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Immanuel Kant Fundamentagao da Metafisica dos Costumes TRADUZIDA DO ALEMAO POR PAULO QUINTELA see Pe | ee ano te a Pal foal te Cabal ine aor ees lee tes cece) tees oe a... a. = ee et aaa a cot ae Wie ce Sls ‘ers te ting prc Coimbra, Margo de 1960 I PREFACIO A velba filosefia grega divitinse em tts ciéncas: Pica, « Eien ¢ a Logica, Esta divisi etd perftamente conforme com a natureza das cosas, e nada hd a corgi nela ft nfo ser apenas acrecentar 0. prindpio em que. se bese, para deste modo, por um lad, nos asegurarmos da sapere Seige, c, por outro, podermosdeterminar exactamente as ‘ecesriasSubdivites Todo conhecimento raional &: om material ¢ considera walquer objec, ou formal e ocspese apenas de forma do Entendimenio e da razdo em si meamas © das regs univer. Sats do penser em eral, som distingdo dos obectos. A filosofia Sormal hama-se Lsgica; 2 material porkm, If que se ccope ‘de determinados obectos e das leis 4 que eles etto sibmett dos, € por sua vez dupla, pois que estas leis on sto lets da hnatarezn ow leis da iberdade nia da princi chamase Fisica, a da outra é a Etica; aguela chama-se também Teoria a Natureze, eta Teoria dos Costumes. ‘A Légica ndo pode ter parte enpirca, ito & pate em ave as let universe necesirias do\ pensar asseatasem em i BA, rinipios trades da experinca, pois que entio nto seria gia, to bum coonc pata énzndirons ov pra e raxio 418 €vilido para todo o pensar © gue om de ser demonstrate Em contoposie, tanto « Filesofir natural como a Filomfa ‘moral podem cada uma ter a sua parte emprce, porque agua tem de determinar as lis da natiesa come objec da pe rics, exa portm at de vontae do home enguanto ee € ‘fects pela natures; quer dizer, a primers como. leis Segundo de quate tudo acntce, asf segandas como ls segundo 48 quis tudo deve acontecr, mas ponterand também a com Sighs sob as quate mins vezes ado aconee que devia scone, (| Podensechamar empirica «toda flosofa que se basie fm prindpios da experincia, ila port ejes, doueinas Se. cpolam em prinpioe 2 pict chame-se ese’ para Ea lima, quando € simplemente formal, chima-se LSgic: ‘nas quando © linita a dterminades ojecos do entendnenta Ghamese Meafisics '¢ Desta mancira sige a ideia duma dupla meafsie, uma Meafisica da Natareza ¢ uma Motatistes dos Contain A Pica terd portnto a. sua pe empitica, mat tambon: tna parte rand; igunente @ ica, se bem ue meta @ parte emprica se podsria chanar especialmente Avitopologia rites, enguant racional. seria" Moral propranate fe Todas at indistrie,oftiose artes gatharam pela divi sto do trabalho, |] com a experitnda de que ndo'€ um sé hamem gue fix tuto, linitndove cada wa cet trabalho, ae pela oui tna se dtingne de outros, para poder fuser tom maior perf « com mais Jacidate, One o hake. the nao etd ‘asin diferencide'c repartd, onde cada al Ehomem de wil ofin, rena inde nas adores a whior das barbriss. Mas, em fae deste objec quem sino parece indigno de" ponders, perguntrsed. ‘floss ‘pure TBA V, vi — em odes as suas partes, no exige um homem especial; © s¢ tio seria nas satsfatirio 0 estado total dr indistinct Gia se agueles que esto habitades a vender'o emplrico mis turado com 0 racona, cnforme 0 gosto do. pie, cm pro- pores deconhecidas eles mesos, que 4s pripios se chow Imam pensadoes‘ndependentes e chamam sonhadores «outros ‘que epenas prepara parte raionl, sem advertidos de Iilo exercerem ao mesmo tempo dois ofios tao diferentes nat suas tra, para cada do urs se cxige aloe un talento especial cena reunido numa 38 pessoa prod apenes remer™ dies. Mas aga inito-me a perguntar © 2 natureza da it~ Cia mio exige que se ditings sempre eidadesamente a pate mplrce deporte rail ¢ ue se aneponha i Pies pro= Priament dies emprca) uma Metofiicn da Nanweve, 2 ‘Aniopolgia pritica uma Metefisice ds Costumes, que deve- Tia ser cdadosamentedepuada de todos os elements empl rico, para se chegar «saber de quanto £capaz em ambos 05 casos a izdo pura e de gue fonts cla prépra tira 0 seu ensino 2 prion. Esa itima tare poderia, slit, ser Tevude a cabo Por todos os morals (jo home €Iegiae), ow por algun Teles qu se sentiem com vocacto para bs op eo periment tte agra es fl sia moral, resting queso posta wo ponte sequintes Nae @rveade que € da mals extrema neacdade laborer sm di tun paro FilsofiaMoral que ssja completamente depuradt ae tudo gue posta ser somente empire perenga 1 Atos pologia? Quel tenha de aver ua al ila, real om Evidenco da iden comm do devere das les mora Tod 4 gente tem de confssar que un Te ue tenka de ater morale tment, isto € como fundamen dina. obrigasao, tem de tet msi uma necesdade absolut; que © mandemento:. «no deves ment, no € vido somente pare os homens cue culos ‘eres racionais se no terion se imporar tom ee! © asi todas as restmtes leis propramente morass que, por eat squint, © prinlpa dt obrigaio. 20 se hi-de uteri i BA Vil, vin ee ee eee ee eet ce as eee So ee eo oe fe ee ee Param ag igen are a cesar te Me nee See (ee ela ee ee co Se ee ee ene ee eee ae Se ee ee a fae ee een ies Sk cio at recent pons A rete pe eet Oa era ote San ees ee es ee oe ee a et ae ee leh rag re le ei Ug ee ee a crea es pate ns eae ee a ee ee ances ae ete ee eee pa eo 1 BAIR eee ee Poe eae ead near Se ee ee aa ee See ee ng eee mpeereniape ed eee See oe ome a re ee ee Pe aay ee eee ee eae Finale Tele En pe es ele oe as ee ee Remit ccm rr mee 2 es ee ee eae 08 Princo dhema posivel voniade pura,-€ nd as ccies € ee oF 8 coe er a SB a oe J) BA xi, xt moras € de deve, ndo costo objeao alguma ao que five. Pere or nos date te eh ke” fiom fide ideia gue dela facem;, noo dstinguen os nog 20 fami ie ci ta spo et 2 prion 38 pela rexdo(*) eso propriate moras, dor meee tor empirs, ue 9 etndinents eleva s tnaros ange tats 38 por confnto das expertndas, Coderam-nor fey Contra, sem atonder 3 dion fdas suas fortes, ob Pel Sa maior ou menor soma (tomandecs a tndei come! de fet) ‘ple, «formam asim 0 seu tncio de abrigagio; en Sen ec ari nl ea er gr marl a in ‘ue = pou exigr de wna lose gue no alee 3 or Ei on ons pris pea ere ou Simplesmente 3 posterior. “INo props, pots, de_publiar um dia wma Meteica dos Costes, fon precede? desta Pandamentgdo. i see dade nao ht propranente nada que The posa servi de fore ‘lim da Coden tna redo. puts pritca, asim como. para 4 Metgfiscn 0d a Crlica de asd pura epeaulatoa i pail ‘ada Mas, por um Tad, aula ndo'é como esta dé ektona teesidade, porguc a razdo humana no campo moral, neva to caso do mats euler entendento, potest facmente ocd ‘Pum alto grau de juste teenvolrimentagenquant ne elo conrito, no so tebrcd, mas puro ea 6 excustoantaty If alee; por outro lad, en expo, para que a Cis de tina ras pr