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JURISPRUDÊNCIA

1. A competência para julgamento de controvérsia que diz respeito a pretensão de recomposição do


equilíbrio econômico-financeiro do contrato, que não ostenta índole administrativa (ou seja, que não
envolve pessoa da Adm Direita ou Indireta), e reconvenção relacionado a devolução de adiantamentos
realizados nesse mesmo acordo, entre empresas privadas, é das Turmas de Direito Privado, (No caso,
uma das empresas negociantes tinha parte de seu capital pertencente a Adm. Pública, mas não era
pessoa jurídica de direito público direto e nem indireto, sendo privada). 2022.

2. Não é cabível a sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão do Presidente do
Tribunal, que defere ou indefere a contracautela, em suspensão de liminar de sentença ou suspensão
de segurança.

3. Não é possível a Turma Recursal nos Juizados Especiais da Fazenda Pública realizar juízo prévio de
admissibilidade de Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei (PUIL) a ser julgado pelo STJ.

4. Nas demandas envolvendo valores relacionados ao FUNDEF/FUNDEB, é possível a utilização


dos juros moratórios dos precatórios para pagamento dos honorários contratuais, ante a
natureza autônoma dos juros em relação à verba principal. (NÃO CONFUNDIR: O STF, ao julgar
a ADPF n. 528, vedou o pagamento de honorários advocatícios contratuais com recursos alocados no
FUNDEF/FUNDEB, mas ressalvou, permitindo o pagamento de honorários advocatícios contratuais
valendo-se da verba correspondente aos juros de mora incidentes sobre o valor do precatório)

5. A determinação para que os provedores de busca na internet procedam a desvinculação do


nome de determinada pessoa, sem qualquer outro termo empregado, com fato desabonador a
seu respeito dos resultados de pesquisa não se confunde com o direito ao esquecimento,
objeto da tese de repercussão geral 786/STF. (Em outras palavras, a Terceira Turma do STJ não
determinou que os provedores de busca na internet retirassem o resultado acerca da fraude no
concurso do índice de pesquisa (que mencionava certa pessoa), mas apenas determinou a
desindexação, isto é, a desvinculação do nome da autora, sem qualquer outro termo empregado, com
o fato relacionado à suposta fraude no concurso público, ocorrido há mais de uma década. Que é
diferente do direito ao esquecimento)

6. A propositura da ação revisional pelo devedor interrompe o prazo prescricional para o


ajuizamento da ação executiva.

7. A regra do art. 1.005 do CPC/2015 não se aplica apenas às hipóteses de litisconsórcio unitário, mas,
também, a quaisquer outras hipóteses em que a ausência de tratamento igualitário entre as partes
gere uma situação injustificável, insustentável ou aberrante. O efeito expansivo subjetivo dos recursos
decorre da previsão no art. 1.005 do CPC/2015 de que "o recurso interposto por um dos litisconsortes
a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses". ( A partir dessas premissas,
conclui-se que a expansão subjetiva dos efeitos do recurso pode ocorrer em três hipóteses: quando (I)
há litisconsórcio unitário (art. 1.005, caput, c/c o art. 117 do CPC/2015); II) há solidariedade
passiva (art. 1.005, parágrafo único, do CPC/2015); e III) a ausência de tratamento igualitário entre
as partes gerar uma situação injustificável, insustentável ou aberrante).

8. Em demandas relativas a direito à saúde, é incabível ao juiz estadual determinar a inclusão da


União no polo passivo da demanda se a parte requerente optar pela não inclusão, ante a
solidariedade dos entes federados.

9. O art. 3º da Lei n. 9.469/1997, que condiciona a concordância do Advogado-Geral da União e


dirigentes máximos das empresas públicas federais com pedido de desistência de ação à
expressa renúncia ao direito em que se funda a ação, não se aplica na execução de título
judicial. (A pessoa acionou um universidade federal, ganhou, quando o cara foi executar,
fechou acordo, e entrou com pedido de desistência da ação, contudo, alei dispunha que para
ocorrer isso o exequente deve renunciar ao direito de ação – que frise, já tinha sido exercido e
com êxito – deste modo o STJ entendeu que em sede de execução, não se aplica a condição
(do art. 3º - Lei n. 9.469/97) de ter que renunciar a direito já reconhecido.

