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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

CAMPUS PATOS DE MINAS


FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS
LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE E OPERAÇÕES
UNITÁRIAS

7º RELATÓRIO: EXPERIMENTO DE REYNOLDS

ANA CAROLINA DE SOUZA AGUIAR


GABRIELLA VIEIRA RODRIGUES
JAIR JUNIOR ALVES
NATALIA CAROLINA DE ARAÚJO

PATOS DE MINAS
2018
ANA CAROLINA DE SOUZA AGUIAR
GABRIELLA VIEIRA RODRIGUES
JAIR JUNIOR ALVES
NATALIA CAROLINA DE ARAUJO

7º RELATÓRIO: EXPERIMENTO DE REYNOLDS

Relatório técnico relativo à prática de


experimento de Reynolds apresentado à
Universidade Federal de Uberlândia – campus
Patos de Minas, curso de Engenharia de
Alimentos, como pré-requisito para avaliação na
disciplina de Laboratório de Fenômenos de
Transporte e Operações Unitárias.

Orientadores: Prof. Dr. Danylo de Oliveira Silva


Prof. Dr. Ricardo Corrêa de
Santana

PATOS DE MINAS
2018

1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS......................................................................4
3. METODOLOGIA....................................................................................................4
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................4
5. POSSÍVEIS ERROS EXPERIMENTAIS.............................................................7
6. CONCLUSÃO..........................................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................8

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a. INTRODUÇÃO

A mecânica dos fluidos é uma ciência que estuda o comportamento de fluidos em


escoamento e as respectivas leis que regem este fenômeno. Algumas propriedades de fluidos,
como a massa específica (ρ) e o peso específico (γ), regerão o tipo de escoamento de cada
fluido, que pode ser laminar, turbulento ou se encontrar em um regime de transição (GOMES,
2012).
Reynolds foi um cientista que estudou as condições sob as quais um tipo de
escoamento muda para outro, e descobriu que a velocidade crítica – na qual o regime laminar
muda para o turbulento – depende de quatro parâmetros: do diâmetro do tubo (D), da
viscosidade do fluido (μ), da sua densidade (ρ), e da velocidade média do líquido no
escoamento (v). Além disso, ele deduziu uma equação que relaciona estes quatro fatores em
um único adimensional, cujo valor define o tipo de escoamento em que o líquido se encontra.
Este adimensional é conhecido como o Número de Reynolds (Re), e é descrito pela Equação
(1) a seguir (MCCABE; SMITH; HARRIOTT, 1993):

D .v . ρ
ℜ= (1)
μ

em que: D = diâmetro do tubo no qual o líquido é escoado;


v = velocidade média de escoamento do fluido;
ρ = densidade do líquido;
μ = viscosidade do líquido.

Para um tubo de seção circular, de acordo com Geankoplis (1993), o escoamento é


dito Laminar se Re < 2100; se o valor de Re se encontra entre 2100 e 4000, é considerado um
Regime de Transição; e se Re > 4000, o líquido se encontra em Escoamento Turbulento.
Com isso, o objetivo do experimento foi visualizar o tipo de escoamento em que o
fluido está e calcular o Reynolds crítico, ou seja, Reynolds em que ocorre a transição entre o
regime laminar e o turbulento. Além disso, foi comparado o regime que foi observado com o
calculado através dos dados obtidos da prática.
b. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

 Módulo de Reynolds;
 Corante violeta genciana 1%;
 Cronômetro digital;
 Termômetro de vidro;
 Balança analítica;
 Béqueres;
 Água.

c. METODOLOGIA
a. Primeiramente, encheu-se o reservatório de acrílico com água;
b. Em seguida, encheu-se o reservatório de vidro com 13 gotas de corante e água;
c. Encheu-se o reservatório de acrílico para descanso de água com água e mediu-se a
temperatura da água com o auxílio de um termômetro;
d. Peseram-se os béqueres vazio para posteriormente medir a massa da água;
e. Abriu-se a válvula do corante e em seguida o registro de saída e movimento de fluxo
de água para ajustar o fluxo de água no tubo principal, controlando a vazão do líquido,
iniciando com vazões baixas;
f. Foi observado o comportamento do escoamento através da tubulação de vidro;
g. Posteriormente, identificado o regime laminar, coletaram-se 5 amostras de água nos
béqueres em um intervalo de tempo de aproximadamente 10 segundos utilizando o
cronômetro e mediu-se a massa de líquido coletado;
h. Em seguida, a vazão foi aumentada gradativamente e repetiram-se os passos
anteriores, sendo que após identificação do regime de transição retirou-se em intervalo
de tempo de aproximadamente 10 segundos até atingir 15 pontos experimentais.

d. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir das massas de água medidas a cada 10 segundos com a variação da vazão
pelo experimento, iniciaram-se os cálculos para vazão mássica, conforme a Equação (1):

m( g )
Vazão mássica= (1)
∆ t (s )
4
Em seguida calculou-se a vazão volumétrica de cada amostra de fluido a partir da
divisão da Equação (1) pela massa específica do fluido (⍴), conforme a Equação (2) a seguir:

Vazão mássica ( g/ s)
Vazão volumétrica= 3 (2)
⍴(g /cm )

Calculou-se a área do tubo de acordo com a Equação (3) a seguir:

d2
A=π (3)
2

Finalmente, calculou-se a velocidade média do fluido ( v ) através da divisão da vazão


volumétrica pela área do tubo (A) pelo qual houve o escoamento do fluido, conforme a
Equação (4) a seguir:

Vazão volumétrica
v= (4)
A

Os dados experimentais e suas respectivas vazões mássicas, volumétricas e


velocidade médias encontradas estão dispostos na Tabela 1 abaixo:

Tabela 1 Vazões e velocidades calculadas para cada amostra.

