Estudos Gramaticais
A morfologia vai estudar essas novas palavras e passar a entender como ela foi formada, qual
processo de formação, o que a motivou, qual sentido ou extensão de sentido, pois essas
palavras circulam em textos de uso social.
O “S” no final de uma palavra marca o plural, o “A” no português marca o feminino – Isso é um
significado gramatical no português, em outra língua irá marcar o feminino e o plural utilizando
outros recursos. Então, quando falamos em significado gramatical, estamos nos referindo a
categorias, que são categorias do português (Feminino com A, masculino geralmente com O, S
significa plural) São partes significativas do vocábulo, e é isso que iremos estudar - As palavras
que fazem parte do léxico português, as novas palavras surgem devido há uma necessidade
comunicativa e social, derivados de novos fenômenos e acontecimentos. Onde muitas vezes
ampliamos o sentido de um vocábulo, para que ele possa ter outro significado, associado ao
contexto social, histórico e cultural (pragmática).
REO 01 –
Anotações Campus Virtual:
● Contexto: século XX
● Autores representativos: Saussure; Bloomfield; Mattoso Câmara;
● Teoria Item-e-Arranjo;
● Conceitos básicos: língua (sistema organizado de signos; abstrato) X fala (realização
concreta da língua pelo sujeito falante);
● Sincronia (estudo atual do sistema da língua; desconsidera o fator tempo) X diacronia
(sucessão de fatos linguísticos numa linha temporal, isto é, em diferentes momentos);
● Língua como sistema;
● Cada elemento da língua só adquire um valor na medida em que se relaciona com o
todo de que faz parte (metáfora do xadrez);
● Cada unidade linguística se define pela posição que ocupa na rede de relações que
constitui o sistema total da língua;
● Questões gerais: Como segmentar o vocábulo? ; Como classificar esses segmentos?
Nomes compostos: para dar conta de vocábulos constituídos por palavras compostas, existem
autores que postulam a categoria vocábulo léxico, que pode ter um só radical (laranja) ou mais
de um (pé-de-moleque). Esta noção baseia-se nos critérios da inseparabilidade e na
determinação do conjunto. Assim, guarda-noturno é um vocábulo léxico constituído por dois
vocábulos mórficos. Para compreender melhor a questão, compare: a- Plantei no quintal
um pé de cana; b- Fulano é um tremendo pé de cana.
Morfema: é a menor unidade mínima da estrutura gramatical. Ele associa os dois polos do
signo linguístico, o significante e o significado, de acordo com a conhecida formulação
saussuriana. Um morfema também é definido como o segmento maior que o fonema e menor
que a palavra. (CASTILHO, 2010:51).
Exemplos:
mar (morfema livre), s - morfema que indica plural (morfema preso).
Classificação: Lexicais e Gramaticais
● São morfemas lexicais: os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios
de modo.
Os morfemas lexicais possuem significação externa, relacionam-se ao mundo
extralinguístico, constituindo um conjunto aberto, no qual novos elementos
podem ser acrescentados. Exemplo: flor, saudade. São os Radicais das
palavras. São eles quem permitem a grande variedade de palavras com
significados diferentes de uma língua. Trata-se de uma unidade de significação
que permite a formação de diversas palavras as quais atribuem nomes às
variadas situações, pessoas, sentimentos, objetos etc.
Palavra: tem significado lexical porque fazem referência a fatos do mundo biopsicossocial.
Vocábulos: têm significado gramatical, pois estão na base das relações e categorias da língua.
Clíticos: monossílabos átonos que sempre se apoiam foneticamente num termo hospedeiro.
● RADICAL
É o morfema que serve de base para a palavra, é a parte que carrega o maior
significado dela. Mesmo que outros morfemas sejam mudados, o radical da
palavra permanecerá intacto.
Fique atento:
- Não apresentam vogal temática as palavras terminadas em vogais
tônicas (cajá, olé, bobó).
