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Banco da Amazônia S.

A - BASA

Técnico Bancário

Língua Portuguesa
1 - Compreensão do texto. .................................................................................................................................................1
2 - Ortografia oficial. 2.1 - Emprego das letras. ..............................................................................................................3
2.2 - Emprego da acentuação gráfica. ..............................................................................................................................7
3 - Tempos e modos verbais. .............................................................................................................................................9
4 - Colocação e emprego dos pronomes. ...................................................................................................................... 14
5 - Coordenação e subordinação. ................................................................................................................................... 15
6 - Pontuação. .................................................................................................................................................................... 19
7 - Concordância verbal e nominal. ............................................................................................................................... 21
8 - Regência verbal e nominal. ....................................................................................................................................... 24
8.1 - Emprego do sinal indicativo de crase. ................................................................................................................. 28
9 - Redação oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). ............................................... 30
9.1 - Adequação da linguagem ao tipo de documento. .............................................................................................. 39

Matemática
1 - Números inteiros, racionais e reais. ...........................................................................................................................1
2 - Sistema legal de medidas. .............................................................................................................................................8
3 - Razões e proporções. ....................................................................................................................................................1
4 - Divisão proporcional. ................................................................................................................................................. 12
5 - Regras de três simples e compostas. ....................................................................................................................... 15
6 - Percentagens. .............................................................................................................................................................. 18
7 - Equações e inequações de 1.º e de 2.º graus. ......................................................................................................... 19
8 – Sistemas de equações do 1º grau. ........................................................................................................................... 24
9 - Funções e gráficos. ...................................................................................................................................................... 26
10 - Progressões aritméticas e geométricas. ............................................................................................................... 31
11 - Funções exponenciais e logarítmicas. ................................................................................................................... 33
12 - Juros simples e compostos: capitalização e descontos. ..................................................................................... 37
13 - Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente. ........................................... 43
14 - Rendas uniformes e variáveis. ............................................................................................................................... 45
15 - Planos de amortização de empréstimos e financiamentos. .............................................................................. 48
16 - Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento. ....... 52
17 - Avaliação de alternativas de investimento. ......................................................................................................... 54
18 - Taxas de retorno, taxa interna de retorno. .......................................................................................................... 59
19 - Análise e interpretação de tabelas e gráficos estatísticos. ................................................................................ 62
20 - Variância, desvio padrão, média, mediana e moda. ............................................................................................ 67

Legislação
1 - Estatuto Social do Banco da Amazônia .......................................................................................................................1
2 - Código de Ética do Banco da Amazônia ................................................................................................................... 16
3 - Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, e suas alterações................................................................................ 21

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Atualidades
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade,
educação, saúde, arte e cultura, tecnologia, energia, conjuntura geopolítica, desenvolvimento sustentável e
ecologia, nos contextos nacional e internacional, suas inter-relações e suas vinculações históricas. ..................1

Noções de Informática
1 - Sistema operacional (ambientes Linux, Windows 10). 1.1 - Definições. 1.2 - Conceitos de organização e de
gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. .................................................................................1
2 - Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e Libre Office). ............................ 13
3 - Redes de computadores. 3.1 - Conceitos de protocolos de comunicação, TCP/IP, tipos e topologias de redes,
Internet e Intranet. 3.2 –Ameaças e procedimentos e mecanismos de proteção. 3.3 Malware 3.4 - Aplicativos
para segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.). ............................................................................................ 47
4. Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares) ........ 68
5. - Programas de correio eletrônico (Microsoft Outlook e similares). .................................................................. 79
6. Procedimentos de backup. ......................................................................................................................................... 84
7. Armazenamento de dados na nuvem. ...................................................................................................................... 85

Atendimento (focado em vendas)


1- Marketing em empresas de serviços ............................................................................................................................1
2 - Satisfação e retenção de clientes. 3 - Valor percebido pelo cliente .......................................................................3
4 - Telemarketing .................................................................................................................................................................7
5 - Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico ...............9
6 - Interação entre vendedor e cliente .......................................................................................................................... 14
7 - Qualidade no atendimento a clientes ....................................................................................................................... 15
8 - Resolução CMN nº 4.433, de 23/07/15, que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente
organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil .................................................................................................................................................... 21

Conhecimentos Específicos
1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional. 1.1 - Conselho Monetário Nacional. 1.2 - Banco Central do Brasil.
1.3 - Comissão de Valores Mobiliários. 1.4 - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. 1.5 - Bancos
comerciais. 1.6 - Caixa Econômica Federal. 1.7 - Cooperativas de crédito. 1.8 - Bancos de investimento. 1.9 -
Bancos de desenvolvimento. 1.10 - Sociedades de crédito, financiamento e investimento (Financeiras). 1.11 -
Sociedades de arrendamento mercantil. 1.12 - Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários. 1.13 -
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários. 1.14 - BM&FBOVESPA.1.15 - Sistema especial de
liquidação e custódia (SELIC). 1.16 - CETIP S.A. 1.17 - Sociedades de crédito imobiliário. 1.18 - Associações de
poupança e empréstimo. .....................................................................................................................................................1
2 - Sociedades de fomento mercantil (factoring) e sociedades administradoras de cartões de crédito. ........ 36
3 - Produtos e serviços financeiros. 3.1 - Depósitos à vista, depósitos a prazo (CDB e RDB) e letras de câmbio.
3.2 - Cobrança e pagamento de títulos e carnês. 3.3 - Transferências automáticas de fundos. 3.4 –
Commercialpapers. 3.5 - Arrecadação de tributos e tarifas públicas. 3.6 - Home/office banking, remote
banking. 3.7 - Corporate finance. 3.8 - Fundos mútuos de investimento. 3.9 - Hot money. 3.10 - Contas
garantidas. 3.11 - Crédito rotativo. 3.12 Descontos de títulos. 3.13 - Financiamento de capital de giro. 3.14 -
Vendorfinance/comprorfinance. 3.15 - Leasing (tipos, funcionamento, bens). 3.16 - Financiamento de capital
fixo. 3.17 - Crédito direto ao consumidor. 3.18 - Crédito rural. 3.19 - Cadernetas de poupança. 3.20 -
Financiamento à importação e à exportação: repasses de recursos do BNDES. 3.21 - Cartões de crédito. 3.22 -
Títulos de capitalização. 3.23 - Planos de aposentadoria e pensão privados. 3.24 -Planos de seguros............. 42
4 - Mercado de capitais. 4.1 - Ações: características e direitos. 4.2 - Debêntures. 4.3 - Diferenças entre
companhias abertas e companhias fechadas. 4.4 - Operações de underwriting. 4.5 - Funcionamento do
mercado à vista de ações. 4.6 - Mercado de balcão. 4.7 - Operações com ouro...................................................... 61
5 - Mercado de câmbio. 5.1 - Instituições autorizadas a operar. 5.2 - Operações básicas. 5.3 - Contratos de
câmbio: características. 5.4 - Taxas de câmbio. 5.5 - Remessas. 5.6 - SISCOMEX. ................................................. 71
6 - Operações com derivativos: características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de
opções, do mercado futuro e das operações de swap. ................................................................................................ 85

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7 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval, fiança, penhor mercantil, alienação fiduciária, hipoteca,
fianças bancárias, fundo garantidor de crédito (FGC). ............................................................................................... 89
8 - Crime de lavagem de dinheiro. 8.1 - Conceito e etapas. 8.2 - Prevenção e combate ao crime de lavagem de
dinheiro. 8.2.1. Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações. 8.2.2 - Carta Circular Bacen 3.409/2009. 8.2.3 - Circular
Bacen 3.461/2009. 8.2.4 - Carta Circular Bacen 3.542/2012. ................................................................................107
9 - Técnicas de vendas: 9.1 - Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos; 9.2 -
análise do mercado, metas. 9.3 - Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros o setor bancário:
planejamento, técnicas; 9.4 - motivação para vendas; 9.5 - Produto, Preço, Praça, Promoção; 9.6 - Vantagem
competitiva; 9.7 - Como lidar com a concorrência; 9.8 - Noções de Imaterialidade ou intangibilidade,
Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários. 9.9 - Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa
Jurídica. 9.10 - Noções de Marketing de Relacionamento. .......................................................................................124
9.11 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada). .........................151

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Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está
1 - Compreensão do texto. relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de
Interpretação de Texto
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas
dúvidas.
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao
Uma interpretação de texto competente depende de
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade,
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes,
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso,
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender,
surpreendentes que não foram observados anteriormente.
primeiro, algumas definições importantes:
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo,
Texto
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando
televisão também são formas textuais.
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram
Interlocutor
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
É a pessoa a quem o texto se dirige.
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor,
Texto-modelo
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você,
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente.
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando.
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado,
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
da sua vida.”
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
(Revista Capricho)
interpretacao-texto.html
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem
Questões
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
O uso da bicicleta no Brasil
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
A linguagem informal típica dos adolescentes.
oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
assunto;
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
prioridade sobre os automotores.
leitura;
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
menos duas vezes;
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
04) Inferir;
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
autor;
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
compreensão;
claro, nos impostos.
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
questão;
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a-
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
interpretacao-de-textos-em-provas/
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não Televisão
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para Adaptado)
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com É correto concluir que, de acordo com o cartum,
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. pela TV são equivalentes.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação
mais ativa.
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
locomoção nas metrópoles brasileiras que não sabe se distrair.
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir
devido à falta de regulamentação. a um programa de televisão.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
incentivado em várias cidades. idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores. Leia o texto para responder às questões:
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte. Propensão à ira de trânsito
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar. Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
objetivos centrais do texto é clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
ciclista. não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é também se engajam num comportamento de risco – algumas até
mais seguro do que dirigir um carro. agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta que este chegue onde precisa.
no Brasil. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
locomoção se consolidou no Brasil. motorista a tomar decisões irracionais.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
dar prioridade ao pedestre. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
03. Considere o cartum de Evandro Alves. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
Afogado no Trânsito também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em Emprego das letras K, W e Y
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino. Utilizam-se nos seguintes casos:
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar derivados.
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira taylorista.
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
incidente em uma violenta briga. b) Em topônimos originários de outras línguas e seus
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas derivados.
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que unidades de medida de curso internacional.
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver (quilômetro), Watt.
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/ Emprego de X e Ch
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é Exemplos: caixa, frouxo, peixe
correto afirmar que Exceção: recauchutar e seus derivados
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. 2) Após a sílaba inicial “en”.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo
comunitário do ato de dirigir. “en-”
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 3) Após a sílaba inicial “me-”.
experiências e atividades não só individuais como também Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
sociais. Exceção: mecha
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
emoções positivas por parte dos motoristas. 4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras
inglesas aportuguesadas.
Respostas Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar,
2 - Ortografia oficial. 2.1 -
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale,
Emprego das letras. xingar, etc.

Emprega-se o dígrafo Ch:


Ortografia 1) Nos seguintes vocábulos:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão,
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha,
forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia
compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem
forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos da palavra. Veja os exemplos:
que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é gesso: Origina-se do grego gypsos
oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e jipe: Origina-se do inglês jeep.
consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
Emprega-se o G:
O Alfabeto 1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja: Exceção: pajem

a A (á) b B (bê) 2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
c C (cê) d D (dê) Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
e E (é) f F (efe)
g G (gê ou guê) h H (agá) 3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
i I (i) j J (jota) Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
k K (cá) l L (ele) vertiginoso (de vertigem)
m M (eme) n N (ene)
o O (ó) p P (pê) 4) Nos seguintes vocábulos:
q Q (quê) r R (erre) algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete,
s S (esse) t T (tê) hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
u U (u) v V (vê)
w W (dáblio) x X (xis) Emprega-se o J:
y Y (ípsilon) z Z (zê) 1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
Exemplos:
Observação: emprega-se também o ç, que representa o arranjar: arranjo, arranje, arranjem
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. despejar: despejo, despeje, despejem

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo-
enferrujar: enferruje, enferrujem surdez
viajar: viajo, viaje, viajem
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica substantivos
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji Exemplos:
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j colonizar- colonização realizar- realização
Exemplos:
laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - 4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
lisonjeador nojo- nojeira Exemplos:
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
jeito- ajeitar
5) Nos seguintes vocábulos:
4) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz,
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
traje, pegajento
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
Emprego das Letras S e Z contraste entre o S e o Z
Emprega-se o S: Exemplos:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no cozer (cozinhar) e coser (costurar)
radical prezar( ter em consideração) e presar (prender)
Exemplos: traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
análise- analisar catálise- catalisador
casa- casinha, casebre liso- alisar Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os
exemplos:
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título exame exato exausto exemplo existir exótico
ou origem inexorável
Exemplos:
burguês- burguesa inglês- inglesa Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
chinês- chinesa milanês- milanesa Existem diversas formas para a representação do fonema /S/.
Observe:
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
Exemplos: Emprega-se o S:
catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa Nos substantivos derivados de verbos terminados em
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa “andir”,”ender”, “verter” e “pelir”
Exemplos:
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa expandir- expansão pretender- pretensão verter-
Exemplos: versão expelir- expulsão
catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, estender- extensão suspender- suspensão
metamorfose, virose converter - conversão repelir- repulsão

5) Após ditongos Emprega-se Ç:


Exemplos: Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer”
coisa, pouso, lousa, náusea Exemplos:
ater- atenção torcer- torção
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus deter- detenção distorcer-distorção
derivados manter- manutenção contorcer- contorção
Exemplos:
pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos Emprega-se o X:
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos Em alguns casos, a letra X soa como Ss
repus, repusera, repusesse, repuséssemos Exemplos:
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto,
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: trouxe
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
Teresa, Teresinha, Tomás Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos
8) Nos seguintes vocábulos: Exemplos:
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente,
decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível,
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
Emprega-se Sç:
Emprega-se o Z: Na conjugação de alguns verbos
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no Exemplos:
radical nascer- nasço, nasça
Exemplos: crescer- cresço, cresça
deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar descer- desço, desça
raiz- enraizar cruz-cruzeiro
Emprega-se Ss:
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”,
partir de adjetivos “mitir”, “ceder” e “cutir”
Exemplos: Exemplos:
inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão
rígido- rigidez discutir- discussão

Língua Portuguesa 4
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APOSTILAS OPÇÃO
progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o
exceder- excesso repercutir- repercussão Emprega-se o H:
1) Inicial, quando etimológico
Emprega-se o Xc e o Xs: Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio

Em dígrafos que soam como Ss 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
Exemplos: Exemplos: flecha, telha, companhia
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
3) Final e inicial, em certas interjeições
Observações sobre o uso da letra X Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
/ch/ - xarope, vexame 4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo
elemento, se etimológico
/cs/ - axila, nexo Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.

/z/ - exame, exílio Observações:


1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que
/ss/ - máximo, próximo nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha
ele não é utilizado.
/s/ - texto, extenso
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos
Exemplos: excelente, excitar sempre são grafados com h. Veja:
herbívoro, hispânico, hibernal.
Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
pode não ser nítida. Observe: 1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
Exemplos:
Emprega-se o E: Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
Exemplos:
magoar - magoe, magoes “Auriverde pendão de minha terra,
continuar- continue, continues Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) As promessas divinas da Esperança…”
Exemplos: antebraço, antecipar (Castro Alves)

3) Nos seguintes vocábulos: Observações:


cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o
orquídea, etc. uso da letra maiúscula.

Emprega-se o I : Por Exemplo:


1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir “Aqui, sim, no meu cantinho,
Exemplos: vendo rir-me o candeeiro,
cair- cai gozo o bem de estar sozinho
doer- dói e esquecer o mundo inteiro.”
influir- influi
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) se letra minúscula.
Exemplos: Por Exemplo:
Anticristo, antitetânico “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
3) Nos seguintes vocábulos:
aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
etc. Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
Emprego das letras O e U
Emprega-se o O/U: c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de Exemplos:
algumas palavras. Veja os exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação,
realização) d) Nos nomes mitológicos.
soar (emitir som) e suar (transpirar) Exemplos:
Dionísio, Netuno.
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,
moleque. e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos:
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua Natal, Páscoa, Ramadã.

Emprego da letra H f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.


Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Exemplos:
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e ONU, Sr., V. Ex.ª.
da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta
forma devido a sua origem na forma latina hodie.

Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, Emprego do Porquê
políticos ou nacionalistas.
Exemplos: Orações
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, Interrogativas Exemplo:
União, etc.
(pode ser Por que devemos nos
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula substituído por: preocupar com o meio
quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. Por por qual motivo, ambiente?
Exemplo: Que por qual razão)
Todos amam sua pátria. Exemplo:
Equivalendo
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: a “pelo qual” Os motivos por que não
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. respondeu são desconhecidos.
Exemplos:
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade Exemplos:
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo Você ainda tem coragem de
Final de
Por perguntar por quê?
frases e seguidos
2) Utiliza-se inicial minúscula: Quê
de pontuação
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Você não vai? Por quê?
Exemplos:
carro, flor, boneca, menino, porta, etc. Não sei por quê!

b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. Exemplos:


Exemplos: Conjunção
janeiro, julho, dezembro, etc. A situação agravou-se
que indica
segunda, sexta, domingo, etc. porque ninguém reclamou.
explicação ou
primavera, verão, outono, inverno causa
Ninguém mais o espera,
Porque porque ele sempre se atrasa.
c) Nos pontos cardeais.
Exemplos: Conjunção de
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. Exemplos:
Finalidade –
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, equivale a “para
sudoeste. Não julgues porque não te
que”, “a fim de
julguem.
que”.
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os
Função de
pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. Exemplos:
Exemplos: substantivo
Nordeste (região do Brasil) – vem
Não é fácil encontrar o
acompanhado
Ocidente (europeu) Porquê porquê de toda confusão.
Oriente (asiático) de artigo ou
pronome
Dê-me um porquê de sua
Lembre-se: saída.
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
se letra minúscula.
1. Por que (pergunta)
Exemplo: 2. Porque (resposta)
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 3. Por quê (fim de frase: motivo)
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) 4. O Porquê (substantivo)

Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: Emprego de outras palavras


a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos: Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa
Crime e Castigo ou Crime e castigo nenhuma senão criticar.
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá
desta situação crítica.
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
nomes sagrados e que designam crenças religiosas. Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não
Exemplos: compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II pouco esta semana.
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria. Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios.
Traz - do verbo trazer.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
disciplinas. Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Exemplos: Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está
Português ou português vultuosa e deformada.
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas Questões
modernas
História do Brasil ou história do Brasil 01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou
Arquitetura ou arquitetura até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ ........................ praticar atividade física..........................benefícios
fono24.php para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas

Língua Portuguesa 6
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APOSTILAS OPÇÃO
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para consequentemente, colocando-as em prática na linguagem
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o escrita.
avanço da idade.
(Ciência Hoje, março de 2012) Regras básicas – Acentuação tônica

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e A acentuação tônica implica na intensidade com que são
respectivamente, com: pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de
(A) porque … trás … previnir forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
(B) porque … traz … previnir demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são
(C) porquê … tras … previnir denominadas de átonas.
(D) por que … traz … prevenir
(E) por quê … tráz … prevenir De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
como:
02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos, Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
talvez seja _____ chorou. última sílaba.
(A) porquê / porque; Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
(B) por que / porque;
(C) porque / por que; Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
(D) porquê / por quê; evidencia na penúltima sílaba.
(E) por que / por quê. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível

03. Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se


evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

Como podemos observar, mediante todos os exemplos


mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados,
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.

Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos


Considerando a ortografia e a acentuação da norma- em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e observar no exemplo a seguir:
respectivamente, preenchidas por:
(A) mal ... por que ... intuíto “Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”.
(B) mau ... por que ... intuito
(C) mau ... porque ... intuíto Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos;
(D) mal ... porque ... intuito os demais, como átonos (que, em, de).
(E) mal ... por quê ... intuito
Os Acentos Gráficos
04. Assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
a norma-padrão. sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.
corrupção e das fraudes. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
(A) a … concenso … acerca Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e
(D) a … consenso … há cerca “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
(E) há … consenço … a cerca Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
05. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
flexionadas de acordo com a norma-padrão. artigos e pronomes.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! derivadas de nomes próprios estrangeiros.
Ex.: mülleriano (de Müller)
Respostas
01. D/02. B/03. D/4-B/5-D til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
nasais.
2.2 - Emprego da acentuação Ex.: coração – melão – órgão – ímã
gráfica.
Regras fundamentais:

Palavras oxítonas:
Acentuação Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”,
“em”, seguidas ou não do plural(s):
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos 4-) Rubens vê tudo!
ou não de “s”. Eles veem tudo!
Ex.: pá – pé – dó – há
- Cuidado! Há o verbo vir:
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas Ele vem à tarde!
de lo, la, los, las. Eles vêm à tarde!
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
- i, is
táxi – lápis – júri Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
- us, um, uns seguidas do dígrafo nh:
vírus – álbuns – fórum ra-i-nha, ven-to-i-nha.
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
- ã, ãs, ão, ãos precedidas de vogal idêntica:
ímã – ímãs – órfão – órgãos xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com
essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim serão mais acentuadas. Ex.:
ficará mais fácil a memorização!
Antes Depois
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui
água – pônei – mágoa – jóquei
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do
Regras especiais: plural de:

Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), ele tem – eles têm
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com ele vem – eles vêm (verbo vir)
a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter,
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma deter, abster. 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são ele contém – eles contêm
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. ele obtém – eles obtêm
Ex.: ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm
Antes Agora
assembléia assembleia
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes
idéia ideia
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
jibóia jiboia
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
apóia (verbo apoiar) apoia
como:
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
ou não de “s”, haverá acento:
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex:
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
Ela pode fazer isso agora.
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
Antes Agora
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
bocaiúva bocaiuva
preposição por.
feiúra feiura
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”,
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”;
Ex.:
nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Antes Agora
Faço isso por você.
crêem creem
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
vôo voo
Questões
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
como antes: CRER, DAR, LER e VER.
A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
Repare:
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
1-) O menino crê em você
D) Não tem sílaba tônica.
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
02. Assinale a alternativa correta.
Todas leem bem!
A palavra faliu contém um:
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
A) hiato
Esperamos que os dados deem efeito!
B) dígrafo

Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO
C) ditongo decrescente falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
D) ditongo crescente
Observação:  o verbo pôr, assim como seus derivados
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver
mesmo motivo que: desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
A) túnel verbo: põe, pões, põem, etc.
B) voluntário
C) até Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
D) insólito Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos
E) rótulos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
04. Assinale a alternativa correta. radical do verbo: opino, aprendam,  nutro, por exemplo. Nas
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
paroxítonas terminadas em ditongo. na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente,
encontro consonantal e hiato. Classificação dos Verbos
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras
grifadas são paroxítonas. Classificam-se em:
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes a) Regulares:  são aqueles que possuem as desinências
destacadas são dígrafos. normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có- no radical.
lo-ga” e “a-ci-o-na”.
Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: b) Irregulares:  são aqueles cuja flexão provoca alterações
A) saúde no radical ou nas desinências.
B) cooperar Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse
C) ruim c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
D) creem completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
E) pouco
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
Respostas Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais).
3 - Tempos e modos verbais. Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
Verbo
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Verbo  é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros Era primavera quando a conheci.
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); Estava frio naquele dia.
ocorrência (nascer); desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as humorado”, usa-se o verbo  “amanhecer”  em sentido figurado.
possibilidades de flexão que esses verbos possuem. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Estrutura das Formas Verbais Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
apresentar os seguintes elementos: Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
a)  Radical:  é a parte invariável, que expressa o significado
essencial do verbo. Por exemplo: d) São impessoais, ainda:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis.
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 2. os verbos  bastar  e  chegar, seguidos da preposição  de,
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r indicando suficiência. Ex.: 
São três as conjugações: Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
1ª - Vogal Temática - A - (falar) 3. os verbos  estar  e  ficar  em orações tais como  Está bem,
2ª - Vogal Temática - E - (vender) Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,  sem referência
3ª - Vogal Temática - I - (partir) a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como  hipotético, tornando-se, tais verbos,
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o então, pessoais.
tempo e o modo do verbo. 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
Por exemplo: possível”. Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) Não deu para chegar mais cedo.
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) Dá para me arrumar uns trocados?

d)  Desinência número-pessoal:  é o elemento que designa - Unipessoais:  são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
plural). A fruta amadureceu.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) As frutas amadureceram.

Língua Portuguesa 9
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APOSTILAS OPÇÃO
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos f) Auxiliares
pessoais na linguagem figurada: São aqueles que entram na formação dos tempos
Teu irmão amadureceu bastante. compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
animais; eis alguns: nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
bramar: tigre                         
bramir: crocodilo   Vou                       espantar           as          moscas.
cacarejar: galinha (verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo)
coaxar: sapo
cricrilar: grilo Está                    chegando            a         hora     do    debate.
(verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                 
Os principais verbos unipessoais são:                    
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
ser (preciso, necessário, etc.). haver.
Cumpre  trabalharmos bastante. (Sujeito:  trabalharmos
bastante.) Conjugação dos Verbos Auxiliares
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.) SER - Modo Indicativo
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
conjunção que. Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
Faz  dez anos que deixei de fumar. (Sujeito:  que deixei de vós éreis, eles eram.
fumar.) Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. fomos, vós fostes, eles foram.
(Sujeito: que não vejo Cláudia) Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
fôramos, vós fôreis, eles foram.
- Pessoais:  não apresentam algumas flexões por motivos Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo: Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
contextos. vós sereis, eles serão.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas SER - Modo Subjuntivo
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
tempos, modos e pessoas. se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
d) Abundantes:  são aqueles que possuem mais de uma Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares Futuro Composto: tiver sido.
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas
curtas (particípio irregular). Observe: SER - Modo Imperativo
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
vós, sejam eles.
Anexar Anexado Anexo Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Dispersar Dispersado Disperso Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
Eleger Elegido Eleito sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
Envolver Envolvido Envolto SER - Formas Nominais
Imprimir Imprimido Impresso
Formas Nominais
Matar Matado Morto Infinitivo: ser
Morrer Morrido Morto Gerúndio: sendo
Particípio: sido
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
nós, serdes vós, serem eles.
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
em sua conjugação. ESTAR - Modo Indicativo
Por exemplo: 
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,
Ir Pôr Ser Saber eles estão.
vou ponho sou sei Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
vais pus és sabes estávamos, vós estáveis, eles estavam.
ides pôs fui soube Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
fui punha foste saiba esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
foste seja
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu

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APOSTILAS OPÇÃO
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles Futuro Composto: tiver havido.
estiveram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado Modo Imperativo
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão. hajam eles.
Futuro do Presente Composto: terei estado. Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam. Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
Futuro do Pretérito Composto: teria estado. ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo HAVER - Formas Nominais

Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam. haverdes, haverem.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se Infinitivo Pessoal: haver
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles Gerúndio: havendo
estivessem. Particípio: havido
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, TER - Modo Indicativo
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
estiverdes, quando eles estiverem. Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
Futuro Composto: Tiver estado. eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
estai vós, estejam eles. Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Formas Nominais Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
Infinitivo: estar teremos, vós tereis, eles terão.
Gerúndio: estando Futuro do Presente: terei tido.
Particípio: estado Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
ESTAR - Formas Nominais Futuro do Pretérito composto: teria tido.

Infinitivo Impessoal: estar TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
estarem. Modo Subjuntivo
Gerúndio: estando Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
Particípio: estado nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
HAVER - Modo Indicativo tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
hão. quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós Futuro Composto: tiver tido.
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele Modo Imperativo
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. tende vós, tenham eles.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
houveram. Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido. termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão. g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com
Futuro do Presente Composto: terei havido. os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam. acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio
Futuro do Pretérito Composto: teria havido. sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
Modo Subjuntivo verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós no radical do verbo. Por exemplo:
hajamos, que vós hajais, que eles hajam. Arrependi-me de ter estado lá.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
houvessem. pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
houverdes, quando eles houverem. expressa pelo radical do próprio verbo.  

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APOSTILAS OPÇÃO
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e Saindo  de casa, encontrei alguns amigos. (função de
respectivos pronomes):  advérbio)
Eu me arrependo  Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Tu te arrependes  Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
Ele se arrepende  na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Nós nos arrependemos  Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Vós vos arrependeis  Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
Eles se arrependem
- d) Particípio:  quando não é empregado na formação dos
 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito grau. Por exemplo:
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos Terminados os exames, os candidatos saíram.
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. (adjetivo verbal). Por exemplo:
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:  Maria
penteou-me. Tempos Verbais
 
Observações: Tomando-se como referência o momento em que se fala,
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função Veja:
sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes 1. Tempos do Indicativo
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, - Presente  - Expressa um fato atual. Por exemplo:
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, Eu estudo neste colégio.
exercem funções sintáticas. - Pretérito Imperfeito  - Expressa um fato ocorrido num
Por exemplo: momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto terminado. Por exemplo: Ele  estudava  as lições quando foi
direto) - 1ª pessoa do singular interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples)  -  Expressa um fato ocorrido
Modos Verbais num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo - Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
modos:  Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
Eu sempre estudo. antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já  tinha
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por estudado  as lições quando os amigos chegaram. (forma
exemplo: Talvez eu estude amanhã. composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
Imperativo  - indica uma ordem, um pedido. Por (forma simples)
exemplo: Estuda agora, menino. - Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Formas Nominais Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal,
advérbio), sendo por isso denominadas  formas nominais. os alunos já terão terminado o teste.
Observe:  - Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
- a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) - Futuro do Pretérito (composto)  -  Enuncia um fato que
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: viajado nas férias.
É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
2. Tempos do Subjuntivo
b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira: - Pretérito Imperfeito  -  Expressa um fato passado, mas
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) ele vencesse o jogo.
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles) em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Por exemplo: - Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
estudado bastante, não passou no teste.
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou - Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
advérbio. Por exemplo:  ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.

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APOSTILAS OPÇÃO
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que Presente do Subjuntivo
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
levará as encomendas. Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
futuro. Por exemplo:  Quando ele  tiver saído do hospital, nós o pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
visitaremos.
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
Presente do Indicativo 1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência cantE vendA partA E A Ø
pessoal cantES vendAS partAS E A S
CANTAR VENDER PARTIR cantE vendA partA E A Ø
cantO vendO partO O cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantaS vendeS parteS S cantEIS vendAIS partAIS E A IS
canta vende parte - cantEM vendAM partAM E A M
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
cantaM vendeM parteM M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
Pretérito Perfeito do Indicativo desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
pessoal tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
CANTAR VENDER PARTIR e pessoa correspondente.
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE 1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
cantoU vendeU partiU U 1ª /2ª e 3ª conj.
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS CANTAR VENDER PARTIR
cantaSTES vendeSTES partISTES STES cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
Pretérito mais-que-perfeito cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess. cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR - - Futuro do Subjuntivo
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M correspondente.

Pretérito Imperfeito do Indicativo 1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess.
1ª /2ª e 3ª conj.
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação CANTAR VENDER PARTIR
CANTAR VENDER PARTIR cantaR vendeR partiR Ø
cantAVA vendIA partIA cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantAVAS vendIAS partAS cantaR vendeR partiR R Ø
CantAVA vendIA partIA cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS cantaREM vendeREM PartiREM R EM
cantAVAM vendIAM partIAM
Imperativo
Futuro do Presente do Indicativo
Imperativo Afirmativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente
cantar ei vender ei partir ei do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
cantar ás vender ás partir ás plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm,
cantar á vender á partir á sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: 
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
cantar ão vender ão partir ão Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Futuro do Pretérito do Indicativo Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
CANTAR VENDER PARTIR Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS Imperativo Negativo
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS negação às formas do presente do subjuntivo.
cantarIAM venderIAM partirIAM

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APOSTILAS OPÇÃO
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo (D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito
Que eu cante --- está ligado a uma nova concepção de textualidade...
Que tu cantes Não cantes tu (E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar
Que ele cante Não cante você toda a literatura do mundo...
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós 05. Está adequada a correlação entre tempos e modos
Que eles cantem Não cantem eles verbais na frase:
(A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores
Observações: absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto dos
pequenos bons momentos.
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (B) Há até quem queira saber quem fosse o maior bandido
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido entre os que recebessem destaque nos popularescos programas
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se da TV.
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. (C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostam
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha aspirações
sede (vós). a ser metafísica.
(D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em
Infinitivo Impessoal conta nossa condição de mortais, não precisariam preocupar-se
com os degraus da notoriedade.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação (E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de grande
CANTAR VENDER PARTIR nos momentos felizes, menos precisaríamos nos preocupar com
conquistas superlativas.
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Respostas
CANTAR VENDER PARTIR 1-B / 2-C / 3-E / 4-B / 5-E
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
4 - Colocação e emprego dos
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS pronomes.
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
Colocação dos Pronomes Oblíquos
Questões Átonos

01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a referem.
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
do texto. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
(A) sejam … mantesse lhes, nos e vos.
(B) sejam … mantivessem O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
(C) sejam … mantém oração em relação ao verbo:
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm 1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução
verbal em destaque expressa ação Próclise
(A) concluída.
(B) atemporal. A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
(C) contínua. - Palavras com sentido negativo:
(D) hipotética. Nada me faz querer sair dessa cama.
(E) futura. Não se trata de nenhuma novidade.

03. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-- - Advérbios:


se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, Nesta casa se fala alemão.
diante da pergunta “débito ou crédito?”. Nesse contexto, o verbo Naquele dia me falaram que a professora não veio.
estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. - Pronomes relativos:
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
(C) adotar como referência de qualidade. Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. - Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
04. Assinale a alternativa contendo a frase do texto na qual a Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
expressão verbal destacada exprime possibilidade.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema - Pronomes demonstrativos:
capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias... Isso me deixa muito feliz!
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo
virtual. - Preposição seguida de gerúndio:
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
associação, e não mais por sequências fixas previamente indicado à pesquisa escolar.
estabelecidas.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Conjunção subordinativa: (D) Quem explicou às crianças as histórias de seus
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de
Ênclise um museu virtual – Lhes vinham perguntando.

A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não 04. A substituição do elemento grifado pelo pronome
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
ênclise vai acontecer quando: (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
Amem-se uns aos outros. (D) que desviava a água = que lhe desviava
Sigam-me e não terão derrotas. (E) supriam a necessidade = supriam-na

- O verbo iniciar a oração: Respostas


Diga-lhe que está tudo bem. 01. D/02. E/03. C/04. D
Chamaram-me para ser sócio.
5 - Coordenação e
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
“a”: subordinação.
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
Período
- O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um
despreocupada. período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de
Despediu-se, beijando-me a face. interrogação ou com reticências.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: absoluta; o período é composto quando traz mais de uma
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração
mesmo instante. absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.)
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
futuro do presente ou no futuro do pretérito: locuções verbais nele existentes. Exemplos:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
realizará) Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
proposta a você) oração)
Fontes: Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php verbais, duas orações)
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.
htm Há três tipos de período composto: por coordenação, por
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
Questões tempo (também chamada de misto).

01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição Período Composto por Coordenação – Orações
de estrutura nominal por pronome em: Coordenadas
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
lhes antecipadamente. Considere, por exemplo, este período composto:
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos
verbo fabricar se extraiu-lhe. de infância.
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. 1ª oração: Passeamos pela praia
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de 2ª oração: brincamos
conhecê-las. 3ª oração: recordamos os tempos de infância
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. As três orações que compõem esse período têm sentido
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática:
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser sintaticamente.
(A) Basta apresenta-lo. As orações independentes de um período são chamadas
(B) Basta apresentar-lhe. de orações coordenadas (OC), e o período formado só de
(C) Basta apresenta-lhe. orações coordenadas é chamado de período composto por
(D) Basta apresentá-la. coordenação.
(E) Basta apresentá-lo. As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
sindéticas.
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
norma-padrão? não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
conhecia-o OCA OCA OCA
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá
– tinha encontrado-o. “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no Assis)
Museu – relatá-las-ão.

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APOSTILAS OPÇÃO
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
(Antônio Olavo Pereira) OCA OCS Explicativa
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção
(Coelho Neto) que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm explicativa.
introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
O homem saiu do carro / e entrou na casa. Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.
OCA OCS “A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico
Veríssimo)
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas Questões
que as introduzem. Pode ser:
01. Relacione as orações coordenadas por meio de
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... conjunções:
mas também, não só... mas ainda. (A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram.
Saí da escola / e fui à lanchonete. (B) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
OCA OCS Aditiva (C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
  
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção 02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. (A) causa
(B) explicação
A doença vem a cavalo e volta a pé. (C) conclusão
As pessoas não se mexiam nem falavam. (D) proporção
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até (E) comparação
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”  
(Machado de Assis) 03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, sublinhada pode indicar uma ideia de:
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. (A) concessão
(B) oposição
Estudei bastante / mas não passei no teste. (C) condição
OCA OCS Adversativa (D) lugar
(E) consequência
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção   
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por 04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem,
uma conjunção coordenativa adversativa. entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
1. Correu demais, ... caiu.
A espada vence, mas não convence. 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles) 3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, detalhes.
por isso, pois, logo. 5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.

Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. (A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
OCA OCS Conclusiva (B) por isso, porque, mas, portanto, que
(C) logo, porém, pois, porque, mas
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção (D) porém, pois, logo, todavia, porque
que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração (E) entretanto, que, porque, pois, portanto
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
05. Reúna as três orações em um período composto por
Vives mentindo; logo, não mereces fé. coordenação, usando conjunções adequadas.
Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
Os dias já eram quentes.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou, A água do mar ainda estava fria.
ora... ora, seja... seja, quer... quer. As praias permaneciam desertas.

Seja mais educado / ou retire-se da reunião! Respostas


OCA OCS Alternativa 01.
Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram.
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção  
coordenativa alternativa. 02. E\03. C\04. B

Venha agora ou perderá a vez. 05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda estava
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de fria, por isso as praias permaneciam desertas.
Assis)
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço Período Composto por Subordinação
muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.” Observe os termos destacados em cada uma destas orações:
(Luís Jardim) Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Todos querem sua participação. (objeto direto)
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
porque, pois, porquanto. causa)

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APOSTILAS OPÇÃO
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em - Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
orações com a mesma função sintática: que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
com função de adjunto adnominal) Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
Todos querem / que você participe. (oração subordinada OP OSA Temporal
com função de objeto direto)
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração Formiga, quando quer se perder, cria asas.
subordinada com função de adjunto adverbial de causa) “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês
certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, de Maricá)
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo Enquanto foi rico, todos o procuravam.
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a - Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de
é classificado como período composto por subordinação. As que, porque (=para que), que.
orações subordinadas são classificadas de acordo com a função Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas. OP OSA Final

Orações Subordinadas Adverbiais “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá)
As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa para que)
que as introduz: “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração para que não deixasse)
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
visto que. - Consecutivas: Expressam a consequência do que foi
Não fui à escola / porque fiquei doente. enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (=
OP OSA Causal porque), pois que, visto que.
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
O tambor soa porque é oco. OP OSA Consecutiva
Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José
Sousa) J. Veiga)
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, prolongar minha viagem.
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
Irei à sua casa / se não chover. - Comparativas: Expressam ideia de comparação com
OP OSA Condicional referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos menos ou mais).
ofensores. Ela é bonita / como a mãe.
Se o conhecesses, não o condenarias. OP OSA Comparativa
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de
Andrade) A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência (Marquês de Maricá)
tenha êxito. Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais daquele olhar.
que, mesmo que.
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
OP OSA Concessiva claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que subentendido o verbo ser (como a mãe é).
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona
Embora não possuísse informações seguras, ainda assim proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
arriscou uma opinião. Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando mais, quanto menos.
ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
Por mais que gritasse, não me ouviram. OSA Proporcional OP

- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato À medida que se vive, mais se aprende.


com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
OP OSA Conformativa diminuindo.

O homem age conforme pensa. Orações Subordinadas Substantivas


Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação. que, num período, exercem funções sintáticas próprias de
substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se. Elas podem ser:

Língua Portuguesa 17
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APOSTILAS OPÇÃO
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração do país. (aposto)
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do
O grupo quer / que você ajude. país.
OP OSS Objetiva Direta OP OSS Apositiva

O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
mestre exigia a presença de todos.) coisa: a sua felicidade)
Mariana esperou que o marido voltasse. Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de
O fiscal verificou se tudo estava em ordem. que virias a morrer...” (Osmã Lins)
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É oculto?” (Machado de Assis)
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-
principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto) pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração
Necessito / de que você me ajude. principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a
OP OSS Objetiva Indireta saúde, tornou-se realidade.

Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua Observação: Além das conjunções integrantes que e se,
viagem.) as orações substantivas podem ser introduzidas por outros
Aconselha-o a que trabalhe mais. conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
Daremos o prêmio a quem o merecer. Não sei quando ele chegou.
Lembre-se de que a vida é breve. Diga-me como resolver esse problema.

- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela Orações Subordinadas Adjetivas


que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
Observe: É importante sua colaboração. (sujeito) As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem
É importante / que você colabore. a função de adjunto adnominal de algum termo da oração
OP OSS Subjetiva principal. Observe como podemos transformar um adjunto
adnominal em oração subordinada adjetiva:
A oração subjetiva geralmente vem: Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que adjetiva)
ele voltará amanhã.
- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem
- depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, ser classificadas em:
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem - Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas
da reunião. quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se
referem. Exemplo:
É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
necessária.) OP OSA Restritiva
Parece que a situação melhorou.
Aconteceu que não o encontrei em casa. Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Importa que saibas isso bem. o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar.
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal:
É aquela que exerce a função de complemento nominal de um Pedra que rola não cria limo.
termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua Os animais que se alimentam de carne chamam-se
inocência. (complemento nominal) carnívoros.
Estou convencido / de que ele é inocente. Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
OP OSS Completiva Nominal escreveram.
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão Mariano)
dele.) - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas
Estava ansioso por que voltasses. quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
Sê grato a quem te ensina. referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.” restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
(Graciliano Ramos) O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
novo livro.
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela OP OSA Explicativa OP
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal,
vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua Deus, que é nosso pai, nos salvará.
felicidade. (predicativo) Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
O importante é / que você seja feliz. Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
OP OSS Predicativa Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.

Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) Orações Reduzidas
Minha esperança era que ele desistisse. Observe que as orações subordinadas eram sempre
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
Não sou quem você pensa. apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que se apresentam com o verbo numa das formas nominais
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês. Questões
(infinitivo)
- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava
- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. para ser mãe”, a oração destacada é:
(particípio) (A) subordinada substantiva objetiva indireta
(B) subordinada substantiva completiva nominal
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das (C) subordinada substantiva predicativa
formas nominais são chamadas de reduzidas. (D) coordenada sindética conclusiva
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, (E) coordenada sindética explicativa
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos
a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e 02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada.
passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo, Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação realidade.” A oração sublinhada é:
da oração desenvolvida. (A) adverbial conformativa
(B) adjetiva
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. (C) adverbial consecutiva
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês. (D) adverbial proporcional
OSA Temporal (E) adverbial causal
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal,
reduzida de infinitivo. 03.“Esses produtos podem ser encontrados nos
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características
Precisando de ajuda, telefone-me. adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos
Se precisar de ajuda, / telefone-me. mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de
OSA Condicional consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial verbal reduzida adequadamente desenvolvida em
condicional, reduzida de gerúndio. (A) para se encaixarem.
(B) para seu encaixotamento.
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. (C) para que se encaixassem.
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o (D) para que se encaixem.
vestiário. (E) para que se encaixariam.
OSA Temporal
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, 04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
reduzida de particípio. oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das
orações seguintes?
Observações: (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
(B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de (C) O aluno fez-se passar por doutor.
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas (D) Precisa-se de operários.
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de (E) Não sei se o vinho está bom.
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
cidade. 05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem oração sublinhada é:
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. (A) subordinada substantiva completiva nominal
Exemplos: (B) subordinada substantiva objetiva indireta
Preciso terminar este exercício. (C) subordinada substantiva predicativa
Ele está jantando na sala. (D) subordinada substantiva subjetiva
Essa casa foi construída por meu pai. (E) subordinada substantiva objetiva direta  
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
reduzida. Exemplo: Respostas
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. 01. B\02. A\03. D\04. E\05. B
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
coordenada sindética aditiva)
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de 6 - Pontuação.
gerúndio.
Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas
e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser
iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a Pontuação
diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome
indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
oração principal, que traz o efeito. para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. portuguesa.
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por
coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. Ponto
Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito. - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O se encontra.
período agora é composto por coordenação, pois a oração - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou
na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela
ter chorado. 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
OP OSA Comparativa OSA Condicional

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APOSTILAS OPÇÃO
Ponto e Vírgula ( ; ) A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma despertou reações entre os empresários.
importância. adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
-  “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de Usa-se a vírgula:
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
- Para marcar intercalação:
2- Separa partes de frases que já estão separadas por a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
vírgulas. vem caindo de preço.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
e cobertor. produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir
decreto de lei, etc. mão dos lucros altos.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola; - Para marcar inversão:
- Caminhada na praia; a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Reunião com amigos. Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
Dois pontos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
1- Antes de uma citação c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: de 1982.

2- Antes de um aposto - Para separar entre si elementos coordenados (dispostos


- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde em enumeração):
e calor à noite. Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
rotina de sempre. Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

4- Em frases de estilo direto - Para isolar:


 Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão? - o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um
Ponto de Exclamação trânsito caótico.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc. - o vocativo:
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! Ora, Thiago, não diga bobagem.

2- Depois de interjeições ou vocativos Questões


- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo! 01. Assinale a alternativa em que a pontuação está
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da
Ponto de Interrogação língua portuguesa.
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo) experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou
Reticências a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
1- Indica que palavras foram suprimidas. ajudar a revelar quem era a sua dona.
- Comprei lápis, canetas, cadernos... (B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou
2- Indica interrupção violenta da frase. a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
- Este mal... pega doutor? a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito (D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
- Deixa, depois, o coração falar... experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
Vírgula ajudar a revelar quem era a sua dona.
Não se usa vírgula (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
diretamente entre si: a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala    foram advertidos.  02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
Sujeito                            predicado ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
da frase abaixo:
b) entre o verbo e seus objetos. “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.  ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
             V.T.D.I.              O.D.                      O.I. oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
adnominal. C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;

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APOSTILAS OPÇÃO
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha
03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente a função de subordinado. 
em: Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-
A) Duas explicações, do treinamento para consultores se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de chegou
vendas associadas aos dois temas. Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do
B) Duas explicações do treinamento para consultores singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção (ele).  Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram
de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de atrasados.
vendas associadas aos dois temas. Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
C) Duas explicações do treinamento para consultores Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos: 
vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores Casos referentes a sujeito simples
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o
de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 
vendas associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, do treinamento para consultores 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de singular:  A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
vendas associadas aos dois temas. Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
regência nominal e à pontuação. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas,
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de,
outros. uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em que a segue: A  maioria  dos alunos  resolveu  ficar.   A maioria
outros. dos alunos resolveram ficar.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais 4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
outros. concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
outros. 5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais um candidato se inscreveu no concurso de piadas.  
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em Observação:
outros. - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um
após o acréscimo das vírgulas. aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira doação de alimentos. 
instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
ou acione o código na internet. de formatura. 
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
código foi acionado. 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi  um dos
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a que atuaram na Copa América.
criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro 7) Em casos relativos à concordância com locuções
às, areias do Guarujá. pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos
de quem a encontrou e informar um ponto de referência atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural,
Resposta o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
1-C 2-C 3-B 4-D 5-E concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos.
/ Alguns de nós o receberão.
7 - Concordância verbal e - Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
nominal. no singular, o verbo permanecerá, também, no singular:  Algum
de nós o receberá.  

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome


Concordância Verbal “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos Fomos nós  quem  contou  toda a verdade para ela. / Fomos
referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo nós quem contamos toda a verdade para ela.

Língua Portuguesa 21
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APOSTILAS OPÇÃO
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / breve, o ultrapassará.
Em casa sou eu que decido tudo.    (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
10) No caso de o sujeito aparecer representado por (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o comê-las sem receio!
numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:    (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% janela do hotel!
do eleitorado apoiou a decisão.
Observações: 02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos
a decisão da diretoria 50% dos funcionários.      nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.   de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações
cotidianas com os outros.
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.  Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato
de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna.
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um
pessoa do singular ou do plural:  Vossas Majestades gostaram das universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela
homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.   vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao
vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo alguma coisa que também quer se expressar.
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos Os cachorros são uma constante fonte de diversão para
que os determinam: nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima
este permanece no singular, contanto que o predicativo também do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os
esteja no singular:  Memórias póstumas de Brás Cubas  é  uma cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
criação de Machado de Assis.    coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que
permanece no plural: Os  Estados Unidos  são  uma potência as sentem.
mundial. (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis,
aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma 2005. p 250)
potência mundial. 
A frase em que se respeitam as normas de concordância
Casos referentes a sujeito composto verbal é:
(A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas atraem.
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos
relacionado a dois pressupostos básicos: atraem.
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. nos atraem.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos
flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. atraem.
Tu e ele são primos. (E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros
nos atraem.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois 03. Uma pergunta
filhos compareceram ao evento.   Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador
no plural: Compareceram  ao evento  o pai e seus dois filhos. e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. decisão: - Quem sofrerá?
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com considerar.
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: (Salvador Nicola, inédito)
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
mundo. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. peso de suas mais graves decisões.
/ Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de (C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer)
meu esforço. tomar decisões sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar)
Questões sobrevir consequências imprevistas e injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
alternativa? humana.

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APOSTILAS OPÇÃO
04. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas
com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa geral mostrada acima.
(animal) é um fenômeno não tão comum no Universo.
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo a) Um adjetivo após vários substantivos
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até ou concorda com o substantivo mais próximo.
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
o que, se não permite estimar o número de civilizações
extra terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas 2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
expectativas. plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da - Ela tem pai e mãe louros.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos - Ela tem pai e mãe loura.
complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência?
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais 3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
matemático do que biológico: complexidade engendra para o plural.
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre - O homem e o menino estavam perdidos.
espécies cujo subproduto é a inteligência. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade 1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se próximo.
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o Comi delicioso almoço e sobremesa.
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as Provei deliciosa fruta e suco.
chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. 2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
(Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
28/10/2012) Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.
A frase em que as regras de concordância estão plenamente
respeitadas é: c) Um substantivo e mais de um adjetivo
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, 1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. 2- coloca o substantivo no plural.
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de
criatividade e planejamento. d) Pronomes de tratamento
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia 1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar Vossa Santidade esteve no Brasil.
a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência 1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. As cartas estão anexas.
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um A bebida está inclusa.
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a Precisamos de nomes próprios.
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. Obrigado, disse o rapaz.

05. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
concordância verbal está correta em: 1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois singular e o adjetivo no plural.
acabou os créditos. Renato advogou um e outro caso fáceis.
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
que executa diversos serviços para os clientes.
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para g) É bom, é necessário, é proibido
os passageiros que chegavam à cidade. 1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas precedido de artigo ou outro determinante.
lembranças que seu tio lhe deixou. Canja é bom. / A canja é boa.
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
para bater um papo com o motorista. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
é proibida.
Respostas
01. C\02. A\03. C\04. E\05. C h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Concordância Nominal Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos Os sapatos estavam caros.
demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 2- Como advérbios: são invariáveis.
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos Comi muito durante a viagem.
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
concordam em gênero e número com o substantivo. i) Mesmo, bastante
- A pequena criança é uma gracinha. 1- Como advérbios: invariáveis

Língua Portuguesa 23
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APOSTILAS OPÇÃO
Preciso mesmo da sua ajuda. 04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. parênteses.
(A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
2- Como pronomes: seguem a regra geral. necessária)
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
bastantes)
j) Menos, alerta (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
1- Em todas as ocasiões são invariáveis. (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
Preciso de menos comida para perder peso. (meio/ meia)
Estamos alerta para com suas chamadas.
05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:
k) Tal Qual (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre o
consequente. assunto.
As garotas são vaidosas tais qual a tia. (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. criança viciadas.
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
l) Possível parentes.
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” Respostas
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs. 01. D\02. D\03. B
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da 04. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio
cidade.
05. C
m) Meio
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura. 8 - Regência verbal e nominal.
2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.

n) Só Regência Verbal e Nominal


1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem. Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que
2- sozinho (adjetivo): variável. ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
Estiveram sós durante horas. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando
frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido
Questões desejado, que sejam corretas e claras.

01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou Regência Verbal


nominal:
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. Termo Regente:  VERBO
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
(C) Alguma solução é necessária, e logo! os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
não pode prosperar. capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. conhecermos as diversas significações que um verbo pode
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. 
Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter Observe:
certa autonomia econômica. A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de prazer”, satisfazer.
gênero, número ou pessoa):
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
diferença.” “agradar a alguém”.
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às Saiba que:
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. O conhecimento do uso adequado das preposições é um
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
longe... também nominal). As preposições são capazes de modificar
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
compreensivo. exemplos:
Cheguei ao metrô.
03. A concordância nominal está INCORRETA em: Cheguei no metrô.
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
envolvimento da empresa. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei
desnecessária. no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é
e a campanha. muito comum existirem divergências entre a regência coloquial,
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
desnecessárias.

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APOSTILAS OPÇÃO
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é quem” ou “ao que” se responde.
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes Respondi ao meu patrão.
formas em frases distintas. Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Verbos Intransitivos Obs.:  o verbo  responder, apesar de transitivo indireto
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos analítica. Veja:
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. O questionário foi respondido corretamente.
a) Chegar, Ir Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais d) Simpatizar e  Antipatizar - Possuem seus complementos
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para introduzidos pela preposição “com”.
indicar destino ou direção são: a, para. Antipatizo com aquela apresentadora.
Fui ao teatro. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
      Adjunto Adverbial de Lugar para uma minoria privilegiada.

Ricardo foi para a Espanha. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


                  Adjunto Adverbial de Lugar Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados
b) Comparecer de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido grupo:
por em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Agradecer, Perdoar e Pagar
jogo. São verbos que apresentam objeto direto
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
Verbos Transitivos Diretos Veja os exemplos:
Os verbos transitivos diretos são complementados por Agradeço    aos ouvintes         a audiência.
objetos diretos. Isso significa que  não  exigem preposição  para                    Objeto Indireto      Objeto Direto
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses Cristo ensina que é preciso perdoar     o pecado        ao pecador.
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,                                                                  Obj. Direto       Objeto Indireto
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir Paguei      o débito        ao cobrador.
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r,                Objeto Direto      Objeto Indireto
-s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em
sons nasais), enquanto  lhe e lhes são, quando complementos - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
verbais, objetos indiretos. particular cuidado. Observe:
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, Agradeci o presente. / Agradeci-o.
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, Paguei minhas contas. / Paguei-as.
socorrer, suportar, ver, visitar. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o
verbo amar: Informar
Amo aquele rapaz. / Amo-o. - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Amo aquela moça. / Amo-a. indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Informe os novos preços aos clientes.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
preços)
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para
indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). - Na utilização de pronomes como complementos,  veja as
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) construções:
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
eles)
Verbos Transitivos Indiretos Obs.: a mesma regência do verbo  informar é usada  para os
Os verbos transitivos indiretos são complementados por seguintes:  avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma
preposição  para o estabelecimento da relação de regência. Comparar
Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para preposições  “a”  ou  “com” para introduzir o complemento
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como indireto.
complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes
oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos Pedir
pronomes átonos lhe, lhes.  Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma
de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Pedi-lhe                 favores.
a) Consistir - Tem complemento introduzido pela Objeto Indireto    Objeto Direto
preposição “em”.                                      
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para Pedi-lhe                     que mantivesse em silêncio.
todos. Objeto Indireto           Oração Subordinada Substantiva
b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos                                                            Objetiva Direta
introduzidos pela preposição “a”.
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Saiba que:
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 1) A construção  “pedir para”,  muito comum na linguagem
c) Responder - Tem complemento introduzido pela cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No

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APOSTILAS OPÇÃO
entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver CHAMAR
subentendida. 1)  Chamar  é transitivo direto no sentido de  convocar,
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. solicitar a atenção ou a presença de.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
ir entregar-lhe os catálogos em casa).
2) A construção  “dizer para”,  também muito usada 2)  Chamar  no sentido de  denominar, apelidar  pode
popularmente, é igualmente considerada incorreta. apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
preposicionado ou não.
Preferir A torcida chamou o jogador mercenário.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto A torcida chamou ao jogador mercenário.
indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo: A torcida chamou o jogador de mercenário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Prefiro trem a ônibus.
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem CUSTAR
termos intensificadores, tais como:  muito, antes, mil vezes, um 1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
no próprio verbo (pre). Frutas e verduras não deveriam custar muito.

Mudança de Transitividade versus Mudança de 2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
Significado transitivo indireto.
Muito custa          viver tão longe da família.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade,             Verbo   Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
apresentam mudança de significado. O conhecimento das        Intransitivo                       Reduzida de Infinitivo
diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico
muito importante, pois além de permitir a correta interpretação Custa-me (a mim)  crer que tomou realmente aquela atitude.
de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a         Objeto                 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:         Indireto                                     Reduzida de Infinitivo

AGRADAR Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que


1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa.
acariciar. Observe o exemplo abaixo:
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Custei para entender o problema. 
quando o revê. Forma correta: Custou-me entender o problema.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia
não perde oportunidade de agradá-lo. IMPLICAR
1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado
a, satisfazer, ser agradável a.  Rege complemento introduzido a) dar a entender, fazer supor, pressupor
pela preposição “a”. Suas atitudes implicavam um firme propósito.
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou. b)  Ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar
ASPIRAR Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar povo.
(o ar), inalar.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) 2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
envolver
2)  Aspirar  é transitivo indireto no sentido de  desejar, ter Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
como ambição.
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
elas) indireto e rege com preposição “com”.
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe”
e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”.  Veja o PROCEDER
exemplo: 1)  Proceder  é intransitivo no sentido de  ser decisivo,
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir.  Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de
ASSISTIR adjunto adverbial de modo.
1)  Assistir  é transitivo direto no sentido de  ajudar, prestar As afirmações da testemunha procediam, não havia como
assistência a, auxiliar. Por Exemplo: refutá-las.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. Você procede muito mal.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição”
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, de”) e  fazer, executar  (rege complemento introduzido pela
estar presente, caber, pertencer. preposição “a”) é transitivo indireto.
O avião procede de Maceió.
Exemplos: Procedeu-se aos exames.
Assistimos ao documentário. O delegado procederá ao inquérito.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino. QUERER
Obs.: no sentido de  morar, residir,  o verbo  “assistir”  é 1)  Querer  é transitivo direto no sentido de  desejar, ter
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar vontade de, cobiçar.
introduzido pela preposição “em”. Querem melhor atendimento.
Assistimos numa conturbada cidade. Queremos um país melhor.

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APOSTILAS OPÇÃO
2)  Querer  é transitivo indireto no sentido de  ter afeição, Obedecer a algo/ a alguém.
estimar, amar. Obediente a algo/ a alguém.
Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
Despede-se o filho que muito lhe quer. da preposição ou preposições que os regem. Observe-os
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
VISAR nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
1)  Como transitivo direto, apresenta os sentidos de  mirar,
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Substantivos
O homem visou o alvo. Admiração a, por
O gerente não quis visar o cheque. Devoção a, para, com, por
Medo a, de
2)  No sentido de  ter em vista, ter como meta, ter como Aversão a, para, por
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Doutor em
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Obediência a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Atentado a, contra
público. Dúvida acerca de, em, sobre
Questões Ojeriza a, por
Bacharel em
01. Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego Horror a
correto da regência do verbo, EXCETO: Proeminência sobre
(A) Faço entrega em domicílio. Capacidade de, para
(B) Eles assistem o espetáculo. Impaciência com
(C) João gosta de frutas. Respeito a, com, para com, por
(D) Ana reside em São Paulo.
(E) Pedro aspira ao cargo de chefe. Adjetivos
Acessível a
02. Assinale a opção em que o verbo Diferente de
chamar é empregado com o mesmo sentido que Necessário a
apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Acostumado a, com
Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”: Entendido em
(A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; Nocivo a
(B) bateram à porta, chamando Rodrigo; Afável com, para com
(C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; Equivalente a
(D) o chefe chamou-os para um diálogo franco; Paralelo a
(E) mandou chamar o médico com urgência. Agradável a
Escasso de
03. A regência verbal está correta na alternativa: Parco em, de
(A) Ela quer namorar com o meu irmão. Alheio a, de
(B) Perdi a hora da entrevista porque fui à pé. Essencial a, para
(C) Não pude fazer a prova do concurso porque era de menor. Passível de
(D) É preferível ir a pé a ir de carro. Análogo a
Fácil de
04. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado Preferível a
com regência certa, exceto em: Ansioso de, para, por
(A) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera. Fanático por
(B) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz. Prejudicial a
(C) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso; Apto a, para
(D) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do Favorável a
mágico; Prestes a
(E) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos. Ávido de
Generoso com
05. A regência verbal está INCORRETA em: Propício a
(A) Proibiram-no de fumar. Benéfico a
(B) Ana comunicou sua mudança aos parentes mais íntimos. Grato a, por
(C) Prefiro Português a Matemática. Próximo a
(D) A professora esqueceu da chave de sua casa no carro da Capaz de, para
amiga. Hábil em
(E) O jovem aspira à carreira militar. Relacionado com
Compatível com
Respostas Habituado a
01. B\02. A\03. D\04. B\05. D Relativo a
Contemporâneo a, de
Regência Nominal Idêntico a
   
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, Advérbios
adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa Longe de Perto de
relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo
da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes Obs.: os advérbios terminados em  -mente tendem a seguir
apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, paralelamente a; relativa a; relativamente a.
conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo  obedecer  e os nomes correspondentes: todos regem Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja:

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APOSTILAS OPÇÃO
Questões Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
01. Assinale a alternativa em que a preposição “a” não deva No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
ser empregada, de acordo com a regência nominal. algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
(A) A confiança é necessária ____ qualquer relacionamento. ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
(B) Os pais de Pâmela estão alheios ____ qualquer decisão. (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição  “a”.
(C) Sirlene tem horror ____ aves. Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
(D) O diretor está ávido ____ melhores metas. feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já
(E) É inegável que a tecnologia ficou acessível ____ toda especificados.
população. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto...... 1-) diante de substantivos masculinos:
simpatia. Andamos a cavalo.
(A) a, por, menos Fomos a pé.
(B) do que, por, menos
(C) a, para, menos 2-) diante de  verbos no infinitivo:
(D) do que, com, menos A criança começou a falar.
(E) do que, para, menos Ela não tem nada a dizer.

03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
seguidos pela mesma preposição: exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
(A) ávido, bom, inconsequente
(B) indigno, odioso, perito 3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de
(C) leal, limpo, oneroso tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
(D) orgulhoso, rico, sedento Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
(E) oposto, pálido, sábio Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
04. “As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir
Aracaju,........coração bate de noite, no silêncio”. A opção que Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
completa corretamente as lacunas da frase acima é: podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
(A) as quais, de cujo por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao,
(B) a que, no qual ocorrerá crase. Por exemplo:
(C) de que, o qual
(D) às quais, cujo Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
(E) que, em cujo Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
05. Com relação à Regência Nominal, indique a alternativa Cláudio para sair mais cedo.)
em que esta foi corretamente empregada.
(A) A colocação de cartazes na rua foi proibida. 4-) diante de numerais cardinais:
(B) É bom aspirar ao ar puro do campo. Chegou a duzentos o número de feridos
(C) Ele foi na Grécia. Daqui a uma semana começa o campeonato.
(D) Obedeço o Código de Trânsito.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
Respostas
01. D\02. A\03. D\04. D\05. A 1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
8.1 - Emprego do sinal indicativo Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
de crase. Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Crase
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
A palavra crase é de origem grega e significa «fusão», (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
«mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção» O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para
indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da 3-) na indicação de horas:
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, Acordei às sete horas da manhã.
para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos Elas chegaram às dez horas.
e nomes que exigem a preposição  “a”. Aprender a usar a Foram dormir à meia-noite.
crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.  4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
Observe: que participam palavras femininas. Por exemplo:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja. à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
No exemplo acima, temos a ocorrência da
preposição  “a”,  exigida pelo verbo  ir (ir a algum lugar) e a à vontade à beça à larga à escuta
ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo às avessas à revelia à exceção de à imitação de
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe à esquerda às turras às vezes à chave
os outros exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO
Veja outros exemplos:
à direita à procura à deriva à toa
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
à proporção Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
à luz à sombra de à frente de
que Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam
responder nenhuma das questões.
à
A sessão à qual assisti estava vazia.
semelhança às ordens à beira de
de
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
Crase diante de Nomes de Lugar
A ocorrência da crase com o pronome
demonstrativo “a” também pode ser detectada através da
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
substituição do termo regente feminino por um termo regido
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
masculino. 
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
Veja:
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
Minha revolta é ligada à do meu país.
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo
Meu luto é ligado ao do meu país.
regente por um verbo que peça a preposição  “de”  ou  “em”. A
As orações são semelhantes às de antes.
ocorrência da contração  “da”  ou  “na”  prova que esse nome de
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
Suas perguntas são superiores às dele.
Por exemplo:
Seus argumentos são superiores aos dele.
Vou  à  França. (Vim  da [de+a] França. Estou  na [em+a]
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
França.)
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
A Palavra Distância
Vou  a  Porto Alegre. (Vim  de Porto Alegre. Estou em Porto
Alegre.) 
Se a palavra  distância  estiver especificada, determinada, a
crase deve ocorrer.
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A
Por exemplo:
volto DE, crase PRA QUÊ?”
Sua casa fica  à  distância de 100 Km daqui. (A palavra está
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
determinada)
Vou à praia. = Volto da praia.
Todos devem ficar  à  distância de 50 metros do palco. (A
palavra está especificada.)
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja:
Se a palavra  distância  não estiver especificada, a
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. =
crase não pode ocorrer. 
mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Por exemplo:
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
Ensinou a distância.
Aquela (s), Aquilo
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade,
Refiro-me a + aquele atentado. pode-se usar a crase.
Veja:
Preposição Pronome Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Refiro-me àquele atentado. Dizem que aquele médico cura à distância.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo: 1-) diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes
Aluguei aquela casa. próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Veja outros exemplos: Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
Quero agradecer àqueles que me socorreram. escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a
Roberto.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao
Roberto.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes 2-) diante de pronome possessivo feminino:
exigir a preposição  «a»,  haverá crase. É possível detectar a Observação: é facultativo o uso da crase diante de
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
termo regido feminino por um termo regido masculino.  artigo. Observe:
Por exemplo: Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. esperando por você.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está
esperando por você.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.

Língua Portuguesa 29
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APOSTILAS OPÇÃO
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Sua
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por afinidades.
frases abaixo das seguintes formas: É como, na vida, se faz um amigo.
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho − para que
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
reproduzidos uns dos outros.
3-) depois da preposição até: Mas acontece que há também autores xerox, que nos invadem
Fui até a praia. ou Fui até à praia. com aqueles seus best-sellers...
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta. Será tudo isto uma causa ou um efeito?
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já foi
A palestra vai até às cinco horas da tarde. civilizado.

Questões (Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1.


ed., 2005. p. 654)
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades festiva e efervescente.
e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o
questões de saúde pública como programas de esclarecimento segmento grifado for substituído por:
e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração A) leitura apressada e sem profundidade.
desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico B) cada um de nós neste formigueiro.
ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa C) exemplo de obras publicadas recentemente.
própria família? D) uma comunicação festiva e virtual.
E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo,
17.09.2012. Adaptado) 05. O Instituto Nacional de Administração Prisional
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
respectivamente, com: lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
(A) aos … à … a … a liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
(B) aos … a … à … a vida digna.
(C) a … a … à … à (Disponível em:
(D) à … à … à … à www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_
(E) a … a … a … a ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado)

02. Leia o texto a seguir. Assinale a alternativa que preenche, correta e


Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do padrão da língua portuguesa.
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu- A) à … à … à
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o B) a … a … à
que fez. C) a … à … à
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de D) à … à ... a
Janeiro: Globo, 1997, p. 6) E) a … à … a

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na Respostas


ordem dada: 1-B / 2-A / 3-B / 4-A / 5-D
A) à – a – a
B) a – a – à 9 - Redação oficial (conforme
C) à – a – à
D) à – à – a Manual de Redação da
E) a – à – à Presidência da República).

03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já


expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. Redação Oficial da Presidência da República
a) à - àqueles - a - há 
b) a - àqueles - a - há  Caro candidato, o Manual de Redação da Presidência
c) a - aqueles - à - a  possui 6 capítulos.
d) à - àqueles - a - a  Em nossa apostila, abordaremos apenas os capítulos 1
e) a - aqueles - à - há e 2, já que os demais capítulos correspondem a conteúdos
gramaticais que já foram estudados em tópicos anteriores
04. Leia o texto a seguir. da mesma.

Comunicação CAPÍTULO I

O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um autor ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL
ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma queda de
popularidade em termos de venda. Ou, quando teatrólogo, em 1. O que é Redação Oficial
termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. E, entre nós, o
suave fantasma de Cecília Meireles recém está se materializando, Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira
tantos anos depois. pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A
a solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e
efervescente. uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da

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APOSTILAS OPÇÃO
Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública
direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, a) da ausência de impressões individuais de quem
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome
e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim,
princípios fundamentais de toda administração pública, claro uma desejável padronização, que permite que comunicações
está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e elaboradas em diferentes setores da Administração guardem
comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo entre si certa uniformidade;
de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que
dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com
sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre
requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de e impessoal;
atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos
obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o
remontam ao período de nossa história imperial, como, por universo temático das comunicações oficiais se restringe a
exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que
de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há
atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que,
Essa prática foi mantida no período republicano. Esses mesmos por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo
princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação
uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que
elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade
estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais
nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também que as contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária
comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há impessoalidade.
sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor
dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto
dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o A necessidade de empregar determinado nível de linguagem
público). nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio
Outros procedimentos rotineiros na redação de caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua
comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de
como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos
redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos,
exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada
regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes
8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e
foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos
Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão
fazer das características específicas da forma oficial de redigir brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma
não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que
ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a
administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua
chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente
a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é
clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer
de frases. A redação oficial não é, portanto, necessariamente alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros
árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos,
– comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe a entoação, etc. Para mencionar apenas alguns dos fatores
certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora
daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência mais lentamente as transformações, tem maior vocação para
particular, etc. Apresentadas essas características fundamentais a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar.
da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis,
uma delas. de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma
carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão
1.1. A Impessoalidade de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais
ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois
escrita. Para que haja comunicação, são necessários: casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se
faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo
a) alguém que comunique, ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua
b) algo a ser comunicado, e finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles
c) alguém que receba essa comunicação. requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o
padrão culto é aquele em que:
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre
o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, a) se observam as regras da gramática formal, e
Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos
sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade
comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas
ou dos outros Poderes da União. Percebe-se, assim, que o regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a
constam das comunicações oficiais decorre: pretendida compreensão por todos os cidadãos.

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APOSTILAS OPÇÃO
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial,
de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-
expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica se definir como claro aquele texto que possibilita imediata
emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo
sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um características da redação oficial. Para ela concorrem:
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto
nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações
pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao
tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, texto;
necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. circulação restrita, como a gíria e o jargão;
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a
que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos imprescindível uniformidade dos textos;
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
determinada área, são de difícil entendimento por quem não lingüísticos que nada lhe acrescentam.
esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de
explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da É pela correta observação dessas características que se
administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. Outras redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura
questões sobre a linguagem, como o emprego de neologismo e de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de
estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica. trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente
da falta da releitura que torna possível sua correção. Na revisão
1.3. Formalidade e Padronização de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil
compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos
obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência
exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de
é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite,
trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado
deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não
de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessariamente,
de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações
polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à
cuida a comunicação. redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não
há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-
A formalidade de tratamento vincula-se, também, se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a
administração federal é una, é natural que as comunicações Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser
que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse evitado em todas as comunicações oficiais,
padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para
todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, Transcrevemos a seguir um pitoresco quadro, constante
da apresentação dos textos. A clareza datilográfica, o uso de de obra de Adriano da Gama Kury, a partir do qual podem ser
papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias
do texto são indispensáveis para a padronização. Consulte colunas em qualquer ordem, com uma característica comum:
o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de normas nenhuma delas tem sentido! O quadro tem aqui a função de
específicas para cada tipo de expediente. sublinhar a maneira de como não se deve escrever:

1.4. Concisão e Clareza

A concisão é antes uma qualidade do que uma característica


do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um
máximo de informações com um mínimo de palavras. Para
que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha,
além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o
necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa
releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias
ou repetições desnecessárias de idéias. O esforço de sermos
concisos atende, basicamente ao princípio de economia
linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de
palavras para informar o máximo.

Não se deve de forma alguma entendê-la como economia


de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-
se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias,
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure
perceber certa hierarquia de idéias que existe em todo texto de
alguma complexidade: idéias fundamentais e idéias secundárias.
Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-
las, exemplificá-las; mas existem também idéias secundárias
que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm
maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser
dispensadas.

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APOSTILAS OPÇÃO
Como não se deve escrever:

COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D COLUNA E COLUNA F COLUNA G


1. A necessidade Se Uma correta No interesse Substanciando e Numa ótica A transparência
emergente caracteriza relação entre primário da vitalizando, preventiva e não de cada ato
por estrutura e população, mais curativa, decisional.
superestrutura
2. O quadro Prefigura A superação de Sem prejudicar Não assumindo No contexto Um
normativo cada obstáculo o atual nível das nunca como de um sistema indispensável
e/ou resistência contribuições, implícito, integrado, salto de
passiva qualidade.
3. O critério Reconduz a A pontual Com critérios não Potenciando e Na medida em O planamento
metodológico sínteses correspondência dirigísticos, incrementando, que isso seja de discrepâncias
entre objetivos e factível, e discrasias
recursos existentes.
4. O modelo de Incrementa O Para além das Evidenciando e Em termos A adoção de uma
desenvolvimento redirecionamento contradições explicitando de eficácia e metodologia
das linhas de e dificuldades eficiência, diferenciada.
tendências em ato iniciais,
5. O novo tema Propicia O incorporamento Numa visão Ativando e A cavaleiro da A redefinição de
social das funções e a orgânica e não implementando, Situação uma nova figura
descentralização totalizante, contingente, profissional.
decisional
6. O método Propõe-se a O reconhecimento Mediante Não omitindo Com as devidas e O co-
participativo da demanda não mecanismos da ou calando, imprescindíveis envolvimento
satisfeita participação, mas antes enfatizações, ativo de
particularizando, operadores e
utentes.
7. A utilização Privilegia Uma coligação Segundo um Recuperando, Como sua Uma congruente
potencial orgânica módulo de ou antes premissa flexibilidade das
interdisciplinar interdependência revalorizando, indispensável e estruturas.
para uma práxis horizontal, condicionante,
de trabalho de
grupo,

CAPÍTULO II

AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

2. Introdução

A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação
Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes
de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos
pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário.

2.1. Pronomes de Tratamento

2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento

O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após
serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a
palavra”, passou-se a empregar, como expediente linguístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de
pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra
a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de
seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotou-se na
hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade.” A partir do final do século XVI, esse modo
de tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê,
e depois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de
pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e eclesiásticas.

2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal,
nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação),
levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
“Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos
a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vosso...”). Já
quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com
o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa
Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.

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APOSTILAS OPÇÃO
2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece Fulano de Tal
a secular tradição. São de uso consagrado: Rua ABC, nº 123
70.123 – Curitiba. PR
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o
a) do Poder Executivo; emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que
Presidente da República; recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É
Vice-Presidente da República; suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-
Ministros de Estado; se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o
Federal; apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau
Oficiais-Generais das Forças Armadas; por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume
Embaixadores; designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
de cargos de natureza especial; confere a desejada formalidade às comunicações. Mencionemos,
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da
Prefeitos Municipais. tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.
Corresponde-lhe o vocativo:
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores; Magnífico Reitor,
Ministro do Tribunal de Contas da União; (...)
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. hierarquia eclesiástica, são:

c) do Poder Judiciário: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O


Ministros dos Tribunais Superiores; vocativo correspondente é:
Membros de Tribunais; Santíssimo Padre,
Juízes; (...)
Auditores da Justiça Militar.
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
respectivo: Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, (...)
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações
Federal. dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou
Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para
seguido do cargo respectivo: sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
Senhor Senador,
Senhor Juiz, 2.2. Fechos para Comunicações
Senhor Ministro,
Senhor Governador, O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade
óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela
às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia
forma: quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los,
A Sua Excelência o Senhor este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos
Fulano de Tal diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:
Ministro de Estado da Justiça a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da
70.064-900 – Brasília. DF República:
Respeitosamente,
A Sua Excelência o Senhor b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia
Senador Fulano de Tal inferior:
Senado Federal Atenciosamente,
70.165-900 – Brasília. DF
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a
A Sua Excelência o Senhor autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios,
Fulano de Tal devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério
Juiz de Direito da 10a Vara Cível das Relações Exteriores.
Rua ABC, no 123
01.010-000 – São Paulo. SP 2.3. Identificação do Signatário

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
público, sendo desnecessária sua repetida evocação. de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e
para particulares. O vocativo adequado é: (espaço para assinatura)
Senhor Fulano de Tal, NOME
(...) Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

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APOSTILAS OPÇÃO
(espaço para assinatura) g) assinatura do autor da comunicação; e
NOME h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do
Ministro de Estado da Justiça Signatário).

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura 3.2. Forma de diagramação
em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao
menos a última frase anterior ao fecho. Os documentos do Padrão Ofício5 devem obedecer à seguinte
forma de apresentação:
3. O Padrão Ofício a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo
12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman
finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, c) é obrigatória constar a partir da segunda página o número
que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades da página;
de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
semelhanças. impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens
esquerda e direta terão as distâncias invertidas nas páginas
3.1. Partes do documento no Padrão Ofício pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes distância da margem esquerda;
partes: f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do mínimo, 3,0 cm de largura;
órgão que o expede: g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 5
Exemplos: O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem).
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e
alinhamento à direita: de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de
Exemplo: texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em
Brasília, 15 de março de 1991. branco;
c) assunto: resumo do teor do documento i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado,
Exemplos: letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a
Assunto: Necessidade de aquisição de novos sobriedade do documento;
computadores. j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para
dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído gráficos e ilustrações;
também o endereço. l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. n) dentro do possível, todos os documentos elaborados
Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior
“Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta; ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem
contiver mais de uma idéia sobre o assunto, elas devem ser ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número
tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à do documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of. 123 -
exposição; relatório produtividade ano 2002”
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente
reapresentada a posição recomendada sobre o assunto. 3.3. Aviso e Ofício
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos
casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e 3.3.1. Definição e Finalidade
subtítulos.
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
a estrutura é a seguinte: praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício
tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como
da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da
completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com
signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo particulares.
encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, 3.3.2. Forma e Estrutura
encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990,
do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão
do servidor Fulano de Tal.” Ou “Encaminho, para exame e ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v.
pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.
fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Exemplos:
Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas Excelentíssimo Senhor Presidente da República
agrícolas na região Nordeste.” Senhora Ministra
– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer Senhor Chefe de Gabinete
algum comentário a respeito do documento que encaminha, Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso seguintes informações do remetente:
contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou – nome do órgão ou setor;
ofício de mero encaminhamento. – endereço postal;
f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações); – telefone e endereço de correio eletrônico.

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APOSTILAS OPÇÃO
3.4. Memorando ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o
problema.
3.4.1. Definição e Finalidade Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição
de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte
O memorando é a modalidade de comunicação entre modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar março de 2002.
hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério
Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação ou órgão equivalente) nº de 200 .
eminentemente interna. 1. Síntese do problema ou da situação que reclama
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser providências
empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. 2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na
a serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua medida proposta
característica principal é a agilidade.
A tramitação do memorando em qualquer órgã o deve 3. Alternativas existentes às medidas propostas
pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos Mencionar:
burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de - se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados - se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de - outras possibilidades de resolução do problema.
continuação.
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo 4. Custos
simplificado, assegurando maior transparência à tomada de Mencionar:
decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria - se a despesa decorrente da medida está prevista na lei
tratada no memorando. orçamentária anual; se não, quais as alternativas para custeá-la;
- se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário,
3.4.2. Forma e Estrutura especial ou suplementar;
- valor a ser despendido em moeda corrente;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do 5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser somente se o ato proposto for medida provisória ou projeto de
mencionado pelo cargo que ocupa. lei que deva tramitar em regime de urgência)
Exemplos: Mencionar:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. - se o problema configura calamidade pública;
Subchefe para Assuntos Jurídicos - por que é indispensável a vigência imediata;
- se se trata de problema cuja causa ou agravamento não
4. Exposição de Motivos tenham sido previstos;
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação
4.1. Definição e Finalidade já prevista.

Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente 6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou
da República ou ao Vice-Presidente para: medida proposta possa vir a tê-lo)
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou 7. Alterações propostas
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da Texto atual Texto proposto
República por um Ministro de Estado. 8. Síntese do parecer do órgão jurídico
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um · Com base em avaliação do ato normativo ou da medida
Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por proposta à luz das questões levantadas no item 10.4.3.
todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada A falta ou insuficiência das informações prestadas pode
de interministerial. acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que se
4.2. Forma e Estrutura complete o exame ou se reformule a proposta. O preenchimento
obrigatório do anexo para as exposições de motivos que
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação proponham a adoção de alguma medida ou a edição de ato
do padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha normativo tem como finalidade:
a exposição de motivos que proponha alguma medida ou a) permitir a adequada reflexão sobre o problema que se
apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito busca resolver;
adiante. A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, b) ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do
apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela problema e dos efeitos que pode ter a adoção da medida ou a
que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que edição do ato, em consonância com as questões que devem ser
proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. analisadas na elaboração de proposições normativas no âmbito
No primeiro caso, o da exposição de motivos que do Poder Executivo (v. 10.4.3.).
simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do c) conferir perfeita transparência aos atos propostos.
Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes
referido para o padrão ofício. Dessa forma, ao atender às questões que devem ser analisadas
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder Executivo,
Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser o texto da exposição de motivos e seu anexo complementam-se
adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – e formam um todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação
embora sigam também a estrutura do padrão ofício –, além de profunda e direta de toda a situação que está a reclamar a
outros comentários julgados pertinentes por seu autor, devem, adoção de certa providência ou a edição de um ato normativo;
obrigatoriamente, apontar: o problema a ser enfrentado e suas causas; a solução que se
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção propõe, seus efeitos e seus custos; e as alternativas existentes.
da medida ou do ato normativo proposto; O texto da exposição de motivos fica, assim, reservado à
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou demonstração da necessidade da providência proposta: por que
aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e deve ser adotada e como resolverá o problema. Nos casos em
eventuais alternativas existentes para equacioná-lo; que o ato proposto for questão de pessoal (nomeação, promoção,
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ascensão, transferência, readaptação, reversão, aproveitamento,

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reintegração, recondução, remoção, exoneração, demissão, do Congresso Nacional competência privativa para aprovar
dispensa, disponibilidade, aposentadoria), não é necessário o a indicação. O curriculum vitae do indicado, devidamente
encaminhamento do formulário de anexo à exposição de motivos. assinado, acompanha a mensagem. d) pedido de autorização
Ressalte-se que: para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se
– a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico ausentarem do País por mais de 15 dias. Trata-se de exigência
constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é
não dispensa o encaminhamento do parecer completo; da competência privativa do Congresso Nacional. O Presidente
– o tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência
pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão dos é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa
comentários a serem ali incluídos. do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de
a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (clareza, concessão de emissoras de rádio e TV. A obrigação de submeter
concisão, impessoalidade, formalidade, padronização e uso do tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso
padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposição de XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos
motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao legais a outorga ou renovação da concessão após deliberação do
Presidente da República pelos Ministros. Além disso, pode, em Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir
certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou na mensagem a urgência prevista no art. 64 da Constituição,
ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da porquanto o § 1o do art. 223 já define o prazo da tramitação.
União, no todo ou em parte. Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem
o correspondente processo administrativo.
5. Mensagem f) encaminhamento das contas referentes ao exercício
anterior. O Presidente da República tem o prazo de sessenta
5.1. Definição e Finalidade dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao
Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da Comissão
Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1o), sob pena
Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas
sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo (Constituição, art. 51, II), em procedimento disciplinado no art.
por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao 215 do seu Regimento Interno.
Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação g) mensagem de abertura da sessão legislativa.
de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação
comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes do País e solicitação de providências que julgar necessárias
públicos e da Nação. Minuta de mensagem pode ser encaminhada (Constituição, art. 84, XI). O portador da mensagem é o Chefe
pelos Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias da Casa Civil da Presidência da República. Esta mensagem difere
caberá a redação final. As mensagens mais usuais do Poder das demais porque vai encadernada e é distribuída a todos os
Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades: Congressistas em forma de livro.
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
complementar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso
complementar são enviados em regime normal (Constituição, Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa
art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe onde se originaram os autógrafos. Nela se informa o número que
lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos
normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com recebidos, nos quais o Presidente da República terá aposto o
solicitação de urgência. Em ambos os casos, a mensagem se despacho de sanção.
dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada i) comunicação de veto.
com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art.
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha 66, § 1o), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o
início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). Quanto aos veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto.
projetos de lei financeira (que compreendem plano plurianual, Seu texto vai publicado na íntegra no Diário Oficial da União (v.
diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos 4.2. Forma e Estrutura), ao contrário das demais mensagens,
adicionais), as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos cuja publicação se restringe à notícia do seu envio ao Poder
Membros do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são Legislativo. (v. 19.6.Veto)
endereçados ao Primeiro Secretário do Senado Federal. A razão j) outras mensagens.
é que o art. 166 da Constituição impõe a deliberação congressual Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência
sobre as leis financeiras em sessão conjunta, mais precisamente, mensagens com:
“na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso – encaminhamento de atos internacionais que acarretam
Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. encargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);
57, § 5o), que comanda as sessões conjuntas. As mensagens aqui – pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às
tratadas coroam o processo desenvolvido no âmbito do Poder operações e prestações interestaduais e de exportação
Executivo, que abrange minucioso exame técnico, jurídico e (Constituição, art. 155, § 2o, IV);
econômico-financeiro das matérias objeto das proposições por – proposta de fixação de limites globais para o montante da
elas encaminhadas. Tais exames materializam-se em pareceres dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
dos diversos órgãos interessados no assunto das proposições, – pedido de autorização para operações financeiras externas
entre eles o da Advocacia-Geral da União. Mas, na origem das (Constituição, art. 52, V); e outros.
propostas, as análises necessárias constam da exposição de Entre as mensagens menos comuns estão as de:
motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de Motivos) – convocação extraordinária do Congresso Nacional
– exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de (Constituição, art. 57, § 6o);
encaminhamento ao Congresso. – pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral
da República (art. 52, XI, e 128, § 2o);
b) encaminhamento de medida provisória. – pedido de autorização para declarar guerra e decretar
Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, – pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz
dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário (Constituição, art. 84, XX);
do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, – justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua
autenticada pela Coordenação de Documentação da Presidência prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o);
da República. – pedido de autorização para decretar o estado de sítio
c) indicação de autoridades. (Constituição, art. 137);
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação – relato das medidas praticadas na vigência do estado de
de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e – proposta de modificação de projetos de leis financeiras
Diretores do Banco Central, Procurador-Geral da República, (Constituição, art. 166, § 5o);
Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm em vista que a – pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem
Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa sem despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda

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ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, dos Atos e Comunicações Oficiais). O campo assunto do formulário
art. 166, § 8o); de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a
– pedido de autorização para alienar ou conceder terras facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto
públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser
§ 1o); etc. utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
5.2. Forma e Estrutura que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas
sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar
As mensagens contêm: recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, constar na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
horizontalmente, no início da margem esquerda:
Mensagem no 8.3 Valor documental
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que
esquerda; Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, possa ser aceito como documento original, é necessário existir
c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo; certificação digital que ateste a identidade do remetente, na
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, forma estabelecida em lei.
e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente Questões
da República, não traz identificação de seu signatário. 01. Analise:
1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima
6. Telegrama referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
6.1. Definição e Finalidade 2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas
necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar atingimento das metas estabelecidas.
os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de
telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de A redação do documento acima indica tratar-se
telegrafia, telex, etc. Por tratar-se de forma de comunicação (A) do encaminhamento de uma ata.
dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, (B) do início de um requerimento.
deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações (C) de trecho do corpo de um ofício.
que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que (D) da introdução de um relatório.
a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu (E) do fecho de um memorando.
custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela
concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza). 02. A redação inteiramente apropriada e correta de um
documento oficial é:
6.2. Forma e Estrutura (A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas
reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.
estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios (B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a
e em seu sítio na Internet. redistribuição de pessoal especializado em serviços gerais para
os departamentos que foram recentemente criados.
7. Fax (C) Estou encaminhando a presença de V. Sª. este jovem,
muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os problemas
7.1. Definição e Finalidade do sistema de informatização de seu gabinete.
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma (D) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal
forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao aqui neste departamento, faltaram um número grande de
desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de servidores para os andamentos do serviço.
mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, (E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar
de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de quais providências vão ser tomadas para resolver essa
de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário confusão que foi criado pelos manifestantes.
o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox 03. A frase cuja redação está inteiramente correta e
do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se apropriada para uma correspondência oficial é:
deteriora rapidamente. (A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª. Os
convites para a reunião de gala deste Conselho, em que se
7.2. Forma e Estrutura fará homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria,
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a importantíssima na execução dos nossos serviços.
estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, (B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo Chefe do
juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabinete, para informar
é., de pequeno formulário com os dados de identificação da de que as medidas de austeridade recomendadas por V. Sa. já
mensagem a ser enviada. está sendo tomadas, para evitar-se os atrasos dos prazos.
(C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que
8. Correio Eletrônico chegaram nossos analistas sobre as condições de funcionamento
deste setor, bem como as providências a serem tomadas
8.1 Definição e finalidade para a consecução dos serviços e o cumprimento dos prazos
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e estipulados.
celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação (D) As ordens expressas a todos os funcionários é de que se
para transmissão de documentos. possa estar tomando as medidas mais do que importantes para
tornar nosso departamento mais eficiente, na agilização dos
8.2. Forma e Estrutura trâmites legais dos documentos que passam por aqui.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é (E) Peço com todo o respeito a V. Exª., que tomeis
sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para providências cabíveis para vir novos funcionários para esse
sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agilizar
incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem todos os documentos que precisamos enviar.

