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PILARES
EM
CONCRETO
ARMADO
DIMENSIONAMENTO
E DETALHAMENTO
Concreto Armado 2 | Prof. Esp. Sarah Greicy Ferreira de Jesus
Pilares
“Elementos lineares de eixo reto,
usualmente dispostos na vertical, em que
as forças normais de compressão são
preponderantes.” (ABNT NBR 6118:2014,
item 14.4.1.2)
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Pilares-parede
“Elementos de superfície plana ou casca cilíndrica,
usualmente dispostos na vertical e submetidos
preponderantemente à compressão. Podem ser compostos
por uma ou mais superfícies associadas. Para que se tenha
um pilar-parede, em alguma dessas superfícies a menor
dimensão deve ser menor que 1/5 da maior, ambas
consideradas na seção transversal do elemento estrutural.”
(ABNT NBR 6118:2014, item 14.4.2.4)
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Pilares-parede
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Grupos
Podemos subdividir os pilares em dois grandes grupos: Pilares de contraventamento e
Pilares contraventados.
Estes pilares possuem elevada rigidez e, como consequência, absorvem a maior parte
das ações horizontais.
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Grupos
Excentricidade
A força normal que atua em um pilar de seção retangular
pode ser aplicada no seu centro geométrico, gerando uma
compressão centrada, a uma distância do centro e sobre
um dos eixos de simetria, gerando uma flexão composta
normal, e em um ponto qualquer da seção, gerando uma
flexão oblíqua. A estas distâncias denominamos
excentricidades.
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Excentricidade
Excentricidade
Estas excentricidades chamadas de excentricidades de 1ª ordem são
divididas em:
a) Excentricidade inicial;
b) Excentricidade acidental;
c) Excentricidade de forma;
Excentricidade
a) Excentricidade inicial
Excentricidade
b) Excentricidade acidental
Excentricidade
Imperfeição global: Na análise global das estruturas reticuladas, sejam
elas contraventadas ou não deve ser considerado um desaprumo dos
elementos verticais.
Excentricidade
Imperfeição local: No caso de elementos que ligam pilares
contraventados a pilares de contraventamento, usualmente vigas e lajes,
deve ser considerada a tração decorrente do desaprumo do pilar
contraventado.
Excentricidade
Imperfeição local: No caso do dimensionamento ou verificação de um
lance de pilar, deve ser considerado o efeito do desaprumo ou da falta de
retilineidade do eixo do pilar
Excentricidade
Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a
consideração apenas da falta de retilineidade ao longo do lance de pilar
seja suficiente.
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Excentricidade
c) Excentricidade de forma
Excentricidade
d) Excentricidade devido à fluência
Excentricidade
e) Momento fletor mínimo
Excentricidade
Quando os momentos atuantes no pilar
são muito pequenos ou zero, o
projeto de pilares deve se basear sobre
uma excentricidade mínima haja
vista o ocorrido do momento fletor
mínimo.
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Efeitos de 2ª ordem
São aqueles efeitos que se somam aos obtidos em uma análise
de 1ª ordem (em que o equilíbrio da estrutura é estudado na
configuração geométrica inicial), quando a análise do equilíbrio
passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.
Efeitos de 2ª ordem
Não-linearidade geométrica: corresponde aos efeitos adicionais
provenientes do deslocamento horizontal das estruturas, e
ocasionam, o aparecimento de acréscimos de esforços.
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Efeitos de 2ª ordem
Não-linearidade física: leva em conta
que os materiais que
compõem a seção de concreto
armado, aço e concreto,
possuem comportamentos mecânicos
distintos.
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Efeitos de 2ª ordem
A ABNT NBR 6118:2014 nos relata
que sob a ação de cargas verticais e
horizontais, os nós de uma estrutura
deslocam-se horizontalmente. Os
esforços de 2ª ordem decorrentes
desses deslocamentos são
chamados efeitos globais de 2ª
ordem.
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Efeitos de 2ª ordem
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Efeitos de 2ª ordem
No estado não deformado da
estrutura, o momento fletor na base
será M = V·L
M = V·L+ P·∆
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Efeitos de 2ª ordem
As estruturas são consideradas, para efeito de cálculo, de nós fixos,
quando os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, por
decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis (inferiores
a 10 % dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, basta
considerar os efeitos locais de 2ª ordem.
Efeitos de 2ª ordem
Para classificar a estrutura quanto à deslocabilidade horizontal dos
nós, e permitir a avaliação da importância dos esforços globais
de 2ª ordem e suas conseqüências no projeto estrutural da
edificação, estudamos os coeficientes GAMA Z (γz) e ALFA (α)
Efeitos de 2ª ordem
Nas barras da estrutura, como um lance de
pilar, os respectivos eixos não se mantêm
retilíneos, surgindo aí efeitos locais de 2ª
ordem que, em princípio, afetam principalmente
os esforços solicitantes ao longo delas.
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Efeitos de 2ª ordem
Os efeitos locais de 2ª ordem
dependem basicamente do índice
de esbeltez do pilar analisado e da
compressão a que ele está
submetido.
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Efeitos de 2ª ordem
A ABNT NBR 6118:2014 define 4 métodos através dos quais os
efeitos locais de 2ª ordem podem ser avaliados:
1. Pilar-padrão com curvatura (1/r) aproximada;
2. Pilar-padrão com rigidez k aproximada;
3. Pilar-padrão acoplado a diagrama N,M,1/r;
4. Método geral.
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Dimensionamento de pilares
Dimensionamento de pilares
Condição de travamento dos pilares
Esbeltez
Um indicador excelente das condições de flambagem
de uma peça comprimida é o chamado de índice de
esbeltez (λ ).
Esbeltez
A esbeltez (λ) é um parâmetro adotado como referência
para consideração dos efeitos da flambagem em pilares.
A flambagem é um fenômeno de instabilidade de
equilíbrio que pode provocar a ruptura de uma peça
submetida à compressão, antes de se esgotar a sua
capacidade resistente.
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Esbeltez
Considerando o índice de esbeltez, os pilares podem ser
classificados em:
Esbeltez
a) Pilares curtos, quando λ ≤ λ1
Esbeltez
c) Pilares esbeltos, quando 90 < λ ≤ 140
Esbeltez
O índice de esbeltez é definido pela relação:
K.L
OU
Onde:
le é o comprimento equivalente de flambagem do pilar na direção
considerada
i é o raio de giração da seção geométrica do pilar na direção considerada
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Esbeltez
Onde:
λ = Índice de esbeltez;
K = Características do pilar (liberdade de fletir);
I = Raio de giração;
I – Momento de inercia em relação ao eixo que mais tem condições de
flambar, ou seja, o que dá menor I;
A= área da seção (cm ²);
L = altura do pilar (cm);
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Esbeltez
Obs: O produto K.L é chamado comprimento de flambagem
(Lfl).
Para o :
Tipo 1 → K = 1
Tipo 2 → K = 2
Tipo 3→ K = 0,5
Tipo 4 → K = 0,7
Tipo 5 → K = 0. Não ocorrerá flambagem.
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Esbeltez
Calculando ‘λ’ para vários pilares:
L = 300 cm
20 cm
30 cm
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Esbeltez
Calculando ‘λ’ para vários pilares:
K.L 2.300
i 5,8
Acima de 90 não é bom
Entre 35 e 90 a norma prevê.
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Esbeltez
Calculando ‘λ’ para vários pilares:
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Esbeltez
Calculando ‘λ’ para vários pilares:
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Esbeltez
O raio de giração é definido pela relação:
Esbeltez
Para pilares retangulares temos:
Esbeltez Limite
A ABNT NBR 6118 (2014) nos diz que os esforços locais de 2ª ordem em
elementos isolados podem ser desprezados quando o índice de esbeltez
for menor que o valor-limite λ1 estabelecido pela equação:
Exercício padrão
A engenheira civil Sarah Greicy solicitou a você o cálculo do pilar P1 (pilar de
canto) de uma edificação com pé-direito igual a 3,0 m composta por lajes de 0,15
m de espessura. Faça o dimensionamento e detalhamento da armadura
longitudinal e transversal deste.
Os materiais utilizados serão: Concreto fck 25 Mpa, Aço CA-50 A, a edificação
estará localizada na região urbana de Vitória da Conquista - Ba logo utilizaremos
uma classe de agressividade II e o cobrimento nominal igual a 3 cm e Brita 2 (25
mm).
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Exercício padrão
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Exercício padrão
Demais dados de Entrada
Altura útil das vigas V1 e V4 é de d= 37 cm;
Altura útil das vigas V2 e V3 é de d= 47 cm;
Laje para uso comercial com carga acidental de 2 kN/m²;
Parede de alvenaria sobre a V1 é de blocos de concreto revestido com peso específico 12,50 kN/m³;
Parede de alvenaria sobre a V2 é de tijolos maciços revestido com peso específico 16,80 kN/m³;
Revestimento das lajes com carga de 1,00 kN/m²;
Largura das paredes iguais ao das vigas;
Desconsiderar o revestimento das vigas;
Peso específico com concreto igual a 25 kN/m³;
Corrigir o peso total da laje usando o índice de majoração de 1,4.
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Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 01- Correções iniciais
1.1 - fcd= fck/γc → 25/1,4 → fcd=14,85 Mpa
1.2 - Fyd = fyk/γs → 500/1,5 → Fyd= 434,78 Mpa
1.3 - Nd = Nk.γf → 1500.1,4 → Nd =2100 kN
1.4 - Ma1yd = ly.1,4 → 60.1,4 →Ma1yd = 84 kN.m
Ma1xd = lx.1,4 →40.1,4 → Ma1xd = 56 kN.m
1.5 - Ac = b.h → 40.50 →Ac= 2000 cm² → Ac= 0,2m²
Entre os dois métodos, quando o valor for diferente adotar sempre o menor.
Le = 330 cm
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Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 03 – Cálculo do índice de esbeltez
Λex = 3,46 . Le/hy → 3,46 . 330/50 → Λex = 22,83 ≤ 35 (ok).
Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 05 – Cálculo do momento central
Mc1yd = [0,6 + 0,4 . Mb/Ma] . Ma → [0,6 + 0,4 . -56/84] . 84 → Mc1yd = 28 kN.m
Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 06 - Cálculo da armadura longitudinal
6.3 - O valor de μ (mi) para o momento Central
V = 0,59
My = Mc1yd/ Ac . fcd . hx → 33,6 / 0,2 . 17850 . 0,4 = My= 0,023
ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm²
Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 06 - Cálculo da armadura longitudinal
6.5 - O valor de μ (mi) para o momento base
V = 0,59
My = Ma1xd/ Ac . fcd . hx → 56/ 0,2 . 17850 . 0,4 = My= 0,039
ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm²
Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 07 – Cálculo das taxas de armadura usando o ábaco – 03 e a área de aço da armadura
longitudinal
ρ= 0,4%
As = ρ . Ac = 0,4/100 . 2000 = As 8 cm²
⊕L ≥10 mm Ok!! Se ⊕L ≤ 40 cm
20.⊕L = 20.
1,6 = 32 cm
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Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 09 – Detalhamento da armadura transversal
⊕t = 6,3 mm ⊕t≥ ⊕L /4 = 20/4 = 5 mm
St ≥ 5 mm Se St ≤ 20 cm
h min = 50 cm
12.⊕L = 12.2 = 24 cm
St = 20 cm
Ne = 290/20 = 15 estribos
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Exercício padrão
RESOLUÇÃO
Passo 10 – Armadura mínima e máxima do Pilar
0,4% Ac ⊕t≥
0,8% Ac ⊕t≥
Exercício padrão
A engenheira civil Sarah Greicy solicitou a você o cálculo do pilar P1 (pilar de
canto) de uma edificação com pé-direito igual a 3,0 m composta por lajes de 0,12
m de espessura. Faça o dimensionamento e detalhamento da armadura
longitudinal e transversal deste.
Os materiais utilizados serão: Concreto fck 28 Mpa, Aço CA-50 A, a edificação
estará localizada na região urbana de Salvador- Ba logo utilizaremos uma classe de
agressividade II e o cobrimento nominal igual a 2,5 cm e Brita 2 (25 mm).
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Exercício padrão
Demais dados de Entrada
Altura útil das vigas V1 e V4 é de d= 39 cm;
Altura útil das vigas V2 e V3 é de d= 49 cm;
Laje para uso comercial com carga acidental de 2 kN/m²;
Parede de alvenaria sobre a V1 é de blocos de concreto revestido com peso específico 12,50 kN/m³;
Parede de alvenaria sobre a V2 é de tijolos maciços revestido com peso específico 16,80 kN/m³;
Revestimento das lajes com carga de 1,00 kN/m²;
Largura das paredes iguais ao das vigas;
Desconsiderar o revestimento das vigas;
Peso específico com concreto igual a 28 kN/m³;
Corrigir o peso total da laje usando o índice de majoração de 1,4.
PILARES EM CONCRETO ARMADO
DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO