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Número 144
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. marinhos e seu subsolo, bem como o espaço aéreo correspondente
ao domínio terrestre e ao mar territorial.
AVISO 2. A Constituição da República de Moçambique estabelece,
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser no n.º 1 do artigo 98, que “os recursos naturais situados no solo
remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada e no subsolo, nas águas interiores, no mar territorial, na plataforma
assunto, donde conste, além das indicações necessárias para continental e na zona económica exclusiva são propriedade do
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Estado”. Estabelece ainda que “constituem domínio público do
Para publicação no «Boletim da República». Estado:
a) a zona marítima;
b) o espaço aéreo;
c) o património arqueológico;
SUMÁRIO d) as zonas de protecção da natureza;
Conselho de Ministros: e) o potencial hidráulico;
Resolução n.º 39/2017: f) o potencial energético;
g) as estradas e linhas férreas;
Aprova a Política e Estratégia do Mar, abreviadamente h) as jazidas minerais;
designada por POLMAR. i) os demais bens como tal classificados por lei” e que “o
Estado promove o conhecimento, a inventariação e
a valorização dos recursos naturais e determina as
CONSELHO DE MINISTROS condições do seu uso…”
3. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito
Resolução n.º 39/2017 do Mar (UNCLOS) estabelece as bases para que a exploração
e o acesso ao mar se procedam de forma ordenada e supervisada
de 14 de Setembro
pela Organização das Nações Unidas.
O Programa Quinquenal do Governo preconiza a necessidade 4. O Governo da República de Moçambique aprovou
de reforço dos mecanismos que assegurem o acesso ordenado a Estratégia Nacional de Desenvolvimento (2015/2035), que
ao mar e às zonas costeiras e ao seu uso. tem como objectivo “elevar as condições de vida da população
A crescente demanda do espaço marítimo para diferentes fins, através da transformação estrutural da economia, expansão
nomeadamente, para pesca e aquacultura, transporte marítimo e diversificação da base produtiva” e estabelece que “o processo
e indústria naval, turismo, produção de energia, exploração de de transformação estrutural da economia, deverá incidir em áreas
hidrocarbonetos, realização de pesquisas e investigação científica prioritárias de desenvolvimento, que se orientam por estratégias
e salvaguarda do património cultural, exige uma abordagem específicas, nomeadamente para os sectores agrário, pesqueiro,
holística e integrada. indústria transformadora, indústria extractiva e a indústria
Afigura-se, pois, pertinente estabelecer uma Política do Mar de turismo”.
e sua Estratégia de Implementação que enquadre a procura do 5. Tendo em conta as potencialidades que o mar oferece,
mar e das zonas costeiras para o desenvolvimento de actividades a coberto da Constituição da República de Moçambique,
económicas e que responda aos desafios colocados à promoção, da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
e, com vista à implementação da Estratégia Nacional
crescimento e competitividade de uma economia azul, rentável
de Desenvolvimento, o Governo da República de Moçambique
e sustentável.
elaborou a Política e Estratégia do Mar.
Nestes termos, e, ao abrigo do disposto na alínea f)
6. O mar representa a origem da vida, um enorme regulador
do n.º 1 do artigo 204 da Constituição da República, o Conselho do clima, uma importante reserva de alimento, uma estrada
de Ministros determina: que permite o transporte de pessoas e de bens, para além de
Único. É aprovada a Política e Estratégia do Mar, outros benefícios materiais, culturais e espirituais que lhe estão
abreviadamente designada por POLMAR, em anexo, que é parte associados.
integrante da presente Resolução. 7. Os problemas identificados cuja a origem resulta de uma
Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 15 de Agosto governação marítima e costeira pouco coesa e na degradação
de 2017. crescente dos ecossistemas marinhos e costeiros, associados à
Publique-se. fraca capacidade administrativa reguladora e fiscalizadora da
exploração dos recursos renováveis e não renováveis, podem
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário. encontrar soluções na Política e Estratégia do Mar.
Política e Estratégia do Mar (Polmar) 8. A Política e Estratégia do Mar é um forte suporte no sentido
da solução dos problemas que se prendem, entre outros, com
1. O território da República de Moçambique compreende a defesa da soberania e da integridade do território nacional,
a terra firme, as águas continentais, o mar territorial, a zona a segurança marítima, a sobrepesca, a pesca e a migração ilegais,
contígua, a plataforma continental, o leito do mar, os fundos o narcotráfico e a pirataria.
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g) Princípio holístico - O Estado reconhece que todas de organização administrativa referente aos assuntos
as questões relacionadas com o espaço dos ecossistemas do mar e das zonas costeiras;
marinhos e costeiros estão inter-relacionadas e devem ● Considera o fortalecimento de mecanismos, capacidades
ser tratados como um todo e de harmonia com e procedimentos que permitam a participação de todos
o princípio da precaução; os interesses na gestão integral dos espaços marítimos
h) Princípio da precaução - O Estado, tendo em conta e costeiros e dos seus recursos;
o grau de incerteza do conhecimento científico existente ● Adopta o ordenamento, a planificação e o zoneamento dos
em cada momento, adopta medidas precaucionarias espaços marítimos como garante do seu uso adequado;
relativas à protecção, conservação e sustentabilidade ● Abarca o marco jurídico nacional e internacional que
dos ecossistemas e estabelece sistemas de prevenção facilitam e enquadram a acção governamental de
de actos lesivos ao meio ambiente; controlo das águas jurisdicionais, de forma a manter
i) Princípio da gestão integrada - O Estado promove
a soberania nacional e a garantir a legalidade das
a gestão responsável e integrada, inter-sectorial, multi-
actividades existentes no mar e nas zonas costeiras;
disciplinar e transversal, assegurando a coordenação
da planificação e da acção no mar; ● Baseia-se no conhecimento de que todos os assuntos
j) Princípio da cooperação internacional - O Estado do mar estão relacionados entre si e devem ser
respeita os valores e princípios das cartas da ONU e da abordados holisticamente, como um conjunto, dada
UA e promove a relação com as organizações regionais a crescente multiplicidade de usos que são dados
e internacionais cujo denominador comum é o mar. ao mar e às zonas costeiras.
Eixos 21. São problemas associados à governação e quadro legal:
16. A Política e Estratégia do Mar assenta em eixos directores a) Descoordenação institucional associada a um quadro
à volta dos quais gravitam os pilares. Cada um dos pilares tem legal insuficiente e débil;
várias linhas de políticas enunciadas e, para cada uma das linhas b) Fraco conhecimento da real contribuição para a economia
de política, são enumeradas as respectivas estratégias. das actividades desenvolvidas no mar, por insuficiente
desagregação estatística nas contas nacionais;
Eixos Linhas de c) Visões diferentes da maioria das instituições para
Pilares Estratégias
directores política assumirem o mar como sendo uma responsabilidade
colectiva;
17. O Governo da República de Moçambique na aplicação d) Insuficientes e fragmentados os mecanismos de parti-
da Política e Estratégia do Mar observa os seguintes eixos cipação da sociedade civil na gestão dos espaços
directores: marítimos e costeiros;
a) Estabelecimento de um ambiente favorável ao desenvol- e) Os actores e as comunidades locais têm fraco envolvimento
vimento de actividades económicas, no mar e nas zonas nos processos de tomada de decisão sobre as opções de
costeiras, à luz dos princípios da economia azul; desenvolvimento e aproveitamento das ofertas do mar.
b) Promoção de iniciativas dirigidas ao estabelecimento 22. No domínio da governação e do quadro legal,
de uma cultura ambiental que induza um desenvol- o Governo da República de Moçambique segue as seguintes
vimento económico harmonioso e sustentável; linhas de política:
c) Constituição de mecanismos e de instrumentos
necessários ao exercício de coordenação entre a) Assegura a existência de uma capacidade de defesa,
os órgãos centrais, locais e municipais; controlo e segurança dos espaços marítimos e cos-
d) Reparação dos danos causados aos ecossistemas teiros, para reprimir as ameaças reais e potenciais que
marinhos e costeiros recuperando a sua capacidade se revelam ser contra a Independência, a Soberania
de auto-regeneração e equilíbrio; e a Integridade territorial.
e) Aplicação de sistemas de taxação pelas concessões, b) Reprime, no cumprimento das leis nacionais e em conju-
acesso e uso de serviços naturais do meio ambiente, gação com os instrumentos internacionais ractificados
dos recursos marinhos e costeiros. por Moçambique, a (o):
Pilares i. utilização ilegal dos espaços marítimos e das zonas
costeiras para o tráfico ilícito de pessoas e bens;
18. A Política e Estratégia do Mar da República de Moçambique
assenta nos seguintes pilares: ii. poluição marinha e costeira e o uso desregrado dos
respectivos recursos;
A. Governação e quadro legal.
B. Coordenação interinstitucional. iii. incumprimento da legislação que regula as acti-
C. Ambiente marinho e costeiro. vidades económicas no mar e nas zonas costeiras;
D. Desenvolvimento económico. iv. incumprimento das medidas de protecção de bens
E. Desenvolvimento territorial. e da vida humana no mar.
F. Desenvolvimento do capital humano. c) Promove a participação efectiva da sociedade civil,
G. Cooperação Internacional. através das respectivas organizações, na gestão
Linhas de Política integrada do mar, dos espaços marítimos e das zonas
19. O Governo da República de Moçambique na prossecução costeiras e na salvaguarda do património marítimo
dos objectivos da Política e Estratégia do Mar, define para cada natural e cultural;
um dos pilares as linhas de política a seguir enunciadas. d) Estabelece o ordenamento, a gestão e o maneio para
o desenvolvimento e para o aproveitamento das
PILAR A. Governação e quadro legal
potencialidades produtivas do mar e das zonas
20. A governação do mar e quadro legal: costeiras e promoverá o seu aproveitamento, numa
● Implica a articulação e a coordenação do uso dos espaços base sustentável e de conservação da diversidade
marítimos e das zonas costeiras, incluindo as formas biológica;
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e) Desenvolve de forma permanente sistemas que garantam PILAR C. Ambiente marinho e costeiro
a vigilância e o controlo efectivo de todas as activi-
dades, incluindo a salvação pública, que tenham 28. O Governo da República de Moçambique prioriza
lugar nas águas marítimas e nas zonas costeiras de a conservação dos recursos e dos ecossistemas para o bem-
Moçambique; estar da sociedade e garante o direito geral a gozar de um meio
f) Adequa o quadro legal para melhorar a gestão dos ambiente saudável.
espaços marítimos e costeiros em consonância com o 29. O Governo da República de Moçambique protege
Direito Internacional de forma a permitir a aplicação os ecossistemas marinhos e costeiros, a sua funcionalidade
da Política e Estratégia do Mar; e produtividade, os serviços a ele associados e previne das
g) Acompanha, desenvolve e fortalece as capacidades alterações ambientais os impactos negativos sobre os espaços
dos órgãos locais e dos municípios para a gestão dos marinhos e costeiros.
espaços marítimos e costeiros; 30. O Governo da República de Moçambique garante
h) Adequa os serviços relativos à administração e segurança a qualidade ambiental dos ecossistemas e dos recursos marinhos
com vista a torná-los menos burocráticos e mais e costeiros e assegura que os investimentos produtivos
próximos dos cidadãos que os procuram. não comprometem ou deteriorem a qualidade ambiental
PILAR B. Coordenação interinstitucional dos ecossistemas naturais.
