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ARPP ASSOCIAÇÃO RURAL DE PAIS E PROFESSORES “CHICO MENDES”

CNPJ: 02497486/0001-40
ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA CHICO MENDES
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
EIXO TECNOLÓGICO: RECURSOS NATURAIS
HABILITAÇÃO: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
Linha 160 km 4,5 lado norte – Novo Horizonte do Oeste – RO
CEP: 76956-000 Fone: (69) 8485-3716 – 8462-3395
Parecer de Autorização: 006/16 Resolução nº 081/2016-CESP/CEE/RO
Email: efachicomendes@yahoo.com.br BLOG: efachicomendesnh.blogspot.com

ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA CHICO MENDES


EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NIVEL MÉDIO-INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO EIXO TECNOLÓGICO: RECURSOS NATURAIS
HABILITAÇÃO: TÉCNICA EM AGROPECÚARIA

PROJETO DE ESTÁGIO ANIMAL

APICULTURA

NOVO HORIZONTE DO OESTE-RO


2022

1
Nome do estudante

APICULTURA

ATIVIDADE EM APIÁRIOS PARA CONSUMO E COMERCIALIZAÇÃO DO


MEL

Carga horária: 40 horas


Local:
Data:
Orientador (a):

NOVO HORIZONTE DO OESTE– RO


2022

2
Sumário
1. JUSTIFICATIVA....................................................................................................5
2. OBJETIVOS............................................................................................................6
2.1. Objetivo geral....................................................................................................6
2.2. Objetivos específicos.........................................................................................6
3. PROBLEMA E HIPOTESE...................................................................................7
3.1. Problema............................................................................................................7
3.2. Hipótese..............................................................................................................7
4. EMBASAMENTO TEÓRICO...............................................................................8
4.1. Apicultura no Brasil.........................................................................................8
4.2. Apicultura em Rondônia..................................................................................8
4.3. Implantação dos apiários.................................................................................8
4.3.1. A escolha do local.......................................................................................9
4.3.2. Tipo de apiário.............................................................................................9
4.3.2.1. Apiários fixos...........................................................................................9
4.3.2.2. Apiários migratórios................................................................................9
4.3.3. Pasto apícula..............................................................................................10
4.3.4. Fontes de hídricas......................................................................................10
4.3.5. Sombreamento...........................................................................................10
4.3.6. Ventos........................................................................................................10
4.3.7. Acesso ao local dos apiários......................................................................10
4.3.8. Distribuição das colmeias..........................................................................10
4.3.9. Alimentação natural...................................................................................11
4.3.10. Alimentação artificial............................................................................11
4.4. Divisões das abelhas........................................................................................11
4.4.1. Operarias....................................................................................................11
4.4.2. Zangões......................................................................................................12
4.4.3. Rainhas......................................................................................................13
4.5. Raças de abelhas.............................................................................................13
4.5.1. Apis mellifera scutellata................................................................................13
4.5.2. Apis mellifera ligustica l................................................................................14
4.6. Inimigos naturais e doenças...........................................................................14
4.6.1. Formigas ( Formicidae).............................................................................14
4.6.2. Piolho (Phthiraptera)................................................................................14
4.6.3. Aranhas (Araneae).....................................................................................15

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4.6.4. O homem (Hominidae)..................................................................................15
4.7. Doenças............................................................................................................15
4.7.1. Nosemose (Nosema ceranae)....................................................................15
4.7.2. Paralisia.....................................................................................................16
4.8. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)..............................................16
5. METODOLOGIA..................................................................................................17
6. CRONOGRAMA...................................................................................................18
7. ORÇAMENTO......................................................................................................18
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................19