Exemplos:
Primeira conjugação – AR
amar
ensinar
voar
Segunda conjugação – ER
comer
saber
viver
Terceira conjugação – IR
parir
decidir
ouvir
DESINÊNCIAS NOMINAIS
São morfemas adicionados aos nomes, ou seja, substantivos e adjetivos, e servem
para indicar as flexões nominais de gênero e número.
Exemplos:
Palavras que não variam no gênero: mesa, cadeira, cruz, igreja, papel, etc.
Palavras que não variam no número: lápis, vírus, etc.
DESINÊNCIAS VERBAIS
São morfemas indicativos do modo e do tempo, ou do número e da pessoa, ou
seja, podem ser:
c- Morfema alternativo: caracteriza-se pela alternância de traços fônicos: avô/ avó;
nos/nós;
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/os-conceitos-de-morfema-e-morfe/
16675:
– Um morfe constitui a realização do morfema. Muitos morfemas são realizados por um único
morfe; por exemplo, na palavra cantar, temos o morfe {cant-} (representado com chavetas),
que se mantém ao longo da conjugação: canto, cantei, cantava…
– Fala-se em alomorfe, quando um morfema é realizado por dois mais ou mais morfes
diferentes; p. ex., em Portugal, o morfema nov- que ocorre em novo tem dois alomorfes (de
novo representados com chavetas): {nôv-} em novo e {nóv-} (com [ó] aberto) em nova.
– Os problemas na descrição dos morfes conduziram mais tarde à criação de mais termos. Um
morfe “portmanteau” é um traço formal que pode ser atribuído a mais do que um morfema;
por ex., em fiz (1.ª pessoa do pretérito perfeito do verbo fazer) temos como que uma
amálgama de três morfemas diferentes, um que é relativo à 1.ª pessoa do singular (eu); outro,
pertencente ao pretérito perfeito; e finalmente um terceiro, que indica o modo indicativo.
O morfe vazio consiste na ocorrência de um traço formal que não corresponde a nenhum
morfema; p. ex., em cafeteira surge um {t} que não se pode associar a nenhum morfema.
Um morfe zero corresponde à inexistência de traços formais que marquem um dado morfema.
Por exemplo, na palavra mar pode-se deduzir um morfema zero a partir da forma do plural
mares. Com efeito, o plural (correspondente ao acrescentamento de um s) permitiria supor
que o singular fosse mare, em que {-e} poderia ser interpretado como estando a representar
um morfema do singular. Contudo, o que existe é mar, sem -e final, pelo que, em termos
teóricos, se assume que há um morfema que não tem materialidade fonética – em suma,
estamos perante um morfe zero.
Em português este fenómeno não é frequente, mas em inglês justifica-se o morfe zero em
excepções à regra de formação do plural; assim, a forma “sheep”, que é invariável, tem um
morfe zero como marca do plural, dado que a forma “sheeps” não é aceitável.'
Aula 24/08:
Vogal temática: A E O - quando for A ou O, verificar se não é desinência de gênero, caso não
for, é vogal temática.
Quando a vogal for átona, não será vogal temática, por ex: Jacaré, crocodilo.
Quando for no caso de palavras que acrescentam ou diminui vogal para designar o gênero,
ocorre o morfema substrativo/ aditivo, ex: Irmã (radical, sem vt/ desinência de gênero) –
Irmão (Irmã , vt / O desinência de gênero). Professor (radical) / Professora (radical + desinência
de gênero).
Deslealdade: Des (prefixo) / leal (radical) / dade (sufixo) – Mudança de classe gramatical
Distribuição complementar: Quando você diz capaz, não pode ser capac com C, então a
distribuição complementar ocorre na distribuição de contextos fonológicos distintos - São
alomorfes que ocorrem em contextos fonológicos diferentes.
Prefixo; Radical; Sufixo; Vogal temática; Desinência modo temporal; Desinência número-
pessoal; Desinência forma nominal
4 - Parassíntese ou circunfixação:
Quando uma prefixação e sufixação acontecem simultaneamente, ex: Esclarecer,
envelhecer.
5 - Composição:
Quando uma palavra contém dois ou mais radicais, ex: Cachorro-quente.
