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CEPI – PROFESSORA TELMA VIEIRA DE SALES

DATA: 23/08/2022
LÍNGUA PORTUGUESA

1º Momento do Nivelamento: Atividade de Diagnose

1-Leia o texto a seguir:

Canguru

Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e quer
dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver
aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um
nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guuguyimidhirr, em língua local,
Ganguruu, “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em
alguns dicionários etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio,
nossa pequena Bíblia – numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa
pequena Bíblia – numa outra versão. Definição precisa encontrei, como quase sempre,
em Partridge:
Kangarroo; wallaby
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas pelos
sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes. Portanto
quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável linguista e grande amigo de
Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru.
Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais bonitinha”. Também acho.
Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor.
Pode-se inferir do texto que
(A) as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos linguistas.
(B) os dicionários etimológicos guardam a origem das palavras.
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e saltadores.
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência religiosa.
(E) os nativos desconheciam o significado de canguru

2. Leia o texto a seguir:

A Formiga e a Cigarra
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a
formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não
aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos
ao final do expediente de trabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e
seu sobrenome, “sempre”.
Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da
cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou,
aproveitou o Sol, curtiu para valer, sem se preocupar com o inverno que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A
formiguinha, exausta, entrou em sua singela e aconchegante toca repleta de comida.
Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para
ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari,
com um aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou para a formiguinha:
– Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha
toca?
– Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu grana pra ir a
Paris e comprar essa Ferrari?
– Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana passada, e um produtor
gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A
propósito, a amiga deseja algo de lá?
– Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO
QUE O CARREGUE!
MORAL DA HISTÓRIA: “Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois
trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine”.
Fábula de La Fontaine reelaborada.
http://www.geocities.com/soho/Atrium/8069/Fabulas/fabula2.html - com adaptações.
Em relação ao texto original da fábula, percebe-se ironia no fato de
(A) a cigarra deixar de trabalhar para aproveitar o Sol.
(B) a formiga trabalhar e possuir uma toca.
(C) a cigarra, sem trabalhar, surgir de Ferrari e casaco de visom.
(D) a cigarra não trabalhar e cantar durante todo o outono.
(E) a formiga possuir o nome “trabalho” e o sobrenome “sempre

3- Leia o texto a seguir:

O Islã não é só árabe


Religião abrange diversas etnias em todo mundo
Boa parte da população ocidental acredita que o mundo islâmico é aquela porção de
países do Oriente Médio que têm como idioma oficial o árabe. Por isso, são
indevidamente considerados árabes alguns países de maioria islâmica, mas que têm
outros idiomas, como Turquia (línguas turca e curda), Irã (persa), Afeganistão (pashtu e
dari) e Paquistão (urdu e punjabi).
Existem atualmente cerca de 1,3 bilhão de muçulmanos no mundo, como são
denominados os adeptos do islamismo. A maioria vive na Ásia, onde essa religião
nasceu e ganhou o mundo há cerca de 1.400 anos. Da Ásia, os muçulmanos passaram
para o norte da África - onde foram chamados de mouros - e parte da Europa.
Integraram-se com africanos, europeus das penínsulas ibérica e itálica e outros povos.
Hoje eles estão presentes também entre europeus, norte-americanos e até brasileiros.
O islamismo cresceu em número de adeptos muito mais fora do mundo árabe do que no
local em que a religião nasceu. Basta fazer uma comparação: os países islâmicos mais
populosos, como a Indonésia (com “apenas” 228 milhões de habitantes), o Paquistão
(145 milhões), Bangladesh (131 milhões) e Nigéria (127 milhões) têm contingentes
humanos muito maiores que o Egito (70 milhões), país de maior população entre os
árabes, seguido de longe pelo Sudão (36 milhões). Até a Índia, majoritariamente hindu,
tem aproximadamente 100 milhões de muçulmanos.
Revista GALILEU. p. 42. novembro de 2001.
As aspas empregadas na palavra “apenas” (l. 15) foram usadas para dar a ela um sentido
(A) irônico.
(B) crítico.
(C) metafórico.
(D) coloquial.
(E) técnico.