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1. JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos a apicultura vem ganhando cada dia mais espaço no meio da
agricultura familiar e agronegócio, dentro das atividades que geram lucros a apicultura
tende ser uma das mais rentáveis, sendo uma atividade que não necessita
exclusivamente da atenção do apicultor trabalhando com as abelhas por poucas horas
por dia, assim o proprietário pode trabalhar com outras atividades ou cultura
aumentando a quantidade de atividade e lucratividade (ROCHA, 2018)
Com base nas informações apresentadas acima, surgiu o interesse em estar
realizando o estágio em um sistema de apicultura, para conhecer as etapas para o bom
desenvolvimento de uma colmeia até a comercialização do mel. Pois a apicultura exerce
grande influência na produção de renda para muitos produtores de pequeno e de grande
porte. Também se tem como interesse em adquirir experiência para vida profissional
para se tornar um técnico futuramente muito mais qualificado assim podendo realizar os
devidos serviços quando solicitada.
O projeto de estágio é um dos requisitos da instituição Família Agrícola Chico
Mendes para que se possa estar realizando o curso profissionalizante na mesma, a
escolha do tema em que se foi elaborado o projeto se deu a partir da vontade e interesse
do estudante em estar adquirindo o conhecimento na área, por ser uma área que tende a
crescer no estado, podendo estar adquirindo novos conhecimentos para que se possa
estar futuramente contribuindo tanto em vida pessoal e social e profissional.

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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
 Acompanhar e conhecer de modo geral todo o processo de para extração
de mel.

2.2. Objetivos específicos;


 Identificar por qual motivo surgiu o interesse de se trabalhar com a apicultura;
 Averiguar as espécies de abelhas trabalhadas nos apiários;
 Constatar a disponibilidade de flora apícola e recursos hídricos da propriedade e
entorno;
 Quantificar a quantidade de colmeias trabalhadas na propriedade;
 Conhecer o sistema de alimentação das abelhas;
 Compreender como ocorre o processamento do mel;
 Analisar EPIs utilizados durante as atividades exercidas nós apis;
 Averiguar como ocorre a comercialização da produção do mel;
 Constatar a mão de obra utilizada;
 Identificar as instalações de processamento e os utensílios utilizado no processo;
 Observar as vias de comercialização do mel;
 Conhecer a gestão da propriedade.

3. PROBLEMA E HIPOTESE
3.1. Problema
Ao se trabalhar com a apicultura deve se ter cuidados com a escolha do local,
pois este pode influenciar no sucesso ou no fracasso da atividade dentro da propriedade

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rural. O apicultor ao estar implantando um novo apiário ele realiza a escolha respeitando
todas as necessidades de um apiário?

3.2. Hipótese
Acredita-se que sim, que a implantação é feita através de um planejamento na
qual tende a estar respeitando todas as necessidades de uma apiário desde a flora apícula
até a colheita do mel.

4. EMBASAMENTO TEÓRICO

4.1. Apicultura no Brasil


A história das abelhas vem sendo trazidas desde o século XIX ao Brasil, onde
as abelhas com ferrões(Apis mellifera) foram introduzidas. A história das abelhas no

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Brasil segundo Petisco (2008, pag. 05) se iniciou no “Rio de Janeiro em 1956, o
professor Warwick E. Kerr fez a introdução da abelha africana, Apis mellifera scutellata
”. Desde então a instalações de apiários com abelhas africanas têm crescido muito,
ganhando cada vez mais espaço na produção de abelhas no pais, e com tudo as abelhas
entre si começaram a se cruzarem assim criando as abelhas africanizadas geneticamente
modificas desenvolvendo novas características e sendo mais dóceis (PETISCO,2008).
4.2. Apicultura em Rondônia
Com a chegada das abelhas africanizadas no ano de 1970, e com sua
proliferação nos demais estados do Brasil segundo Petisco (2008 pag. 05), as mesmas
“encontraram um ambiente propício a sua proliferação: clima quente e muitas árvores
ocas, favorecendo abrigos naturais as colmeias”, e isso fez com que houvesse um
grande avanço dessa cultura no estado de Rondônia, até então existiam poucas
quantidades de apiários no estado até o ano de 1982 e 1983. A partir de então foram
tomadas medidas para incentivar a criação de abelhas pelo “Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária - INCRA montou apiários demonstrativos em seus
projetos de colonização, quando foi comprovado a viabilidade técnica-econômica da
atividade em Rondônia” (Petisco,2008 pag. 05). Contudo foi iniciado pesquisas para se
aprofundarem na produção, onde tinham como objetivo estar procurando alternativas
rentáveis para os produtores (PETISCO, 2008).
4.3. Implantação dos apiários
Compreende que trabalhar com a apicultura requer atenção em todas as etapas
desde a implantação até o processo de envasamento do mel. Com a implantação deve
ser tomadas medidas que para aumentar a lucratividade e também para diminuir os
danos as colmeias, ocasionando prejuízos ou ocasionar acidentes na qual não são
desejados sendo eles escolha do local, tipo do apiário que foi escolhido para se
trabalhar, o pasto apícola, fonte de água, o sombreamento, o vento, a acessibilidade ao
local de implantação, alimentação, e a descrição das colmeias.