6 - Reduplicação:
Quando acontece a cópia de uma base ou parte dela, e essa cópia pode ser
prefixada, infixada ou sufixada a sua base, ex: Pipilar.
7 - Conversão imprópria:
Mudança da classe gramatical de uma palavra sem que adicione ou subtraia
morfemas, sendo ocasionada pelo contexto em uma frase.
9 - Blend:
Conhecido também como cruzamento vocabular, ocorre quando acontece a
intersecção de bases, e uma parte delas é apagado, ex: Aborrecente, aborrecer
com adolescente.
Forma presa: «Morfema que, por si só, não pode constituir uma palavra, sendo,
portanto, necessariamente, um constituinte de palavra. Numa acepção mais restrita,
forma presa pode identificar apenas os significantes que se associam a outras formas
presas, constituindo uma palavra. Exemplos: -sist-, consistir, insistir, desistir, resistir; -
clar- em claro, clara; -mento-, aparecimento, reconhecimento.»
Forma dependente: «Forma não autónoma cujo significante se associa a outras formas
dependentes ou livres, com elas constituindo um sintagma. Fonte: CARVALHO (1973).»
Forma livre: «Morfema que, por si só, pode constituir uma palavra. Exemplos: mar;
com; um.
Mais adiante, Mattoso Câmara Jr. explica: «As formas mínimas podem ser – LIVRES
(vocábulos), DEPENDENTES (clíticos ou partículas), PRESAS (partes de vocábulo). ... –
são vocábulos mórficos exige o reconhecimento da diferença entre vocábulo mórfico e
vocábulo fonético.
AVALIAÇÃO:
REO 03 –
Classe de Palavras [Prof Noslen]
Organizar as palavras de acordo com sua função no texto, existindo as palavras variáveis e
invariáveis. Variável é quando há a possibilidade de ter singular e plural, masculino e feminino
ou os dois ao mesmo tempo. Invariável é uma palavra que não vai ter plural e não vai ter
gênero, sendo uma palavra sem masculino e feminino.
Todas as classes de palavras são: Verbo, substantivo, adjetivo, pronome, advérbio, preposição,
conjunção, artigo, numeral e interjeição.
Classes Gramaticais:
Verbo: Palavra que exprime uma ação/estado ou fenômeno da natureza.
Substantivo: Palavra que dá nome aos seres.
Adjetivo: Palavra que modifica o substantivo, há definido e indefinido.
Artigo: Palavra que antecede o substantivo, definido: o, a, os, as, indefinido: um, uma, uns,
umas.
Pronome: Palavra que substitui ou modifica nomes.
Numeral: Palavra que dá ideia de número, quantidade.
https://www.youtube.com/watch?v=SdBMj-zEx-A
A partir da NGB, o objetivo de unificar uma terminologia para ser tomada como objeto de
ensino para as aulas de comunicação e expressão (ainda não existia língua portuguesa),
padronizar uma nomenclatura. A partir de 1958 temos as 10 classes gramaticais.
O predomínio de critérios de base semântica: A NGB adota um critério de base semântica que
vai acarretar uma série de problemas em relação as classes gramaticais.
Morfológico:
Existem palavras que são variáveis pois muda sua forma:
Forma variável
Casa / Casas
Menino / Menina;
Canto/ Cantei / Cantarei (mudança de pessoa, ou tempo da forma, presente passado futuro)
Forma invariável:
Existem palavras que a forma não se altera:
Parém, para, ontem...
Semântico:
O critério semântico não é suficiente para que a gente possa diferenciar uma classe de outra.
Sentido
Palavra que indica tempo; (Ex: Chover (verbo), chuva (substantivo))
Palavra que indica qualidade;
Palavra que dá nome aos seres;
Palavra que indica ação; (Ex: Correr (verbo), corrida (substantivo))
Sintático:
Diz respeito as relações entre as palavras:
Artigo: acompanha substantivo
Adjetivo: Modifica o substantivo
Advérbio: Acompanha o verbo, o adjetivo ou outro advérbio
Ex: Velho, velha. Não sei qual é a classe gramatical. Já em: Livro velho, eu sei que velho é
adjetivo pois acompanha o substantivo Livro. Esse critério é o sintático, pois permite que
descubra que é adjetivo.