pris posta ser cabs ee Se pose demon tra simultane a stdade ‘om & raze ects ‘nam principio comm; pots no fim de canta ttre repre ona sb mesma 18200, guts plage se deve de rencar. A tal perfsdo nao pia en hogar tnda agora, em recone a coverages de naturcca toiinete dire que Provecarian confuse io eiphta do ltr. Et por que, cm Ses 3) Morea (pS 17) eadur nadveridamente sil por el cnt oot Be Sea soe Perens ele er ot TBA xan, xiv de the chamar Calsca da rani pura priticn, en me srvo {tule de Fundamentagio da Metafisia dos Costames(". Como, portm, em terra lager, wna Metefisen dos Commer, despeto do tla repulsive, € suscep de vm ito grou de popularidede e acomodamento ao entendiento tulgr, acho Mal sepanor dela ete traelho. preparatiio. de Sandan, para de futiro no ter de junta a teorias mais “Pats as sblezo snevthvets em tal mata. 3/f-A presente Fundamentagio nada mais é, pom, do que 4 ca eisai do principio supremo da moraidadey v due conti por sb no seu propio wma tenefe completa bem dite de quaguer entra nvestigagio mel. Ever de mil frac re en tl to ‘importante fue até agora ndo foi, nem de Tonge, sufente mms tid rection mt dvea pea apg do mesmo principio «todo 0 stoma grande cnfvmayio. plo Jaco 8 sfitnia que cle mostraris por toin pare; mas tive que temuncar esta vantage, que no fundo seria tam tm ais de amor priprio do que de wtldade eral, pong « facidade de aplcyio » aparentesufiénca dam prncpio nd dio nena prov segura sua exact, pele cont ri, depertam em ns wna certaparialdade para © no ext iam pert om oi svar mein, Sem quali ensilergao pelos consequent WH] © mode ur adept neste Carte € 0 que elo wal conteiente, ma vex que se qui percorcr cami, ant liicamente do conhecimento. vulgar ‘para «. determinaylo do principio supremo desse conhecimento, em sega me tide inverse, sistticamente, do exame deste principio e dis (0) sFundamentagiow, © no «Fundamentow como geralmente se die seguindo_os frances, € que 22 bos tradugio do alenito SGrundegunge. ies ssi posto tm evidincla 0 cforgo demon {ative ¢ consteativo que @ original implict, Morente Camb ta Gee como noe (PQ) I BA XV, Xv suas fontes pare 0 conhecimento vulgar onde se enconra sua aplicagio. A divisdo da matéria &, pos, « seguint 2. Primeira Seccio: Transigdo do conecimento. moral de es ular pare oe floss. 2. Segunda Seoeio: Trensido da ilosofia moral pepe [Phere « Mts a nts 3. TexecitaSeegio: Ultimo paso da Metafbice dos costumes pare 4 Celta da Rasdo pura prea || PRIMEIRA SECGAO TRANSIGAO DO CONHECIMENTO MORAL DA RAZAO VULGAR PARA O CONHECIMENTO, FILOSOFICO |) Neste mundo, ¢ até também fora dele, nada é possivel pensar que posta scr considerado como bom sem limitagio Ando ser uma 36 coisa: uma bea vontade. Discerni- ‘mento ("), argicia de espirito (*), capacidade de julgar (2) fe como quet que possam chamat-se os demais talenios do (1) Vortand no original, parces-me dever see agai exeepeio- nalmette trderdo por «lncernienton © 80 por sentendimenton addres fans popoom specs Moree enter 3) Tite ne original, tem o sesido ypc da piano alee mio\do sée_ XVII" Delos teaduparatricamente: le don de is ee resomblanes det cheer Lacheliersimpesmente aD'ex Morente si's expresso © sou sentido acral eradiz gra ro Fal Dida, ma parfine de Delos: ale flit de die cere e para pour en Sager 2.) Bat

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