31. O Governo da República de Moçambique previne,
23. O Governo da República de Moçambique reconhece que
através das entidades competentes, os desastres ambientais que
o mar e as zonas costeiras são um conjunto multidisciplinar
as alterações climáticas possam causar nos espaços marítimos
e multissectorial, que cobre várias estruturas de governação
e nas zonas costeiras, com base em programas de investigação
desde o nível nacional até ao local, que exige uma coordenação
e no fortalecimento de sistemas de monitorização e de prognóstico
permanente e um compromisso de cada uma das entidades
oceanográfico e meteorológico.
envolvidas.
32. O Governo da República de Moçambique presta atenção
24. O Governo da República de Moçambique, no mar
à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade marinha
e nas zonas costeiras, exerce através dos seus órgãos diferentes
funções, complementares entre si, as quais obedecem a políticas e costeira e implementa programas dirigidos a diminuir os riscos
específicas, sectoriais, cada uma delas, com as suas áreas de sobre as espécies ameaçadas de extinção e a avaliar os riscos
actuação, seus instrumentos e normas, no âmbito das respectivas inerentes à presença de espécies invasoras.
competências. 33. O Governo da República de Moçambique garante
25. O Governo da República de Moçambique reconhece que a monitorização do tempo e do clima e a provisão de previsões
a inter-institucionalidade do mar e das zonas costeiras obriga hidrológicas e meteorológicas, avisos e outras informações para
a um esforço de coordenação com vista a retirar altos rendimentos garantir a segurança de vidas humanas no mar, a segurança das
da exploração responsável dos recursos marinhos e costeiros embarcações, a protecção das comunidades das zonas costeiras
numa base sustentável. e das infra-estruturas portuárias e similares, importantes para
26. São problemas associados à coordenação interinstitucional: o desenvolvimento económico do país.
✴ O acesso e a utilização desordenada e descoordenada dos 34. São problemas associados ao ambiente marinho e costeiro:
recursos renováveis e não renováveis; a) As ameaças ao meio ambiente marinho e costeiro asso-
✴ As condições de acesso para o exercício de actividades ciado às alterações climáticas, à exploração irrespon-
económicas e as condições de uso e utilização dos recursos sável dos recursos marinhos e costeiros, à poluição
marinhos e costeiros, pouco divulgadas ou com condições proveniente de várias fontes e à degradação por acção
sectoriais, algumas delas, duplicadas. humana das zonas costeiras e da flora marinha;
27. No domínio da coordenação interinstitucional, o Governo b) O ordenamento deficiente ou inexistente que permite
da República de Moçambique, guia-se pelas seguintes linhas o acesso desordenado e a utilização desenfreada
de política: dos recursos marinhos e costeiros com sinais do seu
a) Cria novas, extingue ou adequa as estruturas esgotamento e de degradação do ambiente;
administrativas existentes de nível central e local, c) Condições de acesso à informação meteorológica relativa
com vista a uma eficaz coordenação dos assuntos do às condições do mar ineficientes.
mar e das zonas costeiras e à monitorização e avaliação d) Produção e divulgação investigativa sobre o mar e os
da implementação da Política e Estratégia do Mar; seus recursos, fraca ou inexistente.
b) Cria sistemas integrados de planificação, monitorização
35. No domínio do ambiente marinho e costeiro, o Governo
e informação, com a envolvência dos órgãos centrais e
da República de Moçambique, guia-se pelas seguintes linhas
locais do Estado e dos municípios, com vista a tornar
de política:
robusta a sua acção e a melhorar a presença do Estado
no mar e nas zonas costeiras; a) Desenvolve e fortalece a utilização de modelos de gestão
c) Cria um conselho nacional, que superintenda os assuntos que promovem a conservação e a reabilitação da
relativos ao mar, com a participação de todos os diversidade biológica incluindo a criação e a gestão
interesses e com vista a conciliar e integrar políticas, de áreas protegidas e o ordenamento dos espaços
instrumentos de planificação e a coordenar a gestão marítimos;
integrada dos espaços marítimos, das zonas costeiras, b) Incentiva a adopção de programas integrados de inves-
dos recursos vivos e não vivos, do leito do mar tigação básica e aplicada para o uso sustentável
e do seu subsolo; e a conservação dos recursos marinhos e costeiros e para
d) Desenvolve um processo tendente a eliminar as barreiras o aproveitamento integrado dos ecossistemas, numa
administrativas à instalação, ao acesso e ao desen- base de participação multidisciplinar e comunitária;
volvimento das actividades produtivas, realizando c) Desenvolve acções dirigidas a melhorar a gestão
uma profunda revisão e eliminação das duplicações das bacias hidrográficas, das fontes de poluição
e anacronismos. pelas actividades baseadas em terra, especialmente
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no que concerne ao controlo da erosão, fluxos de água, enfrentar as potencialidades e os desafios que o mar
sedimentação e poluição, com impacto no ecossistema e as zonas costeiras oferecem, resultando na sua
marinho; desvalorização e no seu fraco aproveitamento.
d) Promove a gestão dos resíduos marinhos emanados d) A inexistência de uma marinha mercante forte e de uma
de várias fontes para garantir o bem-estar dos ecos- indústria naval capaz de responder às necessidades
sistemas marinhos; nacionais em estaleiros navais de manutenção,
e) Estabelece sistemas multissectoriais de controlo e fis- reparação e construção naval, metalo-mecânica naval,
calização sobre as actividades de aproveitamento fabrico de redes e de aprestos de pesca, criando uma
da biodiversidade marinha com o envolvimento forte dependência externa.
das autoridades locais do Estado, das autoridades e) O fraco predomínio da prática de desportos de competição
municipais e das comunitárias. e de lazer que não se coaduna com a extensão marítima
PILAR D. Desenvolvimento económico do país, a diversidade de condições naturais que o mar
oferece e nem com a sua história de ligação ao mar.
36. O Governo da República de Moçambique promove o uso f) A desvalorização do património arqueológico e cultural
e o aproveitamento do capital natural nos espaços marítimos ligado ao mar o que conduz à exclusão social e ao baixo
e costeiros. reconhecimento da diversidade cultural existente.
37. O Governo da República de Moçambique promove 44. O Governo da República de Moçambique, no domínio do
e apoia as iniciativas que têm em vista o desenvolvimento humano desenvolvimento económico, estabelece linhas de política para
sustentável, estão orientadas a erradicar a pobreza, a reduzir os seguintes domínios:
a vulnerabilidade e a incrementar o bem-estar das comunidades
DA. Portos e infra-estruturas.
costeiras locais, fazendo uso dos espaços marinhos e costeiros.
DB. Transporte marítimo e indústria naval.
38. O Governo da República de Moçambique promove DC. Pesca e aquacultura.
a exploração sustentável dos recursos marinhos e costeiros DD. Cultura, turismo e desporto.
e distribui equitativamente os benefícios gerados, com vista DE. Minerais e hidrocarbonetos.
à melhoria das condições de vida da população. DF. Energia.
39. O Governo da República de Moçambique facilita e pro- 45. A propriedade e a administração dos portos e das infra-
move o desenvolvimento sustentável de indústrias associadas -estruturas portuárias é do Estado, sem prejuízo de iniciativas
ao mar e aos seus recursos, entre outras, a marinha mercante, privadas orientadas para a criação de novos serviços ou para
a pesca, a aquacultura, o turismo, a exploração mineira e de a gestão de portos, através de contratos de gestão ou de cessão
hidrocarbonetos, o comércio, incluindo as subsidiárias como de exploração.
a educação, a saúde, a inovação e as tecnologias, a cultura,
a religião, a arqueologia e outros serviços públicos que concorrem DA. Portos e infra-estruturas
para o bem-estar da população. 46. Os portos e as infra-estruturas expressam a necessidade
40. O Governo da República de Moçambique prioriza de ligar Moçambique, por via marítima, entre si e ao mundo, com
o investimento em infra-estruturas, indústria naval, educação, vista a incrementar as trocas comerciais, a introduzir o país nas
saúde, cultura e outros serviços básicos para o desenvolvimento rotas do turismo marítimo e a enfrentar os desafios de uma pesca
dos espaços marítimos, promovendo o acesso justo e equitativo responsável virada para o mercado doméstico e para a exportação.
aos recursos. 47. São problemas associados ao desenvolvimento dos portos
41. O Governo da República de Moçambique reconhece e infra-estruturas:
a Educação como um direito que todo o cidadão nacional tem, a) O baixo rendimento nas operações portuárias por
na busca do conhecimento, da ciência, da tecnologia, da inves- inexistência de uma frota quer em regime de cabotagem
tigação científica e destaca a importância da educação marítima quer em regime de navegação internacional;
para que o mar e as zonas costeiras sejam conhecidos não b) A eficácia e a eficiência operacional do sistema portuário
só como uma realidade histórica, geográfica e cultural, mas nacional é baixa e ainda não atingi os indicadores
também como uma realidade onde existem potencialidades para internacionais mais significativos;
o desenvolvimento de actividades económicas. c) As infra-estruturas de pequena cabotagem tais como
42. O Governo da República de Moçambique reconhece pontões, cais de acostagem e pequenos terminais
as tradições, as práticas e os movimentos religiosos, resultantes de âmbito local pouco utilizados, a necessitarem
da vivência de grupos populacionais que utilizam e ocupam de reparações e os respectivos canais de acesso
o mar e os espaços das zonas costeiras para realizarem as suas assoreados.
manifestações culturais. 48. No domínio dos portos e das infra-estruturas, o Governo
43. São problemas associados ao desenvolvimento económico: da República de Moçambique guia-se pelas seguintes linhas
de política:
a) Uma cultura nacional do mar pouco desenvolvida e pre-
dominante, que não favorece nem o aproveitamento a) Garante um sistema portuário, apetrechado e moderno,
das oportunidades produtivas, para além do turismo com ligação às vias férreas e rodoviárias e às cadeias
e da pesca, nem a distribuição equitativa dos benefícios logísticas de abastecimento, para acomodar embarca-
gerados, agudizando a exposição aos riscos e à sobre ções de transporte marítimo de carga e de passageiros
exploração dos recursos. e para as embarcações de pesca;
b) O acesso, a utilização e a exploração dos recursos b) Optimiza o uso das infra-estruturas portuárias existentes
renováveis e não renováveis com deficiente coordenação através da melhoria do rendimento nas operações
sectorial e pouco divulgado, especialmente nas zonas portuárias pela utilização de equipamentos modernos
costeiras, fragilizando a autoridade do Estado. que as possam facilitar e ou pela melhoria contínua
c) A informação e a formação sobre os assuntos do mar dos níveis de eficiência e de prestação de serviços
e das zonas costeiras é fraca e insuficiente para portuários;
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c) Proporciona o aumento da demanda pelas companhias b) Níveis baixos de contribuição do sector das pescas para
de navegação quer em regime de cabotagem quer em a balança de pagamentos;
regime de navegação internacional; c) Níveis baixos de abastecimento em produtos da pesca
d) Cria, nas áreas de influência portuária, condições ao longo do país;
que incentivem o surgimento de indústrias de d) Insuficiente capacidade da administração pública das
processamento de pescado e outras, de infra-estruturas pescas para agir sobre assuntos transversais quer
de frio (congelação e conservação) e de cadeias de internos ao sector quer externos.
fornecimento a navios, que garantam o funcionamento 54. No domínio das pescas, o Governo da República
portuário e o desenvolvimento social; de Moçambique segue as seguintes linhas de política:
e) Moderniza o sector marítimo portuário e de navegação,
a) Promove um sector de Pescas fortalecido através
mediante a introdução de novas tecnologias e de uma
de uma exploração sustentável dos recursos pesqueiros,
gestão eficiente e segura do transporte marítimo de
evitando a concentração de interesses nas pescarias,
carga e de passageiros, dos portos, dos pontões e an-
com ligação a uma indústria de processamento que
coradouros e dos pequenos terminais locais.
acrescente valor ao pescado capturado com a presença
DB. Transporte marítimo e indústria naval crescente de investidores nacionais;
b) Promove as condições necessárias para que o sector
49. A indústria naval proporciona a infra-estrutura básica privado empreenda actividades de captura, de
e necessária para o desenvolvimento do comércio nacional processamento, de comercialização de pescado,
e internacional e, o transporte marítimo exerce um papel aquícolas e outras afins e garantirá a participação do
fundamental na integração e no desenvolvimento nacional através mesmo, através das suas legítimas organizações, na
das trocas comerciais. gestão das pescarias, na tomada de decisão sobre as
50. São problemas associados ao desenvolvimento do trans- medidas de gestão e na fiscalização das actividades de
porte marítimo e indústria naval: pesca e de aquacultura;
a) A insuficiente indústria naval de construção e de reparação c) Promove o desenvolvimento do sector privado
e de manutenção de embarcações e de metalomecânica das pescas, através de infra-estruturas estruturantes
naval o que desincentiva o investimento em actividades e de outras condições onde o desenvolvimento da
de transporte marítimo e de pesca; pesca o justifique e com a disponibilização de linhas
especiais de crédito e de incentivos ao investimento;
b) A fraca capacidade das linhas de transporte marítimo
d) Garante uma administração e uma gestão das pescas
de cabotagem e de passageiros;
e das pescarias conducentes a uma pesca e aquacultura
c) O deficiente funcionamento dos serviços públicos
responsáveis;
de assistência e controlo das actividades marítimas,
e) Potencia os serviços públicos, tais como a extensão
nomeadamente no que diz respeito à administração
e o fomento, a formação técnico profissional,
e segurança marítima e ao apoio às embarcações
a investigação, a fiscalização da pesca e a inspecção
no mar.
do pescado;
51. No domínio do transporte marítimo e da indústria naval, f) Promove a melhoria da capacidade produtiva pesqueira
o Governo da República de Moçambique segue as seguintes e aquícola e de comercialização dos produtos da
linhas de política: pesca através de processos de valor acrescentado
a) Promove e incentiva o desenvolvimento de um moderno contribuindo para a melhoria da segurança alimentar
sistema nacional integrado do transporte marítimo de e nutricional da população;
passageiros e de carga orientado para o aproveitamento g) Garante, face à existência de um grande potencial
da capacidade ferroviária e rodoviária com o envol- aquícola e à diminuição dos recursos selvagens, os
vimento prioritário do sector privado; recursos necessários para que esse potencial seja
b) Melhora o quadro económico, financeiro e jurídico que efectivamente explorado.
favoreça e permita a reactivação e o desenvolvimento DD. Cultura, turismo e desporto
do transporte marítimo e fluvial de carga e de pas-
55. Moçambique possui um rico potencial para se tornar
sageiros;
um destino turístico regional e internacional. A possibilidade
c) Melhora o quadro económico, financeiro e jurídico
de combinação de uma experiência marcada de turismo de
para o desenvolvimento de uma indústria naval forte praia tropical ao longo da costa com a vida cosmopolitana das
e competitiva, nomeadamente de manutenção, de cidades, o excelente potencial de diversidade flora e da fauna e
reparação e de construção de embarcações; do ecoturismo, assim como a rica história e o mosaico cultural,
d) Incentiva a investigação tecnológica para o desenvol- oferecem uma base sólida sobre a qual se pode edificar um destino
vimento da indústria naval com base em fontes turístico sustentável.
especiais de financiamento com vista à melhoria
56. Os vestígios históricos e arqueológicos encontrados
da prestação de serviços navais.
no meio marinho e costeiro em Moçambique são património do
DC. Pescas Estado e a sua preservação e divulgação estimulam a unidade
nacional e o amor à pátria. Os valores culturais expressos nas
52. A pesca e a aquacultura responsáveis proporcionam tradições, costumes e hábitos associados à cultura marítima são
segurança alimentar e crescimento económico com impactos na pouco conhecidos e necessitam de ser preservados e mantidos.
redução do desemprego e na diminuição dos níveis de carência 57. O desenvolvimento do turismo resulta da interacção
proteica. e do comprometimento de uma multiplicidade de intervenientes
53. São problemas associados ao desenvolvimento das pescas: directos e indirectos. No turismo intervêm o Estado representado
a) Fraca contribuição das pescarias e da aquacultura, pelos governos aos vários níveis, os municípios, o sector
para o desenvolvimento económico e social do país, privado fornecedor de bens e de serviços, as comunidades locais
nomeadamente para a segurança alimentar; e os turistas em geral.
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67. O Governo da República de Moçambique considera que uso e de actividades, seguindo os seguintes critérios
o uso das potencialidades energéticas do mar deve beneficiar as de preferência:
populações, preferencialmente as que se encontram fixadas nas i. Maior vantagem social e económica para o país,
zonas costeiras. (criação de emprego; infra-estruturas sociais;
68. São problemas associados ao desenvolvimento energético: formação de recursos humanos; criação de valor;
a) Insuficiente produção e distribuição de energia para contributo para o desenvolvimento sustentável,
cobrir todas as necessidades do país; etc);
b) Nenhum aproveitamento do mar como fonte de energia; ii. Quando se verifique uma igualdade de resultados no
c) Inexistente aproveitamento das zonas costeiras para critério anterior será aplicado critério da máxima
o desenvolvimento da energia eólica. coexistência de usos e actividades.
69. No domínio da Energia o Governo da República iii. Sempre que o interesse público esteja em causa,
de Moçambique segue, as seguintes linhas de política: nomeadamente por questões ambientais, os
a) Incentiva a investigação de fontes de energia oferecidas planos de uso podem determinar a relocalização
pelo mar e pelas zonas costeiras através de fundos de usos ou actividades existentes.
destinados a estudos energéticos e ao desenvolvimento d) Realiza o ordenamento e o zoneamento dos espaços
da ciência e da tecnologia; marítimos e costeiros e definirá os critérios para dirimir
b) Promove a produção e a utilização de fontes de energia os conflitos de uso e de actividades.
alternativas, com base no mar e nas zonas costeiras; e) Estabelece pela utilização dos espaços usados as
c) Promove o mapeamento do potencial de energia oceânica contrapartidas financeiras a serem pagas pelos
e dos respectivos locais de ocorrência. utilizadores do mar e das zonas costeiras.
PILAR E. Desenvolvimento territorial PILAR F. Desenvolvimento do capital humano
70. O Governo da República de Moçambique tem no 76. O Governo da República de Moçambique considera
ordenamento do território um meio para assegurar a organização o capital humano como determinante para o crescimento
do espaço nacional e a utilização sustentável dos seus recursos económico e reconhece que quanto maior é o nível de qualificação
naturais, com vista à promoção da qualidade de vida das pessoas profissional, maior é a produtividade, melhor é a qualidade,
e à protecção, conservação e saneamento do meio ambiente. e menor é o custo dos produtos e dos serviços.
71. Governo da República de Moçambique considera 77. Governo da República de Moçambique promove
que o desenvolvimento territorial faz parte do progresso o desenvolvimento humano através de investimentos privados
e do fortalecimento da competitividade económica e do e públicos em educação, saúde e qualidade de vida.
desenvolvimento sócio-cultural do país. 78. O Governo da República de Moçambique promove
72. O Governo da República de Moçambique promove a e incentiva a formação marítima de pessoal do mar e de pessoal
gestão integrada dos espaços marítimos e das zonas costeiras de técnico de apoio em terra às actividades marítimas.
acordo com as características territoriais e com os respectivos 79. São problemas associados ao desenvolvimento do capital
recursos ecológicos, socio-económicos e culturais através de humano:
consultas permanentes com os cidadãos e com os sectores a) A formação e a informação sobre o mar e as zonas
económicos. costeiras é fraca e insuficiente;
b) Insuficiente inclusão do mar e da sua importância
73. O Governo da República de Moçambique olha para os
económica nos planos de estudo do SNE;
ecossistemas de mangal, recifes de coral, ervas marinhas, dunas
c) A capacidade formativa e pedagógica das escolas
costeiras, praias e falésias e leito e subsolo do mar, como sendo profissionais de formação de marítimos é fraca
activos do Estado que requerem programas de ordenamento, e os graduados têm pouca aceitação no mercado
zoneamento, conservação, recuperação, gestão e maneio. de trabalho;
74. São problemas associados ao desenvolvimento territorial: d) Insuficiente formação de pessoal técnico de apoio
a) Os espaços marítimos e costeiros urbanos e não urbanos às embarcações nos domínios da construção
não são parte do objecto do regime jurídico do orde- e da reparação naval.