“Aquele velho está na fila” Aquele é o pronome que está acompanhando o nome, substantivo
Velho. Sabemos que estamos utilizando o critério sintático, pois o critério morfológico (da
forma) não dá conta.
Ex: O artigo antecede o substantivo. O adjetivo acompanha substantivo. Isso é critério sintático
(combinações, o que acompanha, o que modifica, o que antecede).
O muito é uma classe invariável, pois não houve alteração em sua forma. Então qual classe
gramatical é essa? Vamos perceber o critério da forma (morfológico) e o critério das
combinações (sintático). Por que não vamos analisar o critério semântico? Pois a palavra muito
não altera de sentido.
Muitas pessoas.
Muitos homens.
Mudando a forma do muito (muitas, muitos) flexionando gênero e número, a palavra é
variável, então o critério utilizado seria o critério morfológico (pois houve alteração na forma)
+ o critério sintático (pois acompanha outras palavras).
Viu um certo relógio
Viu um relógio certo
A posição do que vem antes ou depois, é o que define o que é pronome e o que é adjetivo.
Fale claro
Falem claro
A forma é invariável e ele está combinando com o verbo (Critério morfológico e sintático).
Nesses casos o critério semântico não nos ajuda, pois não houve alteração de sentido.
O substantivo (nome) é a categoria mais importante dos nomes. Por que o pronome é uma
palavra que acompanha ou substitui o nome (só defino pronome em sua relação com o
substantivo). O Adjetivo é uma palavra que modifica o substantivo (só defino o adjetivo em sua
relação com o substantivo). O numeral é uma palavra que define quantidade em relação ao
nome. O artigo é uma palavra que acompanha o nome. E a locução adjetiva também é uma
expressão com função de modificar o objetivo.
Notem que a categoria substantiva é fundamental, pois por meio dela estabelecemos o objeto
do discurso. Por meio dos nomes conseguimos estabelecer cadeias referenciais no texto.
Palavras determinantes são palavras que vão acompanhar o substantivo, são importantes para
que possamos identificar o referencial.
Nas diferentes definições sobre classe de palavras na antiguidade, podemos notar que em
todas predomina o critério semântico:
A definição de Cunha e Cintra diz que é um modificador do substantivo, aí temos a exceção por
definição de critério sintático. Nessa definição predomina o critério sintático, mas nas outras
predomina o critério semântico.
Percebemos que:
Por isso percebemos que adjetivo não tem autonomia para aparecer sozinho, portanto,
sempre irá aparecer em relação a outra classe gramatical, por isso não podemos utilizar o
critério da forma (morfológico) para definir o adjetivo e nem o critério semântico, critério do
sentido.
Considerações finais:
O critério semântico é importante, porém não único para que possamos classificar as palavras.
É a forma, o critério morfológico, que permite que classificamos palavras no português.
O critério sintático diz questão ao referente, ao que acompanha o nome.
Fórum de discussão sobre classes gramaticais
A partir da leitura dos textos básicos, cada aluno deverá fazer uma postagem (teoricamente
embasada) sobre o tema. Em seguida, deverá comentar a postagem de um colega.
Alice: Artigo
Podemos definir a classe gramatical artigo por palavra que antecede o substantivo, e que varia
em gênero e em número.
Sobre sua classificação teórica, segundo Câmara Jr (1970) pode se afirmar que anteceder o
substantivo é um critério sintático, já sua indicação de gênero e número é considerada critério
morfológico.
REO 04 –
Texto: Classes Gramaticais – Na perspectiva de Mattoso Câmara
Aula 19/10
Critério compositório: Mattoso Câmara propõe que se use O sentido (critério semântico) aliado
a forma (critério mórfico), então o critério compositório se forma pela composição desses dois
critérios, se tornando um critério morfo-semântico (voltado para forma e sentido).
Variável: Nome, verbo e pronome (variável em relação a forma).
Invariável: Conectivos (invariável em relação a forma).
Tanto o pronome quanto o nome apresentam flexão de gênero e variam em número, porém o
verbo não apresenta flexão de gênero. O verbo varia de tempo-modo e número-pessoa.
Esta roupa: Perto do falante.
Essa roupa: Perto do ouvinte.
Aquela roupa: Longe do falante e do ouvinte.
Quando falamos que pronome apresenta o gênero neutro, ele vem da origem latina da nossa
língua, “este” é masculino, “esta” é feminino e “isto” é gênero neutro, assim como “aquilo”.
Então para Mattoso Câmara, precisamos do contexto. Por meio dos elementos que estão
relacionados com eles.
Ele: está como pronome e substantivo, se constituindo como elemento principal da oração,
assim como substitui os nomes (João e Pedro). Por isso o pronome pode exercer a função de
substantivo.
Exemplos:
O alto do prédio.
Alto: Substantivo, reforçado pelo artigo O. Prédio: Adjetivo, com o “do” tem a função de
modificar algo.
Homem alto.
Alto: Função adjetiva, pois é modificador relacionada ao nome.
Gritou alto.
Alto: Função adverbial, pois modifica o verbo.
Portanto, podemos perceber que o vocábulo Alto, pertence a classe dos Nomes.
Por isso Mattoso Câmara afirma que a classe dos Nomes pode funcionar como Substantivo,
Adjetivo e Advérbio.
Mattoso Câmara diz que a classe do artigo é uma classe pronominal nova. É interessante pois
ao estabelecer uma relação ele vai tentar dar conta de algo que a gramatica tradicional não dá,
em relação a classe dos artigos.
O artigo vai ter uma relação com o demonstrativo, indicando uma referência indefinida e vai
indicar também uma determinada relação enfática com a presença do numeral com uma nova
função (Explicar melhor nas próximas aulas).
Mattoso Câmara não separa substantivo e adjetivo como sendo classes, mas como função
desempenhada pelo nome.
Com esses três critérios podemos compreender a distinção entre Classe e entre Função.
Aula 26/10:
A preposição liga o termo antecedente, que não pode ser ligado ao nome, que vai ser
explicado, completado, pelo segundo termo. Essa relação entre os dois elementos é ligada pela
preposição.
Ex: Gosto doce. Não falamos dessa forma, precisamos do termo antecedente que é o verbo,
dessa forma é completado pelo termo doce. A preposição aparece estabelecendo essa relação,
por isso é um elemento de coesão textual.
Acidentais: São palavras de outra classe, que vão em um contexto especifico, funcionar como
preposição.
Queres sorvete ou preferes chocolate? A conjunção OU liga duas orações que tem o mesmo
nível morfossintático.
Conjunção: Liga duas palavras, ou liga duas orações que tem uma mesma estrutura sintática.
Bem, modifica o verbo falar.
Advérbio modalizador vai servir para que o individuo possa emitir um ponto de vista em
relação ao que vem. Então, esses advérbios vão se posicionar como elementos muitas vezes
periféricos, pois vão se posicionar em variadas posições do enunciado, o modificando – Para o
falante em relação ao o que fala.
Para verificar se é advérbio ou adjetivo, devemos analisar sua função morfossintática.
Mattoso Câmara baseava suas analises as ideias do linguista Leonard Bloomfield, porém
também considerava que a distinção bloomfieldiana entre formas livres e formas presas eram
insuficientes para abranger algumas divisões dos vocábulos em classes, como os artigos, os
pronomes e os conectivos, com isso Mattoso então cria o conceito de “forma dependente”
afim de englobar essas classes.
Os critérios para classificar as classes de palavras são definidas seguindo sua capacidade
semântica, sintática e morfológica, porém para Mattoso o critério semântico não deve ser o
único para classificar as palavras, mas sim uma composição pois o vocábulo é uma unidade de
sentido e também de forma. Com isso, a classificação dos vocábulos formais do português
segue o critério morfossemântico, e se agrupa em 4 classes: Nome, verbo, pronome e
conectivos. Sendo as três primeiras classes de palavras variáveis em relação a forma, e a última
classe invariável em relação a forma.