4 - Leia o texto a seguir:

Os direitos da criança
Toda criança tem direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
Toda criança tem direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão,
amizade e justiça entre os povos.
Toda criança tem direito a um nome, a uma nacionalidade.
Toda criança tem direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
Toda criança tem direito à educação gratuita e ao lazer infantil.
Toda criança tem direito à alimentação, moradia e assistência médica para si e para a
mãe.
Toda criança tem direito a ser socorrida em primeiro lugar.
Toda criança física ou mentalmente deficiente tem direito à educação e a cuidados
especiais.
Toda criança tem direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e
social.
Toda criança tem direito a ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho.
Cereja, William Roberto & Magalhães, Thereza Cochar. Português: Linguagens. São
Paulo: Atual, 1998. p. 77.
Usando o termo “Toda” no início de cada frase, o texto
(A) enfatiza a ideia de universalidade.
(B) estabelece independência com o termo “criança”.
(C) estabelece maior vínculo com o leitor.
(D) faz uma repetição sem necessidade.
(E) reforça a especificidade de cada ideia

1- Leia o texto a seguir:

Síndrome de Garfield

Garfield, o famoso personagem de Jim Davis, atrai a simpatia e a identificação de várias


pessoas por um simples fator: ele tem a personalidade um pouco humana. Adora TV,
morre de preguiça e o único músculo que realmente gosta de exercitar é o do maxilar:
ele não resiste a uma lasanha!
Claro que existem pessoas que não chegam nem perto de um aparelho de televisão,
outras que acordam bem-dispostas em qualquer dia da semana e ainda algumas que
fazem ginástica várias horas por dia e se divertem pra valer com isso... Mas estou me
referindo às pessoas “normais”, aquelas que trocariam de bom grado uma hora na
academia para assistir a um filme com direito à pipoca doce e refrigerante.
Mas o que caracteriza mesmo o Garfield é a sua aversão por segundas-feiras. Quer
maior semelhança com a raça humana? [...] quando o despertador toca, na manhã de
segunda, é sempre aquele suplício: barganha com o relógio para dormir mais três
minutinhos [...]... Cada um tem a sua maneira própria de enfrentar a situação. Eu
levanto meio no piloto automático. Faço o que tenho que fazer sem me dar conta disso e
lá pela hora do almoço é que percebo que a semana realmente já começou.
Dizem que essa síndrome acontece porque a pessoa não está satisfeita no trabalho e não
tem motivação para levantar. Papo furado! Não tem ninguém mais satisfeito com o
próprio trabalho do que eu. E, mesmo assim, não tem jeito [...]. Eu amo as madrugadas!
Por mim, ficaria escrevendo até umas 5h da manhã e dormiria só perto do horário de o
sol nascer. [...]
Mas, voltando ao tema principal, o lado bom de ser um pouco Garfield é o valor que nós
damos para o fim de semana. [...]
Na realidade, depois que a segunda passa, até que a semana não é tão ruim assim... Por
isso, acho que a solução para essa síndrome seria incorporar a segunda ao fim de
semana. Garanto que a aversão sumiria no ato! [...]
Como sei que isso é impossível, continuemos a brincar de Garfield, escondendo debaixo
do cobertor até não poder mais. E para compensar o sacrifício da segunda, a solução é
aproveitar bem os sábados... Acordando tarde, fazendo só o que der vontade e com
direito a muita lasanha!

PIMENTA, Paula. Síndrome de Garfield. In: O Tempo. Disponível em:


https://www.otempo.com.br/opiniao/paula-pimenta/sindrome-de-garfield-1.915444.
Acesso em: 28 jan. 2022. Fragmento.

No primeiro parágrafo do Texto 2, a forma abreviada “TV” foi usada para


A) demonstrar espanto.
B) expressar incerteza.
C) indicar desconhecimento.
D) mostrar agilidade.
E) sugerir informalidade.

6- Leia o texto a seguir:

História da província de Santa Cruz


Capítulo II

Esta província Santa Cruz está situada naquela grande America, uma das quatro partes
do mundo. Dista o seu principiodous grãos da equinocial para a banda do Sul, e daí se
vai estendendo para o mesmo sul até quarenta e cinco grãos. De maneira que parte dela
fica situada debaixo da Zona tórrida e parte debaixo da temperada. Está formada esta
Província á maneira de uma harpa, cuja costa pela banda do Norte corre do Oriente ao
Ocidente e está olhando direitamente a Equinocial; e pela do Sul confina com outras
Províncias da mesma America povoada e possuídas de povo gentílico, com que ainda
não temos comunicação. E pela do Oriente confina com o mar Oceano Áfrico, e olha
direitamente os Reinos de Congo e Angola até o Cabo de Boa Esperança, que é o seu
oposto. [...]
G NDAVO, Pêro de Magalhães. História da província de Santa Cruz. In: Domínio
público. Disponível em: https://bit.ly/3blZBkp. Acesso em: 13 mar. 2020. Fragmento.
Mantida a ortografia original do texto.
A qual contexto histórico esse texto faz referência?
A) À Confederação dos Tamoios.
B) À criação das feitorias.
C) À crise açucareira.
D) Ao Ciclo do Ouro.
E) Ao Descobrimento do Brasil.
Eu li umas 3 vezes mas não identifiquei de onde se tratava