Amostra M (g) Vazão Mássica Vazão Volum. Velocidade Média


(g/Δt) (g/cm³) (cm/s)
1 150,51 14,7848723 14,8368011 1,049486539
2 151,91 14,8204878 14,8725417 1,052014663
3 150,89 14,76418787 14,81604402 1,04801828
4 166,5 15,9025788 15,95843331 1,128825603
5 149,52 14,76011846 14,81196032 1,047729418
6 361,15 34,92746615 35,05014165 2,479284558
7 372,52 35,88824663 36,01429667 2,547484415
8 351,35 34,89076465 35,01331124 2,476679345
9 357,8 35,28599606 35,40993081 2,504734375
10 344,57 34,35393819 34,47459928 2,438573358
11 727,15 71,78183613 72,03395497 5,095348087
12 753,51 73,08535403 73,3420512 5,187876751
13 754,29 73,58926829 73,84773537 5,223646505
14 730,13 72,1472332 72,40063543 5,121285362
15 750,86 73,04085603 73,29739692 5,184718114

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Para calcular o Reynolds experimental, foi considerado o diâmetro do tubo (d) de 3
centímetros, os valores da viscosidade dinâmica e massa específica do fluido (água) (ambas a
27°C) são, respectivamente, 0,008523 g/cm.s e 0,9965 g/cm³, de acordo com o Instituto de
Química da Universidade de Brasília (2013). Encontrou-se o Número de Reynolds através da
Equação (5) abaixo:
D .v . ρ
ℜ= (5)
μ
Sendo que:
D = diâmetro do tubo no qual o líquido é escoado;
v = velocidade média de escoamento do fluido;
ρ = densidade do líquido;
μ = viscosidade do líquido.
Os valores de Reynolds encontrados para cada amostra e seus respectivos regimes de
escoamento (teórico e observado) são expostos na Tabela 2 a seguir:
Tabela 2 Dados das amostragens e comparação entre o regime observado e teórico para cada amostra recolhida.

Regime Re Regime
Amostra M (g) Δt (s)
Observado Experimental (-) teórico
1 150,51 10,18 Laminar 368,1145147 Laminar
2 151,91 10,25 Laminar 369,0012714 Laminar
3 150,89 10,22 Laminar 367,5995127 Laminar
4 166,5 10,47 Laminar 395,9432289 Laminar
5 149,52 10,13 Laminar 367,4981924 Laminar
6 361,15 10,34 Turbulento 869,6258576 Laminar
7 372,52 10,38 Turbulento 893,5474196 Laminar
8 351,35 10,07 Turbulento 868,7120617 Laminar
9 357,8 10,14 Turbulento 878,5525537 Laminar
10 344,57 10,03 Turbulento 855,3461287 Laminar
11 727,15 10,13 Turbulento 1787,227866 Laminar
12 753,51 10,31 Turbulento 1819,682922 Laminar
13 754,29 10,25 Turbulento 1832,229406 Laminar
14 730,13 10,12 Turbulento 1796,325542 Laminar
15 750,86 10,28 Turbulento 1818,575009 Laminar

De acordo com os dados da Tabela 2, pode-se observar que houve divergência a partir
da amostra 6 entre os regimes observado e teórico, o que pode ser justificado pela vazão não
ter sido aumentada de forma suficiente para alterar o regime de escoamento. Como não houve
transição no regime de escoamento, não foi possível determinar o valor do Reynolds Crítico.

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e. POSSÍVEIS ERROS EXPERIMENTAIS

Durante a execução da prática alguns erros podem ter influenciado nos resultados obtidos.
Esses erros estão associados à cronometragem, pesagem das amostras e dificuldade de
visualizar o escoamento do líquido com corante violeta.

f. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a partir dos valores de Reynolds encontrados para cada amostra é
possível classificar o escoamento do fluido em Laminar, Regime de Transição e Turbulento.
Conforme há o aumento na vazão do fluido, espera-se alteração no regime de escoamento.
Como todos os valores obtidos foram inferiores a 2100, determinou-se que durante todo o
experimento o regime de escoamento foi Laminar, divergindo dos escoamentos esperados
para a amostra 6 em diante. Além disso, não foi possível determinar o valor do Reynolds
Crítico devido à ausência de transição no escoamento. Com esse fato, torna-se evidente a
necessidade de realizar os devidos cálculos para classificar um regime, não levando em
consideração apenas a observação visual.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GEANKOPLIS, C. J.. Transport processes and Unit Operations. 3. ed. University Of


Minnesota: Prencice-hall International, 1993. 937 p.

INSTITUTO DE QUÍMICA (UNB). Laboratório de Ensino de Química Geral: Roteiro de


experimentos. 2013. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/3110827/apostila---quimica-geral-experimental---2-
2013>. Acesso em: 01 nov. 2018.

MCCABE, W. L.; SMITH, J. C.; HARRIOTT, P. Unit Operations of Chemical


Engineering. 5. ed. Singapore: Mcgraw-hill, 1993. 1154 p.

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