O critério compositório adotado por Mattoso Câmara propõe o uso do critério semântico (de
sentido) aliado ao critério mórfico (da forma), assim o critério compositório é a junção desses
dois critérios, criando então o critério morfossemântico, voltando para a forma e o sentido.
Diferente do nome, que além de nomear também permite uma designação sem reforço
situacional ou contexto verbal, o pronome efetua uma referência contextual e situacional no
texto ou fala a qual se insere.
Para Mattoso a função trata das características sintáticas, ou seja, para diferenciar a função do
substantivo da função do adjetivo ou do advérbio, precisamos do contexto - do critério
sintático. Quando vamos diferenciar se uma determinada palavra é substantivo, adjetivo ou
advérbio, devemos analisar então dentro do contexto e das relações que estão estabelecidas
na linearidade da sentença.
7- Como se constitui a classe dos vocábulos conectivos (preposição e conjunção)? Como
diferenciá-los?
Os conectivos estabelecem conexão entre dois ou mais termos, segundo Mattoso, podemos
diferencia-las como as preposições sendo as que ligam as palavras, e os que ligam as orações
são as conjunções.
REO 04 –
Sintagma
O sintagma é um termo que foi introduzido por Ferdinand de Saussure para designar dois
elementos consecutivos, um dos quais é determinado (principal) e o outro determinante
(subordinado). Assim, no sintagma “o Vénus”, o elemento determinado é Vénus e o elemento
determinante o artigo O.
No sintagma básico, formado por sujeito e predicado, o elemento determinado é o verbo e o
determinante é o sujeito.
O sintagma é definido por Saussure como “a combinação de formas mínimas numa unidade
linguística superior que surge a partir da linearidade do signo, ou seja, ele exclui a possibilidade
de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, pois um termo só passa a ter valor a partir do
momento em que ele contrasta com outro elemento.
• sintagma oracional, o qual é composto por membros oracionais (p.ex: A vida é cão.);
• sintagma super-oracional, composto por orações (p.ex: Se fizer bom tempo, vou sair).
Partindo do facto de o sintagma constituir uma unidade significativa composta de mais
elementos que mantêm entre si relações de dependência /ou interdependência12/ e de
ordem, e organizados em torno de um elemento fundamental denominado núcleo,
subdividimos os sintagmas em: nominal, verbal, adjectival, adverbial e preposicional.
Aula 09/11:
É importante compreender os conceitos da morfossintaxe, para trabalhar na linguística e
língua portuguesa, pois vamos entender melhor sobre as orações.
Sobre oração.
Sintagmas lexicais: Uma palavra, um substantivo, um verbo.
Mas aparecem mais exemplos de oração
O = Artigo / Turista = Substantivo / Viajou = Verbo
No núcleo do sintagma nominal, irá ser sempre o substantivo. Já no núcleo do sintagma verbal,
irá ser sempre o verbo.
Como identificar o sintagma?
Deslocamento: Os sintagmas possuem propriedades distribucionais como posição e
mobilidade, ao deslocar uma sequencia podemos deslocar todo o conjunto para outra posição.
Agramatical: Que não constitui sentido.
Leis sintáticas algumas sentenças são permitidas, já outras não são permitidas, por ficarem
sem sentido (agramatical).
Substituição: Ao substituir por unidades simples (pronomes ou advérbios)
Ao “dissecar” as orações, podemos analisar seus sintagmas e nível hierárquico.
O verbo sempre irá denotar o evento, as duas orações parecem iguais, mas as organizações
sintáticas influem no significado, mudando uma palavra de lugar, a oração pode ter um sentido
completamente diferente.
Sintagma Nominal:
Sintagma Preposicionado:
Sintagma adjetival:
Sintagma Verbal:
Sintagma Adverbial: