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Óleos lubrificantes cumprem funções primordiais; entenda a


especificidades
escrito por Daniel Santos
24/10/2019

Por Ricardo Ferreira Garcia*

Lubrificar é aplicar uma substância entre duas superfícies em movimento relativo evitando o contato direto en
promovendo diminuição do atrito, e consequentemente do desgaste e da geração de calor. Além disto, tem a f
refrigerar, retirando o calor gerado por contato entre superfícies em movimento relativo, uma vez que o lubrifi
representa um meio de transferência de calor. Outra função é limpar e manter limpo motores de combustão i
retira as partículas resultantes do processo de combustão e as mantêm em suspensão no óleo, evitando que s
fundo do cárter e provoquem incrustações. São responsáveis também pela proteção contra a corrosão e desg
presença de aditivos específicos.

Os primeiros lubrificantes eram de origem animal, mas com o passar do tempo, a humanidade foi aperfeiçoan
novos inventos, e por necessidade, os lubrificantes foram evoluindo também, passando a ter bases de origem
e sintética. Os atuais são uma composição de óleos básicos, que podem ser minerais ou sintéticos, com aditivo
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parte dos lubrificantes utilizados atualmente é obtida a partir do petróleo ou produzida em usinas de química
matérias-primas com características lubrificantes também são chamadas de bases lubrificantes.
Colhedoras TC e TX:
melhor performance...
Os lubrificantes são geralmente classificados quanto à sua origem, sendo os principais – orgânico, vegetal, anim
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semissintético e sintético; e quanto ao estado físico – sólido, pastoso, líquido e gasoso.

Para oferecer outras características de desempenho, proteção e aumentar sua vida útil são adicionados aditivo
Moldando o mármore do
lubrificantes. As principais
mercadofunções dos aditivos são agir como detergente, dispersante, antioxidante, antiferrug
antiespumante, além do controle da viscosidade, ponto de fluidez, resistência a pressões elevadas, neutralizaç
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compostos ácidos formados e formação de depósitos nos componentes internos do motor. Os principais lubri
utilizados atualmente no setor agrícola são óleos e graxas lubrificantes.
Terminologia adequada
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Os óleos lubrificantes compõem uma grande linha de produtos para o setor de automóveis, motocicletas, cam
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agricultura e off-road. Entre os principais produtos, estão os óleos paraPrivacy


motores, transmissões
& Cookies Policy e sistemas hidr
normalmente classificados quando à viscosidade e nível de desempenho.

Classificação quanto à viscosidade – SAE

A viscosidade é definida como a resistência que um fluido oferece ao seu próprio movimento, e é obtida exper
em laboratório, utilizando-se um aparelho chamado viscosímetro. A temperatura do teste deve ser constante,
viscosidade é uma propriedade que se altera de acordo com a variação da temperatura. Quanto maior for a te
maior será a facilidade de escoamento.

A classificação utilizada pela Society of Automotive Engineers (SAE) tem um critério de classificação que teve ac
generalizada pelos fabricantes de veículos e de lubrificantes e divide os lubrificantes em dois grupos – inverno

Grau de inverno

São óleos que possibilitam uma fácil e rápida movimentação, tanto do mecanismo quanto do próprio óleo, me
condições de frio rigoroso ou na partida a frio do motor, e cuja viscosidade é medida a baixas temperaturas, d
tem a letra W (winter, inverno em inglês) acompanhando o número de classificação. Os testes para óleos de gr
levam em consideração a resistência que o produto oferecerá na partida a frio do motor e a facilidade de bom
circulação em baixas temperaturas. Os principais grupos são 0W, 5W, 10W, 15W, 20W e 25W, sendo o de meno
viscoso.

Grau de verão

São óleos que trabalham em altas temperaturas, sem o rompimento de sua película lubrificante, pois quanto m
óleo, menos viscoso ele se apresenta. Os óleos de grau de verão têm, portanto, sua viscosidade medida a altas
Os testes dos óleos de grau de verão verificam a operabilidade do lubrificante em altas temperaturas, ou seja,
capacidade de oferecer proteção em regimes extremos. Os principais grupos são 20, 30, 40 e 50.

Óleos multiviscosos

Existem óleos que, ao mesmo tempo, atendem às duas exigências – grau inverno e verão. É o caso dos óleos m
cuja classificação reúne graus de óleos de inverno e de verão. Por exemplo, um óleo SAE 20W/50 mantém a vis
adequada, tanto em baixas temperaturas, se comportando como um óleo SAE 20W, facilitando a partida a frio
altas temperaturas, se comportando como um óleo SAE 50, garantindo uma perfeita lubrificação.
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Os óleos multiviscosos são os preferidos pela indústria de veículos, pois apresentam o melhor desempenho em
Colhedoras
condições de temperatura TC e TX:
de funcionamento, com tendência a óleos SAE 5W30, 5W40, 10W30, 10W40 e 15W4
melhor
mais modernos, e SAE 20W50performance...
e 25W50 para veículos com mais de 100.000 km de uso ou utilizados continuam
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Classificação dos óleos lubrificantes quanto ao nível de desempenho