Língua Portuguesa 38
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APOSTILAS OPÇÃO
04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em
INCORRETO afirmar que: Construção* descreve seis critérios de adequação vocabular,
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do listados a seguir:
órgão que o expede.
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local 1. A adequação ao referente
de onde é expedido e a data em que foi assinado. Esse critério baseia-se na utilização de vocábulos gerais
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do frente a vocábulos específicos. O exemplo que o autor dá é
documento. a palavra ver, que tem emprego mais amplo que observar,
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc.
respeitando-se a formalidade que deve haver nos expedientes Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a
oficiais. separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol,
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como por certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo
exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada. que se eu disser Pedro estava muito triste com a separação.
Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol,
05. Haveria coerência com as ideias do texto e respeitaria não haverá nenhum problema na comunicação, pois houve
as normas de redação de documentos oficiais se o texto adequação quanto ao uso do vocábulo.
apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em um ofício
complementado pelo parágrafo final e os fechos apresentados 2. Adequação ao ponto de vista
a seguir. Aqui serão levados em consideração os vocábulos positivos,
neutros e negativos.
Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto aos Em Você me deu um café gelado, a palavra gelado assume
órgãos competentes. valor negativo, entretanto, assume valor positivo em Depois do
trabalho vamos tomar uma cerveja gelada?
Atenciosamente,
3. Adequação aos interlocutores
Pedro Santos Há, nesse critério, quatro tipos de seleção vocabular: quanto
Pedro Santos à atividade profissional com o uso dos jargões; quanto à imagem
Secretário do Conselho social de um dos interlocutores, ou seja, um chefe de Estado se
expressa como o que se espera de alguém que ocupa tal cargo;
Respostas quanto à idade com o uso de vocábulos modernos (luminária)
01-C / 02-B / 03-C / 04-E / 05-C (correta) ou antigos (abajur) ou quanto à origem dos interlocutores com
emprego do vocábulo regional (piá – criança).
9.1 - Adequação da linguagem 4. Adequação à situação de comunicação
ao tipo de documento. Refere-se, esse critério, ao uso de vocábulos formais ou
informais e ainda aos estrangeirismos.
Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas
Adequação Vocabular entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando
necessárias, ou seja, quando forem importantes para o
Adequação Vocabular é obter das palavras os melhores entendimento; em uma situação de estilo ou quando não houver
efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto palavra equivalente na Língua Portuguesa.
em que elas são produzidas: para quem são produzidas, quem
produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. 5. Adequação ao código
É conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso, É relevante para esse critério a correção não só ortográfica,
conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido. mas também semântica, respeitando os significados
Como adequar as palavras? Uma das formas de adequação dicionarizados.
vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou Agostinho ressalta que os empregos “de moda” devem
hiperônimo. Hiperônimo é uma palavra que apresenta um evitados, pois “em nada contribuem para o real enriquecimento
significado mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com de um idioma” e dá um exemplo: colocar em lugar de apresentar
significado mais restrito. É o que acontece com as palavras e assumir em lugar de responsabilizar-se:
doença (hiperônimo) e gripe (hipônimo).
Também podemos adequar bem as palavras usando e – Vou colocar aqui um problema…
aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia, – Se der errado, eu assumo…
antonímia, conotação e denotação, discutidos em aulas
anteriores. A adequação vocabular depende de uma boa escolha Somam-se a esse caso, os parônimos e os homônimos
lexical. (homógrafos e homófonos), já tratados em outra aula. ( tópico
jà tratado aqui)
Adequação linguística
Fatores Contexto 6. Adequação ao contexto
As situações textuais revelam-se nas relações desenvolvidas
Interlocutores Com quem estamos falando? entre as palavras do texto. Por exemplo, se há relação de causa
Situação É uma situação formal ou e efeito – tropeçar / cair; se há relação de finalidade – livro /
informal? estudar; se há relação de parte e todo – rei / xadrez; se há relação
de sinonímia – aroma / perfume; se há relação de antonímia
Assunto Tratamos de assuntos – entrar / sair; se há relação de unidade e coletivo – livro /
diferentes com o mesmo tipo biblioteca; se há relação de objeto e ação – cadeira / sentar e se
de linguagem? O nascimento há relação simbólica – pomba / paz.
um bebê é anunciado da
mesma forma que um O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo
velório? em critério inadequado à situação será erro.
Ambiente Estamos em uma festa ou no
Fonte:s http://slideplayer.com.br/slide/1270845/
escritório?
http://conversadeportugues.com.br/2015/11/adequacao-e-
inadequacao-linguistica/

Língua Portuguesa 39
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APOSTILAS OPÇÃO

Anotações

Língua Portuguesa 40
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MATEMÁTICA

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APOSTILAS OPÇÃO

1 - Números inteiros,
racionais e reais.
Adição de Números Inteiros
Para melhor entendimento desta operação, associaremos
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos
números inteiros negativos a ideia de perder.
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado,
alemão). mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser
dispensado.

Subtração de Números Inteiros


A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma
delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a
N ᑕ Z – O conjunto dos números Naturais está contido no uma delas para atingir a outra.
Conjunto do números Interios.
A subtração é a operação inversa da adição.
O conjunto dos números inteiros possui alguns Observe que em uma subtração o sinal do resultado é
subconjuntos notáveis: sempre do maior número!!!
4+5=9
- O conjunto dos números inteiros não nulos: 4 – 5 = -1
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
Z* = Z – {0} Considere as seguintes situações:
1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou
- O conjunto dos números inteiros não negativos: de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura?
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...} Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) –
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N (+3) = +3

- O conjunto dos números inteiros positivos: 2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...} dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus.
Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
- O conjunto dos números inteiros não positivos: Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) =
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} +3

- O conjunto dos números inteiros negativos: Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6)
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é
sempre positivo. Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves,
números, ..., entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
opostos um do outro quando apresentam soma zero; assim, os
pontos que os representam distam igualmente da origem. Multiplicação de Números Inteiros
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, A multiplicação funciona como uma forma simplificada de
pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0 uma adição quando os números são repetidos. Poderíamos
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando
vice-versa; particularmente o oposto de zero é o próprio zero. repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, ganhar
1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos
e está repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ...
+ 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2
+ 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60

Matemática 1
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APOSTILAS OPÇÃO

Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) 2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-
+ (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 se a base e subtraem-se os expoentes. (-13)8 : (-13)6 = (-13)8 –
Observamos que a multiplicação é um caso particular da 6 = (-13)2

adição onde os valores são repetidos.


Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e
indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre multiplicam-se os expoentes. [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10
as letras.
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-8)1 =
Divisão de Números Inteiros -8 e (+70)1 = +70
- Divisão exata de números inteiros.
Veja o cálculo: 5) Potência de expoente zero e base diferente de zero:
(– 20): (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4) É igual a 1.
Logo: (– 20): (+ 5) = - 4 Exemplo: (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para Radiciação de Números Inteiros


efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a
número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do operação que resulta em outro número inteiro não negativo b
dividendo pelo módulo do divisor. que elevado à potência n fornece o número a. O número n é o
Exemplo: (+7): (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não índice da raiz enquanto que o número a é o radicando (que fica
podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número sob o sinal do radical).
inteiro. A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é operação que resulta em outro número inteiro não negativo
associativa e não tem a propriedade da existência do elemento que elevado ao quadrado coincide com o número a.
neutro.
- Não existe divisão por zero. Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por
zero é igual a zero. Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
Exemplo: 0: (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0 didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento
de:
Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão:
→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre 9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3
positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre Observamos que não existe um número inteiro não
negativo. negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
número negativo.
Potenciação de Números Inteiros A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
A potência an do número inteiro a, é definida como um operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a base cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos
e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é cálculos somente aos números não negativos.
multiplicado por a n vezes Exemplos:
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8.
(b)
3
 8 = –2, pois (–2)³ = -8.
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o
Exemplos: produto de números inteiros, concluímos que:
33 = (3) x (3) x (3) = 27 (1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 inteiro negativo.
(-7)² = (-7) x (-7) = 49 (2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de
(+9)² = (+9) x (+9) = 81 qualquer número inteiro.

- Toda potência de base positiva é um número inteiro Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
positivo. números Inteiros
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 Para todo a, b e c ∈ 𝑍
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
- Toda potência de base negativa e expoente par é um 2) Comutativa da adição: a + b = b +a
número inteiro positivo. 3) Elemento neutro da adição : a + 0 = a
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um 6) Comutativa da multiplicação : a.b = b.a
número inteiro negativo. 7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição:
a.(b +c ) = ab + ac
Propriedades da Potenciação: 9) Distributiva da multiplicação relativamente à
subtração: a .(b –c) = ab –ac
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- 10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z
se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (– diferente de zero, existe um inverso
7)9 z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1

Matemática 2
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APOSTILAS OPÇÃO

11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q
um número natural por outro número natural, continua como
resultado um número natural. m
Um número racional é o que pode ser escrito na forma
Questões n
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser
01. Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar
respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos a divisão de m por n.
recursos utilizados em atividades educativas, bem como da Como podemos observar, números racionais podem ser
preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão
“atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento pela qual, o conjunto de todos os números racionais é
dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura a
suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) notação:
pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes n
anotadas, o total de pontos atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.

02. Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior


quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
Verificou o preço de alguns produtos:
- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
TV: R$ 562,00
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
DVD: R$ 399,00
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
Micro-ondas: R$ 429,00
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
Geladeira: R$ 1.213,00
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
Na aquisição dos produtos, conforme as condições
mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco
Representação Decimal das Frações
recebido será de:
(A) R$ 84,00 p
(B) R$ 74,00 Tomemos um número racional , tal que p não seja
(C) R$ 36,00 q
(D) R$ 26,00 múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar
(E) R$ 16,00 a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
03. Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que 1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um
8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado número finito de algarismos. Decimais Exatos:
encontrado será 2
(A) - 72 = 0,4
(B) - 63 5
(C) - 56 1
= 0,25
(D) - 49
4
(E) – 42
Respostas
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
01. Resposta: A.
periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
50-20=30 atitudes negativas
20.4=80 1
= 0,333...
30.(-1)=-30 3
80-30=50 1
= 0,04545...
02. Resposta: D. 22
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, Existem frações muito simples que são representadas por
extrapola o orçamento formas decimais infinitas, com uma característica especial:
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior existe um período.
quantidade gasta possível dentro do orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais

03. Resposta: D.
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49 Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101
+ 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...
Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
Funções

Matemática 3
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APOSTILAS OPÇÃO

Representação Fracionária dos Números Decimais 611


Trata-se do problema inverso: estando o número racional Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz
escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de 495
fração. Temos dois casos: da dízima 1, 23434...
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas representa esse número ao ponto de abscissa zero.
forem as casas decimais do número decimal dado:
9
0,9 =
10
5 1
0,005 = =
1000 200
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para Exemplos:
tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns 3 3
. Indica-se 
exemplos: 3 3
1) Módulo de – é =
Exemplos: 2 2 2 2
1) Seja a dízima 0, 333....
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 3 3
. Indica-se 
3 3
3) → então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no 2) Módulo de + é =
numerador o período.
2 2 2 2

3 3
Números Opostos: Dizemos que – e são números
2 2
3 racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9 3 3
outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da
2) Seja a dízima 5, 1717.... 2 2
O período que se repete é o 17, logo dois noves no reta são iguais.
denominador (99). Observe também que o 5 é a parte inteira,
logo ele vem na frente: Inverso de um Número Racional

17 𝒂 −𝒏 𝒃 𝒏
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 ( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
99 𝒃 𝒂
512
→ (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99 Representação geométrica dos Números Racionais

512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99
Neste caso para transformarmos uma dízima Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem
periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 infinitos números racionais.
no denominador para cada quantos dígitos tiver o período
da dízima. Soma (Adição) de Números Racionais
Como todo número racional é uma fração ou pode ser
3) Seja a dízima 1, 23434... escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre os
O número 234 é a junção do ante período com o período.
Neste caso temos um dízima periódica é composta, pois existe
a c
números racionais e , da mesma forma que a soma de
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso b d
temos um ante período (2) e o período (34). Ao subtrairmos frações, através de:
deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o a c ad  bc
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – + =
que correspondem ao período, neste caso 99(dois noves) – e b d bd
pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o
ante período, neste caso 0(um zero). Subtração de Números Racionais
A subtração de dois números racionais p e q é a própria
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: p –
q = p + (–q)
a c ad  bc
- =
b d bd
Multiplicação (Produto) de Números Racionais
232 Como todo número racional é uma fração ou pode ser
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎
990 escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois
1222
→ (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990

Matemática 4
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APOSTILAS OPÇÃO

a c 2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.


números racionais e , da mesma forma que o produto 1
b d  9 9
de frações, através de:   = 
 4 4
a c ac
x =
b d bd 3) Toda potência com expoente negativo de um número
O produto dos números racionais a/b e c/d também pode racional diferente de zero é igual a outra potência que tem a
ser indicado por a/b × c/d, a/b.c/d . Para realizar a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao
multiplicação de números racionais, devemos obedecer à oposto do expoente anterior.
mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática: 2 2
 3  5 25
  =   =
Propriedades da Adição e Multiplicação de Números  5  3 9
Racionais
1) Fechamento: O conjunto Q é fechado para a operação de
4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal
adição e multiplicação, isto é, a soma e a multiplicação de dois da base.
números racionais ainda é um número racional.
2) Associativa da adição: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c 2
3
2 2 2 8
)=(a+b)+c   =  . .  =
3) Comutativa da adição: Para todos a, b em Q: a + b = b + a 3 3 3 3 27
4) Elemento neutro da adição: Existe 0 em Q, que
adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 5) Toda potência com expoente par é um número positivo.
0=q
 1
2
 1  1 1
5) Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal   =   .   =
que q + (–q) = 0  5  5   5  25
6) Associativa da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a ×
(b×c)=(a×b)×c 6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um
7) Comutativa da multiplicação: Para todos a, b em Q: a × b produto de potências de mesma base a uma só potência,
=b×a conservamos a base e somamos os expoentes.
8) Elemento neutro da multiplicação: Existe 1 em Q, que 2 3
multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: 2 2
q×1=q   .  =
a
5 5
9) Elemento inverso da multiplicação: Para todo q = 23 5
b  2 2 2 2 2  2 2
em Q, q diferente de zero, existe :
 . . . .      
 5 5 5 5 5  5 5
b a b
q-1 = em Q: q × q-1 = 1 x =1
a b a 7) Quociente de potências de mesma base. Para reduzir um
10) Distributiva da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a quociente de potências de mesma base a uma só potência,
×(b+c)=(a×b)+(a×c) conservamos a base e subtraímos os expoentes.
3 3 3 3 3
5 2 . . . . 5 2 3
Divisão (Quociente) de Números Racionais 3 3 3 3
  :   2 2 2 2 2     
A divisão de dois números racionais p e q é a própria 2 2 3 3
. 2 2
operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto 2 2
é: p ÷ q = p × q-1
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅 8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
: = . potência a uma potência de um só expoente, conservamos a
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄
base e multiplicamos os expoentes.
Potenciação de Números Racionais 3
 1  2   1  2  1  2  1  2  1  2 2 2  1  3 2  1  6
A potência qn do número racional q é um produto de n       .  .        
fatores iguais. O número q é denominado a base e o número n  2    2   2   2   2  2 2
é o expoente. 3
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)  1  2  1
3.2
1
6

ou          
Exemplos:  2   2 2
2
3
2 2 2 8
a)   =  . . = Radiciação de Números Racionais
5  5   5   5  125 Se um número representa um produto de dois ou mais
fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
Exemplos:
 1
3
 1  1  1
b)    =   .   .   =  1 1 1 1 1 1
2

 2  2  2  2 8 1) Representa o produto . ou   .Logo,


9 3 3 3 3
Propriedades da Potenciação: 1
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1. é a raiz quadrada de .
0
9
 2
  =1 1 1
 5 Indica-se =
9 3

Matemática 5
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APOSTILAS OPÇÃO

2) 0,216 Representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, Mmc(3,5,9)=45


3
0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 0,216 = 0,6. 18+10+15
=
43
45 45
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o O restante estuda alemão: 2/45
número zero ou um número racional positivo. Logo, os
números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q. 2
180 ∙ =8
100 45
O número  não tem raiz quadrada em Q, pois tanto
9 Referências
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
10 10 100
 como  , quando elevados ao quadrado, dão IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e
Funções
3 3 9 http://mat.ufrgs.br
.
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
perfeito. O conjunto dos números reais R é uma expansão do
2 conjunto dos números racionais que engloba não só os inteiros
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe
e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os
3
números irracionais.
2 Assim temos:
número racional que elevado ao quadrado dê .
3
Questões R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional,
não irracional, e vice-versa).
01. Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática abaixo:
como favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo
assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como
disciplina favorita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

02. Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada


uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um O conjunto dos números reais apresenta outros
desconto de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco? subconjuntos importantes:
(A) R$ 40,00 - Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
(B) R$ 42,00 - Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x
(C) R$ 44,00 ≥ 0}
(D) R$ 46,00 - Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
(E) R$ 48,00 - Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤
0}
03. De um total de 180 candidatos, 2/5 estudam inglês, 2/9 - Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}
estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda
alemão. O número de candidatos que estuda alemão é: Representação Geométrica dos números reais
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10. Propriedades
É válido todas as propriedades anteriormente vistos nos
Respostas outros conjuntos, assim como os conceitos de módulo,
01. Resposta: B. números opostos e números inversos (quando possível).
Somando português e matemática:
1 9 5 + 9 14 7
+ = = = Ordenação dos números Reais
4 20 20 20 10 A representação dos números Reais permite definir uma
O que resta gosta de ciências: relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
7 3
1− = maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a
10 10 relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois números
Reais a e b,
02. Resposta: B.
8,3 ∙ 7 = 58,1 a≤b↔b–a≥0
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58
reais Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
Troco:100 – 58 = 42 reais 5 + 15 ≥ 0

Operações com números Reais


03. Resposta: C.
2 2 1 Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de
+ + intervalos fixos que determinam um número Real. É assim que
5 9 3

Matemática 6
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APOSTILAS OPÇÃO

vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação Questões


e divisão. Relacionamos, em seguida, uma série de 01. Mário começou a praticar um novo jogo que adquiriu
recomendações úteis para operar com números Reais. para seu videogame. Considere que a cada partida ele
conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15
Intervalos reais pontos a menos que o dobro marcado na partida anterior. Se
O conjunto dos números reais possui também na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos
subconjuntos, denominados intervalos, que são determinados algarismos da quantidade de pontos adquiridos na primeira
por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b. partida foi igual a
(A) 4.
Em termos gerais temos: (B) 5.
- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo (C) 7.
aquele número), utilizamos os símbolos: (D) 8.
> ;< ; ] ; [ (E) 10.
- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos
incluindo aquele número), utilizamos os símbolos: 02. Considere m um número real menor que 20 e avalie as
≥;≤;[;] afirmações I, II e III:
I- (20 – m) é um número menor que 20.
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as II- (20 m) é um número maior que 20.
extremidades abertas dos intervalos. III- (20 m) é um número menor que 20.
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b) É correto afirmar que:
A) I, II e III são verdadeiras.
B) apenas I e II são verdadeiras.
C) I, II e III são falsas.
D) apenas II e III são falsas.

03. Na figura abaixo, o ponto que melhor representa a


3 1
diferença − na reta dos números reais é:
4 2

Observações
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as
extremidades abertas dos intervalos.
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)
(A) P.
a) Às vezes, aparecem situações em que é necessário (B) Q.
registrar numericamente variações de valores em sentidos (C) R.
opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como (D) S.
as medidas de temperatura ou reais em débito ou em haver Respostas
etc... Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto
para o lado direito (positivos) como para o lado esquerdo 01. Resposta: D.
(negativos), são chamados números relativos. Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
b) Valor absoluto de um número relativo é o valor do * 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
número que faz parte de sua representação, sem o sinal. 2.x = 3791 + 15
c) Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, x = 3806 / 2
diferindo apenas o sinal. x = 1903

Operações com Números Relativos * 3ª partida: 1903 = 2.x – 15


2.x = 1903 + 15
1) Adição e Subtração de números relativos x = 1918 / 2
a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar x = 959
os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o * 2ª partida: 959 = 2.x – 15
numeral de menor valor e dá-se o sinal do maior numeral. 2.x = 959 + 15
Exemplos: x = 974 / 2
3+5=8 x = 487
4-8=-4 * 1ª partida: 487 = 2.x – 15
- 6 - 4 = - 10 2.x = 487 + 15
-2+7=5 x = 502 / 2
x = 251
2) Multiplicação e Divisão de Números Relativos Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 =
a) O produto e o quociente de dois números relativos de 8.
mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de 02. Resposta: C.
sinais diferentes são sempre negativos. I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
Exemplos: III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5 03. Resposta: A.
- 6 x (-7) = + 42 3 1 3−2 1
− = = = 0,25
28 2 = 14 4 2 4 4

Matemática 7
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Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 –
Conjuntos e Funções

2 - Sistema legal de
medidas. A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o
volume da água que enche um tanque é de 7.000 litros,
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade
SISTEMA MÉTRICO DECIMAL E NÃO DECIMAL
fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a
1 dm3.
Sistema de Medidas Decimais
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.
Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de
medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo
todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o
metro, porque dele derivam as demais.

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de


medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g).

Unidades de Massa e suas Transformações

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm
uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada
unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte. Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama
Por isso, o sistema é chamado decimal. e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t).
Medidas Especiais:
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na 1 Tonelada(t) = 1000 Kg
prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular 1 Arroba = 15 Kg
de litro. 1 Quilate = 0,2 g
As unidades de área do sistema métrico correspondem às
unidades de comprimento da tabela anterior. Relações entre unidades:
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro
quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o
quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro
quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o
nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 há.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como
nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema
continua decimal, porque 100 = 102. Temos que:
Existem outras unidades de medida mas que não 1 kg = 1l = 1 dm3
pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as relações 1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
entre algumas essas unidades e as do sistema métrico 1 m3 = 1000 l
decimal (valores aproximados):
1 polegada = 25 milímetros Questões
1 milha = 1 609 metros
3
1 légua = 5 555 metros 01. O suco existente em uma jarra preenchia da sua
4
1 pé = 30 centímetros
capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de
1
suco restante na jarra passou a preencher da sua capacidade
5
total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual,
em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento (C) 900.
acrescidas de quadrado. (D) 660.
Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a (E) 840.
lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o 02. Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
centímetro cúbico(cm3). início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade 800 mL para o preparo da comida e meio litro para consumo
vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água
o sistema continua sendo decimal. dentro desse filtro e, até o final do dia, mais 1,2 litros foram
utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de

Matemática 8
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APOSTILAS OPÇÃO

água que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir Para passar de uma unidade para a menor seguinte,
que a água que restou dentro dele, no final do dia, corresponde multiplica-se por 60.
a uma porcentagem de
(A) 60%. Exemplo:
(B) 55%. 0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos
(C) 50%. minutos indica 0,3 horas?
(D) 45%.
(E) 40%.
Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos.
03. Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4 bolsas
Concluímos que 0,3horas = 18 minutos.
plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é
composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de
- Adição e Subtração de Medida de tempo
pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um
Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo,
ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é
precisamos estar atentos as unidades. Vejamos os exemplos:
formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do
obtido.
A) 1 h 50 min + 30 min
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas
(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas
Respostas Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como
sabemos que 1 hora tem 60 minutos, temos, então
01. Resposta: B. acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos,
Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim: é o que resta nos minutos:
3 1
. 𝑥 − 495 = . 𝑥
4 5

3 1
.𝑥 − . 𝑥 = 495
4 5

5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495
20

15x – 4x = 9900 Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.


11x = 9900
x = 9900 / 11 B) 2 h 20 min – 1 h 30 min
x = 900 mL (capacidade total)
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade
adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL

02. Resposta: B. Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min,


4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500 então devemos passar uma hora (+1) dos 2 para a coluna
ml minutos.
4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)
Utilizaremos uma regra de três simples:
ml %
4000 ------- 100
2200 ------- x
4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55% Então teremos novos valores para fazermos nossa
subtração, 20 + 60 = 80:
03. Resposta: D.
4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t

MEDIDAS DE TEMPO

Não Decimais Logo o valor encontrado é de 50 min.

Medidas de Tempo (Hora) e suas Transformações Questões

01. Joana levou 3 horas e 53 minutos para resolver uma


prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 minutos para
resolver a mesma prova. Comparando o tempo das duas
candidatas, qual foi a diferença encontrada?
(A) 67 minutos.
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede (B) 75 minutos.
intervalos de tempo, é o mais conhecido. A unidade utilizada (C) 88 minutos.
como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo. (D) 91 minutos.
(E) 94 minutos.
1h → 60 minutos → 3 600 segundos
02. A tabela a seguir mostra o tempo, aproximado, que um
professor leva para elaborar cada questão de matemática.

Matemática 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Questão (dificuldade) Tempo (minutos) 1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


Fácil 8 1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)
Média 10
Difícil 15 Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os
Muito difícil 20 mesmos do sistema de tempo – hora, minuto e segundo. Há
uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os
O gráfico a seguir mostra o número de questões de indicam são diferentes:
matemática que ele elaborou.
1h 32min 24s é um intervalo de tempo ou um instante
do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto –


segundo são similares a cálculos no sistema grau – minuto –
segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas
distintas.

UNIDADES DE MEDIDA – VELOCIDADE


O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o
foi deslocamento de um corpo em determinado tempo. Pode
(A) 4h e 48min. ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo
(B) 5h e 12min. se desloca.
(C) 5h e 28min. Segundo o S.I (Sistema Internacional de medidas) as
(D) 5h e 42min. unidades mais utilizadas para se medir a velocidade é Km/h
(E) 6h e 08min. (Quilômetro por hora) e o m/s (metro por segundo).
03. Para obter um bom acabamento, um pintor precisa dar Quando ouvimos que carro se desloca a uma velocidade de
duas demãos de tinta em cada parede que pinta. Sr. Luís utiliza 20 km/h, isto significa que ele percorre 20 km em 1 hora.
uma tinta de secagem rápida, que permite que a segunda Muitas questões pedem para que passemos de km/h para
demão seja aplicada 50 minutos após a primeira. Ao terminar m/s, para efetuarmos essa transformação, basta utilizarmos o
a aplicação da primeira demão nas paredes de uma sala, Sr. que segue na figura abaixo:
Luís pensou: “a segunda demão poderá ser aplicada a partir
das 15h 40min.”
Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15
minutos, que horas eram quando Sr. Luís iniciou o serviço?
(A) 12h 25 min
(B) 12h 35 min
(C) 12h 45 min
Exemplo:
(D) 13h 15 min
Um carro se desloca de Florianópolis – SC a Curitiba – PR.
(E) 13h 25 min
Sabendo que a distância entre as duas cidades é de 300 km e
Respostas
que o percurso iniciou as 7 horas e terminou ao meio dia,
calcule a velocidade média do carro durante a viagem, em m/s.
01. Resposta: C.
A velocidade média é dada por:
∆𝑆 ∆𝑆𝑓 − ∆𝑆𝑖
𝑉𝑚 = =
∆𝑡 ∆𝑡𝑓 − ∆𝑡𝑖

Como 1h tem 60 minutos. Ou seja, a variação da distância ΔS (final menos inicial)


Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos. dividido por Δt, variação do tempo (final menos inicial).
Montando de acordo com as informações do enunciado
02. Resposta: D. temos:
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 = ΔS = 300 Km
= 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min Δt = 12 – 7 = 5 horas de percurso.
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto) Então:
300
03. Resposta: B. 𝑉𝑚 = = 60𝑘𝑚/ℎ
5
15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min
Transformando para m/s teremos apenas que dividir por
Medidas de Ângulos e suas Transformações 3,6:
60 : 3,6 = 16,67 m/s

3 - Razões e proporções.

Para medir ângulos, também temos um sistema não RAZÃO


decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia,
na cartografia e na navegação são necessárias medidas É o quociente entre dois números (quantidades, medidas,
inferiores a 1º. Temos, então: grandezas).

Matemática 10
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APOSTILAS OPÇÃO

Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a 𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑
= → = 𝑜𝑢 =
para b: 𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑
𝑎 3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏 primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença
Onde: entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto
termo).

𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑
Exemplo:
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos
3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de consequente.

𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1 = → = 𝑜𝑢 =
= = 𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24

Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.


5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza,
consequente.
essas devem ser expressas na mesma unidade.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
- Razões Especiais = → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias
muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala,
que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas - Problema envolvendo razão e proporção
na mesma unidade). Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎 aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida B) 3/5
e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h, C) 5/10
m/s, entre outras. D) 2/7
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 E) 6/7
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Resolução:
Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu
volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷= Resposta “B”
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
Questões
PROPORÇÃO
01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades
É uma igualdade entre duas razões. formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐 que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama- mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
se proporção. irmãos, é igual a
Onde: (A) 30
(B) 32;
(C) 34;
(D) 36.

02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da


- Propriedades da Proporção universidade na qual estudou. Para a biblioteca de
1 - Propriedade Fundamental matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca
de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca
é, a . d = b . c de física será
(A) 16.
Exemplo: (B) 22.
45 9 (C) 20.
Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como
30 6
(D) 24.
9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos:
(E)18.
45.6 = 30.9 = 270
03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro
entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois
para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

Matemática 11
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APOSTILAS OPÇÃO

absoluto da diferença entre as capacidades desses dois


reservatórios, em litros, é igual a
(A) 8000.
4 - Divisão proporcional.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500. DIVISÃO PROPORCIONAL
(E) 9000.
Respostas Uma forma de divisão no qual determinam-se
01. Resposta: D. valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..)
Pelo enunciado temos que: previamente determinados, mantêm-se uma razão que não
A=3 tem variação.
B=C–3
C Divisão Diretamente Proporcional
D = 18
Como eles são proporcionais podemos dizer que: - Divisão em duas partes diretamente proporcionais
𝐴 𝐶 3 𝐶 Para decompor um número M em duas partes A e B
= → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18 diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com
duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das
Vamos resolver a equação do 2º grau: partes seja A + B = M, mas
𝐴 𝐵
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 =
𝑝 𝑞
𝑥=
2𝑎 A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀
= = = =𝑲
−(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225 𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞
→ →
2.1 2

3 ± 15
O valor de K é que proporciona a solução pois: A
→ = K.p e B = K.q
2

3 + 15 18 3 − 15 −12 Exemplos:
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
2 2 2 2 1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B
diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de
Como não existe idade negativa, então vamos considerar modo que A + B = 200, cuja solução segue de:
somente o 9. Logo C = 9
B=C–3=9–3=6 𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36 = = = = 𝟒𝟎
2 3 5 5
02. Resposta: E. Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e
X = total de livros B=40.3 = 120
Matemática = ¾ x , restou ¼ de x
Física = 1/3.1/4 = 1/12 2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a
Química = 36 livros 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver
este problema basta tomar A – B = 40 e escrever:
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x
Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12 𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40
Logo: = = = =𝟖
8 3 5 5
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥
12 Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B =
432 8.3 = 24
→ 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = →𝑥
2
= 216 - Divisão em várias partes diretamente proporcionais
Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn
Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos: diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
1 216
. 216 = = 18 sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2
12 12 + ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P.
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
03. Resposta: B. = =⋯=
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
Primeiro:2k A solução segue das propriedades das proporções:
Segundo:5k 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2 = =⋯= = = =𝑲
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃
Primeiro: 2.2 = 4
Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão
Segundo5.2=10
em duas partes proporcionais.
Diferença: 10 – 4 = 6 m³
1m³------1000L
Exemplos:
6--------x
1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
x = 6000 l
Referências
diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240
Estatística Descritiva e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://educacao.globo.com

Matemática 12
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APOSTILAS OPÇÃO

𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240 𝑀
= = = = = 𝟐𝟎 = =𝑲
2 4 6 𝑃 12 1 1 1
+ + ⋯+
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120
Exemplos:
2) Determinar números A, B e C diretamente 1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C
proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480 inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
A solução segue das propriedades das proporções: sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C
= 220. Desse modo:
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
= = = = = −𝟔𝟎
2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8 𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220
= = = = = 240
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12
Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = -
360. A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B =
Também existem proporções com números negativos. 240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40
Divisão Inversamente Proporcional
2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais
- Divisão em duas partes inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as
Para decompor um número M em duas partes A e B proporções:
inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a 𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120
1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q. = = = = =
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas
incógnitas tal que A + B = M. Desse modo: logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13
Existem proporções com números fracionários!
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞 Divisão em partes direta e inversamente
proporcionais
O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B
= K/q. - Divisão em duas partes direta e inversamente
proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B
Exemplos: diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em
inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta
tal que A + B = 120, de modo que: montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de
forma que A + B = M e além disso:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6
= = = = = 144 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝐵
1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5
= = = = =𝑲
𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑
Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 =
48
O valor de K proporciona a solução pois: A =
2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais K.c/p e B = K.d/q.
a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para
resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim:
Exemplos:
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10
= = = = 240 diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24 proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 = 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58
30 = = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35
- Divisão em várias partes inversamente
Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30
proporcionais
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a
inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor
4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a
este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente
diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
escrever que A – B = 21 resolver as proporções:
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas,
assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso 𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21
= = = = 72
𝐵1 𝑥2 𝑥𝑛 4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24
= =⋯=
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛
Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27
Cuja solução segue das propriedades das proporções:
Divisão em n partes direta e inversamente
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 proporcionais
= =⋯= = Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
1 1 1 1 1 1
+ +⋯ diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛

Matemática 13
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APOSTILAS OPÇÃO

proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M Resolução:
em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1, v = idade do mais velho
p2/q2, ..., pn/qn. Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas novo:
exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso Qn = 12
Pela regra geral da divisão temos:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288
= =⋯=
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛 A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 –
12 = 9
A solução segue das propriedades das proporções: Pela regra geral da divisão temos:
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 Resposta A
= =⋯= 𝑝 =𝑝 𝑝 𝑝 =𝑲
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1
+ 2 +⋯+ 𝑛
𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛 3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos
de idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi
Exemplos: dividido entre elas, em quantidades inversamente
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C proporcionais às suas respectivas idades. Qual o número de
diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente processos recebido pela mais jovem?
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3 A) 90
equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que: B) 80
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115
= = = = = 100 C) 60
1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20 D) 50
E) 30
Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 =
40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50 Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes
inversamente proporcionais, para a resolução da mesma
2) Determinar números A, B e C diretamente temos que:
proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4
e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10. 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
A montagem do problema fica na forma: = = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
= = = = = O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B =
1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69 K/q.

A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:


= K.p3/q3 = 40/69 p = 20 anos (funcionária de menor idade)
q = 30 anos
Problemas envolvendo Divisão Proporcional Como será dividido os processos entre as duas, logo cada
1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma uma ficará com A e B partes que totalizam 150:
casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao A + B = 150 processos
número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três
pessoas e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi 𝐴 𝐵 150 150
de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda? = = =
1 1 1 1 1 1
A) 320,00 + +
𝑝 𝐵 20 30 20 30
B) 410,00
C) 450,00 150.20.30 90000
D) 480,00 = = = 𝟏𝟖𝟎𝟎
20 + 30 50
E) 520,00
A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos.
Resolução: Questões
Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas 01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática –
A + B = 1280 IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280 três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são
+ = = = 160
3 5 3+5 8 de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
(A) R$ 420.000,00
A = K.p = 160.3 = 480 (B) R$ 250.000,00
Resposta D (C) R$ 360.000,00
(D) R$ 400.000,00
2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no (E) R$ 350.000,00
transporte de 21 caixas que continham equipamentos
elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de 02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Quatro
caixas entre si, na razão inversa de suas respectivas idades. Se funcionários dividirão, em partes diretamente proporcionais
ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas, aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00.
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era? Sabe-se que dentre esses quatro funcionários um deles já
A) 32 possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados,
B) 34 outro possui 6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa
C) 35 divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o número de
D) 36 anos dedicados para a empresa, desse último funcionário
E) 38 citado, é igual a

Matemática 14
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) 5. Quanto MAIOR o


(B) 7. Nº de grau de dificuldade de
(C) 2. funcionário x Direta um serviço, MAIS
(D) 3. grau dificuldade funcionários deverão
(E) 4. ser contratados
MAIS serviço a ser
03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo Serviço x
Direta produzido exige MAIS
– FCC) Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de tempo
tempo para realiza-lo
reais para a construção de três escolas de educação infantil. A Quanto MAIOR for
área a ser construída em cada escola é, respectivamente, 1.500 Serviço x a eficiência dos
m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é Direta
eficiência funcionários, MAIS
diretamente proporcional a área a ser construída. serviço será produzido
Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola Quanto MAIOR for
com 1.500 m² é, em reais, igual a Serviço x o grau de dificuldade
(A) 22,5 milhões. grau de Inversa de um serviço, MENOS
(B) 13,5 milhões. dificuldade serviços serão
(C) 15 milhões. produzidos
(D) 27 milhões. Quanto MAIOR for
(E) 21,75 milhões. a eficiência dos
Tempo x funcionários, MENOS
Respostas Inversa
eficiência tempo será necessário
para realizar um
01. Resposta: C. determinado serviço
5x + 8x + 12x = 750.000 Quanto MAIOR for
25x = 750.000 o grau de dificuldade
x = 30.000 Tempo x
de um serviço, MAIS
O mais velho receberá: 1230000=360000 grau de Direta
tempo será necessário
dificuldade
para realizar
02. Resposta: D. determinado serviço
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000 Exemplos:
x = 2000 1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000 O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
álcool.
03. Resposta: A. Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
1500x + 1200x + 900x = 54000000 consumido.
3600x = 54000000 Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
x = 15000 mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5 correspondem em uma mesma linha:
milhões.
Distância (km) Litros de álcool
180 ---- 15
5 - Regras de três simples e 210 ---- x
compostas.
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”),
vamos colocar uma flecha:
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de
ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
de um processo prático, chamado regra de três simples. de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que
Vejamos a tabela abaixo: estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
Grandezas Relação Descrição “litros de álcool”:
MAIS funcionários
Nº de
contratados demanda
funcionário x Direta
MAIS serviço
serviço
produzido
MAIS funcionários
Nº de Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
contratados exigem
funcionário x Inversa
MENOS tempo de
tempo 180 15
trabalho =
MAIS eficiência 210 𝑥
Nº de (dos funcionários) → 𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
funcionário x Inversa exige MENOS 180: 30 15 1806 15
= =
eficiência funcionários 210: 30 𝑥 2107 𝑥
contratados

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→ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em
105 300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso.
→ 6𝑥 = 7.156𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool. Questões

2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu 01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de


gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte
velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse informação sobre o número de casos de dengue na cidade de
percurso? Campinas.

Indicando por x o número de horas e colocando as


grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
uma mesma linha, temos:

Velocidade (km/h) Tempo (h)


50 ---- 7
80 ---- x

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos


colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica


reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade
e tempo são inversamente proporcionais. No nosso De acordo com essas informações, o número de casos
esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014,
“velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da teve um aumento em relação ao número de casos registrados
coluna “tempo”: em 2007, aproximadamente, de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das
flechas. Assim, temos: 02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo –
7 80 7 808 VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto sobre o
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é
𝑥 50 𝑥 50
correto afirmar que o valor total desse título era de
35 (A) R$ 345,00.
𝑥= → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 (B) R$ 346,50.
8
(C) R$ 350,00.
Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), (D) R$ 358,50.
então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos (E) R$ 360,00.
aproximadamente.
03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e
competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 o valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o
km/h, que tempo teria gasto no percurso? carro em questão?
(A) R$24.300,00
Vamos representar pela letra x o tempo procurado. (B) R$29.700,00
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (C) R$30.000,00
(180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo (D)R$33.000,00
(20 s e x s). (E) R$36.000,00
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os
outros três. Respostas

01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto ano %
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas 11442 ------- 100
são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 17136 ------- x
são inversamente proporcionais aos números 20 e x. 11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%
Daí temos: (aproximado)
3600 149,8% – 100% = 49,8%
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = Aproximando o valor, teremos 50%
300
𝑥 = 12

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02. Resposta: C.
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$
315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ % Simplificando as proporções obtemos:
315 ------- 90 4 2 4.5
x ------- 100 = → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2
90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00
Resposta: Em 10 dias.
03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para
90% do valor total. pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de
Valor % serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos
27000 ------ 90 empregados ainda devem ser contratados para que a obra seja
X ------- 100 concluída no tempo previsto?
27000 909 27000 9
= 10 → = → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000 Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
𝑥 100 𝑥 10
→ x = 30000. As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica
REGRA DE TRÊS COMPOSTA reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido
O processo usado para resolver problemas que envolvem contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:
mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente
300 dessas peças? proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo
grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas sentido da flecha da coluna “pessoas”:
de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma
linha. Na coluna em que aparece a variável x (“dias”),
coloquemos uma flecha:

Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210
No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna = 105 pessoas.
“peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
“dias”:
Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO


ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores
trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas
As grandezas máquinas e dias são inversamente proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em
proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número um dia, trabalhando por dia, o tempo de
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será (A) 8 horas e 15 minutos.
indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no (B) 9 horas.
sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: (C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma


equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a
4800 m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários,
4 trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
x calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
 6 160  (B) 5000 m²
segundo a orientação das flechas  . :
 8 300  (C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

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03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez


funcionários de uma repartição trabalham 8 horas por dia,
durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um 6 - Percentagens.
funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e
outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas, PORCENTAGEM
trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo ritmo de
trabalho, será: Razões de denominador 100 que são chamadas de
(A) 29. razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de
(B) 30. porcentagem. Servem para representar de uma
(C) 33. maneira prática o "quanto" de um "todo" se está
(D) 28. referenciando.
(E) 31. Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do
Respostas símbolo % (Lê-se: “por cento”).

01. Resposta: D. 𝒙
Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x. 𝒙% =
𝟏𝟎𝟎
M² varredores horas
6000--------------18-------------- 5 Exemplo:
7500--------------15--------------- x Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
Quanto mais a área, mais horas (diretamente moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
proporcionais) Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de
18
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
proporcionais)
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
5 6000 15
= ∙
𝑥 7500 18 18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18 30 100
90000𝑥 = 675000 E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 divido 18 por 30, obtendo:
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7
horas e 30 minutos. 18
= 0,60(. 100%) = 60%
30
02. Resposta: D.
Operários horas dias área - Lucro e Prejuízo
20-----------------8-------------60-------4800 É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
15----------------10------------80-------- x Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo: negativa, temos prejuízo(P).
4800 20 8 60
= ∙ ∙ Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
𝑥 15 10 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000 Podemos ainda escrever:
𝑥 = 6000𝑚² C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P
03. Resposta: B.
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento A forma percentual é:
esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia
, passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de
9 horas, nesta condições temos:

Funcionários horas dias


10---------------8--------------27
Exemplo:
8----------------9-------------- x
Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
Determinar:
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
trabalhados (inversamente proporcionais).
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser
Resolução:
trabalhados (inversamente proporcionais).
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100
→ Lucro = R$ 25,00
Funcionários horas dias
8---------------9-------------- 27 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
10----------------8----------------x 𝑎) . 100% ≅ 33,33%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
27 8 9
= ∙ → x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias. 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑥 10 8
𝑏) . 100% = 25%
Referências
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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- Aumento e Desconto Percentuais (A) 1/5.


A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo (B) 1/6.
𝒑
por (𝟏 + ).V . (C) 2/5.
𝟏𝟎𝟎
Logo: (D) 2/9.
𝒑 (E) 3/5.
VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como
Exemplo: resultado
1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá- (A) 150
lo por 1,20, pois: (B) 159,50;
20
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V (C) 165,60;
100
(D) 169,50.
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo Respostas
𝒑
por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎 01. Resposta: A.
Logo:
𝒑 Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu
V D = (𝟏 − ).V preço original, temos que:
𝟏𝟎𝟎
100% + 20% = 120%
Exemplo: Precisamos encontrar o preço original (100%) da
Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
0,60, pois: Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
40
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V R$ %
100
108 ---- 120
𝒑 𝒑 X ----- 100
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para 90,00
resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
acréscimo ou decréscimo no valor do produto. representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
- Aumentos e Descontos Sucessivos Então Marcos pagou R$ 67,50.
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos 02. Resposta: B.
uso dos fatores de multiplicação. 15 30
* Dep. Contabilidade: . 20 = = 3 → 3 (estagiários)
100 10
Vejamos alguns exemplos:
20 200
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um * Dep. R.H.: . 10 = = 2 → 2 (estagiários)
100 100
único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
100 ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
significam um único aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 03. Resposta: D.
21% e não a 20%. 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um Referências


IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
único desconto de: Estatística Descritiva
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
100
http://www.porcentagem.org
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que http://www.infoescola.com
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36% 7 - Equações e inequações
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a de 1.º e de 2.º graus.
36% e não a 40%.

Questões
EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com Equação é toda sentença matemática aberta que exprime
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de: uma relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y,
(A) R$ 67,50 z,...).
(B) R$ 90,00 Exemplos:
(C) R$ 75,00 2x + 8 = 0
(D) R$ 72,50 5x – 4 = 6x + 8

02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem - Não são equações:


20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O 4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários, x – 5 < 3 (Não é igualdade)
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários 5 ≠ 7 (não é sentença aberta, nem igualdade)
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a

Matemática 19
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Termo Geral da equação do 1º grau Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um
Onde a e b (a≠0) são números conhecidos e a diferença de total de 28 gols, então, o número de jogos em que foram
0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados marcados 2 gols é:
obtemos: (A) 3.
(B) 4.
ax + b – b = 0 – b → ax = -b → x = -b / a (C) 5.
(D) 6.
Termos da equação do 1º grau (E) 7.

3x + 2 = x - 4 02. Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente


Nesta equação cada membro possui dois termos: entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro
1º membro composto por 3x e 2 que ganhou e 1/3(um terço) do restante de cada uma foi
2º membro composto pelo termo x e -4 colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos
reais), qual foi a quantia dividida inicialmente?
Resolução da equação do 1º grau (A) R$900,00
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau (B) R$1.800,00
é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um (C) R$2.700,00
dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é (D) R$5.400,00
invertermos as operações. Vejamos
Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os 03. Um grupo formado por 16 motoristas organizou um
termos que tem x para um lado e os números para o outro churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles
invertendo as operações. desistiram de participar. Para manter o churrasco, cada um
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
equação → x = 150 O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
Outros exemplo: (B) R$ 980,50
Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações. (C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se (E) R$ 1.520,00
que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é Respostas
igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos
a multiplicação por 3). 01. Resposta: E.
Registro: 0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
3x – 2 = 16 0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2
3x = 16 + 2 x=7
3x = 18
18 02. Resposta: D.
x= Quantidade a ser recebida por cada um: x
3 Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu
x=6 R$900,00, quer dizer que cada uma colocou R$300,00.
𝑥
Há também um processo prático, bastante usado, que se 𝑥 3
= + 300
baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual. 3 2
- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
𝑥 𝑥
= + 300
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no 3 6
lado esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no 𝑥 𝑥
lado direito da igualdade. − = 300
3 6
- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.
2𝑥 − 𝑥
Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando = 300
6
no lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado
direito da igualdade. 𝑥
= 300
6
Questões x = 1800
Recebida: 1800.3=5400
01. O gráfico mostra o número de gols marcados, por jogo,
de um determinado time de futebol, durante um torneio. 03. Resposta: E.
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em


sua composição incógnitas, coeficientes, expoentes e um sinal

Matemática 20
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APOSTILAS OPÇÃO

de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o


maior expoente de uma das incógnitas. 2º Caso) A equação é da forma ax2 + c = 0.
x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma
diferença de dois quadrados.
Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0. (x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos reais
temos:
Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números x+4=0 x–4=0
reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes da x=–4 x=4
equação. ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a
Equação completa e incompleta: segunda propriedade).
- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz Logo, S = {–4, 4}.
completa.
Exemplos: Resolução das equações completas do 2º grau com
x2 - 5x + 6 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c uma incógnita.
= 6). Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de
-3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = -3, b = 2, c Bháskara. Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou
= -15). fórmula de Bháskara.

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se


diz incompleta.
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c
= 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de
uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai
escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações depender do discriminante Δ; temos então, três casos a
convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o estudar.
multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma.
Exemplo: Pelo princípio aditivo. Duas raízes reais distintas.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0 b 
3x2 – 7x + 3 = 0 Δ>0 x' 
1º caso 2.a
Exemplo: Pelo princípio multiplicativo. (Positivo)
2 1
 
x
b 
x 2 x4 x '' 
2.a
4.x  4  xx  4 2x 2

2 x x  4  2 x x  4 Duas raízes reais iguais.
Δ=0
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2
4x – 16 – x2 + 4x = 2x2 2º caso b
(Nulo) x’ = x” =
– x2 + 8x – 16 = 2x2
2a
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
– 3x2 + 8x – 16 = 0
Δ<0 Não temos raízes reais.
Raízes de uma equação do 2º grau 3º caso
Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma (Negativo)
equação, transforma-a numa sentença verdadeira. As raízes
formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
Resolução das equações incompletas do 2º grau com duas ou uma única dependem, exclusivamente, do
uma incógnita. discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa
Primeiramente devemos saber duas importante expressão.
propriedades dos números Reais que é o nosso conjunto
Universo. Exemplo:
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
1º) Se x ϵ R, y ϵ R e x.y=0, então x= 0 ou y=0 Temos: a = 3, b = 7 e c = 9
2º) Se x ϵ R, y ϵ R e x2=y, então x= √y ou x=-√y

1º Caso) A equação é da forma ax2 + bx = 0. −7 ± √−59


x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência 𝑥=
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos reais temos: 6
x=0 ou x–9=0 Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
x=9 Então: S = ᴓ
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

Matemática 21
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APOSTILAS OPÇÃO

Relação entre os coeficientes e as raízes ∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4


As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas
raízes, são as chamadas relações de Girard, que são a Soma (S) 𝑥=
−(−6)±√4
⇒𝑥=
6±2
e o Produto (P). 2.1 2

6+2
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒃 𝑥1 = =4
2
𝒂
6−2
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 =
𝒄 𝑥2 = =2
2
𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma: Dobro da menor raiz: 22=4

Referências
x2 – Sx + P=0 www.somatematica.com.br
Exemplo:
Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os INEQUAÇÃO DO 1º GRAU
números 2 e 7.
Resolução: Inequação é toda sentença aberta expressa por uma
Pela relação acima temos: desigualdade.
S = 2+7 = 9 e P = 2.7 = 14 → Com esses valores montamos Uma inequação do 1º grau pode ser expressa por:
a equação: x2 -9x +14 =0
ax + b > 0 ; ax + b ≥ 0 ; ax + b < 0 ; ax + b ≤ 0 , onde a ∈
R* e b ∈ R.
Questões
A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se
01. Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma primeiro membro da inequação. A expressão à direita do sinal
equação de segundo grau, o valor de m deverá, de desigualdade chama-se segundo membro da inequação.
necessariamente, ser diferente de:
(A) 1. Propriedades
(B) 2. - Aditiva: Uma desigualdade não muda de sentido quando
(C) 3. adicionamos ou subtraímos um mesmo número aos seus dois
(D) 0. membros.
(E) 9.

02. Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?


(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0
- Multiplicativa: Aqui teremos duas situações que
03. O dobro da menor raiz da equação de 2º grau dada por devemos ficar atentos:
x²-6x=-8 é: 1º) Uma desigualdade não muda de sentido quando
(A) 2 multiplicamos ou dividimos seus dois membros por um
(B) 4 mesmo número positivo.
(C) 8
(D) 12
Respostas

01. Resposta: C.
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3
2º) Uma desigualdade muda de sentido quando
02. Resposta: D. multiplicamos ou dividimos seus dois membros por um
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação: mesmo número negativo.
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas
raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas
raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 5
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
3 3
𝑃 =1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 Exemplo:
2 2
Resolver a inequação – 5x + 10 ≥ 0 em U = R
5 3 -5x + 10 ≥ 0 → -5x ≥ -10, como o sinal do algarismo que
𝑥2 − 𝑥 + = 0 acompanha x é negativo, multiplicamos por (-1) ambos os
2 2
lados da desigualdade → 5x ≤ 10 (ao multiplicarmos por -1
2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0 invertemos o sinal da desigualdade) → x ≤ 2.
S = {x є R | x ≤ 2}
03. Resposta: B.
x²-6x+8=0 Um outro modo de resolver o mesmo exemplo é através do
estudo do sinal da função:

Matemática 22
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APOSTILAS OPÇÃO

y = -5x + 10, fazemos y = 0 (como se fossemos achar o zero Ou seja, poderá ser 39 valores diferentes.
da função)
-5x + 10 = 0 → -5x = -10 → 5x = 10 → x = 2. 02. Resposta: D.
Temos uma função do 1º grau decrescente, pois a < 0 (a = - Se a cada x questões certas ele ganha 4x pontos então
5 < 0). quando erra (25 – x) questões ele perde (25 – x)(-1) pontos, a
soma desses valores será positiva quando:
4X + (25 -1 )(-1) > 0 → 4X – 25 + x > 0 → 5x > 25 → x > 5
O aluno deverá acertar no mínimo 6 questões.

03. Resposta: C.
4x + 2 – 2 > x -12
Como queremos os valores maiores e iguais, pegamos os 4x + 2x – x > -12 +2
valores onde no gráfico temos o sinal de ( + ) , ou seja os valores 5x > -10
que na reta são menores e iguais a 2; x ≤ 2. x > -2
Se enumerarmos nosso conjunto verdade teremos: V= {-
- Inequações do 1º grau com duas variáveis 1,0,1, 2,...}, logo nosso menor número inteiro é -1.
Denominamos inequação toda sentença matemática
aberta por uma desigualdade. Referências
www.somatematica.com.br
As inequações podem ser escritas das seguintes formas:
ax + b > 0;
INEQUAÇÃO DO 2º GRAU
ax + b < 0;
ax + b ≥ 0;
Chamamos de inequação do 2º toda desigualdade pode ser
ax + b ≤ 0.
representada da seguinte forma:
Onde a, b são números reais com a ≠ 0.
ax2 + bx + c > 0 , ax2 + bx + c < 0 , ax2 + bx + c ≥ 0 ou ax2
- Representação gráfica de uma inequação do 1º grau
+ bx + c ≤ 0
com duas variáveis. Método prático:
1) Substituímos a desigualdade por uma igualdade.
A sua resolução depende do estudo do sinal da função y =
2) Traçamos a reta no plano cartesiano.
ax2 + bx + c , para que possamos determinar os valores reais
3) Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto
de x para que tenhamos, respectivamente:
(0, 0) e verificamos se o mesmo satisfaz ou não a desigualdade
y > 0 , y < 0 , y ≥ 0 ou y ≤ 0.
inicial.
3.1) Em caso positivo, a solução da inequação corresponde
E para o estudo do sinal, temos os gráficos abaixo:
ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar.
3.2) Em caso negativo, a solução da inequação corresponde
ao semiplano oposto aquele ao qual pertence o ponto auxiliar.

Questões

01. Quantos são os números inteiros x que satisfazem à


inequação 3 < √x < 7?
(A) 13;
(B) 26;
(C) 38;
(D) 39;
(E) 40.

02. A pontuação numa prova de 25 questões é a seguinte:


+ 4 por questão respondida corretamente e –1 por questão
respondida de forma errada. Para que um aluno receba nota Exemplo:
correspondente a um número positivo, deverá acertar no Resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
mínimo:
(A) 3 questões Δ = b2 – 4.a.c → Δ = 102 – 4.3.7 = 100 – 84 = 16
(B) 4 questões −10 ± √16 −10 ± 4
(C) 5 questões 𝑥= →𝑥=
2.3 6
(D) 6 questões −10 + 4 −6
(E) 7 questões 𝑥′ = = = −1
→{ 6 6
−10 − 6 14 7
03. O menor número inteiro que satisfaz a inequação 4x + 𝑥 ′′ = =− =−
6 6 3
2 (x-1) > x – 12 é:
(A) -2.
(B) -3. Agora vamos montar graficamente o valor para que assim
(C) -1. achemos os valores que satisfaçam a mesma.
(D) 4.
(E) 5.
Respostas
01. Resposta: D.
Como só estamos trabalhando com valores positivos, Como queremos valores menores que zero, vamos utilizar
podemos elevar ao quadrado todo mundo e ter 9 < x < 49,
o intervalo onde os mesmos satisfaçam a inequação, logo a
sendo então que x será 10, 11, 12, 13, 14, ..., 48.
solução para equação é:

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APOSTILAS OPÇÃO

S = {x ϵ R | -7/3 < x < -1}

Questões

01. O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no


universo do números reais é:
(A) ∅
(B) R a solução é 2 < x < 7, neste intervalo os números naturais
1
(C) { } são: 3, 4, 5 e 6.
3
1 3.4.5.6 = 360
(D) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ }
3
1
(E) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≠ } 03. Resposta: C.
3
Para que exista a raiz quadrada da função temos que ter 9
– x2 ≥ 0. Porém como o denominador da fração tem que ser
02. O produto dos elementos do conjunto 𝐴 = {𝑥 ∈
diferente de zero temos que 9 – x2 > 0.
𝑁|(𝑥 − 2). (7 − 𝑥) > 0} é:
- x2 + 9 >0
(A) 60
As soluções desta equação do 2° grau são 3 e – 3.
(B) 90
Fazendo o gráfico, a < 0, parábola voltada para baixo:
(C) 120
(D) 180
(E) 360

03. Em R, o domínio mais amplo possível da função, dada


1
por 𝑓(𝑥) = 2
, é o intervalo:
√9−𝑥
(A) [0; 9]
(B) ]0; 3[ A solução é – 3 < x < 3 ou ]- 3; 3[
(C) ]- 3; 3[
(D) ]- 9; 9[
(E) ]- 9; 0[ 8 – Sistemas de equações do
1º grau.
Respostas

01. Resposta: C. SISTEMA DO 1º GRAU


Resolvendo por Bháskara:
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 Um sistema de equação do primeiro grau com duas
∆= (−6)2 − 4.9.1 incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto formado
∆= 36 − 36 = 0 por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação
𝑥=
−𝑏±√∆ do primeiro grau é aquela que em todas as incógnitas estão
2𝑎 elevadas à potência 1.
−(−6)±√0
𝑥=
2.9
𝑥=
6±0
=
6
=
1
(delta igual a zero, duas raízes iguais) - Observações gerais
18 18 3 Já estudamos sobre equações do primeiro grau com duas
incógnitas, como exemplo: x + y = 7; x – y = 30 ; x + 2y = 9 x –
Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima: 3y = 15
Foi visto também que as equações do 1º grau com duas
variáveis admitem infinitas soluções:
x+y=6x–y=7

1
S={ }
3

02. Resposta: E. Vendo a tabela acima de soluções das duas equações, é


(x – 2).(7 – x) > 0 (aplicando a distributiva) possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a solução
7x – x2 – 14 + 2x > 0 para as duas equações.
- x2 + 9x – 14 > 0
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 Assim, é possível dizer que as equações
∆= 92 − 4. (−1). (−14) x+y=6
∆= 81 − 56 = 25 x–y=7
−9±√25
𝑥=
2.(−1) { Observe este símbolo. A matemática convencionou
−9±5 −9+5 −4 −9−5 −14
𝑥=  𝑥1 = = = 2 ou 𝑥2 = = =7
−2 −2 −2 −2 −2 neste caso para indicar que duas ou mais equações formam um
sistema.
Fazendo o gráfico, a < 0 parábola voltada para baixo:

Matemática 24
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APOSTILAS OPÇÃO

- Resolução de sistemas Vamos calcular então:


Resolver um sistema significa encontrar um par de valores 3x + 2y = 4 ( x +2)
das incógnitas x e y que faça verdadeira as equações que fazem 2x + 3y = 1 ( x -3)
parte do sistema. 6x +4y = 8
-6x - 9y = -3 +
Exemplo: -5y = 5
O par (4,3 ) pode ser a solução do sistema y = -1
x–y=2
x+y=6 Substituindo:
2x + 3y = 1
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta 2x + 3.(-1) = 1
substituir os valores em ambas as equações: 2x = 1 + 3
x-y=2 ; x+y=6 x=2
4–3=1 ;4+3=7
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso) Verificando:
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do 3x + 2y = 4 → 3.(2) + 2(-1) = 4 → 6 – 2 = 4
sistema de equações acima. 2x + 3y = 1 → 2.(2) + 3(-1) = 1 → 4 – 3 = 1

- Métodos para solução de sistemas do 1º grau. - Gráfico de um sistema do 1º grau


Dispondo de dois pontos, podemos representa-los
Método de substituição graficamente em um plano cartesiano. A figura formada por
Esse método de resolução de um sistema de 1º grau esses pontos é uma reta.
estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita é substituir Exemplo:
esse valor na outra equação. Dado x + y = 4 , vamos traçar o gráfico desta equação.
Observe: Vamos atribuir valores a x e a y para acharmos os pontos no
x–y=2 gráfico.
x+y=4 Unindo os pontos traçamos a reta, que contém todos os
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de pontos da equação. A essa reta damos o nome de reta suporte.
uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de acordo com
a outra incógnita, desta forma:
x–y=2→x=2+y
Agora iremos substituir o “x” encontrado acima, na “x” da
segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y ) + y = 4
2 + 2y = 4 → 2y = 4 – 2 → 2y = 2 → y = 1
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
x=3
Assim, o par (3, 1) torna-se a solução verdadeira do
sistema.
Questões
Método da adição
Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste 01. Em uma gincana entre as três equipes de uma escola
apenas em somas os termos das equações fornecidas. (amarela, vermelha e branca), foram arrecadados 1 040
Observe: quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50
x–y=-2 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
3x + y = 5 quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas: alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em
x – y = -2 quilogramas, igual a
3x + y = 5 + (A) 310
4x = 3 (B) 320
x = 3/4 (C) 330
Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações (D) 350
o termo “y” se anula. Isto tem que ocorrer para que possamos (E) 370
achar o valor de “x”.
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os 02. Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha
valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma Nacional de Desarmamento recebem valores de indenização
incógnita? entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e calibre do
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de armamento. Em uma determinada semana, a campanha
multiplicação pelo valor excludente negativo. arrecadou 30 armas e pagou indenizações somente de
Ex.: R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
3x + 2y = 4 Determine o total de indenizações pagas no valor de
2x + 3y = 1 R$150,00.
(A) 20
Ao somarmos os termos acima, temos: (B) 25
5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o (C) 22
valor de “y”, fazemos o seguinte: (D) 24
» multiplica-se a 1ª equação por +2 (E) 18
» multiplica-se a 2ª equação por – 3

Matemática 25
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APOSTILAS OPÇÃO

03. A razão entre a idade de Cláudio e seu irmão Otávio é Com a ϵ R* e b ϵ R.


3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade de Marcos que O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números
é igual a diferença entre a idade de Cláudio e a idade de Otávio reais (R) e o conjunto imagem coincide com o contradomínio,
é Im = R.
(A) 12. Quando b = 0, chamamos de função linear.
(B) 13.
(C) 14.
(D) 15.
(E) 16.
Respostas

01. Resposta: E.
Amarela: x
Vermelha: y Tipos de Função
Branca: z Função constante: é toda função definida f: R → R, para
x = y + 50 cada elemento de x, temos a mesma imagem, ou seja, o mesmo
y = z - 30 f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.
z = y + 30
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1040 Observe os gráficos abaixo da função constante
{ 𝑥 = 𝑦 + 50
𝑧 = 𝑦 + 30
Substituindo a II e a III equação na I:
𝑦 + 50 + 𝑦 + 𝑦 + 30 = 1040
3𝑦 = 1040 − 80
y = 320
Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg A reresentação gráfica de uma função do constante, é uma
reta paralela ao eixo das abscissas ou sobre o eixo (igual ao
02. Resposta: A. eixo abscissas).
Armas de R$150,00: x
Armas de R$450,00: y Função Identidade
150𝑥 + 450𝑦 = 7500 Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso
{
𝑥 + 𝑦 = 30 chamamos a função de identidade, notamos que os valores de
x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares
x = 30 – y e y = - x, quando corta os quadrantes pares.
Substituindo na 1ª equação: A reta que representa a função identidade é denominada
150(30 − 𝑦) + 450𝑦 = 7500 de bissetriz dos quadrantes ímpares:
4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500
300𝑦 = 3000
𝑦 = 10
𝑥 = 30 − 10 = 20
O total de indenizações foi de 20.

03. Resposta: C.
Cláudio :x
Otávio: y
𝑥
=3 E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.
𝑦
𝑥 = 3𝑦
{
𝑥 + 𝑦 = 28
𝑥 + 𝑦 = 28
3y + y = 28
4y = 28
y = 7 x = 21
Marcos: x – y = 21 – 7 = 14

9 - Funções e gráficos. Função Injetora: Quando para n elementos distintos do


domínio apresentam imagens também distintas no
contradomínio. Exemplo:

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU


POLINOMIAL DO 1º GRAU

Recebe ou é conhecida por um desses nomes, sendo por


definição: Toda função f: R → R, definida por:
Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando,
F(x) = ax + b uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar o gráfico da
função, uma única vez.

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APOSTILAS OPÇÃO

Função Sobrejetora: Quando todos os elementos do


contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do A função é dita ímpar quando para todo elemento x
domínio. Exemplo: pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja
os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas.
Observe o diagrama abaixo:

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora


quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o
eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma
vez o gráfico da função. Função crescente e decrescente
A função pode ser classificada de acordo com o valor do
coeficiente a (coeficiente angular da reta), se a > 0, a
função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A
função é caracterizada por uma reta.

Função Bijetora: uma função é dita bijetora quando é


injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. Exemplo:

Através do gráfico da função notamos que:


Exemplo: -Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função e o eixo x (horizontal) é agudo (< 90º) e
função bijetora. - Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x
que anula a função, isto é, o valor de x para que y ou f(x) seja
igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y


ou f(x) a valor de zero, então assim teremos uma equação do
1º grau, ax + b = 0.
Função Ímpar e Função Par
Dizemos que uma função é par quando para todo elemento Estudo do sinal da função:
x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores
Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. reais de x para que:
Par melhor compreensão observe o diagrama abaixo: - A função se anule (y = 0);

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APOSTILAS OPÇÃO

- A função seja positiva (y > 0); assinale a seguir a equação que descreve, em reais, o valor de
- A função seja negativa (y < 0). T:
(A) T = 3t
Vejamos abaixo o estudo do sinal: (B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35,
então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.
Respostas

01. Resposta: E.
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre
variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$


90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Exemplo: Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0). variação de quantidade (ΔQ) vendida, vamos usar o valor
Qual o valor de x que anula a função? encontrado para acharmos a quantidade de peças que
y=0 precisam ser produzidas:
2x – 4 = 0
2x = 4 ∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 =
4 ∆𝑄 ∆𝑄 100
x= → ∆𝑄 = 915
2
x=2 Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que
A função se anula para x = 2. deverão ser vendidas, em 10 dias, para que se obtenha como
lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00
Questões
02. Resposta: B.
01. O gráfico apresenta informações do lucro, em reais,
Equacionando as informações temos: 3 deve ser
sobre a venda de uma quantidade, em centenas, de um produto
multiplicado por t, pois depende da quantidade de tempo, e
em um hipermercado. acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D.
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

Referências
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora
Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora
Saraiva:1996

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU OU FUNÇÃO


Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do QUADRÁTICA
lucro e a variação da quantidade vendida e que se pretende ter
um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de Chama-se “função do 2º grau”, função quadrática, função
venda desse produto, então a média diária de unidades que polinomial do 2º grau ou função trinômio do 2º grau, toda
deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da
de: forma:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000. Com a, b e c reais e a ≠ 0.
(D) 9 050.
(E) 9 150. Onde:
a é o coeficiente de x2
02. Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00 por b é o coeficiente de x
hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma c é o termo independente
taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa final. Seja t o número de
horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, Exemplos:

Matemática 28
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APOSTILAS OPÇÃO

y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16 passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0 simetria. Vamos entender melhor o conceito analisando o
exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Representação gráfica da Função Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos
O gráfico da função é constituído de uma curva aberta que:
chamada de parábola. f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3
Exemplo:
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Conjunto Domínio e Imagem
Atribuindo à variável x qualquer valor real, obteremos em Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0,
correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da sua concavidade está voltada para cima, e o seu conjunto
função: imagem é dado por:
−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≥ } 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = [ ; +∞[
x y 𝟒𝒂 𝟒𝒂

-3 6

-2 2

-1 0

-1/2 -1/4
Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o
0 0 seu conjunto imagem é dado por:
−∆ −∆
1 2 𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≤ } 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = ]−∞; ]
𝟒𝒂 𝟒𝒂

2 6

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para


cima;
2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y neste caso, no 0
(zero)
Coordenadas do vértice da parábola
4) O valor do mínimo pode ser observado nas Como visto anteriormente a função apresenta como eixo
extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4 de simetria uma reta vertical que intercepta o gráfico num
ponto chamado de vértice.
Concavidade da Parábola As coordenadas do vértice são dadas por:
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau,
a parábola pode ter sua concavidade voltada para cima (a > 0)
ou voltada para baixo (a < 0).

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Vértice da parábola Valor máximo e valor mínimo da função definida por


Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou um polinômio do 2º grau
ponto de ordenada mínima, a esse ponto denominamos - Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
vértice. Dado por V (xv , yv). mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de mínimo e
a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de máximo e a
ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

- Eixo de simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz
com que possamos dizer que a parábola é simétrica a reta que

Matemática 29
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APOSTILAS OPÇÃO

Raízes ou zeros da função definida por um polinômio Questões


do 2º grau
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c 01. Duas cidades A e B estão separadas por uma distância
são os valores de x reais tais que f(x) = 0, ou seja são valores d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à
que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de cidade B. A distância d, em quilômetros, que o ciclista ainda
resolução da equação do 2º grau. precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do
ax2 + bx + c = 0 100−𝑡 2
tempo t, em horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = . Sendo
𝑡+1
A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em todo o
auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”. percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
b  (C) 90 Km/h
x , onde, = b2 – 4.a.c (D) 100 Km/h
2.a
02. Uma indústria produz mensalmente x lotes de um
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é
o eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do V(x)=3x²-12x e o custo mensal da produção é dado por
gráfico de uma função do 2º grau. C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença
entre o valor resultante das vendas e o custo da produção,
Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2). então o número de lotes mensais que essa indústria deve
Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e vender para obter lucro máximo é igual a
precisamos montar a sentença matemática que expresse a (A) 4 lotes.
função. (B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
Estudo da variação do sinal da função (D) 7 lotes.
Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os (E) 8 lotes.
valores reais de x que tornam a função positiva, negativa ou
nula. 03. A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela sobre a porta da entrada de um salão:
função dado a e Δ (delta).

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com


centro em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto
mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos
de apoio desse arco sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse
arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a
distância ̅̅̅̅
𝐴𝐵, em metros, é igual a
Observe que: (A) 2,1.
Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois (B) 1,8.
pontos distintos, e temos duas raízes reais distintas. (C) 1,6.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo dos x em (D) 1,9.
um ponto e temos duas raízes iguais. (E) 1,4.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo Respostas
dos x em nenhum ponto e não temos raízes reais.
01. Resposta: A.
Exemplo: Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
Considere a função quadrática representada pelo gráfico 100−02
abaixo, vamos determinar a sentença matemática que a define. 𝑑(0) = = 100𝑘𝑚
0+1

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0=
𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ
Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= -4 e x2 = 0), 02. Resposta: D.
podemos nos da forma fatorada temos: L(x)=3x²-12x-5x²+40x+40
f (x) = a.[ x – (-4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x . L(x)=-2x²+28x+40
O vértice da parábola é (-2,4), temos: 𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − = − = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
4 = a.(-2 + 4).(-2) → a = -1 2𝑎 −4
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (-x – 4x).x → -x2 – 4x

Matemática 30
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APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: B. - se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
C=0,81, pois é exatamente a distância de V - se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
F(x)=-x²+0,81 - se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
0=-x²+0,81 - se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15
X²=0,81
X=0,9 3. Lei de Recorrências
A distância AB é 0,9+0,9=1,8 Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o
valor do primeiro termo e um “caminho” (uma fórmula) que
Referências permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora
antecedente. Essa forma de apresentação de uma sucessão é
Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora chamada lei de recorrências.
Saraiva:1996
Exemplo:
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em
10 - Progressões que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4 , em que n ∈ N*.
aritméticas e geométricas.
Teremos: o primeiro termo já foi dado.
- a1 = 3
SEQUÊNCIAS - se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas - se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
sequências como, por exemplo, a sucessão de cidades que - se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = -
temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo 12
ou a sucessão das datas de aniversário dos alunos de uma
determinada escola. Observações
Podemos, também, adotar para essas sequências uma 1) Devemos observar que a apresentação de uma
ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o 1º termo, a2 para sequência através do termo geral é mais pratica, visto que
o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a
an é também chamado termo geral das sequências, em que n é necessidade de determinarmos os termos intermediários,
um número natural diferente de zero. Evidentemente, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de
daremos atenção ao estudo das sequências numéricas. recorrências.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um 2) Algumas sequências não podem, pela sua forma
último termo, ou, infinitas, quando não apresentam um último “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas nem pela
termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no lei das recorrências, nem pela formula do termo geral. Um
final. exemplo de uma sequência como esta é a sucessão de números
naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se
Exemplo: encontrar uma formula geral para seus termos.
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 3) Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o
13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no enunciado
a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc. estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4.
Lembrando que n é sempre um número natural.
1. Igualdade A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências,
As sequências são apresentadas com os seus termos entre uma delas a Progressão Aritmética.
parênteses colocados de forma ordenada. Sucessões que
apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)
consideradas sucessões diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e Definição: é uma sequência numérica em que cada termo,
somente se, apresentarem os mesmos termos, na mesma a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior somado
ordem. com uma constante que é chamada de razão (r).
Exemplo Como em qualquer sequência os termos são chamados de
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à a1, a2, a3, a4,.......,an,....
sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x = 5; y = 8; z = 15; e t
= 17. Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela
Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, diferença de um termo qualquer pelo termo imediatamente
0) são diferentes, pois, embora apresentem os mesmos anterior a ele.
elementos, eles estão em ordem diferente. r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1
2. Formula Termo Geral Exemplo:
Podemos apresentar uma sequência através de um - (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a 1 = 5 e razão r =
determinado valor atribuído a cada de termo a n em função do 4
valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta
formula que determina o valor do termo an é chamada formula Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a
do termo geral da sucessão. razão.
Exemplo: 1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo 2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
termo geral e igual a: 3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.
an = n2 – 2n,com n ∈ N*.
Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1

Matemática 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Fórmula do Termo Geral 2- Decrescente: quando cada termo é menor que o


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 <
então temos: 0 e q > 1.
1° termo: a1 3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal
2° termo: a2 = a1 + r contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r 4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r estacionaria.
. . . . . . 5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre
. . . . . . quando a1 = 0 ou q = 0.
. . . . . .
n° termo é: Fórmula do termo geral
𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 + (𝐧 − 𝟏). 𝐫 Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela
razão, então temos:
Fórmula da soma dos n primeiros termos: 1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
(𝐚𝟏 + 𝐚𝐧 ). 𝐧 3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
𝐒𝐧 = 4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
𝟐 5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
Propriedades: . . . . .
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos . . . . .
extremos é igual à soma dos extremos. . . . . .
Exemplo: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38,......)
n° termo é:
an = a1.qn – 1

Soma dos n primeiros termos:


𝐚𝟏 . (𝐪𝐧 − 𝟏)
𝐒𝐧 =
𝐪−𝟏
Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)
- como podemos observar neste exemplo, temos um Vamos ver um exemplo:
número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32,.....) de a1 = 2 e q =
1
meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade 2
da soma dos extremos. Porém, só existe termos médio se se colocarmos na forma decimal, temos
houver um número ímpar de termos. (2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125;.....) se efetuarmos
a somas destes termos:
P.G. – PROGRESSÃO GEOMETRICA 2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, 3,5 + 0,25 = 3,75
a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior 3,75 + 0,125 = 3,875
multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q). 3,875 + 0,0625 = 3,9375
Como em qualquer sequência os termos são chamados de 3,9375 + 0,03125 = 3,96875
a1, a2, a3, a4,.......,an,.... .
.
Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo .
quociente de um termo qualquer pelo termo imediatamente Como podemos observar o número somado vai ficando
anterior a ele. cada vez menor e a soma tende a um certo limite. Então temos
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎 a seguinte fórmula:
𝑞 = 2 = 3 = 4 = ⋯……… = 𝑛
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1
𝐚𝟏
Exemplos: 𝐒= → −𝟏 < 𝐪 < 𝟏
- (3, 6, 12, 24, 48,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 3 e
𝟏−𝐪
razão q = 2 2 2
−9 −9 Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = = = 4, logo
- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 1−
1 1
2 4 2 2

36 e razão q =
1 dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a 4.
2
5 5
- (15, 5, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão Produto da soma de n termos
3 9
1
q=
3 |𝐏𝐧 | = √(𝐚𝟏 . 𝐚𝐧 )𝐧
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2
e razão q = 3
Temos as seguintes regras para o produto, já que esta
Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o fórmula está em módulo:
primeiro termo e a razão. 1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. 2- No produto de n números negativos:
Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1. a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Matemática 32
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APOSTILAS OPÇÃO

Propriedades Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte


1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos formato:
equidistantes dos extremos é igual ao produto destes (1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1
extremos. Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra
Exemplo: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64,....) geral de formação da sequência, que está intrinsecamente
relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou
seja, i = (n + 1)/2;
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Daqui e de (1) obtemos que:
- como podemos observar neste exemplo, temos um an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz Logo:
quadrada do produto dos extremos. Porém, só existe a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
termos médio se houver um número ímpar de termos. a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
Questões a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

01. Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...) 04. Resposta: E.
(A) 339 Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma
(B) 337 da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1.
(C) 333 Assim:
(D) 331 S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma
02. Uma sequência inicia-se com o número 0,3. A partir do PG infinita para obter S1:
2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4
anterior menos 0,07. Dessa maneira o número que
corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7. 11 - Funções exponenciais e
(B) 0,23.
(C) –3,1.
logarítmicas.
(D) –0,03.
(E) –0,23.
FUNÇÃO EXPONENCIAL
03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …)
obedecem a uma lei de formação. Se an, em que n pertence a As funções exponenciais são aquelas que crescem ou
N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é decrescem muito rapidamente. Elas desempenham papéis
igual a: fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com
(A) 58 ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Economia,
(B) 59 Biologia, Psicologia e outras.
(C) 60
(D) 61 Definição
(E) 62 A função exponencial é a definida como sendo a inversa da
função logarítmica natural, isto é:
04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita
(3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
(A) 3,1 Podemos concluir, então, que a função exponencial é
(B) 3,9 definida por:
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4
Respostas Gráficos da Função Exponencial

01. Resposta: A. Função exponencial


r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45 0<a<1
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

02. Resposta: D.
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03

03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é
uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 - (10; 11; 12; 13; …).
- Domínio = lR
Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e
primeiro termo igual a 8 - (8; 9; 10; 11; …).

Matemática 33
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APOSTILAS OPÇÃO

- Contradomínio = lR+ A Constante de Euler


Existe uma importantíssima constante matemática
- f é injetora definida por
e = exp(1)
- f(x) > 0 , ⍱ x Є lR O número e é um número irracional e positivo e em função
da definição da função exponencial, temos que:
- f é continua e diferenciável em lR Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao
matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos
- A função é estritamente decrescente.
primeiros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
- limx→ -∞ ax = + ∞
e =
2,718281828459045235360287471352662497757
- limx→ +∞ ax = 0 Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode
ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é:
- y = 0 é assíntota horizontal ex = exp(x)

Construção do Gráfico de uma Função Exponencial


Função exponencial Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2 𝑥
a>1 Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os
pontos no gráfico.

X Y

-3 1
8

-2 1
4

-1 1
- Domínio = lR 2

- Contradomínio = lR+ 0 1

- f é injetiva 1 2

- f(x) > 0 , ⍱ x Є lR 2 4

- f é continua e diferenciável em lR 3 8

- A função é estritamente crescente.

- limx→ +∞ ax = + ∞

- limx→ -∞ ax = 0

- y = 0 é assíntota horizontal

Propriedades da Função Exponencial


Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y Questões
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx 01. As funções exponenciais são muito usadas para
- a-x = 1 / ax modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma
determinada região em um determinado período de tempo. A
Estas relações também são válidas para exponenciais de função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela o comportamento de
base e (e = número de Euller = 2,718...) uma determinada cidade quanto ao seu crescimento
- y = ex se, e somente se, x = ln(y) populacional em um determinado período de tempo, em que P
- ln(ex) =x é a população em milhares de habitantes e t é o número de
- ex+y= ex.ey anos desde 1980.
- ex-y = ex/ey Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa
- ex.k = (ex)k cidade?
(A) 1,023%

Matemática 34
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) 1,23%
(C) 2,3% De acordo com a definição de logaritmo o logaritmando
(D) 0,023% deve ser um número real positivo e já que 8 é um número real
(E) 0,23% positivo, podemos aceitá-lo como solução da equação. A esta
restrição damos o nome de condição de existência.
02. Uma população P cresce em função do tempo t (em
anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 . Hoje, no instante log 𝑥 100 = 2
t = 0, a população é de 2 000 indivíduos. A população será de
50 000 indivíduos daqui a Pela definição de logaritmo a base deve ser um número
(A) 20 anos. real e positivo além de ser diferente de 1. Então a nossa
(B) 25 anos. condição de existência da equação acima é que: x ϵ R*+ - {1}
(C) 50 anos.
(D) 15 anos. Em relação a esta segunda equação nós podemos escrever
(E) 10 anos. a seguinte sentença:
Respostas log 𝑥 100 = 2 ⟺ 𝑥 2 = 100

01. Resposta: C. Que nos leva aos seguintes valores de x:


𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 𝑥 = −10
𝑥 2 = 100 ⟹ 𝑥 = ±√100 ⟹ {
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, 𝑥 = 10
fazendo t = 0:
𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, pois
Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = este valor de x não satisfaz a condição de existência, já que -10
1: é um número negativo.
𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382 Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, pois
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples: 10 é um valor que atribuído a x satisfaz a condição de
População % existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.
234 --------------- 100
239,382 ------------ x 7log 5 625𝑥 = 42
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234 Neste caso temos a seguinte condição de existência:
0
x = 102,3% 625𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹𝑥>0
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% 625
(crescimento) Voltando à equação temos:
42
7log 5 625𝑥 = 42 ⟹ log 5 625𝑥 = ⟹ log 5 625𝑥 = 6
02. Resposta: A. 7
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎 Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos casos
𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 = anteriores e desenvolvendo os cálculos temos: Como 25
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 = 𝟓𝟐 satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o conjunto
Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os solução da equação. Se quisermos recorrer a outras
expoentes. Assim: propriedades dos logaritmos também podemos resolver este
0,1 . t = 2 exercício assim:
t = 2 / 0,1 ⇒ log 5 𝑥 = 2 ⟺ 52 = 𝑥 ⟺ 𝑥 = 25
t = 20 anos
Lembre-se que:
FUNÇÃO LOGARÍTMICA log 𝑏 (𝑀. 𝑁) = log 𝑏 𝑀 + log 𝑏 𝑁 e que log5 625 = 4, pois 54
= 625.
Toda equação que contém a incógnita na base ou no 3 log 2𝑥 64 = 9
logaritmando de um logaritmo é denominada equação
logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações Neste caso a condição de existência em função da base do
logarítmicas: logaritmo é um pouco mais complexa:
log 2 𝑥 = 3 1
2𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹ 𝑥 > 0
log 𝑥 100 = 2 2
7log 5 625𝑥 = 42
3log 2𝑥 64 = 9 E, além disto, temos também a seguinte condição:
log −6−𝑥 2𝑥 = 1 2x ≠ 1 ⇒ x ≠ 1/2

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou Portanto a condição de existência é: x ϵ R*+ - {1/2}
no logaritmando, ou na base de um logaritmo. Para
solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas Agora podemos proceder de forma semelhante ao exemplo
das propriedades dos logaritmos. anterior: Como x = 2 satisfaz a condição de existência da
equação logarítmica, então 2 é solução da equação. Assim
Solucionando Equações Logarítmicas como no exercício anterior, este também pode ser solucionado
Vamos solucionar cada uma das equações acima, recorrendo-se à outra propriedade dos logaritmos:
começando pela primeira: log −6−𝑥 2𝑥 = 1
log 2 𝑥 = 3
Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que: vamos solucionar a equação e depois vamos verificar quais são
log 2 𝑥 = 3 ⟺ 23 = 𝑥 as condições de existência: Então x = -2 é um valor candidato
à solução da equação. Vamos analisar as condições de
Logo x é igual a 8: 23 = x ⇒ x = 2.2.2 ⇒ x = 8 existência da base -6 - x:

Matemática 35
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APOSTILAS OPÇÃO

Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portanto x = - a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudança de
-2 não satisfaz a condição de existência e não pode ser solução inclinação pois, em cada ponto, a ordenada é igual àquela do
da equação. Embora não seja necessário, vamos analisar a ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multiplicada pelo
condição de existência do logaritmando 2x: 2x > 0 ⇒ x > 0 coeficiente a;
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma translação
Como x = -2, então x também não satisfaz esta condição de vertical de k unidades, pois, para cada abscissa, as ordenadas
existência, mas não é isto que eu quero que você veja. O que eu dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k ficaram acrescidas de
quero que você perceba, é que enquanto uma condição diz que k, quando comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de
x < -6, a outra diz que x > 0. Qual é o número real que além de y=a.ln(x+m).
ser menor que -6 é também maior que 0?
Como não existe um número real negativo, que sendo O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na
menor que -6, também seja positivo para que seja maior que resolução de equações ou inequações, pois as operações
zero, então sem solucionarmos a equação nós podemos algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é
perceber que a mesma não possui solução, já que nunca visível nos gráficos das funções esboçados no mesmo
conseguiremos satisfazer as duas condições simultaneamente. referencial cartesiano.
O conjunto solução da equação é portanto S = { }, já que não
existe nenhuma solução real que satisfaça as condições de Função logarítmica de base a é toda função f:R*+ → R,
existência da equação. definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 com a ϵ R*+ e a ≠ 1.
Podemos observar neste tipo de função que a variável
Função Logarítmica independente x é um logaritmando, por isto a denominamos
A função logaritmo natural mais simples é a função função logarítmica. Observe que a base a é um valor real
y=f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx) pois a constante, não é uma variável, mas sim um número real.
ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa. A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função
exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:
log 𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎

Representação da Função Logarítmica no Plano


Cartesiano
Podemos representar graficamente uma função
logarítmica da mesma forma que fizemos com a função
exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e
montando uma tabela com os respectivos valores de f(x).
Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos
a curva do gráfico. Vamos representar graficamente a função
𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um logaritmo
de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x
O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o
alguns valores que são potências de 10:
conjunto R=]-∞,+∞[.
0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.
O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o
gráfico se aproxima cada vez mais da reta x=0
Temos então seguinte a tabela:
O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de uma
função logarítmica natural geral, quando comparado ao
gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas por esta x y = log x
função. Consideremos uma função logarítmica cuja expressão 0,001 y = log 0,001 = -3
é dada por y=f1(x)=ln x+k, onde k é uma constante real. A 0,01 y = log 0,01 = -2
pergunta natural a ser feita é: qual a ação da constante k no 0,1 y = log 0,1 = -1
gráfico dessa nova função quando comparado ao gráfico da
1 y = log 1 = 0
função inicial y=f0(x)=ln x ?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja 10 y = log 10 = 1
dada pela expressão y=f2(x)=a.ln x onde a é uma constante
real, a 0. Observe que se a=0, a função obtida não será
logarítmica, pois será a constante real nula. Uma questão que
ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do
tipo y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número real não nulo. Se
g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo os gráficos
intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y=a.ln(x+m)+k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções


logarítmicas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o
coeficiente a não é zero, examinando as transformações do
gráfico da função mais simples y = f0 (x) = In x, quando Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no qual
fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, localizamos cada um dos pontos obtidos da tabela e os
y=a.ln(x+m) e, finalmente, y=a.ln(x+m)+k. interligamos através da curva da função: Veja que para valores
de y < 0,01 os pontos estão quase sobre o eixo das
Analisemos o que aconteceu: ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também
- em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação que neste tipo de função uma grande variação no valor de x
horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o papel que x=0 implica numa variação bem inferior no valor de y. Por
exercia em y=ln x; exemplo, se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a
variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

Matemática 36
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APOSTILAS OPÇÃO

𝑓(100) = log 100 = 2 02. Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na


{
𝑓(1000000) = log 1000000 = 6 base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
Função Crescente e Decrescente (C) 1
Assim como no caso das funções exponenciais, as funções (D) 2
logarítmicas também podem ser classificadas como função (E) 3
crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da Respostas
base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a
definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida por 01. Resposta: C.
𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1. log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
- Função Logarítmica Crescente onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

02. Resposta: D.
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, E = log10 + log10
qualquer que seja o valor real positivo de x. No gráfico da E = 2 log10
função ao lado podemos observar que à medida que x E=2
aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos que
a curva da função é crescente. Também podemos observar
através do gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2), que 12 - Juros simples e
log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais compostos: capitalização e
positivos, com a > 1.
descontos.
- Função Logarítmica Decrescente
JUROS

A Matemática Financeira é um ramo da Matemática


Aplicada que estuda as operações financeiras de uma forma
geral, analisando seus diferentes fluxos de caixa ao longo do
tempo, muito utilizada hoje para programar a vida financeira
não só de empresas mais também dos indivíduos.
Existe também o que chamamos de Regime de
Capitalização, que é a maneira pelo qual será pago o juro por
um capital aplicado ou tomado emprestado.

