina, l. Os materiais e o ensino da matemática: Educação e matemática, Lisboa:


APM. 1990.

24. Silva, E. et al. As tendências pedagógicas e a utilização dos materiais didácticos no


processo de ensino e aprendizagem. Santa Maria: UFSM. 2008.

25. Simielli, M. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: Carlos, A. F. (org.):


contexto. 2003.

26. Tedesco, J. C. O novo pacto educativo: educação, competitividade e cidadania na


sociedade moderna. São Paulo. Ática, 1998.

27. Turrioni, A. M. S. e Perez, G. Implementação para apoio na formação do Professor,


São Paulo: Ática, 2006.

28. Zoboli, G. Práticas de ensino: subsídios para actividade docente, São Paulo: Ática.
1990.
34

Apêndices
35

Questionário
O presente questionário visa colher informações dos professores da EPC do 1º e 2º Graus de
Chongoene coma finalidade de obter dados que possa permitir analisaras causas do uso de
cartaz como meio de ensino para aprendizagem de Ciência Naturais.
Saudações

1. Acha que os conteúdos de Ciências Naturais programado para a 7ª classe abrem espaço
para uso de cartaz?
Sim ( ) Não ( )
2. A Escola tem disponibilizado cartazes?
Sim ( ) Não ( )
3. Já usou cartaz para a leccionação de um determinado conteúdo?
Sim ( ) Não ( )
 Se sim quantas vezes em média já usou? _______________________________
4. Os Professores da 7ª classe de Ciências Naturais têm se organizado para a elaboração de
cartazes?
Sim ( ) Não ( )
5. Durante a planificação das aulas o professor tem considerado o cartaz como meio de
ensino?
Sim ( ) Não ( )
6. O tempo programado para uma aula de Ciências Naturais abre espaço para uso de cartaz?
Sim ( ) Não ( )
7. Quais são as limitações que o professor tem encarado no uso do cartaz na sala de aula?
a) A quantidade insuficiente dos cartazes c) Ao grande número de alunos por turma
b) O pouco interesse dos alunos d) A falta do domínio do cartaz pelo professor
Outras limitações________________________________
8. Que contributo tem o uso de cartaz como meio de ensino para a aprendizagem de
Ciências Naturais 7ª classe?
a) Auxilia a memorização de conteúdos;
b) Desenvolve o raciocínio lógico e crítico;
c) Facilita a redescoberta;
d) Outros contributos _____________________________________________

Obrigada!
36

Guião de Entrevista

O presente formulário visa colher informações dos alunos da 7ª classe da EPC do 1º e 2º Graus
de Chongoene com finalidade de obter dados que possa permitir analisar as causas do uso de
cartaz como meio de ensino para a aprendizagem.

1. Já ouviu falar de cartaz? Sim ( ) Não ( )


2. Os professores já usou cartaz ?Sim ( ) Não ( )
3. Das vezes em que o professor usou cartaz conseguiu visualizar a partir do seu lugar?
( ) Não ( )
4. Tem tido dificuldades em compreender os conteúdos quando o professor usa o

cartaz?

Sim ( ) Não ( )

5. professor tem usado cartaz com frequência nas aulas ? Sim ( ) Não ( )

Obrigada!

Você também pode gostar