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ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I – 1233A

• CAPÍTULO 1 – CONVERSORES ESTÁTICOS DE POTÊNCIA

1.1.1 - INTRODUÇÃO - CONCEITO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

A Eletrônica de Potência serve como um “ELO” de ligação entre as seguintes áreas:

* Eletrônica digital ou analógica: microcomputadores, circuitos de disparo, etc.;


* Eletrotécnica: máquinas elétricas, iluminação, cargas industriais em geral;
* Controle automático: servomecanismos, sensores, transdutores.

Através dos semicondutores de potência associados a circuitos eletrônicos, pode-se


acionar e controlar diversos tipos de cargas industriais.
À Eletrônica de potência cabe fornecer a faixa necessária de variação de frequência, para
os sinais do circuito de disparo. Assim como, proporcionar técnicas adequadas para o projeto de
pontes de potência.
A figura 1.1 mostra um sistema com as possibilidades de conversão de energia elétrica.

Figura 1.1

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Na figura 1.2 são apresentados os diagramas de blocos envolvendo todas as áreas da
Engenharia Elétrica.

a)

b)
Figura 1.2: a) Diagrama Simplificado; b) Diagrama Detalhado.

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1.1.2 - DISPOSITIVOS UTILIZADOS EM ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

A Eletrônica de Potência é largamente utilizada em produtos de alta potência como:


controle de motores, iluminação, fontes de potência, sistemas de acionamento de veículos,
transmissão de energia elétrica HVDC ( High-Voltage Direct-Current ). Os componentes
semicondutores utilizados em eletrônica de potência podem ser divididos em cinco tipos:
1- Diodos de potência;
2- Tiristores;
3- Transistor bipolar de potência - BJT;
4- Transistor Mosfet de potência - MOSFET;
5- Transistor bipolar com gate isolado - IGBT.

Dentro da família dos Tiristores existem uma infinidade de componentes que podem ser
utilizados em Eletrônica de potência, como :
- SCR : Silicon Controlled Rectifier;
- GTO : Gate Turn-Off;
- LASCR : Light-Activated Silicon Controlled Rectifier;
- RCT : Reverse-Conducting Thyristor;
- SITH : Static Induction Thyristor;
- GATT : Gate Assited Turn-Off;
- MCT : MOS-Controlled Thyristor;
- TRIAC : Triode-AC.

A definição de qual componente deve ser utilizado em um projeto, depende do nível de


potência em que se vai trabalhar; da frequência de operação do conversor de potência e da
velocidade de chaveamento do componente. A figura 1.3 mostra a faixa comercial de operação
de alguns componentes utilizados em eletrônica de potência.

Figura 1.3

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1.1.3 - APLICAÇÕES DOS DISPOSITIVOS DE POTÊNCIA

A figura 1.4 dá uma ilustração da aplicação dos dispositivos de potência na indústria e no


dia-a-dia.

Figura 1.4

Cada dispositivo apresenta uma simbologia e uma curva característica ( VxI ), mostrada
na figura 1.5.

Os dispositivos de potência podem ser operados como chave, pela aplicação de sinais de
controle no terminal de gate ( tiristores e mosfet´s ) ou na base (transistor bipolar).

A saída é obtida através do tempo de condução destes dispositivos de chaveamento, A


figura 1.6 mostra a tensão de saída e a característica de controle destes dispositivos de potência.

Os dispositivos de potência apresentam as seguintes características:

- DIODO DE POTÊNCIA: não há controle tanto na condução quanto no bloqueio;


- SCR : disparo controlado mas, sem controle no bloqueio;
- BJT, MOSFET, GTO, IGBT, MCT: controle tanto no disparo, quanto no bloqueio;
- Sinal contínuo: BJT, MOSFET, IGBT;
- Pulso de sinal: SCR, GTO, MCT;
- Capacidade de bloqueio bipolar: SCR, GTO;
- Capacidade de bloqueio unipolar: BJT, MOSFET, IGBT;
- Capacidade de corrente bidirecional: TRIAC, RCT;
- Capacidade de corrente unidirecional: SCR, GTO, BJT, MOSFET, etc.

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Figura 1.5

Figura 1.6

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1.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS CONVERSORES ESTÁTICOS DE POTÊNCIA:

Para o controle da potência elétrica, a conversão desta potência se torna necessária (CA-
CC ), e os dispositivos de potência, através de sua característica de chaveamento, permitem esta
conversão. Os conversores estáticos de potência permitem este tipo de conversão e conforme a
sua configuração, podem funcionar dentro dos quadrantes de operação mostrados na figura 1.7.

Figura 1.7

Estes conversores podem ser classificados.

• Conversores CA-CC: RETIFICADORES;

• Conversores CA-CA: CONTROLADORES CA E CICLOCONVERSORES;

• Conversores CC-CC: CHOPPERS;

• Conversores CC-CA: INVERSORES.

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• 1.2.1 - Conversores CA-CC: RETIFICADORES;

Figura 1.8: Conversores CA-CC.

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• 1.2.2 - Conversores CA-CA: CONTROLADORES CA E CICLOCONVERSORES;

Controlador CA – Chave Estática

Cicloconversor

Figura 1.9: Conversores CA-CA.

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• 1.2.3 - Conversores CC-CC: CHOPPERS e FONTES CHAVEADAS;

Figura 1.10: Conversores CC/CC.

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• 1.2.4 - Conversores CC-CA: INVERSORES.

Figura 1.11: Conversores CC/CA.

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