10. O STJ é pacífico quanto à impossibilidade de manifestação, em sede de Recurso Especial,


ainda que para fins de prequestionamento, a respeito de alegada violação a dispositivos da
Constituição Federal.

11. Não há vedação à adoção da variação dos Certificados de Depósitos Interbancários - CDI como
encargo financeiro em contratos bancários, devendo o abuso ser observado caso a caso, em
cotejo com as taxas médias de mercado regularmente divulgadas pelo Banco Central do Brasil
para as operações de mesma espécie, o que não ocorre na espécie.

12. É possível ao devedor poupar valores sob a regra da impenhorabilidade no patamar de até
quarenta salários mínimos, não apenas aqueles depositados em cadernetas de poupança, mas
também em conta corrente ou em fundos de investimento, ou guardados em papel-moeda.

13. O Defensor Público, atuando em nome da Defensoria Pública, possui legitimidade para impetrar
mandado de segurança em defesa das funções institucionais e prerrogativas de seus órgãos
de execução, atribuição não conferida exclusivamente ao Defensor Público-Geral. Unidade e da
indivisibilidade.

14. O Protocolo de Las Leñas, do qual o Brasil é signatário, não traz dispensa genérica da
prestação de caução, limitando-se a impor o tratamento igualitário entre todos os cidadãos e
residentes nos territórios de quaisquer dos Estados-Partes. Cumpre assentar que a exigência de
caução, nos termos do Código de Processo Civil, não é imposta em razão da nacionalidade da parte,
mas em vista da verificação de que o autor não tem residência no território nacional, tampouco bens
imóveis aqui localizados. 

15. O prazo estabelecido pelo juiz no despacho de citação não configura matéria controvertida
entre as partes a demandar a prolação de uma decisão, não se apresentando insuscetível de
novo pronunciamento.

16. O art. 4º, 'b', do Decreto-Lei n. 1.510/1976 concedeu isenção apenas para transmissão da
participação acionária 'mortis causa', não ampliando a sua abrangência para momento
posterior - ressalvada, exclusivamente, a hipótese em que a própria aquisição por herança se
desse durante a vigência do Decreto-Lei n. 1.510/1976 e o sucessor permanecesse na
respectiva posse pelo período de cinco anos, necessariamente anteriores à revogação do
benefício pela Lei n. 7.713/1988, e depois promovesse a sua alienação onerosa. nesse ponto, é
inquestionável que a legislação tributária, enquanto vigente, concedeu o benefício da isenção, em
relação à sucessão causa mortis, somente para o ganho de capital apurado na primeira alteração da
titularidade (isto é, na transmissão do de cujus para o seu sucessor). Mesmo na vigência da citada
norma, não havia previsão concedendo isenção para a segunda operação de transferência (a
alienação onerosa, do herdeiro para terceiros, da participação acionária).

17. É válida a penhora do bem de família de fiador apontado em contrato de locação de imóvel, seja
residencial, seja comercial, nos termos do inciso VII, do art. 3º da Lei n. 8.009/1990.

18. A prerrogativa de prazo em dobro para as manifestações processuais também se aplica aos
escritórios de prática jurídica de instituições privadas de ensino superior.

19. A interferência do Poder Judiciário em regras de elevada especificidade técnica do setor


elétrico por meio de liminar configura grave lesão à ordem e à economia pública.

20. A interferência do Poder Judiciário em regras de elevada especificidade técnica do setor


elétrico por meio de liminar configura grave lesão à ordem e à economia pública. Cuida-se de
agravo interno, interposto contra a decisão que deferiu o pedido de suspensão dos efeitos do decisum
do Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para suspender medida liminar que
determinou à Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE) que limitasse "a aplicação do
Fator GSF - Generation Scaling Factor - sobre as AHE exploradas pelas autoras, considerando a
redução máxima das respectivas garantias físicas em 5% (cinco por cento).

21. A mera pendência de ação judicial no Brasil não impede a homologação da sentença estrangeira, mas a
existência de decisão judicial proferida no Brasil contrária ao conteúdo da sentença estrangeira impede a sua
homologação. Homologação de sentença estrangeira. Guarda de criança concedida ao pai. Ação judicial
posterior, com trânsito em julgado, na jurisdição brasileira. Dispositivos em conflito. Sentença estrangeira não
homologada.

22. O prazo de 10 (dez) dias, previsto no art. 8º da Lei n. 11.101/2005, para apresentar impugnação à habilitação de
crédito, deve ser contado em dias corridos. Recuperação judicial. Impugnação à habilitação de crédito.
Contagem do prazo. Dias corridos.

23. Ficha de cadastro de trabalhadores emitida em nome de trabalhador rural em data anterior ao
ajuizamento de demanda com pedido de aposentadoria rural configura documento novo apto a
demonstrar o início de prova material.

24. Não cabe Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei Federal - PUIL em questões de direito
processual.

25. Nos termos dos arts. 18 da Lei n. 7.347/1985 e 87 do CDC, não há condenação em honorários
advocatícios na Ação Civil Pública, salvo em caso de comprovada má-fé.

26. Há violação aos limites das matérias que podem ser discutidas em ação de desapropriação direta
quando se admite o debate - e até mesmo indenização - de área diferente da verdadeiramente
expropriada, ainda que vizinha.

27. Não cabe recurso especial contra acórdão proferido pelo Tribunal de origem que fixa tese jurídica em
abstrato em julgamento do IRDR, por ausência do requisito constitucional de cabimento de "causa
decidida", mas apenas naquele que aplique a tese fixada, que resolve a lide, desde que observados
os demais requisitos constitucionais do art. 105, III, da Constituição Federal e dos dispositivos do
Código de Processo Civil que regem o tema.
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A Primeira Turma do STJ permitiu que uma exequente desistisse do processo sem precisar renunciar ao direito
reconhecido na sentença em execução e entendeu também não ser necessária a concordância da parte executada
para isso. Para o relator do caso, a única finalidade da execução é a satisfação do crédito e sua razão de ser está
relacionada exclusivamente ao interesse do credor, podendo dela desistir, no todo ou em parte. 22/08/2022.

Empresário precisa de autorização do cônjuge para ser fiador da empresa. STJ diz que reconhecer fiador sem
autorização pode comprometer o patrimônio comum do casal.

em caso de perda total do bem segurado, a indenização deve corresponder ao valor do efetivo prejuízo
experimentado no momento do sinistro, observado o valor máximo previsto na apólice do seguro de dano.
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1. a tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder
não for interposto o respectivo recurso", a leitura que deve ser feita do dispositivo legal, tomando como
base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente
ocorrerá se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária. (12 / 2018).

2. Cinge-se a controvérsia a analisar as consequências do vício formal da inicial da rescisória consistente


em pedir a rescisão da sentença em vez do acórdão que a substituiu, na vigência do CPC/1973.
Contudo, dificilmente se sustentaria na vigência do CPC/2015, tendo em vista o princípio da primazia
da resolução do mérito, bem como a norma do art. 968, §§ 5º e 6º, que estatui uma hipótese
específica de emenda à petição inicial da ação rescisória, destinada justamente ao saneamento do
vício relacionado à inobservância do efeito substitutivo dos recursos. O pedido de rescisão da
sentença, em vez do acórdão que a substituiu, não conduz à impossibilidade jurídica do
pedido, constituindo mera irregularidade formal.

3. O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo
de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da
questão no recurso de apelação e excepcionalidade.

4. Em caso de indeferimento da petição inicial(de execução de contrato extrajudicial) seguida de interposição de


apelação (que é o cabível para indeferimento da exordial e até o momento não houve citação) e a integração do
executado à relação processual (agora sim juiz manda citar o Réu para apresentar defesa da apelação sob
indeferimento e ai sim toma conhecimento de tudo que está acontecendo – caso não se retrate em 5 dias),
mediante a constituição de advogado e apresentação de contrarrazões, se confirmada a sentença extintiva do
processo, é cabível o arbitramento de honorários em prol do advogado do vencedor (art. 85, § 2º, do CPC).
Assim mesmo não havendo fixação inicial de verba honorária, é devido a fixação quando o réu foi citado e
constituiu advogado.

5. O rol de legitimados do art. 756, §1º, do CPC/2015, acerca dos possíveis legitimados para a
ação de levantamento de curatela, não é taxativo, terceiro juridicamente interessado pode
acionar judicialmente o pedido.

6. É admissível o uso da técnica executiva de desconto em folha de dívida de natureza alimentar


ainda que haja anterior penhora de bens do devedor. Não superior a 10 %, podendo ainda
combinar com a penhora de bens a depender do tamanho da dívida.

7. Em ação de execução hipotecária, o credor hipotecário pode requerer a adjudicação do imóvel


penhorado pelo valor constante do laudo de avaliação, independentemente da realização de
hasta pública. Quitará o saldo devedor por completo, sem precisar, ele, complementar caso
fosse vendido em hasta publico por preço inferior ao devido.

8. A decisão proferida em processo penal que fixa alimentos provisórios ou provisionais em favor
da companheira e da filha, em razão da prática de violência doméstica (lembrar da natureza
híbrida da maria da penha), constitui título hábil para imediata cobrança e, em caso de
inadimplemento, passível de decretação de prisão civil.

9. É necessária a produção de prova técnica para se concluir pela existência de concorrência


desleal decorrente da utilização indevida do conjunto-imagem (trade dress) de produto (é
quando uma empresa copia a identidade visual de outra), no caso para aferir se houve
concorrência desleal é necessária prova pericial e não é suficiente a mera comparação de
imagens pelo juiz.
10. O recurso interposto pela Defensoria Pública, na qualidade de curadora especial, está
dispensado do pagamento de preparo.

11. A Súmula Vinculante n. 56/STF é inaplicável ao preso provisório. Diz a súmula, "A falta de
estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais
gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS." Ou seja,
ela só é aplicável a pessoa que pegou pena, sentença, não ao preso cautelarmente (temporária ou
preventivamente)

12. Ausência de juntada dos votos divergentes. Nulidade do acórdão configurada. Haverá nulidade do acórdão que
não contenha a totalidade dos votos declarados, mas não do julgamento, se o resultado proclamado refletir,
com exatidão, a conjunção dos votos proferidos pelos membros do colegiado. Cabe ao tribunal de origem
providenciar a juntada do(s) voto(s) vencido(s) declarado(s), observando, para tanto, as normas de
seu regimento interno, e, em seguida, promover a sua republicação.

13. Usucapião extraordinária. Intervenção de terceiros. Oposição. Não cabimento. Não cabe intervenção de
terceiros na modalidade de oposição na ação de usucapião, pois o edital já serve como anuncio a interessados.

14. Se, em razão de determinação judicial, a Administração não pode realizar nem concluir o interrogatório de
servidor em processo administrativo disciplinar, sem que este possa seguir seu curso natural, deve-se
considerar, por via transversa, suspenso o prazo prescricional. Julho de 2022

15. A habilitação de advogado em autos eletrônicos não é suficiente para a presunção de ciência
inequívoca das decisões, sendo inaplicável a lógica dos autos físicos.

16. A decisão interlocutória que afasta a alegação de prescrição é recorrível, de imediato, por meio
de agravo de instrumento.

17. É necessária a instauração do incidente de desconsideração da personalidade da pessoa


jurídica devedora para o redirecionamento de execução fiscal a pessoa jurídica que integra o
mesmo grupo econômico, mas que não foi identificada no ato de lançamento (Certidão de
Dívida Ativa) ou que não se enquadra nas hipóteses dos arts. 134 e 135 do CTN.

18. É admissível, em caso de urgência, nos termos do art. 37 do CPC/1973 (art. 104, § 1º, do
CPC/2015 – 15 dias para juntar procuração), a regularização da representação processual do
autor/agravante, em segunda instância, a partir do translado do instrumento de procuração a
ser juntado na origem no prazo assinado em lei.

19. A incapacidade superveniente de uma das partes, após a decretação do divórcio, não tem o
condão de alterar a competência funcional do juízo prevento. (O caso trata de situação em que
foi proposta divórcio e partilha, e assim, o juízo competente da partilha é o mesmo do divórcio.
Se uma das partes fosse incapaz, o divórcio se daria no foro do domicílio deste, contudo, se
após o divórcio o juiz fosse iniciar a partilha surgisse a informação de que a ré se tornou
incapaz, isso mudaria o juízo para o domicilio desta “recente incapaz”? não segundo STJ, pois
a competência funcional (divórcio e partilha) é absoluta e não admite derrogação ou
modificação.

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