Elementos Básicos:
- Valor Presente ou Capital Inicial ou Principal (PV, P
Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente
ou C): termo proveniente do inglês “Present Value”, sendo
em todo o domínio da função. Neste outro gráfico podemos
caracterizado como a quantidade inicial de moeda que uma
observar que à medida que x aumenta, y diminui.
pessoa tem em disponibilidade e concorda em ceder a outra
Graficamente observamos que a curva da função é
pessoa, por um determinado período, mediante o pagamento
decrescente. No gráfico também observamos que para dois
de determinada remuneração.
valores de x (x1 e x2), que log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto
para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É
- Taxa de Juros (i): termo proveniente do inglês “Interest
importante frisar que independentemente de a função ser
Rate” (taxa de juros) e relacionado à sua maneira de
crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre cruza o
incidência. Salientamos que a taxa pode ser mensal, anual,
eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo
semestral, bimestral, diária, entre outras.
das ordenadas e que o log 𝑎 𝑥2 = log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto
para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.
- Juros (J): é o que pagamos pelo aluguel de determinada
quantia por um dado período, ou seja, é a nomenclatura dada
Questões
à remuneração paga para que um indivíduo ceda
temporariamente o capital que dispõe.
01. Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então
o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:
- Montante ou Valor Futuro (FV ou M): termo
(A) 2000
proveniente do inglês “Future Value”, sendo caracterizado em
(B) 1000
termos matemáticos como a soma do capital inicial mais os
(C) 500
juros capitalizados durante o período. Em outras palavras, é a
(D) 100
(E) 10

Matemática 37
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APOSTILAS OPÇÃO

quantidade de moeda (ou dinheiro) que poderá ser usufruída Para não esquecer!!!
no futuro. Em símbolos, escrevemos FV = PV + J.
Só podemos efetuar operações algébricas com valores
- Tempo ou período de capitalização (n ou t): nada mais referenciados na mesma unidade, ou seja, se apresentarmos
é do que a duração da operação financeira, ou seja, o horizonte
a taxa de juros como a anual, o prazo em questão também
da operação financeira em questão. O prazo pode ser descrito
em dias, meses, anos, semestres, entre outros. deve ser referenciado em anos. Ou seja, as unidades de tempo
JUROS SIMPLES referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de ser
necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
Em regime linear de juros (ou juros simples), o juro é que não pode ser esquecido!
determinado tomando como base de cálculo o capital da
operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. As operações aqui são de Questões
curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata,
“Hot Money” entre outras. 01. Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do
é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado. regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
Chamamos de simples os juros que são somados ao capital (B) 4% ao trimestre.
inicial no final da aplicação. (C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre.
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma (E) 12% ao semestre.
unidade:
02. Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros
Taxa anual Tempo em anos simples, por um período de 16 meses. Após esse período, o
montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada
Taxa mensal Tempo em meses nessa transação foi de:
(A) 9% a.a.
(B) 10,8% a.a.
Taxa diária Tempo em dias
(C) 12,5% a.a.
(D) 15% a.a.
E assim sucessivamente
03. Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio,
a uma taxa de 1,3% ao mês, em regime de juros simples resulta
Podemos definir o Juros como: em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
J=C.i.t (A) R$ 45.600,00
Onde: (B) R$ 36.600,00
J = Juros (C) R$ 55.600,00
(D) R$ 60.600,00
C = Capital Respostas
i = taxa
t = tempo 01. Resposta: E.
C = 1.000.000,00
1) O capital cresce linearmente com o tempo; M = 1.240.000,00
2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J t = 12 meses
= C.i i=?
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i =
unidade. 1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i = 1,24 – 1 → 12i =
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma 0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m
decimal. Como não encontramos esta resposta nas alternativas,
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a vamos transformar, uma vez que sabemos a taxa mensal:
soma do capital com os juros, ou seja: Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º valor. Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.
M = C + J  M = C. (1+i.t)
02. Resposta: B.
Exemplo: Pelo enunciado temos:
Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo C = 670
de R$ 10.000,00, pelo prazo de 15 meses, sabendo-se que a i=?
taxa cobrada é de 3% a m.? n = 16 meses
Dados: M = 766,48
PV = 10.000,00 Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670
n = 15 meses (1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i = 1,144 → 16i =
i = 3% a.m = 0,03 1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i
J=? = 0,9% a.m.
Solução: Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano,
J = PV.i.n → J = 10.000 x 0,03 x 15 → J = 4.500,00 logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 = 10,8% a.a.

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APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: C. Exemplo:


C=? Expresse o número de períodos t de uma aplicação, em
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses função do montante M e da taxa de aplicação i por período.
i = 1,3% a.m = 0,013 Solução:
M = 68610,40 Temos M = C(1+i)t
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C Logo, M/C = (1+i)t
(1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C = 68610,40 = Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos
C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00. escrever:
t = log (1+ i ) (M/C) . Portanto, usando logaritmo decimal
JUROS COMPOSTOS (base 10), vem:

No regime exponencial de juros (ou juros compostos) é 𝐥𝐨𝐠⟨𝑴|𝑪⟩ 𝐥𝐨𝐠 𝑴 − 𝐥𝐨𝐠 𝑪


incorporado ao capital não somente os juros referentes a cada 𝒕= =
𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊) 𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊)
período, mas também os juros sobre os juros acumulados até
o momento anterior. Pode-se falar que é um comportamento Temos também da expressão acima que: t.log(1 + i) = logM
equivalente a uma progressão geométrica (PG), pela qual os – logC
juros incidem sempre sobre o saldo apurado no início do
período correspondente (e não unicamente sobre o capital Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos
inicial). É o que chamamos no linguajar habitual de “juros juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos
sobre juros”. logaritmos.
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
investidores particulares costumam reinvestir as quantias Fica a dica!!!
geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego
mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o - Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em
uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.
unidade diferente do tempo(t), pode-se colocar na mesma
De uma forma genérica, teremos para um capital C,
aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante o período unidade de (i) ou (t).
(t):
M = C (1 + i)t - Em juros compostos é preferível colocar o (t) na
mesma unidade da taxa (i).
Saiba mais!!!

(1+i)t ou (1+i)n é conhecido como fator de


acumulação de capital (FC) e o seu inverso,
Questões
1/(1+i)n é o fator de atualização de capital (FA).
01. Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que
essa aplicação rendeu juros que corresponderam a,
Graficamente temos, que o crescimento do
exatamente:
principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,
(A) 30% do capital aplicado.
CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros
(B) 31,20% do capital aplicado.
compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto tem um
(C) 32% do capital aplicado.
crescimento muito mais "rápido".
(D) 33,10% do capital aplicado.

02. José Luiz aplicou R$60.000,00 num fundo de


investimento, em regime de juros compostos, com taxa de 2%
ao mês. Após 3 meses, o montante que José Luiz poderá sacar
é
(A) R$63.600,00.
(B) R$63.672,48.
(C) R$63.854,58.
(D) R$62.425,00.
(E) R$62.400,00.

03. Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros


compostos, um investidor fez uma simulação. Na simulação
- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a
juros simples como para juros compostos; um ano, e não fizer nenhuma retirada, o saldo daqui a dois anos
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de será de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa
juros simples; anual de juros considerada nessa simulação foi de
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime (A) 12%.
de juros compostos. (B) 15%.
(C) 18%.
Juros Compostos e Logaritmos (D) 20%.
Para resolução de algumas questões que envolvam juros (E) 21%.
compostos, precisamos ter conhecimento de conceitos de Respostas
logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar
o tempo/prazo. É muito comum ver em provas o valor dado do 01. Resposta: D.
logaritmo para que possamos achar a resolução da questão. 10% = 0,1

Matemática 39
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APOSTILAS OPÇÃO

𝑀 = 𝐶 . (1 + 𝑖)𝑡 Ao resgatar uma duplicata dois meses, antes da data do


𝑀 = 𝐶 . (1 + 0,1)3 vencimento (04/03/2005), o credor José da Silva (aquele que
𝑀 = 𝐶 . (1,1)3 receber o valor da mesma) recebe uma quantia de R$ 460,00.
𝑀 = 1,331. 𝐶 A essa diferença entre o valor título (valor nominal) e o
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos: valor recebido (valor atual) damos o nome de desconto.
j = 1,331.C – C = 0,331 . C D=N–A
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10% Onde:
D = desconto
02. Resposta: B. N = valor nominal
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m A = valor atual
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡 ⇒ 𝑀 = 60000(1 + 0,02)3 ⇒ 𝑀
= 60000 + (1,02)3 ⇒ 𝑀 = 63672,48 O desconto concedido pelo banco, para o resgate de um
título antes do vencimento é maior, resultando num resgate de
O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48. menor valor para o proprietário do título. O desconto é o
contrário da capitalização.
03. Resposta: D.
C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000 Comparando com o regime de juros, observamos que:
𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡 - o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos
𝑀1 = 10000(1 + 𝑖)2 𝑀2 = 20000(1 + 𝑖)1 dá ideia de Montante;
M1+M2 = 384000 - o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei)
38400 = 10000(1 + 𝑖)2 + 20000(1 + 𝑖) (: 400) nos dá ideia de Capital;
96 = 25(1 + 2𝑖 + 𝑖 2 ) + 50 + 50𝑖 - e o Desconto nos dá ideia de Juros.
96 = 25 + 50𝑖 + 25𝑖 2 + 50 + 50𝑖
25𝑖 2 + 100𝑖 − 21 = 0
Têm se uma equação do segundo grau, usa-se então a Os descontos são nomeados simples ou compostos em
fórmula de Bháskara: função do cálculo dos mesmos terem sido no regime de juros
∆= 1002 − 4 ∙ 25 ∙ (−21) = 12100 simples ou compostos, respectivamente. Os descontos
−100±110 (simples ou compostos) podem ser divididos em:
𝑖=
50
−100+110 10
𝑖1 = = = 0,2 Racional
50 50 Simples {
𝑖2 =
−100−110
= −4,4 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚) Comercial
50
Racional
É correto afirmar que a taxa é de 20% Composto {
Comercial
Referências
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
DESCONTO SIMPLES
Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
SAMANEZ, Carlos P. Matemática Financeira: aplicações à análise de Desconto Racional Simples (por dentro)
investimentos. 4 Edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. O desconto racional nos passa a ideia de “honesto”, pois
todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do título.
DESCONTOS
Associando com o juros simples teremos:
Quando temos um título, seja ele uma duplicata, uma nota
promissória, letra de câmbio etc, e temos a necessidade de
obtermos o seu valor antes da data de vencimento, as
instituições financeiras cobram por esta antecipação uma taxa
administrativa que incide sobre o valor do título (valor
nominal).

Exemplo:

Das fórmulas acimas podemos escrever também uma


outra:
DRS = A.i.t e
N
𝐴= , então
1+i.t

N. i. t
DRS =
1 + i. t

Caso na hora da prova você não lembre a fórmula acima,


basta lembrar as de juros simples e fazer as respectivamente
Fonte: https://centraldefavoritos.wordpress.com/2012/05/30/titulos-de- as associações.
credito/

Matemática 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa


(ASSAF NETO). Seja um título de valor nominal de R$ pré-fixada
4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 Em alguns casos teremos acréscimos de taxas pré-fixadas
meses antes de seu vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa aos títulos, que são as taxas de despesas
nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...)
valor descontado desta operação. cobradas sobre o valor nominal (N). Quando as mesmas
N = 4 000 aparecem nos enunciados, devemos soma-la a taxa de juros,
t = 3 meses conforme a fórmula abaixo:
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=? Db = N. (i.t + h)
Vd = ? Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N. i. t 4000.0,035.3 420 N = valor nominal
DRS = = = = 380,10
1 + i. t 1 + 0,035.3 1,105 i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90 h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Desconto Comercial Simples (por fora) Temos ainda o valor bancário recebido, que nada mais é
O desconto comercial ou bancário nos passa a ideia de que que: Vb = N – Db , na qual podemos escrever da seguinte forma:
alguém está “levando” um por fora, pois todas as taxas são
cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor V = N – Db → Vb = N – N (i.t + h) → Vb = N.[ 1 - (i.t + h)]
nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem
ganhar. Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto
Racional (Dr)
Como associamos as fórmulas a juros simples, escrevemos Algumas questões propõem a utilização dessa relação para
a mesma como fizemos com desconto racional, alterando o sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
valor atual pelo nominal. comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-
versa.
A relação é dada por:

Dc = Dr . (1 + i.t)

Questões
Exemplo:
Um comerciante poderá escolher uma das opções abaixo 01. Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o
para descontar, hoje, um título que vence daqui a 45 dias. desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m. O
I. Banco A: a uma taxa de 2% ao mês, segundo uma banco cobra, simultaneamente uma comissão de 4% sobre o
operação de desconto comercial simples, recebendo no ato o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$
valor de R$ 28.178,50. 300.000,00 líquidos, ao descontar uma promissória vencível
II. Banco B: a uma taxa de 2,5% ao mês, segundo uma em três meses. O valor da comissão é de:
operação de desconto racional simples.
Utilizando a convenção do ano comercial, caso opte por 02. (MPE/RN – Analista Administração - FCC) Dois
descontar o título no Banco B, o comerciante receberá no ato títulos são descontados em um banco 4 meses antes de seus
do desconto o valor de: vencimentos com uma taxa de desconto, em ambos os casos,
(A) R$ 27.200,00 de 2% ao mês. O valor atual do primeiro título foi igual a R$
(B) R$ 27.800,00 29.440,00 e foi utilizada a operação de desconto comercial
(C) R$ 28.000,00 simples. O valor atual do segundo título foi igual a R$
(D) R$ 28.160,00 20.000,00 e foi utilizada a operação de desconto racional
(E) R$ 28.401,60 simples. A soma dos valores nominais destes dois títulos é
igual a
Observe que todas as taxas estão no mesmo período. (A) R$ 53.600,00.
Banco A (desconto comercial simples) (B) R$ 54.200,00.
i = 2% a.m = 0,02 (C) R$ 55.400,00.
A = 28 178,50 (D) R$ 56.000,00.
N=? (E) R$ 56.400,00.

Dcs = N.i.t ; D = N – A , vamos igualar os descontos: 03. O desconto simples comercial de um título é de R$
N – A = N.i.t → N – 28 178,5 = N.0,02.1,5 → N – 0,03.N = 28 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a.. O valor do desconto
178,5 → 0,97N = 28 178,5 → simples racional do mesmo título é de R$ 781,82, mantendo-se
N = 28 178,5 / 0,97 → N = 29 050. a taxa de juros e o tempo. Nesse as condições, o valor nominal
do rótulo é de:
Banco B (desconto racional simples)
i = 2,5% a.m = 0,025 Respostas
t = 1,5 meses
A =? 01. Resposta: 200 000.
N = A.(1 + i.t) h = 0,04
29 050 = A.(1 + 0,025.1,5) → 29 050 = A .1,0375 → A = 29 t=3
050 / 1,0375 → A = 28 000 iB = 0,12 . 3
Resposta: C. AB = N . [1 - (iB + h)]

Matemática 41
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APOSTILAS OPÇÃO

300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]


300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

02. Resposta: A.
1º título - Dcs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 29440
N1 = ?
D=N–A
Dcs = N.i.t → N – A = N.i.t → N – 29440 = N.0,02.4 → N – Desconto Comercial Composto (por fora)
29440 = N.0,08 → N – 0,08N = 29440 → 0,02N = 29440 → N = Como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor),
29440 / 0,02 → N = 32000 trocamos na fórmula o N pelo A e vice versa, mudando o sinal
da taxa (de positivo para negativo).
2º título - Drs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 20000
N2 = ?
N = A (1 + i.t) → N = 20000 (1 + 0,02.4) → N = 20000 (1 +
0,08) → N = 20000.1,08 → N = 21600
Como o enunciado da questão pede a soma dos valores
nominais, então teremos:
N1 + N2 → 32000 + 21600 = 53600. Observações:

03. Resposta: 8600,22. Algumas literaturas representam o tempo pela


Dc = 860 letra n ao invés de t, para o tempo, S ou FN (VN) ao
Dr = 781,82
invés de N para o valor nominal e C ao invés de A
Usando N = (Dc . Dr) / (Dc – Dr),
N = (860 . 781,82) / (860 – 781,82) = 672365,2 / 78,18 = ou FA (VA) para o valor atual, d ao invés de i para
8600,22 a taxa de juros, entre outras. Essas convenções
literárias não alteram os cálculos, só precisamos
04. Resposta: B. saber o que cada letra representa dentro do
N1 = N2 ; D1 + D2 = ? contexto e aplica-los.
2º título – Drs – vamos calcular primeiro o valor deste
título pois é o único que foi informado o valor do Atual.
i = 2% a.m = 0,02 Questões
t=3m
A = 20000
N = A (1+i.t) → N = 20000 (1 + 0,02.3) → N = 21200 , o 01. (PREF.MUNICIPAL DE SÃO PAULO – Auditor Fiscal
desconto é dado por: Tributário Municipal – FCC) Dois títulos, um com
D = N – A → D = 21200 – 20000 → D = 1200 vencimento daqui a 30 dias e outro com vencimento daqui a
60 dias, foram descontados hoje, com desconto racional
1º título – Dcs composto, à taxa de 5% ao mês. Sabe-se que a soma de seus
i = 2% a.m = 0,02 valores nominais é R$ 5.418,00 e a soma dos valores líquidos
t = 4 meses recebidos é R$ 5.005,00. O maior dos valores nominais supera
Dcs = N.i.t → Dcs = 21200.0,02.4 → Dcs = 1696 o menor deles em
Como queremos saber as somas dos descontos então: Dcs (A) R$ 1.195,00.
+ Drs = 1696 + 1200 = 2896. (B) R$ 1.215,50.
(C) R$ 1.417,50.
05. Resposta: D. (D) R$ 1.484,00.
Pelo enunciado temos: (E) R$ 1.502,50.
N = 35000
A = 31850 02. (TCU – Auditor Federal de Controle Esterno –
i = 18% a.a = 18/12 = 1,5% a. m = 0,015 CESPE) Na contração de determinada empresa por certo
t=? órgão público, ficou acordado que o administrador pagaria R$
Como trata-se de desconto comercial simples (Dcs). 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro parcelas
Sabemos que D = N – A → D = 35000 – 31850 = 3150 iguais no valor de R$ 132.000,00 cada a serem pagas,
Dcs = N.i.t → 3150 = 35000. 0,015. t → 3150 = 525t → t = respectivamente, no final do primeiro, segundo, terceiro e
3150/525 → t = 6 meses quarto anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere
que a empresa tenha concluído satisfatoriamente o serviço
DESCONTO COMPOSTOS dois anos após a contração e que tenha sido negociada a
antecipação das duas últimas parcelas para serem pagas
Desconto Racional Composto (por dentro) juntamente com a segunda parcela.
As fórmulas estão associadas com os juros compostos, Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
assim teremos:

Matemática 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Se para o pagamento for utilizado desconto racional Referência


http://matematicafinanceira.webnode.com.br
composto, a uma taxa de 10% ao ano, na antecipação das
parcelas, o desconto obtido com o valor da terceira parcela
será o mesmo que seria obtido se fosse utilizado desconto
racional simples. 13 - Taxas de juros:
( ) Certo ( ) Errado nominal, efetiva, equivalentes,
03. (TCE/PR – Analista de Controle – Área Atuarial -
proporcionais, real e
FCC) O valor do desconto de um título de valor nominal igual aparente.
a R$ 15.961,25, resgatado 2 anos antes de seu vencimento e
segundo o critério do desconto composto real, é igual a R$
3.461,25. A taxa anual de desconto utilizada foi de TAXAS DE JUROS: NOMINAL, EFETIVA,
(A) 11%. EQUIVALENTES, PROPORCIONAIS, REAL E APARENTE1
(B) 13%.
(C) 14%. As taxas de juros são índices fundamentais no estudo da
(D) 15%. matemática financeira. Os rendimentos financeiros são
(E) 16%. responsáveis pela correção de capitais investidos perante uma
Respostas determinada taxa de juros. As taxas serão incorporadas
sempre ao capital.
01. Resposta: C.
t = 30 dias = 1 mês (1º título) e 60d = 2 meses(2º título) Taxa Efetiva
Drc São aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com
i = 5% a.m = 0,05 a unidade de tempo do período de capitalização(valorização).
N1 + N2 = 5418 Utilizado muito em caderneta de poupança.
A1 + A2 = 5005 → A1 = 5005 – A2
Temos que o Drc é dado por : Exemplos:
N = A (1 + i)t → N1 = A1 (1 + 0,05)1 e N2 = A2 (1,05)2 → N2
= A2.(1,1025)
N1 + N2 = 5418 , substituindo teremos:
A1 (1,05) + A2(1,1025) = 5418 , como temos que A1 = 5005
– A2 :
(5005 – A2).(1,05) + A2(1,1025) = 5418 → 5255,25 – 1,05
A2 + 1,1025 A2 = 5418 → - Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual.
0,0525 A2 = 5418 – 5255,25 → 0,0525 A2 = 162,75 → A2 = - Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização
3100 e A1 = 5005 – 3100 = 1905 trimestral.
N1 = 1,05 .1905 = 2000,25 e N2 = 1,1025. 3100 = 3417,75
O maior é N2 e o menor N1 , assim faremos N2 – N1 = Quando no enunciado não estiver citando o período de
3417,75 – 2000,25 = 1417,5 capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em
outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!
02. Resposta: CERTO.
Como ele pede para saber se antecipássemos o valor da 3º Taxa Nominal
parcela em um 1 ano, termos: São aquelas cujas unidade de tempo NÂO coincide com as
N = 132.000 unidades de tempo do período de capitalização.
t=1 Exemplos:
i = 10% a.a = 0,10
- Para o Desconto Racional Composto: A = N / (1 + i) t
A = 132.000 / (1 + 0,1)¹ → A = 132.000 / 1,1
- Fazendo no Desconto Racional Simples: A = N / (1 + i.t)
A = 132.000 / (1 + 0,1.1) - 5% ao trimestre com capitalização semestral.
A = 132.000 / 1,1 - 15% ao semestre com capitalização bimestral.
Ao anteciparmos 3° parcela em um ano, o desconto obtido
com o valor desta parcela será o mesmo que seria obtido se Para resolução de questões com taxas nominais
fosse utilizado desconto racional simples. devemos primeiramente descobri a taxa efetiva
(multiplicando ou dividindo a taxa)
03. Resposta: B.
O termo real faz referência a racional.
Exemplo:
N = 15961,25
t = 2 anos
Drc = 3461,25
i=?
D = N – A → 3461,25 = 15961,25 – A → A = 15961,25 –
3461,25 → A = 12500

N = A (1 + i)t → 15961,25 = 12500.(1 + i)2 → (1 + i)2 =


15961,25 / 12500 → (1 + i)2 = 1,2769 → 1 + i = √ 1,279 → 1,13 Como são 12 meses que existem no ano, então dividimos a
= 1 + i → i = 1,13 – 1 → i = 0,13 → i = 13% taxa por 12, trazendo a taxa para o mesmo período da
capitalização, tendo assim a taxa efetiva da operação.

1MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio http://www.mundoeducacao.com/matematica/taxa-efetiva-taxa-real.htm


de Janeiro: Elsevier,2013.

Matemática 43
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APOSTILAS OPÇÃO

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve (A) R$ 53.550,00.
ser calculada proporcionalmente. (B) R$ 53.500,00.
(C) R$ 53.000,00.
Taxas Proporcionais ou Lineares (regime de juros (D) R$ 52.500,00.
simples) (E) R$ 51.500,00.
São taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas
sobre o mesmo capital ao mesmo período de tempo irão gerar Observe que o período de aplicação é de 1 ano, então tanto
o mesmo montante. faz utilizar o regime de juros simples ou compostos.
C = R$ 50.000,00
Exemplos: t= 1 ano
- 2% a.s é proporcional quantos % a.a? ii = 5% = 0,05
Como 1 ano tem 2 semestre→ 2%. 2(semestres) = 4% a.a ir = 2% = 0,02
- Uma taxa de 60% a.a geraria as seguintes taxas: 5% a.m M=?
(60%/12 meses);10% a.b (60%/6 bimestres); 20%
a.q(60%/3quadrimestres) .... (1+ia) = (1+ir).(1+ii) → (1+ia) = (1+0,02).(1+0,05i) → (1+ia)
= 1,02 . 1,05 → (1+ia) = 1,071 →
Taxas Equivalentes (regime de juros compostos) ia = 1,071-1 → ia = 0,071(taxa efetiva da operação)
As taxas de juros se expressam também em função do Aplicando a fórmula do montante: M = C.(1+i)t → M= 50
tempo da operação, porém não de forma proporcional, mas de 000.(1+0,071)1 → 50 000. 1,071 →
forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes. M= 53.550,00
Exemplos: Resposta: A.

2) Uma pessoa investiu R$ 1.000,00 por 2 meses,


recebendo ao final desse prazo o montante de R$ 1.060,00. Se,
nesse período, a taxa real de juros foi de 4%, então a taxa de
inflação desse bimestre foi de aproximadamente
(A) 1,92.
(B) 1,90.
(C) 1,88.
(D) 1,86.
(E) 1,84.
Neste exemplo, está nos faltando saber o valor da taxa de
- 24% a.a é equivalente a %a.m? juros aparente, mas com as outras informações do enunciado
Vamos aplicar o conceito acima, para resolução deste podemos chegar ao seu valor:
exemplo: C = 1.000,00
(1+ia)=(1+im)12 (expoente na menor unidade de tempo)→ M = 1.060,00
(1+0,24) = (1+im)12 → 1,24 = (1+im)12 → Para retirar o t = 2 meses
expoente, basta fazermos a operação inversa da potenciação → ir = 4% = 0,04
12 12
√1,24 = √(1 + 𝑖𝑚 )12 i i= ?
1 𝑀 1060
12
√1,24 = 1 + 𝑖𝑚 → 𝑖𝑚 = 1,2412 − 1 (1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = 1,06
𝐶 1000
Algumas bancas informam o valor da raiz, outras deixam
como está. (1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ 1,06 = (1 + 0,04). (1 + 𝑖𝑖 )
1,06
𝒏
𝒎 ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = 1,0192
√𝒂𝒎 = 𝒂 𝒏 1,04

Taxa Real, Aparente e Inflação
Taxa Real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e 𝑖𝑖 = 1,0192 − 1 ⇒ 𝑖𝑖 = 0,0192
seus ganhos. ⇒ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 100(𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙) ⇒ 1,92
Taxa Aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da
inflação (são as taxas efetivas/nominais). Questões
Taxa de Inflação (ii) = a inflação representa a perda do
poder de compra. 01. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de
Matemática – CAIPIMES) Considere as seguintes situações:
Podemos escrever todas essas taxas em função uma das I- Carlos comprou um produto que à vista custava R$
outras: 1.000,00. Como ele não tinha todo esse valor, ele fez um plano
(1+ia) = (1+ir).(1+ii) de pagamento com 12 prestações iguais, de R$ 100,00 cada
uma, sem entrada.
𝑀
Onde: (1 + 𝑖𝑎 ) = , independe da quantidade de períodos II- Ana comprou o mesmo produto que Carlos, na mesma
𝐶 loja e com o mesmo preço à vista, mas fez o seguinte plano de
e do regime de juros. pagamento: uma entrada de R$ 100,00 e mais 11 prestações
de R$ 100,00 cada uma.
Exemplos:
1) Uma aplicação no mercado financeiro forneceu as Com base nessas situações, é possível afirmar
seguintes informações: corretamente que:
− Valor aplicado no início do período: R$ 50.000,00. (A) a taxa de juros do plano de Ana foi menor que a taxa de
− Período de aplicação: um ano. juros do plano de Carlos.
− Taxa de inflação no período de aplicação: 5%. (B) a taxa de juros do plano de Ana foi igual à taxa de juros
− Taxa real de juros da aplicação referente ao período: 2%. do plano de Carlos.
Se o correspondente montante foi resgatado no final do
período da aplicação, então o seu valor é

Matemática 44
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) a taxa de juros do plano de Ana foi maior que a taxa de tempo, a variação dos elementos, o valor, o período do
juros do plano de Carlos. vencimento, etc.
(D) não há como comparar as taxas de juros dos planos de
Ana e de Carlos. SÉRIE UNIFORME DE PRESTAÇÕES PERIÓDICAS

02. (TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Entende-se série uniforme de prestações periódicas como
Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre, com juros sendo o conjunto de pagamentos (ou recebimentos) de valor
capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros nominal igual, que se encontram dispostos em períodos de
efetiva, trimestral de, aproximadamente, tempo constantes, ao longo de um fluxo de caixa. Se a série tiver
(A) 21,7%. como objetivo a constituição do capital, este será o montante
(B) 22,5%. da série; ao contrário, ou seja, se o objetivo for a amortização
(C) 24,8%. de um capital, este será o valor atual da série.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%. Classificação

03. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal – FEPESE) As séries uniformes de prestações periódicas mais
A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa importantes e que serão objeto de estudo desse capítulo são:
de:
(A) 12,5% trimestral. Série Uniforme de Prestações Periódicas Postecipadas –
(B) 16% quadrimestral. caracteriza-se pelo fato de os pagamentos ocorrerem no final
(C) 25,5% semestral. de cada intervalo de tempo, ou seja, não existem pagamentos
(D) 36,0% anual. na data zero.
(E) 52% anual.
Série Uniforme de Prestações Antecipadas – caracteriza-
Respostas se pelo fato de os pagamentos ocorrerem no início de cada
intervalo de tempo, ou seja, a primeira prestação ocorre na
01. Resposta: C. data zero.
I. Carlos: 12 . 100 = 1200
II. Ana: 100 + 11 . 100 = 100 + 1100 = 1200 Série Uniforme de Prestação Periódicas Diferidas –
Os valores são iguais, porém Carlos não deu entrada e Ana caracteriza-se pelo fato de existir uma carência entre a data
sim. Por isso, a taxa de juros do plano de Ana foi maior que a zero e o primeiro pagamento da série.
de Carlos.
Observação: Note que as séries acima mencionadas,
02. Resposta: B. independentemente da sua classificação, estão inseridas no
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como contexto de capitalização composta já vista anteriormente, ou
um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva). seja, cada pagamento R será capitalizado ou descapitalizado à
im = taxa ao mês luz de uma taxa de juros i, durante certo período de tempo n.
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it) → (1+0,07)3 = 1+it → (1,07)3 = 1+it → Série Uniforme de Prestações Periódicas
1,225043 = 1+it → it= 1,225043-1 → it = 0,225043 x 100 → it= Postecipadas
22,5043%
Conforme foi dito anteriormente, esta série tem como
03. Resposta: C. característica principal o fato de que cada pagamento realiza-
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas se no final de cada intervalo de tempo. Vimos também, que
proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos podemos calcular o Montante (S p) ou o Valor Presente (P p) da
avaliar item a item para sabermos se está certo ou errado: série em questão. Finalmente, devemos dizer que para o
4,25% a.m cálculo do montante da série, iremos nos utilizar do montante
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada) S do regime de capitalização composta, ou seja o Fator de
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada) Acumulação de Capital por Operação Única (F.A.C); em
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta) contrapartida, para o cálculo do valor atual da série, iremos
Anual = 4,25.12 = 51% (errada) nos valer do cálculo do desconto composto racional Ar, ou seja,
o Fator de Valor Presente por Operação Única (F.V.P).

14 - Rendas uniformes e Valor Presente Da Série (Pp)


variáveis.
Dado o fluxo abaixo, podemos encontrar o valor atual do
mesmo descontando ou descapitalizando cada valor r para
RENDAS UNIFORMES uma mesma data. Por convenção, iremos escolher a data zero:

Renda, também conhecida como anuidade, é todo valor


utilizado sucessivamente para compor um capital ou pagar
uma dívida. As rendas são um dos principais conceitos que
baseiam os financiamentos ou empréstimos. Nessas rendas
são realizadas uma série de pagamentos (parcelas ou termos)
para arrecadar um fundo de poupança, pagar dívidas, financiar
imóveis, etc.
As rendas, também chamadas de séries periódicas
uniformes, são aquelas em que todos os elementos já estão 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅
pré-determinados e podem ser classificados de acordo com o 𝑃𝑝 = + + + ⋯+ (1+𝑖)𝑛−1
+
(1+𝑖)¹ (1+𝑖)² (1+𝑖)³ (1+𝑖)𝑛

Matemática 45
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APOSTILAS OPÇÃO

colocando-se R em evidência, temos:


1 − (1 + 𝑖)𝑛−1 . (1 + 𝑖)
1 1 1 1 1 𝑆𝑝 = 𝑅
𝑃𝑝 = 𝑅[(1+𝑖)1 + (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+ ⋯+ (1+𝑖)𝑛−1
+ (1+𝑖)𝑛
] 1 − (1 + 𝑖)
1 − (1 + 𝑖)𝑛−1+1
𝑆𝑝 = 𝑅
É fácil notar que a expressão entre colchetes trata-se de 1−1−𝑖
1
uma progressão geométrica cujo 1° termo é 𝑎1 = , cuja
(1+𝑖 ) 1 − (1 + 𝑖)𝑛
1 1 𝑆𝑝 = 𝑅
razão é 𝑞 = e cujo n – ésimo termo é 𝑎𝑛 = 𝑛. −𝑖
(1+𝑖) (1+𝑛)
Como sabemos, a soma de uma P.G é expressa por: 𝑠 =
𝑎1−𝑎𝑛 . 𝑞 (𝟏 + 𝒊)𝒏 − 𝟏
𝑺𝒑 = 𝑹
1−𝑞 𝒊

Substituindo as variáveis nesta fórmula, temos: Dessa fórmula, tiramos:

1 1 1 𝒊
− . 𝑹 = 𝑺𝒑
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛 (1 + 𝑖) (𝟏 + 𝒊)𝒏 − 𝟏
𝑃𝑝 = 𝑅.
1
1−
(1 + 𝑖) (1+𝑖)𝑛 −1
Observação: O quociente será chamado Fator de
𝑖
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 Acumulação de Capital por Operação Múltipla e será
(1 + 𝑖)𝑛+1 denominado por (F.A.C.m).
𝑃𝑝 = 𝑅.
𝑖
(1 + 𝑖) Série Uniforme de Prestações Periódicas Antecipadas

(1 + 𝑖)𝑛 − 1 Vimos, pela definição, que esta série caracteriza-se pelo


𝑃𝑝 = 𝑅. fato de que os pagamentos (ou recebimentos) sempre irão
(1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖
A relação acima nos permite, ainda, encontrar R dado P ocorrer no início do intervalo de tempo. Analogamente ás
como segue: rendas postecipadas, podemos calcular o Valor Atual da série
(Pa) através do desconto composto racional Ar, ou o Montante
(1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖 da Série (Sa), através do cálculo do montante S relativo à
𝑅 = 𝑃𝑝 . capitalização composta.
(1 + 𝑖)𝑛 − 1

(1+𝑖)𝑛 −1 Valor Presente da Série (Pa)


Observação: A relação é comumente chamada de
(1+𝑖)𝑛 .𝑖
Fator de Valor Presente por Operação Múltipla e será indicada Dado o fluxo abaixo, para se calcular o valor atual da série,
por (FVPm). procede-se de maneira idêntica ás rendas postecipadas, ou
seja, descontam-se todas as parcelas para a data zero e, nesta
Fator de Valor Presente por Operação Múltipla data, as somamos:

Será indicada por (F.V.P.m.) sendo que, para algumas taxas


i e alguns períodos de tempo n, já está calculado.

Montante da Série (Sp)

É a soma dos montantes de cada uma das prestações em


uma determinada data. Isto posto, vamos determinar o
montante da série na data n, imediatamente após a realização
do último pagamento.
𝑅 𝑅 𝑅 1
𝑃𝑎 = 𝑅 + + + +⋯+
(1+𝑖)1 (1+𝑖)² (1+𝑖)3 (1+𝑖)𝑛−1

Colocando-se e R em evidência, temos:

𝑅 𝑅 𝑅 1
𝑃𝑎 = 𝑅 [1 + (1+𝑖)1
+ (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+⋯+ (1+𝑖)𝑛−1
]

𝑆𝑝 = 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−2 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−3 + ⋯ +


𝑅 (1 + 𝑖) + 𝑅

Colocando-se R em evidencia e invertendo-se a ordem das Note que a expressão E trata-se, como já vimos, do Fator de
parcelas, temos: Valor Presente Por Operação Múltipla (F.V.Pm) de n-1 termos.
Sendo assim, para que nós não tenhamos de desenvolver todo
𝑆𝑝 = 𝑅 [ 1 + (1 + 𝑖) + ⋯ + (1 + 𝑖)𝑛−3 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + um novo instrumental matemático, com novas formulas e
(1 + 𝑖)𝑛−1 ] tabelas, iremos nos valer do fator anteriormente mencionado
com o cuidado de, em relação á séries antecipadas, utilizamos
Perceba que a expressão entre colchetes trata-se de um um período a menos (o que ocorre na data zero).
progressão geométrica onde o primeiro termo, a razão 𝑞 =
(1 + 𝑖) e o último termo 𝑎𝑛 = (1 + 𝑖)𝑛−1

Matemática 46
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APOSTILAS OPÇÃO

- Calculamos o valor atual Pp (séries postecipadas) na data


m, ou seja, Pm = R (F.V.P.m)
- Descontamos Pm através do desconto composto racional
para a data zero por m períodos encontrando, dessa forma, o
valor atual Pd. Matematicamente, teríamos:
Montante de Série (Sa)
𝑃𝑚
É a soma dos valores dispostos ao longo do fluxo de caixa 𝑃𝑑 =
(1 + 𝑖)𝑛
em uma determinada data. Visando uniformizar os
procedimentos adotados ao longo deste texto, vamos 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑃𝑚 = 𝑅 (𝐹. 𝑉. 𝑃𝑚)
Capitalizar os valores para a data n. 𝑅. (𝐹. 𝑉. 𝑃𝑚)
𝑃𝑑 =
(1 + 𝑖)𝑚

ou, ainda,

(1 + 𝑖)𝑛 − 1 1
𝑃𝑑 = 𝑅 [ . ]
(1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖 (1 + 𝑖)𝑚
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑃𝑑 = 𝑅 .
(1 + 𝑖)𝑛+𝑚 . 𝑖
𝑆𝑎 = 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ +
𝑅 + 𝑖)𝑛−(𝑛−2) + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−(𝑛−1)
(1
Montante da Série
Colocando-se R em evidência e operando-se os expoentes,
Devido à inexistência de pagamentos e capitalizações
fica:
durante o prazo de carência, para o cálculo do Montante (sd)
de uma série diferida, proceda de forma análoga à série
𝑆𝑎 = 𝑅[ (1 + 𝑖)𝑛 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅 (1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ postecipada, ou seja, Sd = R. (F.A.C.m).
+ (1 + 𝑖)2 + (1 + 𝑖)1 ]
Série Uniforme de Prestações Periódicas com
Colocando-se o termo (1 + i) em evidência, temos: parcelas Intermediárias.
𝑆𝑎 = 𝑅. (1 + 𝑖)[ (1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ + (1 + 𝑖) + 1 ] O assunto tratado aqui é bastante comum em relação ao
mundo dos negócios, principalmente no que tange ao mercado
E imobiliário pois, nesse mercado, podem existir situações em
que os pagamentos (ou recebimentos) dispostos ao longo de
um fluxo de caixa preveem, além das prestações pré-
estabelecidas, pagamentos intermediários. Nestes casos, para
se encontrar o valor atual da série, devemos empregar os
Note que a expressão E trata-se exatamente do (F.A.C.m.) conceitos anteriormente vistos em relação à especificidade da
Fator de Acumulação de Capital por Operação múltipla. Para série em questão e descontar as parcelas anteriores para a
efeito de uso do formulário existente, iremos um período de data zero somando, nessa data, tais valores ao valor atual da
capitalização. Isto posto, devemos ter o cuidado de somar 1 à série.
variável n e subtraí-la do resultado final. Matematicamente
ficaria: Exemplo

Um apartamento está à venda nas seguintes condições:


- $700,00 de sinal
Série Uniforme de Prestações Periódicas Diferidas
- 12 parcelas mensais e consecutivas de $3.500,00, sendo
que a primeira ocorrerá 30 dias após o sinal;
Finalmente, vamos estudar um conjunto de pagamentos
- 2 parcelas semestrais de $5.000,00
(ou recebimentos) que ocorrem sempre após certo período de
Carência, também chamado Prazo de Diferimento.
Dada uma taxa de 11%ao mês, calcule o preço à vista do
imóvel.
Valor Atual da Série
Esquematicamente, teríamos:
Em relação ao fluxo abaixo, vamos determinar o Valor
Atual (Pd) na data zero:

Note que as parcelas R dispostas entre as datas 0 e 12,


Note que a série ocorrida entre os períodos m e m + n tem tratam-se de prestações periódicas postecipadas. Isto posto,
comportamento idêntico ás Séries Postecipadas; daí pode-se para encontrar o valor à vista do imóvel:
calcular o Valor Atual (Pd) através do seguinte raciocínio: - Calcule Pp = R. (F.V.Pm);

Matemática 47
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APOSTILAS OPÇÃO

- Desconte as parcelas intermediarias Ri para a data zero e n = 10 meses


some-as a Pp não esquecendo, ainda, de agregar à soma o valor Pa = ?
do sinal ocorrido nessa data. (1+𝑖)𝑛−1 −1
𝑅𝑖 𝑅𝑖
Pa = 𝑅. [ 1 + (1+𝑖)𝑛−1 .1
]
V = Sinal + R.(F.V.Pm) + 𝑛 + 𝑛
(1+𝑖) (1+𝑖)
(1+0,02)9 −1
Pa = 𝑅. [ 1 + ]
(1+0,11)12 −1 $5.000 $5.000 (1+0,02)9 .0,02
V = $700 + $3.500 . + )6
+
(1+0,11)12 .0,11 (1+0,11 (1+0,11)12
V = $700 + $22.723,24 + $2.673,20 + $1.429,20 Pa = $1.000,00 (1 + 8,16224)
V = $27.525,64 Pa = $9.162,23

Referência 04.
http://www.iceb.ufop.br/demat/perfil/arquivos/0.051648 R = $2.000,00
001320632865.pdf i = 0,09 a.m.
n = 15 meses
Questões Sa = ?
(1+𝑖)𝑛+1 −1
Sa = 𝑅 [ − 1]
01. Em certa época, foi contraída uma dívida a qual foi paga 𝑖

em 18 pagamentos trimestrais iguais de $1.000,00 através de (1+0,09)16 −1


uma taxa de juros de 23% ao trimestre. Determinar o valor Sa = $2.000 [ − 1]
0,09
dessa dívida.
Sa = $2.000 . (33,00340 – 1)
02. Um investidor depositou $1.500,00 semestralmente Sa = $64.006,80
para formar um pecúlio durante dez anos. Calcule o valor
acumulado para uma taxa de 30% ao semestre. 05.
R = $4.000,00
03. Calcule o valor atual de uma renda mensal antecipada, i = 5% a.m.
cujo valor da prestação é de $1.000,00, dada uma taxa de 2% n = 8 meses
ao mês durante dez meses. m = 2 meses

04. Calcule o montante de uma renda antecipada de 15 𝑅.(𝐹.𝑉.𝑃𝑚)


Pd =
meses, com prestação mensais de $2.000,00 à taxa de 9% ao (1+𝑖)𝑚
mês.
(1+𝑖)𝑛 −1
𝑅.
(1+𝑖)𝑛 .𝑖
05. Uma máquina é vendida a prazo através de oito Pd = (1+𝑖 )𝑚
prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro
pagamento só irá ocorrer após três meses da compra. (1+0,05)8 −1
$4000
(1+0,05)8 . 1
Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês. Pd =
(1+0,05)2

$4.000(6,463213)
Pd = (1,102500)

Pd = $23.449,30

Respostas 15 - Planos de amortização


01.
R = $1.000,00
de empréstimos e
i = 0,23 a.t. financiamentos.
n = 18 trimestres
Pp = ?
Pp = 𝑅 .
(1+0.23)18 −1 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES
(1+0,23)18 .0,23
Pp = $1.000,00 (4,24312) Muito utilizado hoje quando se faz um
Pp = $4.243,12 empréstimo/financiamento, transações de pagamentos de
compra de imóveis, entre outros, transações feitas a longo
02. prazo.
R = $1.500,00
n = 20 semestres - Alguns conceitos:
i = 0,30 a.s.
Sp = ? Amortização (A)  é um processo que extingue dívidas
através de pagamentos periódicos, é a extinção de uma dívida
(1+𝑖)𝑛
Sp = 𝑅 através da quitação da mesma. Parte da prestação que não
𝑖
(1+0,30)20 −1 incide juros.
Sp = $1.500
0,30
Sp = $1.500 . (630,16546)
Sp = $945.248,19

03.
R= $1.000,00
i = 0.02 a.m.

Matemática 48
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APOSTILAS OPÇÃO

Prestação (P)  É a amortização acrescida de juros. 4º Passo: Calcular o Juros para o Período 2.

P=A+J Período 2  J = C.i.t (t = 1)  J = 7500 . 0,05 .1  J = 375


∴ Observe que o juros incidiu sobre o capital do Período 1
Juros (J)  Taxa que incide sobre o saldo devedor do (período anterior) e não do Período 2.
período anterior (note que quando trabalhamos com sistemas
de amortização, estamos trabalhando com o regime de juros
compostos).

Postecipadas Algo que será realizado posteriormente.


Em outras palavras você irá usar e depois pagar.
5º Passo: Calcular o valor da prestação para cada período.
Antecipadas O contrário de postecipada. Lembrando que P = A + J

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) Período 2 P = 2500+375  P = 2875

Exemplo

Para um empréstimo de R$ 10.000,00, a uma taxa de 5%


ao mês, qual será a sua tabela de amortização sabendo que
serão pagas em 4 parcelas.
E vamos fazendo assim para cada período, temos:

1º Passo: Determinar o valor da cota de amortização:


Principais características:
𝐸 10000 - As cotas de amortização são iguais;
𝐴= ⟹ = 2500
𝑛 4 - As prestações são decrescentes;
- Os juros são decrescentes;
Em um sistema de amortização constante, as amortizações - As amortizações serão sempre constantes.
são iguais para todos os períodos: - Nas colunas dos Juros e das Prestações observa-se de uma
PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries


Postecipadas)

O período 0(zero), é o do valor do


empréstimo/financiamento.
Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo
Para séries antecipadas (com entrada), basta
Devedor para todos os períodos. Observe que no período 4 o 𝟏
saldo é 0(zero), é onde temos a quitação total da dívida. multiplicar o valor da prestação por .
(𝟏+𝐢)

2º Passo: Calcular o Juros para cada período. (Atenção: o SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS OU TABELA
Juros sempre irá incidir sobre o Capital/Saldo Devedor do PRICE (SAF)
período anterior.)
Exemplo
Período 1 J = C.i.t (t=1)  J= 10000 . 0,05 .1  J = 500 ∴
Observe que o juros incidiu sobre o capital do Período Para um empréstimo de R$ 8.660,00 a uma taxa de 5% ao
0(período anterior) e não do Período 1. mês, qual será a sua tabela de amortização sabendo que serão
pagas em 5 parcelas. Dado que FRC = 0,231.

3º Passo: Calcular o valor da prestação para cada período.


Lembrando que P= A+J

Período 1 P = 2500+500  P = 3000 1º Passo: Determinar o valor da prestação

Em um sistema de amortização francês, as prestações são


iguais para todos os períodos, e é possível acha-la através da
fórmula:

Matemática 49
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APOSTILAS OPÇÃO

Com a Amortização já podemos descobrir o Saldo Devedor


do Período 2.

Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo E vamos fazendo assim para cada período, temos:
1
que 𝐹𝑉𝐴 = :
𝐹𝑅𝐶

𝟏 𝑷
𝑬 = 𝑷. → 𝑬. 𝑭𝑹𝑪 = 𝑷 → 𝑭𝑹𝑪 =
𝑭𝑹𝑪 𝑬

Aplicando ao exemplo:

1 Obs.: Por estarmos trabalhando com números com


E = P . FVA  𝐸 = 𝑃.  E .FRC= P  8660 . 0,231 = P
𝐹𝑅𝐶 vírgulas, podem ocorrer erros de aproximação, fazendo com
 P = 2000,46 (vamos arredondar para 2000.) que na coluna do Saldo Devedor ainda reste algum valor.

Principais características:
- As prestações são constantes;
- Juros decrescentes;
- Amortizações crescentes.
- Na coluna Juros, temos uma PG (Progressão geométrica)
2º Passo: Calcular o Juros para cada período. (Atenção: o de razão descrente.
Juros sempre irá incidir sobre o Capital/Saldo Devedor do
período anterior.) SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM).

Período 1 J = C.i.t (t = 1)  J = 8660 . 0,05 .1  J = 433 Principais características:


∴ Observe que o juros incidiu sobre o capital do Período 0 - A prestação é a média entre a do SAC e a do Sistema
(período anterior) e não do Período 1. Francês.

Para efetuar os cálculos basta utilizar todo os conceitos


aprendidos acima.

Referências
SAMANEZ, C.P., Matemática Financeira, 3ª edição. São Paulo: Pearson-
Prentice Hall, 2002.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
3º Passo: Calcular o valor da amortização para cada NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São
período. Lembrando que P= A+J, logo A = P - J Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.

Período 1 A = 2000 - 433  A = 1567 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO VARIÁVEL


Com a Amortização já podemos descobrir o Saldo Devedor
do Período 1. No sistema de amortizações variáveis (SAV), a devolução
do financiamento não segue uma sequência que obedeça a um
critério ou modelo matemático. Neste sistema, o devedor paga
o principal, periodicamente por valores variáveis de acordo
com a combinação realizada previamente com o credor. A
única restrição consiste em que o somatório das parcelas de
amortização seja idêntico ao valor do financiamento, enquanto
4º Passo: Calcular o Juros para cada período. os juros sobre o saldo devedor sejam pagos em cada período,
juntamente com a parcela de amortização e, na hipótese de não
Período 2 J = C.i.t (t=1)  J= 7093. 0,05 .1  J = 354,65 estar prevista amortização em um determinado período, os
∴ Observe que o juros incidiu sobre o capital do Período juros, necessariamente, sejam pagos.
1(período anterior) e não do Período 2.
Exemplo

Supondo um financiamento de $ 50 mil a uma taxa de


12,0% a.a. e prazo de 12 meses, imaginando-se que tenha sido
combinado o fluxo de pagamentos seguinte:

5º Passo: Calcular o valor da amortização para cada


período.

Período 2 A = 2000 – 354,65  A = 1645,35

Matemática 50
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APOSTILAS OPÇÃO

O valor total dos juros é equivalente a R$ 3.156,25.

Questões

01. (Banco do Brasil – Técnico bancário – FCC) Um


empréstimo de R$ 800.000,00 deve ser devolvido em 5
prestações semestrais pelo Sistema de Amortizações
Constantes (SAC) à taxa de 4% ao semestre. O quadro
demonstrativo abaixo contém, em cada instante do tempo
(semestre), informações sobre o saldo devedor (SD), a
amortização (A), o juro (J) e a prestação (P) referentes a esse
empréstimo. Observe que o quadro apresenta dois valores
ilegíveis.
Referências
http://www.premioabecip.org.br/2010/tema1/universitario/marcelo-dos-
santos.pdf
REZENDE, Teotonio Costa. Os sistemas de amortização nas operações de
crédito imobiliário: a falácia da capitalização de juros e da inversão do momento
de deduzir a quota de amortização. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro, 2003.

SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO


Se o quadro estivesse com todos os valores legíveis, o valor
O Sistema Americano de Amortização é um tipo de correto da prestação P, no último campo à direita, na linha
quitação de empréstimo que favorece aqueles que desejam correspondente ao semestre 5, da tabela, seria de
pagar o valor principal através de uma única parcela, porém os (A) 170.300,00.
juros devem ser pagos periodicamente ou, dependendo do (B) 167.500,00.
contrato firmado entre as partes, os juros são capitalizados e (C) 166.400,00.
pagos junto ao valor principal. Observe as planilhas (D) 162.600,00.
demonstrativas desse modelo de amortização. (E) 168.100,00.

Exemplo 1 02. (TRT 6ª REGIÃO- ANALISTA JUDICIÁRIO-


Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago através do CONTABILIDADE - FCC) Um empréstimo foi obtido com taxas
sistema americano no prazo de 10 meses, a juros mensais de de juros simples de 18% a.a., para pagamento em 12
3% ao mês. Veja: De acordo com o modelo de amortização prestações mensais, consecutivas, vencendo a primeira 30 dias
americana, a quitação do empréstimo ocorrerá no último mês, após a obtenção do empréstimo. Sabendo-se que foi adotado,
então nos meses anteriores a pessoa irá pagar somente o valor neste caso, o sistema de amortização constante (SAC) e que o
dos juros. valor principal do empréstimo era R$ 120.000,00, o valor da 8a
Juros = 3% de 50.000 = 1.500 parcela foi
(A) R$ 9.750,00
(B) R$ 10.600,00
(C) R$ 10.750,00
(D) R$ 12.000,00
(E) R$ 11.250,00

03. (UFGD – Analista Administrativo – Economia –


AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização de uma
dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes,
em progressão aritmética, denomina-se
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
Observe que os juros do último período também são (D) Sistema Americano com fundo de amortização.
pagos pelo devedor. (E) Sistema Alemão.

Exemplo 2 04. (BNDES – Profissional Básico – Ciências Contábeis


Construa a planilha e determine o valor total dos juros – CESGRARIO) Um cliente solicitará um empréstimo bancário
pagos pelo empréstimo referente a R$ 25.250,00, pagos pelo e, para tirar suas dúvidas, antes de ir ao banco, contratou um
sistema americano durante 5 meses, a uma taxa de 2,5% ao consultor particular. Ele informou ao consultor que gostaria de
mês. que o empréstimo fosse nas seguintes condições: na prestação
Juros mensais = 2,5% de 25.250,00 = 0,025 * 25.250,00 = calculada, já estivesse incluída parte da amortização da dívida
e que, no final da operação, tivesse pagado a menor quantidade
de juros possível. Ele não tem restrições quanto ao valor das
prestações.
Baseando-se nas informações do seu cliente, qual sistema
de amortização o consultor deve indicar?
(A) Americano
(B) Alemão
(C) Francês (PRICE)
(D) SAC (Amortização Constante)
(E) SAM (Amortização Misto)

Matemática 51
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APOSTILAS OPÇÃO

Respostas prestações anuais de $ 12.500,00 cada. O financiamento foi


01. Resposta: C. concedido sem carência. O custo da operação é constituído de
Parcela 5 = Amortização 5 + Juros 5 juros de 20% ao ano e IOC de 4,5% incidente sobre o valor do
Juros 5 = Saldo devedor 4 x taxa de juros crédito e pago quando da liberação dos recursos. O banco
Juros 5 = 160.000 x 0,04 = 6.400,00 cobra ainda uma taxa de 1,0% ao final de cada ano, incidente
P5 = 160.000 + 6.400 = 166.400,00 sobre o saldo devedor, a título de cobrir despesas
administrativas de concessão do crédito. Pelos dados
02. Resposta: D. apresentados, pode-se elaborar a planilha financeira do
SAC = P e J decrescente. financiamento levando-se em consideração as despesas
i = 18% a.a /12 = 1,5% a.m. = 0,015 adicionais de IOC e taxa administrativa.
A = E/n  120 000/12 = 10 000
Vamos utilizar a fórmula do termo geral da PA
Pn = P1 + (n - 1).r  P8 = P1 + 7.r ,
Onde: J1= 0,015 . 120 000 = 1800
P1 = A + J = 10 000 + 1800 = 11 800
r = - i.A = - 0,015 x 10 000 = - 150
P8= 11 800 + 7.(- 150)  P8= 11 800 – 1050  P8 = 10
750,00
Para se achar a taxa interna de retorno do fluxo de caixa
03. Resposta: C. deve ser determinado i de tal forma que:
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única
que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização
Constante (SAC).

04. Resposta: D.
Principais características: 23.000,00 20.375,00
- As cotas de amortização são iguais; 47.750,00 = +
(1+i) (1+i)2
- As prestações são decrescentes;
- Os juros são decrescentes; 17.750,00 15.125,00
+
(1+i)3 (1+i)4
- As amortizações serão sempre constantes.
- Nas colunas dos Juros e das Prestações observa-se de uma
PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente. Calculando-se:

I = 23,7% a.a., que representa o custo efetivo de


empréstimo, levando-se em conta os encargos adicionais
16 - Cálculo financeiro: cobrados.
custo real efetivo de
operações de financiamento,
Planilha de Financiamento com Juros Pós- Fixados
empréstimo e investimento. pela TJLP

Admita um financiamento Finame de $700.000,00 a ser


CUSTO EFETIVO2 liquidado em 24 meses. O primeiro ano é de carência, sendo
pagos somente os encargos financeiros ao final de cada
Quando é cobrado unicamente juro nas operações de trimestre. Após a carência, o tomador deve efetuar 12
empréstimos e financiamentos, o custo efetivo, qualquer que pagamentos mensais pelo sistema francês de amortização,
seja o sistema de amortização adotado, é a própria taxa de juro vencendo a primeira no 13º mês e as demais sequencialmente.
considerada. O custo efetivo do exemplo ilustrativo geral, A taxa de juros contratada para essa operação é a efetiva de
desenvolvido ao longo deste capítulo, é de 1400175% a.s. (ou: 5% a.a., que equivale a 0,4074% a.m., mais a TJLP.
30% a.a.), que representa a taxa contratada para a operação. A TJLP é uma taxa de juros de longo prazo, instituída pelo
Por outro lado, é comum as instituições financeiras Conselho Monetário Nacional, que tem como base de cálculo as
cobrarem, além do juro declarado, outros tipos de encargos, médias de juros dos títulos públicos federais das dívidas
tais como IOC (Imposto sobre Operações de Crédito), externas e internas. O prazo de vigência dessa taxa é de três
comissões, taxas administrativas etc. Estas despesas meses, sendo seu percentual geralmente divulgado pelo Banco
adicionais devem ser consideradas na planilha de Central no primeiro dia útil do período de sua vigência. A TJLP
desembolsos financeiros, onerando o custo efetivo da foi regulamentada pela Resolução nº 2.121, de 30-11-94 do
operação. Nessas condições, torna-se indispensável a Banco Central do Brasil.
apuração do custo efetivo de um empréstimo, permitindo Admita, ilustrativamente, que as taxas TJLP para cada um
melhores comparações com outra alternativas. O cálculo do dos trimestres do prazo do financiamento sejam as seguintes:
custo efetivo é desenvolvido pelo método da taxa interna de
retorno.

Planilha com Despesas Adicionais

Ilustrativamente, admita que uma empresa tenha obtido


um financiamento de $ 50.000,00 para ser amortizado em 4 4º Trim.: 6,0%

2
FARIA, Rogério Gomes de. Matemática Comercial e Financeira. 5 ed. São Paulo: NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São
Pearson Education do Brasil, 2000. Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.
FRANCISCO, Walter De. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

Matemática 52
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APOSTILAS OPÇÃO

Quadro 10 Planilha Financeira com Juros e TJLP - Amortização = pagamentos trimestrais


- Prazo de Amortização = 3 anos

Pede-se elaborar a planilha financeira para amortizações


pelos sistemas SAC e SPC, admitindo que:
(A) Não haja carência
(B) Haja carência de 2 trimestres

02. Um empréstimo de $ 160.000,00 é concedido a uma


empresa para ser liquidado em 2 anos e meio mediante
pagamentos semestrais. A taxa de juros concentrada é de 24%
ao ano, e não há carência. Pede-se construir a planilha de
desembolso deste empréstimo pelo sistema de amortização
misto.

03. Uma pessoa está negociando a compra de um imóvel


pelo valor de $ 350.000,00. As condições de pagamento
propostas são as seguintes:
Saldo Devedor: Permanece constante ($700.000,00), pois 1º mês: $ 70.000,00
os encargos financeiros são pagos ao final de cada trimestre; 2º mês: $ 50.000,00
3º mês: $ 80.000,00
Amortização: Representa, para cada trimestre, a TJLP do 4º mês: $ 60.000,00
período aplicada sobre o saldo devedor de $700.000,00, ou 5º mês: $ 90.000,00
seja:
1º Trim.: $ 700.000,00 x 6,8% = $ 47.600,00 Sendo de 2,5% ao mês a taxa corrente de juros, determinar
2º Trim.: $ 700.000,00 x 6,2% = $ 43.400,00 o valor dos desembolsos mensais (amortização, juros e
3º Trim.: $ 700.000,00 x 7,7% = $ 53.900,00 prestação) que devem ser efetuados caso o negócio seja
4º Trim.: $ 700.000,00 x 6,0% = $ 42.000,00 realizado nessas condições.

Juros: Taxa efetiva de 5% a.a., equivalendo a 1,2272% a.t. 04. Um financiamento para capital de giro no valor de $
Esse percentual é aplicado trimestralmente sobre o principal 2.000.000,00 é concedido a uma empresa pelo prazo de 4
corrigido pela TJLP. Assim: semestres. A taxa de juros contratada é de 10% a.s. Sendo
1º Trim.: ($700.000,00 x 1,068) x 1,2272% = $ 9.174,60 adotado o sistema americano para amortização desta dívida, e
2º Trim.: ($700.000,00 x 1,062) x 1,2272% = $ 9.123,00 os juros pagos semestralmente durante a carência, calcular o
3º Trim.: ($700.000,00 x 1,077) x 1,2272% = $ 9.251,90 valor de cada prestação mensal. Admita, ainda, que a taxa de
4º Trim.: ($700.000,00 x 1,06) x 1,2272% = $ 9.105,80 aplicação seja de 4% a.s. Calcular os depósitos semestrais que
a empresa deve efetuar neste fundo de maneira que possa
Ao final da carência, o financiamento prevê 12 pagamentos acumular, ao final do prazo do financiamento (4 semestres),
mensais, corrigidos trimestralmente pela TJLP. Dessa maneira, um montante igual ao desembolso de amortização exigido.
para o 5º trimestre, as prestações são calculadas com base na
formulação do fluxo de caixa padrão, conforme descrito no Respostas
Capítulo 6, isto é: 01.
(A). Planilha pelo SAC com e sem Carência
PV = PMT x FPV (i,n)

700.000,00 = PMT x FPV (0,4074%,12)

Resolvendo-se:
PMT = $ 59.889,60

No início dos próximos três trimestres (16º mês, 19º mês


e 22º mês), as prestações, e também os demais valores da
planilha financeira, são corrigidos pela TJLP publicada para o
período, conforme consta do Quadro 12.11. Por exemplo, no $ 420.000,00
16º mês, tem-se: Amortização = = 35.000,00/ Trim.
12 Trim.

Prestação: $ 59.889,60 x 1,048 = $ 62.764,30 (B). Planilha pelo SPC com e sem Carência
Juros: ($ 528.188,60 x 1,048) x 0,4074% = $ 2.255,10
Amortização: $ 62.764,30 - $ 2.255,10 = $ 60.509,20
Saldo Devedor: ($528.188,60 x 1,048) - $ 60.509,20 =
493.032,40

Para os demais trimestres, segue-se a mesma metodologia


de cálculo.

Questões

01. Um empréstimo no valor de $ 420.000,00 foi concedido PMT = PV x


1
a uma empresa nas seguintes condições: FPV (i,n)
1
- Taxa de Juros = 5% a.t.; PMT = PV x
FPV (5%,12)

Matemática 53
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APOSTILAS OPÇÃO

PMT = $ 47.386,70 Para Gitman (2001) na análise de qualquer projeto se faz


necessário uma abordagem de viabilidade econômico-
02. financeira. Para isso, se faz importante o entendimento do
timing dos fluxos de caixa destes, ou seja, o valor do dinheiro
no tempo, que é baseado na ideia deque uma unidade
monetária hoje vale mais do que uma outra que será recebida
em uma data futura. Isso explica porque deseja-se receber o
quanto antes e pagar o mais tarde possível uma determinada
Juros = 24% a.a. (√1,24 − 1 = 11,.36% a.s.) quantia que não será reajustada ao longo do tempo.

A análise e avaliação de projetos de investimento está


intimamente ligada a gestão financeira que tem como principal
objetivo a maximizar o valor do empreendimento, ou seja
maximização da riqueza dos proprietários, que depende da
distribuição no tempo dos fluxos de caixa de seus
investimentos.
03. Técnicas de Análise e Avaliação de Projetos de
Investimento

Existem diversas técnicas (também conhecidos como


métodos) para realizar análise e avaliação de projetos de
investimentos que consideram o valor do dinheiro no tempo e
04. a verificação de oportunidades de obter resultados positivos
por meio da avaliação dos fluxos de caixa. Por existirem várias
áreas na avaliação existe também espaço para discórdia, entre
estas: a estimativa dos fluxos de caixa e do custo de
oportunidade. Ou seja, mesmo que os modelos de avaliação
sejam quantitativos, a avaliação possui aspectos subjetivos.
Isso faz com que, por exemplo, dois analistas possam através
da utilização das mesmas técnicas chegar a conclusões
diferentes com relação à avaliação de um projeto de
investimento.
As abordagens mais comuns envolvem a interação de
procedimentos de valor do dinheiro no tempo, considerações
quanto ao risco e retorno e conceitos de avaliação para
O valor de cada parcela a ser depositada semestralmente selecionar a riqueza dos proprietários, onde se destacam três
no fundo de amortização é de $ 470.980,00, isto é: principais técnicas:

PV = PMT x FPV (i,n) Período de Recuperação do Investimento (payback);


Valor Presente Líquido (VPL);
(1+i)𝑛 −1 Taxa Interna de Retorno (TIR).
PV = PMT x
i

i
Período de Recuperação do Investimento (Payback)
PMT = PV x
(1+i)𝑛 −1
Os períodos de payback são normalmente usados para
0,04 avaliar propostas de investimento de capital. O período de
PMT = 2.000.000,00 x
(1,04)4 −1 payback é o tempo necessário para que a empresa recupere o
investimento inicial em um projeto, calculado a partir das
PMT = 2.000.000,00 x 0,235490 = $ 470.980,00 entradas de caixa. Quanto mais rápido o retorno, menor o
payback e melhor o projeto. Assim, o payback sempre deve ser
mensurado em tempo – dias, semanas, meses, anos -, quanto
17 - Avaliação de menor o tempo de retorno, mais interessante será o
alternativas de investimento. investimento. Essa técnica é bastante conhecida, sendo até
repetida popularmente – “o tempo para recuperar o
investimento” -, exatamente a ideia do payback.
Empresas de grande porte costumam usar o período de
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS payback para avaliar projetos de baixo valor, enquanto as
pequenas costumam utilizá-lo para a maioria de seus projetos.
Conceitos A popularidade do método resulta da simplicidade de cálculo
e do apelo intuitivo. Também é interessante por considerar os
Do ponto de vista da análise econômico-financeira, um fluxos de caixa, e não o lucro contábil.
projeto de investimento é qualquer atividade produtiva de
vida limitada, que implique na mobilização de alguns recursos Critérios de decisão do Payback
na forma de bens de produção, em determinado momento, na
expectativa de gerar recursos futuros oriundos da produção. Quando usamos o período de payback para tomar decisões
Esse tipo de conceituação pressupõe a possibilidade de de aceita-rejeição, aplicam-se os seguintes critérios de
quantificação monetária dos insumos e produtos associados decisão:
ao projeto (NORONHA e DUARTE, 1995).

Matemática 54
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APOSTILAS OPÇÃO

• Se o período de payback for menor do que o período levar o investidor a escolher projetos de retorno muito mais
máximo aceitável de payback, aceitar o projeto. longos do que seria necessário.
• Se o período de payback for maior do que o período • O payback considera que todos os investimentos
máximo aceitável de payback, rejeitar o projeto. analisados possuem o mesmo risco, desprezando a análise de
risco de cada um. Assim, um investidor, utilizando o payback,
A duração do período máximo aceitável é fixado pode escolher um projeto muito mais arriscado que outro, sem
subjetivamente, com base em uma série de fatores, inclusive o ter uma recompensa significativa no retorno por esse risco
tipo do projeto (expansão, substituição, renovação ou outros), adicional, ou seja, ele não foi levado a fazer a escolha mais
percepção do risco do projeto e relação percebida entre o racional possível.
período de payback e o valor da ação. Trata-se, simplesmente, • Não considera os fluxos de caixa após o período de
de um valor que se acredita que, em média, resultará em payback, pois ele só analisa o investimento até este ser
decisões de investimento geradoras de valor. recuperado pelo investidor, ou seja, ao atingir-se o tempo de
O critério de decisão com o payback pode ser aplicado payback, cessa-se a análise, desprezando todos os fluxos de
tanto a projetos únicos quanto a projetos concorrentes. caixa posteriores.

- Projeto único: deve-se definir um tempo máximo Taxa Mínima De Atratividade (Tma)
aceitável. Após definido esse tempo, se o projeto tiver um
payback inferior ao máximo aceitável, aceita-se o projeto, Existem grandes controvérsias quanto a como calcular
senão, rejeita-se. esta taxa. Alguns autores afirmam que a taxa de juros a ser
usada pela engenharia econômica é a taxa de juros equivalente
- Projetos Correntes: com dois ou mais projetos que são à maior rentabilidade das aplicações correntes e de pouco
excludentes, deve-se escolher apenas o melhor, ou seja, o que risco. Uma proposta de investimento, para ser atrativa, deve
tem menor payback, tendo, portanto, o retorno mais rápido. render, no mínimo, esta taxa de juros.
Outro enfoque dado a TMA é a de que deve ser o custo de
Atenção Candidato(a) capital investido na proposta em questão, ou ainda, o custo de
Para que você possa compreender da melhor forma a capital da empresa mais o risco envolvido em cada alternativa
aplicação da técnica de Payback, utilizaremos a aplicação no de investimento. Naturalmente, haverá disposição de investir
fluxo de caixa do Projeto A a seguir se a expectativa de ganhos, já deduzido o valor do
investimento, for superior ao custo de capital. Por custo de
Fluxo de Caixa – Projeto A: capital, entendesse a média ponderada dos custos das diversas
Investimento Inicial (data zero) R$ 400.000,00 fontes de recursos utilizadas no projeto em questão.
Entradas de Caixa Operacionais:
Ano 1: R$ 100.000,00 Qual deve ser a Taxa Mínima de Atratividade (TMA)?
Ano 2: R$ 150.000,00 Existem algumas possibilidades bastante úteis para a
Ano 3: R$ 150.000,00 definida:
Ano 4: R$ 250.000,00 Taxa de retorno da aplicação financeira: supõe que o
Ano 5: R$ 350.000,00 custo de oportunidade seja o de deixar os recursos aplicados
em investimentos de baixo risco (renda fixa);
Período máximo: O período máximo estipulado para o Taxa de captação de empréstimos: supõe que a empresa
retorno do Projeto A é de 4 anos. não possua os recursos para investir e, assim, será obrigada a
captar um empréstimo. Considera o custo de oportunidade de
Para facilitar o entendimento do Payback foi construída a forma mais conservadora que a taxa de aplicação.
tabela abaixo com o valor do investimento inicial, os períodos,
o fluxo de cada período (as entradas ou saídas operacionais) e Valor Presente Líquido (VPL)3
o valor acumulado dos fluxos de caixa. O valor presente líquido, também conhecido pela
terminologia Valor Atual, caracteriza-se, essencialmente, pela
transferência para o instante presente de todas as variações de
caixa esperadas, descontadas à taxa mínima de atratividade.
Em outras palavras, seria o transporte para a data zero de um
diagrama de fluxos de caixa, de todos os recebimentos e
desembolsos esperados, descontados à taxa de juros
No momento em que o valor acumulado dos fluxos de caixa considerada.
atingir o valor do investimento inicial, atingiu-se o payback, ou Se o valor presente for positivo, a proposta de
seja, o investimento retornou os recursos utilizados, ou ainda, investimento é atrativa, e quanto maior o valor positivo, mais
“recuperou-se o capital investido”. atrativa é a proposta.
O payback do projeto é de três anos, pois esse é o tempo
necessário para retornar o valor do investimento inicial de R$ n
FCt
400.000,00, sendo inferior ao período máximo estipulado.
Com base nesse resultado o projeto A deve ser aprovado com VPL    I0
base na técnica de payback. t 1(1  k )t
Onde:
Principais falhas do payback 𝐹𝐶𝑡 – valor presente das entradas de caixa;
𝐼0 – investimento inicial;
Como principais falhas do Payback, podemos apontar: 𝑘 – taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa);
• Despreza o custo do dinheiro, ou seja, não compara o 𝑡 – tempo de desconto de cada entrada de caixa;
investimento realizado com possíveis ganhos em outros 𝑛 - tempo de desconto do último fluxo de caixa.
investimentos, tais como aplicações financeiras, podendo

http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/download/Engecon2/CAP3EEA.pdf

Matemática 55
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo 01) Numa análise realizada em determinada É claro que esta formula é do montante, mas em nosso
empresa, foram detectados custos operacionais caso, neste item vamos usar somente o fator.
excessivamente elevados numa linha de produção, em
VF  VP (1 i)
n
decorrência da utilização de equipamentos velhos e obsoletos.
Os engenheiros responsáveis pelo problema propuseram à
gerência duas soluções alternativas. A primeira consistindo
numa reforma geral da linha, exigindo investimentos Então o que é fator de cálculo a juro composto? É
estimados em $ 10.000, cujo resultado será uma redução anual exatamente - uma mais taxa elevado ao período respectivo,
de custos igual a $ 2.000 durante 10 anos, após os quais os como segue:

(1 i)
equipamentos seriam sucatados sem nenhum valor residual. A n
segunda proposição foi a aquisição de uma nova linha de
produção no valor de $ 35.000 para substituir os
equipamentos existentes, cujo valor líquido de revenda foi
Para que serve então o fator de cálculo? Serve para “trazer
estimado a $ 5.000. Esta alternativa deverá proporcionar
para a data presente um valor que está no futuro”!
ganhos de $ 4.700 por ano, apresentando ainda um valor
É evidente que se dividirmos um valor pelo seu respectivo
residual de $ 10.705 após dez anos.
fator teremos como resulta o valor presente. Se
Sendo a TMA para a empresa igual a 8% ao ano, qual das
multiplicarmos teremos o respectivo valor futuro. Entendeu?
alternativas deve ser preferida pela gerência?
Grande dica para concursos.
1º Projeto - reforma geral da linha
Coluna 5 - VP – valor presente respectivo de cada ano, ou
- Investimentos estimados em $ 10.000
seja estamos calculando aqueles valores que a empresa terá no
- Resultado será uma redução anual de custos igual a $
futuro, verificando qual será seu respectivo valor na data zero-
2.000 durante 10 anos,
valor presente, ..ok.?
- Os equipamentos seriam sucatados sem nenhum valor
residual. VF
VP 
(1 i)
n
2º Projeto - aquisição de uma nova linha de produção
- Investimentos no valor de $ 35.000- para substituir os
equipamentos existentes
- ganhos de $ 4.700 por ano, Coluna 6 – Saldos R$ – calculamos o respectivo saldo em
- Valor residual de $ 15.705 após dez anos. cada ano. Ou seja, teremos que “pagar os investimentos
- TMA para a empresa igual a 8% ao ano, efetuados pela empresa”, então temos que ir pagando de
acordo com as entradas de caixa ou neste caso será a redução
1º Projeto – reforma geral da linha de custos, entendeu?
Quando o saldo se transforma em positivo é sinal que
conseguimos cobrir o valor dos investimentos, portanto fique
alerta neste período temos a viabilidade do projeto.
Podemos também utilizar a formula do valor presente
líquido para cálculo direto:
n
2.000 2.000 2.000 2.000 2.000
VPL       ....n  10.000
t 1 1,081 1,082 1,083 1,084 1,085

n
2.000 2.000 2.000 2.000 2.000
VPL       .....n  10.000
t 1 1,08 1,166 1,259 1,36 1,469
Portanto o VALOR PRESENTE LIQUIDO É DE R$ 3.420,16,
este valor é considerado o Benefício líquido do projeto, pois já
descontamos o valor do investimento total que foi de dez mil VPL  13.420,16 10.000  3.420,16
reais, e ainda o investidor terá uma TMA a 8% ao ano.
2º Projeto - aquisição de uma nova linha de produção
Explicações da tabela:

Coluna 1 –Datas - data zero em economia consideramos


a data do Valor presente.
As outras datas são exatamente a vida útil do projeto
(maquinários e outros bens relacionados),

Coluna 2 – Valores R$ - R$ 10.000,00 é o investimento –


valor negativo para representar que este dinheiro sairá do
caixa da empresa para o projeto.
Os outros valores R$ 2.000,00 do ano 1 ao ano 10 é
Portanto o VALOR PRESENTE LIQUIDO É DE R$ 3.811,84,
exatamente os valores de redução de custo se o projeto for
este valor é considerado o Benefício líquido do projeto, pois já
implantado.
descontamos o valor do investimento total que foi de dez mil
reais, e ainda o investidor terá uma TMA a 8% ao ano.
Coluna 3 – Item – são a nomenclatura respectivas de
investimentos e redução de custo – neste caso podemos n
4.700 4.700 4.700 4.700 4.700
também lançar como retorno dependendo do caso. VPL       ....n  35.000
t 1 1,081 1,082 1,083 1,084 1,085
Coluna 4 – Fator De Cálculo - o fator de cálculo
n
utilizado para análise de investimento é baseado na VPL  
4.700 4.700 4.700 4.700 4.700
    .....n  35.000
metodologia de JURO COMPOSTO, lembra-se? t 1 1,08 1,166 1,259 1,36 1,469

Matemática 56
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APOSTILAS OPÇÃO

VPL  38.811,24  35000  3.811,84 n


FC t
VPL    I0 (01)
t 1 (1  k ) t
Taxa Interna de Retorno – TIR
n
FCt
A Taxa Interna de Retorno, ou TIR, é uma medida bastante
utilizada no orçamento de capital. A TIR é uma medida da taxa
0  I0 (02)
de rentabilidade. Por definição, a TIR é uma taxa de desconto t 1 (1  TIR)t
que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros ao
investimento inicial. Simplificando, a TIR é uma taxa de Onde: FCt – valor presente das entradas de caixa;
desconto que torna o VPL igual à zero. 𝐼0 – investimento inicial;
A TIR é um método similar ao VPL, ou seja, utiliza a mesma 𝑘 –taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa),
lógica de cálculo, contudo, apresenta os resultados em será utilizada a 𝑇𝐼𝑅 – Taxa Interna de Retorno.
porcentagem, e não em valores monetários. Dessa forma, é 𝑡 – tempo de desconto de cada entrada de caixa;
bastante popular, uma vez que muitos investidores preferem 𝑛 - tempo de desconto do último fluxo de caixa.
mensurar retornos em porcentagens, e não em valores
absolutos. Esse método também é conhecido por seu nome em Para realização do cálculo da TIR iremos utilizar os
inglês, ou seja, Internal Rate of Return, cuja sigla utilizada é seguintes dados:
IRR.
Fluxo de Caixa do Projeto:
Critérios de decisão da TIR Investimento Inicial (data zero) R$ 145.000,00
Entradas de Caixa Operacionais:
A TIR encontrada no cálculo não é o suficiente para definir Ano 1: R$ 71.000,00
se um investimento deve ser aceito ou não, já que essa taxa Ano 2: R$ 74.000,00
pode ser alta ou baixa, dependendo do referencial adotado. Ano 3: R$ 80.000,00
Assim, da mesma forma que o VPL, faz-se necessário Ano 4: R$ 50.000,00
utilizar a TMA, taxa mínima de atratividade, parâmetro de
comparação para aceitar ou não um projeto de investimento. Nessa situação, o investimento requer somente um
Dessa forma, se: desembolso de caixa no momento inicial, e o cálculo da IRR é
TIR > TMA – aceita-se o projeto; desenvolvido no momento inicial, e o cálculo da TIR é
TIR < TMA – rejeita-se o projeto. desenvolvido da seguinte maneira:

A TIR deve ser usada em relação aos tipos de projetos, ou 71.000,00 74.000,00 80.000,00 50.000,00
seja, projetos únicos ou projetos concorrentes, da seguinte 145 = + + +
(1 + 𝑘)1 (1 + 𝑘)2 (1 + 𝑘)3 (1 + 𝑘)4
forma:
Projeto único: estabelecer uma taxa mínima de 𝑇𝐼𝑅 (𝑘) = 33,09% 𝑎. 𝑎.
atratividade. Se a TIR for maior que a taxa mínima de
atratividade, aceitar o projeto, se for menor, rejeitá-lo. Desta forma, a taxa interna de retorno calculada é de
Projetos concorrentes: calcular a TIR de cada projeto e 33,09% ao ano. Isto significa que, ao se descontar os vários
escolher a maior, mas estabelecendo, da mesma forma que no fluxos previstos de caixa por esta TIR, o resultado atualizado
projeto único, uma taxa mínima de atratividade. Caso as TIRs será exatamente igual ao montante do investimento (R$
dos dois projetos sejam menores que essa taxa, o dois projetos 145.000,00), denotando se por conseguinte, a rentabilidade do
devem ser rejeitados. projeto.

De acordo com Hoji (2006), a TIR é uma taxa de juros A TIR e a Distribuição dos Fluxos de Caixa no Tempo
implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos
(entradas), que tem a função de descontar um valor futuro ou Se o investimento em ilustração fosse realizado em duas
aplicar o fator de juros sobre um valor presente, conforme o parcelas (R$ 100.000,00 no ato e R$ 45.000,00 no ano
caso, para trazer ou levar cada valor do fluxo de caixa para uma seguinte) e os benefícios de caixa começassem a ocorrer a
data focal (data base de comparação de valores correntes de partir do próximo ano, a taxa interna de retorno seria reduzida
diversas datas). Geralmente, adota-se a data de início da para 23,91% ao ano.
operação – momento zero – como a data focal de comparação
dos fluxos de caixa (NETO, 2006). A soma das saídas deve ser A formulação para o cálculo da TIR apresenta-se:
igual à soma das entradas, em valor da data focal, para se
anularem (HOJI, 2006). 45.000,00 71.000,00 74.000,00 80.000,00
100 + 1
= + +
(1 + 𝑘) (1 + 𝑘)2 (1 + 𝑘)3 (1 + 𝑘)4
A taxa interna de retorno, apesar de ser consideravelmente 50.000,00
mais difícil de calcular à mão do que o VPL (Valor Presente +
(1 + 𝑘)5
Líquido – outro método de análise de investimentos) é
possivelmente a técnica sofisticada mais usada para a 𝑇𝐼𝑅 (𝑘) = 23,87% 𝑎. 𝑎.
avaliação de alternativas de investimentos. Como a TIR é a taxa
de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de Observa-se que a taxa interna de retorno decresce
investimento iguale-se a zero (já que o valor presente das comparativamente à situação anterior devido ao diferimento
entradas de caixa é igual ao investimento inicial), mais que proporcional dos benefícios de caixa em relação ao
matematicamente, a TIR é obtida resolvendo-se a Equação 1 padrão de dispêndio de capital. A taxa de desconto que produz
para o valor de k que torne o VPL igual a zero (GITMAN, 2002). um NPV = R$ 0 é a IRR do investimento.

Matemática 57
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APOSTILAS OPÇÃO

Atenção Candidato(a): Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de


O cálculo manual da TIR a partir da equação envolve uma correlação, de cima para baixo
técnica complexa de tentativa e erro que testa, logicamente, (A) 3, 1, 2
diversas taxas de desconto, até encontrar aquela que faz com (B) 1, 3, 2
que o valor presente das entradas de caixa do projeto seja (C) 2, 1, 3
idêntico ao investimento inicial (ou seja, VPL igual a R$ 0,00). (D) 3, 2, 1
Sendo assim você deverá substituir (𝑘) por um possível valor (E) 2, 3, 1
percentual da TIR até que seja de fato encontrado o correto,
essa situação ocorre tanto para o cálculo da TIR com um único 04. Uma organização fez um desembolso inicial de $
investimento inicial no fluxo de caixa, quanto para duas ou 3.000,00 esperando receber $ 700,00 ao final de um ano, $
mais parcelas de investimentos como apresentado acima (A 900,00 ao final de dois anos, $1.400,00 ao final de três anos e
TIR e a Distribuição dos Fluxos de Caixa no Tempo). $ 1.700,00 ao final de quatro anos. Determine o seu VPL
supondo uma taxa de atratividade é de 10% aa.
Questões
05. (CVM/FCC) O esquema abaixo representa o fluxo de
01. (TRT 6ª REGIÃO – Analista Judiciário Contabilidade caixa de um investimento no período de 3 anos, valores em
- FCC) Para comprar um carro, Maria realiza uma pesquisa em reais:
3 Instituições Financeiras e obtém as seguintes propostas de
financiamento:
Instituição A: Entrada de R$ 7.900,00 + 1 prestação de R$
8.240,00 para 30 dias após a entrada.
Instituição B: Entrada de R$ 7.800,00 + 1 prestação de R$
8.487,20 para 60 dias após a entrada.
Instituição C: Entrada de R$ 7.652,80 + 2 prestações de R$
Sabendo-se que a taxa interna de retorno (TIR) é de 10%
4.243,60 para 30 e 60 dias após a entrada.
ao ano, o valor do desembolso inicial (D) é de:
Sabendo que a taxa de juros compostos é de 3% ao mês, a
(A) R$ 17.325,00
proposta de financiamento
(B) R$ 16.500,00
(A) da instituição A é a melhor.
(C) R$ 16.000,00
(B) da instituição B é a melhor.
(D) R$ 15.500,00
(C) da instituição C é a melhor.
(E) R$ 15.000,00
(D) das instituições A e C são equivalentes.
Respostas
(E) das instituições A, B e C são equivalentes.
01. Resposta: C.
02. (TRT 6ª REGIÃO – Analista Judiciário Contabilidade
A questão se refere a VPL
- FCC) Uma empresa está avaliando a compra de uma nova
máquina por R$ 320.000,00 à vista. Estima-se que a vida útil
da máquina seja de 3 anos, que o valor residual de revenda no
final do terceiro ano seja de R$ 50.578,00 e que os fluxos
líquidos de caixa gerados por esta máquina ao final de cada
ano sejam de R$ 99.000,00, R$ 150.040,00 e R$ 99.825,00,
respectivamente. Sabendo que a taxa mínima de atratividade
é de 10%a.a., a compra da nova máquina.
(A) apresenta valor presente líquido positivo. 8240
7900 + = 7900 + 8000 → 𝑉𝑃𝐿𝑎 = 15900
(B) apresenta valor presente líquido negativo. 1 + 0,03
(C) apresenta valor presente líquido igual a zero.
(D) apresenta taxa interna de retorno igual à taxa mínima
de atratividade.
(E) é economicamente inviável à taxa mínima de
atratividade de 10%a.a.

03. (IF-SC - Professor – Administração - IF-SC) Em se


tratando das técnicas mais conhecidas de orçamento de
capital, correlacione as colunas a seguir.
(1) Técnica obtida subtraindo-se o investimento inicial de 8487,20 8487,20
um projeto do valor presente de suas entradas de caixa, 7800 + = 7800 + = 7800 + 8000
(1 + 0,03)2 1,0609
descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa.
→ 𝑉𝑃𝐿𝑏 = 15800
(2) Técnica que indica o tempo necessário para que a
empresa recupere seu investimento inicial em um projeto,
calculado com suas entradas de caixa; é considerada pouco
sofisticada porque não leva em consideração explicitamente o
valor do dinheiro no tempo.
(3) Técnica que permite à empresa mensurar o percentual
de retorno anual se concretizasse um projeto e se recebesse as
entradas de caixa previstas; considerada uma técnica
sofisticada de orçamento de capital, porque leva
explicitamente em consideração o valor do dinheiro no tempo.
4243,60 4243,60
( ) Payback. 7652,80 + + = 7652,80 + 4120 + 4000
( ) Taxa interna de retorno. 1 + 0,03 (1 + 0,03)2
( ) Valor presente líquido. → 𝑉𝑃𝐿𝑐 = 15772,80

Matemática 58
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: A. da variação do valor do dinheiro no tempo. Este fato evidência


a necessidade de se utilizar uma taxa de juros quando a análise
for efetuada através de um deles. A questão é definir qual será
a taxa a ser empregada.

A TMA é a taxa a partir da qual o investidor considera


que está obtendo ganhos financeiros.
Existem grandes controvérsias quanto a como calcular
esta taxa. Alguns autores afirmam que a taxa de juros a ser
usada pela engenharia econômica é a taxa de juros equivalente
à maior rentabilidade das aplicações correntes e de pouco
Entradas – Saídas = Data 0 = VPL risco. Uma proposta de investimento, para ser atrativa, deve
Na data 0: render, no mínimo, esta taxa de juros.
9900 150040 150403 Outro enfoque dado a TMA é a de que deve ser o custo de
+ + − 32000
1 + 0,1 (1 + 0,1)2 (1 + 0,1)3 capital investido na proposta em questão, ou ainda, o custo de
= 90000 + 124000 + 113000 − 320000 capital da empresa mais o risco envolvido em cada alternativa
= 𝑉𝑃𝐿 = 7000 de investimento. Naturalmente, haverá disposição de investir
se a expectativa de ganhos, já deduzido o valor do
VPL > 0 , o investimento é viável investimento, for superior ao custo de capital. Por custo de
capital, entendesse a média ponderada dos custos das diversas
03. Resposta: E.
fontes de recursos utilizadas no projeto em questão.
(1) Técnica obtida subtraindo-se o investimento inicial de
um projeto do valor presente de suas entradas de caixa,
descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa. Taxa Interna de Retorno (TIR)
VPL
(2) Técnica que indica o tempo necessário para que a Vamos analisar as taxas de retorno e taxas internas de
empresa recupere seu investimento inicial em um projeto, retorno. Qual o significado de Taxa interna de Retorno?
calculado com suas entradas de caixa; é considerada pouco Esta taxa é muito utilizada na analise de viabilidade de
sofisticada porque não leva em consideração explicitamente o projetos.
valor do dinheiro no tempo. PAYBACK A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês IRR (Internal
(3) Técnica que permite à empresa mensurar o percentual Rate of Return), é uma taxa de desconto hipotética que, quando
de retorno anual se concretizasse um projeto e se recebesse as aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das
entradas de caixa previstas; considerada uma técnica despesas, trazidos ao valor presente, seja igual aos valores dos
sofisticada de orçamento de capital, porque leva
retornos dos investimentos, também trazidos ao valor
explicitamente em consideração o valor do dinheiro no tempo.
presente.1
TIR.
O conceito foi proposto por John Maynard Keynes, de
04. Resposta. forma a classificar diversos projetos de investimento: os
n projetos cujos fluxos de caixa tivessem uma taxa interna de
FCt
VPL    I0 retorno maior do que a taxa mínima de atratividade deveriam
t 1 (1  k )
t
ser escolhidos.1
Assim, a TIR é a taxa necessária para igualar o valor de um
investimento (valor presente) com os seus respectivos
retornos futuros ou saldos de caixa gerados em cada período.
05. Resposta: D. Sendo usada em análise de investimentos, significa a taxa de
n retorno de um projeto.
FCt
Sabendo que 0    I0 Por exemplo, utilizando uma calculadora financeira,

t 1 (1  TIR)t encontramos para o projeto "P1" uma Taxa Interna de Retorno


de 15% ao ano.
Então Esse projeto será atrativo se a empresa tiver uma TMA
0 9075 10.648
0= + + - I0 menor do que 15% ao ano.
1,1¹ 1,1² 1,1³
I0 = 7.500 + 8000 = 15.500 A solução dessa equação pode ser obtida pelo processo
iterativo, ou seja "tentativa e erro", ou diretamente com o uso
de calculadoras eletrônicas ou planilhas de cálculo.
18 - Taxas de retorno, taxa
interna de retorno. A Taxa Interna retorno (TIR)

É a taxa de atualização do projeto que dá o VPL nulo.


CONCEITOS4: A TIR é a taxa que o investidor obtém em média em cada
período (ano, mês,...) sobre os capitais que se mantêm
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA) investidos no projeto, enquanto o investimento inicial é
recuperado progressivamente.
Os métodos de avaliação que serão apresentados, para A TIR é um critério que atende ao valor de dinheiro no
efeito de avaliar méritos de alternativas para investimento, tempo, valorizando os cash-flows – Fluxo de caixa -atuais mais
apresentam como principal característica o reconhecimento

4
Assaf Neto – Livro Administração Financeira

Matemática 59
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APOSTILAS OPÇÃO

do que os futuros, constitui com a VPL e o PAYBACK atualizado realiza o cálculo à mão, ele se familiariza mais com o conceito
os três grandes critérios de avaliação de projetos. da TIR.
Como o VPL – TIR é um metodo de analise de investimento Assim, neste trabalho está sendo proposta uma técnica de
derivado do VPL, segue a mesma regra, ou seja, A Taxa Interna cálculo da TIR pelo método de tentativa e erro (proposta
de Retorno de um investimento pode ser inicialmente por GITMAN, 2002), mas que terá um
refinamento para melhorar o grau de precisão dos resultados
1- Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade:
em relação ao método original de Gitman (2002). Foram
significa que o investimento é economicamente atrativo.
realizados testes com diferentes configurações de fluxo de
TIR>TMA – PROJETO VIAVEL caixa para testar o método, verificando-se que o método de
tentativa e erro, embora mais lento do que quando se usa uma
2- Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento calculadora financeira ou um software de computador, produz
está economicamente numa situação de indiferença. resultados bastante precisos.

TIR=TMA – PROJETO PODERÁ SER VIAVEL De acordo com Hoji (2006), a Taxa Interna de Retorno
(TIR) é conhecida também como taxa de desconto do fluxo de
caixa. A TIR é uma taxa de juros implícita numa série de
3- Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a
investimento não é economicamente atrativo pois seu função de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros
retorno é superado pelo retorno de um investimento com o sobre um valor presente, conforme o caso, para trazer ou levar
mínimo de retorno já definido. cada valor do fluxo de caixa para uma data focal (data base de
comparação de valores correntes de diversas datas).
TIR<TMA – PROJETO INVIAVEL Geralmente, adota-se a data de início da operação – momento
zero – como a data focal de comparação dos fluxos de caixa
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver (NETO, 2006). A soma das saídas deve ser igual à soma das
a maior Taxa Interna de Retorno. Matematicamente, a Taxa entradas, em valor da data focal, para se anularem (HOJI,
Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor presente 2006).
das entradas de caixa igual ao valor presente das saídas de Segundo Neto (2006), normalmente, o fluxo de caixa no
caixa do projeto de investimento. momento zero (fluxo de caixa inicial) é representado pelo
valor do investimento, ou empréstimo ou financiamento; os
demais fluxos de caixa indicam os valores das receitas ou
Desta forma, a TIR é a taxa de desconto que faz com que o
prestações devidas.
Valor Presente Líquido (VPL) do projeto seja zero. Um projeto
Ainda de acordo com Hoji (2006), o conceito de TIR é
é atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital
utilizado para calcular a taxa de
do projeto
“i” quando existe mais de um pagamento e mais de um
recebimento ou quando as parcelas de pagamento ou
Método da Taxa Interna de Retorno (TIR)5
recebimento não são uniformes.
O método da Taxa de Retorno, usado para análise de
Por definição, a taxa interna de retorno de um projeto é a
investimentos, assume implicitamente que todos os fluxos
taxa de juros para a qual o valor presente das receitas torna-se
intermediários de caixa são reinvestidos à própria TIR
igual aos desembolsos. Isto significa dizer que a TIR é aquela
calculada para o investimento. O critério de decisão, quando a
que torna nulo o valor presente líquido do projeto. Pode ainda
TIR é usada para tomar decisões do tipo “aceitar-rejeitar”, é o
ser entendida como a taxa de remuneração do capital.
seguinte: Se a TIR for maior que o custo de capital (taxa
A TIR deve ser comparada com a TMA para a conclusão a
mínima de atratividade), aceita-se o projeto; se for menor,
respeito da aceitação ou não do projeto. Uma TIR maior que a
rejeita-se o projeto. Esse critério garante que a empresa esteja
TMA indica projeto atrativo. Se a TIR é menor que a TMA, o
obtendo, pelo menos, sua taxa requerida de retorno. Tal
projeto analisado passa a não ser mais interessante. O cálculo
resultado deveria aumentar o valor de mercado da empresa e,
da TIR é feito normalmente pelo processo de tentativa e erro,
consequentemente, a riqueza dos seus proprietários
pois necessitamos de planilhas eletrônicas ou calculadoras
(GITMAN, 2002). Entre duas alternativas econômicas com TIR
financeiras para efetuar estes cálculos.
diferentes, a que apresentar maior taxa representa o
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros
investimento que proporciona o maior retorno. A TIR não deve
(desconto) que iguala, em determinado momento do tempo, o
ser confundida com a taxa mínima de atratividade que o valor
valor presente das entradas (recebimentos) com o das saídas
investido deverá proporcionar para que o investimento seja
(pagamentos) previstas de caixa. A TIR é usada como método
interessante (HOJI, 2006).
de análise de investimentos, onde o investimento será
economicamente atraente se a TIR for maior do que a taxa
A taxa interna de retorno, apesar de ser consideravelmente
mínima de atratividade (taxa de retorno esperada pelo
mais difícil de calcular à mão do que o VPL (Valor Presente
investimento).
Líquido – outro método de análise de investimentos) é
A TIR também é utilizada na comparação entre dois ou
possivelmente a técnica sofisticada mais usada para a
mais projetos de investimentos, quando estes forem
avaliação de alternativas de investimentos. Como a TIR é a taxa
mutuamente excludentes. Neste caso, o projeto que apresentar
de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de
o maior valor da TIR será o projeto economicamente mais
investimento iguale-se a zero (já que o valor presente das
atraente.
entradas de caixa é igual ao investimento inicial),
O cálculo da TIR é um processo muito complexo quando
matematicamente, a TIR é obtida resolvendo-se a Equação 1
calculado à mão, sendo normalmente calculado com o uso de
para o valor de k que torne o VPL igual a zero (GITMAN, 2002).
calculadoras financeiras ou programas de computador.
Entretanto, para efeito didático, não é possível exigir dos
alunos que tenham uma calculadora financeira, visto que estas
são normalmente de alto custo. Além disso, quando o aluno

5
GITMAN, 2002

Matemática 60
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APOSTILAS OPÇÃO

n para a data zero de um diagrama de fluxos de caixa, de todos


FC t
VPL    I0 (01)
os recebimentos e desembolsos esperados, descontados à taxa
de juros considerada.
t 1 (1  k ) t
Se o valor presente for positivo, a proposta de
investimento é atrativa, e quanto maior o valor positivo, mais
n atrativa é a proposta.
FCt
0  I0 (02)
(1  TIR)t
n
FC t
t 1 VPL    I0
t 1 (1  k ) t
Onde: FCt – valor presente das entradas de caixa; Onde: FCt – valor presente das entradas de caixa;
I0 – investimento inicial; I0 – investimento inicial;
k – taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa); k – taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa);
t – tempo de desconto de cada entrada de caixa; t – tempo de desconto de cada entrada de caixa;
n - tempo de desconto do último fluxo de caixa. n - tempo de desconto do último fluxo de caixa.

De acordo com Gitman (2002) a TIR pode ser calculada


tanto por tentativa e erro como se recorrendo a uma
calculadora financeira sofisticada ou a um computador. Como
será demonstrado a seguir, o cálculo da TIR à mão,
empregando-se a Equação 2, não é um trabalho fácil.
Será demonstrada a abordagem de tentativa e erro, visto
que o objetivo deste trabalho é demonstrar um método para
cálculo da TIR a ser usado em sala de aula, onde a maioria dos
alunos não têm acesso a uma calculadora financeira
(normalmente de alto custo). Tir= 17,3%
Avaliação de alternativas de investimento em economia VPL = 7.171,30
após a classificação dos projetos tecnicamente corretos é Explicações da tabela:
imprescindível que a escolha considere aspectos econômicos.
E é a engenharia econômica que fornece os critérios de Coluna 1 –DATAS - data zero em economia consideramos
decisão, para a escolha entre as alternativas de investimento. a data do Valor presente.
Os principais métodos de avaliação que formam a base da As outras datas são exatamente a vida útil do projeto
(maquinários e outros bens relacionados),
engenharia econômica, e com eles podemos avaliar e escolher
os melhores projetos são:
Coluna 2 – VALORES - R$ 55.000,00 é o investimento –
 Método do valor presente líquido (VPL); valor negativo para representar que este dinheiro sairá do
 Método da taxa interna de retorno (TIR). caixa da empresa para o projeto.
 Método do PAY-BACK (PB). Os outros valores R$ 25.000,00 do ano 1 ao ano 3 é
exatamente os valores de retorno se o projeto for implantado.
Os métodos VPL e TIR, são exatos, e equivalentes, não
apresentam os problemas na análise e decisão e escolha do Coluna 3 – ITEM – são as nomenclaturas respectivas de
melhor projeto, no entanto o PAY-BACK descontado apesar de investimentos e redução de custo – neste caso podemos
ser muito utilizado na avaliação de projetos ele não realiza o também lançar como retorno dependendo do caso.
exato prazo de retorno do investimento. Coluna 4 – FATOR DE CÁLCULO - o fator de
O método, que é muito utilizado, e que possui limitações do cálculo utilizado para análise de investimento é baseado na
ponto de vista conceitual é o PAY-BACK ou método do tempo metodologia de JURO COMPOSTO, lembra-se?
de recuperação do investimento. O método do PAY-BACK É claro que esta formula é do montante, mas em nosso
consiste simplesmente na determinação do número de caso, neste item vamos usar somente o fator.
períodos necessários para recuperar capital investido,
VF  VP (1 i)
n
ignorando as consequências além do período de recuperação
e o valor do dinheiro no tempo. Normalmente é recomendado
que este método seja usado como critério de desempate, se for Então o que é fator de cálculo a juro composto? É
necessário após o emprego de um dos métodos exatos. exatamente - um mais taxa elevado ao período respectivo,
Estes métodos são equivalentes e indicam sempre a como segue:
mesma alternativa de investimento, que é a melhor do ponto
(1 i)
n
de vista econômico. Embora indicarem o mesmo resultado,
existe é claro vantagens e desvantagens um em relação ao
outro, e que serão comentadas a seguir. Para que serve então o fator de cálculo? Serve para “trazer
para a data presente um valor que está no futuro”!
CRITÉRIOS ECONÔMICOS DE DECISÃO6 É evidente que se dividirmos um valor pelo seu respectivo
fator teremos como resulta o valor presente. Se
Método do valor presente líquido (VPL) multiplicarmos teremos o respectivo valor futuro. Entendeu?
Grande dica para concursos.
O método do valor presente líquido, também conhecido
pela terminologia método do valor atual, caracteriza-se, Coluna 5 - VPS – valor presente respectivo de cada ano, ou
essencialmente, pela transferência para o instante presente de seja estamos calculando aqueles valores que a empresa terá no
todas as variações de caixa esperadas, descontadas à taxa
mínima de atratividade. Em outras palavras, seria o transporte

http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/download/Engecon2/CAP3EEA.pdf

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APOSTILAS OPÇÃO

futuro, verificando qual será seu respectivo valor na data zero- (B) R$ 16.500,00
valor presente, ..ok.? (C) R$ 16.000,00
VF (D) R$ 15.500,00
VP  (E) R$ 15.000,00
(1 i)
n

Respostas
Coluna 6 - SALDOS – calculamos os respectivos saldos em 01)
cada ano. Ou seja, teremos que “pagar os investimentos
n
efetuados pela empresa”, então temos que ir pagando de FCt
acordo com as entradas de caixa ou neste caso será a redução VPL    I0
t 1 (1  k )
t
de custos, entendeu?
Quando o saldo se transforma em positivo é sinal que
conseguimos cobrir o valor dos investimentos, portanto fique
alerta neste período temos a viabilidade do projeto.
02) Resposta: D.
Podemos também utilizar a formula do valor presente
n
FCt
0
líquido para cálculo direto:
Sabendo que  I0
Em concurso utilizamos um método ainda não
t 1 (1  TIR)t
comprovado cientificamente, mas que pode dar um parâmetro
para as respostas corretas. Ou seja Então
0 9075 10.648
0= + + - I0
1,1¹ 1,1² 1,1³
EXEMPLO 1: Fluxo de caixa de uma anuidade (entradas
I0 = 7.500 + 8000 = 15.500
constantes).
A seguir é apresentado um esquema de fluxo de caixa com
investimento inicial no ano
Zero. 19 - Análise e interpretação
de tabelas e gráficos
estatísticos.

TABELAS E GRÁFICOS
Dica para concurso:
Taxa de retorno -Aproximação = média de retorno / O nosso cotidiano é permeado das mais diversas
investimentos =60/100 = 0,6 informações, sendo muito delas expressas em formas de
Pegue este valor e dívida por dois ou seja 0,60/2 =0,3; tabelas e gráficos, as quais constatamos através do noticiários
portanto temos duas taxas de retorno taxa máxima = 0,6 e taxa televisivos, jornais, revistas, entre outros. Os gráficos e tabelas
mínima 0,3 fazem parte da linguagem universal da Matemática, e
Faça agora a média entre as taxas máxima e a mínima, em compreensão desses elementos é fundamental para a leitura
alguns casos funciona. de informações e análise de dados.
0,60+0,30=0,90 e agora dívida por 2 para acha a média A parte da Matemática que organiza e apresenta dados
aritmética das taxas que será igual a 0,45 = 45% é uma taxa numéricos e a partir deles fornecer conclusões é chamada de
aproximada a TIR real que é de 47,2%, lembre-se que é uma Estatística.
alternativa não cientifica.
Tabelas: as informações nela são apresentadas em linhas
e colunas, possibilitando uma melhor leitura e interpretação.
Questões Exemplo:
01) Uma organização fez um desembolso inicial de $
3.000,00 esperando receber $ 700,00 ao final de um ano, $
900,00 ao final de dois anos, $1.400,00 ao final de três anos e
$ 1.700,00 ao final de quatro anos. Determine o seu VPL
supondo uma taxa de atratividade é de 10% aa.

02) (CVM/FCC) O esquema abaixo representa o fluxo de


caixa de um investimento no período de 3 anos, valores em
reais: Fonte: SEBRAE

Observação: nas tabelas e nos gráficos podemos notar que


a um título e uma fonte. O título é utilizado para evidenciar a
principal informação apresentada, e a fonte identifica de onde
os dados foram obtidos.

Tipos de Gráficos
Sabendo-se que a taxa interna de retorno (TIR) é de 10% Gráfico de linhas: são utilizados, em geral, para
ao ano, o valor do desembolso inicial (D) é de: representar a variação de uma grandeza em certo período de
(A) R$ 17.325,00 tempo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Marcamos os pontos determinados pelos pares Gráfico de setores: são utilizados, em geral, para
ordenados (classe, frequência) e os ligados por segmentos de visualizar a relação entre as partes e o todo.
reta. Nesse tipo de gráfico, apenas os extremos dos Dividimos um círculo em setores, com ângulos de
segmentos de reta que compõem a linha oferecem medidas diretamente proporcionais às frequências de classes.
informações sobre o comportamento da amostra. Exemplo: A medida α, em grau, do ângulo central que corresponde a
uma classe de frequência F é dada por:
360°
𝛼= .𝐹
𝐹𝑡
Onde:
Ft = frequência total

Exemplo:

Preferência por modalidades esportivas


Número de Frequência
Esportes
praticantes (F) relativa
Futebol 160 40%
Vôlei 120 30%
Basquete 60 15%
Natação 40 10%
Outros 20 5%
Total (Ft) 400 100%
Dados fictícios
Gráfico de barras: também conhecido como gráficos de
Para acharmos a frequência relativa, podemos fazer uma
colunas, são utilizados, em geral, quando há uma grande
regra de três simples:
quantidade de dados. Para facilitar a leitura, em alguns casos,
400 --- 100%
os dados numéricos podem ser colocados acima das colunas
160 --- x
correspondentes. Eles podem ser de dois tipos: barras
x = 160 .100/ 400 = 40% , e assim sucessivamente.
verticais e horizontais.
- Gráfico de barras verticais: as frequências são
Aplicando a fórmula teremos:
indicadas em um eixo vertical. Marcamos os pontos
determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os
360° 360°
ligamos ao eixo das classes por meio de barras verticais. −𝐹𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 160 → 𝛼 = 144°
Exemplo: 𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑉ô𝑙𝑒𝑖: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 120 → 𝛼 = 108°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝐵𝑎𝑠𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 60 → 𝛼 = 54°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑁𝑎𝑡𝑎çã𝑜: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 20 → 𝛼 = 18°
𝐹𝑡 400

Como o gráfico é de setores, os dados percentuais serão


distribuídos levando-se em conta a proporção da área a ser
representada relacionada aos valores das porcentagens. A
- Gráfico de barras horizontais: as frequências são área representativa no gráfico será demarcada da seguinte
indicadas em um eixo horizontal. Marcamos os pontos maneira:
determinados pelo pares ordenados (frequência, classe) e os
ligamos ao eixo das classes por meio de barras horizontais.
Exemplo:

Com as informações, traçamos os ângulos da


circunferência e assim montamos o gráfico:

Observação: em um gráfico de colunas, cada barra deve


ser proporcional à informação por ela representada.

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APOSTILAS OPÇÃO

Pictograma ou gráficos pictóricos: em alguns casos, Cartograma: é uma representação sobre uma carta
certos gráficos, encontrados em jornais, revistas e outros geográfica. Este gráfico é empregado quando o objetivo é de
meios de comunicação, apresentam imagens relacionadas ao figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com
contexto. Eles são desenhos ilustrativos. Exemplo: áreas geográficas ou políticas.

Histograma: o consiste em retângulos contíguos com base


nas faixas de valores da variável e com área igual à frequência
relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada
retângulo é denominada densidade de frequência ou
simplesmente densidade definida pelo quociente da área pela
amplitude da faixa. Alguns autores utilizam a frequência Interpretação de tabelas e gráficos
absoluta ou a porcentagem na construção do histograma, o que Para uma melhor interpretação de tabelas e gráficos
pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más devemos ter em mente algumas considerações:
interpretações) quando amplitudes diferentes são utilizadas - Observar primeiramente quais informações/dados estão
nas faixas. Exemplo: presentes nos eixos vertical e horizontal, para então fazer a
leitura adequada do gráfico;
- Fazer a leitura isolada dos pontos.
- Leia com atenção o enunciado e esteja atento ao que
pede o enunciado.

Exemplos:
(Enem 2011) O termo agronegócio não se refere apenas
à agricultura e à pecuária, pois as atividades ligadas a essa
produção incluem fornecedores de equipamentos, serviços
para a zona rural, industrialização e comercialização dos
produtos.
O gráfico seguinte mostra a participação percentual do
agronegócio no PIB brasileiro:
Polígono de Frequência: semelhante ao histograma, mas
construído a partir dos pontos médios das classes. Exemplo:

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).


Almanaque abril 2010. São Paulo: Abril, ano 36 (adaptado)

Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador


ressaltou uma queda da participação do agronegócio no PIB
brasileiro e a posterior recuperação dessa participação, em
termos percentuais.
Gráfico de Ogiva: apresenta uma distribuição de Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu entre os
frequências acumuladas, utiliza uma poligonal ascendente anos de
utilizando os pontos extremos. A) 1998 e 2001.
B) 2001 e 2003.
C) 2003 e 2006.
D) 2003 e 2007.
E) 2003 e 2008.

Resolução:
Segundo o gráfico apresentado na questão, o período de
queda da participação do agronegócio no PIB brasileiro se
deu no período entre 2003 e 2006. Esta informação é extraída
através de leitura direta do gráfico: em 2003 a participação
era de 28,28%, caiu para 27,79% em 2004, 25,83% em 2005,

Matemática 64
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APOSTILAS OPÇÃO

chegando a 23,92% em 2006 – depois deste período, a (B) A jarra


participação volta a aumentar. (C) O garrafão
Resposta: C (D) O tambor

(Enem 2012) O gráfico mostra a variação da extensão O caminho é identificar grandezas que fazem parte do dia
média de gelo marítimo, em milhões de quilômetros a dia e conhecer unidades de medida, no caso, o litro. Preste
quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000, atenção na palavra exatamente, logo a resposta está na
2005 e 2007. Os dados correspondem aos meses de junho a alternativa B.
setembro. O Ártico começa a recobrar o gelo quando termina
o verão, em meados de setembro. O gelo do mar atua como o 2) No gráfico abaixo, encontra-se representada, em bilhões
sistema de resfriamento da Terra, refletindo quase toda a luz de reais, a arrecadação de impostos federais no período de
solar de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua 2003 a 2006. Nesse período, a arrecadação anual de impostos
vez, absorvem a luz solar e reforçam o aquecimento do Ártico, federais:
ocasionando derretimento crescente do gelo.

(A) nunca ultrapassou os 400 bilhões de reais.


Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível (B) sempre foi superior a 300 bilhões de reais.
inferir que houve maior aquecimento global em (C) manteve-se constante nos quatro anos.
A)1995. (D) foi maior em 2006 que nos outros anos.
B)1998. (E) chegou a ser inferior a 200 bilhões de reais.
C) 2000. Analisando cada alternativa temos que a única resposta
D)2005. correta é a D.
E)2007.
Questões
Resolução:
O enunciado nos traz uma informação bastante importante 01. (Pref. Fortaleza/CE – Pedagogia – Pref.
e interessante, sendo chave para a resolução da questão. Ele Fortaleza/2016) “Estar alfabetizado, neste final de século,
associa a camada de gelo marítimo com a reflexão da luz solar supõe saber ler e interpretar dados apresentados de maneira
e consequentemente ao resfriamento da Terra. Logo, quanto organizada e construir representações, para formular e
menor for a extensão de gelo marítimo, menor será o resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e
resfriamento e portanto maior será o aquecimento global. a análise de informações. Essa característica da vida
O ano que, segundo o gráfico, apresenta a menor extensão contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda
de gelo marítimo, é 2007. em abordar elementos da estatística, da combinatória e da
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Observe os gráficos e analise as informações.

Resposta: E

Mais alguns exemplos:

1) Todos os objetos estão cheios de água.

Qual deles pode conter exatamente 1 litro de água?


(A) A caneca

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APOSTILAS OPÇÃO

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda
afirmar que: total.
(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em
Fortaleza e Florianópolis. 04. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
maior em Fortaleza. em que x i é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que dos dados.
Florianópolis. xi fi
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e 30-35 4
Florianópolis. 35-40 12
40-45 10
02. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – 45-50 8
CESPE/2015) 50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.

(A)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


(B)
— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos


no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013.
Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela (C)
razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e a
quantidade de detentos no sistema penitenciário —
registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na
média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil
habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, (D)
julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no
Brasil se encontrava na região Sudeste.
( )certo ( ) errado

03. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)


A distribuição de salários de uma empresa com 30 (E)
funcionários é dada na tabela seguinte.
05. (SEJUS/ES – Agente Penitenciário –
Salário (em salários Funcionários VUNESP/2013) Observe os gráficos e analise as
mínimos) afirmações I, II e III.

1,8 10

2,5 8

3,0 5

5,0 4

8,0 2

15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
salários.
I. Em 2010, o aumento percentual de matrículas em
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
cursos tecnológicos, comparado com 2001, foi maior que
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda
1000%.
total.

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APOSTILAS OPÇÃO

II. Em 2010, houve 100,9 mil matrículas a mais em Ex.: dados: 3, 4, 7, 8 e 8. Amplitude total = 8 – 3 = 5
cursos tecnológicos que no ano anterior.
III. Em 2010, a razão entre a distribuição de matrículas - Distância Interquartílica: é a diferença entre o terceiro
no curso tecnológico presencial e à distância foi de 2 para e o primeiro quartil de um conjunto de dados. O primeiro
5. quartil é o valor que deixa um quarto dos valores abaixo e três
É correto o que se afirma em quartos acima dele. O terceiro quartil é o valor que deixa três
(A) I e II, apenas. quartos dos dados abaixo e um quarto acima dele. O segundo
(B) II, apenas. quartil é a mediana. (O primeiro e o terceiro quartis fazem o
(C) I, apenas. mesmo que a mediana para as duas metades demarcadas pela
(D) II e III, apenas. mediana.) Ex.: quando se discutir o boxplot.
(E) I, II e III.
- Desvio Médio: é a diferença entre o valor observado e a
Respostas medida de tendência central do conjunto de dados.

01. Resposta: C. - Variância: é uma medida que expressa um desvio


A única alternativa que contém a informação correta com quadrático médio do conjunto de dados, e sua unidade é o
ao gráficos é a C. quadrado da unidade dos dados.

02. Resposta: CERTO. - Desvio Padrão: é raiz quadrada da variância e sua


555----100% unidade de medida é a mesma que a do conjunto de dados.
306----x
X=55,13% - Coeficiente de variação: é uma medida de variabilidade
relativa, definida como a razão percentual entre o desvio
03. Resposta: D. padrão e a média, e assim sendo uma medida adimensional
(A) 1,8*10+2,5*8+3,0*5+5,0*4+8,0*2+15,0*1=104 expressa em percentual.
salários
(B) 60% de 30, seriam 18 funcionários, portanto essa Boxplot: Tanto a média como o desvio padrão podem não
alternativa é errada, pois seriam 12. ser medidas adequadas para representar um conjunto de
(C)10% são 3 funcionários valores, uma vez que são afetados, de forma exagerada, por
(D) 40% de 104 seria 41,6 valores extremos. Além disso, apenas com estas duas medidas
20% dos funcionários seriam 6, alternativa correta, não temos idéia da assimetria da distribuição dos valores. Para
pois5*3+8*2+15*1=46, que já é maior. solucionar esses problemas, podemos utilizar o Boxplot. Para
(E) 6 dos trabalhadores: 18 construí-lo, desenhamos uma "caixa" com o nível superior
30% da renda: 31,20, errada pois detêm mais. dado pelo terceiro quartil (Q3) e o nível inferior pelo primeiro
quartil (Q1). A mediana (Q2) é representada por um traço no
04. Resposta: A. interior da caixa e segmentos de reta são colocados da caixa
A menor deve ser a da primeira 30-35 até os valores máximo e mínimo, que não sejam observações
Em seguida, a de 55 discrepantes. O critério para decidir se uma observação é
Depois de 45-50 na ordem 40-45 e 35-40 discrepante pode variar; por ora, chamaremos de discrepante
os valores maiores do que Q3+1.5*(Q3-Q1) ou menores do que
05. Resposta: E. Q1-1.5*(Q3-Q1).
I- 69,8------100% O Boxplot fornece informações sobre posição, dispersão,
781,6----x assimetria, caudas e valores discrepantes.
X=1119,77
O Diagrama de dispersão é adequado para descrever o
II- 781,6-680,7=100,9 comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas.
Cada ponto do gráfico representa um par de valores
10 2 observados. Exemplo:
III- =
25 5

20 - Variância, desvio
padrão, média, mediana e
moda.

MEDIDAS DE DISPERSÃO

As medidas de tendência central fornecem informações


valiosas mas, em geral, não são suficientes para descrever e
discriminar diferentes conjuntos de dados. As medidas de
Dispersão ou variabilidade permitem visualizar a maneira
como os dados espalham-se (ou concentram-se) em torno do
valor central. Para mensurarmos esta variabilidade podemos Um aspecto importante no estudo descritivo de um
utilizar as seguintes estatísticas: amplitude total; distância conjunto de dados, é o da determinação da variabilidade ou
interquartílica; desvio médio; variância; desvio padrão e dispersão desses dados, relativamente à medida de localização
coeficiente de variação. do centro da amostra. Supondo ser a média, a medida de
localização mais importante, será relativamente a ela que se
- Amplitude Total: é a diferença entre o maior e o menor define a principal medida de dispersão - a variância,
valor do conjunto de dados. apresentada a seguir.

Matemática 67
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APOSTILAS OPÇÃO

Variância: Define-se a variância, como sendo a medida


que se obtém somando os quadrados dos desvios das
observações da amostra, relativamente à sua média, e
dividindo pelo número de observações da amostra menos um.

Como a medida de localização mais utilizada é a média,


será relativamente a ela que se define a principal medida de
dispersão - a variância, apresentada a seguir.
Define-se a variância, e representa-se por s2, como sendo a
Desvio-Padrão: Uma vez que a variância envolve a soma medida que se obtém somando os quadrados dos desvios das
de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma que observações da amostra, relativamente à sua média, e
a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade dividindo pelo número de observações da amostra menos um:
ou dispersão com as mesmas unidades que os dados, tomamos
a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão: O
desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não
negativos e quanto maior for, maior será a dispersão dos
dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam Se afinal pretendemos medir a dispersão relativamente à
imediatamente da definição, são: o desvio padrão será maior, média. Por que é que não somamos simplesmente os desvios
quanta mais variabilidade houver entre os dados. em vez de somarmos os seus quadrados?
Experimenta calcular essa soma e verás que (x1-x) + (x2-x)
+ (x1-x) + ... + (xn – x) ≠ 0. Poderíamos ter utilizado módulos,
para evitar que os desvios negativos, mas é mais fácil trabalhar
com quadrados, não concorda?! E por que é que em vez de
dividirmos pó “n”, que é o número de desvios, dividimos por
(n-1)? Na realidade, só aparentemente é que temos “n” desvios
Exemplo: Em uma turma de aluno, verificou-se através da independentes, isto é, se calcularmos (n-1) desvios, o restante
análise das notas de 15 alunos, os seguintes desempenhos: fica automaticamente calculado, uma vez que a sua soma é
igual a zero. Costuma-se referir este fato dizendo que se
Conceito perdeu um grau de liberdade.
Alunos na Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a
Prova unidade em que se exprime não é a mesma que a dos dados.
1 4,3 Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão
2 4,5 com as mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz
quadrada da variância e obtemos o desvio padrão:
3 9
4 6
5 8
6 6,7
7 7,5
8 10 O desvio padrão é uma medida que só pode assumir
9 7,5 valores não negativos e quanto maior for, maior será a
dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão,
10 6,3 que resultam imediatamente da definição, são:
11 8 - o desvio padrão é sempre não negativo e será tanto maior,
quanta mais variabilidade houver entre os dados.
12 5,5
- se s = 0, então não existe variabilidade, isto é, os dados
13 9,7 são todos iguais.
14 9,3
Exemplo: Na 2ª classe de certa escola o professor deu uma
15 7,5 tarefa constituída por um certo número de contas para os
Total 109,8 alunos resolverem. Pretendendo determinar a dispersão dos
Média 7,32 tempos de cálculo, observam-se 10 alunos durante a
realização da tarefa, tendo-se obtido os seguintes valores:
Desvio
1,77
Padrão
Tempo
Aluno
(minutos)
Observamos no exemplo, que a média das provas, foi i
xi
estimada em 7,32 com desvio padrão em 1,77. Concluímos que 1 13 - 3.9 15.21
a maioria das notas concentrou-se em 9,09 e 5,55.
2 15 - 1.9 3.61
Vejamos de outra forma: 3 14 - 2.9 8.41
Um aspecto importante no estudo descritivo de um 4 18 1.1 1.21
conjunto de dados, é o da determinação da variabilidade ou 5 25 8.1 65.61
dispersão desses dados, relativamente à medida de localização
6 14 - 2.9 8.41
do centro da amostra. Repare-se nas duas amostras seguintes,
que embora tenham a mesma média, têm uma dispersão bem 7 16 -0.9 0.81
diferente: 8 17 0.1 0.01
9 20 3.1 9.61

Matemática 68
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APOSTILAS OPÇÃO

10 17 0.1 0.01
169 0.0 112.90

Resolução: Na tabela anterior juntamos duas colunas


auxiliares, uma para colocar os desvios das observações em
relação à média e a outra para escrever os quadrados destes
desvios. A partir da coluna das observações calculamos a soma
dessas observações, que nos permitiu calcular a média = 16.9.
Uma vez calculada a média foi possível calcular a coluna dos
desvios. Repare-se que, como seria de esperar, a soma dos
desvios é igual a zero. A soma dos quadrados dos desvios
permite-nos calcular a variância donde s = 3.54.
112.9
s2 = = 12.54
9

O tempo médio de realização da tarefa foi de


aproximadamente 17 minutos com uma variabilidade medida
pelo desvio padrão de aproximadamente 3.5 minutos. Na
representação gráfica ao lado visualizamos os desvios das
observações relativamente à média (valores do exemplo
anterior):

Como se depreende do que atrás foi dito, se os dados se


distribuem de forma aproximadamente normal, então estão
praticamente todos concentrados num intervalo de amplitude
igual a 6 vezes o desvio padrão.
A informação que o desvio padrão dá sobre a variabilidade
deve ser entendida como a variabilidade que é apresentada
relativamente a um ponto de referência - a média, e não
Do mesmo modo que a média, também o desvio padrão é propriamente a variabilidade dos dados, uns relativamente
uma medida pouco resistente, pois é influenciado por valores aos outros.
ou muito grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar A partir da definição de variância, pode-se deduzir sem
já que na sua definição entra a média que é não dificuldade uma expressão mais simples, sob o ponto de vista
resistente). Assim, se a distribuição dos dados for bastante computacional, para calcular ou a variância ou o desvio padrão
enviesada, não é conveniente utilizar a média como medida de e que é a seguinte:
localização, nem o desvio padrão como medida de
variabilidade. Estas medidas só dão informação útil,
respectivamente sobre a localização do centro da distribuição
dos dados e sobre a variabilidade, se as distribuições dos
dados forem aproximadamente simétricas.
Propriedades para dados com distribuição
aproximadamente normal: Uma propriedade que se verifica se
os dados se distribuem de forma aproximadamente normal, ou
seja, quando o histograma apresenta uma forma característica
com uma classe média predominante e as outras classes se
distribuem à volta desta de forma aproximadamente simétrica Amplitude: Uma medida de dispersão que se utiliza por
e com frequências a decrescer à medida que se afastam da vezes, é a amplitude amostral r, definida como sendo a diferença
classe média, é a seguinte: entre a maior e a menor das observações: r = xn:n - x1:n, onde
Aproximadamente 68% dos dados estão no representamos por x1:n e xn:n, respectivamente o menor e o
maior valor da amostra (x1, x2, ..., xn), de acordo com a notação
intervalo . introduzida anteriormente, para a amostra ordenada.

Amplitude Inter-Quartil: A medida anterior tem a grande


desvantagem de ser muito sensível à existência, na amostra, de
uma observação muito grande ou muito pequena. Assim,
define-se uma outra medida, a amplitude inter-quartil, que é,
em certa medida, uma solução de compromisso, pois não é
afetada, de um modo geral, pela existência de um número
pequeno de observações demasiado grandes ou demasiado
Desvio Padrão: Propriedades para dados com distribuição pequenas. Esta medida é definida como sendo a diferença entre
aproximadamente normal: os 1º e 3º quartis. Amplitude inter-quartil = Q3/4 - Q1/4
Do modo como se define a amplitude inter-quartil,
- Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo concluímos que 50% dos elementos do meio da amostra, estão
contidos num intervalo com aquela amplitude. Esta medida é
- Aproximadamente 95% dos dados estão no intervalo não negativa e será tanto maior quanto maior for a
variabilidade nos dados. Mas, ao contrário do que acontece
- Aproximadamente 100% dos dados estão no com o desvio padrão, uma amplitude inter-quartil nula, não
intervalo

Matemática 69
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APOSTILAS OPÇÃO

significa necessariamente, que os dados não apresentem Resolução:


variabilidade. Primeiramente precisamos colocar os dados de forma
ordenada, ou seja, montar o rol:
Amplitude inter-quartil ou desvio padrão: Do mesmo
modo que a questão foi posta relativamente às duas medidas Altura Frequência
de localização mais utilizadas - média e mediana, também aqui 1,48 1
se pode por o problema de comparar aquelas duas medidas de 1,52 1
dispersão. 1,60 1
- A amplitude inter-quartil é mais robusta, relativamente à 1,61 1
presença de "outliers", do que o desvio padrão, que é mais 1,62 1
sensível aos dados. 1,64 1
- Para uma distribuição dos dados aproximadamente 1,66 3
normal, verifica-se a seguinte relação. Amplitude inter-quartil
1,68 1
1.3 x desvio padrão.
1,69 1
- Se a distribuição é enviesada, já não se pode estabelecer
uma relação análoga à anterior, mas pode acontecer que o
Para acharmos a mediana precisamos ver se a quantidade
desvio padrão seja muito superior à amplitude inter-quartil,
de valores, se for ímpar a mediana é o valor que ocupa a
sobretudo se se verificar a existência de "outliers".
posição central, se for par a mediana corresponde à média
aritmética dos dois valores centrais.
Questão
No nosso caso temos que é ímpar:
01. (AL/GO – Assistente Legislativo – Assistente
Administrativo – CS/UFG/2015) Em estatística, a Altura Frequência
variância é um número que apresenta a unidade elevada 1º 1,48 1
ao quadrado em relação a variável que não está elevada ao 2º 1,52 1
quadrado, o que pode ser um inconveniente para a 3º 1,60 1
interpretação do resultado. Por isso, é mais comumente 4º 1,61 1
utilizada na estatística descritiva o desvio-padrão, que é 5º 1,62 1
definido como 6º 1,64 1
(A) a raiz quadrada da mediana, representada por "s" ou 7º 1,66 3
"μ". 8º 1,68 1
(B) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou 9º 1,69 1
"α".
(C) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou Então a mediana é o valor que está na 5ª linha: 1,62
"α". E a moda é 1,66, que é o valor que aparece com maior
(D) a raiz quadrada da média, representada por "s" ou "α". frequência.

Resposta Questões

01. Resposta: C. 01. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia


Como visto, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância. Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática –
FUNCAB/2014) Determine a mediana do conjunto de valores
MEDIANA E MODA (10, 11, 12, 11, 9, 8, 10, 11, 10, 12).
(A) 8,5
A moda e a mediana são utilizados para resumirem um (B) 9
conjunto de valores dado uma série estatística. Vamos ver os (C) 10,5
conceitos de cada uma delas: (D) 11,5
A mediana, é uma medida de localização do centro da (E) 10
distribuição dos dados.
A moda, é o valor que aparece com maior frequência, ou 02. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG/2014) A tabela
seja, podemos dizer que é o termo que está na “moda”. a seguir apresenta o índice de desenvolvimento humano (IDH)
de alguns países da América Latina referente ao ano 2012.
Exemplo:
Em um time de futebol temos as seguintes altura dos Países IDH
atletas: Argentina 0,811
Bolívia 0,645
Brasil 0,730
Chile 0,819
Colômbia 0,719
Cuba 0,780
México 0,775
Uruguai 0,792
Venezuela 0,758
Disponível em:
<http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon55a.htm>. Acesso em:
(Fonte: http://geniodamatematica.com.br) 24 fev. 2014. (Adaptado).

Ache o valor da mediana e da moda. Dentre os países listados, aquele cujo IDH representa a
mediana dos dados apresentados é:
(A) Brasil

Matemática 70
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) Colômbia q + p = 174,5 . 2


(C) México q + p = 349 cm
(D) Venezuela * Se a média aritmética é 175,5 cm, então:
3. 𝑞 + 𝑝 + 2. 𝑚
𝑀= = 17
03. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – 6
VUNESP/2014) Na tabela, as letras q, p e m substituem as
alturas, relacionadas em ordem crescente, de seis alunos do 2. 𝑞 + 𝑞 + 𝑝 + 2. 𝑚
= 175,5
Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar avaliados em 6
um exame biométrico, sendo que, nessa tabela, letras iguais
correspondem a alturas iguais. 2.173 + 349 + 2.m = 175,5 . 6
Nome Altura (em centímetros) 346 + 349 + 2.m = 1053
Gonçalves q 2.m = 1053 – 695
Camargo q m = 358 / 2
Pacheco q m = 179 cm
Mendes p
04. Resposta: C.
Santos m
Colocando em ordem crescente:
Ferreira m
3; 4; 6; 7; 7; 8; 8; 8; 9
São 9 elementos, então a mediana é o quinto
Sabendo-se que a moda, a mediana e a média aritmética
elemento(9+1/2)
das alturas desses alunos são, respectivamente, 173 cm, 174,5
Mediana 7
cm e 175,5 cm, pode-se concluir que a altura do aluno Ferreira
é igual, em centímetros, a
05. Resposta: A.
(A) 177.
Moda é o elemento que aparece com mais frequência: 8
(B) 178.
(C) 179.
(D) 180.
(E) 182.

(SEFAZ/RJ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO –


Anotações
CEPERJ/2013) Observe os números relacionados a seguir, e
responda às questões de números 04 e 05.

4 7 3
9 6 8
8 7 8

04. A mediana desses valores vale:


(A) 6
(B) 6,5
(C) 7
(D) 7,5
(E) 8

05. A moda desses valores vale:


(A) 8
(B) 7
(C) 6
(D) 5
(E) 4

Respostas

01. Resposta: C.
Coloquemos os valores em ordem crescente:
8, 9, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 12, 12
Como a Mediana é o elemento que se encontra no meio dos
valores colocados em ordem crescente, temos que:
10 + 11 21
𝑀= = = 10,5
2 2

02. Resposta: C.
Vamos colocar os números em ordem crescente:
0,645 0,719 0,730 0,758 0,775 0,780 0,792
0,811 0,819
O número que se encontra no meio é 0,775 (México).

03. Resposta: C.
* Se a moda é 173 cm, então q = 173 cm (Gonçalves,
Camargo e Pacheco).
* Se a mediana é 174,5 cm, então (q + p) / 2 = 174,5.

Matemática 71
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Matemática 72
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LEGISLAÇÃO

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APOSTILAS OPÇÃO

cinco mil, novecentos e sessenta e sete) ações ordinárias


nominativas escriturais e sem valor nominal.
§ 1º A União é o acionista controlador e, nessa condição,
deterá sempre a maioria absoluta das ações com direito a voto.
§ 2º Sobre os recursos transferidos pela União ou
depositados por acionistas minoritários, para fins de aumento
do capital, incidirão encargos financeiros, na forma da
legislação vigente, desde o dia da transferência até a data da
capitalização.

CAPÍTULO IV
1 - Estatuto Social do Banco Da Assembleia Geral de Acionistas
da Amazônia
Art. 5º. A convocação da Assembleia Geral de acionistas
incumbe ao Conselho de Administração, competindo, também,
nos casos expressamente previstos em lei, à Diretoria
ESTATUTO DO BANCO DA AMAZÔNIA S.A1 Executiva, ao Conselho Fiscal, a qualquer acionista ou a grupo
de acionistas que represente, no mínimo, cinco por cento do
CAPÍTULO I capital votante.
Da denominação, da duração, da sede, do foro e das §1º. Atendidas as exigências de quórum, legitimação e
demais disposições preliminares representação dos acionistas, a Assembleia Geral de acionistas
será presidida pelo Presidente do Conselho de Administração
Art. 1º. O Banco da Amazônia S.A., instituição financeira ou, na sua ausência ou impedimentos, por um dos
pública federal, constituída sob a forma de sociedade anônima administradores do Banco ou por um dos acionistas escolhido
aberta, de economia mista, e prazo de duração indeterminado, pelos demais acionistas. O presidente da mesa convidará dois
é regido por este Estatuto, especialmente, pela lei de criação nº acionistas ou administradores do Banco para atuarem como
5.122, de 28 de setembro de 1966, pelas Leis nº 13.303, de 30 Secretários da Assembleia Geral.
de junho de 2016 e Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, §2º. Nas Assembleias Gerais de acionistas tratar-se-á,
pelo Decreto nº 8.945, de 27 de dezembro de 2016 e demais exclusivamente, do objeto declarado nos editais de
legislações aplicáveis. convocação, não se admitindo a inclusão, na pauta da
Parágrafo Único. O Banco da Amazônia tem domicílio, sede Assembleia, de assuntos gerais. §3º. A Assembleia Geral
e foro em Belém, capital do Estado do Pará, podendo manter Ordinária de acionistas reunir-se-á anualmente, até o final do
representação em todas as capitais da Região Amazônica, bem mês de abril, para os fins previstos em lei.
como agências, escritórios de representação e §4º. O edital de convocação da Assembleia Geral de
correspondentes em outras praças do País, observados os acionistas será publicado com, no mínimo, quinze dias de
requisitos legais. antecedência.
§5º. A partir da data da publicação do edital respectivo, se
CAPÍTULO II maior prazo não for previsto em lei, o Banco da Amazônia
Do objetivo social e das vedações colocará documentação adequada à disposição dos acionistas
para que esses possam se posicionar a respeito das matérias
Art. 2º. O Banco da Amazônia tem por objetivo: objeto das Assembleias Gerais de acionistas. §6º. As atas da
I. executar a política do Governo Federal na Região Assembleia Geral de acionistas poderão ser lavradas de forma
Amazônica relativa ao crédito para o desenvolvimento sumária dos fatos ocorridos, inclusive dissidências e protestos,
econômico-social; e conterão a transcrição apenas das deliberações tomadas,
II. prestar serviços e realizar todas as operações observadas as disposições legais.
inerentes à atividade bancária; e
III. exercer as funções de agente financeiro dos órgãos Art. 6º. Além das previstas na Lei das Sociedades por
regionais federais de desenvolvimento. Ações, deverá, também, ser convocada Assembleia Geral de
acionistas para deliberar sobre as seguintes matérias:
Art. 3º. Ao Banco da Amazônia é vedado, além das I. alienação, no todo ou em parte, de ações do capital
proibições estabelecidas por lei: social;
I. realizar operações com garantia exclusiva de ações II. aumento do capital social por subscrição de novas
de outras instituições financeiras; ações;
II. abrir crédito, emprestar, comprar ou vender bens de III. emissão de títulos ou valores mobiliários, no País ou
qualquer natureza a membros dos Conselhos de no Exterior;
Administração e Fiscal, da Diretoria Executiva e do Comitê de IV. transformação, fusão, incorporação, cisão, dissolução
Auditoria; e e liquidação do Banco;
III. emitir debêntures ou partes beneficiárias. V. permuta de ações de sua emissão e outros valores
mobiliários;
CAPÍTULO III VI. promoção de práticas diferenciadas de governança
Do capital e das ações corporativa e celebração de contrato para essa finalidade com
a B3 S.A – Brasil Bolsa Balcão;
Art. 4°. O Capital Social do Banco da Amazônia é de VII. alteração do estatuto social
R$1.623.251.785,69 (um bilhão, seiscentos e vinte e três VIII. eleição e destituição, a qualquer tempo, dos membros
milhões, duzentos e cinquenta e um mil, setecentos e oitenta e do Conselho de Administração;
cinco reais e sessenta e nove centavos), dividido em IX. eleição e destituição, a qualquer tempo, dos membros
29.645.967 (vinte e nove milhões, seiscentos e quarenta e do Conselho Fiscal e respectivos suplentes;

1Banco da Amazônia. Disponível em:


http://www.bancoamazonia.com.br/index.php/obanco-estatudobanco.

Legislação 1
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APOSTILAS OPÇÃO

X. fixação da remuneração dos administradores, do administrador ou como membro de comitê, desde que
Conselho Fiscal, do Comitê de Auditoria e dos demais Comitês atendidos os seguintes quesitos mínimos:
remunerados; a) o empregado tenha ingressado na empresa por meio
XI. aprovação das demonstrações financeiras, da de concurso público de provas ou de provas e títulos;
destinação do resultado do exercício e da distribuição de b) o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho
dividendos; efetivo na empresa;
XII. autorização para o Banco da Amazônia mover ação c) o empregado tenha ocupado cargo na gestão
de responsabilidade civil contra os administradores pelos superior da empresa, comprovando sua capacidade para
prejuízos causados ao seu patrimônio; assumir as responsabilidades dos cargos de que trata o caput.
XIII. alienação de bens imóveis diretamente vinculados à §8º. Os administradores eleitos, inclusive o representante
prestação de serviços e à constituição de ônus reais sobre eles; dos empregados e minoritários, devem participar, na posse e
XIV. eleição e destituição, a qualquer tempo, de anualmente, de treinamentos específicos sobre legislação
liquidantes, julgando-lhes as contas. societária e de mercado de capitais, divulgação de
informações, controle interno, código de conduta, a Lei nº
CAPÍTULO V 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas
Da Administração relacionados às atividades do Banco.
Seção I §9º. Os requisitos e as vedações exigíveis para os
Das normas comuns aos órgãos de administração administradores deverão ser respeitados por todas as
Subseção I nomeações e eleições realizadas, inclusive em caso de
Dos requisitos recondução.

Art. 7º. A Administração do Banco da Amazônia é exercida Art. 8º. Além dos princípios constitucionais de legalidade,
por um Conselho de Administração e por uma Diretoria impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, a
Executiva, cujos integrantes deverão atender os seguintes administração do Banco da Amazônia obedecerá, ainda, aos
requisitos obrigatórios: princípios de boa governança corporativa e de gestão de
I. ser cidadão de reputação ilibada; negócios direcionada pelo controle dos riscos.
II. ter notório conhecimento compatível com o cargo
para o qual foi indicado; Subseção II
III. ter formação acadêmica compatível com o cargo para o Da investidura
qual foi indicado; e
IV. ter, no mínimo, uma das experiências profissionais Art. 9º. Os eleitos para o Conselho de Administração e
abaixo: Diretoria Executiva serão investidos nos seus cargos no prazo
a) dez anos, no setor público ou privado, na área de de até 30 (trinta) dias seguintes à eleição, mediante assinatura
atuação do Banco ou em área conexa àquela para a qual forem de termo de posse no livro de atas do Conselho de
indicados em função de direção superior; Administração ou da Diretoria Executiva, conforme o caso.
b) quatro anos em cargo de Diretor, de Conselheiro de §1º O voto da União na Assembleia Geral ou manifestação
Administração, de membro de comitê de auditoria ou de chefia do Conselho de Administração em sua reunião que eleger
superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao membro estatutário deverá conter a qualificação, o prazo de
do Banco, entendendo-se como cargo de chefia superior gestão de cada um dos eleitos e a comprovação do
aquele situado nos dois níveis hierárquicos não estatutários cumprimento dos requisitos e impedimentos para investidura
mais altos da empresa; no cargo.
c) quatro anos em cargo em comissão ou função de §2º. Descumprido o prazo, a eleição tornar-se-á sem efeito,
confiança equivalente a nível 4, ou superior, do Grupo-Direção salvo justificativa aceita pelo órgão da administração para o
e Assessoramento Superiores - DAS, em pessoa jurídica de qual tiver sido eleito.
direito público interno; §3º. O termo de posse de que trata o “caput” deverá conter
d) quatro anos em cargo de docente ou de pesquisador, a indicação de pelo menos um domicílio no qual o membro do
de nível superior na área de atuação do Banco; ou Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva receberá
e) quatro anos como profissional liberal em atividade as citações e intimações em processos administrativos e
vinculada à área de atuação do Banco. §1º. A formação judiciais, relativos a atos de sua gestão; esse domicílio somente
acadêmica deverá contemplar curso de graduação ou pós- poderá ser alterado mediante comunicação por escrito ao
graduação reconhecido ou credenciado pelo Ministério da Banco. §4º. A investidura em cargo estatutário observará os
Educação. requisitos e as vedações vigentes na data da posse ou da
§2º. As experiências mencionadas em alíneas distintas do eleição, no caso de Conselheiro Fiscal.
inciso IV do caput não poderão ser somadas para a apuração §5º. A recondução ou a troca de Diretoria enseja novo ato
do tempo requerido. de posse ou nova eleição, devendo ser considerados os
§3º. As experiências mencionadas em uma mesma alínea requisitos vigentes no momento da nova posse ou da nova
do inciso IV do caput poderão ser somadas para a apuração do eleição.
tempo requerido, desde que relativas a períodos distintos. §4º. §6º. As indicações de administradores e de Conselheiros
Somente pessoas naturais poderão ser eleitas para o cargo de fiscais considerarão: I. compatível formação acadêmica
administrador do Banco; preferencialmente em:
§5º. Os Diretores deverão residir no País a) Administração ou Administração Pública;
§6º. Aplica-se o disposto neste artigo aos administradores b) Ciências Atuariais;
do Banco, inclusive aos representantes dos empregados e dos c) Ciências Econômicas;
acionistas minoritários, e também às indicações da União ou d) Comércio Internacional;
das empresas estatais para o cargo de administrador em suas e) Contabilidade ou Auditoria;
participações minoritárias em empresas estatais de outros f) Direito;
entes federativos. g) Engenharia;
§7º. Os requisitos previstos nas alíneas "a", "b", "c", "d" e h) Estatística;
"e" do inciso IV do caput poderão ser dispensados no caso de i) Finanças;
indicação de empregado da empresa para cargo de

Legislação 2
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APOSTILAS OPÇÃO

j) Matemática; e XV. de titular de cargo em comissão na administração


k) curso aderente à área de atuação da empresa. pública federal, direta ou indireta, sem vínculo permanente
com o serviço público;
Subseção III XVI. de dirigente estatutário de partido político e de
Dos impedimentos e das vedações titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente
federativo, ainda que licenciado;
Art. 10. É vedada a indicação para o Conselho de XVII. de parentes consanguíneos ou afins até o terceiro
Administração e para a Diretoria Executiva: grau das pessoas mencionadas nos incisos XIII a XVI;
I. os condenados, por decisão transitada em julgado, XVIII.de pessoa que atuou, nos últimos trinta e seis meses,
por crime falimentar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de como participante de estrutura decisória de partido político;
corrupção ativa ou passiva, de concussão, de peculato, contra XIX. de pessoa que atuou, nos últimos trinta e seis meses,
a economia popular, contra a fé pública, contra a propriedade, em trabalho vinculado a organização, estruturação e
ou contra o Sistema Financeiro Nacional, ou os condenados a realização de campanha eleitoral;
pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso XX. de pessoa que exerça cargo em organização sindical;
a cargos públicos; XXI. de pessoa física que tenha firmado contrato ou
II. os declarados inabilitados para cargos de parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou
administração em instituições autorizadas a funcionar pelo ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a
Banco Central do Brasil, ou em outras instituições sujeitas à União, com o Banco da Amazônia, nos três anos anteriores à
autorização, controle e fiscalização de órgãos e entidades da data de sua nomeação;
administração pública direta e indireta, incluídas as entidades XXII. de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de
de previdência privada, as sociedades seguradoras, as conflito de interesse com a União ou com o Banco da
sociedades de capitalização e as companhias abertas; Amazônia; e
III. sócio, ascendente, descendente ou parente colateral XXIII. de pessoa que se enquadre em qualquer uma das
ou afim, até o terceiro grau, de membros do Conselho de hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do inciso I do
Administração e da Diretoria Executiva; caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64/1990, com as
IV. os que estiverem em mora com o Banco da Amazônia alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 135/2010.
ou que lhe tenham causado prejuízo ainda não ressarcido; §1º. É incompatível com a participação dos órgãos de
V. os que detiverem controle ou parcela substancial do administração do Banco a candidatura a mandato público
capital social de pessoa jurídica em mora com o Banco da eletivo, devendo o interessado requerer seu afastamento, sob
Amazônia ou que lhe tenham causado prejuízo ainda não pena de perda do cargo, a partir do momento em que tornar
ressarcido, estendendo-se esse impedimento aos que tenham pública sua pretensão à candidatura. Durante o período de
ocupado cargo de administração em pessoa jurídica nessa afastamento não será devida qualquer remuneração ao
situação, no exercício social imediatamente anterior à data da membro do órgão de administração, o qual perderá o cargo a
eleição ou nomeação; partir da data do registro da candidatura.
VI. os que estiverem respondendo pessoalmente, ou §2º. Aplica-se a vedação do inciso XV do caput ao servidor
como controlador ou como administrador de pessoa jurídica, ou ao empregado público aposentado que seja titular de cargo
por pendências relativas a protestos de títulos, cobranças em comissão da administração pública federal direta ou
judiciais, emissão de cheques sem fundos, inadimplemento de indireta.
obrigações e outras ocorrências ou circunstâncias análogas; §3º. Aplica-se o disposto neste artigo a todos os
VII. os declarados falidos ou insolventes enquanto administradores do Banco da Amazônia, inclusive aos
perdurar essa situação; representantes dos empregados e dos minoritários;
VIII. os que detiverem o controle ou participaram de §4º. É vedada a recondução do administrador que não
pessoa jurídica concordatária, em recuperação judicial, falida participar de nenhum treinamento anual disponibilizado pela
ou insolvente, no período de cinco anos anteriores à data da Instituição nos últimos dois anos.
eleição ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário
ou administrador judicial; Art. 11. Aos integrantes dos órgãos de Administração é
IX. os que exercem cargos de administração, direção, vedado intervir no estudo, deferimento, controle ou liquidação
fiscalização ou gerência, ou detenham controle ou parcela de qualquer operação em que:
superior a dez por cento do capital social de instituição, a) direta ou indiretamente, sejam interessadas
financeira ou não, cujos interesses sejam conflitantes com os sociedades de que detenham o controle ou participação
do Banco da Amazônia; superior a 10% (dez por cento) do capital social; e
X. os que tenham causado dano ainda não reparado a b) quando se tratar de empresa na qual tenham
entidade da administração pública, em decorrência da prática ocupado cargo de gestão em período imediatamente anterior
de ato ilícito; à investidura no Banco.
XI. os que estejam em litígio judicial não trabalhista com
a estatal, inclusive em ações coletivas, ressalvados os casos em Subseção IV
que figurar como substituído processual e os caso de dispensa Da perda do cargo
justificada e aprovada em assembleia geral;
XII. Os que tiverem interesse conflitante com o Banco da Art. 12. Perderá o cargo:
Amazônia, inclusive aqueles que ocuparem cargos, em I. o membro do Conselho de Administração, do Fiscal
especial, em Conselhos Consultivos, de Administração, ou ou do Comitê de Auditoria que deixar de comparecer a duas
Fiscal, em empresas que sejam fornecedoras ou clientes ou que reuniões consecutivas ou três intercaladas, nas últimas doze
possam ser consideradas concorrentes no mercado, salvo reuniões, sem justificativa;
nesse último caso por dispensa da assembleia geral; II. o membro da Diretoria Executiva que se afastar, sem
XIII. representantes do órgão regulador a qual o Banco da autorização, por mais de trinta dias.
Amazônia esteja sujeito; III. o representante dos empregados no Conselho de
XIV. de Ministro de Estado, de Secretário Estadual e de Administração cujo contrato de trabalho seja encerrado
Secretário Municipal; durante o prazo de gestão.
Parágrafo Único. A perda do cargo não elide a
responsabilidade civil e penal a que estejam sujeitos os

Legislação 3
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APOSTILAS OPÇÃO

membros do Conselho de Administração e da Diretoria §3°. O Presidente do Conselho de Administração do Banco,


Executiva, em virtude do descumprimento de suas obrigações. em seus impedimentos eventuais ou falta temporária, será
substituído pelo outro conselheiro indicado pelo Ministro de
Subseção V Estado da Fazenda;
Da remuneração §4º. Os membros do Conselho de Administração cumprem
prazo de gestão coincidente de dois anos, sendo permitidas, no
Art. 13. A remuneração dos integrantes dos Órgãos de máximo, três reconduções consecutivas, que se estenderá até
Administração será fixada pela Assembleia Geral de acionistas, a investidura de novos membros;
observadas as prescrições legais. §5º. No prazo do parágrafo anterior serão considerados os
Parágrafo único. A remuneração mensal devida aos períodos anteriores de gestão ocorridos há menos de dois
membros dos Conselhos de Administração não excederá a dez anos;
por cento da remuneração mensal média dos Diretores, §6º. Atingido o limite a que se referem os parágrafos
excluídos os valores relativos a adicional de férias e benefícios, anteriores, o retorno de membros do Conselho de
sendo vedado o pagamento de participação, de qualquer Administração só poderá ser efetuado após decorrido período
espécie, nos lucros da empresa. equivalente a um prazo de gestão;
§7º. O representante dos empregados no Conselho de
Subseção VI Administração será escolhido dentre os empregados ativos,
Do dever de informar e outras obrigações pelo voto direto de seus pares, em eleição organizada pelo
Banco em conjunto com as entidades sindicais que os
Art. 14. Sem prejuízo dos procedimentos de auto- representem;
regulação, os membros do Conselho de Administração e da §8º. O Conselheiro representante dos empregados estará
Diretoria Executiva do Banco da Amazônia deverão: I. sujeito a todos os critérios e exigências para o cargo de
comunicar ao Banco da Amazônia e à bolsa de valores: conselheiro de administração, previstos em lei e no Estatuto
a) a quantidade e as características dos valores Social do Banco;
mobiliários ou derivativos de emissão do Banco da Amazônia §9º. O empregado designado como representante dos
de que sejam titulares, direta ou indiretamente, bem como empregados no Conselho de Administração não poderá ser
seus respectivos cônjuges, companheiros e dependentes dispensado sem justa causa, desde o registro de sua
incluídos na declaração anual do imposto de renda, até o candidatura até um ano após o fim de sua gestão;
décimo dia após a data da posse; §10. O conselheiro de administração representante dos
b) os seus planos de negociação periódica dos valores empregados, cujo contrato de trabalho seja rescindido durante
mobiliários e derivativos referidos na alínea “a” deste inciso, o prazo de gestão, será destituído pela Assembleia geral de
inclusive suas subsequentes alterações, até o décimo dia após acionistas, na forma do art. 140 da Lei nº 6.404/1976;
a data da posse ou das alterações dos planos; e §11. Sem prejuízo da vedação aos administradores de
c) as negociações com os valores mobiliários e intervirem em qualquer operação social em que tenha
derivativos de que trata a alínea “a” deste inciso, inclusive o interesse conflitante com o do Banco, o conselheiro de
preço, até o décimo dia do mês seguinte ao que se verificar a administração representante dos empregados não participará
negociação; das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam
II. abster-se de negociar com os valores mobiliários ou relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens,
derivativos de que trata a alínea “a” do inciso I deste artigo: inclusive matérias de previdência complementar e
a) no período de um mês que antecede o encerramento assistenciais, hipóteses em que fica configurado o conflito de
do exercício social, até a publicação do anúncio que colocar à interesses;
disposição dos acionistas a respectiva documentação; e §12. É vedada a existência de membro suplente do
b) no período compreendido entre a decisão do órgão Conselho de Administração, inclusive para representante dos
social competente de aumentar o capital social do Banco da empregados.
Amazônia ou distribuir dividendos, bonificação em ações ou
seus derivativos e a publicação dos respectivos editais ou
anúncios. Art. 16. A composição do Conselho de Administração deve
ter, no mínimo, vinte e cinco por cento de membros
Seção II independentes.
Do Conselho de Administração §1º. O Conselheiro de Administração independente
Subseção I caracteriza-se por:
Da composição e do prazo de gestão I. não ter vínculo com o Banco da Amazônia, exceto
quanto à participação em Conselho de Administração da
Art. 15. O Conselho de Administração, órgão de orientação empresa controladora ou à participação em seu capital social;
superior do Banco da Amazônia, é composto por sete II. não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim ou
membros, todos eleitos pela Assembleia Geral de acionistas, por adoção, até o terceiro grau, de chefe do Poder Executivo,
observados os requisitos previstos no §1º do art. 25 deste de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, do Distrito
Estatuto, sendo: Federal ou de Município ou de administrador do Banco da
I. três indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda; Amazônia;
II. um indicado pelo Ministro de Estado do III. não ter mantido, nos últimos três anos, vínculo de
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; qualquer natureza com o Banco da Amazônia ou com a União,
III. um representante dos empregados, nos moldes da que possa vir a comprometer a sua independência;
Lei nº 12.353/2010; e IV. não ser ou não ter sido, nos últimos três anos,
IV. um representante dos acionistas minoritários, eleito empregado ou Diretor do Banco da Amazônia;
nos termos da Lei nº 6.404/1976. V. não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto,
§1°. A Presidência do Colegiado caberá a um dos membros de serviços ou produtos do Banco da Amazônia;
indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda; VI. não ser empregado ou administrador de empresa ou
§2°. O Presidente do Banco integrará, também, o Conselho entidade que ofereça ou demande serviços ou produtos ao
de Administração e não poderá exercer, mesmo que Banco da Amazônia; e
interinamente, a Presidência do Colegiado;

Legislação 4
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APOSTILAS OPÇÃO

VII. não receber outra remuneração do Banco da Art. 20. Se a vacância abranger todos os cargos, competirá
Amazônia além daquela relativa ao cargo de Conselheiro, à Diretoria Executiva convocar a Assembleia Geral de
exceto a remuneração decorrente de participação no capital do acionistas, no prazo de trinta dias, para a eleição de novos
Banco. §2º. Na hipótese de o cálculo do número de membros.
Conselheiros independentes não resultar em número inteiro,
será feito o arredondamento: Subseção IV
I. para mais, quando a fração for igual ou superior a cinco Das atribuições e das competências
décimos; e
II. para menos, quando a fração for inferior a cinco Art. 21. O Conselho de Administração tem, na forma
décimos. prevista em lei e neste Estatuto, atribuições estratégicas,
§3º. Para os fins deste artigo, serão considerados orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo
independentes os Conselheiros eleitos por acionistas funções operacionais ou executivas.
minoritários, mas não aqueles eleitos pelos empregados.
§4º. O Ministério da Fazenda deverá indicar os membros Art. 22. Sem prejuízo das competências previstas no art.
independentes do Conselho de Administração de que trata o 142 da Lei nº 6.404/1976, e das demais atribuições previstas
caput, caso os demais acionistas não o façam. na Lei nº 13.303/2016, compete ao Conselho de
Administração:
Subseção II I. aprovar as políticas, as estratégias corporativas, o
Do funcionamento plano geral de negócios, o plano de expansão de agências, o
plano diretor e o orçamento global do Banco da Amazônia, em
Art. 17. O Conselho de Administração reunir-se-á, harmonia com a política econômico-financeira do Governo
ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, Federal;
sempre que convocado pelo seu Presidente ou pela maioria II. discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo
dos seus membros. práticas de governança corporativa, relacionamento com
§1º. O Conselho somente deliberará com a presença de, no partes interessadas e código de conduta dos agentes;
mínimo, quatro de seus membros. §2º. As deliberações do III. implementar e supervisionar os sistemas de gestão
Conselho serão tomadas por maioria de votos e registradas em de riscos e de controle interno estabelecidos para a prevenção
ata, cabendo ao Presidente, além do voto ordinário, o voto de e mitigação dos principais riscos a que está e posta o Banco
qualidade; inclusive os riscos relacionados integridade das informações
§3°. Para aprovação do Plano Anual de Atividades de contábeis e financeiras e os relacionados à ocorrência de
Auditoria Interna (PAINT) e do Relatório Anual das Atividades corrupção e fraude;
de Auditoria Interna (RAINT), o Conselho de Administração IV. estabelecer política de divulgação de informações
reunir-se-á ao menos uma vez no ano, sem a presença do para mitigar risco de contradição entre as diversas áreas e os
Presidente do Banco; executivos do Banco da Amazônia;
§4°. Nas matérias em que fique configurado conflito de V. avaliar formalmente, com periodicidade anual, o
interesses do conselheiro de administração representante dos desempenho da Diretoria Executiva, do Presidente e dos
empregados, nos termos do disposto no §11 do art. 15, a Diretores do Banco da Amazônia, podendo contar com apoio
deliberação ocorrerá em reunião especial exclusivamente metodológico e procedimental do comitê de elegibilidade;
convocada para essa finalidade, da qual não participará o VI. deliberar, por proposta da Diretoria Executiva,
referido conselheiro; sobre:
§5°. Será assegurado ao representante dos empregados no a) a distribuição de dividendos intermediários,
conselho de administração, no prazo de até trinta dias, o inclusive à conta de lucros acumulados ou de reservas de
acesso à ata de reunião e aos documentos anexos referentes às lucros existentes no último balanço anual ou semestral; e
deliberações tomadas na reunião especial de que trata o § 4º b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
deste artigo; VII. eleger e destituir os Diretores e fixar-lhes as
§6º. Fica facultada, mediante justificativa, eventual atribuições mediante proposta do Presidente do Banco da
participação dos conselheiros na reunião, por telefone, Amazônia, sendo que um deles responderá pela função de
videoconferência, ou outro meio de comunicação que possa controle, observado sempre o princípio de segregação de
assegurar a participação efetiva e a autenticidade do seu voto, funções e evitada qualquer possibilidade de conflito de
que será considerado válido para todos os efeitos legais e interesses;
incorporado à ata da referida reunião. VIII. fiscalizar a execução da política geral dos negócios e
serviços do Banco da Amazônia, acompanhar e fiscalizar a
Subseção III gestão dos membros da Diretoria Executiva;
Da vacância e das substituições IX. convocar, nos casos previstos em lei e neste Estatuto,
a Assembleia Geral de acionistas, apresentando propostas
Art. 18. Em caso de vacância de algum Conselheiro, à para sua deliberação;
exceção da vaga ocupada pelo Presidente do Banco, os X. manifestar-se sobre o relatório da administração e as
Conselheiros remanescentes nomearão um membro para contas da Diretoria Executiva;
substituí-lo e completar o seu prazo de gestão, que será eleito XI. autorizar a contratação de auditores independentes
na primeira Assembleia Geral subsequente, devendo-se e a rescisão destes contratos;
observar, quanto à competência para indicação do respectivo XII. autorizar a constituição de ônus reais e a alienação de
nome a ser nomeado pelo Colegiado, o disposto no art. 15 bens, ressalvado o disposto no inciso I do art. 6° e inciso VIII
deste Estatuto. do art. 35 deste Estatuto;
XIII. conceder licença aos membros do Conselho de
Art. 19. Se ocorrer vacância da maioria dos cargos, Administração e da Diretoria Executiva, exclusive aos
competirá ao Presidente do Conselho convocar a Assembleia Presidentes do Conselho de Administração e do Banco da
Geral de acionistas, no prazo de trinta dias, para a eleição de Amazônia;
novos membros. XIV. autorizar a Diretoria Executiva a fazer doações, na
hipótese prevista no inciso XIII do art. 35 deste Estatuto;

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XV. autorizar o desempenho de atividades estranhas ao celebração e quaisquer outros atos que considere necessários
cargo, mas de interesse do Banco da Amazônia, por membros ao desempenho de suas funções, podendo requisitá-los,
da Diretoria Executiva do Banco da Amazônia, salvo quando diretamente, a qualquer membro da Diretoria Executiva. As
decorrentes de designação do Presidente da República; providências daí decorrentes, inclusive propostas para
XVI. deliberar sobre a designação e dispensa do titular da contratação de profissionais externos, serão submetidas à
Unidade de Auditoria Interna por proposta da Diretoria deliberação do Conselho de Administração.
Executiva;
XVII. aprovar as alterações das normas e regulamentos de Subseção V
pessoal; Da avaliação
XVIII. disciplinar a concessão de férias aos membros da
Diretoria Executiva, observada a legislação vigente; Art. 23. O Conselho de Administração realizará anualmente
XIX. aprovar o seu regimento interno; uma avaliação formal do seu desempenho.
XX. avaliar os relatórios do Sistema de Controles §1º. O processo de avaliação citado no caput será realizado
Internos e da Ouvidoria do Banco da Amazônia; conforme procedimentos previamente definidos pelo próprio
XXI. nomear e destituir os membros do Comitê de Conselho de Administração;
Auditoria, bem como aprovar o respectivo Regimento Interno. §2º. Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o processo
XXII. aprovar a estrutura de gerenciamento de Risco de avaliação.
Operacional, as políticas sobre Prevenção à Lavagem de
Dinheiro e suas alterações;
XXIII. apreciar e manifestar-se sobre os Relatórios de Risco Seção III
Operacional do Banco da Amazônia; Da Diretoria Executiva
XXIV. nomear e destituir os membros do Comitê de Subseção I
Remuneração, que não serão remunerados, bem como aprovar Da composição e do prazo de gestão
o respectivo regimento interno;
XXV. designar o ocupante de cada Diretoria, alterando as Art. 24. A Diretoria Executiva é o órgão da administração
designações quando julgar conveniente; integrado pelo Presidente e cinco Diretores, dos quais, pelo
XXVI. subscrever carta anual com explicitação dos menos dois, profissionais da atividade bancária.
compromissos de consecução de objetivos de políticas Parágrafo único. A Diretoria Executiva é o órgão executivo
públicas pela Instituição, em atendimento ao interesse coletivo de administração e representação, cabendo-lhe assegurar o
ou ao imperativo de segurança nacional que justificou a funcionamento regular do Banco, em conformidade com a
autorização de sua criação, com a definição clara dos recursos orientação geral traçada pelo Conselho de Administração.
a serem empregados para esse fim e dos impactos econômico-
financeiros da consecução desses objetivos, mensuráveis por Art. 25. O Presidente do Banco da Amazônia é nomeado
meio de indicadores objetivos; pelo Presidente da República e por ele demissível “ad nutum”.
XXVII. aprovar e fiscalizar o compromisso Ocorrendo substituição definitiva poderá o novo titular até
assumido pelos membros da Diretoria Executiva por ocasião sessenta dias após assumir as funções, solicitar a convocação
da sua investidura no cargo, com metas e resultados do Conselho de Administração para decidir sobre o mandato
específicos a serem alcançados; dos Diretores em exercício.
XXVIII. promover anualmente análise quanto ao §1º. Além dos requisitos previstos no art. 7º deste Estatuto,
atendimento das metas e dos resultados na execução do plano devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes
de negócios e da estratégia de longo prazo, devendo publicar condições para o exercício de cargos na Diretoria Executiva do
suas conclusões e informá-las ao Congresso Nacional e ao Banco da Amazônia:
Tribunal de Contas da União, sob pena de seus integrantes I. ter graduação em curso superior; e
responderem por omissão; II. ter exercido, nos últimos cinco anos, por pelo menos
XXIX. cumprir e fazer cumprir as normas emanadas dos três anos, uma das seguintes funções:
órgãos reguladores; a) cargos gerenciais em instituições integrantes do
XXX. aprovar a prática de atos que importem em renúncia, Sistema Financeiro Nacional de 1º ou 2º nível do Plano de
transação ou compromisso arbitral; Cargos e Salários do nível gerencial da Instituição de origem;
XXXI. deliberar sobre os casos omissos do estatuto social, ou
em conformidade com o disposto na Lei nº 6.404/1976; b) cargos gerenciais na área financeira de outras
XXXII. definir as estratégias e políticas de controle, entidades detentoras de patrimônio líquido não inferior a um
bem como o nível de exposição a riscos, do Banco da quarto dos limites mínimos de capital realizado e patrimônio
Amazônia; e líquido exigidos pela regulamentação para o Banco da
XXXIII. definir o regime de alçadas operacionais e Amazônia; ou
administrativas. c) cargo em comissão ou função de confiança
§1º. Excluem-se da obrigação de publicação a que se refere equivalente a DAS-4 ou superior no setor público; ou
o inciso XXVIII as informações de natureza estratégica cuja d) cargo estatutário em empresa.
divulgação possa ser comprovadamente prejudicial ao III. Experiência mínima de três anos em liderança de
interesse do Banco da Amazônia. equipe.
§2º. O atendimento das metas e dos resultados na execução §2º. O membro estatutário que estiver investido em suas
do plano de negócios e da estratégia de longo prazo deverá funções antes da alteração deste Estatuto e não cumprir as
gerar reflexo financeiro para os Diretores do Banco da condições do § 1ª deste artigo poderá permanecer e ser
Amazônia, sob a forma de remuneração variável, nos termos reconduzido no cargo que ocupa, desde que observados os
estabelecidos pela Secretaria de Coordenação e Governança requisitos constantes do art. 7º deste Estatuto.
das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão. Art. 26. Os Diretores do Banco da Amazônia são eleitos,
§3º. A fiscalização de que trata o inciso VIII deste artigo entre acionistas ou não, e destituíveis, a qualquer tempo, pelo
poderá ser exercida isoladamente por qualquer conselheiro, o Conselho de Administração. Possuem gestão coincidente de
qual terá acesso aos livros e papéis do Banco da Amazônia e às dois anos, permitidas, no máximo, três reconduções
informações sobre os contratos celebrados ou em via de

Legislação 6
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consecutivas, estendendo-se o período de respectiva gestão §3°. Vagando cargo de Diretor, será esse exercido
até a investidura de novos membros. interinamente, em regime de acumulação de funções, por um
§1º. No prazo do caput deste artigo serão considerados os dos integrantes da Diretoria Executiva, indicado pelo
períodos anteriores de gestão ocorridos há menos de dois anos Presidente do Banco da Amazônia, até que o Conselho de
e a transferência de Diretor para outra Diretoria; Administração eleja o substituto para completar a gestão
§2º. Não se considera recondução a eleição de Diretor para interrompida.
atuar em outra Diretoria do Banco da Amazônia;
§3º. Atingido o limite a que se refere o caput deste artigo, Art. 33. É assegurado aos membros da Diretoria Executiva
o retorno de membro da Diretoria Executiva só poderá ocorrer o gozo de férias anuais, vedado o pagamento em dobro da
decorrido período equivalente a um prazo de gestão. remuneração relativa a férias não gozadas no decorrer do
período concessivo.
Art. 27. Os membros da Diretoria Executiva ficam
impedidos do exercício de atividades que configurem conflito Subseção IV
de interesse, observados a forma e o prazo estabelecidos na Das representações e da constituição de mandatários
legislação pertinente.
§1º. Após o exercício da gestão, o ex-membro da Diretoria Art. 34. A representação extrajudicial e a constituição de
Executiva, que estiver em situação de impedimento, poderá mandatários do Banco da Amazônia competem ao Presidente
receber remuneração compensatória equivalente apenas ao ou a qualquer dos demais membros da Diretoria Executiva,
honorário mensal da função que ocupava, observados os §§2º estes nos limites de suas atribuições e poderes. A
e 3º deste artigo. representação judicial compete ao Presidente e aos Diretores.
§2º. Não terá direito à remuneração compensatória, o ex- §1º. Os instrumentos de mandato devem especificar os
membro da Diretoria Executiva que retornar, antes do término atos ou as operações que poderão ser praticados e a duração
do período de impedimento, ao desempenho da função que do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente, por
ocupava na administração pública ou privada anteriormente à qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a
sua investidura. hipótese do §1º do art. 35 deste Estatuto. O mandato judicial
§3º. A configuração da situação de impedimento poderá ser por prazo indeterminado.
dependerá de prévia manifestação da Comissão de Ética §2º. Os instrumentos de mandato serão válidos ainda que
Pública da Presidência da República. o seu signatário deixe de integrar a Diretoria Executiva do
Banco da Amazônia, salvo se o mandato for expressamente
Art. 28. Finda a gestão, os Diretores oriundos do quadro de revogado.
empregados do Banco sujeitam-se às normas internas
aplicáveis a todos os empregados, observado o disposto no art. Subseção V
27. Das atribuições e competências da Diretoria
Executiva
Art. 29. É condição para a investidura em cargo de
Diretoria do Banco da Amazônia a assunção de compromisso Art. 35. Compete à Diretoria Executiva:
com metas e resultados específicos a serem alcançados, que I. cumprir e fazer cumprir as normas regulamentares e
deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração, ao qual as legais aplicáveis ao Banco da Amazônia, bem como as
incumbe fiscalizar o seu cumprimento. deliberações da Assembleia Geral de acionistas e do Conselho
de Administração, nos limites da competência de cada um;
Subseção II II. decidir sobre a organização interna do Banco da
Das vedações Amazônia, a estrutura administrativa das diretorias e a
criação, extinção e o funcionamento de comitês no âmbito da
Art. 30. A investidura em cargo da Diretoria Executiva Diretoria Executiva e de unidades administrativas, observada
requer dedicação integral, sendo vedado a qualquer de seus a legislação vigente;
membros, sob pena de perda do cargo, o exercício de III. estruturar os serviços internos e baixar os
atividades em outras sociedades, salvo se por designação do respectivos regulamentos, observadas as normas fixadas pelo
Presidente da República. Conselho de Administração;
IV. deliberar sobre a concessão de fiança, aval ou
Subseção III qualquer forma de garantia a ser prestada pelo Banco da
Da vacância, das substituições e das férias Amazônia;
V. propor as estratégias e políticas de controle, bem
Art. 31. As substituições eventuais do Presidente não como o nível de exposição a riscos, do Banco da Amazônia;
poderão exceder o prazo de trinta dias, sem aprovação do VI. aprovar o Sistema de Controles Internos e suas
Conselho de Administração. revisões periódicas, devendo apresentar relatórios semestrais
ao Comitê de Auditoria e submetê-lo a aprovação do Conselho
Art. 32. As licenças ao Presidente do Banco da Amazônia e de Administração;
dos demais membros da Diretoria Executiva serão concedidas VII. definir valores, princípios e padrões éticos que
pelo Conselho de Administração. nortearão o relacionamento do Banco da Amazônia com seu
§1º. O Presidente do Banco da Amazônia será substituído: público interno e externo;
I. nos afastamentos até trinta dias consecutivos, por VIII. negociar bens e direitos adquiridos pelo Banco da
um dos Diretores; Amazônia em liquidação de empréstimos de difícil ou
II. nos afastamentos superiores a trinta dias duvidosa solução e vender bens móveis dispensáveis aos
consecutivos, por quem, na forma da lei, for designado serviços do Banco em razão de obsoletismo ou processo de
interinamente pelo Presidente da República; e deterioração;
III. no caso de vacância, até a posse do novo Presidente, IX. promover o depósito das participações acionárias
pelo Diretor indicado pelo Conselho de Administração. recebidas em operações de renegociação de créditos, tais
§2°. Nos seus impedimentos e ausências ocasionais, cada como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação
Diretor será substituído, de forma cumulativa, por outro judicial e conversão de debêntures em ações, na forma
Diretor, indicado pelo Presidente do Banco da Amazônia. estabelecida pelo Decreto nº 1.068, de 1994;

Legislação 7
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APOSTILAS OPÇÃO

X. aprovar os Regimentos Internos dos Comitês do produzir efeitos perante terceiros, serão formalizadas por
Banco da Amazônia e suas alterações, exceto o do Comitê de meio de instrumento de mandato assinado pelo Presidente e
Auditoria; um Diretor ou por dois Diretores.
XI. elaborar e submeter aos Conselhos de Administração §2º. Nos assuntos afetos a governança, riscos e controles, a
e Fiscal o relatório anual de suas atividades, o balanço geral e Diretoria Executiva atuará como Comitê de Governança,
as demonstrações financeiras trimestrais do Banco da Riscos e Controles, com assessoramento do titular da Gerência
Amazônia e as demonstrações financeiras anuais dos Fundos e de Controles Internos, tendo por atribuição:
programas por ele operados ou administrados, inclusive os I . promover práticas e princípios de conduta e
balancetes mensais; padrões de comportamentos;
XII. propor o regime de alçadas operacionais e II institucionalizar estruturas adequadas de
administrativas; governança, gestão de riscos e controles internos;
XIII. fazer doações de bens patrimoniais, mediante III. promover o desenvolvimento contínuo e incentivar a
autorização do Conselho de Administração, observadas as adoção de boas práticas de governança, de gestão de riscos e
disposições legais pertinentes; de controles internos;
XIV. distribuir e aplicar os lucros apurados, na forma da IV. garantir a aderência às regulamentações, leis,
deliberação do Conselho de Administração, observada a códigos, normas e padrões, com vistas à condução das políticas
legislação vigente; e à prestação de serviços de interesse público;
XV. propor, anualmente, ao Conselho de Administração V. promover a integração dos agentes responsáveis
as políticas, as estratégias corporativas, o plano geral de pela governança, pela gestão de riscos e pelos controles
negócios, o plano diretor e o orçamento global do Banco da internos;
Amazônia, cuidando da respectiva execução; VI. promover a adoção de práticas que institucionalizem
XVI. submeter ao Conselho de Administração proposta de a responsabilidade dos agentes públicos na prestação de
designação ou dispensa do titular da Unidade de Auditoria contas, na transparência e na efetividade das informações;
Interna; VII. aprovar política, diretrizes, metodologias e
XVII. decidir sobre os planos de cargos, salários, vantagens mecanismos para comunicação e institucionalização da gestão
e benefícios, e aprovar o Regulamento de Pessoal do Banco da de riscos e dos controles internos;
Amazônia, para submissão ao Conselho de Administração, VIII. supervisionar o mapeamento e avaliação dos riscos-
observada a legislação vigente; chave que podem comprometer a prestação dos serviços;
XVIII. propor ao Conselho de Administração o Plano de IX. liderar e supervisionar a institucionalização da
Expansão de Agências para cada exercício; gestão de riscos e dos controles internos, oferecendo suporte
XIX. autorizar a instalação e a extinção de agências, postos necessário para sua efetiva implementação;
de atendimento bancário, postos avançados de atendimento e X. estabelecer limites de exposição a riscos globais, bem
eletrônico e escritórios de representação, de acordo com o como os limites de alçada ao nível de unidade;
plano de expansão aprovado pelo Conselho de Administração; XI. aprovar e supervisionar método de priorização de
XX. promover, junto às principais instituições do setor temas e macroprocessos para gerenciamento de riscos e
econômico e social, a divulgação dos objetivos, programas e implementação dos controles internos da gestão;
resultados da atuação do Banco da Amazônia; XII. emitir recomendação para o aprimoramento da
XXI. aprovar a designação dos titulares e interinos dos governança, da gestão de riscos e dos controles internos; e
cargos de Secretários Executivos, Superintendentes Regionais, XIII. monitorar as recomendações e orientações
Gerentes Executivos, Gerentes de Agências e demais cargos deliberadas pelo Comitê.
gerenciais em comissão, diretamente subordinados aos
membros da Diretoria Executiva, mediante proposta do Art. 36. A Diretoria Executiva fará publicar, no Diário
Diretor a que estiver subordinado diretamente o indicado, Oficial da União, depois de aprovado pelo Conselho de
ressalvado o disposto no §3º do art. 41 deste Estatuto; Administração:
XXII. aprovar, em harmonia com a política econômico- I. o Regulamento de Pessoal, com os direitos e deveres
financeira do Governo Federal e com as diretrizes do Conselho dos empregados, o regime disciplinar e as normas sobre
de Administração: apuração de responsabilidade;
a) as normas disciplinadoras do planejamento, II. o quadro de pessoal, com a indicação, em três
organização e controle dos serviços e operações e sua colunas, do total de empregos e os números de empregos
sistematização; providos e vagas, discriminados por carreira ou categoria, em
b) os programas de aplicação e captação de recursos e 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano; e
das demais modalidades operacionais; III. o plano de salário, benefícios, vantagens e quaisquer
XXIII. aprovar a requisição de pessoal e a cessão de outras parcelas que componham retribuição dos empregados
empregados na forma da legislação pertinente; do Banco da Amazônia.
XXIV. resolver os casos omissos e as questões suscitadas
com terceiros “ad referendum” do Conselho de Administração; Art. 37. O Regulamento de Licitações será publicado no
XXV. admitir, demitir, premiar, promover e punir Diário Oficial da União.
empregados, observadas as disposições legais pertinentes;
XXVI. transferir empregados entre Unidades, podendo essa Subseção VI
competência ser delegada; Das atribuições e das competências individuais dos
XXVII. apresentar, até a última reunião do membros da D