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MADEIRA arquitetura e engenharia IBRAMEM, fe 4 CSP Propostas de revisio Norma Brasileira para o Projeto de Estruturas de Madeira Método de ensaio para Classificagaio ¢ Caracterizagao de Madeiras NUMERO ESPECIAL XIIEBRAMEM___LAVRAS _ 2010 NBR7190/2010: Projeto de Estruturas de Madeira Com muita satisfagdo trazemos aos participantes do XI Encontro Brasileiro em Madeiras ¢ em Estruturas de Madeiras (XI1 EBRAMEM) 0s textos referentes a proposta de revisio da Norma Brasileira para 0 Projeto de Estruturas de Madeira, NBR 7190/2010. Tais textos se constituem no resultado de longo ¢ detalhado trabalho desenvolvido no ambito da nicas tudos 02:126.10, instalada em 2002 pela Associagao Brasileira de Normas 1 (ABNT), especifi mente para a mencionada revisao, e presidida pelo Prof. Dr. Carlito Calil Junior. Deve ser regisirado, também, 0 apoio expressivo proporcionado pelo Laboratério de Madeiras ¢ de Estruturas de Madeira (LaMEM), Departamento de Engenharia de Estruturas, da Escola de Engenharia de Sio Carlos, USP, ¢ pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM) que organizaram reunides © eventos espectficos para a discusstio do assunto, com a participacdo de um nimero mais amplo de profissionais atuantes no segmento da Madeira e das Estruturas de Madeira ‘Nesta publicagao, constam as propostas para: = 0 texto revisto da NBR7190: Projeto de Estruturas de Madeira, sem os anexos originariamente incluidos na versio de 1997; = O texto dos Métodos para Classificaglio e Caracterizagio de Madeiras, com a inclusio das alternativas para a classificagao © caracterizagdo de pegas estruturais, t6picos ndo contemplados no ent@o Anexo B da NBR7190/1997. Apresentamos os sinceros agradecimentos a todos quantos se empenharam para concluir as propostas apresentadas. Reconhecemos a dificuldade da tarefa: construir a convergéncia a partir de diferentes visdes sobre uma variada gama de temas. Entretanto, a qualidade do resultado final demonstrou o que € possivel aleangar com muita reflexao e discernimento. No final do més de agosto, os textos finalizados serdo encaminhados para os tramites na citada Comissio de Estudos e os demais procedimemtos adotados pela ABNT para casos desta natureza Assim sendo, sugestdes para eventuais ajustes nos textos serdo recebidas até o dia 28 de agosto de 2010, no enderego eletrSnico ibramem@sc.usp.br Carlito Calil Junior Chefe do LaMEM/SET/EESC/USP co Antonio Rocco Lahr Presidente do IBRAMEM | aco 2010 PROJETO DE REVISAO NBR 7190 Projeto de estruturas de madeira ABNT - Asso Brasileira de Normas Técnicas cao fax (a) 20 "0an96 6435, Origem: Norma NBR 7190:1997 ABNT/CB-02 - Comité Brasileiro de Construgo Civil (CE-02:126.10 - Comissao de Estudo de Estruturas de Madeira or NBR 7190 — Design of timber structures Descriptors: Wooden structure. Wood. Design. Esta norma substitui a NBR 7190:1997 ee Valida a partir de 29/08/2010 Feit ict todo Palavras-chave: Estrutura de madeira. Madeira. Projeto. _ |e Paeinas Sumario Protacio 1 Objetivo 2 Referencias normativas 3 Generalidades 4 Hipdteses basicas de seguranca 5 Propriedades das madelras, 66 Dimensionamento - Estados limites titimos 7 Ligagdes '& Dimensionamento - Estados limites de ulilizago ‘9 Estruturas de madeira em situagao de incéndio 10 Disposicoas construtivas 11 Durabiidade da madeira 12 Projeto e Execugao de Estruluras de Cobertura Prefacio A ABNT ~ Associacdo Brasileira de Normas Técnicas ~ ¢ o Férum Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, culo ‘contedido & de responsabilidade dos Comités Brasileitos (ABNT/CB) © dos Organismos de Normalizacao Setorial (ABNTONS), 830 elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas Tazendo parte: produtores, consumidores e neultos (universidades, laboratories e outros) (Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no ambito dos ABNTICB e ABNTIONS, circulam para Consulta Nacional entre ‘os associados da ABNT e demais interessados, ‘A transigao da NBR 7180:1997 para a que agora se apresenta traz poucas alteragbes nos conceitos relatives ao projeto de estruturas de madeira, ou seje, € uma norma probabilista de estados limites, mas introduz algumas abordagens que ‘estavam omissas na verso anterior, e smplia e/ou modifica outras, 1 Objetivo Esta Norma fixa as condigSes gerais que devem ser seguidas no projeto, na execuedo © no controle das estruturas correntes de madeira, tais como pontes, pontihdes, coberturas, pisos e cimbres. Além das regras desta Norma, devem ser obedecidas as de outtas normas especiais e as exigéncias peculiares a cada caso particular. 2 Referéncias normativas ‘As normas relacionadas a seguir contém disposicSes que, 20 serem citadas neste texto, constituem prescrigdes para esta Notma. As edigdes indicadas estavam em vigor ne momento desta publicagzo. Como toda norma esté sujeita a reviseo, Projeto de estiuluras de madeira Fecomenda-se Aqueles que realizam acordos com base nesia que veriiquem a conveniéncia de se usarem as edigbes mais recentes das normas citadas 2 seguir. A ABNT possui a informagso das normas em vigor em um dado momento. NR 528.2001 — Componentes construtivos estruturais - Determinacdo de resistencia a0 fogo. NI 18 1980 - Projeto @ execucéo de o! Procedime NBR 6120 1980 - Cargas para o cdleulo de estruturas de ediicagdes - Procedimento NAR 6123:1988 - Forgas devidas 20 vento em ediicagdes - Procedimento [NBR 6527:1981 - Pregos comuns © arestas de ago para madeiras - Especiicacéo NBR 7187-1987 - Projeto ¢ execucso de pontes de concreto armade e protendide - Procedimento NBR 7188:1982 - Carga mével em ponte rodoviaria © passarola de pedesttes - Procedimento NBR 7189:1983 - Cargas méveis para projeto esteutural de obras ferrovidrias - Procedimento NBR 7608:1983 - Simbotos gréficos para projelo de estrutures - Simbologia NBR 8681-2003 - Ages e sequranca nas estruluras - Procedimento [NBR 8600:1986 - Projeto e execucto de estruturas de ago de edificios (tétedo dos estados limites) Provedimento NBR 10067:1995 - Principios gerais de representacdo em desenho técnica Procedimento Eurocode n’ 5:1981 - Design of Timber Structures 3Generalidades 3.4 Projeto ‘As construgées a serem executadas, total ou parciaimente, com madeira devem obedecer a projeto elaborado por profissionais legalmente habiltados. © projeto & composto por memorial justifcativa, desenhos e, quando ha particularidades do projeto que interfram na construed, por plano de execucdo, ernpregam-se os simbolos gratficos especiicados pela NBR 7808. [Nos desenhos devem constar, de modo bem destacado, a identificagso dos materiais a serem empregados. 3.2 Memorial justificativo (© memorial justificativo deve conter os sequintes elementos: 2) descrigao do arranjo global tridimensional da estrutura; b) ages e condigdes de carregamento admitidas, incluides os percursos de cargas méveis; ©) esquemas adotados na andlise dos elementos estruturats € identifcagao de suas pecas; 0) analise estrutural; ©) propriedades dos materiais §) dimensionamento e detathamento esquematico das pecas estruturais; 9) dimensionamento e detalhamento esquematico das emendas, uniGes e fgacées, 3.3 Desenhos Os desenhos devem ser elaborados de acordo com as normas de desenho vigentes da ABNT. Nos desenhos esteuturais devem constar, de modo bem destacado, as classes de resisténcia das madeiras a serem empregadas. As peas estruturais devem ter a mesma identificag nos desenhos © no memorial justificative. Nos desenhos deve estar claramente indicadas as partes do memorial justificativo onde esto detalhadas as pecas estrulurais representadas. 3.4 Plano de execucio Do plano de execuctio, quando necesséria a sua inclusde no projete, devem constar, entre outros elementos, as particularidades referentes a: 2) sequéncia de execugao: b) juntas de montagem Projeto de ostruturas de madeira _ 3.8 Notagoes, [A notacdo adotada nesta Norma, no que se refere as estruturas de madeira, @ a indicada a seguir. 3.64 Letras romanas maidsculas A- area, C- classes de resistencia para coniferas, E.,- modulo de defarmagaa longitudinal da madeira (Exp, Exox Ex Exes) F “classes de resistencia nara folhosas; acoes (Fe, Fs): forces (em geral) G-agao permanente (Gz, G,), G,- modulo de deformagao transversal da madeira; J momento de inercia (em substituigéo a | para evitar confusdo com o niimero 4) 5, momento de inércia & toreso (em substituigao a | para evitar-se confusso com 0 numero 1): K-coeficiente de rigid (NAn): L- vo, comprimento (em substiluigao @ | para evitar-se confusto com o numero 1), (também ¢); Lo ou Ly - comprimento de flambagem (também fo ou f), M- momento (em geral, momento fietor): Mz- valor de céleulo do mamento (Ws, Mis, Maa): Mc valor caracteristico do momento (Mb, May Mx); Mg - momento estatico de area, N= forga normal (Na, Nic Nel: Q- acdo acidental (varidvel) (Qs, Qs, Q); RR -reagao de apoio, resultante de tenses (Re, Rp, resistencia; 3 —solcitagao, U- umidade; \V-forga cortante (V., Vo, Vi). volume: W- carga do vento, médulo de resistencia a flexdo 3.8.2 Letras romanas minisculas b—largura: by- largura da mesa das vigas de segio 7, bby largura da alma das vigas; d— dismetio, 2 ~ excentricidade: valor da resisténcia da madeira (fn, fs. fe, fo fy fe, fa, fn) fn = valor médio: f4- valor de calculo) {valor caracteristico ‘fo resistencia ao cisalhamento na presenca de tensdes tangencials paralelas as fibras; feo -resistOncia ao cisalhamento na presenca exclusiva de tensdes tangenciais perpendiculares as fibras; fio- resisténcia de embutimento paralelo as fibras; g- carga distribuida permanente, altura, espessura; 1 raio de giragao; qos - Coeficiente de modiicago (Kass, km, Knot) £- vio, comprimento (também L); fo 0u Fa comprimento de Nambagem (também Lo ou Ls) ‘n- numero de elementos de uma amostra; carga acidental distnbuida; rao, indice de rigidez = ML 5 - espacamento, desvio-padrao de uma amostra; tempo em geral, espessura de elementos delgados tu flecha (ust Up» Ua Uo): x= coordenada no plano perpendicular 20 eixo da pera ¥y- coordenada no plano perpendicular ao eixo da pega, Z- coordenada na diregao do eixo da peca: gz -médulo de elasticidade a temperatura normal para um quantil de 20%; Ex. modulo de elasticidade efetivo em situagao de incendio Rig- esforgo resistente de caleulo em situagao de incéndio; Ro2 - esforgo resistente de calcula & temperatura normal para um quantil de 20% sem o efeito de duragso de carga & lumidade, ou seja para kre =1: S¢- Solicitagdo de calculo em temperatura normal ‘Sha Solcitaglo de célculo em situagae de incéndio: Gaara - espessura de carbonizagao unidimensional darn -e5pessura de carbonizacso equivalent incluindo o efeito de arredendamento de cantos e fissuras; dar -espessura efetiva de carbonizacdo; {an -tesisténcia de cleulo da madeira em situacSo de incBndio, fo2 - resisténcia a temperatura normal para um quanti de 20%; hp € a largura do painel em mm Projeto de estruturas de madeira keoiet € 0 Coeficiente de modificagao em situacao de incéndio; 16 0 tempo requerido de resistencia ao fogo (TRRF); flo @ 3 tara de carbonizagso unidimensional ff, € a tava de carbonizacao equivalente pars madciras secas ‘4 © 0 Coeficiente de minoragdo da resistencia da madeira e 0, temper inclundo 0 efeito de aredondamento de cantos e fissuras situacao de incendie jure do ambiente entes do inicio do aquecimento em gt 1 Celsius, geralmente tomada igual a 20°C: (0, temperaiuia dos gases em grau Celsius no instante t >. a densicade basica 3.8.3 Letras gregas minésculas ¥ (gama) - peso especifica: ‘Yi- Coeficiente de ponderagso das agées, {yw - coefciente de minoragao da resisiénoia da madeira: 8» deformacao especifica da madeira: 2. (lambda) - indice de esbelte2 = Lo (M4) - Coeficiente de Poisson; (ro) - massa especifica (densidade) Poas ~ densidade basica; © (sigma) -tensao normal (o..0, ¢,). ou também desvio-padr8o de uma populagao; 1 (tau) - tensao tangencial (ta, thy tu) 35.4 indices gerais c- de compressao; de fluéncis: - de calculo: k~ caracterstico: m—medio, + de servico; do aco; de retragao; t- do tracdo, transversal u— titi; v- de cisalhamento; w= da madeira; de vento; ou também alma das vigas; y- de escoamento do aco. 3.8.8 indices formados por abreviagées nel - para anéis; cav - para eavilha; cal — de caleulo; calculade; cri —erltcn; ef — efetivo, eq de equilibrio (para umidade); est — estimado, exc — excepcional, inf — inferior, lim — tite: max— maxima; min —minimo; sup — superior, 3.8.6 ing s especiais br- de contraventamento (bracing); G- para valores decorrentes de agdes permanentes; IM para valores na flexao: Q- para valores decorrentes de agées variaveis; R - para valores resistentes (pode ser substituldo por 7) S - para valores solicitantes (pode ser substituido por s). 4 Hipéteses basicas de seguranga 4 ___Projeto de esiruturas de madeira 44 Requisitos bai 105 de seguranga 44.1 Situacées previstas de carregamento Toda estrutura deve ser projetada e cansiruida de moda a sal istazer a0 seguintes requisitos bas cos de seguranga a) com probebiidade aceitavel, ola deve pormanecer adequada a0 uso previsto, tendo-se em vista 0 custo de consirucso admitido © o prazo de referéncia da duracio esperada, ) com apropriade grau de confiabilidade, ela deve suportar todas as ages © oulras influéncias que podem agir durante a construgao durante 2 sua utlizagao, @ um custo razoavel de manutencao. 44.2 Situagoes ndo previstas de carregamento Na eventual ocorréncia de agées excepcionais, como explosao, impacto de vefculos ou agdes humanas improprias, os ‘danos causades 4 estrutura nao devem Ser desproporcionais as causas que es provocaram. 4.4.3 Accitacdo da madeira para execucdo da ostrutura A scoitagaio da madeira pare execugdo da estrutura fica subordinada conformidade de suas propriedades de resistencia ‘20s valores especificados no projeto. 44.4 Accitacdo da estrutura Satisfeitas as condicdes de projeto ¢ de execugo deste Norma, a estrutura podera ser acelta automaticamente por seu proprietério. Quando no houvor a aceitagao automatica, a deciséo a ser tomada seré baseada na revise do projeto ‘eventualmente, em ensaios dos materiais empregados ou da propria estrutura, 42 Estados limites 4.2.1 Estados limites de uma estrutura Estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenhos inadequados as finalidades da construgso. 42.2 Estados limites tiltimos Estados que por sua simples ocorréncia determinam a paralisacdo, no todo ou em parte, do uso da construgso. [No projeto, usualmente devem ser considerados of estados limites uimos caracterizados per 2) perda de equilbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como corpo rigid; b) ruptura ou deformagao plastica excessiva dos materiais; 6) transformaco da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostatico; 6) instabilidade por deformagao; €) instabilidade dinamica (ressonancia) 4.2.3 Estados limites de servige (utiliza¢ao) Estados que por sua ocomténcia, repeticao ou duragao causam efeitos estruturais que ndo respeitam as condigoes ‘especiicadas para o uso notmel da consirugao, ou que s80 indicios de comprometimenio da durabilidade da consttucao. No projet, usualmente devem ser considerados os estados limites de servigo caracterizados por 2) deformagies excessivas, que ofetem 2 utlizago normal da construgSo, comprometam seu aspecto estético, prejudiquemn o funcionamento de equipamentos ou instalagbes ou causem danos 20s materiais de acabamento ou 2s partes ndo estruturals da construcao, b) vibragbes de amplitude excessiva que causem desconforto aos usuarios ou causem danos & construe ou ao seu ‘conteido, 43 Condicdes de seguranca Projeto de estiuturas de madel A sequranga da estrutura em relaggo a possiveis estados limites serd gar pelo respelto as condigées construtivas espeiticadas por esta Norma e, simultaneamente, pola obediéncia as condigdes analiticas de sequranca expressas por Se = Reaonde a solicitagao de calcul Se € a resistencia de caleulo Ry $30 determinadas em funeéo dos valores de calcuilo d= suaisrespectivas variaveis basicas de segurane, Em -asos especiais, permite-se tomar a resistencia de calculo Ry como uma tao da resisténcia caracteristica Ry, ‘ostérrada expermentalmente, sendo ‘comes valores de kw @ ww especificados em 5.4.4 ¢ 5.4.5, respectivamente ‘5 Prepriedades das madeiras 5.1 Fropriedades a considerar 5.1.1Generalidades As fropriedades da madeira sao condicionadas por sua estrutura anatOmica, devendo distinguirse os valores correspondentes & tra¢3o dos correspondentes 2 compressao, bem como os valores correspondentes direeSo paralela as filras dos correspondentes diregaio notmal as fibras. Devem também se distinguir os valores correspondentes as diferentes ciasses de umidade, definidas em 5.1.5 A caiacterizagao mecanica das madeiras pata projeto de estruturas deve seguir os métodos de ensaio determinados por Norma especitics, 5.1.2Densidade Define-se 0 termo pratico “densidade basica’ da madeira como sendo @ massa especifica convencional obtida pelo quocente da massa seca pelo volume saturado. ‘A massa seca é determinada mantendo:se os corpos-de-prova em estufa a 103°C até que a massa do corpo-de-prova permaneca constante, O volume saturado ¢ determinado em corpos-de-prova submersos em agua até alingirem peso consiante. 5.1.3Resisténcia ‘Aresisténcia é # aptidéo da matéria suportar tensdes, ¢ ¢ determinada convencionalmente pela maxima tensao que pode Ser aplicada a corpos-de-prova isentos de defeitos do material considerado, alé o aparecimento de fendmenos particulares de comportamenio alam dos quais ha restricso de emprego do material em elementos estruturais, Oe modo geral, estes Fenémenos sao 0s de ruplura ou de deformacdio especifica excessiva, Os efeitos da durago do carregamento € da umidade do meio ambiente sao considerados por meio dos coeficientes de modiicacao Kros adiante especiicados. 3s efeitos da duragto do carregamento ¢ da umidade do meio ambiente sobre a resisténcia sao considerados por meio dos coeficientes de modificagao Keni, € Knoa.2 especificados em 5.4.4. 5.1.4 Rigidez AA rigidez dos materiais 6 medida pelo valor médio do médulo de elasticidade, determinado na fase de comportamento testice-inear. © modulo de elasticidade Eyo na diregao paralcla as fibras & medido no ensaio de compressio paralola as fibras @ 0 méduio de elasticidade Eyaq na ditecao normal 8s fibras & medido no ensaio de compresséo normal 4s fibras, Na falta de determinagao experimental especifica, permite-se adotar ay Ew90 =jgEwo 5.1.5 Umidade O projeto das estruturas de madeira deve ser felto admitindo-se uma das classes de umidade especificadas na tabela 1 AAs classes de umidade tém por finalidade ajustar as propriedades de resisténcia e de rigidez da madeira em fungo das, condigges ambientais onde permanecerdo as estruluras, _Projeto de estruturas de madowa 7 Tabola 1 - Classes de umidade LUmidade relativa do ambiente Umidade de equilibrio da madeira ssses de umidade | Tea 1 265) 2 65% < Uamb # 75% 15% 3 75% < Ua < 85% 18% Ua > 85% longos periodos dura 5.2.1 Condigao-padrao de referencia Os valores especificados nesta Norma para as propriedades de resistencia © de rigidez da madeira sio os Correspondentes a classe 1 de umidade, que se constitui na condigao-padrae de referencia, definida pelo teor de umidade de ecuilbrio da madeira de 12%, Na caracterizagao usual das propriedades de resistencia e de rigidez de um dado lote de material, os resultados de fenssios realizados com diferentes teores de umidade da madeira, contidos no intervalo entre 10% @ 25%, devem ser apresentados com os valores comtigidos para a umidade padrao de 12%, classe 1 A resistoncia deve ser cortigide pela expresso fre 00 ea rigidez por 5.22.2 Condiges especiais de emprego A influéncia da temperatura nas propriedades de resistencia ¢ de rigidez da madeira deve ser considerada apenas quando 8 pecas estruturais puderem estar submetidas por langos periodos de tempo a temperaturas fora da fakxa usual de ullizago, 5.2.3 Classes de servigo ‘Aa classes de servico das estauturas de madeira so determinadas pelas classes de carregamento determinadas segunco @ NBR 8681-2003 e pelas classes de umidade definidas em 5.15, 5.3 Caracterizacao das propriedades das madeiras 5.3.1 Caracterizay completa da resistencia da madaira serrada A caracterizagao completa das propriedades de resisténcia da madeira para projeto de estruturas, feta de acordo com os métodos de ensaio definidos em Normas especificas, é delerminada pelos seguintes valores, a serem reletidos & condigdo-padro de umidade (U=12%): a) resisténcia & compressio paralela 4s fibras (feo ou feo) ® ser determinada em ensaios de compresszo uniform, ‘com duragae {otal enire 3 min e 8 min, de corpos-de-prova com secao transversal quadrada de 5 em de lado e com ‘comprimento de 15 em; by resisténcia a tragao paralela as fbias (fyio ou fis) @ ser delerminada em ensaios de tags uniforme, com duragso total de 3 min a 8 min, de corpos-de-prova alongades, com trecho central de segao transversal uniforme de area A © comprimento nao menor que 8A, com extremidades mais resistentes que o trecho central e com cconcordancias que garantam a ruptura no irecho central; ©) resistencia & compresso normal as fibras (jw.s0 04 foo) a ser determinada em um ensaio de compressio Uuniforme, com duracdo {cial de 3 min @ 8 min. de corpos-de-prova de se¢ao quadrada de 5 om de lado e com ‘comprimento de 10 ém _ Projo Je estuluras de nradesra_ 8 6) resistencia tragao normal as fbras (fy20 OU foo) a ser determinada por meio de enssios padronizados; 9) resistencia 30 cis 4s fbras, amonto paraiela ds fibras (fyy 9 ou fy9) a ser dateri nada pelo ensaio de cisalhamento pataleto 1) resisténcia de embutinento paralcio as fibras (fue 9 OU fe) € resisténcia de embutimento normal 2s fibras (fneso OU fea) a setem delerminadas por meio de ensaios padronizados; 9) Seneidade basica, determinada de scoréo com 5.12, @ a densidade sparente, com os corpos-de-prova a 12% de cumidade. adrmitindo-se que a resisténcia e a rigidez da madeira sofram apenas pequenas variagses para umidades acima de 25%, Admite-se como desprezivel a influéncia da temperatura na feiva usual de utilizaczo de 10°C a 65°C 5.3.2 Caracterizagio minima da resisténcia de espécies pouco conhecidas Para projeto estrutural, a caracterizaco minima de espécies pouco conhecidas deve ser feita por meio da determinaco dos seguintes valores, referidos a condicao-padrao de umidade em ensaios realizados de acordo com o estabelecido em Norma espectica: 2) resistencia & compress paraeta as fibras (aco OU fos b) resistencia @ tragao paralele as fibres (fyqo OU fo) permite-se admit, na impossibiidade da realizacao do ensaio {de tracso uniforme, que este valor seja igual ao da resisténcia & tracso na flexo. ©) resisténcia ao cisalhamento paralelo as fbras (favo OU fo) 6) densidade basica e densidade aparente, 5.3.3 Caracterizacao simplificada da resistencia da madeira sorrada Permite-se 2 catacterizagéo simplifcada das resisténcias da madeira de espécies usuais a partir dos enseios de compressao paraiela 2s fbras. Para as resistencias a esforcas normals, admite-se um coeficiente de variacao de 18% @ para as resistencias a esforgos tangenciais um cocficiente de variago de 28%. Para as espécies usuais, na falta da determinacao experimental, permite-se adotar as seguintes relagées para os valores, ccaracteristicos das resistencias: Fook / fiok Four! fo Feo0,k/ Feok Peo,k / Teo.k Feo0.k! Feo,k = 0.25 Para coniferas: fyo,k / feok = 0515 012 Parafolhosas: — fvo.k / feo,k = 6.3.4 Caracterizacio da rigidez da madeira A caracterizagso da rigidez das madeiras deve respeitar os metodes de ensaio especiicados em Noma especitica A caracterizacio completa de rigidez das madeiras ¢ feita por meio da determinagSo dos seguintes valores, que devem ser referidos 3 condicao-padrao de umidade (U=12%). 2) valor médio do médulo de elasticidade na compressiio paralela &s fbras: Eom determinado com pelo menos dois, ») valor médio do médulo de elasticidade na compresstio normal as fibras: Eiem determinado com pelo menos dois ensaios. Admite-se que sejam iguais os valores médios dos médulos de elaslicidade & compressdo e & tracdo paralelas as fibras de madeira Projeto de estrutura A caracterizagio simplifcada da rigidez das madeiras pode ser feta apenas na compressao paralela as bras, admitindo i 9 especificada om 8.1.4 atin 80 50 a FelagAO Fy Na impossibilidade da realizacao do ensaio de compressao simples, permite-se avaliar o médulo de elasticidade Exam por meio de ensaio de flexao, de corde com metodo adotado em Norma especifica. Por este ensaio, determina-se 0 modulo aparente de elasticidade na flexio Ex, admitindo as seguintes relacdes. coniferas: Ey = 0,850 E:5 cconiferas: Eze = 1,176 En folhosas: Ew = 0,900 Exo folhosas: Eco = 1,111 Ex 15.3.5 Classes de resisténcia As classes de resisténcia das madeiras tém por objetivo © emprego de madeiras com propriedades padronizadas, ‘eriontando a escolha do material para elaboragdo de projotos estrulurais. O enquadramento de pegas de madeira nas ‘classes de resistencia especificadas nas tabelas 2 © 3 deve ser feito conforme as exigéncias definidas em 10.6. Para efeitos praticos de célculo do peso prdprio das pegas de madeira, o peso especifico (em daN/cm?) pode ser adolado aproximadamente como mesma valor da densidade aparente (kg/cm) fomecide pelas tabelas (aceleragao da gravidade 9,83 Nikg = 1 daNikg). Tabela 2 - Classes de resisténcia das Coniferas Coniferas” (Valores na condigao-padrio de referencia U = 12%) cle [fea fax Ean Pia Grasses Mia wa hie Mtn’ | ___ Pee 20 20 4 3500 400 500 C25 25 5 8500 450 850, 30 30 6 14500 500 600 Para o enquadramento das Coniferas, s@ exige a classificagao visual e mecanica, pois, dovido as presengas dos nés, no ¢ possivel garantir, s6 pela aparéncia extema, as propriedades tabeladas Tabola 3 - Classes de resistencia das Folhosas Folhosas (Valores na cone o-padrao de referénela U = 12%) = a : mm | 2 8 3 3 ze | me 6.3.6 Caracterizagao da madeira laminada colada, da madeira compensada e da madeira recomposta A caracterizagio das propriedades da madeira laminada colada para projeto de estruturas deve ser feta a partir de compos ‘de-prova extraidos das pecas estruturais febricadas, Para as pecas de grande porte, pormite-se aceitar os resultados fornecidos polo controle de qualidade do produtor, sob sua responsabilidade & luz da legislacao brasileira Para emprego da madeira laminada colada, de scordo com esta norma, admitindo para ela as mesmas propriedades da madeira das laminas, devem ser realizados os seguintes ensaios especifices, com o que se determina em Norma ‘specifica a) cisalhamento na lamina de cola b) tragio & lamina de cola; ©) resisténcia das emendas dentadas e biseladas. ‘A caracterizagio das propriedades de madeira compensada e da madeira recomposta para projeto de estruturas deve ser feita a partir de corpos-de-prova confeccionados com material extraido do lote a ser examinado, de acordo com normas especificas. Além disso, esses materiais devem ser ensaiados por métodos padronizados para verificaggo de sua \urabilidade no meio ambiente para o qual se pretende © seu emprego insturas de madeira 50 5.4 Valores representatives 6.41Valores médios © wade médio Xp, de ums propriedade da madeira é determinado pela media aritmética dos valores correspondentes aos elermentos que compéem o lote de material considerado 5.4.2Valores caracteristicos 0 var caracteristico inferior Xing, menor que a vaior médio, € © valor que tem apenas SY de probabilidade de ndo ser atingdo em um dado lote de material. O valor caracteristico superior, X,.up, maior que o valor medio, € © valor que tem aperis 5% de probabiidade de ser ullrapassado em um dado lote de material. De modo geral, salvo especificacio em contri, entende-se que o valor caracteristico x, seja 0 valor caracteristico inferior X% Admie-se que as resisténcias das madeiras tenham distibuigSes normais de probabilidades: 5.4.3Valores de calculo © vabr de calculo Xs de ums propriedade da madeira é obtido a partir de valor caractaristico X,, pela expresso Ha Kw onde Yw ¢ 0 coeficiente de minoragao das propriedades da madeira © knog & 0 Coeficiente de modificagdo, que leva em conte infuéncies no consideradas por jw. 5.4.4Coeficientes de modificacao Os crefcientes de modiicagio kos afetam os valores de calculo das propriedades da madeira em funcao da classe de carregamenio da estrutura, da classe de umidade admitida, e do eventuel emprego de madeira de segunda qualidade. CO coeficiente de modificacao koa & formado pelo produto Kine = Koos» Krno2 - Knox. 5.4.44 ~ Coeficiente de Modificagio Kmoa.s 0 coeficiente parcial de modiiicaco kod 1, que leva em conta a classe de carregamento © © tipo de material empregado, & dado pela tabela 4 Tabela 4 - Valores de Kmog.t Tipos de madeira Classes de carregamento Wadera sevada Madeira laminada colada Madeira recomposts Madeira compensada Permanente 060 0,30 Longa duragaio 0,70 0.45 Mediz duracao 080 0.65 Curta duragao 080 0.90 Instantanea 410 110 5.4.4.2 ~ Coeficiente de Moditicacao Kinou.2 0 coeficiente parcial de modificago knes2. que leva em conta a classe de umidade e 0 tipo de material empregado, & dado pela tabela 5, Projeio de estruturas de madeira 1 Tabela 5 - Valores de Kioa.2 Wadera sevrada Classes de umidade Madeira laminada cole _liiadeira compensada Madeira a 1,00 100 @ 0,90 9.98 eo 0.80 0.90 “ 0.75 085 No caso particular de madeira sorrada submersa, admite-se 0 valor krua2 = 0,68 5.4.4.3 ~ Coofictente de Modifcacdio kines © cosficiente de modificago kmoaa leva em consideragto a qualidade da madeira. Pera a avaliagdo da qualidade da madeira € necessaria a classiicacdo de todas as pecas estruturais por meio de método visual normalizado e também submetidas a uma classificagdo mecanica que garanta a homogeneidade da rigidez das pecas que compée o lole de ‘madeira a ser empregado. Os valores de coeficiente de modificagao sao inferiores aos valores para as folhosas, a fim de levar em consideraco 0 ‘isco da presenga de nés de madeira ndo detectéveis pola inspegzo visual. Para as coniferas sao ainda admitidos valores distintos de kmoas de acordo com a classe de densidade. Nas labelas 6 ¢ 7 so apresentados os valores de Koga em fungdo da classe visual e de acordo com a classificaao mecénica empregada, para as espécies de coniferas clessiicadas, ‘come densas endo densas, e de folhosas, respectivamente, Tabela 6. Kmod,3 Para coniferas Kes CeaertceS Classe (isual + flexéo | (visual + vibragzo | (visual + ulra- estatica) transversal) som) ; Sep 4,00 0.90 0.85 Densas sip 0.95 08s 080 © s20 0.90 0.80 075 30 os os |__070 SEND 4,00 085 0.80 Nestonean 1H S1-ND 0.95 0.80 075 S2-ND 0.90 075 0.70 S3-ND 085 0.70 0.65 Tabela 7. Kmog.3 para folhosas, Kena Chose (wsuatitexto | (wisualevibracao | (visual + ultra- estatica) transversal som) Se 10 | as 0.90 si 0.95 0.90 os 82. 0,90 0.85 0.80 83. 0.85 0.80 0.75 Para madeira nao classificada, os valores a serem empregados de kmed,s correspondem a: Madeira de folhosa, no classificada: Keeas = 0,70: Madeira de conifera, no classificada: Krew = 0.60. Projelo de estruturas de madetra 12 © Coeficiente parcial de moditicacdo kmees para madeira laminada colada leva em conta a curvatura da pega, valendo kneas = 1.0 para pera reta e, nos demais casos: 7 2000[ } Kmod3 oncle t 6 @ espessura das laminas e r 0 menor raio de curvature das léminas que compéem a seco transversal resistente 5.4.5 Coeficientes de ponderacao da resisténcia para estados limites uiltimos. © coaficiente de ponderagao para estades limites Uitimas decorrentes de tenses de compresséo paralcla as fibras tem © Vale DASICO Ye = 1.4 © Coeficiente de ponderacaio para estados limites Ultimos decorrentes de tenses de trago paralela as fibras tem o valor bésico Ym = 1,8. O coeficiente de ponderacdo para estados limites dkimos decortentes de tensdes de cisathamento paralelo as fibras tem 0 valor Basico Yay = 1.8 ‘8.4.6 Coeficiente de ponderacao para estados limites de utilizacao © coeficiente de ponderacdo para estados limites de uliizagao tem o valor b8sico fw = 1,0, 18.4.7 Estimativa da resisténcia caracteristica e médulo de elasticidade caracteristico Para as espécies ja investigadas por laboratérios iddneos, que tenham apresentado os valores médios das resistOncias ym © dos médulos de elasticidade Eom, comespondentes 2 diferentes teores de umidade U%, admite-se como valor de roferéncia a resistencia media fn, x2 Correspondente, e 0 médulo de elaslicidade, a 12% de umidade. Admitem-se, ainda, as expressées dadas em 5.2.1 para Frz€ Era Neste caso, para o projeto, pode-se admitir @ seguinte relago entre as resisténcias caracteristica e média fyi.12 = 0,70 fum.12 Correspondente a um coeficiente de variagao da resistencia de 18%. 5.4.8 Investigagao direta da resistén Para a investigacdo direta da resistencia de lotes homogéneos de madeira, cada lote ndo deve ter volume superior a 12 ‘m=. Os valores experimentais obtidos devem ser corrigidos pela expresso dada om 5.2.1 para o teor de umidade de 12% A determinagao da resistencia média deve ser feita com pelo menos dois enssios. Para a caracterizagao simpliicada prevista em 5.3.3, de lotes de madeira das espécies usuats, deve-se extiair uma ‘amostra composta por pelo menos seis exemplares, retirados de modo distribuido do lote, que serge ensaiados a compressao parelela as fibras. Para a caracterizagio minima especificada em 6.3.2 para espécies pouco conhecidas, de cada lole sero ensaiados n 12 corpos-de-prova, para cada uma das resisténcios a determiner. Nos casos em que for possivel admit que a distribuigsio normal represente adequadamente o conjunto da populagio, pode-se estimar 0 valor caracteristico da resistencia ullizando a expresso, fam (1 CV) fa conde t 6 dado pela tabela da distnbuigse de Studont adotando-se 95% de confianca, com n-1 graus de liberdade, sendo n © tamanho da amostra, € CV 0 coeficiente de variacao. Nos casos em que isso no for possivel, o valor caracteristico da resistencia deve ser eslimado pela expresséo fot fain sc tax aot na onde os resultados devem ser colocadas em ordem crescente f; < fo <_.. < fy, desprezande-se o valor mis al timer de corpos-de-prova for impar, no se tomando para fya valor inferior a fy, nem a 0,70 do valor medio. 5.4.9 Estimativa da rigidez Nas verificagses de seguranga que dependem da rigiéez da madeira, © médulo de olasticidade paralelamente as fbras deve eer tomiado com o valor efetivo Eco,ef = Kmod,1 - kmod,2 - Kmod,3 - Fe0,m Projeto de estruturas de madeira © 0 médulo de elasticidade transversal com 0 valor efetivo: Get = Feavet/20 6 Dimensionamento - Estados limites sitimos 6.1 Esforgos atuantes em estados limites diltimos 6.141 Critérios gerais Os esforces atuantes nas pegas estruturais devem ser calculados de acordo com os prineipios da Estética das Construgdes, admitindo-se em geral a hipotese de comportamento elastica linear dos materiais, Admite-se que a distibuigdo das forcas aplicadas em areas reduzidas, através das espessuras dos elementos construtivos, possa ser considerada com um angulo de 45° até o eixo do elemento resistente. ‘A consideragao da hiperestaticidade das estruturas somente pode ser felta se as ligagdee das pegas de madeira forem do {ipo rigido, conforme estabelecicio em 7.3.1 0s furos na zona comprimida das segdes transversais das pecas podem ser ignorados apenas quando preenchidos por pregos Os furos na zona tracionada das segées transversais das pecas podem ser ignorados, desde que a redugio da area resistente no supere 10% da area da zona tracionada da peca integra, e no compromela a capacidade da peca, \Nas estruturas aporticadas © em outras estruturas capazes de permit a redistribuigdo de estorcos, permite-se que os esforcos solcitantes sejam calculados por métodos que admitam 6 comportemento elastoplastico das materiais, ‘As aces usuais que devem ser consideradas no projeto de estruturas de madeira esto indicadas na NBR 8661 :2003. 6.1.2 Carregamentos das construgdes correntes com duas agées acidentais de naturezas diferentes © dimensionamento das estruturas das construgdes em que haja apenas duas ages acidentais, de naturezas diferentes, deve ser feito em fungio das siluagées duradouras de carregamenio, especificados na NBR 8681:2003, NNestas situagdes duradouras devem ser consideradas as seguintes ages usuais: ~ forgas permanentes (G), como 0s pesos proprios dos elementos estruturais e 08 pesos de todos os demais ‘componentes nao removiveis da consttusio; ~ forgas acidentsis verticais de uso direto da construgao (Q), s80 consideradas como de longa duragso, juntamente ‘com seus efeitos dinamicos, quando las forem constituldas por forgas méveis; = vento (W), de acordo com o estabelecido na NBR 6123-1988. 6.1.3 Combinacées silt 'as nas construgdes correntes com duas agbes varidveis de naturezas diferentos Na verificagéo da seguranga em relagao aos estados limites tltimos das estruturas das construgées correntes submetidas a ages permanentes G e a agdes varidveis consfiuidas pelas cargas verticals Q decorrentes do uso normal da construcao, de seus eventuais efeitos dindmicos, ¢ pela aedo do vento W, podem ser consideradas as duas seguintes combinagées normais de ages, correspondentes a carregamentes de longa duragao, Primeira combinagao: forea vertical e seus efeitos dinamicos como agao variavel principal Z71Gi6. 710, V. Wl onde os efeitos dinamicos sofrem as redugdes para a verificacdo das pegas de madeira, néo se fezendo qualquer reducao dos esforcos decorrentes da acao do vento nessa veriicagao de seguranca, ‘Segunda combinago: vento come ago variével principal Para as pecas de madeira, néo se fazendo qualquer reducao dos esforcos decorrentes dos efeilos dinamicos das cargas moveis: PaD rg Gi rol75wie¥000] Para as pegas metalicas, inclusive para os elementos de ligacdor FaDigiGieralwervoor Projeto de estruturas de madeira 14 Os weficientes de acor panhamento ov @ Yoo © coeliciente de ponderacao y: para as acdes permanenles, ¢ © coofiiente yo, para as acdes variaveis, considerando sempre as combinacdes normais de acbes, sao dados de acordo ‘com? NBR 8681.20, 6.2 Esforcos resistentes em estados limites Ultimos 6.2. 7Critérios gerais Os ssforgos resistentes das pegas estruturais de madeira em goral deve ser doterminados com a hipbtese de comfonamento elastofragil do material, isto é, com um diagrama tensao versus deformacao linear alé a ruptura tanto na comyresséo quanto na tragae paralela és fibras. Nas pecas estruturais submetidas 2 flexocompressdo, os esforcos resistentes podem ser calculados com a hipdtese de comwortamento elastoplastice da madeira na compresssio paralela as fibras. 6.2.2 Tragao paralela as fibras © comportamento elastofragil da madeira tracionada permite que, quando nao for possivel a realizagao do ensaio de rag uniferme, a resisténeia & tracdo paralela &s fibras seje estimada pela prescricgo em 5.3.3, ou pela resistencia a ‘rageo na flexdo, determinada pela tensdo aluante na borda mais tracionada, calculada em regime elastico, ensaiando-se corpte-de-prova de se¢do transversal que love & ruptura efetiva da zona tracionada antes da ruptuta da zona comprimida No ensaio de flexéo devem ser tomadas precaugies culdadosas pare eliminar 0 atrito nos apoios © para que as forcas aplicadas nfo provoquem esmagamento per compresséo normal, com a possibildade de no ensaio aluarem forcas ormnais néo previsias, Para que as deformagSes da viga no afeter os resullades, o comprimento da viga ensaiada deve sor feita com oito alturas da seco transversal 6.2.3 Tracao normal as fibres Quando as tens6es de trag3o normal as fibras puderem atingir valores significativos, deverdo ser empregados dispositives que impecam a ruptura decorrente dessas tensdes. A seguranca das pecas estrulurais de madeira em relagao a estados limites ‘ltimos nao deve depender dielamente da resisténcia a tragao normal as fibras do material. Considera-se, tentretanto, para viabilizar 0 uso da Formula de Hankinson na tracdo inclinada em relacdo &s fibras, um valor minimo de resistencia igual a 6% do valor de tracao paralela as fibras, 6.2.4 Compressio normal as fibras Os esforgos resistentes correspondentes & compressao normal as fibras so determinados com a hipdtese de comportamento elastoplastico da madeira, devendo ser levada em conta 2 extensio (a’) do carregamento, medida paralalamente & diregao das fbras. O coeficiente ty indicado na tabela 8 ¢ igual a 1 no caso de ser a extenséo da carga, ‘medida na diregdo das fibras (a'), maior ou igual a 15 cm: quando al <15 cm, € a carga estiver afastada pelo menos de m 7,5 om da extremidade da paca, esse coefciente é 0 fornecido pela tabela 9. Para casos nao tabelados, deve-se fazer uma interpolaglo linear. Essa tabela aplica-se também no caso de artuelas, tomando-se como extensAo de carga seu ‘dkametro ou lado; neste caso, néo é necessério descontar-se 0 diametra do pino. Figura 1 — ConsideracSes sobre as medidas para utlizacdo do coeficiente otn. 6.2. Resisténcia de embutimento Os esforcos resistentes & solcitagde de compressao de pinos embutides em ofifcios da madeira s80 determinades por tensaio especifica de embulimento, realizado segundo métode padronizedo em norma especifica de ensaio. Na auséncia ‘de determinagao experimental especifiea, permite-se a adoco dos eriérios simplificados estabelecidos na tabela 8 6.2.6 Valores de céteulo (Os valores de calculo da resistencia sao dados por rf wk K mod y. wd onde 0 coeficiente de modificagao kimas ¢ especificade em 5.4.4 em fungo da classe de cartegamento e da classe de umidede da madeira, e 08 coeficientes de ponderacao e das resistencias da madeira tem seus valores especiicados em 545. As resistencias caracteristicas fy. a adotar devem ser determinadas a partir dos resultados dos ensaios especiicados em 5.2.3, empregando-se uma das amostragons definidas om 5.4.8. Projoto de esinuturas de madera Permite-se doterminar a resisténcia 4 compressao paralela a8 fbras tax, @ parti dos resuilados do ensalo especificada em 5.3.1-2), empregando-se uma das amostragens definidas em 5.4.8, admitindo-se as demais resistencias por meio das relapbes estabelecidas em 5.3.3. Permite-se admit a res ia caracteristica & compre: do paralcla de fibras fuo,, com 08 valores padronizedos das classes de resistencia definidas em 5.3.5 @ a doterminacao das demais resistencias por meio das rolacdes estabelecidas om 6.3.3 Para as espécies jé investigadas por laboratérios idéneos, permite-ce adotar a relacao simpliicada estabelecida em 5.4.7 entre a resistoncia caracteristica e a resistencia média 6.27 Resisténcias usuais de ¢éleulo Para pecas estruturais de madeira serrada de segunda qualidade, e de madeira laminada colada, apresentam-se na tabela 8 0s valores usuais para estruturas submelidas @ carregamentos de longa duragao, © coeficiente 1s indicado na tabela & @ fomecide pela tabela 10, Quando a forga atuar na extremidade da pega ou de modo distribuido na totalidade da superficie de pegas de apoio, ‘admite-se ay =1,0. ‘Tabela 8 - Valores usuais para carregamentos de longa duragio Situago duradouras de projeto para carregamentos de longa duragao (,,=0,7) Madeira serrada (28 categoria: ,,= 0,8) Classes de umidade (1) © 2) Kjge = 0.7 X1,0%08 "056 Classes de umidade (3) € (4) K roo = 0.7 x 0,8 x 0,8 = 0,45 Ty Fox Femi Tyg 2h8 F yada =954 Fy mt Ty 3(U%-12)] wV f jy] 1+ Fio,d=Feo.d fe90,d = 0.25 feod “On foo,d=Feod coniteras: fyo,4=0)12feo,d £90,d=0.25teo,d Me folhosas: Fyo,d0.10feo,4 Tabela 9 - Valores de an Extonsao (a) da carga ‘normal as fbras, medida Coeficiente cin, paralelamente ‘a estas, (em) 1 2,00 2 4,70 Projeto de estruturas de madeira 16 Tabola 10 - Valores do ac Diametvo do pino 2.50 195 168 4162 141 133 427 a9 1.10 107 1,00 $6 vlido para pregos. 6.2.8 Pegas de secdo circular ‘As pecas de sect circular, sob ago de solicitagbes normais ou tangenci ‘segao quadrada, de dea equivalente. podem ser consideradas como se fossem de ‘As pogas de segio circular variavel podem ser calculadas como se fossem de seo30 uniforme, igual & sego situada a uma distancia da extremidade mais delgada igual a 1/3 do comprimento total, ndo se considerando, no entanto, um diametro superior 2 1,5 vez 0 diémetro nessa extremidade. 6.2.9 Resistencia a tensGes normais inclinadas em relagao as fibras da madeira Permite-se ignorar a influéncia da inclinagao a das tenses normais em relagao as fibras da madeira até o Angulo « = 6° Para inelinagses maiores € preciso considerar a redugao de resistencia, adotando-se a formula de Hankinson, express por fgets Fen O64 aco? 6.3 Solicitagdes normais Nas consideracdes de eixos ortogonais em barras, considerar a indicago mostrada na figura 2, ou seja: x ~ direglo axial, y, 2 ~ diregoes normats a0 eixo, normais entre si, e na seco da peca Figura 2 ~ Denominacées dos eixos ortogonais. 6.3.1 Tragao ‘Nas barras tracionadas axiolmente, a condigo de seguranga & expressa por ou Piojeto de estruturas de madena 7 perritindo-se ignorer @ inluéncia da eventual inclinago das fibras da madeire em relagao 30 exo longitudinal da pesa {racionada até 0 angulo a = 6°, fazendo-se: fa =o Para inclinagSes maiores & preciso considerar a reducao de resistencia, adolande se a formula de Hankinson, conforme 6.2.9, fazendo-se entao fa fad 6.3.2 Compressiio "Nas barres curtas comprimidas axialmente, a condigio de seguranca é express por oesstes permitinda-se ignorar a inluéncia de eventual incinagao das fibres da madeira em relag3o ao eixo longitudinal da pega ‘comprimida até um angulo « = 6°, fazendo-se foa=food Para inclinacdes maiores é preciso considerar a reducao de resisléncia, adotande a formula de Hankinson, conforme 62 9, fazendo-se foafead ‘Alem da verificagzo da resistencia, de acordo com a Equagéo Gy ‘a+ também deve ser feita & verifcagio da condicso. de estabilidade da peca, conforme consta em 6.5. [Nas pecas submetidas & compressao normal as fibras, a condicao de seguranga é expressa por 90,4 $ FeO, onde fon € determinada de acordo com §.2.7 pela expresso f F90,0= 0125 foo, a0n, 6.3.3 Flexo simples reta Para as pevas fletidas, considera-se 0 viio teérico com 0 menor dos seguintes valores: a) distancia entre eixos dos apoios: ») © io livre acrescido da altura da segdo transversal da pega no meio do vaio, néio se considerando acréscimo maior que 10 6m, Nas barras submetidas a momento fletor cujo plano de acéio contém um eixo central de inércia da seco transversal resistente, a seguranga fica garantida pela cbservancia simulténea das sequintes condigbes. Gord Slee Sig Sf, onde fog @ F880 as resistencias & compressio e & tracdo, definidas em 6.32 € 63.1, respectivemente, € Gay 124 880, respectivamente, as tensdes atuantes de calcula nas bordas mais comprimida ¢ mais tracionada da seco ‘transversal considerada, calculadas pelas expressoes: F124 onde We W, s80 0s respectivos médulos de resistencia, que, de acordo com 6.2.1 podem ser caloulados pelos expresses usuais (ver figura 3) _Projeto de estruturas de madeira Fl borda 2 0 do ¥, Figura 3 ~ Esquema ilustrativo de segao transversal sujeita 8 flexéo sendo | 0 momento de inéroia da segao traneversal resistente em relacéo ao eixo central de inércia perpendicular a0 plano de ago do momento fleter atuante ‘Alem das verifcagdes de resistencia, de acordo com as equaydes Teg Sly Grau = fq. também deve sor feita a verificacao da condigao de establidade da pega, conforme consta em 6.6. 6.3.4 Flexo simples obliqua Nas segées submetidas a momento fetor cujo plano de ago nao contém um de seus eixos centrais de inércia, a condigao de seguranca ¢ expressa pela mais rigorosa des duas condigbes seguintes, tanto em relagdo as tenses de tragdo quanto as de compressao yg 4 tae ay a Sg “he onde ome ® ey 880 a5 tenses méximas devidas as componenies de fexao aluantes segundo as dregSes principals, fq & a espectiva resistencia de céloulo, de tragio ou de compressao conforme a borda veriiada, © © coefiente Kyy de corregéo pode sertomado com os valores segio retangular: ky = 0.5 utras segdes transversais: kiy= 1.0 ‘No caso de peas com fibras inclinadas de angulos «> 6° aplica-se a fq a redusio definida em 6.2.8 6.3.5 Flexotracao Nas barras submetidas a flexotragao, a condigde de seguranca ¢ expressa pela mais rigorosa das duas expresstes ‘Seguintes aphcadas 20 ponto mais solicitado da borda mais tracionada, considerando-se uma funcao linear pare a influéncia das tensdes devidas a forca normal de tragao: hag , St 4, Sty oo * for fos sy, Sts Svs hy i Toa" toa” fa onde 6 y,4 0 Valor de célculo da parcela de tensfio normal aluante em virude apenas da forga normal de trac80, fo a resisténcia de caleulo & tracdo paralela ds fibras © os demais simbolos t8m os significados definidos em 6.3.4 Projeto de estruturas de madena 1 No caso de pegas com fibras inclinadas de angulos a = Tyg © Feo.g devem ser substituidas por fy y @ foxy conforme6.31e63 2. respectivamente. 6.3.6 Flexocompressiio Alem de veriticacdo de estabilidade a ser feita de acordo com 6.5, a condigao de seguranga felativa & retisténcia das ‘Segdes transversais submetidas & flexocompressdo € expressa pela mais rigorosa das duas expresses scquintes aplicadas 20 ponio mais soliciado da borda mais comprimida, considerando-se uma fungao quadratica para a mluenee das tensdes devidas 8 forca normal de compressio. nea) fon) fe (x onde Ox-.4 € 0 valor de célculo da parceta de testo normal atuante em virlude apenas da forca normal de compressa, Foo € 8 resistencia de céloulo & compressao paralela as fibras © o8 demeis simbolos tém os significados defnidos em 634 No caso de pegas com fibras inclinadas de angulos « = 6°, f Conforme 6.3.2 € 6.3.1, respectivamente. eo & fog devem ser substtuidas por fu.g © Tyg 6.4 Solicitagoes tangenciais, 6 .4.1 Cisathamento longitudinal em vigas 'Nas vigas submetidas a flexdo com forga cortante, # condigdo de seguranga em relagao as tensées tangencias € expressa por: Ta Slo nde xs 6 @ maxima tensdo de c'salhamento aluanda no ponto mais solicitado da pera, Vs é a forga corlante na seco em Psludo, Ms @ © momento estatico da secdo para o ponto onde se quer calcular a tensdo, b é a largura ou somata dos larguras no ponio da segao em estudo, e J & 0 momento de inercia da sega0, Em vigas de se¢ao transversal retangular, de larqura b e altura h, €, portanto, area A = bh, a expresso anterior se reduz 2 sve A ‘4 Na falta de determinagao experimental especifica, admitem-se, de acordo com 6.2.7, coniferas: frog = 0,12 feo foinosas: frog = 0,10 feos 6.4.2 Forgas concentradas junto aos apolos diretos Nas vigas de altura h que recebem cargas concentradas, que produzem tensées de compressdo nos planos longitudinals, a uma distancia x = 2 h do eixo do apoio, © calculo das tenses de cisalhamento pode ser feito com uma force cortante reduzida de valor jolo de estuturas de madeira 6.4. {Vigas entalhadas de sogao retangular No «aso de variagdes bruseas de secto retangular transversal, devidas a entaihes, deve-se muliplicar a fensfo de ‘alemento na sega mais traca, de altura hy, pelo fator hin, obtendo-se o valor as¥a() aarraes) respaitada a restriggo hy > 0,75 (ver figura 4) ih rl Figura 4 - Vigas entalhadas de socdo retangular. No caso de se ter hth < 0,75, recomenda-se 0 emprego de parafusos verticais dimensionados & trad axial para a {olalijade da forea corlante a ser transmifida ou 0 emprego de variagdes de seedo com misulas de comprimento nao menor que tr8s vezes a altura do entalhe, respeitando-se sempre o limite absoluto hivh > 0,5 (ver figura 6). 1 4 ay >3Un-hy) Figura 5 - Recomendagao para o caso de hyfh < 0,75. 6.4.4 Tori 0 Recomenda-se evitar a torcéo de equilibrio em pegas de madeira, em virlude do risco de ruptura por trago normal 2, fibras decorrente do estado muliplo de tensdes aluante. Quando © equilibrio do sistema estrutural depender dos esforcos de toreao (torgie de equilibrio), deve-se respeltar a ‘condigo tra =foa calculando-se «ra pelas expressdes da Teoria da Elasticidade, sob agbes das solicitagtes de célculo Ts determinadas de ‘acarde cam as regras de combinagao expressas na NBR 6651:2003. 6.8 Estabilidade © procedimento para a verificagdio da estabilidade das pegas comprimidas deve seguir as orientagdes deste documento normative canforme © exposto a seguit 6.5.4 Condiges de alinhamento das pecas Para pecas que compdem pértices, pilares ou vigas em que a instabilidade lateral pode ocorter, 0 desvio no alinhamento ‘vial da pega, medido na metade da distancia entre os apoios, deverd ser lmitado em: £€/300 pata peas de madeira serrada ou rolica 4/500 para pegas de madeire laminada colada, As pecas, cujas imperfeicdes geométricas ullrapassarem os limites anteriores, sero endo dimensionadas 6 flexocompressao, Projeio de estruturas de madeira 2 6.5.2 Esbelter As exigéncias impostas ao dimensionamento dependem da esbeltez da pega, definida pelo sou indice de esbeker Lo va Sendo Ly © comprimento de flambagem; J 0 momento de inercia na dtecto analisada, © A a area da seqdo Dever ser investigadas as condigBes que resultem em uma menor resisténcia para a pega, considerando as eventuals contibuigdes {de contraventamentos existentes nas pegas nas diferentes dirceoes, © comprimento de flambagem, |... depende das condigbes de vincul expressso! das extremidades das barras e é calculado pela Lg=Kg t fem que K,, tem seus valores apresentados na Tebela 11 Independentemente da diego analisads, as pegas sujitas & compressao axial ou & flexo-compresséo tetdo uma esbettez maxima de 2... <140, 6.5.3 Esbeltez relativa A esbeltez relativa & definida por: onde ia © AY represenlam a esbelle segundo os eitos x ¢y,respectvamente, conforme definido em 63; Eygs @ 0 rocuio de elasticidade mediso na digo paraela ds fbras da madeira e alustado ao quinte quanti das dstibuigdes normais de freaiiéncia, calculade por: Eggs = 0,7 Eqyq,.e em que 0 valor médio de médulo de clastcidade oie na direcso paralola &s floras da madeira. A escolha por Epos sera feta quando se conhece a eapécie © se pode Considerar que seque uma distbuigSo de Gauss, Caso contririo sugere-se a escolha de Ess. Tabela 11— Valores dos coeficientes Ke 1 Modos de flambagem Valores de projeto para Ke oxo | 120 | 100 | 210 | 240 Rolagio e transtacao impedidas congress conus Rotagao livre e translago impedida extremidade Rotagao impedida e transtacgo livre ’ Rotagao e transtacao lives Projeto de estruturas de madeira 22 No «aso de barras continuas, 0 caleulsta devera usar os criérios conhecides da resistencia dos materiais @ estatica das estrturas, 5.4 Estabilidade de pegas sob flexaio composta Jensdes de flexdo devides & curvatura inicial, excentricades @ dafermaches induzidas devem ser tevadas em conta, Sonrurido-as as tensbes devidas a qualquer carregamento lateral 6.5.4.1 Estabilidade de pecas flexocomprimidas Pare Aroix £03 © hyty <0.3, a8 tensdes devem satisiazer as condigSes da flexocompressdo, apresentadas em 6.3.6 Em todos 0s outros casos, as tensbes devem satisfazer as seguinles condigoes: Seog, Stes Kesfeos feos 0, SMa Sd 4 Keafeaa feoa oa (0s simbolos que aparecem nas expressdes acima representa: 3 = tensto normal de compressao: oy = tensdo normal do flex#o proveniente do. momento fetor de primera ordem devida a agdes laterals ou fexcenticidades na aplicacdo das ages, ou seja, tens8o normal de caloulo gerada por momentos fletores tfetivamente atuando na pega, ou por forgas axieis excénticas; xq = ooeficiente defnido em 6.3.4 Os cveficientes Ka: € Kay S80 calculados por: 2 c+ kad? Prec?” Kew key ky + ly)? -Oroiy)? em que: 0.5 [14 BoChetx 03) +rots)] = 0,5 [14+ Be rety —913)+ Crety 1 Nas equagées acima, Piz, € 0 fator para pecas dentro dos limites de divergéncia de alinhamento definidos em 65.4, assumindo 08 valores: + Para madeira serrada e pegas roligas: fie = 0.2 ++ Para madeira laminada colada B01 7.8.42 Estabilidade de pecas flexotracionadas {As sequintes condigoes devem ser satisfeitas: Gros , Ores, Tatas ky ME fos foe foe e Sind 4g, St 4 EB fa G _Piojeto de estruturas de madeira Os simbolos que aparecem nas expressOes anteriores representam = tensdo normal de tracso yy ~ como definids na flexacompresso. ky = coeficiente de corecao, definido em 6.3.4, agora tomado cam os valores: seco retangular ks ‘outras segbes transversais: k= 1,0 6.5.5 Estabilidade lateral das vigas de se¢ao retangular ‘As vigas fletidas, alem de respeitarom as condicdes de seguranca expressas em 6.3.3, devem ter sua estabilidade lateral verificads por teoria cuja validade tenha sido comprovada experimentalmente, Dispensa-se essa verificagao da seguranga em relacdo ao estado limite ditimo de instabilidade lateral quando forem satisfeitas as seguintes condigées: ~ 08 apoios de exremidade da viga impedem a rotacao de suas secdes extremas em toro do eixo longitudinal da peca; = existe um conjunto de elementos de travamento a0 longo do comprimento L da viga, afastados entre si de uma distancia néo maior que Le, que também impedem a rotagao dessas secées transversais em torno do elxo longitudinal da pega; ~ para as vigas de seco transversal retangular, de largura b e altura h medida no plano de atuasao do carregamento 4. Ecoot Bo Buleos x wl) (?-083} No caso dey, = 1,4 © coeficiente de corrogao B,, = 4, [by @ dado na tabela 12 Tabela 12 - Coeficiente de comecdo By, para yy = 1,4 @ Bp =4 [oh B h b M b 1 60 [49 412 2 [88 2 448 3 72.3 | [33 485 4 159 14 524 5 19.5 15 | 558 é 23.1 16 59,4 7 26.7 7 63.0 3 303 | [38 66,7 8 340 79 70.5 [30 376 20 | Para as pegas em que: Bros também se dispensa a verificagdo da seguranca em relagdo a0 estado limite timo de instabilidade lateral, desde que sejam satisfetas as exigancias de 6.3.3, com: < Ema we oe Projeto de estrutusas de madeira 24 6.5.6 Estabilidade lateral das vigas de sega nifo retangular A estabilidade lateral de vigas de seco nao retangular devera ser estudada caso a caso 6.6 Estabilic ade global - Contraventamento 6.6.1 Generalidades: [As estruturas formadas por um sistema principal de elementos estruturais, dispestos com sua maior rigidez em planos paralelos entre si, devem ser contraventadas por oulros elementos estruturais, dispostes com sua maior rigidez em planos bflogonais aos primeifas, de mode a impedir desiocamentos lansversais excessives do sislema principal e garantir a estabilidade global do conjunto. No dimensionamento do contraventamento devem ser consideradas as imperfeigées geométricas das pegas, as excentfieidades inevilavels dos catregamentos ¢ os efeitos de segunda ordem decorrentes das deformagées das pegas fietidas, Na falta de determinago especifica da influéncia destes fatores, permite-se admitr que, na siltuagao de calcula, em cada no do contraventamento soja considerada uma forca F xe, com direcao perpendicular 20 piano de resistencia dos elementos {do sistema principal, de intensidade convencionel, conforme o que adiante se estabelece. 6.6.2 Contraventamento de pecas comprimidas Para as pegas comprimidas pela forga de célculo Ne, com articulagses fixas em ambas as extremidades, cuja estabiidade reque'ra o contraventamento lateral por elementos espacados entre si da distancia L;, devem ser respeltadas 2s seguintes Condigdes adiante especificadas em funedio dos parametios mostiadas na figura 6. Figura 6 - Parametros para verificagao da estabilidade lateral As forcas Fy atuantes em cada um dos nés do contraventamento podem ser admiidas com o valor minimo convencional ‘de Nli60, ‘correspondente a uma curvatura inicial da pega com flechas da ordem de 1/300 do comprimento do arco ‘cortespondente. Arigidoz Ky.» da estrutura de apoio transversal das pogas de contraventamento deve gerantir que a eventual instabilidade ‘eerica da barra principal comprimida corresponda a um eixo deformado constituldo por m semi-ondas de comprimento Ly entre nés indeslocaveis. A rigidez Ky, deve ter pelo menos 0 valor dado por: - Ecoet te Kean = 2am 3 sendo ig = 1008,% — vertbele 13) Projeto de estruturas de madera 2 onde, m € © niimero de intervalos de comprimento Ly entre as (m-1) linhas de contraventamento ao longo do comprimento total L da peca principal L: € a distancia entre elementos de contravent Etow € 0 valor do médulo de elasticidade paraiolo as fibras da madeira da peca principal contraventada, confome 549, fp @ © momento de inércia da segao transversal da pega principal contraventada, para flexao no plano de contraventamento. Se os elementos de contraventamento forem comprimidos pelas forcas Fra, eles também deverdo ter sua estabilidade veriicada. Esta verticacdo ¢ dispensada quando os elementos de contraventamento forem eletvemente tncdos oe, ‘ambas as extremidades, de modo que eles possam cumptir sua fungao, sendo solcitados apenas a tragao em um de eees lados As emendas dos elementos de contraventamenlo @ as suas fixagdes 8s pegas principais contraventadas devem ser dimensionadas para resistrem as forgas Fra 6.6.3 Contraventamento do banzo comprimido das pecas fletidas Bara 0 contraventamento do banzo comprimide de trelias ou de vigas Netidas, admitem-se as mesmas hipdteses S8pecificadas em 6.6.2, adotando-se para Fis 08 mesmos valores anleriores, aplicados neste caso A Tesullante Fee aes {ensdes de compressao aluantes nesse banzo, na siluagao de caleulo, bo case de vigas. a validade desta hipdtese exige que esteja impedida a rotagdo, em tomo de seu eixo longitudinal, das Secdes transversais de suas duas extremidades Tabela 13 - Valores de erm = On 2 1 3 15 4 47 5 18 = 2 6.6.4 Estabilidade global do elementos estruturais em paralelo Catabitdace Mang, Csttutural principal, formado por uma série de n elementos estrturais planos em paleo, cxja Foner s lateral individual reque\ra contraventamento, deve ser provista uma estrutura de contraventamento, compete or oultos elementos estruturais planos, dispostos em planos perpendiculares ao plano dos elementos oomcgionee 32,8 esttulura de contraventamento estiver submetida a carregamentos extemnos aluanles na construcao, os seus efeitos ‘devem ser acrescidos aos decorrentes da fungao de contraventamento. Ne 280 Ce estruturas de coberiura, na falta de uma andlise estrutural rigorosa, permito-se considerar a estutura de Sontraventamento come composta por um sistema de trelias verticals, dispostas perpendiculanmente aes elementos ac Freee principal. © por tralicas diepostas perpendicularmente ao plano dos elementos do sistema estruttral prmcpsl, co plano horizontal e no plano da cobertura, colocadas nas extremidades da constiugao € em posigbes inlornesinee cee, espagamentos nao superiores a 20m Q.sistoma de (relicas verticals & formado por duas diagonais, dispostas verticalmente em pelo menos um de cada trés vos Getinidas pelos elementos do sistema principal, e por pegas longitudinais que liguem continuamente, do ina extendas Oulra da construcdo, os nds homélogos dos banzos superior ¢ inferior des elementos do sistema principal, ome meando na igura? Ha \fie fia fa ae ha fa Figura 7 - Arranjo vertical de contraventamento. Pros estruturas de made Em sada né pertencente 20 banzo comprimida des elementos do sistema principal, deve ser considerada uma fora transversal a0 elemento principal, com intensidade Fig = Ny'150, onde Ny € 0 valor de eéleulo da resultante das tenses aluantes no banze comprimido de um elemento do sistema principal com 2 > 2 a? > Ag N, y, Ny Figura 8 - Arranjo horizontal de contraventamento. ‘As estruturas de contraventamento das extremidades da construgao, como mostrado na figura 8, € de eventuais posigbes intennedianas, quando existentes, devem resist, em cada um de seus nds, a forcas cujo valor de calculo Fs corresponda elo menos 2 2/3 da resuitante das n forcas Fr, existentes no trecho a ser estabilzado pela estrutura de contraventamento considerada. A rigidez destas estruturas de contraventamento deve ser tal que 0 Seu nd mais deslocével atenda & exigéncia de raider 2 Kor 23 Koco 3 onde Kix nin € dado em 6.6.2. 6.7 Pocas compostas 6.7.1 Genoralidades ‘As pegas compostas por elementos jusiapostos soldarizados continuamente podem ser consideradas como se fossem ppecas macigas. com as restrigbes adiante estabelecidas 6.7.2 Pecas compostas de seciio T, | ou caixio, ligadas por pregos ‘As pegas compostas por pecas serradas formando seco T, | ou calxdo, solidarizadas permanentemente por ligegdes figidas por pregos, definidas em 7.3.1, dimensionadas ao cisalnamento como se a viga fosse de sego maciga, solictadas eMtexdo simples ou composta, podem ser dimensionadas como pecas macicas, com segao transversal de érea igual & Soma das dreas das Seqdes dos elementos componentes, e momento de inércia efetivo dado por ler = ar lth Projelo de esirutuias de madeira 2 ‘onde In © momento de inéscia da Segio folal da peca como se ela fosse macica, sendo para segbes T= 0.95, para sogbes | ou caixlo: «/= 0.85 Na falta de verifcagae especifioa da seguranca em relagso & estabilidade da alma, recomenda-se © emprego de enrijecedores perpensiculares ao eixo da viga, com espacamenta maximo de duas vezes a altura total da viga 6.7.3 Pecas compostas com alma em treliga ou de chapa de madeira compensada ‘As pecas compostas com alma em treliga formada por tabuas diagonals e as pecas compostas com alma formada por hapa de madeira compensada devem ser dimensionadas a flexao simples ou composta, considerando exclusivamente as ecas dos banzos tracionado e comprimido, sem redugo de suas dimensdes, A alma dessas vigas e as suas ligagées com os respectivos banzos devem ser dimensionadas a cisalhamento como se a vige fosse de seco macica, 6.7.4 Pecas formadas por liminas de madeira colada Entende-se por Madeira Laminada Colada (MLC) para fins estruturais, pegas de madeira, reconstituida em proceso industriaizado de fabricagao, composta de tabuas de dimenstes rolativamente reduzidas se comparadas as dimensSes d2 eee final, coladas umas as outras e dispostas com as fibras paralelas 20 eixo longitudinal da peca final Na produgso vas Jaminas, as tabuas s80 unidas longitudinalmente por ligagtio de exttemidade com extremidade, aié se atngir o Comprimento necessirio para a composicao da pega final. Na produgao das pecas, as laminas so sobrepostas alé ating @ seeao transversal determinada no dimensionamento da pega esirulural. As pegas composias sob a técnica de Meo odem tar formato rete ou curvo. A qualidade do produto final depende de varias etapas do processo de fabvicagao, devendo as caracteristicas de resistencia e rigidez dos elementos de MLC ser garantidas pelos fabricantes attaves 0 ‘controle de qualidade de cada componente do processo. 6.7.4.1 Densidade da madeira Deve se: evitada a composicao com espécies diferentes, ou que apresentem diferentes coeficientes de retragiio. Caso isto corra, devem Ser comprovados « eficiéncia do comportamento macénico e a nao ocorréncia de delaminaca0, 20 longo Go tempo. Proferencigimente, devem ser empregadas pegas com densidade aparente (para um teor de umidade de 12%) enire 0.40 € 0.78 gle’. No caso de pegas com densidade superior a 0,7Sglem’, deve ser feita uma avaliagdo cillenose as ‘comportamento das juntas coladas. 6.7.4.2 Tratamento preservative As tabuas empregadas no processo de fabricacdo de pecas de MLC devem ser tratadas com produtos que garantam durabilidade @ protegao biologica, sem prejuizo a aderéncia da cola, O tratamento preservative também pode ser walizado ‘pos a fabricacio das pecas de NLC, desde que nao provoque alteragies nas juntas coladas, 6.7.4.3 Teor de umidade das No proceso de secagem, deve-se procurar a homogeneizacdo do teor de umidade do lote de tébuas. Visando evitar 2 ocorténcia de defeitos prejudiciais & colagem, devido a alleragées no teor de umidade das tébuas, o processe de composigle das pecas deve iniciar no menor tempo possivel, apds a secagem e establizagdo do teor de umidade do te 2 ser utlizado. No momento da colagem, as tabues empregadas no processo de fabricagdo da MLC deverdo estar secas e com no ‘maximo 18% de teor de umidade, no sendo permitida vatiagao superior a 5% entre léminas adjacentes, 6.7.4.4 Caracteristicas dimensionais das téminas Na composiego longitudinal das laminas, cada tabua deverd ter comprimento superior a 100 cm € espessura que permite uma dimenso maxima de § cm quando do agabamento final da lamina, Deve-se observar ainda que a ares da seeao transversal de cada lamina néo exceda 60,em’ para madeira de densidade igual ou inferior a 0,50 glcm® ou 40om* pare ‘madeira de densidade superior a 0,50 gem’, evitando-se nos dois casos, largura final superior a 20 em, 6.7.4.5 Classificagao de madeira © ole de madeira, do qual serdo produridas as tébuas, deverd passar pelo enquadramento nas classes de resisténcia definidas nesta norma, As tabuas que compordo as laminas deverso passar ainda por uma classificagio vieual seguide de uma classifioagao pelo médulo de clasticidade Projeto de esiruturas de madeira 28 6.7-5.5.a Classificagiio visual A chisificacdo visual poderd ser @ oho nu, cam aunilio de instrumentos de aumento de imagem, ou ainda, equipamentos de sagem e sensores em processo informatizada 4. Guanto aos nos © gr: na composiedo das laminas, deverso sor ullizadas tabuas que apresentem né que ocupe menos de 71 de sua seco transversal final, modula que ocupe menos de 16 de sua largura final e inclinagdo das fibras inferior a 5° SG deverao ser aceitas rachaduras longitudinais e que tenhiam extensae inferior a 30 cm. Tab.as que atendam as recomendagées do pardgrafo anterior, mas que possuam nés que ocupem mais de % de sua segéo transversal final, poderao ser selecionadas, mas deverdo ter esses nds eliminados e substtuidos por ligacao de Corsinuidade, atendidas as disposighes do iter 6.44 desta norma. 2. Quanto aos aneis de crescimento: no caso de espécies de crescimento rapido, deverao ser selecionadas apenas as tabuas que apresentem no minimo 3 anéis de crescimento em 2,5em, medido em uma diego radial representativa. 6.7.4.6.b Classificacao pelo Médulo de Elasticidade ‘As tibuas que compordo 2s laminas deverao passar por uma classiicacdo mecénica prévia, nao destruliva, para a deterninagao do modulo de elasticidade na flexéio (Ey) que devera ser considerado como de referéncia para o processo de composigao das pegas. Esse classificagdo permitira agrupar um sub-lote superior com tabuas de Ew acima da média representativa das tabuas da ‘especie empregada e um sub-lote inferior com tabuas de Ey abaixo dessa média. Esse médulo de elasticidade médio na flexao, a ser cansiderado como representativo do lote de tabuas da espécie a ser Utitzada, devera ser obtido do ensaio preliminar de 12 tabuas escolhidas ao acaso. A cada mudanga da procedéncia da maceira fornecida, esse teste devera ser repelido e sempre que houver diferenca maior que 10%, com relacao ao valor meeio que vinha sendo considerado para a madeira da mesma espécie, © mesmo deveré ser substituido por esse novo Valor cue passara a sero médulo de elasticidade médio representative do tote. {As tibuas do sub-lote de Exs superior deverdo ser destinadas a compor as laminas que farBo parte das quartas partes mais afasiadas da linha neutra da peca de MLC e as de Ey inferior deverdo ser ullizadas na composigao da metade central da segao transversal dessa pega. Para as espécies de crescimento rapido, devera ser observado sinda que, no caso do sub-lote de Ex superior, as tabuas ‘com maior numero de anéis de crescimento em 2,5cm, deverdio ser uilizadas na composi¢io das laminas que ficardo mais ‘afasiadas da linha neutra 6.7.4.6 Unido longitudinal das tabuas e composigao das laminas ‘A continuidade de cada lamina deverd ser assegurada pela unio longitudinal entre as tabuas que es compoem. Essa tnidio devera ser realizada por colagem de entalhes multiplos usinados nas extremidades de tdbuas consecutivas. No caso desea unido ser realizada por emandas biseladas ou similar, a sua eficiéncia deverd ser atestada por ensaio mecanico em laboratorio idéneo. As emendas de topo ndo devergo ser empregadas no proceso de fabricacdo de peras estruturais de MLC. ‘A geometria dos entalhes mitiplos devera ser compativel com esforcos solictantes estruturais © 0 passo do dente definido ‘em fungéo do seu comprimente , inclnacao de seus flancos e espessura de sua extremidade, Ly: comprimento dos dentes by“ espessura da extremidade dos dentes ty: passo dos dentes; iz“ inclinago dos flancos dos dentes; Ya‘ grau de enfeaquecimente ocasionado pelos dentes ( bets) i Figura 9 - Pardmetros geométticos das emendas dentadas. Para grandes esforgos solictantes, a espessura da extremidade dos dentes devera ser de até 5% de seu comprimento € a inclinagai dos flancos compreendida entre 5° e 7" by $ 0,05.Ls € asentres? e 7* _Projeto de estruturas de madewa 2 O grau de enfraquecimento na regiBo dos entalhes miitipios, nao devara exceder 0,2, em relagao & resistencia da madeira sem emenda e isenta de defeitos, ou seja [50 boffls tga + bs] = 20 A tabela 14 apresenta recomendagées para dues geomettias de denies. Tabela 14 ~ Caracteristicas geométricas de dois pers estruturais. Parimatro [Pent [Paris] | ba comprimento (mm) [28a - aigura do dente (mm) 7 7 | be largura da ponta do dente (rim) = 1 gas (inlinagao) 110 19 ‘As emendas dentadas poderso ser usinadas verticalmente ou horizontalmente (figura 10): Uusinagem horizontal usinagem vertical Figura 10 ~ Usinagem vertical e horizontal das emendas dentadas. ‘No caso de emendas biseladas, a inclinagae maxima do bisel deverd ser de 6° 6.7.4.7 Distancias minimas entre emendas eaistancias minimas recomendadas sto validas para 0 caso das faces maiores da segao transversal des laminas ‘estarem posicionadas paralelas ao plano da linha neuta, Ne ase tas faces maiores da secdo transversal das laminas estarem ortogonsis ao plano da linha neuta, ou a combinaeso das duas disposigses, a eficincia devera ser atestada por laburatone eenac 7.4 Distancia minima entre emendas na mesma Kamina Mcagferee. de uma lémina gue ra compor as quartas partes mais afastadas da linha neuta, a astancia minima entrees Emendos £ 160 cn" Para uma lamina que irdo compor a metade central da seqao trancvereal, a disc Minne cace, ‘emendas é 100 cm. 67.4.7. Distancia ima entre emendas contiguas cate aeeaite fil da pega ce MLC, na regiso das quartas partes mais afastades da linha neutra, a disténcia minima entre léminas adjacentes @ de 20cm, 6.7.4.8 Espessura das laminas. Em nenhuma hipotese, a espessura final de cada lamina deverd excader 5 om. Canale ac eas, Carvas, 2 espessura final de cada lamina deverd atendr também ao lite maximg de (1/150) do raio de Se rancrce (ace interna da lamina para o caso de madeiras com densidade aparente até 0,50 glem* © (11200) para e oxce {de madeiras com densidade aparente superior a 0.50 glem' 6.7.4.9 Adesivos para MLC e processo de colagem estruturais fabricados, Projeto do esiruluias de madeira 30 6.7.4.9.a Presse de colagem das ligacaes de continuidade das i Os entalhes miltiplos deverso ser colados sob a pressfo indicada na tabela, em funcfio do comprimento do dente © da Soncuiade do matieita, No enlanio, deverd ser observado que a presséo empregada nao exceda 0 limite que provoque fissure longitudinal de extensBo superior a Sm, na regido do fundo dos Tabelas 15: Press ‘de colagem das ligagbes de continuidade das laminas Pressgo de colagem (MPa) de Na colagem dos entalhes muitiplos, o tempo de prensagem deverd ser de no minime 2 segundos, 6: tb Pressdo de colagem nas juntas de cola Na auséncia de recomendagso do fabricante da cola, deve-se observar que na colagem das pecas de MLO, a junta de cola ae rare Gaver teceber uma pressto minima de 0,7 MPa para madeiras de densidade inferior ou igual 2 0,5 gfem’ ¢ de 1.2 MPa para madairas de densidade superior a 0,5 g/cm’ 6.7.4.9.c Prensagem Na auséncia da recomendagtio do fabricante da cola, a prensagem deve ser mantida por um periodo minimo de 6 horas, Meander se por base um ambiente com temperatura de 20°C e teor de umidade relative do ar de 65%. [No caso de prensagem a quente, por resisténcia elétvica, hiperfreqaéncla ou processos similares, o tempo de prensager ees cer Stestade. por laboratéro idéneo, observando-se que © aumento da temperatura nao provoque rachaduras Supenores ao indicado no item 6.4.5.a desta norma ‘apo © periodo de prensagem, a ratrada da pressdo deverd ser gradativa e alviada em pontos alflemados 20 longo d= pega 6.7.4.10 Limitagées dimensionais Nos pecas fletidas com seco constante, a largura minima da sego transversal deve ser de 1/7 da altura da peca. Nos pogas fletidas com seodo varidvel, as extremidades de menor ature no dever ser inferior a (L190) @ incinago nao deve ultrapasser 5° 6.7.4.14 Limitagdes de resistencia mecanica © dimensionamento de pegas estruturais em MLC deve seguir as recomendagdes desta norma quanto 20 dimensionamento de pegas serradas (0 coeficiente parcial de modiicace Kross para MLC deverd levar em conta 0$ fatores de modiicagaa indicados 2 seguir: Krosa = Go. Ge Sh 6. 41.8 Fator de modificagao da emenda de entathes miiltiplos 0 ator de reducao causado pela emenda de entalhes miitiplos ou bisel, deve ser considerado pelo coefiiente Co = 0-85 Em pecas sem emendas longitudinais, Ce = 1,00. 6.7.4.11.b Fator de modificacao devido & eurvatura Em pegas retas sera sempre Ce= 1,00, © em pecas curvas, Co= 1 -2000.( ve)” onde: {~espessura das laminas; ‘menor raio de curvatura das laminas que compoem a secSo transversal resistente. fe madeira _Projeto de estruturas 6.7.4.11.c Fator de modificagsio de temperatura Para pegas estrutursis expostas a temperaluras elevadas quando em uso. deve-co adotar os fatores de modifcactio C. ircieados ro tla 16 Tabela 16: Fares de modifeacto ode “Teor de umidade da 7 Temperatura ambiente “C Te de propriedade| rsceira om servigo Cea | aa<'csse 82<°C 26 (ragdo parleia€ modulo de ec ou mia 10 oe 09 ee na | _ | jamais propiedades| Seca = 1650 Ts “a7 eligages | Umida = 16% or os) 6.7.4.42 Rigidez a flexao do conjunto 2 Resa Ge MC, Constitulda da combinacso de laminas com médulo de elasticidade & flex4o do lote de valores superior, Smbreaado nas quartas partes mais afasiadas da linia nevtra, © laminas com modulo de elasicidatie & horse, do toe oe valores inferior, empregado na metade central éa segao transversal (igura 11), 4 i = iy Figura 11: Seco mostrando a combinagao de laminas com diferentes madulos de elastcidade & fexdo. come segue: Ge” Caleulads pela considerardo de sectotransformada ou consideracdo da rigidez do conjuno calulada ‘como segue: Emails =[25 ane kv) "Enna ] onde: Euc.~ médulo de elasticidade do conjunto de laminas combinades: Etun’— valor médio dos médulos de elasticidade do sub lote superior; Enua'— valor médio dos médulos de elasticidade do sub-lote inferior {4 = _ momento de inércia do conjunto com a segao transversal original {oy momento de inércia da quarta parte mais afastada, em rela¢ao 4 linha noutra ia) momento de inércia da metade central da seea0 transversal, em relacao a hnha neutra Seg plmero de laminas para compor as camadas idenificadas como (1/4)h nfo der um valor inteto, erredondar o valor de 250 conaro, aauite citéio. se 2 parcela decimal for igual ou superior a 0,5, arredondar para © valor mere sarin aso contrario, desprezar a parcela decimal e tomar apenaso valor intciro, 6.7.5 Pecas compostas de secao retangular ligadas por conectores metalicos sepa’ sommostas de socio relanguar, tgadas por conectores metéicos, solcitadas a flexdo simples ou composta, Sera, Poa eCueae Suldedosa © a exisléncia de parafusos suplemeniares que solidarizem pemeronionenc la = ar Ith Projeto de estruturas de madeira __32 para dois elementos sunerpostos: i = 0.85 para ts elementos superpostos: su = 0,70 onde lu 8 0 valor efetivo e In 0 seu valor tebrica ‘0s sonectores metalicos devem ser dimensionados para resistirem 20 Gisalhamento que existiia nos planos de contato das diferentes pegas como se a peca fosse macica 6.8 Estabilidade de pecas compostas 6.8.1 Pecas solidarizadas continuamente [A edebilidade das pegas compostas por elementos justapostos solidarizados continuamente pode ser verifada como se ‘lassfossem macigas com as restrigbes impostas em 6.7, 6.8.2 Pecas solidarizadas descontinuamente _he resas compostas solidarizadas descontinusmente por espacadores interpostos ou por chapas laterals de Tage, come AaoErSdo na figura 12, dever ter sua eeguranga verficada em relacao 20 estado limite btimo de instabildade global Pare es peas composias por dois ou trés elomentos de segio transverse! retangulat, permite-se 9 voutcogdo are heals por esta Norma conforma 6.5, emo se elas fossem de seco maciga, nas condicoes adiante estabelecies Os espacadores devem estar igualmente afastados entre si ao tongo do comprimento |. da pega A sua fxagse aos Raine componentes deve ser fella por igages rigidas com pregos ou parafuses, conforme as exigencias de 7-9-1 Pernite-se que estas ligagbes sejam feitas com apenas dois parafusos ajustados dispostes ao longo da diressa co exe ‘eesinal Wa peea, alastados entre si de no minimo 4d e das bordss do espagador de pelo menos 7, desde que © (iammeto de pré-furagao do seja feito igual a0 diametro d do parafuso. ‘ ‘A altura Lz da seeao transversal dos espacadores (vide figura 12) deve satisfazer & condicae: a 2 18e, para o caso de chaps ea oie, acinar 1222 Para flambagem em tomo do edo y, mostrado na figura 12, deve ser considerada uma esbeltez eficaz er determinada de acordo com as formulagdes apresentadas a seguit, Scio de um elemento componente Aya bi ‘Sego composta por dois elementos: Ag=2Ay ty [(20, +8) -2°] beg = Sacio composta por tés elementos: Ag, | {(s, +2a)*—(by +22)" +b? | — 42 Projeto de estruturas de madeira 3 onde Tabela 17 ~ Fator a, Classe de Carregamento _Espagadores Interpostos Chapas Laterais solades, coladas prega Permanente ou Longa duragao 1 4 3s a a Média duragéo ou Curta duragiio 1 3 25 2 45 A seguranga dos espagadores e de suas ligacées com os elementos componentes dave ser veriicada para um esforco de cisalhamento eujo valor convencional de calculo é TYE ‘sendo: para 30 60 Dispensa-se a verifcagse da estebilidade local des trechos de comprimento L dos elementos componentes, desde que respeltadas as limitagses: 9b; s Lys 18; a<3b; —_pecas interpostas 2.56; pegs com chapas laterals Propeto de esiruluras de madeira 34 1 1 1 , Als Ayo 4 : | espagador | espagacor L| : | bees oa interposto 1 BM (as3b) " ay, SSD ol | 7 A] fa] chapas T 4 chapas [pilfe| aterais |] L laterals HHP (a<@b)) + (a $6) £ how Figura 12 - Pecas solidarizadas descontinvamente. n a axl 1 1 Vex 2 3 Tea, | ant (eaten ARRANIO aKRaNIO b 13 Figura 13 - Sees compostas por dois ou ttés elementos iguais 7 Ligagées 7.4 Generalidades 7.4.4 As ligagtes mecdinicas das pogas de madeira podem ser fellas por meio dos seguinies clamenios - pinos metalicos; - cavilhas; ~conectores Os pinos metaicas podem ser constituides por pregos ou parafusos Projeto de estrutuas de madera 3 As cavilhas so pinos de madeira torneados, estampados, ov ainda Os conectores podem ser constituides por anéis metalicos: ou por chapas metdlicas com dentes Sutros tipos que comprovadsmente sojam testados om laboratories Woneon No céloulo das ligacdes nao & permitide levar em conta 0 alrito das superficies em contato, nem de esforcas transmitidos Por esinibos, bracadeiras ou grampos, Dsvem ser respeltados os espayamentos especificados ¢ a pré-furagéo especificada para evitar o fendihhamento da madeira em virlude da presenga dos elementos de unis, Fare evitar a ruptura por trace normal as fibras em regises de igagtes localzadas, deve-se fazer a sequinte veticacio. i ~ {I in @ Figura 14 - Ruptura por tragao normal as fibras em regibes de ligagSes lecalizadas, t Ves 2 fe bet 3 onde Ve 2 forga cortante ficticia determinada por Vs + V2 =F sen ai by @ a clstancia do eixo do pino mais afastado & borda do lado da solicitagéo, ‘com be = 2: 18 espessura da pega principal f.a€ a resistencia de célculo ao cisalhamento paralelo as fibras 60 &ngulo de inclinacso da forge F em relagao as fbras; fh € a altura total da secdo transversal da peca principal 7.4.2 Ligacdes excéntricas Seu plano de aluagso, 7.4.3 Ligag6es com cola ‘As igaies com cola somente podem ser empregadas em juntas longitudinais da madeira laminada colada, 7.4.4 Critério de dimensionamento O dimensionamento dos elementos de ligacdo deve obedecer @ condicses de seguranca do tivo, Sq < Ry onde Re @ 0 valor de céleulo da resisléncia dos elementos da igacdo € S30 valor de calculo das coicagbesnela tuantes FerpinGiplo, © estado limite dima da ligagdo pode ser atingido por deficigncia de resistencia da madeira da pega cestrutural ou do elemento de ligacdo, Projeto do estiuturas dem 36 7.1.8 Ligagio de diferentes pecas estruturais 2s igesses de erent pas eta podem se ftas one alos Us {das ligagties de pecas de madeira ou pelo femprego de elemenios intemedianos de ago. ‘A sequrange desses elementos intermedisrios de aco deve ser varificada de acordo com 2 NBR 8800, 7.2 Resisténcia de embutimento da madeira ‘A resisténcia de embutimento da madeira é delerminada por meio do ensaio de embuiimento padronizado especiicade no anexo B. Na falta da determinaggo experimental especiica, admitem-se as relagSes aproximadas epresentadas em 6.2.7, expressas por feod ~ food £e99,4 = 025 loo,d “He onde 0 coeficionte us @ dado pela tabela 10, 7.3 Ligagdes com pinos metalicos 7.9.4 Rigidez das ligagoes As ligagBes com dois ou tr6s pinos s80 consideradas deformavets, permitindo-se o seu emprego excluswanente cot AS aoe Gaticoe: No projelo, estas gages serdo caleuladas como se fossem rigidas, dando-se @ estrutura eoststica estrulura® iflecha compensatoria, de pelo menos L100, onde L é o vo tebrico da estrutura considerada, ‘Nunca serdo utiizadas figagdes com um nico pino, {As ligagbes com quatro ou mais pinos podem ser consideradas rgidas nas condigées seguintes, ’As ligagdes pregadas com quatro ou mais pregos s#o consideradas rigidas, desde que respeitados os ciamoros de pre: furagao especificados em 7.3.2 ‘hs ligagées parafusedes com quatro ou mais parafusos so consideradas rigidas ou deformaveis, de aco com 0 didmetro de pré-furago adotado, conforme 7.3.3, 7.3.2 Pré-furacao das ligagées pregados Em unides pregadas sera obrigatoriamente feta pré-furagio da madeira, com didmetro dO no malor que o deme du do prego, com os valores usu: cconiferas: do = 0.85 der icotiledéneas: dp = 0,98 der conde da € 0 didmetto efetive medido nos pregos a serem usados. Em estrturas provisérias, admite-se 0 emprego de ligagées pregadas sem w pré-furagao da madeira, desde que s° empreguem madeiras moles de baixa densidede, opr kgf” que permitam a penelraggo dos pregos sem risco de fendihamento, ¢ pregos com diamelro d no motor Que 116 da espessura da madeira mais deigada e com espacamento minimo de 10 4 7.3.3 Pré-furacao das ligagdes parafusadas Para que #s ligagSes parafusadas sejam consideradas rigidas, a préfuragdo deve ser feta com didmtio to Nek ase a Pee ae oe te esrbtuso, acrescigo de 0.8 mm. Caso sejam empregados digmetros do maiores, 9 Wacdo dove ser ‘considerada deformavel. 7.3.4 Resisténcia dos pinos ‘resistencia totel de um pino de tgacée é dada peta coma das resistencias correspondents as suas diferentes seddes de corte. Nias ligagbes com afé ilo pinos em inne, dapostos paralelamente ao osforco a ser transmiido, a resistencia oll ¢ dada pela soma das resistencias de cada um dos pinos. _Projeto de estruturas de madeira 3 Nas ligagdes com mais de o'to pinos, os pinos suplementares devem ser considerados com apenas 2/3 de sua resisténcia indiwidusl. Neste caso, sendo n 0 numero eletivo de pinos, a liqaco deve ser calculada com o mtimero convencionsh 2 n-8 B+ 5 (na) Os pregos estruturais devem ser feitos de ago com resistencia caracterstica de escoamento fy. de pelo menos 600 MPa, © devem ter didmetro minimo de 3 mm, ¢ recomenda-se que os parafusos estruturais tenham didimettos nao menores que 10 nim e resistencia caracteristica de escoamento fy de pelo menos 240 MPa (Tabela 18). Tabela 18 — Didmetros minimos e Resisiéncia de escoamento dos pinos metalicos, [Resisténcia | Diametios minimos | araetestea ae Ca oa Pregos am 600 mea Paratoos 240 Mea A resistencia de um pin, correspondente a uma dada segao de corte entre duas pecas de madeira, & determinade em fungao das resistencias de embutmento fms das dues madeiras inietigadas, da cesistencia de escoamento ty do’ pire metalico, do diametro d do pino e de uma espessura convencional t, tomada com a menor das eapersures Tee tne penetragdo do pina em cada um dos elementos ligados, como mositado na figura 15 as ligaobes narafusadas deve ser d < v2 ¢ nas ligagdes pregadas deve ser d < US. Permite-se d = U4 nas ligagoes regadas, desde que dy = de rai lgggees Ptegedas. a penetraco om qualquer uma das pegas ligadas nao devo ser menor que a espessura da pega ‘mais delgade. Caso contratio, o prago sera considerado nao resistente Em lgapbes localizadas, @ penetracdo da ponta do prego na peca de madeira mais distante de sua cabeca deve ser de elo menos 12 d ou igual & espessura dessa peca. Em ligagdes corridas, esta penietragSo pode ser lmitada go valor de t Ralor ide calculo da resistencia de um pino metalico correspondente a uma Unica seg de corte & determinado em fungao do valor do parametro: Bey onde { @ @ espessura convencional da madeira e d 0 diémetro do pino, estabelecendo-se como valor limite: B, 25 fa Poon Fos Sendo fe a fesistencia de cilculo a0 escoamento do pino metéico, determinada a partir de fy, com 7s =1.1, € fea @ resistencia de caleulo de embutimento, conforme 6 2.7. 0 valor de calculo Ri. da resistencia de um pino, comeepondonte ‘@ uma tinica segao de corte, & dada pelas expressbes sequintes: Embutimento na madeira BS Bim > Ryd = 0.404 55 I1- Flexo do pino B> Bim or fy (COM B= Bhim) Rvaa 4 tomando-se fy =_* sondo re cs Projoto de esiruturas de madeia 38 ‘A resisioncia de um pin, correspondente a uma dada seco de corte entre uma peca de madeira © uma pega de avo. cons mositado na figura 16, & determinada pela menor das duas resisténcias, uma referante & ligagao do pino com a Imacsira e a outa & igagdo do pino com a parede da pega metalica A deeminagio ¢: siaténcia re higaedo do pino com 2 madeira ¢ feita com os mesmos critérios estabelecides parea liqueso de duas pecas de madeira. A determinagao da resistencia feferente a ligacao do pino com a pera de ago & feilarde acordo com os enterios da NBR 8800. No caso de pinos em corte duplo, como mostade na figura 17, aplicam-se os mesmos exitérios anteriores para 2 deternnasao da resistencia correspondente a cada uma das secbes de corte, considerando-se t com 0 menor dos valores tenire t) © 192 em uma das segues, e enie tr/2 © ts na out Boh his fa YH IP to menor }— i { gy : t valor entre © éonenor [ley Pediea | rere Ls, - | valor entre vee & € © mono! et ty | rg212a) valor entee toon be] tet (ee 26) rh A i Le (PaRAFUSOS) Ecos) Figura 15 - Pinos em corte simples. 1 tt (PARAFUSOS) (PREGOS) Figura 16 - Ligagio entre paca de madeira e pega metélica tt tt heed (PARAEUSOS) (PREGOS} Figurat7 - Pinos em corte duplo Projoto de estnuturas do madonra 3 7-4 Ligagdes com cavilhas {As cavithas deve ser toreadas @ feitas com madeiras duras da classe C80 ou com madeiras motes de pi» = 600 ka/in* mpregnadas com resinas que aumentem sua resistencia, ra emprego em cavilnas, as madeiras impregnadas dever resisténcias compativeis com a classe C80. ‘Acimite-se 0 emprego de cauilhas estruturais apenas com os diametros de 16 mm, 18 mm & 20 mm, 7.441 Rigidez das ligagées Pera as ligacdes com cavilhas admitem-ce as mesmas condicbes de rigidez especiicadas em 7.3.1 para as ligagbes com pinos metalicos. 7.4.2 Pré-furagao das ligagées com cavilhas Nas ligagdes com cavilhas, a pré-furagaio deve ser feita com diametro do igual ao dimetro d da cavilla 7.4.3 Resistencia de uma cavilha A resisténcia total de uma caviha ¢ dada pela soma das resistencias correspondentes as suas diferentes segoas de corte © valor de calculo da resistencia de uma cavilha, correspondente a uma dada seg de corte entre duas peas de madeira, € determinada em fungao da resisténcia 4 compressao paralela fiz da cavilha, considerada em sua flexi, e da resistencia & compressao normal fuo4 da cavilha, considerada na seguranea relaiva a seu esmagamento, do diametro d da cavilha e da espessura I, mada como a menor das espessuras fy ls de penetragdo nos elementos interligados, como mostrado na figure 16. As cavithas em corte simples podem ser empregadas apenas em ligagbes secundeiias No caso de cavilhas em corte duplo, aplicam-se os mesmos oritérios para a determinacao da resisténcia correspondente a cada uma das seedes de corte, considerando-se t com o menor dos valores entre € i/2 em uma das segées, e entve t/2 e tena outra ‘A resistencia de caloulo da cavilha Ria, correspondente a uma Gnica sede de corte, é determinada de modo analogo 20 ‘empregado para os pinos metalicos, Para as cavilhas, consideram-se: onde fooace € © valor de célculo da resisténcia & compressao paralela © fanicw 0 valor de cilculo da resistencia & ‘compressao normal da cavilha, calculando-se a resisténcia pelas expresses seguintes: Esmagamento da cavilha B= lim 2 Rvd1=0.4'5 fesoucar 1I- Flexo de caviha > Blin Ryd 4 © today {com B= Bim) Projeto de esteuluras a tt tt tt tt t apenas om Ligagdes secundirias Figura 18- Ligagdes com cavilhas, 7.8 Ligagdes com conectores 7.8.1 Ligacdes com anéis metalicos ‘Admite-se o emprego de anéis metalicos estruturais apenas com didmetvos internos d de 64 mm @ 102 mm. Os anéis de 54mm e 102 mm devem ser ecompanhados por parafusos de 12 mm € 19 mm, respectvamente colocados no centro do Os anéis devem ser fabricados com aco submetido as prescrigbes da NBR 6800. ‘As ligagdes com aneis so consideradas rigidas. 7.5.2 Dimensées padronizadas dos ant metalicos (Qs ants de 64 mim de cidmetro devem ter etpessura da parede nde menor que 4 mm, © os ands de 102 mm de emetro jevem ter espessura no menor que 5 mm. 7.8.3 Resistancia de um anel metalico ‘Aresistancia de um anel metalico correspondente @ uma dada seco de corte da ligacdo entre duas pecas de madeira € eterminada em fun¢ao das resisténcias ao cisalhamento longitudinal fia das duas madeiras interigadas, valor de calculo da resistencia a0 cisalhamento da madeira correspondente a um anel metalico é dado pelo menor dos valores: ma pi fwa © — Raneia=tdt Ranel.t fea.d onde t & a profundidade de penetracéo do anel em cada pega de madeira, d 0 seu dimetro intemo, como mostrado na figura 19 ,€ fe,40 valor de célculo da resisténcia & compressao inclinada de 7.8.4 Ligacées com chapas com dentes estampados ‘As chapas com dentes estampados somente podem ser empregadas em ligacées estruturais quando a eficiéncia da ‘cravagao for garantida por Seu executor. Os valores da resisténcia de célculo que podem ser atribuidos as chapas com dentes estampados, correspondentes a uma Unica segdo de corte, devem ser garantidos pelo respective fabricante, de acordo com a legislacao brasileira 7.6 Espacamentos entre elementos de ligagao 7.6.4 Espagamentos em ligagdes com pinos (pregos com pré-furagéo, parafusos e cavilhas) Os espagamentos minimos recomendados sao 0s seguintes: a) entre © centro de dois pinos situsdos em uma mesma linha paralela dirego das fibras: pregos, cavilhas © parafusos afastados 6 d; parafusos 4 d, ') do centro do tiltimo pino a extremidade de pecas tracionadas: 7 4

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