4.3.1. A escolha do local


Para que se possa efetivar a escolha do local para se implantar um apiário
fatores devem ser levados em consideração, pois os apiários são o local na qual se
devem encontrar alojadas as colmeias um fator de grande influência no desempenho é a
produção de floradas ao redor dos apiários, devem se ter atenção a locais onde tem
grande quantidade da área desmatada pois tem pouca quantidade de flora na qual o

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tempo é curto, evitar locais onde tem alagações pois tem grande risco de protozoários
(DUMMAR, 2004).
4.3.2. Tipo de apiário
A escolha dos apiários a serem estalados variam de acordo com a necessidade
de cada apicultor, o acesso aos locais de implantação e o recurso financeiro para
instalação. Os apiários são classificados em dois tipos fixos e migratórios.
A escolha do apiário vai de acordo com a necessidade na qual os apiários fixos
são aqueles que permanece por um período logo no local, os apiários migratórios são
aqueles que permanecem por um determinado período de floração de uma determinada
área (LIMA,2010).

4.3.2.1. Apiários fixos


Na apicultura convencional são mais utilizados os apiários fixos onde estes é
caracterizado por permanecer um período muito mais extenso do que os migratórios “é
caracterizado pela permanência das colmeias durante todos os meses do ano, em um
mesmo local, no qual as abelhas vão explorar as fontes florais disponíveis em seu raio
de ação (1500 m) ”, por estes motivos que os apicultores utilizam com mais frequência
os apiários convencionais ou fixos (2010, p 44).

4.3.2.2. Apiários migratórios


Os apiários migratórios são menos utilizados nos sistemas de apiculturas da
região norte do pais onde este se caracteriza “pela mudança do apiário de uma região
para outra acompanhando as floradas, com vistas à produção de mel e também a
prestação do serviço de polinização em lavouras visando o aumento da produtividade”,
porem esta pode ser uma ótima opção para apicultores iniciantes para que assim as
colmeias se alimente o ano todo das floradas, e que obtenha uma quantidade de mel por
caixa maiores( 2010, 44 e 45).

4.3.3. Pasto apícula


É a nomeação feita para se destinar a área na qual se obtém uma somatória dos
recursos utilizados ou não um fator muito importante na determinação da produção e
rendimento do apícola, o pasto apícola representa toda a florada utilizadas pelas abelhas,
a colmeia só desenvolve com o auxílio do pasto apícola (COUTO,2006).
4.3.4. Fontes de hídricas
O fornecimento de água para a colmeia tem grande importância pois tem função
tanto para o metabolismo da abelha como na regulação da temperatura da colmeia e

9
manutenção da unidade do mel. As abelhas não armazenam água em sua colmeia a
coleta só é feita quando necessária, a distância da água deve ser á 500m deve ter com
grande abundancia e limpa (COUTO, 2006).
4.3.5. Sombreamento
Para a escolha do local onde as colmeias serão instalações é importante
observar um local sombreado na qual irão permanecer e fornecer a colmeia um bem-
estar, no entanto vale ressaltar que é importante que o local não seja muito fechado, para
que haja a entrada de luz ao local, pois assim as abelhas começarão o seu trabalho mais
sedo (COUTO,2006).
4.3.6. Ventos
É de grande importância que os apiários estejam localizados a uma distância
mínima de 200-400 metros de estradas, residências, animais, e locais de grande
atividade em cultivares, no caso de apiários fixos é possível com que possa ser
construído uma cerca viva, onde está dificultará os ventos, acesso de animais e de
crianças ao local. Em apiários migratórios deve ser mantida em locais onde o vento não
os atinja diretamente (COUTO, 2006).

4.3.7. Acesso ao local dos apiários


A acessibilidade ao local dos apiários tem que ser planejada, pois deve conter
fácil acesso de veículos, para que assim possa se chegar mais próximo possível das
colmeias de maneira mais fácil. Deve ser evitado locais com entulhos, perto de pessoas,
animais e de difícil acesso das abelhas as fontes utilizadas por elas (LIMA, 2016).

4.3.8. Distribuição das colmeias


A distribuição das colmeias pode ser feita conforme o apicultor podendo ser em
fileiras simples ou duplas ou em forma circular, porém as caixas nunca podem ser
colocadas frente a frente, a distância entre as colmeias é recomendada de 2m a 4m
colocas em cavaletes à altura das caixas podem ser de 50cm a 70cm, o número ideal de
colmeias é de 6 a 10 por apiários pode ter variação em relação ao número de colmeias
(LIMA, 2016).

4.3.9. Alimentação natural


A alimentação das abelhas basicamente consiste em um conjunto de mel
preparado através do néctar das flores (alimento energético), pólen e de água. Quando á
falta de floração, uma florada não favorável ou um clima que não é favorável para as
abelhas ocasionalmente ocorre a ausência de mel dentro da colmeia, na qual com a falta

10
ocasionam a elas se mudam ou morrem por não a ver alimentação, por esses motivos a
floração tem grande influência na alimentação das abelhas (LIMA, 2016).
4.3.10. Alimentação artificial
A alimentação artificial é uma alternativa utilizada para suprir a necessidade
das colmeias, quanto a falta de alimento as abelhas assim enfraquecendo-as a
alimentação artificial tem esta finalidade estar auxiliando. Segundo Couto, (2006,
pag.45) “Os alimentos artificiais podem ser divididos em 4 categorias, de acordo com o
fim a que se definam: alimentação de subsistência; alimentação estimulante; alimento
para transporte; alimentação”, todas as finalidades da produção de alimentos
artificialmente variam da necessidade da colmeia mediante a profissão (COUTO,2006).

4.4. Divisões das abelhas


Dentro das colmeias as atividades são divididas naturalmente pelas abelhas nas
quais já nascem com os instintos necessários para realizar a atividade, as divisões destas
atividades acontecem entre as operarias, zangões e a rainha na qual cada uma tem
estrema importância para a produção e desenvolvimento do apiário.

Imagem 01: divisão das abelhas;


Fonte:www.mielibera.com/es/lacolmena/
4.4.1. Operarias
São abelhas femininas nas quais não se desenvolveram por completo, esta tem
como atividade dentro das colmeias (Apis) a realização das atividades de manutenção e
estas obedecem as a divisão de atividade dentro do apis. (PETISCO, 2008)
De acordo com Lima (2010 pag. 16):
As operarias levam 21 dias para nascer e vivem em média 42 dias em época
de trabalho e, um pouco mais, em tempo de inatividade (no mínimo 38 dias e
no máximo 60 dias de vida). Uma operaria somente pode pôr ovos quando
houver a falta da rainha, (em situação extrema), mas destes ovos nascerão
apenas zangões, pois as operarias não são capazes de serem fecundadas.