7 - Leia o texto a seguir


O Sertanejo
Capítulo V

[...] E buscou no recôndito da floresta a sua malhada favorita. Era esta um jacarandá
colossal, cuja copa majestosa bojava sôbre a cúpula da selva [...].
Alí costumava o sertanejo passar a noite ao relento, conversando com as estrêlas, e a
alma a correr por êsses sertões das nuvens, como durante o dia vagava êle pelos sertões
da terra. [...]
Aí, no meio da natureza, sem muros ou tetos que se interponham entre êle e o infinito, é
como se repousasse no puro regaço da mãe pátria [...].
Arnaldo desaparelhara o animal que também tratou de buscar a sua guarida. Os arreios e
a maca de pelego foram guardados na bifurcação dos galhos do jacarandá, enquanto o
viajante encostado ao tronco fazia uma tão rápida como sóbria refeição.
Compunha-se esta de uma naca de carne de vento e alguns punhados de farinha, que
trazia no alforge.
De postres um pedaço de rapadura, regado com água da borracha. Era noite cerrada. [...]
*Vocabulário:
1 malhada: lugar sombreado.
2 bojava: dar a forma de bojo (curvada).
3 postres: sobremesa.
ALENCAR, José de. O sertanejo. In: Obras Completas. São Paulo: Montecristo. 2012.
Mantida a ortografia original do texto. Fragmento.
No Texto, o trecho “E buscou no recôndito da floresta...” (1° parágrafo), a palavra em
destaque significa
A) desconhecido.
B) desvio.
C) fragmento.
D) interior.
E) segredo.

8- Leia o texto a seguir:

Vida Sertaneja [...]

Sou sertanejo rocêro,


Eu trabaio o dia intêro,
Que seja inverno ou verão.
Minhas mão é calejada,
Minha péia é bronzeada
Da quintura do sertão.[...]

Eu canto o forte cabôco,


De gibão e chapéu de côro,
Que, com corage de lôco,
Infrenta a raiva do tôro
Com um agudo ferrão. [...]

Eu canto o sertão querido,


A fonte dos meus poema,
Onde se iscuta o tinido
Do grito da sariema [...]

Amo a vida camponesa,


Nunca invejei a beleza
E a fantasia da praça.
Eu sou irmão do caboco [...]

Cabôco que não cubiça


Riqueza nem posição
E nem aceita a maliça
Morá no seu coração. [...]
ASSARÉ, Patativa do. Vida Sertaneja. 2007. Disponível em: . Acesso em: 1 fev.
2022. Mantida a ortografia original do texto. Fragmento.
Nos versos “E nem aceita a maliça/Morá no seu coração.” (5ª estrofe), o recurso
estilístico foi utilizado para
A) destacar que o sertanejo evita o contato com dinheiro.
B) exagerar as dificuldades da vida do sertanejo.
C) expressar que o sertanejo busca praticar a bondade.
D) ironizar o modo de vida cultivado pelo sertanejo.
E) revelar que o sertanejo vive de forma solitária.
9-Leia o texto a seguir:

Campanha de Combate a Dengue, ministério da Saúde. Disponível em:


https://www.pastoraldacrianca.org.br/noticias2/1286-sempre-e-hora-de-combater-a-
dengue33 Acesso em 19 de junho de 2022.
Na frase “Faça a sua parte”, o verbo expressa uma
(A) certeza, representado pelo modo indicativo.
(B) hipótese, representado pelo modo subjuntivo.
(C) negação, representado pelo modo imperativo negativo.
(D) ordem, representado pelo modo imperativo afirmativo.
(E) incerteza, representado pelo modo subjuntivo.

10- Leia o texto a seguir:


Charge do Dia, blogronyuchoa.Disponível em:
https://www.ronyuchoa.com.br/2019/03/charge-do-dia-voce-nao-tem-que-ser-
um.htmlAcesso em 19 de junho de 2022.
Na frase “Pare! É mais seguro você dirigir o meu carro!”, inferimos que a forma verbal
no imperativo sugere
(A) um pedido, pois a criança quer uma companhia para brincar.
(B) uma ordem, porque o homem está alcoolizado e não deve dirigir.
(C) uma bronca, pois a criança é mal educada e desrespeita o homem.
(D) uma advertência, pois o homem está nervoso com a brincadeira da criança.
(E) um cumprimento, pois a criança precisa de atenção.

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