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Teoria do Crime

Professora Tatiana Badaró


Professora Tatiana Badaró

Doutora e Mestre em Direito Penal pela UFMG

Bacharel em Direito pela UFMG

Professora de Direito e Processo Penal em


cursos de graduação e pós-graduação

Advogada criminalista
Princípio da culpabilidade

Nullum crimen sinne culpa

Art. 5º, inciso LVII, da CR: ninguém será


considerado culpado até o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória.
Princípio da culpabilidade

Nullum crimen sinne culpa

A responsabilidade penal é sempre pessoal,


não há responsabilidade penal por fatos de
terceiro, fortuitos ou decorrentes de força
maior.
Princípio da culpabilidade

Nullum crimen sinne culpa

A responsabilidade penal é sempre subjetiva,


não há responsabilidade penal objetiva
(inadmissibilidade da versari in re illicita).
Responsabilidade penal depende de dolo ou,
pelo menos, culpa.
Princípio da culpabilidade

Nullum crimen sinne culpa

A responsabilidade penal é sempre pelo fato


e não pelo autor
Princípio da culpabilidade
Nullum crimen sinne culpa

Culpabilidade como pressuposto do crime

Só há crime se o agente for culpável;


São requisitos da culpabilidade: imputabilidade,
autodeterminação e consciência da ilicitude.
Princípio da culpabilidade
Nullum crimen sinne culpa

Culpabilidade como fundamento e medida da pena

Só poder ser punido aquele que é culpável;


O indivíduo deve ser punido na medida da sua
culpabilidade.
Princípio da ofensividade ou da lesividade

Só podem ser incriminadas condutas que


causem dano ou exponham a perigo de dano
bens jurídicos.
Princípio da ofensividade ou da lesividade

Esse princípio não está expresso na Constituição


brasileira, mas é extraído implicitamente de
valores constitucionais como a inviolabilidade
do direito à liberdade (art. 5º, caput, CRFB).
Princípio da ofensividade ou da lesividade

O que são bens jurídicos?

Bem jurídico é tudo aquilo que identificamos na vida


real como sendo algo que atende às necessidades
essenciais dos seres humanos ou à manutenção
do sistema social (vida, liberdade, integridade física,
patrimônio público e particular, meio ambiente,
administração da justiça).
Princípio da ofensividade ou da lesividade

Princípio da materialidade

Só podem ser objeto de proibição condutas,


manifestações da vontade no plano exterior, e
não atitudes internas, ideias, desejos, sentimentos
etc.
Princípio da ofensividade ou da lesividade

Consequências do princípio da ofensividade ou


lesividade

Não podem ser proibidas condutas que não


excedem o âmbito do próprio autor (atos
preparatórios, autolesões etc.).
Princípio da ofensividade ou da lesividade

Consequências do princípio da ofensividade ou


lesividade

Não podem ser proibidos meros estados


existenciais (p. ex., estar sob o efeito de drogas)
nem meras imoralidades (p. ex., incesto).
Princípio da intervenção mínima

Princípio atrelado a uma concepção política de


direito penal mínimo;
O direito penal só deve se ocupar das ofensas
mais graves aos bens jurídicos mais
importantes.
Princípio da intervenção mínima

Princípio da fragmentariedade

O direito penal é um sistema descontínuo


de ilícitos (p. ex., criminaliza-se tanto a lesão
corporal dolosa quanto culposa, mas o dano
ao patrimônio, apenas doloso).
Princípio da intervenção mínima

Princípio da subsidiariedade

O direito penal só deve intervir quando


outras esferas do controle social se
mostrarem insuficientes. O direito penal é a
ultima ratio.
Até a próxima aula!

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