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IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem…”
— JESUS (Mateus, 5:44)

Temos, efetivamente, duas classes de adversários, aqueles que não


concordam conosco e aqueles outros que suscitamos com a nossa própria cultura
de intolerância.
Os primeiros são inevitáveis. Repontam da área de todas as existências,
mormente quando a criatura se encaminha para diante nas trilhas de elevação.
Nem Jesus viveu ou vive sem eles.
Os segundos, porém, são aqueles cujo aparecimento podemos e
devemos evitar. Para isso, enumeremos alguns dos prejuízos que angariaremos, na
certa, criando aversões em nosso caminho:
Focos de vibrações contundentes;
Centros de oposição sistemática;
Ameaças silenciosas;
Portas fechadas ao concurso espontâneo;
Opiniões quase sempre tendenciosas, a nosso respeito;
Suspeitas injustificáveis;
Propósitos de desforço;
Antipatias gratuitas;
Prevenções e sarcasmos;
Aborrecimentos;
Sombras de espírito.
Qualquer das parcelas relacionadas nesta lista de desvantagens
bastaria para amargurar larga faixa de nossa vida, aniquilando-nos
possibilidades preciosas ou reduzindo-nos eficiência, tranquilidade,
realização e alegria de viver.

Fácil inferir que apenas lesamos a nós mesmos, fazendo


adversários, tanto quanto é muito importante saber tolerá-los e respeitá-
los, sempre que surjam contra nós.

Compreendamos, assim, que quando Jesus nos recomendou


amar os inimigos estava muito longe de induzir-nos à conivência com o
mal, e sim nos entregava a fórmula ideal do equilíbrio com a paz da
imunização.

(Ceifa de Luz. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)


SE TIVERES AMOR
RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS
CAP. 01
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO 887
(X. Lei de Justiça, Amor e Caridade – Caridade e amor ao próximo)

Jesus também disse: Amai até mesmo os vossos inimigos. Ora, o amor
aos inimigos não será contrário às nossas tendências naturais e a
inimizade não provirá de uma falta de simpatia entre os Espíritos?

“Sem dúvida não se pode ter pelos inimigos um amor terno e apaixonado.
Não foi isso que Jesus quis dizer. Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes
retribuir o mal com o bem. Assim procedendo, tornamo-nos superiores a
eles, ao passo que, pela vingança, nós nos colocamos abaixo deles.”
SE TIVERES AMOR
Se tiveres AMOR, caminharás no mundo como alguém que
transformou o próprio coração em chama divina a dissipar as trevas...
Encontrarás nos caluniadores almas invigilantes que a peçonha
do mal entenebreceu e revelarás toda a ofensa com que te martirizem
as horas...
Surpreenderás nos maldizentes criaturas desprevenidas que o
veneno da crueldade enlouqueceu e desculparás toda a injúria com
que te deprimam as esperanças...
Observarás no onzenário a vítima da ambição desregrada,
acariciando a ignomínia da usura em que atormenta a si próprio, e no
viciado o irmão que caiu voluntariamente na poça de fel em que
arruína a si mesmo...
Reconhecerás a ignorância em toda manifestação contrária à
justiça e descobrirás a miséria por fruto dessa mesma ignorância em
toda parte onde o sofrimento plasma o cárcere da delinquência, o
deserto do desespero, o inferno da revolta ou o pântano da
preguiça...
Se tiveres AMOR, saberá, assim, cultivar o bem a cada
instante para vencer o mal a cada hora...
E perceberás, então, como o Cristo fustigado na cruz, que os
teus mais acirrados perseguidores são apenas crianças de curto
entendimento e de sensibilidade enfermiça, que é preciso
compreender e ajudar, perdoar e servir sempre, para que a glória
do amor puro, mesmo nos suplícios da morte, nos erga o Espírito
imperecível à benção da vida eterna.
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. XI – Amar o próximo como a si mesmo

8. O amor resume a doutrina de Jesus inteira, visto que esse é o


sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à
altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos;
quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando
instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do
sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse
sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as
aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a
personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso
aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os
seus irmãos em sofrimento! Ditoso aquele que ama, pois não conhece a
miséria da alma, nem a do corpo.
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. XII – Amai os vossos inimigos

3. Se o amor do próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a


mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa
uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho.
(...) Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos
de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que
nos causem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação com eles; é desejar-lhes
o bem, e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes
advenha; é socorrê-los, apresentando-se ocasião; é abster-se, quer por palavras,
quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes
sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar.

4. Para o crente e, sobretudo, para o espírita, muito diversa é a maneira de ver,


porque suas vistas se lançam sobre o passado e sobre o futuro, entre os quais a
vida atual não passa de um simples ponto.
(...) Se não se queixa das provas, tampouco deve queixar-se dos que lhe
servem de instrumento. Se, em vez de se queixar, agradece a Deus o experimentá-
lo, deve também agradecer a mão que lhe dá ensejo de demonstrar a sua paciência
e a sua resignação.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Caracteres do Homem de Bem

918. (...)
Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça,
amor e caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a própria consciência
sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não
fez o mal, se fez todo bem que podia, se ninguém tem motivos para dele
se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem. (...)
É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê
irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças.
(...)
É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que
também precisa da indulgência dos outros e se lembra destas palavras do
Cristo: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.
Não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, para só
se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, como houver perdoado,
assim perdoado lhe será.

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