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Para atingir esse objetivo, a Toyota adaptou sua linha de produção para fazer o que o
cliente solicitasse, na hora em que ele quisesse e da forma como pretendia. Uma série
de técnicas foi desenvolvida para possibilitar à empresa o aumento da sua
produtividade de forma significativa. Tudo isso sem necessariamente aumentar os
custos.
Definição Brasileira
Em se tratando de Produção Enxuta, maior do que seus termos sinônimos, são suas
definições, porém, em todas elas seus autores apontam as metas colocadas por essa
filosofia que, segundo o professor Eudes Luiz Costa Junior, são “o máximo da
produtividade e da eficiência, aliadas aos baixos custos de estocagem”.
“Um conjunto de princípios, práticas e ferramentas usadas para criar um valor preciso
ao consumidor – sendo estes um produto ou serviço com melhor qualidade e poucos
defeitos – com menos esforços humanos, menos espaço, menos capital e menos
tempo do que os sistemas tradicionais de produção em massa.” (LEAN ENTERPRISE
INSTITUTE, 2007)
“Um sistema de medidas e métodos que trazem benefícios na empresa como um todo
e proporcionam um sistema produtivo competitivo, atacando principalmente o
desenvolvimento de produtos, a cadeia de suprimentos, o gerenciamento de chão de
fábrica e os serviços pós venda”. (Iana Araújo RODRIGUES, 2006)
Desse modo fica percebido que a Produção Enxuta objetiva o máximo do sistema
produtivo, sendo este sistema fabril ou não, pois como observa o professor Osny
Augusto Júnior, apesar deste sistema produtivo ter nascido na indústria, pode
perfeitamente ser aplicado nos mais variadas áreas. Ainda segundo o professor, as
principais áreas onde a Produção Enxuta é aplicada são:
Just in Time
Esses métodos são um dos pilares que compõem o Sistema Toyota de Produção
(TPS), também chamado de Toyotismo.
O TPS é um sistema desenvolvido pela Toyota, durante o período pós segunda
guerra.
Os gerentes da Toyota tinham a difícil tarefa de reconstruir a empresa, que estava
abalada devido o período da guerra.
O Just in Time (JIT), que significa “Na hora certa”, é uma filosofia japonesa de
gerenciamento de produção.
O Just in Time é uma filosofia de produção, a ideia central é produzir na quantidade
certa e no momento ideal em que o produto é requisitado. A solicitação pelo produto é
que direciona toda a produção. Essa demanda pode vir das seguintes maneiras:
Interna:
Demanda vinda de dentro da fábrica ou da empresa. O produto de determinado
processo está sendo solicitado pelos funcionários do processo seguinte. Por exemplo,
em uma fábrica de roupas, primeiro se corta o tecido e depois se pregam os botões.
Portanto, um setor abastece o outro, os tecidos devem estar prontos de maneira
sincronizada com o outro setor que pregará os botões.
Externa:
Eliminação de estoques
Eliminação de desperdícios
Produção em fluxo contínuo
Esforço contínuo na resolução de problemas
Melhoria contínua dos processos
Na época em que foi criado, o Just in Time foi desenvolvido para solucionar uma
problemática dentro da Toyota: como produzir diferentes modelos de produtos, sendo
que cada um tem uma demanda específica? Tudo isso com o mínimo de atraso
possível.
Kaban
O Kanban, que pode ser traduzido como “organização por cartões”, é uma técnica que
oferece suporte ao JIT. Esses métodos são um dos pilares que compõem o Sistema
Toyota de Produção (TPS), também chamado de Toyotismo.
Desde o início da Era Industrial, essas questões impactam o crescimento dos
negócios e só foram minimizadas após a criação de um novo sistema de gestão da
produção, desenvolvido na década de 1960 por Taiichi Ohn, um dos criadores
do Sistema Toyota de Produção.
Conheça agora a ferramenta que revolucionou o Japão e descubra como os princípios
do Kanban – também conhecido como gestão à vista – podem alavancar os resultados
do seu negócio.
É uma técnica que auxilia o gerenciamento das atividades da empresa, visando
entregar um produto final de qualidade e na hora certa.
Kanban é o nome dado a uma técnica de organização por cartões, que ordena o fluxo
da produção. Esse método consiste em utilizar tipos de “post-it” para sinalizar o
andamento dos fluxos de produção dentro da empresa.
Na técnica são determinadas as etapas pelas quais um produto passará antes de sua
conclusão. Os cartões são utilizados para autorizar a produção e movimentação de
itens ao longo do processo. Assim, os profissionais necessários para a produção
sabem qual a hora de realizar seu trabalho e quanto tempo têm para tal.
Vantagens do Kanban
No método kanban não se coloca o trabalhador para produzir o máximo que ele puder.
Até porque não é interessante, pois nessa estratégia não se realiza a acumulação de
estoques.
A técnica permite que o profissional saiba quanto ele deve produzir e em qual período
de tempo. Dessa forma, evita-se sobrecargas e repetições contínuas.
No caso de uma produção em série, pode ser que o colaborador tenha que esperar o
setor anterior terminar o seu produto para que ele possa trabalhar, como em uma “fila”.
Isso seria chamado de “ociosidade” e parece contra intuitivo, mas a maior flexibilidade
no desempenho de tarefas aumenta a produtividade.
Porém, enquanto espera para a realização de sua tarefa, o funcionário pode realizar
outras atividades que melhorem o ritmo do fluxo. Como ajudar pessoas de outro setor
ou pensar em melhorias para o processos.
O mesmo raciocínio acontece com o maquinário. Quando os equipamentos produzem
somente o necessário e não funcionam incessantemente, há menos desgaste nas
máquinas.
Produção puxada
Produção empurrada
O sistema empurrado tem como objetivo produzir o máximo possível. Nesse método,
os trabalhadores executam a mesma atividade de forma contínua e repetitiva,
fabricando o máximo de materiais que puderem. O foco é manter as pessoas sempre
ocupadas e garantir a produção contínua.
Entretanto, não se planejar uma frequência para o ritmo do trabalho e não monitorar o
consumo dos clientes pode ser prejudicial.
No sistema empurrado há a criação de grandes estoques. Desse modo, o produto
pode se tornar obsoleto ou estragar, dependendo do contexto da produção.
Por exemplo, a área de tecnologia muda constantemente, uma empresa com grandes
estoques pode acabar com produtos obsoletos que não serão vendidos. Assim como,
uma indústria de cosméticos pode acabar com produtos estragados.
Outras consequências podem ser:
A demora de entrega dos produtos
Sobrecarga de trabalho repetitivo para os funcionários
Desgaste de maquinário
Retrabalhos
Defeitos mais ocorrentes nos produtos
Falta de melhoria contínua
Na prática, como funciona
• Cartão verde: essa cor simboliza o estoque máximo na fábrica. Ou seja, nenhum item
deve ser produzido, pois não há mais espaço para armazená-los.
Muitas vezes o JIT é confundido com o Kanban, mas, na realidade, a gestão à vista se
tornou a representação da produção puxada do Just in Time. Ou seja, enquanto o Just
in Time é o processo de fabricação de insumos no momento certo, o sistema Kanban
é a ferramenta que administra visualmente a produção enxuta.
Os dois tipos de Kanban devem operar de forma simultânea para que ocorra um
verdadeiro sistema puxado de produção.
Fique atento! Essa ferramenta de gestão visual deve ser utilizada somente em uma
linha de produção em série, não sendo aconselhável para demandas instáveis,
imprevistas ou pedidos emergenciais.
Kaizen
Dessa maneira, a empresa precisa manter uma filosofia de fazer bem feito, resolvendo
os problemas apresentados de uma vez por todas.
O exemplo mais evidente está nas atividades de set up, ou seja, nas tarefas
necessárias para uma linha de produção, como a alimentação com matéria prima e a
manutenção das máquinas e equipamentos.
De uma forma geral, qualquer empresa evita maior número de set ups ou paradas.
Pois, com isso, é preciso produzir grandes lotes, havendo a necessidade de manter
melhor flexibilidade na variedade de itens.