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PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS
a4 INTRODUGAO
As instalages de transporte de gua sob presso, de qualquer pore, sio
consttudas por tbulagdes montadas em seqiéncin de eixo etilinco,unidas
por acessérios de natureza divers, como valuulas, curvas, devivagdes, regis.
ttos ou conexbes de qualquer tipo e, eventualmente, uma méquina bidréulica
como bomba ou turbina. A topologia do sistema & mais varada, desde uma
linha nica em uma instalagao de bombeamento até uma rede de distribuigao
em uma instalago predial ou sistema de itigagao. Nos trechosretilieos, de
ditmetro constante e mesmo material, a perda de carga unitétia € constante,
desde que o regime seja permanent
‘A presenga de cada um deste acessérios, necesérios par a operago
do sistema, concorre para que haja alteragao de médulo ou diregao da veloci-
dade média, e conseqientemente de pressio localmente Isto se reflete em umn
acréscimo de turbuléncia que produz perdas de carga que devem ser agrega-
das 2s pers distribuidas, devido ao atnito, ao longo dos trechosretilineos das
tubulagées. Tais perdas recebem o nome de perdas de carga localizadas ou sin-
sulares.
Para a maioria dos acessérios ou conexdes utilizados nas insalagdes
hidefalicas, nfo existe um tratamiento enltico para océleuo da perda de carga
desenvolvida, rata-se de um campo eminentemente experimental, pois a ava-
liago de tas perdas depende de Fatores divers e de diel quanticagio,
A presenga do acessério na tubulagdo alters a uniformidade do escoa-
‘mento c, apesar da denominacao perda de carga localizada, « influeneia do
acessério sobre a linha de energia se faz. sentir em trechos a montante €
jusante de sua localizagao. A Figura 3.1 mostra uma situagao esquemtica da
presenga de um estrangulamento (diafragma) em uma tubulagao, destacando-
se dois trechos de interesse, No trecho 1-2, a montante, onde ocorre uma cor
vergéncia das linhas de corrente, ha uma aceleracio do movimento e alteraca0,
no perfil de velocidade, contribuindo para um acréscimo na intensidade da tur-
buléncia do escoamento principal. Do mesmo modo, a jusante, trecho 2-3, a70 | Herautca aésica Cap. 3
desaceleragao, de forma mais efetiva, provoca a formagao de
redemoinhos as expensas da energia do fluido, energia esta que
se transforma em calor quando 0 processo turbilhonar ces
apés 0 escoamento ser novamente estabelecido. Assim, hi uma
variagio continua no desenvolvimento da linha de energia entre
as segGes 1 e 3; para ceito prético, convenciona-se representar
esta vatiagtio de modo concentrado na segao da singularidade
«que a provoca,segio 2. O desenvolvimento da linha de energia
4 montante e a jusante do avessério, trechos earacterizados por
‘um escoamento permanente e rapidamente variado,difere para
cada tipo de geometria da singularidade
® & ®
Figura 3. Pena de carga localiza em vm estan
gulamente,
3.2 EXPRESSAO GERAL DAS PERDAS LOCALIZADAS
‘De modo geral, as perdas de carga localizadas, para cada acess6rio, po-
dem ser expressas por uma equagiio do tipo:
an=k Fm) 6a)
«em que K € um coefcienteadimensional que depende du geometra da cone
xio, do da migosidade da parede e, em alguns casos, as
condi do escoamento, como a distibuicio de vazdo em uma v
¢ uma velocidade média de referéncia, em geral nas pesas em que hi mudianca
de ditmetro, tomada como a velocidade mea na segS0 de menor diametro.
Em geral, ocoeficiente K determinado experimentalmente para valores
dlo mimero de Reynolds suficentemente elevados, maiores que 10%, toma-se
independents dest, assumindo-se em situag6es piticas um valor constante r=
tirado das tabelas €gréticos apresentados na literatura,
Deve-se observar que os valores recomendados do coeficiente K, que
serdo apresentados na seqiéncia ¢ extraidos de vérias fontes, para alguns tipos
de singularidades devem ser entendidos como valores médios, uma vez que a
sua determinagéo experimental é afetada por diversos fatores, Para uma deter
‘minada conexio de um certo didmetro, a perda de carga depende do tipo de
Aacabamento interno da conexio, existéncia de rebarbas ou Angulos vivos e até
das condigées da instalagdo no ensaio, como fixago da pega flangeada ou
roscada, aperto de rosca ete. Deste modo, a mesma conexao originada de fa-
bricantes diferentes costuma apresentar nos ensaios valores diferentes do coe-
ficiente K.