As abelhas têm a capacidade de voar em média 20km/h tendo como objetivo


de exploração área de aproximadamente 1,5 km em um raio, estas podem atingir a altura
de voo de 40 m, a comunicação das abelhas é feita através de feromônios que existem
nelas que tem características que somente elas conseguem detectar através da dança

11
assim espalhando no ar os feromônios e realizando a comunicação entre elas espalhando
(LIMA, 2010)
Idade da abelha Nome Tarefas
1 a 3 dias Faxineiras Fazem a limpeza e
remoção dos alvéolos.
4 a 7 dias Nutrizes Alimentam com mel e
polén as larvas com mais
de dias.
8 a 14 dias Nutrizes Alimentam com geleia real
as larvas com idade
inferior a 3 dias e a rainha.
Transformam o néctar em
mel.
14 a 18 dias Construtoras Produzem a cera e
constroem os favos.
18 a 20 dias Guardas Defendem a família contra
os inimigos, vigiando a
entrada da colmeia.
Mais de 20 dias Campeiras Procuram no campo,
néctar, polén, água e
resinas.
Tabela 01: Distribuição das atividades de acordo com as idades das abelhas operarias.
Fonte: Lima, 2010 pag. 16
4.4.2. Zangões
Estes são os machos das abelhas onde estes têm características nas quais
distinguem das demais abelhas, principalmente o seu porte físico, e por serem abelhas
com maiores quantidades de pelos pelo corpo e são considerados abrutalhados, estes
não têm nem uma função de trabalho apenas de acasalar com a rainha. Eles têm a
capacidade de se reproduzirem a partir do 12º dia de vida, tem também como
característica o seu super-olfato na qual consegue encontrar uma abelha rainha a uma
distância de 10 km conseguindo detectar as princesas1, após o acasalamento com abelha
rainha o zangão acaba vindo ao seu óbito por quando realiza a sua ejaculação deixar seu
ferrão assim vindo a cometer sua morte (ROCHA, 2018).

1
São as abelhas rainhas virgens.

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Uma grande curiosidade é que os zangões não conseguem permanecer sem
comer por mais de duas horas, e também eles podem circular por onde for sem ter a
permissão da colmeia, quando não são mais desejados dentro do apis eles são expulsos e
ficam expostos a natureza para morrerem (WIESE, 2005).

4.4.3. Rainhas
As colmeias são compostas por uma rainha na qual esta é também denominada
“mãe de todas” onde tem a responsabilidade de estar realizando o equilíbrio
populacional, em toda a vida de uma rainha na qual é em média um ano de vida útil ela
se alimenta somente da geleia real, contém a capacidade de pôr ovos, o voo de
fecundação2 (Wiese, 2005, pag. 33 e 34) “pode acontecer a partir do 9º a 12º dia de vida
da abelha, em um voo a abelha rainha tem a capacidade de copular 10 a 20 zangões,
inicia a pôr seus ovos depois de 5 a 6 dias” onde a rainha iniciar depois que dá
copulação onde é vai ficar apta para por os ovos (WIESE, 2005)
4.5. Raças de abelhas
A constituição de uma colmeia varia de acordo com as condições fornecidas
aos apiários, mais em média um apis contém a quantidade de abelhas (Pitisco, 2008,
pag.15) “60.000 a 80.000 abelhas operarias, uma rainha, de 0-400 zangões (machos) ”
assim compondo as colmeias.

4.5.1. Apis mellifera scutellata


Conhecida popularmente com abelha africana, uma das espécies de abelhas que
se originaram na África, que abita em quase todo o continente, a introdução destas
abelhas no Brasil ocorreu em 1956 por pesquisadores, a disseminação destas abelhas
aconteceu de uma forma muito acelerada com o cruzamento com abelhas que já
existiam no Brasil, por este motivo aconteceu uma crise na apicultura pois os produtores
não conheciam a espécie e por não aceitarem o cruzamento originando as abelhas
africanizadas (LIMA,2010).
4.5.2. Apis mellifera ligustica l.
Conhecida popularmente como abelhas italianas, é uma das raças de abelhas
mais conhecidas no mundo, a sua origem é italiana como o nome já as denomina, elas
são apreciadas pelos apicultores por terem características de mansidão, quietude, e por
conduzirem poucos enxames, que facilita o manejo com esta espécie de abelha
(LIMA,2010)

2
Voo nupcial

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4.6. Inimigos naturais e doenças
As abelhas são vítimas de uma série de eventos nos quais são submetidas a
inimigos (predadores) alguns deles são: as formigas, piolho, aranhas e o próprio
apicultor.

4.6.1. Formigas ( Formicidae)


As formigas são influenciadoras e considerada um inimigo nos Apis pois são
encontradas em todas as partes assim ocasionando sérios prejuízos ao produtor e as
abelhas. Portanto é necessário compreender estes predadores para encontrar métodos de
prevenção.

A procura pelas colmeias segundo Wiese, 2005 pag.346 e 347:

Procuram a colmeia não para mel, mas alojam-se atrás no fundo em busca de
calor para se reproduzir e na luta com as abelhas, ela levar a melhor cortando
as asas com suas mandíbulas cortantes, mas algumas espécies: comem, criam
e maam abelhas. Espécies inimigas das abelhas conhecidas são: Correição
(normanayrmex hartigi), Sará-sará (componatus abdominalis cupiens) Taóca
entre outras.

As formigas são de forma direta grandes causadoras de mudanças de apiários


ou a falência dos mesmos, no entanto o apicultor tende a ficar atento para prevenção
com algumas alternativas tais elas como “destruir todos os formigueiros nas
proximidades de apiário, colocar protetor de lã, palha de aço ou graxa nos pés dos
cavaletes ou estacas” (WIESE,2005 pag. 347)

4.6.2. Piolho (Phthiraptera)


São considerados como inimigo natural das abelhas pois se alojam ao corpo e
acabam alimentando do mel assim compartilhando com as abelhas o fornecimento de
mel, quando a uma grande quantidade e tende a enfraquecer as abelhas assim podendo
levar a colmeia a um estado crítico, um método de controle ou prevenção dos piolhos as
abelhas uma alternativa é fumegar com fumaça de tabaco na colmeia e a mantê-la
fechada por alguns minutos assim as eliminando das colmeias (WIESE,2005)

4.6.3. Aranhas (Araneae)


Estas são consideradas como inimigo naturais, pois ao construir suas teias elas
as fazem próximas as colmeias onde tem a circulação de insetos pois este é o objetivo
delas para o consumo, assim as abelhas não percebem as teias e acabam se prendendo e
servindo de alimento para as aranhas. Para a prevenção das aranhas próximas aos

14
apiários é a destruição das teias de aranhas e os apoios para a construção (WIESE,
2005)

4.6.4. O homem (Hominidae)


O homem também pode ser considerado um inimigo as abelhas pois um mau
apicultor, também tem uma porcentagem no mau desempenho da colmeia, mais também
pode ser considerado também por desmatar de forma desordenada assim minimizando a
quantidade de flores assim impossibilitando a vida das abelhas além do desmatamento o
homem queima, envenena e destrói as chances de sobrevivência de uma colmeia
(WIESE,2005).

4.7. Doenças
Durante as atividades com apicultura pode-se encontradas doenças que atacam
e prejudicam as colmeias ocasionando perdas estremas na produtividade da colmeia ou
o falecimento destas.

4.7.1. Nosemose (Nosema ceranae)


É causada por um agente denominado Nosena apis é uma doença que tem
grande complicação para o andamento da colmeia, provoca nas abelhas disfunções que
envolvem na limpeza e na saúde das abelhas.
De acordo com CEFFAs,2003 pag. 22:
Ele se aloja no ventrículo e as operarias ficam com dificuldades de assimilar
o alimento. Os esporos afetam o reto, que fica cheio de liquido aquoso,
provocando disenteria. Os sintomas são: abelhas com tremores, dificuldades
de locomoção, intestino branco leitosos, de fácil rompimento.

A doença é conhecida principalmente pelas abelhas que são observadas na


entrada da colmeia sendo abelhas mortas numa quantidade muito grande e também na
produção de geleia real, pois é atingido o hemolinfa nos ovários e nas glândulas
(CEFFAs, 2003).
4.7.2. Paralisia
É ocasionado por vírus, polén tóxicos e fungos, nas quais as operarias depois
da coleta ficam com as asas tremulas, débeis, dificultando os voos e com feses
amareladas. Essa doença é frequentemente encontrada nos climas mais tropicais.
Segundo CEFFAs 2003, 22 é recomendado a substituir a rainha por uma nova, mais
vigorosa” para que assim as novas operarias sejam mais resistentes (CEFFAs,2003).

15
4.8. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Para se trabalhar com as abelhas e para proteção individual do apicultor alguns
equipamentos para proteção, também se tem que trabalhar com equipamentos
destinados para as abelhas deve ser utilizado.

Boas afirma que (2008, pag.23):

PARA O APICULTOR • Fato de cor clara e máscara, para protecção do


corpo e da cara; • Luvas de couro ou outro material, para protecção das mãos;
• Polainitos, para protecção dos tornozelos (ou calçado de cano alto). PARA
AS ABELHAS • Colmeias e alças, para colocação do enxame e recolha do
mel; • Fumigador, para controlar a agressividade das abelhas; • Raspador,
levanta-quadros, garfo desoperculador e escova, para manuseamento das
colónias.

Vale ressaltar que o apicultor tem que ficar atento pois é fundamental que o
apicultor tenha hábitos de prevenção da sua própria segurança para que não acontece
imprevisto ao manejar a colmeia e trabalhar com enxames, não devendo nunca facilitar
no equipamento sobstituir por outros equipamentos e trabalhar com equipamentos
remendados e com gambiarras (dizer popular para consertos não adequados) (BOAS,
2008).

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5. METODOLOGIA

Os métodos utilizados para construção e elaboração o projeto foram pesquisas


em arquivos PDFs, disponíveis na internet na qual foram baixados para leitura e
utilização na construção do embasamento no projeto, cartilha e livros relacionados ao
tema escolhido de onde foram retirados informações necessárias assim a ser base para
ser realizado a construção do projeto, para a construção do relatório terá como base de
apoio para anotações o auxílio de uma prancheta para anotações, a câmera do celular,
caneta para que se possa estar realizando anotações para registrar as conversas com o
mestre de estágio e todos os funcionários envolvidos para realização das atividades
vinculados, para que possa estar adquirindo um maior conhecimento durante o período
do estágio, assim podendo responder os objetivos que foram lançados no projeto na área
animal.

17
6. CRONOGRAMA

Setembro Outubro Novembro Dezembro


Construção do X
projeto

Aprovação X

Estágio X

Relatório X X

Apresentação X
Impressão/pasta X
Tabela 01: Cronograma das atividades de ciclo;
Fonte: Lohainy de Olivera Fogaça.

7. ORÇAMENTO

Item Valor total das unidades


Caneta R$2,00

Folha sulfit R$20,00

Transporte R$50,00
Alimentação R$50,00

Impressão R$40,00

Total R$162,00

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Tabela 02: Orçamento de valores gastos durante o período do estágio;
Fonte: Lohainy de Olivera Fogaça

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Ceffas, “Criação de abelhas” 47 p. 2003

SENAR – “Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Abelhas Apis mellifera:


instalação do apiário / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural” 2. ed. Brasília:
SENAR, 2010. p.80 Disponível em
:<(https://wp.ufpel.edu.br/apicultura/files/2010/05/Manejo-de-Abelhas.pdf)> acessado
em 11/12/2019 ás 17:05.
Couto, Regina Helena Nogueira “Apicultura: manejo e produtos por regina helena
nogueira couto e leomam almeida couto” Ed.3 Jaboticabal: funep, 193 p, 2006.

Dummar, Maria Lucia Rocha “Apicultura/ criação de abelhas” 2 edição, 56p. 2004.

Lima, Moacir Ferreira “Apicultura para iniciantes” 3 edição, 62 p. 2010.

Petisco, Marco Antônio “Apicultura para iniciantes” 1 edição 52p. 2008.

Rocha, Jean Samel “Manejo da alta produtividade” 96 p. 2018.

Wiese, Helmuth “Apicultura/ novos tempos”, 2 edição 378 p. 2005.

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