namento territorial; 80. No domínio do desenvolvimento do capital humano,
b) A descoordenação intersectorial e a existência de o Governo da República de Moçambique segue as seguintes
conflitos de uso e de actividades nos espaços marítimos linhas de política:
e costeiros; a) Realiza uma revisão curricular das necessárias disciplinas
75. No domínio do desenvolvimento territorial o Governo do SNE com vista a acomodar matérias ligadas à
da República de Moçambique segue as seguintes linhas importância económica do mar e das zonas costeiras a
de política: par das disciplinas relativas ao meio ambiente marinho
a) Inclui os espaços marítimos, as zonas costeiras e e costeiro;
os ecossistemas marinhos e costeiros dentro da b) Promove e incentiva o ensino técnico profissional
organização territorial nacional nos domínios da construção e da reparação naval;
b) Ajusta a legislação vigente relativa ao ordenamento c) Realiza uma avaliação das escolas profissionais
territorial para que os espaços marítimos e as de formação de marítimos e revitalizará a formação
zonas costeiras sejam incluídos no Plano Nacional no domínio dos profissionais de mar;
de Desenvolvimento Territorial e nos planos locais d) Incentiva através de programas educativos o interesse
de desenvolvimento territorial e autárquicos. das crianças e dos jovens pela formação marítima;
c) Promove a elaboração de planos de uso e de afectação e) Promove a divulgação da produção investigativa sobre
dos espaços marítimos e das zonas costeiras com o mar e as zonas costeiras, seus recursos e de estudos
vista ao ordenamento e à prevenção de conflitos de sócio-culturais e arqueológicos;
14 DE SETEMBRO DE 2017 1043
f) Realiza o ordenamento e o zoneamento dos espaços b) Incrementa e melhora a qualidade da sua participação
marítimos e costeiros e definirá os critérios para dirimir e representação nos fora regionais e internacionais,
os conflitos de uso e de actividades; de forma sustentada, principalmente nos que tenham
g) Estabelece pela utilização dos espaços usados as por objectivo tratar assuntos de gestão e administração
contrapartidas financeiras a serem pagas pelos do mar e dos respectivos recursos;
utilizadores do mar e das zonas costeiras. c) Estabelece um sistema de inventariação dos recursos
marinhos e costeiros compartilhados, do leito do mar
PILAR G. Cooperação internacional e do fundo marinho, e estabelece acordos de gestão
81. O Governo da República de Moçambique defende os e de monitorização.
interesses do país, em vários fora internacionais especialmente Estratégia de Implementação da Política do Mar
naqueles que propiciam o desenvolvimento integral das zonas
marítimas, bem como o respeito pelo máximo aproveitamento 85. A Estratégia de implementação da Política do Mar indica
do espaço soberano existente e potencial, pela protecção, como atingir os objectivos que cada linha de política enuncia.
conservação e saneamento do meio ambiente e pelo reforço duma Cada estratégia será desdobrada em actividades que, por sua vez,
constituirão os Planos de Acção sectoriais.
estratégia global que visa o desenvolvimento marítimo e costeiro.
86. A Estratégia para a implementação da Política do Mar
82. Governo da República de Moçambique procurará, através
está enunciada numa matriz desenhada para cada um dos pilares.
de mecanismos definidos na comunidade internacional, (i) o apoio
A matriz apresenta as linhas de política e, imediatamente a seguir,
necessário nos processos de alocação e de exploração dos recursos
as estratégias correspondentes.
da pesca; (ii) apoiar processos de consenso na comunidade
87. A cada linha de estratégia, correspondem colunas com
internacional com destaque para os relacionados a evitar a sobre-
a indicação do órgão do Governo responsável pela sua execução,
exploração dos recursos marinhos e costeiros; e, (iii) estabelecer
com quem a deve harmonizar na implementação, o grau de
acordos internacionais na área marinha e costeira.
prioridade e a indicação de quais os pilares onde os resultados
83. São problemas associados à cooperação internacional: da aplicação da estratégia têm impacto.
a) A falta de definição das fronteiras marítimas com os países 88. O grau de prioridade tem três escalões:
vizinhos do Oceano Índico; a) Prioridade alta: a estratégia deve ser implementada nos
b) A fraca participação e representação nos fora e organi- três primeiros anos de realização da Política do Mar;
zações internacionais e regionais sobre os assuntos b) Prioridade média: a estratégia deve ser implementada
do mar; entre o terceiro e o sétimo ano de realização da Política
c) O insuficiente acompanhamento na gestão dos recursos do Mar; e,
pesqueiros compartilhados com os países vizinhos. c) Prioridade baixa: a estratégia deve ser implementada do
84. No domínio da cooperação internacional, o Governo oitavo ao décimo quinto ano de realização da Política
da República de Moçambique segue as seguintes linhas do Mar.
de política: 89. As estratégias estão identificadas pela letra correspondente
a) Envida esforços para encontrar as melhores soluções à identificação do Pilar, seguida da letra que identifica a alínea
negociadas para a determinação e estabelecimento da estratégia e de um número de ordem sequencial. (Ex: B.a1.;
de todas as fronteiras marítimas incluindo a extensão DA.b2.).
da plataforma continental no Oceano Índico. 90. São as seguintes as estratégias para cada pilar:
Estratégia
A.a3. Garantir, em coordenação com todas as instituições de
administração do mar e costeira, dos meios necessários para
realizar a fiscalização marítima e costeira.
A.b. Reprime, no cumprimento das leis nacionais e em conjugação com os instrumentos internacionais ractificados por Moçambique, a (o):
i. utilização ilegal dos espaços marítimos e das zonas costeiras para o tráfico ilícito de pessoas e bens;
ii. poluição marinha e costeira e o uso desregrado dos recursos marinhos e costeiros;
iii. incuprimento da legislação que regula as actividades económicas no mar e nas zonas costeiras;
iv. incuprimento das medidas de protecção da vida humana no mar.
A.b1. Pôr em funcionamento os Tribunais Marítimos criados MIMAIP; MTC;
MJACR O O O
pela Lei nº. 5/96, de 4 de Janeiro.
MEF
A.b2. Potenciar a PRM - Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial a MIMAIP; MTC;
MITADER;
Polícia dos Municípios e o Serviço Nacional de Salvação MINT O O O O
GOVPROV;
Pública.
Municípios
MIMAIP;
MITADER;
ESTRATÉGIA
A.b3. Implementar programas de capacitação dos agentes de MINT GOVPROV; O O O O
fiscalização marítima incluindo os fiscais comunitários.
Municípios;
OCB
25
I SÉRIE — NÚMERO 144
A.c. Promove a participação efectiva da sociedade civil, através das respectivas organizações, na gestão integrada do mar, dos espaços
marítimos e das zonas costeiras e na salvaguarda do património marítimo natural e cultural.
A.c1. Estabelecer plataformas formais e permanentes de Sectores Sectores
A
14 DE SETEMBRO DE 2017
ESTRATÉGI
A.d. Estabelece o ordenamento, a gestão e o maneio para o desenvolvimento e para o aproveitamento das potencialidades produtivas do
mar e das zonas costeiras e promoverá o seu aproveitamento, numa base sustentável e de conservação da diversidade biológica.
MTC;
MIREME;
MITADER;
A.d1. Elaborar planos de ordenamento para o mar e para
MINT; MASA;
as zonas costeiras que incluam o zoneamento e o O O O O
MICULTUR;
mapeamento das actividades.
GOVPROV;
MIMAIP Municípios,
OCB; SOCIVIL
MITADER;
ESTRATÉGIA
MIREME,
A.d2. Elaborar planos de gestão (planos de maneio) de
MTC; O O O O
utilização sustentável dos recursos marinhos e costeiros.
GOVPROV;
MunicÍpios
26
1045
ESTRATÉGIA
MIREME;
A.e3. Tornar obrigatório o uso do Sistema de Monitorização
MTC; MDN;
Automática de Embarcações (VMS) a todas as actividades O O O O O
MINT;
económicas que utilizem embarcações e ou plataformas.
SEPRIV
A.f. Adequa o quadro legal para melhorar a gestão dos espaços marítimos e costeiros em consonância com o Direito Internacional de forma a permitir a
aplicação da Política do Mar e da respectiva estratégia de implementação.
A.f1. Elaborar legislação sobre o regime jurídico de utilização
MIMAIP O O O
dos espaços marítimos.
A.f2. Identificar e rever a legislação cujo conteúdo impede a Sectores
aplicação da Política do Mar e da Estratégia ou cujo conteúdo utilizadores O O O O O O
não tem em conta estes instrumentos de política nacional.
Todos os do mar
sectores
ESTRATÉGIA
A.f3. Rever e adequar à Política do Mar às políticas sectoriais
O O O O O
vigentes. (ver Pilar D, estratégia D1).
27
I SÉRIE — NÚMERO 144
ESTRATÉGIA
A.f5. Ajustar o quadro institucional garantindo a eficácia do Sectores
sistema da autoridade de governação do mar. (ver Pilar B, MAEFP utilizadores O O O O O O
estratégias Ba1 e Ba2).
do mar
A.g. Acompanha desenvolve e fortalece as capacidades dos órgãos locais e municípios para a gestão dos espaços marítimos e costeiros.
Sectores
A.g1. Formar e capacitar as autoridades municipais e os utilizadores
ógãos locais competentes.
O O O
do mar;
MIMAIP MAEFP;
A.g2. Criar e disseminar programas de sensibilização para a GOVPRO;
população utilizadora dos espaços marítimos e costeiros.
Municípios; O O O
ESTRATÉGIA
OCB
28
1047
A.h. Adequa os serviços relativos à administração e segurança marítima com vista a torná-los menos burocráticos e mais próximos dos
cidadão que os procuram.
A.h1. Realizar a análise funcional da administração
MTC;
marítima e da administração pesqueira com vista à
MAEFP; 0
0
verificação da viabilidade da sua fusão. (ver Pilar B,
MEF
estratégia Ba1).
MTC;
0
A.h2. Assegurar o processo de disponibilização de MIREME;
DC
informação meteorológica necessária para a segurança e o MIMAIP MICULTUR 0
0
DD
desenvolvimento das actividades no mar.
SEPRIV;
DE
MJD;
ESTRATÉGIA
MTC;
0
A.h3. Implementar instrumentos simplificados de MIREME;
DC
monitorização e de segurança de procedimentos para as MIMAIP; 0
0
DD
actividades no mar.
SEPRIV;
DE
Municípios
29
I SÉRIE — NÚMERO 144
MIMAIP Sectores 0 0
competências ou ligação com o mar e as zonas costeiras,
utilizadores do
reelaborar a respectiva análise funcional e a proposta de
mar;
reestruturação. (ver Pilar A, estratégia Af5).
GOVPROV;
B.a2. Promover a coordenação de processos de
Municípios
ESTRATÉGIA
licenciamento, de fiscalização e de monitorização das MIMAIP
MAEFP 0 0
actividades marítimas e costeiras. (ver Pilar B, estratégia
Ba1).
B.b. Cria sistemas integrados de planificação, monitorização e informação, com a envolvência dos órgãos centrais e locais do Estado e dos
municípios, com vista a tornar robusta a sua acção e a melhorar a presença do Estado no mar e nas zonas costeiras.
MIMAIP; MTC;
MASA;
B.b1. Realizar a avaliação ambiental estratégica das
MITADER MICULTUR; 0 0 0
actividades no mar e nas zonas costeiras.
MIREME;
Municípios
B.b2. Criar um Observatório da Economia do Mar, Tdos sectores;
GOVPROV;
definindo o conjunto de actividades a acompanhar, a
SOCIVIL; 0 0 0
metodologia, a frequência de monitorização e os critérios SEPRIV;
ESTRATÉGIA
de recolha de dados, disponibilizando informação.
MIMAIP Municípios
B.b3. Criar um sistema integrado de dados para a
Tdos os sectores;
monitorização e a avaliação das actividades planificadas. 0 0
Municípios
(ver Pilar D, estratégias D5 e D6)
30
1049
PILAR B RESPONDABILIDADE PRIORIDADE PILARES 1050
COORDENAÇÃO INTER-INSTITUCIONAL
EXECUÇÃO HARMONIZAR Alta Méd Bax A B C D E F G
B.c. Cria um conselho nacional, que superintenda os assuntos relativos ao mar, com a participação de todos os
interesses, com vista a conciliar e integrar políticas, instrumentos de planificação e a coordenar a gestão integrada dos
espaços marítimos, das zonas costeiras, dos recursos vivos e não vivos, do leito do mar e do seu subsolo.
Todos os
B.c1. Criar o Conselho Nacional do Mar, aprovar o seu sectores;
estatuto e o respectivo regulamento de funcionamento. MIMAIP GOVPROV; 0 0 0 0 0 0
(ver Pilar A, estratégia Af4).
Municípios;
SOCIVIL
Sectores
B.c2. Acompanhar as actividades das entidades públicas
utilizadores do
intervenientes no mar, promovendo a sua intervenção MIMAIP
ESTRATÉGIA
MAEFP mar; 0 0 0
articulada e coordenada, optimizando a partilha de meios,
GOVPROV;
recursos e informação. (ver Pilar A, estratégia Af5)
Municípios
B.d. Desenvolve um processo tendente a eliminar as barreiras administrativas à instalação, ao funcionamento e ao
desenvolvimento das actividades produtivas, realizando uma profunda revisão e eliminação das duplicações e
anacronismos.
B.d1. Simplificar os procedimentos relativos à instrução
dos processos administrativos burocráticos para o acesso Todos sectores 0 0 0
SEPRIV,
ao mar e aos seus recursos. (ver Pilar B, estratégias Ba1).
MIMAIP
SOCIVIL,
B.d2. Criar mecanismos de divulgação dos procedimentos Municípios 0 0 0 0 0 0
ESTRTÁGIA
para o acesso aos recursos marinhos e costeiros
31
I SÉRIE — NÚMERO 144
RESPONDABILIDADE PRIORIDADE PILARES
PILAR C Ba
AMBIENTE MARINHO E COSTEIRO
EXECUÇÃO HARMONIZAR Alta Méd A B C D E F G
x
C.a. Desenvolve e fortalece a utilização de modelos de gestão que promovem a conservação e a reabilitação da diversidade biológica
incluindo a criação e a gestão de áreas protegidas e o ordenamento dos espaços marítimos.
C.a1. Adequar o regime jurídico para o estabelecimento de
áreas marinhas protegidas. (ver Pilar A, estratégia Af1).
Sectores 0 0 0 0
14 DE SETEMBRO DE 2017
MIMAIP + utilizadores
C.a2. Adoptar e aplicar modelos de gestão integrada e de MITADER + do mar;
reabilitação das áreas protegidas.
0 0 0 0 0
MIREME Municípios;
C.a3. Rever, actualizar e monitorizar os planos de maneio das SEPRIV; OCB
áreas marinhas protegidas ou elaborá-los onde não existam.
0 0 0 0
MIMAIP;
ESTRATÉGIA
MASA;
Ca4. Desenvolver estratégias de marketing que promovam o
MICULTUR MITADER; MJD; 0 0 0
turismo nas áreas protegidas marinhas e costeiras.
Munícipios;
SEPRIV
C.b. Incentiva a adopção de programas integrados de investigação básica e aplicada para o uso sustentável e a conservação dos recursos
marinhos e costeiros e para o aproveitamento integrado dos ecossistemas, numa base de participação multidisciplinar e comunitária.
C.b1. Definir linhas estratégicas de investigação prioritárias,
para o uso e a conservação dos recursos marinhos e costeiros, MIMAIP +
incluindo a biotecnologia, com o envolvimento de MCTESTP + 0 0 0
MIREME Sectores
universidades, de instituições de investigação e das
utilizadores do
comunidades. (ver Pilar C, estratégia Cd1).
mar; UNIV;
C.b2. Adoptar programas de investigação dos recursos Sectores SEPRIV
marinhos e costeiros, usando uma abordagem ecossistémica, utilizadores do 0 0 0 0
para garantirem o seu uso sustentável.
mar
32
1051
MIMAIP;
MASA;
C.c1. Elaborar, aplicar e monitorizar os planos de gestão MITADER;
das bacias hidrográficas com impactos nos ecossistemas MOPHRH MIREME; 0 0 0
Municípios;
marinhos.
GOVPROV;
ESTRATÉGIA
SEPRIV; OCB
C.d. Promove a gestão dos resíduos marinhos emanados de várias fontes para garantir o bem-estar dos ecossistemas marinhos.
Sectores
utilizadores do
C.d1. Inventariar e mapear as fontes com concentração de mar; MISAU;
MITADER 0 0
resíduos marinhos que se acumulam na costa e no mar.
+ GOVPROV;
MIMAIP Municípios;
SEPRIV; OCB
ESTRATÉGIA
33
I SÉRIE — NÚMERO 144
ESTRATÉGIA
MIREME;
actividades exercidas no mar, nomeadamente a bordo das MIMAIP +
MITADER; MTC; 0 0 0 0 0
embarcações e nas plataformas e para intervir nas MDN + MINT
MEF; GOVPROV;
ocorrências de derrame de hidrocarbonetos. (ver Pilar A, Municípios
estratégia Ab2).
C.e. Estabelece sistemas multissectoriais de controlo e fiscalização sobre as actividades de aproveitamento da biodiversidade marinha com
o envolvimento das autoridades locais do Estado, das autoridades municipais e das comunitárias.
C.e1. Realizar acções inspectivas multidisciplinares e MIMAIP;
MIMAIP + MIREME;
responsabilizar os infractores. (Ver Pilar A, estratégias MINT MITADER; MTC; 0 0
Ab2 e Ae4).
MICULTUR
ESTRATÉGIA
0 0 0 0
Municípios;
comunitárias de base.(Ver Pilar A, estratégias Ag1 e
GOVPROV; OCB
Ag2).
34
1053
PRIORIDADE 1054
PILAR D EXECUÇÃO
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
Alta Méd Bax
Todos os
D.1. Rever as políticas sectoriais e harmonizá-las com a Política e Estratégia do Mar
sectores
MIMAIP +
Todos os
D.2. Realizar um estudo sobre a situação actual e o potencial da economia do mar e das zonas
sectores
costeiras e das actividades associadas.
utilizadores do
mar + UNIV
D.3. Estabelecer e cobrar taxas de acesso ao mar e de utilização, com fins lucrativos, das
zonas costeiras, dos espaços marítimos e dos recursos marinhos e costeiros, com vista a
proporcionar retorno para o Estado e para as comunidades. As taxas deve (m):
(1) reflectir o interesse da comunidade e os custos e benefícios económicos, ambientais, MIMAIP +
sociais e culturais de curto e longo prazo. Quando não for possível quantificar estes Todos os
custos e benefícios, ter-se-á em conta a sua existência e a sua importância relativa. utilizadores do
mar; MEF;
(2) ser considerado um custo elevado, a ser incorporado na taxa, o risco de perda da
saúde e da produtividade dos ecossistemas. SEPRIV
(3) ser calculada e taxada a poluição que resulta em perda ou diminuição do valor dos
recursos marinhos e costeiros e das zonas costeiras, enquanto contínua, para outros
usuários,.
D.4. Legislar e fazer aplicar o princípio do utilizador pagador, nas seguintes condições:
(1) Os custos dos danos colaterais de um projecto de investimento comercial devem ser MIMAIP +
MITADER +
suportados pelos proponentes do projecto desde que envolvam impactos sobre o mar
Todos os
e as zonas costeiras - incluindo infra-estruturas, gestão ambiental, monitorização e sectores
custos da gestão de riscos – a menos que exista interesse público.
35
I SÉRIE — NÚMERO 144
PRIORIDADE
PILAR D EXECUÇ
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
ÃO Alta Méd Bax
(continuação)
MIMAIP +
INE + Todos
D.5. Ajustar as contas nacionais por forma a permitir extrair uma conta do mar.
os sectores
utilizadores do
14 DE SETEMBRO DE 2017
mar
MIMAIP +
Todos os
D.6. Criar uma plataforma de recolha de dados sócio-económicos (emprego; salários; preços;
sectores
rendimentos; custos e outros) das actividades económicas realizadas no mar e nas zonas costeiras.
utilizadores do
mar
D.7. Elaborar e publicitar um Guia do Investidor do Mar.
MIMAIP +
Todos os
D.8. Elaborar um Plano Director do Mar e das Zonas Costeiras, harmonizado com as políticas
sectores
sectorias, que enquadre a Política e Estratégia do Mar.
D.9. Negociar linhas de crédito especiais e destinadas a incentivar o sector privado a investir em
actividades no mar e nas zonas costeiras ou a tornar mais competitivos os empreendimentos
Todos os
existentes.
sectores
D.10. Promover o envolvimento do sector empresarial do Estado em empreendimentos: utilizadores
do
(1) de rentabilidade assegurada que envolvam infra-estruturas de que é proprietário; ou
mar
(2) onde, por razões estratégicas de desenvolvimento rural, a sua participação seja
considerada motora
36
1055
ESTRATÉGIA
DA.a2. Assegurar a aplicação das normas inerentes
(1) MTC + MITADER;
(1) à segurança portuária e (2) MINT; 0 0 0
(2) à prevenção da poluição marítima e costeira. MIMAIP SEPRIV; OCB
DA.b. Optimiza o uso das infra-estruturas portuárias existentes através da melhoria do rendimento nas operações portuárias pela
utilização de equipamentos modernos que as possam facilitar e o pela melhoria contínua dos níveis de eficiência e de prestação de
serviços portuários.
DA.b1. Criar um quadro de incentivos que estimule o
capital privado a participar, através de contratos de
gestão ou de parcerias público privadas, na gestão e na MIMAIP;
exploração de:
MITADER;
MTC MEF; MIC;
0
0
0
(1) portos em geral, terminais, pontões e cais de
SEPRIV;
acostagem para tráfego local de carga e de
BANCA
ESTRATÉGIA
passageiros;
(2) outros serviços portuários complementares.
37
I SÉRIE — NÚMERO 144
locais.
GOVPROV;
Municípios;
SEPRIV
MTC; MEF;
ESTRATÉGIA
DA.b3. Criar uma rede de infra-estruturas, de acostagem,
MITADER;
descarga, ARMAZENAGEM E abastecimento, PARA MIMAIP 0 0
MIC; SEPRIV
embarcações de pesca DE PEQUENA ESCALA.
DA.c. Cria, nas áreas de influência portuária, condições que incentivem o surgimento de indústrias de processamento de pescado e
outras, de infraestruturas de frio (congelação e conservação) e de cadeias de fornecimento a navios, que garantam o funcionamento
portuário e o desenvolvimento social.
DA.c1. Promoverá criação de cadeias logísticas e de MIMAIP;
serviços, cadeias de frio e pequenas indústrias de apoio.
MASA;
MIMAIP + MISAU;
MIC Municípios; 0
0
0
GOVPROV;
SEPRIV
DA.c2. Aprovar um quadro de incentivos para atrair o MIMAIP;
ESTRATÉGIA
sector privado a investir em serviços portuários MASA; MTC;
MEF 0
0
0
complementares.
SEPRIV;
SOCIVIL
38
1057
PILAR DA RESPONDABILIDADE PRIORIDADE PILARES 1058
PORTOS E INFRA-ESTRUTURAS
EXECUÇÃO HARMONIZAR Alta Méd Bax A B C D E F G
DA.d. Moderniza o sector marítimo portuário e de navegação, mediante a introdução de novas tecnologias e de uma
gestão eficiente e segura do transporte marítimo de carga e de passageiros, dos portos, dos pontões e ancoradouros e
dos pequenos terminais locais.
DA.d1. Apetrechar e ou criar incentivos para o MIMAIP;
apetrechamento dos portos nacionais de forma a torná- MIREME; MEF; 0 0 0
los regional e internacionalmente competitivos.
MICULTUR
MTC
DA.d2. Introduzir mecanismos de monitorização e de MIMAIP;
controlo da actividade portuária utilizando indicadores MICULTUR; 0 0 0
internacionais como meta.
MASA; SEPRIV
ESTRATÉGIA
DA.d3. Garantir a dragagem dos canais de acesso aos MTC; MEF;
portos e aos locais de acostagem para que sejam MIMAIP MIREME; 0 0
0
SEPRIV
navegáveis.
39
I SÉRIE — NÚMERO 144
RESPONDABILIDADE PRIORIDADE PILARES
PILAR DB EXECUÇÃ HARMONIZ Alt
TRANSPORTE MARÍTIMO E INDÚSTRIA NAVAL Méd Bax A B C D E F
G
O AR a
DB.a. Promove e incentiva o desenvolvimento de um moderno sistema nacional integrado do transporte marítimo de
passageiros e de carga orientado para o aproveitamento da capacidade ferroviária e rodoviária com o envolvimento
prioritário do sector privado.
DB.a1. Criar um quadro de incentivos atractivo que estimule o MEF; MIC;
14 DE SETEMBRO DE 2017
MITADER;
sector privado a investir no transporte marítimo de passageiros e SEPRIV; 0 0
de carga.
Munícipios
SEPRIV; MIC;
MISAU;
DB.a2. Promover soluções modernas de transportes públicos,
MTC MITADER; 0 0
assentes na intermodalidade.
MASA;
Municípios
ESTRATÉGIA
SEPRIV; MIC;
DB.a3. Criar cadeias logísticas de apoio às actividades de MITADER;
transporte marítimo e fluvial.
MISAU; 0 0 0
Municípios
40
1059
DB.b. Melhora o quadro económico, financeiro e jurídico que favoreça e permita a reactivação e o desenvolvimento do
transporte marítimo e fluvial de carga e de passageiros.
SEPRIV; MIC;
MISAU;
MASA; Todos
sectores
DB.b1. Elaborar o Plano Director dos Transportes; (intermodal).
utilizadores do 0 0 0 0
mar;
GOVPROV;
MTC
Municípios
ESTRATÉGIA
sectores
e financeiros que promovam o investimento na instalação de um
utilizadores do 0 0 0
sistema de transporte marítimo e fluvial de passageiros e de mar Municípios;
carga.
MIC; MASA;
DB.c. Melhora o quadro económico, financeiro e jurídico para o desenvolvimento de uma indústria naval forte e
competitiva, nomeadamente de manutenção, de reparação e de construção de embarcações.
SEPRIV; MIC;
MTC;
DB.c1. Reservar, dentro dos espaços costeiros, áreas destinadas à MIMAIP MITADER; 0 0 0 0
instalação de estaleiros navais de reparação e de construção.
MIREME;
GOVPROV
ESTRATÉGIA
41
I SÉRIE — NÚMERO 144
ESTRATÉGIA
creditícios que estimule o sector privado a investir na indústria de MIMAIP + 0 0
MTC + MEF utilizadores do
construção e de reparação naval.
mar; SEPRIV
DB.d. Incentiva a investigação tecnológica para o desenvolvimento da indústria naval com base em fontes especiais de financiamento com
vista à melhoria da prestação de serviços navais.
MINEDH:
MIMAIP:
DB.d1. Estimular os alunos das escolas técnico-profissionais para MITADER;
MASA: 0
0
a investigação e a inovação em tecnologias marinhas. (ver Pilar F, MIREME;
0
estratégias Fd2 e Fe1).
MCTESTP SEPRIV;
GOVPROV;
MTC
ESTRATÉGIA
DB.d2. Criar condições para que fundos destinados à ciência e
tecnologia sejam alocados para o desenvolvimento da investigação MEF 0
0
e inovação em tecnologias marítimas
42
1061
ESTRATÉGIA
DC.a3. Normar e garantir a segurança da qualidade do MISAU; MIC;
pescado observando as regras nacionais e internacionais MIMAIP MASA; 0 0
SEPRIV DA
de processamento dos produtos da pesca.
DC.b. Promove as condições necessárias para que o sector privado empreenda actividades de captura, de processamento, de
comercialização de pescado, aquícolas e outras afins e garantirá a participação do mesmo, através das suas legítimas organizações, na
gestão das pescarias, na tomada de decisão sobre as medidas de gestão e na fiscalização das actividades de pesca e de aquacultura.
DC.b1. Priorizar a concessão de direitos de pesca a
operadores que invistam na indústria de processamento e MIMAIP
SEPRIV 0 0
na transformação do pescado, acopulado
acoplado a investimentos
na aquacultura.
ESTRATÉGIA
43
I SÉRIE — NÚMERO 144
(DC.b
–
Continuação)
DC.b2. Criar um quadro de incentivos fiscais, aduaneiros SEPRIV;
e creditícios ao investimento e à modernnização, para MEF 0
estimular a iniciativa privada nacional, em 0
DA 0
estabelecimentos de processamento, de aquacultura e na DF
14 DE SETEMBRO DE 2017
44
1063
PILAR DC RESPONDABILIDADE PRIORIDADE PILARES 1064
PESCAS
EXECUÇÃO
HARMONIZAR
Alta
Méd
Bax
A
B
C
D
E
F
G
DC.c. Promove o desenvolvimento do sector privado das pescas, através de infra-estruturas estruturantes e de outras condições onde o
desenvolvimento da pesca o justifique e com a disponibilização de linhas especiais de crédito e de incentivos ao investimento.
DC.c1. Modernizar as infra-estruturas portuárias e
construir desembarcadouros com condições de MOPHRH;
GOVPROV
preservação da qualidade dos produtos desembarcados e MIMAIP 0 0
Municípios; 0 0 DA
para o seu controlo. (ver Pilar D, estratégia DAb1 e SEPRIV
DAb2).
DC.c2. Negociar linhas de crédito especiais destinadas a
MIMAIP + MIMAIP;
ESTRATÉGIA
incentivar o sector privado a investir no sector pesqueiro.
MEF SEPRIV 0 0
DC.d. Garante uma administração e uma gestão das pescas e das pescarias conducentes a uma pesca e aquacultura responsáveis.
DC.d1. Promover a exploração sustentável dos recursos,
adequando o nivel de esforço de pesca à obtenção do SEPRIV; OCB 0
máximo rendimento sustentável.
DC.d2. Elaborar e implementar planos de gestão das
MIRADER;
pescarias em exploração baseados numa abordagem SEPRIV; OCB
0 0
ecossistémica.
MINT;
MIMAIP
DC.d3. Combater a pesca ilegal, não reportada e não MITADER;
GOVPROV;
0 0
regulamentada e as práticas de pesca destrutivas.
SEPRIV; OCB
ESTRATÉGIA
SEPRIV;
DC.d4. Promover o envolvimento das comunidades na GOVPROV;
gestão dos recursos aquáticos.
Municípios;
0 0 0 0
OCB
45
I SÉRIE — NÚMERO 144
Tds sectores;
DC.d5. Elaborar o Plano de Desenvolvimento da Pesca de MIMAIP GOVPROV; 0
0 0 0
Pequena Escala.
SEPRIV; OCB
14 DE SETEMBRO DE 2017
Sectores
DC. d6. Reforçar a capacidade de fiscalização e adequá-la utilizadores do 0
DC.d6. Reforçar a capacidade de fiscalizar e adequá-la MIMAIP + DA
às novas tecnologias neste domínio mar; MDN; 0 0 0
às novas tecnologias de fiscalização.
MINT DD
GOVPROV;
OCB DE
ESTRATÉGIA
DC.d7. Assegurar que as estatísticas oficiais se
desenvolvam de forma coordenada, integrada e racional, Todos os
MIMAIP 0
0
com base numa norma técnica, uniforme em todo o sectores; INE
território nacional.(ver Pilar D,estratégia D5).
DC.e. Potencia os serviços públicos, tais como a extensão e o fomento, a formação técnico profissional, a investigação, a fiscalização da
pesca e a inspecção do pescado.
DC.e1. Estabelecer serviços de extensão pesqueira e de
fomento, nos domínios da tecnologia da pesca e da MITADER;
tecnologia do pescado, incluindo a redução de perdas pós- MASA;
MIMAIP 0 0 0
captura, dirigidos à pesca artesanal e à aquacultura, com GOVPROV;
vista a aumentar a capacidade produtiva dos produtores OCB; SEPRIV
de pequena escala.
MIMAIP;
DC.e2.Garantir a formação técnico profissional no MINEDH; MIC;
ESTRATÉGIA
MIMAIP + MITADER; 0
domínio da investigação, da fiscalização da pesca da MINT;
0
0
0
MCTESTP DA
inspecção do pescado e da extensão pesqueira e aquícola
SEPRIV;
UNIV
46
1065
DC.f. Promove a melhoria da capacidade produtiva pesqueira e aquícola e de comercialização dos produtos da pesca através de processos
de valor acrescentado contribuindo para a melhoria da segurança alimentar e nutricional da população.
MIC; 0
DC.f1. Promover e incentivar o processamento de espécies MITADER; 0 DA
de baixo valor comercial para lhes acrescentar valor
SEPRIV DF
DC.f2. Prestar serviços de análises laboratoriais MISAU;
MIMAIP
requeridos para a certificação sanitária dos produtos da MASA; 0
pesca e de aquacultura.
SEPRIV
ESTRATÉGIA
DC.f3. Promover a tecnologia do pescado com vista à
MIC; MASA;
deversificação dos produtos da pesca processados e
MISAU; 0
incentivar o investimento na indústria de processamento SEPRIV
em terra.
DC.g. Garante, face à existência de um grande potencial aquícola e à diminuição dos recursos selvagens, os recursos necessáros para que
esse potencial seja efectivamente explorado.
ESTRATÉGIA
empreendimentos de aquacultura marinha.
0 0 0
MICULTUR
47
I SÉRIE — NÚMERO 144
(DC.g–
Continuação)
MITADER;
MASA; 0
DC.g3. Elaborar e implementar o Plano de SEPRIV; DD
GOVPROV 0 0 0 0
Desenvolvimento de Aquacultura
DE
14 DE SETEMBRO DE 2017
OCB; DF
Municípios
ESTRATÉGIA
MASA;
DC.g5. Definir o regime jurídico e técnico que MITADER; 0
assegure a construção e o funcionamento de MIC; DD
0 0 0 0
aquaparques como plataforma para o incremento MIREME;
DE
SEPRIV; DF
da produção aquícola.
GOVPROV;
OCB
48
1067
TURISMO
DD.a. Promove e fomenta o crescimento do turismo de linha azul amigo do ambiente, incentivando o investimento
privado em infra-estruturas que potenciem as praias tropicais e as águas quentes, os recursos marinhos e costeiros, a
conservação e a protecção das zonas costeiras marinhas.
MIMAIP;
MASA; 0
DD.a1. Capitalizar, no desenvolvimento de produtos de linha
MITADER; DC
azul, a posição geográfica, o clima e o capital natural MICULTUR 0 0 0
GOVPROV;
DE
preveligiado de Moçambique.
SEPRIV; OCB; DF
Municípios
MICULTUR
0
DD.a2. Realizar investimentos em infra-estruturas estruturantes DA
GOVPROV;
necessárias à abertura de novas áreas de turismo de linha azul, MOPHRH 0 0 0 DC
0
OCB,
que incentivem o sector privado.(ver Pilar DC, estrtágia DC.g4)
Municípios DE
DF
MIMAIP;
DD..a3. Mapear e classificar o capital natural existente na MITADER;
nossa costa para fins turísticos.
GOVPROV; 0 0 0
Municípios
ESTRATÉGIA
MIMAIP;
MASA;
DD.a4. Promover a comercialização da produção da pesca e do 0
MICULTUR
GOVPROV; 0 0
artesanato local na cadeia produtiva do turismo.
SEPRIV;
DC
Municípios
DD.a5. Desenvolver o turismo náutico nos segmentos da MIMAIP;
náutica de recreio, dos desportos náuticos, do mergulho e MJD; 0 0 0
de cruzeiros.
SEPRIV;
49
I SÉRIE — NÚMERO 144
Municípios
PILAR DD Alt
CULTURA,TURISMO e DESPORTO
EXECUÇÃO
HARMONIZAR
Méd
Bax
A
B
C
D
E
F
G
a
DD.b. Estabelece um quadro institucional com mecanismos inter-sectoriais e multidisciplinares adequados de planificação e de controlo do
desenvolvimento de um turismo sustentável e amigo do ambiente aos níveis nacional, provincial, distrital e municipal.
DD.b1. Criar mecanismos de consulta com a Sectores
participação de representantes do sector privado e do utilizadores do
sector público, para o reforço e a coordenação de mar;
GOVPROV; 0 0
iniciativas e estratégias viradas para o fortalecimento de
produtos turísticos nacionais de linha azul.
SEPRIV,
Municípios
Sectores
DD.b2. Efectuar um estudo das boas práticas nacionais e utilizadores do
MICULTUR
mundiais de modelos de cooperação público-privada na mar;
GOVPROV; 0 0 0
gestão, promoção e comercialização dos destinos de linha
sepriv; OCB,
azul.
ESTRATÉGIA
Municípios
DD.b3. Definir os segmentos, produtos e serviços MEF; MIMAIP;
prioritários para uma política de incentivos fiscais ao SEPRIV 0 0
turismo de linha azul.
50
1069
1070
MIMAIP;
DD.b4. Implementar um programa de sensibilização
MINT;
turística incluindo acções concretas para garantir a 0 0 0
GOVPROV;
protecção e a segurança dos turistas.
OCB;
Municípios
DD.c. Fomenta mecanismos de marketing turístico efectivo que resultem na criação de uma imagem forte do país e do seu turismo de linha
azul através de programas nacionais de marketing e de parcerias com o sector privado.
MIMAIP;
DD.c1. Priorizar o marketing e o desenvolvimento de
GOVPROV;
produtos de linha azul apelativos e acessíveis e fomentar o 0 0 0
OCB;
interesse dos operadores turísticos pelo destino.
Municípios
MICULTUR
DD.c2. Desenvolver materiais e eventos técnicos para MIMAIP;
a disseminação dos produtos turísticos de linha azul e MIC;
ESTRATÉGIA
aproveitar os eventos que têm lugar em território nacional GOVPROV; 0 0 0
para os projectar .
SEPRIV
DD.d. Desenvolve mecanismos para o estabelecimento de produtos turísticos sustentáveis, diversificados e atractivos, para a criação de um
ambiente de investimento harmonioso favorável aos investidores nacionais e internacionais.
DD.d1. Desenvolver e publicitar produtos turísticos de
linha azul, realçando a conservação e a protecção do
MICULTUR SEPRIV;
capital natural, usando com eficácia as tecnologias de Municípios 0 0 0
informação e de comunicação de marketing e as redes
sociais.
ESTRATÉGIA
51
I SÉRIE — NÚMERO 144
14 DE SETEMBRO DE 2017
DESPORTO
DD.e. Adequa o quadro legal com vista a assegurar maior atracção dos agentes económicos e outros interessados em apoiar o
desenvolvimento de modalidades desportivas náuticas.
Sectores
DD.e1. Proceder à revisão da Lei do Mecenato e elaborar
utilizadores do 0 0
o respectivo regulamento.
MJUD +
mar; SEPRIV
MICULTUR
MIMAIP;
DD.e2. Definir os desportos náuticos prioritários para MICULTUR; 0 0 0
uma política de incentivos fiscais ao desporto.
SEPRIV; MEF
DD.f. Promove condições para que as agremiações e clubes desportivos ligados ao mar e aos desportos náuticos, tenham acesso a um quadro de incentivos que lhes permitam ter
os meios necessários e adequados para a formação de jovens, nas modalidades náuticas, com vista à massificação da sua prática.
MIMAIP;
DD.f1. Identificar e mapear as infra-estruturas existentes MITADER;
MOPHRH; 0
e as áreas marítimas com potencial para a criação de MJUD 0 0 0 DC
GIA
GOVPROV;
infra-estruturas de apoio ao desporto náutico.
Municípios DE
ESTRATÉ
52
1071
(DD.f
–
Continuação)
Todos os
DD.f3. Promover a candidatura do país à organização de
sectores; 0 0 0
provas desportivas náuticas internacionais.
Municípios
MJUD
DD.f4. Promover a massificação do ensino aprendizagem
MEDH 0 0 0
da prática de desporto náutico.
MCTESTP;
DD.f5. Promover o desporto náutico nas actividades de
MEDH MJUD; 0 0 0
desporto escolar.(ver Pilar E, estratégiaFd3).
Municípios
CULTURA
DD.g. Fomenta a criatividade e a salvaguarda do património cultural e natural e regular a sua protecção em especial o
arqueológico.
DD.g1. Criar um regime jurídico que regule o
Sectores
estabelecimento e o funcionamento de entidades MICULTUR
utilizadores do 0 0
museológicas ou afins vocacionadas para a temática . + MIMAIP
mar; SEPRIV
(oceanários; aquários; etc.) do mar.
53
I SÉRIE — NÚMERO 144
costeiras.
14 DE SETEMBRO DE 2017
(DD.g – Continuação)
54
1073
PILAR DE RESPONDABILIDADE PRIORIDADE PILARES 1074
RECURSOS MINERAIS E HIDROCARBONETOS EXECUÇÃO
HARMONIZAR
Alta
Méd
Bax
A
B
C
D
E
F
G
DE.a. Garante o conhecimento do potencial do país, no mar e nas zonas costeiras, em recursos minerais e hidrocarbonetos.
0
MIMAIP;
DE.a1. Inventariar e mapear o potencial do país, no mar e nas MIREME MITADER; DC
0 0 0 DD
0
zonas costeiras, em recursos minerais e hidrocarbonetos.
GOVPROV
DF
0
DE.a2. Realizar, com carácter permanente, a monitorização das DC
0 0 0
prospecções sísmicas que tenham lugar no mar e nas zonas
DD
MIREME; DF
costeiras.
MIMAIP MITADER;
ESTRATÉGIA
GOVPROV 0
DE.a3. Adoptar e aplicar modelos de análise dos efeitos DC
resultantes das prospecções sísmicas sobre os ecossistemas
0 0 DD
0
marinhos.
DF
DE.d. Cria sistemas de monitorização e de controlo das actividades conexas à exploração de minerais e de hidrocarbonetos no mar
territorial e na plataforma continental com vista a proteger a vida humana e o meio marinho e costeiro.
MINT; 0
DA
MIREME; DB
DE.d1. Integrar as embarcações e as plataformas móveis no MIMAIP
0 0 0
MTC;
DC
sistema de monitorização via satélite. (ver Pilar A, estratégia DD
MICULTUR DF
Ae5).
0
De.d2. Rever e adequar o quadro legal atinente às actividades MEF; MTC; DA
55
conexas de exploração de hidrocarbonetos no mar.
MIREME MIMAIP;
DB
0 0 0 DC
0
SEPRIV
DD
DF
I SÉRIE — NÚMERO 144
DF.a. Incentiva a investigação de fontes de energia oferecidas pelo mar e pelas zonas costeiras através de fundos
destinados a estudos energéticos e ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
DF.a1. Inventariar e mapear as condições
naturais existentes para o aproveitamento do mar
14 DE SETEMBRO DE 2017
0 0 0 0
como fonte de produção de energia.
MIMAIP;
MITADER;
DF.a2. Realizar estudos de localização e de MIREME MCTESTP;
viabilidade técnico-económica do UNIV
0 0 0 0
ESTRATÉGIA
aproveitamento das ondas do mar para a
produção de energia.
DF.b. Promove a produção e a utilização de fontes de energia alternativas, com base no mar e nas zonas costeiras.
DF.b1. Desenvolver programas de demonstração MIMAIP; 0
MITADER; DA
tecnológica da produção e da utilização de MCTESTP MCTESTP; 0 0 DC
energias alternativas nas zonas costeiras.
UNIV DD
ESTRATÉGIA
DF.b3. Realizar o mapeamento do potencial de MITADER
MIMAIP
energia oceânica e dos respectivos locais de MIREME 0 0 0 0
GOVPROV
ocorrência.
UNIV
57
1075
E.a. Inclue os espaços marítimos, as zonas costeiras e os ecossistemas marinhos e costeiros dentro da organização territorial nacional.
E.a1. Rever o regime jurídico do ordenamento territorial MAEFP
nacional adequando-o à realidade do mar como elemento +
MITADER 0 0 0 0
importante para o desenvolvimento do país. (ver Pilar A, Todos os
estratégia Af4)
sectores;
E.a2. Elaborar os Planos de Situação e os Planos de GOVPROV;
Afectação para os espaços máitimos e costeiros como forma Municípios; 0 0 0 0
de mitigar futuros conflitos. (Ver Pilar E, estratégia Ec1)
MIMAIP OCB
ESTRATÉGIA
E.a3. Criar e manter actualizado um cadastro nacional dos
espaços marítimos e costeiros.
0 0 0 0
E.b. Ajusta a legislação vigente relativa ao ordenamento territorial para que os espaços marítimos e as zonas costeiras sejam incluídas no
Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial e nos planos locais de desenvolvimento territorial e autárquico.
Sectores
utilizadores do
E.b1. Rever e ajustar a legislação relativa ao ordenamento
mar; MJACR;
do território (ver Pilar A, estratégia Af4 Pilar E, estrategia GOVPROV 0 0 0 0
Ea1).
SEPRIV;
MITADER Municípios
Todos os
ESTRATÉGIA
E.b2. Dar início ao processo de elaboração do Plano sectores;
GOVPROV; 0 0 0 0
Nacional de Desenvolvimento Territorial.
Municípios;
58
I SÉRIE — NÚMERO 144
E.c. Promove a elaboração de planos de uso e de afectação dos espaços marinhos e das zonas costeiras com vista ao ordenamento e à
prevenção de conflitos de uso e de actividades, seguindo os seguintes critérios de preferência:
i. Maior vantagem social e económica para o país, (criação de emprego; infraestrututas sociais; formação de recursos humanos;
criação de valor; contributo para o desenvolvimento sustentável, etc);
14 DE SETEMBRO DE 2017
ii. Quando se verifique uma igualdade de resultados no critério anterior será aplicado critério da máxima coexistência de usos e
actividades;
iii. iii. Sempre que o interesse público esteja em causa, nomeadamente por questões ambientais, os planos de uso podem determinar a
relocalização de usos ou atividades existentes.
ESTRATÉGIA
Municípios
aplicar os critérios enunciados
E.d. Realiza o ordenamento e o zoneamento dos espaços marítimos e costeiros e definir os critérios para dirimir os conflitos de uso e de
actividades.
0
MJCR; MTC; DA
E.d1. Estabelecer o regime jurídico para a utilização do
espaço marítimo nacional incluindo a outorgação do MITADER; DB
MIMAIP 0 0 0 0
MICULTUR; DC
respectivo título de utilização. (ver Pilar A, estratégia Af1 e
DD
Pilar E, estratégia Ea1 e Eb1).
GOVPROV
DF
59
1077
E.e. Estabelece pela utilização dos espaços usados as contrapartidas financeiras a serem pagas pelos utilizadores do mar
e das zonas costeiras.
MEF;
E.e1. Definir critérios para o estabelecimento de taxas pela Sectores 0
DA
utilização dos espaços marítimos. (ver Pelar A, estratégia utilizadores DB
0 0 0 0
Af1 e Pilar E, estratégia Ea1 e Eb1).
do mar;
DC
DD
GOVPROV; DF
MIMAIP SEPRIV
0
E.e.2. Aprovar e aplicar taxas de utilização dos espaços DA
ESTRATÉGIA
marítimos e costeiros.dos espaços marítimos. (ver Pilar DE, MEF DB
DC
estratégia DEb1)
DD
DF
60
I SÉRIE — NÚMERO 144
F.a. Realiza uma revisão curricular das necessárias disciplinas do SNE com vista a acomodar matérias ligadas à importância económica do
mar e das zonas costeiras a par das disciplinas relativas ao meio ambiente marinho e costeiro.
MIMAIP;
14 DE SETEMBRO DE 2017
MITADER;
F.a1. Realizar a revisão curricular do ensino primário e MTC;
MEDH
secundário nas matérias relativas ao mar e às zonas MIREME; 0 0 0 0 0
+ MCTESTP
costeiras.
MICULTUR;
GOVPROV;
ESTRATÉGIA
SEPRIV
F.b. Promove e incentiva o ensino técnico profissional com destaque para os domínios da construção e da reparação naval.
MTC;
MITADER;
F.b1. Efectuar um levantamento das profissões ligadas ao
MAEFP;
mar e realizar um estudo comparativo sobre os cursos MIMAIP 0 0 0 0 0
MTRAB;
técnico-profissionais existentes.
MCTESTP;
SEPRIV
MIMAIP;
MITADER;
F.b2. Promover cursos profissionalizantes no ensino técnico- MTC;
ESTRATÉGIA
profissional orientados para as actividades ligadas ao mar MCTESTP MITRAB; 0 0 0 0
com destaque para a construção e a reparação naval.
MICULTUR;
GOPROV;
SEPRIV
61
1079
ESTRATÉGIA
do mar.
F.
F.c3. Elevar
c3. Elevar o onível de treinamento
nível de treinamentodos formadores de
dos formadores de MTC;
MCTESTP;
marítimos e profissionais do mar, (STCW/IMO)
0 0 0 0 0
marítimos e profissionais do mar, (STCW/IMO).
SEPRIV
F.d. Incentiva através de programas educativos o interesse das crianças e dos jovens pela formação marítima
MEDH;
F.d1. Promover a divulgação nas escolas de temas sobre o
MITADER;
mar e as zonas costeiras nas suas diferentes vertentes: MIMAIP
0 0 0 0
MICULTUR;
histórica; cultural; social; económica; científica, e ambiental.
UNIV;
Museus;
F.d2. Fomentar programas de visitas de estudo a MEDH;
embarcações, instituições e locais relacionadas com o mar e MITADER;
MIMAIP
0 0 0 0
as zonas costeiras como forma de motivar o interesse dos MICULTUR;
estudantes para os assuntos do mar.
UNIV;
Museus;
ESTRATÉGIA
F.d3. Introduzir no desporto escolar as modalidades
marítimas de natação vela e remo em colaboração com os MEDH
MEDH;
MJD
0 0 0 0
clubes marítimos e as autarquias. (ver Pilar D, estratégia
DDf5)
62
I SÉRIE — NÚMERO 144
F.e. Promove a divulgação da produção investigativa sobre o mar e as zonas costeiras e os estudos sócio-culturais e
arquelógicos.
14 DE SETEMBRO DE 2017
MEDH;
F.e1. Realizar periodicamente concursos que MJUD;
MITADER;
estimulem as camadas jovens a interessarem-se pelo MTC; 0 0 0 0
mar e pelas zonas costeiras.
MICULTUR;
MIMAIP SEPRIV
ESTRATÉGIA
GOVPROV
e as zonas costeiras.
63
1081
1082
G.a. Envida esforços para encontrar as melhores soluções negociadas para a determinação e o estabelecimento de
todas as fronteiras marítimas no Oceano Índico.
G.a1. Negociar e concluir acordos sobre a delimitação das fronteiras MIMAIP;
MINEC 0 0 0 0
marítimas
MJCR
ESTRATÉGIA
MINEC
G.b3. Criar condições para que a representação nacional aos “fora”
MIMAIP;
internacionais sobre os assuntos do mar, tenha conhecimento profundo 0 0 0 0 0
MJCR
das agendas e alta qualidade negocial.
64
I SÉRIE — NÚMERO 144
14 DE SETEMBRO DE 2017 1083
Mecanismos de Implementação,
Monitorização e Avaliação
65
A
B
C
D
E
F
G
G.c. Estabelece um inventário dos recursos marinhos e costeiros partilhados e dos fundos marinhos e estabelecer
Mecanismos de implementação
87. A Política e Estratégia do Mar é um instrumento
0 0 0 0 0
0 0 0
0 0 0
PILARES
Bax
MIMAIP
Monitorização
96. A monitorização da aplicação da Política do Mar
COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL
Mar territorial – faixa de mar adjacente com a largura de até do território terrestre, até uma distância de 200 milhas marítimas
12 milhas marítimas contadas a partir da linha de base na qual da linha de base ou até ao bordo exterior da margem continental,
o Estado costeiro dispõe de direitos soberanos. nos casos em que este não atinja aquela distância.
Marítimos – designação genérica dos profissionais de mar Princípios de economia azul – filosofia que assenta, em
de todos os escalões, categorias e carreiras. modelos, a partir dos quais os processos produtivos (industriais,
Ordenamento territorial – o conjunto de princípios, comerciais, agrícolas e serviços), ao serem aplicados geram um
directivas e regras que visam garantir a organização do espaço desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental e social,
nacional através de um processo contínuo, flexível e participativo possibilitando o desenvolvimento económico.
na busca do equilíbrio entre o homem, o meio físico e os recursos
naturais, com vista à promoção do desenvolvimento sustentável. Resíduos – as substâncias ou objectos que se eliminam, que se
Património cultural – é o conjunto de bens materiais tem a intenção de eliminar ou que se é obrigado por lei a eliminar,
e imateriais criados ou integrados pelo Povo moçambicano também designados por lixos.
ao longo da história Recursos compartilhados – os recursos sob jurisdição de dois
Património arqueológico – vestígios, bens e outros indícios ou mais Estados que os compartem exclusivamente.
da evolução do planeta, da vida e dos seres humanos. Recursos ecológicos – os seres vivos e o meio ambiente onde
Património natural (marítimo) – o capital natural. vivem, bem como a influência que cada um exerce sobre o outro.
Pescaria – unidade de gestão e desenvolvimento da pesca, Turismo da linha azul – o que aproveita o litoral, as praias
composta por um sistema de elementos biológicos, ambientais, e os recursos marinhos e costeiros.
tecnológicos, socioeconómicos e culturais que interagem através Zona contígua – a faixa do mar adjacente ao mar territorial,
da acção da pesca.
a qual se estende até 24 milhas marítimas medidas a partir
Política do Mar – conjunto de directrizes de carácter
da linha de base.
constitutivo - normas e procedimentos a partir das quais devem
ser formuladas e implementadas outras políticas - e as acções Zona costeira ou espaço costeiro – zona entre o limite
governamentais (estratégias) voltadas para a resolução de das águas territoriais, no mar, e o limite dos distritos costeiros,
problemas de interesse público que têm lugar no mar e nas zonas em terra.
costeiras. Zona Económica Exclusiva – a faixa do mar além e adjacente
Plataforma continental – a faixa que se estende para além ao mar territorial que se estende até à distância de 200 milhas
do mar territorial e compreende o leito e o subsolo das áreas marítimas a partir da linha de base a partir do qual se mede
submarinas em toda a extensão do prolongamento natural o mar territorial.
Preço — 182,00 MT