A classificação da American Petroleum Institute (API) está relacionada ao nível de desempenho do lubrificante.
Moldando o mármore do
qualidade da proteção fornecida pelo lubrificante ao mecanismo que está sendo lubrificado.
mercado
02/12/2020
No caso de lubrificantes, o instituto API estabelece os parâmetros de desempenho através de uma sequência d
complexos e específicos de acordo com metodologias padronizadas. Atualmente, é a mais utilizada em conjun
para motores e transmissões. A classificação
Terminologia adequada API para óleos de motor abrange dois grupos – motores otto e di
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Motores Otto – gasolina, álcool e GNV

Esta classificação é identificada pela letra S, de spark (faísca). Dentro desta classificação, há diferentes níveis de
identificados pela adição de uma letra após o “S” que identifica o nível de evolução do lubrificante. O lubrifican
tem a classificação SN PLUS.

SN – Introduzido em outubro de 2010, é projetado para fornecer proteção aprimorada de depósito de alta tem
pistões, controle mais rigoroso de carbonização e compatibilidade de vedação, e proporciona economia de com
aprimorada, proteção do turbo compressor, compatibilidade do sistema de controle de emissões e proteção d
operam com combustíveis que contêm etanol até E85. Em maio de 2018, A API começou a licenciar óleos com
SN PLUS.

SM – Ainda utilizado em motores até 2010.

SL – Ainda utilizado em motores até 2004.

SJ – Ainda utilizado em motores até 2001.

SH, SG, SF, SE, SD, SC, SB e SA – Não são adequados para uso na maioria dos motores automotivos atuais
Podem não fornecer proteção adequada contra o acúmulo de carbonização, oxidação ou desgaste do m
lubrificantes são considerados obsoletos.

Motores diesel

Esta classificação é identificada pela letra C, de commercial (linha comercial ou frotas), ou compression (compr
deste grupo, também há diferentes níveis de tecnologia, identificados pela adição de uma letra após o C.

CK-4 – Essa categoria de serviço descreve os óleos para uso em motores a diesel de ciclo de quatro tempos de
Foram projetados para atender aos padrões de emissão de descarga de veículos rodoviários de 2017 e anterio
da norma Tier 4, de veículos fora de estrada. São formulados para uso em todas as aplicações de combustíveis
de enxofre de até 500 ppm. No entanto, o uso desses óleos com mais de 15 ppm de enxofre pode afetar a dur
sistema de pós-tratamento de exaustão e/ou o intervalo de drenagem do óleo. Esses óleos são especialmente
manter a durabilidade do sistema de controle de emissões, onde são usados filtros de partículas e outros siste
de pós-tratamento, e são projetados para fornecer proteção aprimorada contra sua oxidação, perda de viscos
proteção contra desativação do catalisador, bloqueio de filtro de partículas, desgaste do motor, depósitos de p
LEIA MAIS
degradação das propriedades de baixa e alta temperatura. Os óleos API CK-4 excedem os critérios de desempe
CI-4 com CI-4 PLUS, CI-4 e CH-4 e podem lubrificar efetivamente os motores que exigem essas categorias de se
Colhedoras TC e TX:
óleo CK-4, com maismelhor
de 15 ppm de combustível de enxofre, deve-se consultar o fabricante do motor para obte
performance...
recomendações sobre intervalos de manutenção.
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CJ-4 – Atende as mesmas características do API CK-4, porém para veículos até o ano de 2010 e anteriores. Os ó
excedem os critériosMoldando o mármore
de desempenho do com CI-4 PLUS, CI-4, CH-4, CG-4 e CF-4 e podem lubrificar efe
da API CI-4
motores que exigemmercado
essas classificações. Ao usar óleo CJ-4 com mais de 15 ppm de combustível de enxofre, de
02/12/2020
o fabricante.

CI-4 – Introduzido em 2002, são para motores de alta rotação e quatro tempos e projetados para atender aos
Terminologia adequada
emissão de descarga de 2004. São formulados para manter a durabilidade do motor onde é usada a recirculaç
24/11/2020
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escape e destinam-se ao uso com diesel combustíveis com teor de enxofre até 0,5% em peso. Podem ser usad
óleos CD, CE, CF-4, CG-4 e CH-4. Alguns óleos CI-4 também podem se qualificar para a designação CI-4 PLUS. 
CH-4 – Introduzido em 1998, são para motores de alta rotação e quatro tempos, projetados para atender aos p
emissão de escape de 1998. Os óleos CH-4 são compostos especificamente para uso com combustíveis diesel
enxofre de até 0,5% em peso. Podem ser usados no lugar dos óleos CD, CE, CF-4 e CG-4.

CG-4, CF-4, CF-2, CF, CE, CD-II, CD, CC, CB e CA – Não são adequados para uso na maioria dos motores autom
ciclo Diesel, são considerados obsoletos.

A API também classifica óleos lubrificantes de engrenagens. A classificação é identificada pelas letras GL, de ge
(lubrificantes de engrenagens) com a adição de um número que corresponde ao nível de tecnologia. As design
que estão em uso atualmente são:

GL-5 – Lubrificantes destinados a engrenagens, particularmente hipóides, em eixos que operam sob várias com
alta rotação com variação de carga, e condições de baixa rotação com alto torque. Os requisitos de atrito para
equipados com diferenciais de deslizamento limitado são normalmente definidos pelo fabricante do eixo.

GL-4 – Lubrificantes destinados a eixos com engrenagens cônicas em espiral operando sob pressão moderada
severas de rotação e carga, ou eixos com engrenagens hipóides operando sob condições moderadas de rotaçã
eixos equipados com diferenciais de deslizamento limitado possuem requisitos adicionais de fricção normalm
pelo fabricante do eixo.

As designações de serviço GL-6, GL-3, GL2 e GL-1 não estão em uso atualmente.

Durante a manutenção do motor, caixa de transmissão, sistema hidráulico, redução final, outro item do autom
máquina agrícola, a consulta ao manual do fabricante é imprescindível, pois a troca da viscosidade e tipo de se
lubrificante pode acarretar em perda de garantia e danos irreversíveis, como desgaste de pistões, anéis, casqu
engrenagens, mancais e cilindros, entre outros.

Graxas lubrificantes

Na LEIA MAIS
maioria das vezes, as graxas são usadas quando as condições de projetos requerem um lubrificante sólido
com características de desempenho similares ao dos óleos lubrificantes.
Colhedoras TC e TX:
Para cada aplicação melhor performance...
específica, uma combinação adequada de espessantes, óleos e aditivos, quimicamente est
permite lubrificação09/12/2020
eficaz, com menores custos de manutenção.

A graxa é a mistura de um óleo lubrificante, geralmente mineral, com um engrossador, geralmente um sabão
Moldando o mármore do
certos casos mais um aditivo. O sabão metálico, de 3 a 40% em massa, aumenta a resistência ao calor, à umida
mercado
centrífuga e ao desgaste. As graxas são mais usadas em temperaturas menores que 90oC, em pontos com baix
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vedação imperfeita e devem possuir boa adesividade e resistência ao trabalho.

Terminologia
Classificação de graxas adequada
lubrificantes – NLGI

A classificação NGLI 24/11/2020


é realizada quanto ao grau de consistência das graxas lubrificantes, que é a resistência qu
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deformação sob a aplicação de uma força, e é determinada pelo grau National Lubricating Grease Institute (NL
menos consistentes do que zero são chamadas semifluidas, as mais resistentes do que seis, são de bloco. 
Tipos de constituintes das graxas lubrificantes

As graxas mais comuns utilizadas são de sabão metálico e são de grau NLGI 2. São constituídas de óleos miner
sabões metálicos, resultado da mistura de um óleo graxo e uma base metálica, como cálcio, sódio e lítio. Como
graxas podem ser aditivadas para alcançar características específicas.

As graxas de lítio são também denominadas de múltiplas aplicações (multipurpose). São recomendadas para t
variáveis entre -10°C e 150°C e em presença de umidade, mistura com a água sem perder qualidades lubrifica
bombeabilidade facilita seu uso em pistolas graxeiras e sistemas de lubrificação. São usadas tanto no campo a
industrial, como na lubrificação de mancais de buchas e rolamentos, pinos e chassis e em todas as máquinas e
sujeitos à umidade, à poeira, ao calor e ao choque. Podem substituir as graxas de cálcio e de sódio em suas ap
possuem ótimo comportamento em sistemas centralizados de lubrificação.

As graxas de cálcio são destinadas a lubrificação de máquinas em locais úmidos em virtude de ser insolúvel em
água e umidade. Apresentam a propriedade de engrossar quando contaminadas com água. Suportam até 75o
de gota varia de 72 a 99oC. Devido ao fato de a maioria das graxas de cálcio conter 1% a 2% de água em sua fo
como a evaporação desta água promove a decomposição da graxa, elas não são indicadas para aplicações com
acima de 60ºC (rolamentos, por exemplo). As maiores aplicações das graxas de cálcio são na lubrificação de m
chassis de veículos e bombas de água. Os mancais devem ter velocidade e temperaturas moderadas.

As graxas de sódio possuem uma textura que varia de fina até fibrosa. Resistem a altas temperaturas, até 180o
de gota varia de 135 a 180oC, sendo, porém, solúveis em água. Suas maiores aplicações são os mancais de rola
juntas universais, desde que não haja presença de água.

* Ricardo Ferreira Garcia é doutor em Engenharia Agrícola e professor da Universidade Estadual do Norte Flumine
Ribeiro (UENF)

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